Fontainebleau - França.
1504
Pov. Edward.
Um ano havia se passado desde o meu aniversário, um ano
desde que conheci e me apaixonei por Isabella. Um ano desde que ela havia
recusado meu pedido de casamento e seguido para Roma. Eu entendia que ela
estava chateada por eu ter mentido para ela quem eu era, todavia não era para
as coisas terem chegado ao ponto que chegou. Eu queria ter dito a ela antes
quem eu era antes de levá-la para a cama, mas eu também não estava planejando
levá-la para a cama, pelo menos não sem ela saber de toda a verdade, mas tudo
saiu do controle. Eu também não esperava que Emmett fosse invadir o quarto bem
na hora, eu também não esperava que meu pai fosse descobrir tão cedo que não
era eu quem estava lá recepcionando as jovens, até porque não era nem para ele
estar no baile.
- Edward, por favor, você tem que seguir em frente… - e
Emmett resmungou do meu lado atraindo novamente a minha atenção. - Ela não vai
voltar… - nós dois estávamos na vila mais uma vez, igual há doze meses, a
diferença era que a vila estava bem mais calma do que há um ano, até porque não
tinha várias garotas se estapeando por vestidos. - Se bobear ela já está
casada… É você quem tem que se casar e logo antes que o pior aconteça com seu
pai. - falou e eu respirei fundo para me controlar antes que eu me descontrolasse
e quebrasse sua cara.
Eu sabia que ele tinha razão, meu pai estava muito doente e
quase não conseguia sair da cama e os médicos não tinham muita certeza de se
ele iria sobreviver. Legalmente quem estava cuidado da corte era eu, mas
oficialmente o rei ainda era o meu pai. Só não saberíamos por quanto tempo. Eu
visitava meu pai com frequência, e por mais mesquinho que fosse eu preferia ir
quando ele estava adormecido, já que era o único momento em que eu podia ficar
com ele um pouco sem ficar ouvindo: Você
precisa arrumar uma esposa. Eu me recuso a morrer sem você estar casado. Você
não pode assumir o trono solteiro. Você precisa de herdeiros o mais rápido
possível e quanto mais, melhor.
Era insuportável!! Eu sabia que ele tinha razão. Desde que
minha família assumiu o trono francês ninguém, nem homem ou mulher, ascendeu ao
título de rei, ou rainha, solteiro. Eu sabia que precisava me casar, mas eu não
queria, pelo menos não queria se a esposa não fosse Isabella. Mas ela iria
voltar, seu pai me garantiu isso diversas vezes, e eu pretendia esperar que ela
voltasse, não importando o tempo que fosse.
Eu tinha deixado Emmett falando sozinho enquanto continuávamos
a andar pela vila, aproveitando o dia de sol após longas semanas de chuvas
interruptas. Eu estava sim aproveitando o dia de sol, mas estava aproveitando
também para ver se a cidade estava bem após as longas chuvas. E ela parecia
ótima, sem danos. Estávamos nos preparando para voltar ao castelo quando
imaginei ver uma pessoa conhecida. E não. Eu não tinha imaginado, eu estava
vendo uma pessoa conhecida.
- Emmett… - e eu dei uma tapa de leve no braço de meu amigo.
- É a Bella! -
- Edward, por favor… Pare de achar que está vendo a Isabella
em todo canto. Ela está em Roma e não vai voltar… -.
- Eu não estou achando nada… Eu estou vendo… -.
- Edward, pelo amor de Deus… - e antes que ele voltasse a
falar eu virei o rosto dela na direção que eu estava olhando. - E… Meu Deus...
É a Isabella. - e eu sorri amplamente. Eu sabia que ela iria voltar, e com a
sua volta eu poderia pedir perdão de novo e… E o sorriso murchou quando ela
saiu da frente de algumas pessoas e eu pude ver o que ela tinha nos braços. -
Cara… Eu disse que ela tinha se casado… - Era um bebê, que não deveria ter mais
do que quatro meses. É… Eu agora era obrigado a concordar com o Emmett… Ela
havia me esquecido e seguido em frente.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ou ir até ela,
ela simplesmente entrou em uma carruagem, com a ajuda do cocheiro e logo atrás
uma senhora com um embrulho, e assim que ela entrou, o dono de alguma loja
seguiu atrás colocando vários embrulhos dentro da carruagem. E assim que o
último foi posto lá dentro, a porta se fechou, e o cocheiro assumiu as rédeas
do cavalo e foram embora da aldeia.
- Emmett… E se… E se aquele filho for meu? - eu havia
dormido com ela. Uma vez apenas, mas uma vez seria o suficiente para
engravidar? - E ela talvez tenha apenas se casado para esconder a gravidez? -
- Ele seria o Delfin da França… - respondeu simplesmente enquanto
eu observava a carruagem sumindo na pequena estrada de terra que levava a
propriedade dos Swan. - E ela tinha que ter avisado logo quando descobriu a
gravidez… - e ele suspirou. - E Edward… Sabes melhor do que ninguém que seu pai
jamais aceitará um bastardo! - e eu o encarei. - Você sabe o que ele mandou
fazer com os bastardos que teve… - sim eu sabia muito bem o que meu pai teve
coragem de fazer e era por esse motivo que havia me afastado da corte por anos.
- Acho melhor você esquecer que a viu, esquecer que a viu com uma criança, e
principalmente esquecer que essa criança possa ser seu filho. Pelo bem dela
própria. - e eu me aproximei bem perto dele.
- Se aquele bebê for meu filho, eu quero saber Emmett. Eu
tenho o direito de saber… - falei entre os dentes antes de sair andando de
volta ao meu cavalo.
- Se fizer isso, estará condenando aquela criança. Seu pai…
- e eu voltei para perto dele.
- Meu pai não será louco de tocar no meu filho. - e eu quase
rosnei para ele.
- Ele foi louco a ponto de mandar matar os próprios
bastardos, Edward, apenas para segurar o seu trono. Acha que ele não faria isso
com o filho de Isabella? -
- Ele não saberá. O médico disse que ele não durará muito
tempo, Emmett… E com isso, um novo reinado vai começar e eu vou fazer questão
de apagar as memórias pífias de meu pai. - e eu montei em meu cavalo.
- O senhor não vai atrás dela agora, vai? -
- Não. Logo irá anoitecer! - respondi. - Mas amanhã podes ter
certeza de que irei. - esporei meu cavalo e puxei as rédeas seguindo para o
castelo.
Meu pai não poderia saber dessa criança, mesmo eu ainda
possuindo dúvidas de se o filho é realmente meu ou não, ele jamais poderia
saber. Para meu pai, um bastardo era uma coisa inadmissível, mas isso não
significava que ele não tinha possuído suas cotas de bastardos espalhados por
Fontainebleau, ou quem sabe por toda a França. As amantes inteligentes sumiam
logo no primeiro sinal de gravidez, todas elas conheciam a fama de meu pai, mas
algumas, que achavam que eram especiais, iam contar para ele com um sorriso no
rosto, umas com os filhos nos ventres e outras com eles nos braços, achando que
isso significaria um casamento e uma posição de herdeiro do trono caso algo
acontecesse comigo. Mas elas eram tolas, as que tinham os filhos nos ventres não
viveriam para ver sua barriga crescer e seu filho nascer, e as que já o possuía
em seus braços, não os veriam novamente. Meu pai queria manter a linhagem
Cullen intacta, e jamais permitiria que um filho fora do casamento ascendesse
ao trono.
Eu cheguei ao castelo junto com a noite e segui direto para
o meu quarto. Com sempre antes de eu dormir o médico real vinha avisar como meu
pai passou o dia, e logo pela manhã vinha avisar como ele tinha passado a
noite. Hoje eu não queria vê-lo, estava irritado com o simplesmente pensamento
de ele fazer alguma coisa caso soubesse da possível existência de um filho meu,
e provavelmente não me controlaria e deixaria meus pensamentos tomarem conta de
mim.
Logo após um banho e junto com meu jantar, o médico veio me
atualizar do quadro de meu pai, e segundo ele, ele estava piorando a cada hora.
Talvez não sobrevivesse ao fim desta semana. Com o aviso dado o médico se
retirou e eu terminei de comer e segui para a minha cama. Mas eu não estava
cansado, estava eufórico. Bella estava de volta, com um possível filho meu, e
eu pouco me importava se ela estava casada ou não. Amanhã eu iria falar com
ela, sem falta!
…
Mal o sol havia raiado e eu já estava de pé, aguardando
apenas o café da manhã e a visita do médico de meu pai para que pudesse ir até
a propriedade dos Swan para poder ver e conversar com Isabella. Eu estava
eufórico, e aguardar pelo médico e pelo café da manhã era uma tortura. O café
chegou, mas o médico não, eu engoli um pedaço de pão e empurrei com uma taça de
vinho, e sai do quarto sem tempo para aguardar pelas mesmas notícias da noite
anterior.
- Colin. Meu cavalo! - mandei chegando aos pés da escadaria
do castelo.
- Sim senhor. - e ele correu até o estábulo e em pouco tempo
estava com meu cavalo pronto e selado a minha frente.
- Alteza… Alteza espere… - e o médico veio correndo afoito
atrás de mim.
- Agora não doutor. Estou com presa. - e eu tentei subir na
sela, mas ele me impediu.
- Perdoe alteza… - e ele falava arfante. - Mas o rei
faleceu. -
- Como? -
- Faleceu durante o sono, na completa paz. Acabamos de
descobrir. - respondeu. - Precisa preparar o funeral. -
- Sim. Sim… - e eu me afastei de meu cavalo. - Colin, guarde
meu cavalo, por favor. -
- Sim senhor. -
Assim que meu cavalo foi levado os sinos começaram a soar,
primeiramente pelo castelo, e logo em seguida eu comecei a ouvir os sinos da
cidade tocando também anunciando que o rei estava morto. E conforme o badalar
dos sinos, todos que estavam ao meu redor, os guardas, os médicos as pessoas
que viviam na corte, e Emmett, que havia acabado de chegar, se postaram de
joelhos ao meu redor. Eu era o novo rei da França!
Naquele dia eu precisei voltar para dentro do castelo,
despedir-me de meu pai e começar a organizar o funeral, que deveria acontecer o
mais rápido possível, no mais tardar em dois dias! Estava sendo difícil
assimilar o que estava acontecendo, eram tantas coisas em pouco tempo. As
pessoas me chamavam de majestade e rei, e eu demorava a responder, porque ainda
não havia assimilado de que eu era o novo rei.
Logo após o enterro de meu pai, muita gente se reuniu no
salão do castelo para me prestar condolências, muitas famílias importantes o
reino estavam aqui, o que incluía os Swan. Deixei os duques de Paris e segui
até onde os Swan’s estavam, e a primeira a notar minha presença e falar alguma
coisa, foi a esposa de Charlie.
- Majestade! - e ela fez uma reverência segurando a saia do
vestido. - Eu sinto muitíssimo pelo ocorrido. -
- Obrigado Lady Kate. - respondi sem tirar os olhos de
Isabella, que estava ao lado de seu pai, muito mais bonita do que eu me
recordava, e sozinha. Charlie havia percebido meu olhar preso em sua filha
enquanto sua esposa desatava em falar, aliás, ele sabia de tudo, digo, quase
tudo ele não sabe que eu dormir com sua filha, talvez desconfiasse, mas ele
sabia que eu era perdidamente apaixonado por ela, e desejava me casar.
- Majestade… - e ele interrompeu a esposa. - Em nome de
todos os Swan’s… Sentimos muito. E quero dizer que minha casa estará aberta
caso deseje se afastar um pouco da corte. - ele mal terminou de falar e
Isabella olhou para o pai com os olhos esbugalhados, sem acreditar no que ele
havia dito.
- Obrigado Charlie. Fostes um bom amigo de meu pai. Espero
manter essa amizade. -
- Com toda a certeza… Com licença… Acredito que estejas
exausto, não o amolarei. - e apoiando a mão na base da coluna de sua esposa ele
saiu. - Garotas. - e as filhas os seguiram, e Isabella era a última, e antes
que ela se afastasse, eu a puxei delicadamente para perto de mim.
- Majestade? - e ela respondeu fria.
- Quando voltou? -
- Há alguns dias. Por que a pergunta? Vais mentir mais uma
vez e me dirá que não és o rei? -
- Eu já pedi perdão. -
- E eu não lhe perdoei. - e eu vi seus olhos lacrimejarem,
mas ela prontamente passou os dedos por baixo de seus olhos limpando as
lágrimas. - Meu pai já lhe prestou as condolências, com licença majestade… - e
ela tentou se afastar e eu a puxei de novo.
- Por favor, Isabella. Vamos conversar. -
- Eu não tenho nada para lhe falar. - disse firme.
- Mas eu tenho! Por favor. - implorei. - Eu te amo. -
admiti. - Vamos… Vamos, por favor, para um lugar mais isolado para
conversarmos. - pedi e ela e olhou com os olhos arregalados.
- Tenha um pouco de bom senso… Acabastes de enterrar vosso
pai. - cuspiu.
- Eu não me referi a isso. - me apressei. - Eu só quero
conversar… -
- Claro. Até porque seria a única coisa que faria comigo… -
e ela se aproximou mais ainda de mim, e eu inspirei seu cheiro. - Eu jamais vou
me deitar com você de novo. - disse entre os dentes e se afastou mais uma vez.
- Mais uma vez, majestade… Sinto muito pelo aconteceu ao vosso pai, e como
disse meu pai, o senhor deve estar exausto. Descanse… - e ela tentou se afastar
de mim.
- Vais me dar uma chance para conversarmos? - e eu a puxei
de novo. - Por favor, não me obrigue ao usar meu título real para obriga-la a
me ouvir. -
- Se o senhor me puxar de novo… Eu vou chutar vossas bolas
reais! - e ela puxou o braço com força e se afastou, e dessa vez eu não a
impedi.
- Dê-lhe a um tempo. - e eu ouvi a voz de Charlie atrás de
mim. - Ela está cansada e estressada. As irmãs estão atormentando-a e ela não
dorme direito há dias. - explicou - Majestade… Descanse. Espere a poeira da
morte de seu pai abaixar. E depois a procure lá em casa. Ela irá lhe ouvir. -
- Seu genro não se importará? -
- Qual genro? - questionou confuso. - Isabella deixou a
França solteira, e regressou a França solteira… E recusou pedidos de casamento
em Roma. -
- Eu a vi com um bebê! -
- É. Eu também estou tentando descobrir quem é o pai daquele
bebê. - e ele apertou com meu ombro. Ele desconfiava que eu houvesse dormido
com Isabella, será que ele também esteja desconfiando de que aquele filho seja
meu? - Descanse majestade! E como eu disse. Dê-lhe a um tempo e depois a
procure. Ela irá lhe ouvir… Nem eu tenha que obriga-la ou colocá-la de castigo
caso não o escute. - brincou sorrindo e formando pequenas rugas ao redor de
seus olhos e lábios.
- Obrigado Charlie… - ele apenas apertou meu ombro mais uma
vez e se afastou. E eu o vi se aproximando de sua família e seguindo para fora
do castelo.
Eu não queria falar com mais ninguém e fazendo o possível
para passar despercebido eu deixei o salão e segui para o meu quarto. Eu não
conseguia parar de pensar no que Charlie havia dito. Bella não estava casada,
então aquele filho só poderia ser meu, não havia outra explicação e eu teria
essa certeza nos próximos dias. Minha coroação seria no final do mês, daqui a
duas semanas, e enquanto todos estivessem organizando a cerimônia, eu iria
atrás dela e de meu filho.
…
Eu esperei uma semana para ir atrás dela, o tempo que eu
julguei ser necessário para evitar fofocas, eu deixei o castelo sem avisar a
ninguém para onde eu estava indo. Esses seriam os últimos dias que eu poderia
deixar o castelo sem dar satisfação ou ter alguém me seguindo. Eu cheguei à
propriedade dos Swan um pouco após o café da manhã deles. Charlie sabia o que
tinha ido fazer ali e prontamente me tirou de perto de perto de suas entradas e
esposa. Eu não tinha certeza de como elas tinham descoberto minha conversa com
Charlie quando eu revelei que desejava casar-me com Isabella e que ela havia
negado o pedido, mas depois disso as coisas começaram a dar uma leve mudada no
comportamento delas. Kate passou a elogiar as filhas como ótimas esposas, que
eram educadas e perfeitas para serem a próxima rainha da França. Ela
basicamente começou um leilão pelas filhas.
Charlie apenas cruzou a casa comigo e deixou-me na porta que
levava ao quintal dos fundos avisando que Isabella estava próxima a fonte com o
filho, e deixou-me sozinho. Eu caminhei até lá, ela estava um pouco afastada da
casa, mas eu não demorei a avista-la. Doce e encantadora. Era como ela estava,
sentada debaixo de uma árvore próxima a fonte com seu filho, meu filho, nosso
filho, deitado sobre uma toalha estendida no chão, com ela fazendo barulhos com
a boca em sua barriguinha e ele ria. Eu me aproximei deles e ela levantou a
cabeça para descobrir quem era o dono dos passos que se aproximava dela.
- O que quer? - perguntou ríspida.
- Conversar! -
- Achei que tivesse dito que não tinha nada para conversar
com o senhor… -
- E eu achei que tivesse dito que poderia te obrigar a me
escutar… E não é o que eu quero… -
- E eu falei que chutaria suas bolas. - respondeu
simplesmente. - Edward… Eu sei o que você quer falar. Eu não quero ouvir. Eu
não quero saber. E estou tentada a perdoar você só para que me deixe em paz…
Mas vá em frente. Diga o que deseja tanto falar comigo… Mas saiba que meu
pensamento e minha opinião não vão mudar. -
- Vais me ouvir mesmo? - perguntei surpreso.
- Eu não tenho escolha… Se eu não lhe ouvir meu pai me
passará horas de sermão… Vá em frente. -
- Bella… Eu… Eu realmente sinto muitíssimo por ter mentido
para você… - falei me abaixando ao seu lado. - Nada daquilo foi minha intenção.
Eu nunca pretendi te levar para a cama sem que soubesse quem eu realmente era…
-
- Mas levou… - e ela me interrompeu. - E a única coisa que
consigo pensar era se mesmo depois você manteria a farsa… Ou se é muito imbecil
ao ponto de acreditar que mesmo se você me contasse depois eu iria perdoar. -
- E eu só consigo pensar que em qualquer momento que eu lhe
contasse você não me perdoaria. -
- Provavelmente não. Uma das coisas que eu prezo é a
honestidade. Desde o início eu fui honesta com você, falei até o que pretendia, melhor, pretendo fazer quando
meu pai falecer, e ao mesmo tempo você não foi honesto comigo. -
- Achei que tudo mudaria. - e ela me encarou. - Achei que se
soubesse quem eu era você surtaria igual às outras… -
- Eu não sou igual as outras… - e antes que eu pudesse falar
alguma coisa, nosso bebê fez um barulho no chão. - Que foi meu amor? - e ela o
pegou no colo.
- Bella, quem é o pai desse bebê? - perguntei.
- Não é da sua conta. - respondeu simplesmente enquanto
aninhava o bebê em seu colo. - Que foi bebê? -
- Com licença… - e Sue, a empregada dos Swan se aproximou de
nós. - Vim levar o pequeno Henry para dentro… - era um menino. - O sol está
começando a ficar muito quente para ele. - e Bella deu um beijo na cabeça dele
antes de entrega-lo a Sue.
- Eu acho que ele está sujo ou com fome… -
- Não se preocupe menina, vou cuidar dele. - e ela ajeitou o
bebê no colo.
- Sue… - e Isabella a chamou antes que ela se afastasse. -
Kate e as filhas longe dele… -
- Eu sei. Não se preocupe. - e ela foi embora levando meu
filho e Isabella voltou a me encarar.
- Acabou? -
- Isabella, por favor… -
- Imagine o que os seus súditos fariam caso visse o rei
deles se humilhar desta forma… - ironizou ela se levantando da toalha e eu me
levantei junto.
Antes que Isabella pudesse sair e se afastar de mim eu a
puxei delicadamente pelo pulso e uni meus lábios aos dela. Talvez eu
conseguisse transmitir com um beijo tudo o que eu sentia e desejava falar e não
conseguia. De início ela começou a me empurrar, mas em questão de segundos ela
cedeu e puxou-me para mais perto dela, aprofundando ainda mais o beijo, e eu a
prensei contra a árvore. A boca de Isabella ainda possuía o mesmo gosto, a
mesma textura macia, era do jeitinho que eu me lembrava. Tudo estava indo tão
bem. Pelo menos era o que eu pensava até sentir uma joelhada forte no meio de
minhas pernas, que me deixou arfante.
- Eu lhe avisei que lhe chutaria caso me puxasse mais uma
vez. - falou furiosa enquanto eu estava de joelhos no chão, ainda sem ar e com
os olhos lacrimejantes. - Nunca mais me beije sem minha autorização de novo,
pois pode ter certeza, que o próximo chute fará o senhor cuspir vossas bolas. -
ameaçou-me.
Isabella correu para dentro de casa e eu demorei uns bons
minutos até recuperar uma parte de meu fôlego e entrar também. Poderia não
parecer devido ao seu corpo pequeno e magro, mas Isabella era forte. Se esse
chute quase me fez cuspir minhas bolas, imagine o próximo! Cuspirei até minha
alma!
- Majestade… O que houve? - Charlie questionou quando entrei
na casa ainda com expressão de dor.
- Nada de mais, Charlie. Não se preocupe. Isabella apenas me
chutou. -
- O que? - questionou incrédulo, e talvez uma fagulha de
divertimento em sua voz.
- Aí meu Deus, majestade… - e sua esposa se aproximou de
mim. - Venha, eu lhe ajudou a sentar. - e ela ajudou-me a sentar em seu sofá. -
Charlie, Isabella está fora de controle. Precisas fazer algo. Ela agrediu o
rei. -
- Lady Kate. Não se preocupe. Está tudo bem! - garanti.
- Não. Não senhor. Não esta tudo bem! Há anos Isabella
mostrava sinais de rebeldia, mas agora ela passou dos limites… - e ela agarrou
Charlie, que se segurava para não rir, pelo braço e agarrou-o pelo braço e
puxou-o para o andar de cima. - Venha dar um jeito em vossa filha antes que eu
seja obrigada a dar… -
- Majestade… - e Tanya e Irina sentaram-se ao meu lado, uma
de cada lado. - Deve estar doendo muito, não? - Tanya questionou. - Quer uma
massagem? -
- Ou um beijo para aliviar a dor? -
- Saiam! - disse simplesmente sem olhar para as duas. -
Melhor. Eu irei! - eu me ergui do sofá, ainda sentindo dor. - Avise ao vosso
pai que precisei ir, tenho que experimentar minha roupa para a coroação. Mas
diga a ele, que eu volto. -
Eu deixei a propriedade dos Swan indo de volta ao castelo.
Eu tinha marcado com o costureiro real para experimentar minha roupa logo após
o almoço, e eu não deveria me atrasar. Ao chegar ao castelo, Emmett já me
aguardava, e ao questionar o motivo de eu estar andando estranho, e de eu ter
contado que Isabella havia me chutado. Ele gargalhou. Ele fez o que Charlie
sentiu vontade de fazer e não fez. Gargalhou na minha cara.
…
O final do mês chegou, e com ela minha coroação. Agora eu já
era oficialmente o rei da França. E para azar ser meu pai, que descanse em paz,
mesmo eu sabendo que era impossível, eu era um rei solteiro e com um filho
bastardo, o qual eu pretendia perfilha-lo oficialmente até o final deste mês.
Eu já havia sido coroado, os convidados estavam no salão comemorando, algumas
filhas de lordes franceses, o que incluíam Tanya e Irina, flertavam comigo
descaradamente, o mesmo que faziam as filhas de alguns convidados estrangeiros.
Eu deixei o salão para me afastar um pouco do som da festa e me aproximei do
jardim.
Mas nem jardim eu teria um minuto de paz sem essas garotas
quase montando em mim querendo ser a próxima rainha da França? Pensei ao ouvir
passos se aproximando de mim.
- Ora… Ora… O rei fugiu de algumas garotas, foi? - mas não
era uma garota qualquer. Era Isabella. Eu nem sabia que ela tinha vindo.
- Elas são insuportáveis. - admiti me virando de frente para
ela. - Principalmente vossas irmãs. -
- Agora entendes porque eu queria tanto ir para Roma? -
- Sim. Agora eu entendo. Mas por que retornou? - ela não respondeu.
- O que achou do meu vestido? - perguntou mudando de
assunto.
- Você está linda. - respondi. Era a segunda vez que eu via
Isabella em um vestido vermelho, deveria admitir, ela ficava perfeita de
vermelho. O decote quadrado realçava o topo de seus seios, e o vestido apertado
contornava as curvas de sua cintura delgada, e aquele batom vermelho que tingia
seus lábios deixava-os convidativos. - Deslumbrante. Perfeita… Eu estou
completamente deslumbrando. - admiti. E de quatro, emendei mentalmente.
- Ganhei de meu avô para a coroação do novo rei de Roma. -
expliquei. - Infelizmente voltei mais cedo. E bom… Ele foi comprado para uma
coroação. - deu de ombros.
- Você poderia estar diferente, caso quisesse. -
- Como assim? - questionou confusa.
- Poderia estar vestindo outro tipo de vestido e teria uma
enorme coroa na cabeça e estaria sedo chamada de rainha, caso tivesse aceitado
se casar comigo. - respondi me sentando no banco ao meu lado.
- Provavelmente não seria uma boa rainha. - respondeu após
um tempo.
-Seria uma rainha perfeita. -
- Não! - respondeu. - Seria uma rainha debochada. E como
disse minha madrasta. Sem limites. Fora de controle. Rebelde. - e ela sorriu.
- Em outras palavras. Perfeita! Quem quer uma esposa
submissa? -
- Todos os homens do mundo? - rebateu.
- Menos este homem! - respondi referindo-me a mim mesmo. -
Ficaria de joelhos sempre que mandasse. Sem pensar duas vezes. De muito bom
grado. Principalmente se for para ficar de joelhos no meio de suas pernas. -
- Respeite-me! - pediu quase rosnando ao mesmo tempo em que
tive um leve vislumbre dela esfregando uma perna na outra.
- Estou lhe respeitando. - e eu me levantei me aproximando
dela. - Você disse que o que mais preza é a honestidade. Então serei honesto! -
e eu estava com meu corpo quase grudado ao dela. - O melhor dia da minha vida
foi quando eu tive o prazer de colocar a cabeça no meio das suas pernas. Ouvir
você berrar meu nome enquanto eu lhe fazia minha… - e ela me calou com uma tapa
estalada e ardida em meu rosto. - E a segunda fez que você agride ao rei. -
- E daí? O que vais fazer? - provocou com o nariz empinado.
- É realmente impossível conversar com o senhor… Eu vim aqui porque meu pai
obrigou-me a pedir perdão por ter chutado as bolas reais… - ironizou. - Mas não
espere que eu lhe peça perdão por ter lhe esbofeteado o rosto real. -
- Eu não vou pedir. - garanti. - Só quero dizer mais uma
coisa… E é possível que me esbofeteie de novo. - e ela esperou que eu
terminasse de falar. - Eu sei que estais excitada só por eu ter lhe lembrado de
minha boca no meio de suas pernas e de eu ter lhe possuído até ter atingido,
maravilhosamente, o seu ápice. Eu não sei se você dormiu com outro homem, mas
de qualquer forma, eu lhe garanto que eu serei o único a fazer você sentir
aquelas sensações de novo. Da mesma forma que você é a única mulher a me deixar
louco, e literalmente fazer com que eu me humilhe de muito bom grado apenas por
mais uma chance. -
- Tens razão. Eu deveria lhe esbofetear de novo! Mas não
perderei meu tempo. E não quero deixar a cara do rei mais marcada do que ela já
está no dia de sua coroação. - ela girou em seus calcanhares e voltou para
dentro do castelo, mas antes mesmo que eu tivesse a oportunidade de me sentar
novamente ou de entrar no castelo, ela voltou, quase correndo, e eu a estava
pronto para ela dizer que havia mudado de ideia e que me esbofeteasse mais uma
vez. Só que pelo contrário. Ela jogou-se em meus braços e uniu seus lábios aos
meus. - Não fale nada e dê-me aquela sensação de novo antes que eu recobre a
lucidez e me arrependa. -
- Eu não vou dormir com você, para que amanhã se arrependa
mais uma vez. - avisei afastando, com muita força de vontade, meus lábios dos
dela.
- O senhor tem razão. Eu estou excitada. Mas se não for o
senhor quem vai me fazer ter aquela sensação de novo. Algum homem nesse castelo
vai! - ameaçou se afastando para dentro do castelo de novo, e um rosnado de
raiva, por imaginar, outro homem a possuindo, rasgou meu peito e eu me
aproximei dela, puxando-a para perto de mim de novo e unindo nossos lábios.
Eu entrei com Bella no castelo sem separar meus lábios dos
dela, nós estávamos muito próximos ao corredor de meu quarto, e assim que a
porta foi fechada, as mãos de Bella subiram para os meus cabelos, derrubando
minha coroa, fazendo-a cair no chão e minhas mãos seguiram para as amarras de
seu vestido. Eu não conseguia desamarrar aquele maldito vestido e a única
solução que havia encontrado foi rasga-lo. E junto com ele, também rasguei as
amarras de seu espartilho e mais uma vez eu tinha o corpo nu de Isabella contra
o meu. Peguei-a no colo e empurrei com os pés o vestido de Isabella para o lado
e joguei-a delicadamente em minha cama.
Tentei me livrar rapidamente de minha roupa e acabei me
enrolando com a camisa e Bella riu. Ela se ajoelhou na cama e me ajudou a me
livrar de minha camisa e me puxou para a cama, me derrubando na mesma. Bella se
livrou de minhas botas e de minhas calças, expondo meu pênis duro, e sentou-se
em cima de meu colo unindo nossos lábios.
Eu nos virei na cama, ficando por cima dela, e quando o ar
se fez necessário, eu separei meus lábios dos dela e desci com minha boca pelo
seu pescoço, passando pelo seu colo até chegar a seus seios. E sem pensar duas
vezes, eu abocanhei seu seio com vontade enquanto massageava o outro com a mão.
Bella gemia e se remexia debaixo de mim. Eu intercalei os beijos, as sugadas, e
as massagens em seus seios, e ao me de dar por satisfeito, por enquanto, voltei
a descer com minha boca por seu corpo.
Conforme eu aproximava minha boca de sua buceta, ela foi
abrindo as pernas para mim, para que eu pudesse me ajeitar em meu pequeno
paraíso particular. Bella estava tão excitada! Sedento por sentir o gosto e a
textura de sua buceta em meus lábios mais uma vez, caí de boca em sua buceta
sem me fazer de rogado e recebendo um gemido alto de retribuição. Eu chupava
Isabella com vontade, como se minha vida dependesse daquilo, enquanto eu a
fodia bem devagar com um dedo e a fazia rebolar contra minha mão.
Eu passei a penetra-la com dois dedos e seus gemidos se
tornaram mais altos. Uma de suas mãos puxavam meus cabelos com força enquanto a
outra puxava os lençóis da cama. Eu comecei a sentir a buceta de Isabella
apertar meus dedos, e para prolongar um pouco mais, tirei meus dedos de dentro
dela e continuei apenas chupando-a bem devagar, e ia aumentando o ritmo
conforme ela ia apertando minha cabeça com as coxas. Não demorou muito e ela
gozou em meus lábios gemendo meu nome alto.
- Senti falta disso…
- comentou baixo, talvez consigo mesmo, mas mesmo assim eu não consegui evitar
o sorriso. Eu voltei a beijar-lhe o corpo bem devagar até chegar aos seus
lábios e suas pernas se abriram mais ainda para que eu pudesse me ajeitar entre
elas.
Com nossos lábios unidos em um beijo calmo, eu levei uma de
minhas mãos até meu pênis e o encaixei na entrada da buceta de Isabella e a
penetrei devagar, fazendo com que nossos lábios se separassem momentaneamente
ao sentir a lenta invasão. Eu pretendia fazer amor com ela. Queria fazer
devagar, beijar todo e qualquer pedaço de seu corpo para que eu tivesse a
forma, o gosto e a textura preso em minha cabeça para sempre, mas ao sentir meu
pau ser envolto e levemente apertado por sua buceta, todos os meus desejos de
fazer amor com ela diminuiu e uma vontade de sexo mais forte tomou conta de nós
dois.
Eu saí de dentro de Isabella e voltei com um pouco mais de
força e ela arfou e um lindo sorriso brincou em seus lábios. Eu comecei a me
movimentar, de início devagar, e conforme os sons de seus gemidos foram se
intensificando, eu passei a ir mais rápido, eu estava completamente louco por
essa mulher, e ainda incrédulo por tê-la mais uma vez em minha cama, e tinha
que me controlar para não ir muito rápido e acabar machucando-a e
decepcionando-a.
Isabella usou a força que tinha para nos virar na cama e
ficar por cima de mim, deixando-me surpreso. Suas mãos se apoiaram em meu peito
e ela começou a se movimentar em meu pau por livre e espontânea vontade,
sozinha em busca de seu próprio prazer. E aquela visão era maravilhosa. Ter
essa mulher nua em cima de mim era a visão mais perfeita que eu já tive em toda
a minha vida.
- Ajude-me a ir mais rápido. - pediu e eu espalmei minhas
mãos em sua bunda e apertei-a com vontade e a ajudei a movimentar seu quadril
contra o meu mais rápido. - Isso… - e ela gemeu jogando a cabeça para trás. Sua
mão desceu até a minha que estava apertando seu quadril, e puxou-a para cima
até chegar ao seu seio, e eu fechei minha mão ali, apertando-o com um pouco de
força. Eu me sentei rápido na cama, voltando com a mão para a sua bunda e abocanhei
um de seus seios que pulavam na frente de meu rosto enquanto sentia suas unhas
ora apertando meus ombros, ora arranhando minhas costas. - Mais rápido! Por
favor, mais rápido… - e ela implorou com a voz falha devido aos gemidos que
saiam de forma interrupta e eu já sentia sua buceta apertar meu pau. - Mais
rápido… -
Virei-nos na cama mais uma vez, deitando-a sobre o colchão e
ficando de pé fora dele. Eu puxei seu corpo para mais perto da beirada da cama
pelas coxas e segurei-a pela cintura enquanto a fodia com força, do jeito que
ela e pedia. Eu via seus olhos se revirarem em suas orbitas, seus seios
balançavam no ritmo de minhas estocadas, e suas mãos puxavam com força os
lençóis da cama quase os rasgando. Ela estava quase. E eu também. Era difícil me
mexer, sua buceta apertava meu pau, e mais algumas investidas e ela gozou
gritando meu nome, e eu beijei-a para impedir que ela gritasse e o castelo
inteiro ouvisse, enquanto me derramava dentro dela.
…
- Era melhor do que eu me lembrava… - comentei após um
tempo. Eu já havia feito Bella minha mais algumas vezes, a noite já havia caído
do lado de fora do quarto, mas a festa continuava rolando. Ela estava deitada
na cama, eu deitada sobre seu corpo, ainda dentro dela, e com minha cabeça
apoiada em seus seios, sentindo seus dedos mexendo em meus cabelos.
- Infelizmente sou obrigada a concordar… - e eu sorri, dando
um beijo no topo de seu seio desnudo. - Mas convenhamos que se você não tivesse
sido um idiota isso tinha acontecido mais vezes… -
- Você foi embora para Roma… - lembrei-a.
- Sim. - disse simplesmente. - Mas se não tivesse mentido
para mim, e tivesse pedido para que eu ficasse… Talvez eu ficaria… - e eu tirei
a cabeça de seus seios.
- Sério? -
- Ou talvez tivesse lhe convidado a ir comigo. - deu de
ombros.
- Eu teria ido. - admiti e aproximei meu rosto do dela e uni
nossos lábios em um beijo calmo.
- Estou exausta… E faminta… E você me deve um vestido novo.
-
- Não se preocupe. Eu lhe dou um vestido novo. - garanti
saindo de cima e de dentro de seu corpo. - Pedirei comida para comermos e
descansarmos. - eu me levantei da cama catando minha calça no chão, e ela se
cobriu com o lençol. - Dormirás aqui? -
- Não tenho roupa para partir… - respondeu e eu sorri, até
me lembrar de nosso filho, o qual ela ainda não havia me contado.
- E quanto ao menino? - questionei após pedir ao valete que
trouxesse um pouco de comida. - Henry, não é? - e eu regressei a cama. - Ele
ficará bem? -
- Sue está cuidando dele… Ela cuidou muito bem de mim minha
vida inteira. Cuidará muito bem dele durante uma noite… -
- E você pode ficar tranquila que eu cuidarei muito bem de
você durante essa noite. - garanti unindo nossos lábios mais uma vez.
…
Quando eu acordei no dia seguinte eu estava completamente
sozinho no quarto, não tinha nenhum sinal ou vestígio de Isabella, e até o seu
vestido rasgado não estava mais ali, as únicas provas que eu tinha de que a
noite passada realmente existiu eram apenas as minhas lembranças, o cheiro dela
em meus lençóis, e principalmente as linhas finas em meus braços, ombros,
costas e peito deixando por suas unhas. O valete disse que ela havia voltado a
sua casa um pouco após o sol ter nascido, e vestida, mas como ela conseguiu
amarrar aquele vestido eu já não sabia.
Demorou um pouco até que eu tivesse a oportunidade de rever
Isabella, na verdade eu estava tão ocupado que mal tinha tempo para comer, quem
dirá sair do castelo. Mas eu tinha planos para com Isabella está noite. Eu
havia encomendado um vestido com o costureiro real, principalmente para
compensar seu vestido que eu havia rasgado, e ele havia ficado pronto hoje.
Pedi a um valete que fosse entregá-lo junto com um bilhete que eu havia
escrito, convidando-a para vir jantar comigo, e se quisesse, poderia trazer o
bebê junto. Ela ainda não sabia, mas estava tudo quase pronto para ele ser
batizado e perfilhado como o novo Delfin da França.
- Majestade? - e o valete que eu havia mandado a propriedade
dos Swan havia voltado.
- E Isabella? -
- Perdoe-me senhor, mas desejas que eu repita exatamente o
que ela disse? - e eu assenti. - Tudo bem. - e ele respirou fundo meio receoso.
- Diga ao rei que eu achei lindo o
vestido e fiquei surpresa por ele não ter mentido mais uma vez… - ele
contou e eu balancei a cabeça rindo. - E
diga também que hoje eu não estou nem um pouco a fim de dormir com ele, e que
quando eu quiser, eu o procuro. - e ele finalizou ainda mais nervoso.
- Tudo bem… Podes ir. Muito obrigado. - ele fez uma
reverência e se retirou do quarto. Isabella… Isabella… Você é incrível garota,
só faz isso porque sabe que eu sou louco por você.
…
Demorou quase que mais uma semana até eu ter conseguido mais
um dia de livre, e dessa vez eu havia conseguido ir até a propriedade dos Swan.
Infelizmente, ao chegar lá, não tinha ninguém em casa além dos criados e do
pequeno Henry. Sue garantiu-me que Charlie havia ido passar uns dias com a
esposa e as filhas numa fazenda, e que deveriam estar voltando nos próximos
dias. E que Isabella havia apenas ido à igreja na vila e que logo estaria de
volta. Portanto eu resolvi esperar.
Fiquei aguardando na sala, mas ao ouvir o choro de Henry
vindo do andar de cima. Sue subiu para acudir o menino e eu questionei se ela,
ou Isabella, não veriam problemas em eu ver o menino. Ela deixou-me sozinha com
o pequeno, era apenas uma fralda suja que rapidamente havia sido trocada e ela
desceu novamente. Henry não voltou a dormir e com cuidado eu o peguei no colo.
Ele era tão pequeno, e tão bonito. Ele dormiu em meus braços poucos minutos
após eu tê-lo pego, e eu havia gostado da sensação de ter um serzinho tão
pequeno e frágil em meu colo, um serzinho que eu protegeria com a minha vida se
fosse preciso. Eu ouvi passos subindo as escadas e ignorei-os, talvez fosse Sue
voltando para ver como o bebê estava.
- O que faz aqui? - mas não. Era Isabella que havia voltado
da igreja.
- Vim lhe ver. - respondi me virando de frente para ela, e
vendo que ela possuía um véu branco em mãos. - Usando um véu branco na igreja?
- ironizei brincando.
- O que esperava? Que eu anunciasse a todos que não sou mais
virgem? - questionou colocando-o em cima de uma cômoda que tinha no quarto do
bebê. Eu não esperava que ela anunciasse nada, mas o povo já sabia, não? Ela
tinha um filho! - E o que faz com Henry no colo? -
- Estava lhe esperando, Sue estava ocupada e eu me ofereci
para olhar o menino um pouco… - expliquei. - A sensação de ter um bebê nos
braços é incrível. - admiti. - Só não deve ser melhor do que senti-lo no
ventre… -
- Eu sei. - respondeu sorrindo. - Mas o que deseja falar
comigo? -
- Só queria lhe ver… - e com todo o cuidado do mundo, eu
deitei Henry no berço dando um beijo em sua testa. - Vim ver se o vestido
serviu. Se gostou… -
- Serviu… - respondeu mexendo com a cabeça para o corredor e
deixando o quarto. Eu deixei o quarto atrás dela e fechei a porta a porta do
quarto do bebê. - E eu gostei muito. - e ela voltou a falar após ter entrado em
vosso quarto e eu entrei junto, também fechando a porta. - Ele é lindo. Tens
bom gosto. Estou esperando uma boa ocasião para usá-lo. Quem sabe vosso
casamento. - e eu neguei. - Por que não? -
- Porque no meu casamento a senhorita estará usando um
vestido branco. - respondeu.
- Noivas usam branco. - apontou.
- Eu sei… É que eu espero que no meu casamento a noiva seja
você… -
- Vai ter que implorar e muito para eu aceitar me casar com
você… - ironizou.
- Vou ter que ficar de joelhos? -
- Admito que seria bom… -
- Eu fico. Sem problemas… - e antes que ela tivesse a
oportunidade de falar mais alguma coisa, eu fiquei de joelhos no chão, bem
perto de seu corpo, e levantei a saia de seu vestido cobrindo minha cabeça e
tocando em sua buceta com a minha língua.
Bella caiu sentada na cama e eu coloquei uma de suas pernas
em cima de meu ombro para ter mais espaço para lhe chupar. Ela havia levantado à
saia de seu vestido revelando minha cabeça no meio de suas pernas. Eu a ouvia
gemendo meu nome enquanto pedia para que eu continuasse, e isso era algo que
ela não precisava pedir, eu continuaria de muito bom grado. Bella gozou em
minha boca, melando meus lábios. Tirei minha cabeça do meio de suas pernas e
passei a língua pelos meus lábios para não perder uma única gota sequer de seu
gozo.
- Eu gostaria de experimentar uma coisa… Se o senhor me
permitir… -
- O que desejar… - e ela deu duas batidinhas no colchão ao
seu lado e eu me sentei ali. Ela uniu nossos lábios em um beijo calmo enquanto
sua mão começou a estimular meu pênis por cima de minha calça. E o beijo
continuou até eu senti-la abrindo o laço de minha calça e expondo meu pênis
duro e ereto e começou a massagea-lo lentamente.
Era difícil manter o beijo com os gemidos gerados apenas por
sentir sua mão envolvendo meu pênis e massageando. Eu deitei na cama e apenas
sentia o subir e descer de sua mão pelo meu pau ereto. O nome de Bella saia no
meio de meus gemidos e balbucios, mas eu gritei seu nome mesmo ao sentir sua
boca úmida e quente o envolvendo. Levantei a cabeça e só de ver Isabella
ajoelhada na minha frente, entre minhas pernas chupando meu pênis e masturbando
a parte que não cabia quase me fez gozar, mas eu simplesmente deitei a cabeça
em seu colchão e passei apenas a sentir, enquanto impulsionava bem de leve meu
quadril contra seu rosto.
…
- Vai mais rápido… - Bella implorou choramingando.
Obviamente após Bella me chupar até eu gozar em sua boca, mesmo eu tentando
para-la, sem sucesso, nós continuamos com nosso sexo viciante. Nossas roupas
jogadas no chão aos pés da cama, e ela de quatro sobre o colchão, com o rosto
contra o mesmo para abafar seus gemidos altos e o quadril bem erguido para mim,
que fodia-o rápido e com força. - Isso… Isso… - e ela gemeu alto quando eu saí
quase todo dentro dela, e voltei com um pouco mais de força. Os pés da cama já
começavam a ranger debaixo de nós e a cabeceira insistia em fazer um barulho
alto sempre que se chocava contra a parede. Nós tínhamos que fazer menos
barulho, mas simplesmente não conseguíamos.
- Me fala vai… - e eu puxei-a com um pouco de força,
deixando-a de joelhos a minha frente e com a coluna erguida e as costas
apoiadas em meu peito. - De quem é essa buceta gostosa? - perguntei abraçando
sua cintura e investido meu quadril contra o dela com força.
- Até onde eu saiba… Ela é minha… - provocou sorrindo e eu
desci com uma mão de sua cintura até sua buceta.
- Errado! - e dei uma tapa de leve nela, o que fez Bella
arfar. - Ela é minha! - falei em seu ouvido. - Eu sou o único que consegue
deixá-la assim… -
- Tem certeza? - provocou de novo. - Quer pagar para ver? -
e eu dei mais uma tapa em sua buceta, e empurrei seu corpo para frente
deixando-o de quatro de novo. - Eu estou quase! - ela choramingou de novo. Ela
ia gozar, eu sentia isso, sua buceta já apertava meu pau deliciosamente, e
penetra-la já estava se tornando algo difícil. Eu voltei a segura-la pela
cintura com força, enquanto empurrava meu quadril contra o dela. Bella abafou
seu grito ao alcançar seu ápice contra o colchão, e deitou seu peito no meu. Eu
segurei a cabeceira de sua cama em busca de apoio enquanto investia meu quadril
mais algumas vezes contra o dela, até gozar. - Espero que saibas que eu te
odeio… - ela comentou arfantes após alguns minutos, e de eu já ter saído de
dentro dela e deitando ao seu lado.
- Por quê? - questionei.
- Fiquei a manhã toda na igreja pagando minha penitência
após ter me confessado com o padre… Para chegar a casa e pecar de novo. - e
meus lábios se repuxaram no sorriso. - Mas que droga… Por que esse pecado tem
que ser tão bom assim? - resmungou consigo mesma e eu ri. - Irais pagar minha
próxima penitência. A culpa é sua. - e eu me virei de lado.
- Conheço um jeito para viver esse pecado todos os dias sem
precisar se confessar ou pagar penitências… - comentei deslizando meus dedos
pelas suas costas nuas.
- Eu também! Nunca mais me confessar. -
- É um bom jeito… Mas me referia em casar-se comigo. - e ela
virou o rosto me encarando.
- Não desiste? -
- Eu te amo Isabella. E eu sei que você me ama. Eu sei que o
que eu fiz foi errado, eu já pedi perdão, não sei mais o que fazer, mas o que
você pedir para eu fazer, apenas para que possas me perdoar, tenhas certeza de
que farei… Eu não consigo mais ficar longe de você. Eu quase enlouqueci nesse
último ano. Ouça seu corpo e seu coração. Veja como seu corpo reage ao meu
toque. Seu corpo deseja e implora meu toque da mesma forma que o meu deseja e
implora pelo vosso… -
- Meu coração também deseja e implora vosso amor. -
- Meu amor você já tem… Eu que imploro, todos os dias, de
joelhos, na frente do mundo inteiro, pelo vosso se for preciso… Eu não aguento
mais ficar longe de você. - e ela m calou unindo nossos lábios em um beijo
calmo.
Eu sentia através de seu beijo que ela também me amava, e
que pelo visto também não conseguia resistir mais em ficar longe do mim. Bella
se virou na cama, e eu fiquei por cima de seu corpo, apoiando meu peso em meus
braços ao redor de sua cabeça sem em momento algum separar meus lábios dos
dela.
- Faça amor comigo. - pediu ela entre o beijo. - Como jamais
fez com outra mulher… -
- Com prazer… -
…
O dia que havia reservado para o batismo de meu filho com
Isabella chegou. Sempre que eu tinha tempo eu ia passar um tempo com ela na
casa de seu pai, ou ela vinha ficar um pouco aqui comigo. Ela finalmente,
depois de eu muito insistir, aceitou casar-se comigo, e eu não poderia ser o
homem mais feliz de toda a França, se não de todo o mundo. Ela ainda não havia
me contado que eu era o pai de Henry, mas hoje tudo iria mudar.
Eu cheguei à propriedade dos Swan, Charlie não se importava
mais com minhas visitas quase diárias, ele já sabia do casamento, e apoiava
cegamente. Graças a Deus Irina e Tanya pararam de se jogar em cima de mim. Pelo
visto elas finalmente compreenderam que eu nunca me envolveria com elas. Kate
não gostou mundo do meu anúncio de noivado com sua enteada, ela obviamente
preferia uma de suas filhas no lugar de Isabella. Assim que cheguei, Charlie já
foi me avisando que Bella estava no jardim dos fundos com Henry mais uma vez, e
após cumprimentar todos, segui para lá.
- Pega o peixe… Pega… - e ao me aproximar da fonte, onde
Bella estava sentada com Henry em seu colo, eu a ouvi falando com ele, e o barulho
de algo batendo contra a água. - Pega o peixe meu amor… - e Bella falava rindo
com nosso filho, que ao invés de tentar pegar o peixe, ele batia na água.
- Bella? - e eu a chamei com calma para que ela não se
assustasse e derrubasse o bebê na fonte.
- Oi. - e ela me olhou sorrindo. E meu coração se encheu
apenas por receber aquele sorriso e não mais os olhos frios que meses atrás. -
O que faz aqui? -
- Vim lhe buscar… - e eu me aproximei dela e beijei-lhe os
lábios e sentei-me ao seu lado.
- Para que? - questionou quando peguei Henry e o coloquei em
meu colo.
- Para irmos ao castelo. Para batizar o Henry. -
- O que? - perguntou confusa. - Como assim batizar o Henry?
Por que queres batiza-lo? -
- Bella… Você sabe que ele é o Delfin da França e… -
- Edward… Eu… - e ela me interrompeu. - Meu Deus… Eu não
quero lhe magoar… - e ela colocou algumas mechas atrás de suas orelhas. Ela
estava bem nervosa. - Amor, eu não sei de onde você tirou isso… Mas o Henry não
é seu filho… -
- Você engravidou de outro homem? - perguntei sentindo como
se um soco tivesse sido dado em meu estômago.
- É algo mais complicado do que eu simplesmente engravidei
de outro homem… - e ela abriu e fechou a boca algumas vezes sem encontrar as
palavras. - Eu já estou aqui há meses e ainda nem consegui contar isso ao meu
pai… -
- Isabella… Quem é o pai do Henry? - perguntei já irritado.
Se era algo tão ruim assim, era porque ela provavelmente não havia engravidado
de forma consentida. E eu iria atrás do homem que abusou da mulher da minha
vida até o inferno.
- Então… - e ela respirou fundo algumas vezes antes de
comer. - Ele… -
- Bella… - e uma voz feminina gritou o nome de Isabella
enquanto saída de dentro da casa dos Swan. Não era nenhuma voz conhecida por
mim, pelo menos não que eu me lembrasse, e tinha certeza de que eu não conhecia
aquela mulher quando ela entrou em meu campo de visão.
- Rose… - e Bella se ergueu da fonte. - Graças a Deus você
conseguiu vir. - e Bella a abraçou forte assim que elas se aproximaram. - Eu
estava tão preocupa… -
- Está tudo bem… Eu estou aqui… - e a tal de Rose a abraçou
mais uma vez forte. - Cadê meu filho? - e ela soltou a Isabella e viu o bebê em
meu colo. - Meu amor… Olha como você cresceu… - e ela pegou Henry do meu colo o
abraçando forte. - Oh meu filho. A mamãe nunca mais vai se separar de você… -
- Henry não é meu filho, Edward. - Bella disse baixo apenas
para que eu escutasse.
- Estou confuso. - admiti.
- Rose… - e ela chamou a atenção da amiga. - Este é Edward,
o novo rei da França… E bom… Meu noivo, e eu não sei se ainda será até o final
do dia, mas… -
- Majestade… - e sem jeito, por estar segurando Henry no
colo, ela fez uma reverência. - E Edward, está é Rose, a amiga que eu fiz em
Roma… E a mãe de Henry. -
- É um prazer Lady Rose… -
- Rose. Por que você não vai descansar da viagem? Eu preciso
conversar com o Edward e depois eu converso com você… Se o quarto de hóspedes
não estiver pronto, pode ficar no meu… -
- Tudo bem… - Rose seguiu para dentro de casa mais uma vez e
dessa vez com o filho nos braços, e eu sentia os meus braços vazios.
- Edward escuta… Eu… Eu sinceramente não sei de onde você
tirou essa história de que Henry era seu filho… -
- Não sabe de onde eu tirei? Imagina a seguinte situação. Eu
dormi com uma mulher, ela sumiu, e um ano depois ela volta com um bebê de
poucos meses nos braços… Por que eu pensaria que o filho era meu? - eu falei de
forma sarcástica sem ter sido realmente minha intenção.
- Acha mesmo que eu não te contaria se Henry fosse seu
filho? -
- Por que você estava com ele? - rebati.
- É complicado… - suspirou. - Eu conheci Rose em Roma. Ela
era a esposa de um dos vizinhos de meus avós e nós nos tornamos muito amigas.
Só que mal eu cheguei e ela tinha acabado de ser obrigada a se casar com um
homem rico e bem mais velho. Ela não queria, mas não teve escolha. - e Bella
mordeu o lábio de dentro de sua bochecha. - Ele não era um bom marido. Ele a
machucava… - e sua voz falhou um pouco. - Eu perdi as contas de quantas vezes,
depois que ele saia de casa, eu ia vê-la e cuidar dela porque ela estava ferida
ou sangrando. E quando ela engravidou, não sendo de forma consensual, ele não
parou. Só parou quando precisou viajar a negócios. Ela temendo que ele fosse
acabar matando-a, ou matando seu filho, ela aceitou meu plano… Eu fingiria que
estava grávida com uma almofada por debaixo de minhas roupas, e nossos bebês
nasceriam na mesma época. Ele estaria viajando a trabalho na época que
ocorreria o nascimento, e o filho dela nasceria morto e eu voltaria para a
França com meu filho, e ela viria um tempo depois. O plano deu certo, menos a
parte onde esperávamos por um parto fácil. Ela ficou doente e o médico de meu
avô, que sabia do plano, disse que se ela enfrentasse uma viagem ela não
sobreviveria. Então antes do marido dela voltar, eu deixei Roma num navio com o
bebê, e meus avós ficaram cuidando dela, até que ela melhorasse e desse um
jeito de vir. Há cerca de um mês, vovó me mandou uma carta dizendo que Rose
estava bem e que embarcaria nos próximos dias em um navio para cá, e que quando
o marido dela soube que o bebê havia nascido natimorto, e que ela ainda havia
dito que devido as complicações e a doença que teve após o parto, ela não conseguiria
engravidar novamente, ele comprou o padre local para divorcia-los, e ele
casou-se novamente com uma mulher mais nova. Meus avós esperaram apenas ela se
recuperar completamente e a colocaram em um navio. E aí eu cuidei de Henry até
agora. -
- Por que não contou ao seu pai? -
- Porque conhecendo meu pai ele faria o que você sentiu
vontade… - e eu ergui a sobrancelha. - Admita. Quando eu disse que era uma
situação mais complicada do que eu apenas engravidei de outro homem, você
pensou que alguém tivesse me estuprado, e que pretendia caça-lo até onde for…
Não? -
- É verdade. - suspirei.
- Meu pai também é assim. Ele defende as mulheres que
sofreram esse tipo de abuso, e eu não queria que ele fosse até Roma para
defender ela. E conhecendo Kate e as filhas, eu tenho certeza de que elas
dariam um jeito de contar ao marido de Rose o que nós fizemos. -
- E por que não contou a mim? -
- Porque não havia percebido que você achava que ele era seu
filho… Se ele fosse seu filho ou meu, eu teria dito, Edward. Eu não me casaria
com você sem te contar uma coisa dessas… -
- Eu me apeguei a ele… Eu gostava de senti-lo em meus
braços. Achava que ele era realmente meu filho. - e eu passei as mãos pelo meu
rosto. - Até um batizado eu organizei para declara-lo o herdeiro da França… -
- Bom… Mas quanto ao batizado… Você pode apenas adia-lo por
um tempo… -
- Quanto tempo? - questionei.
- Nove meses? - e seus lábios se repuxaram em um sorriso, e
eu demorei um pouco para compreender o que ela queria dizer.
- Você está grávida? -
- Confirmei hoje pela manhã… - e eu mal esperei ela terminar
de dizer e uni nossos lábios em um beijo. Nós estávamos agora de pé, eu
pressionava Bella contra uma árvore enquanto a beijava e abraçava sua cintura.
- É incrível como você consegue me fazer ser o homem mais
feliz do mundo… -
- Cala a boca e me beija… - e ela me puxou pelo colarinho da
jaqueta.
- Não vai me chutar de novo? - brinquei.
- Não se preocupe. As únicas partes de meu corpo que
pretendo encostar nas bolas reais são minhas mãos e minha boca. - respondeu
puxando-me de novo e unindo nossos lábios mais uma vez.
Henry poderia não ser meu filho, mas agora eu teria um filho
com a mulher que eu amava e poderia acompanhar cada dia dessa gestação bem de
pertinho, para que eu pudesse dar meu amor a ele desde o início. E as únicas
modificações que eu teria que fazer era mudar a festa de batizado que seria
para Henry, na minha festa de casamento com Isabella, para que nós pudéssemos
finalmente nos casar, antes de nosso filho nascer.