domingo, 20 de junho de 2021

Bônus Final

Roma - Ducado de Roma

1503.

Pov. Bella.

Meus avós tinham ido a uma festa de noivado de um amigo e eu preferi ficar em casa sozinha, bem não completamente sozinha. O marido de Rosalie estava viajando e ela resolveu me fazer uma visita enquanto meus avós e seu marido não voltavam. Vovó e vovô amavam Rose, mas seu marido não gostava muito de mim, me chamava de intrometida, apenas por eu cuidar de minha amiga depois que ele a machucava.

- Você precisa admitir que foi burra. - ela disse depois de um tempo. Nós estávamos sentadas em minha cama e entre nós uma tigela de frutas como uvas, cerejas e morangos entre nós.

- Ah eu fui burra? - questionei incrédula. - Ele mente para mim, me leva para a cama e eu fui burra em não aceitar suas desculpas e pedido de casamento? -

- É! - respondeu simplesmente mordendo uma uva.

- Rosalie! -

- Primeiro que não foi bem ele que te levou para a cama… - ela falava normalmente. - Pelo jeito que você contou, você insinuou que queria dormir com ele… -

- Bom… Sim…, mas eu não sabia que ele estava mentindo para mim. - apontei.

- Hipoteticamente falando… se você soubesse que ele era o príncipe… teria ido para a cama com ele? -

- Não! Talvez… talvez não… acho que não… -

- Ah fala sério Isabella. - e ela ralhou comigo.

- Provavelmente não iria mesmo… - e mantive meu pensamento. - Eu sempre ouvi boatos do que o rei fazia quando aparecia algum bastardo… -

- Mas ele havia te pedido em casamento… -

- Ele me pediu em casamento porque a mentira dele foi descoberta. Acha mesmo que se ele estivesse sendo sincero desde o início ele teria pedido minha mão? -

- Acho! - bufei. - Bella, acorda… Ele atravessou a França toda em cima do lombo de um cavalo para interceptar seu navio em Marseille… Se isso não é amor verdadeiro, eu não sei o que é então… -

- Mas de qualquer forma, Rose… Não daria certo… Mais cedo ou mais tarde ele iria começar a se cansar de mim, e procurar outras mulheres… E para ele arrumar um pretexto para decepar minha cabeça para poder se casar com outra seria muito simples… -

- Só se você deixasse… -

- E o que eu poderia fazer?! -

- Não deixar o sexo cair na monotonia… - e eu bufei. - Você sabe que eu não era mais virgem quando me casei com Aro… -

- Eu sei Rose… Você ama me contar suas aventuras com Dimitri… -

- Então você sabe que eu sei do que eu estou falando. -  e ela me bateu com uma das almofadas da cama. - Volte a França. Admita de uma vez que o ama e quer ficar com ele, ou pelo menos fazer sexo pelo resto da sua vida com ele… Deixe-o penar mais um pouquinho para conseguir seu perdão e pronto… Seja feliz. -

- E quando o casamento ou o sexo começar a desandar eu simplesmente ergo as mãos aos céus e peço a Deus para não deixar o sexo cair na monotonia? -

- Não… Claro que não. Nunca coloque Deus ou a Igreja no meio da sua vida sexual… Eles não entendem nada… - garantiu.

- Então? -

- Algumas ideias que lhe dou… - e ela pensou um pouco antes de prosseguir. - Fique por cima, assumindo o ritmo e a velocidade. De quatro. Chupe-o… -

- Rosalie… Isso é o que prostitutas fazem… - comentei quando ela levantou da cama até uma cesta com frutas próxima a janela.

- Prostitutas e mulheres que querem agradar seus homens… - e eu abri a boca. - Você disse que ele te chupou não foi? - assenti. - Homem nunca chupa uma mulher! Quer dizer… noventa e nove por cento dos homens não chupam uma mulher. Pode ter certeza de que se fosse fizer essas "posições de prostituta"... - e ela fez aspas no ar voltando para a cama com duas bananas em mãos. - Você vai enlouquecê-lo e ele jamais vai procurar outra mulher… Foi assim que mantive meu relacionamento com Dimitri por quase dois anos, às escondidas… -

- E mantém até hoje que eu sei… -

- Mantinha. Até que ele foi viajar. Espero que volte logo. - e ela se sentou ao meu lado e me entregou uma banana. - Não coma! - alertou quando ameacei descascá-la. - Vou te ensinar a chupar um homem… -

- Não sei se quero aprender… -

- Quer sim. Cala a boca. - ordenou. - Imagine que essa banana é um pênis. Alguns tem bananas maiores, outros menores, alguns finos e alguns grossos, mas para a senhorita a única banana que importa é a do certo príncipe francês. Então finja que a banana na sua mão é o pênis do seu príncipe. - explicou, e sem saber muito bem o motivo, até porque eu não pretendia voltar a França tão cedo, eu prestei atenção. - Você não vai tirar o pênis dele de dentro da calça e enfiar na boca com ele mole. Vá por mim, é estranho. Então coloque a mão sobre ele por cima da calça e aperte de leve e passe sua mão por ele. Ou então tire-o da calça e estimule-o até ficar duro. Você segura devagar, faz uma leve pressão, mas também não precisa apertar com força, - e ela segurou a banana em pé. - E devagar suba e desça com a mão por ele. - e ela passou a deslizar a mão pela banana e eu me controlava para não rir, porque estava engraçado. - E você vai sentindo-o ficando duro… - e ela descascou a banana, porém não toda. - Agora imagina que isso aqui é um pênis duro e você vai chupa-lo… Primeiro, não invente de colocá-lo todo na boca, principalmente se for muito grande ou grosso, porque aí você acabar engasgando e vomitando e isso não será muito bonito. Então, você começa devagar, passa a língua por ele todo, dá leves chupadas pela extensão e aí se concentra na cabecinha. Uma coisa importante, cuidado com os dentes... - ela passou a língua pela banana, e o que ela explicou, ela começou a demonstrar. Ela dava alguns chupões de leve pela banana até chegar na ponta dela e começou a chupar a ponta dela. Ela estava muito concentrada no que fazia, com os olhos fechados, e parecia realmente que estava gostando do que estava fazendo.

- Você quer que eu lhe deixe sozinha com a sua banana? - questionei e ela parou de chupar a banana e pegou uma almofada e me acertou e eu comecei a rir. Ela colocou a banana em cima da mesinha ao lado da cama e subiu em cima de meu corpo. - O que você está fazendo? - eu estava deitada na cama, e ela tinha erguido um pouco o vestido e tinha uma perna de cada lado do meu quadril.

- Ensinando você a ficar por cima. - explicou. - Imagina que você é o seu príncipe, eu sou você, e você está me penetrando. - exemplificou. - Primeiro busque apoio em algum lugar. Na cabeceira da cama, no colchão, no peito dele… Dê-me suas mãos. - ordenou, ela pegou minhas mãos e apoiou em seus quadros. - Preste atenção em meus quadris. - Rose começou a subir e descer devagar em meu colo, e quando ela encostava seu quadril ao meu, ela rebolava devagar. E ela mudou de movimento, e começou um vai e vem para frente e para trás. - Entendeu? -

Fontainebleau - França.

1510. 

E sim eu tinha entendido muito bem, e além de eu ter entendido eu tinha aprendido muito bem. Já era bem tarde e todos dormiam, bom, quase todos. Edward estava jogado na cama, comigo por cima dele, e com ele dentro de mim. Suas mãos apertavam deliciosamente minha cintura, mas ele me deixava eu ir no ritmo que eu bem entendesse. Eu tinha noção de que o ritmo estava agonizante de tão lento que estava, mas eu gostava de provocá-lo até enlouquecê-lo. Por mim eu prolongava mais um pouco, mas um barulhinho de choro vindo do quarto ao lado soou. Ah não, não Deus. Faça ela dormir só mais um pouquinho.

- Amor… Espero que não se importe…, mas eu vou um pouquinho mais rápido. - minhas mãos estavam apoiadas em seu peito e eu comecei a sentar em seu pau mais rápido.

- Isso amor… -

Mas ele não me deixou por cima por muito mais tempo, ele nos virou rapidamente na cama e passou a investir seu quadril contra o meu mais rápido e forte, meu corpo estava sendo, maravilhosamente, possuído pelo meu marido, da minha boca só escapava gemidos altos, seu nome e pedidos por mais, todavia a minha cabeça só implorava a Deus para deixar o bebê dormindo mais um pouquinho enquanto a mamãe e o papai terminavam de brincar. Edward me penetrou com força mais algumas vezes, até eu abafar meu ápice com uma mordida de leve em meu ombro, e ele me penetrou mais algumas vezes até se derramar dentro de mim.

- Eu não sei se aguento ficar muito tempo sem fazer sexo com você… -

- Pare de fazer filhos… - ironizei e nos virei na cama ficando por cima dele e como se Deus tivesse me ajudado, o bebê esperou os pais acabarem para acordar chorando. - E a propósito… Acordou… - e eu saí de cima dele, tirando-o de dentro de mim.

- Não… Você dá mais atenção a eles do que a mim… - e ele me puxou pela cintura me impedindo de ir até o quarto ao lado.

- Pare de sentir ciúmes de seus filhos… - ralhei com ele me soltando e pegando um robe aos pés da cama. - Acabei de lhe dar atenção. -

- Depois de quase quatro meses sem dar… -

- E foi culpa de quem? Quem foi que me engravidou? - eu entrei no quarto adjacente ouvindo o choro. - Oi minha princesa, o que foi? - e eu peguei minha filha no colo. - Está com fome, meu amor? - eu voltei para o quarto e Edward já tinha vestido a calça, e ao ver que eu estava voltando com nossa menina no colo, ele ajeitou algumas almofadas na cama para que eu me sentasse e se sentou ao meu lado.

- Não posso reclamar. Eu sou muito feliz com as crianças em minha vida. - garantiu acariciando os cabelos falhos de nossa filha, que tinha acabado de abocanhar meu seio com fome. - Minha vida é completa agora… - ele beijou a cabeça da filha e passou o braço pela minha cintura me abraçando. - Quando ela dormir, eu a coloco na cama… A senhora trate de descansar… -

- Claro. Porque eu estou acordada até essa hora porque eu quis. - ironizei e sorrindo ele levou o rosto para perto do meu, me dando um beijo.

Quando o beijo se encerrou, eu me ajeitei nas almofadas, ajeitando minha filha, que mamava, em meu colo e Edward puxou as cobertas, para nos cobrir e deitou a cabeça no travesseiro ao lado da minha cabeça e passou o braço pela minha cintura enquanto o observava a nossa pequena Daphne mamar.

Quando eu contei há Edward que estava grávida há seis anos, nós apressamos o máximo possível para que ninguém desconfiasse que eu não era mais virgem quando me casasse com ele ou melhor, para ninguém saber que eu já estava grávida e não tentassem supor que o filho não era de Edward. Alguns meses após o casamento, sete meses após o casamento, nosso primeiro filho nasceu, Anthony, pelas minhas contas, ele nasceu por volta dos oito meses, mas para todos do castelo, ele nasceu prematuro com sete meses. Acho que eu nunca tinha visto Edward tão feliz como no dia em que segurou o filho pela primeira vez, até uma pequena e cintilante lágrima escapou de seu olho.

E o vi mais feliz ainda quando há quatro meses Daphne nasceu. Eu não podia negar que adorava segurar meus filhos nos braços ou senti-lo crescendo e se mexendo em meu ventre, mas o período de resguardo era horrível, as ordens do médico eram sem qualquer esforço físico por quarenta dias, e parecia que só por eu não poder transar com meu marido, era quando eu mais queria, transar com ele, parecia que eu iria subir nas paredes.

Daphne acabou dormindo com a boca ainda em meu seio. Edward levantou e com cuidado da cama e a pegou no colo para levá-la ao seu berço, peguei a minha camisola aos pés da cama e a vesti e em poucos segundos ele estava voltando ao nosso quarto. Ele deitou ao meu lado na cama e eu deitei a cabeça em seu peito e senti seus braços me abraçando e dando um beijo em minha cabeça.

O dia seguinte amanheceu bem chuvoso, Edward estava trancado em seu escritório com alguns ministros e eu resolvi ir dar uma volta pelo castelo com Rose. Sim, Rose. Eu não abandonaria a minha amiga e jamais deixaria ela morar perto da minha madrasta e de suas filhas, mesmo meu pai lá. Havia sido ela quem havia me convencido a dar outra chance a Edward, mesmo de início eu tendo sido muito receosa quando seguir aos seus conselhos, mas era obrigada a admitir, o sexo realmente não havia caído na monotonia.

Ela havia se tornado a minha primeira dama de companhia e a mais confiável, ela não era só uma amiga, mas uma confidente e irmã. Com certeza o castelo não seria tão divertido e as obrigações de rainha seriam tão entediantes se não fosse por ela.

Meu pai havia sugerido e Kate havia insistido que eu colocasse Tânia e Irina como minhas damas de companhia, e a resposta não podia ter sido outra a não ser nem morta, o que havia feito Edward e meu pai gargalharem, uma das coisas boas do casamento era me livrar delas, e eu nem precisava me preocupar com o título de meu pai, já que ele havia declarado Anthony como herdeiro e quando meu pai falecesse, o que demoraria muito, assim eu esperava, meu filho herdaria o título de ducado.

Kate não havia ficado nem um pouco feliz com nada disso. Nem com meu casamento, nem com meu filho homem e principalmente com o título de meu pai ir para meu filho, mesmo ela não tendo direito nenhum a ele, e ainda havia tido a coragem de falar que agora com meu filho, eu saberia o que ela passou comigo, eu entendi nada do que ela queria dito com aquilo, Anthony não foi só meu primeiro filho como também o primeiro de Edward, portanto eu não seria uma péssima madrasta para alguém, e se ela se referia a trabalho… Deus, eu jamais havia dado trabalho a ela, quem havia me criado e cuidado de mim havia sido Sue, que eu só não havia trazido comigo por causa de meu pai. Portanto, eu preferi apenas ignorar seu comentário como eu sempre fazia, e principalmente, deixar meu filho longe dela quando já visitar meu pai.

O tempo foi passando e minha menininha crescendo linda e saudável. Infelizmente Edward precisou ir passar alguns dias fora, precisaria viajar para perto de Lille e eu resolvi ir visitar meu pai e Rose iria comigo. Após me trocar eu segui até a sala de aula de meu filho, já estava na hora de sua aula acabar. Eu bati a porta, vendo o professor parado de pé lendo um grande livro nas mãos e Anthony e Henry, eles haviam se tornando excelentes amigos e ele recebia a mesma educação de nosso filho, principalmente após Rose se casar com Emmett, um tempo depois de Dimitri dizer que havia se casado e que não voltaria mais.

- Majestade. - o tutor largou o livro e fez uma reverência.

- Senhor. Vim buscar meu filho e o Henry. A aula já acabou? -

- Sim senhora. Eles estavam apenas terminando alguns exercícios. Meninos, estão liberados. -

- Obrigada senhor. - eles recolheram suas coisas e despediram-se do professor.

- Aconteceu algo, mamãe? - Anthony perguntou segurando uma de minhas mãos, enquanto Henry segurava a outra.

- Não filho. Não aconteceu nada.  Nós vamos apenas aproveitar que seu pai vai ficar uns dias fora trabalhando e nós vamos visitar o seu avô. - contei, já tinha um tempinho que não víamos meu pai, e ele ficou feliz pulando ao meu lado.

- O Henry também vai? -

- Sim. Henry e Rose vão também… -

Nós saímos do corredor onde ficava a sua sala de aula e enquanto Rose pegava Daphne e ia para a carruagem, eu passei com as crianças pelos seus quartos para pegar suas capas e casacos e passei rapidamente pelo meu para apanhar a minha capa e saímos do castelo. Coloquei as crianças dentro da carruagem, entrei logo em seguida, pegando a cesta onde Daphne dormia, que estava nas mãos de Rose e ela entrou logo em seguida e o cocheiro partiu para a casa de meu pai.

A viagem era rápida, meu pai morava bem perto do castelo e quando a carruagem parou em frente a propriedade, a primeira coisa que eu vi foram Kate e Irina vindo ver quem estava se aproximando, e ao me ver saindo da carruagem, elas entraram bufando chamando pelo meu pai.

- Vovô… - e Anthony saiu da carruagem correndo e pulou no colo do avô.

- Oi, pequeno príncipe… - e ele abraçou o neto forte. - Oi Henry… -

- Oi vô… - e sim, meu pai tinha "adotado" Rose e tratava Henry como se fosse seu neto, sua desculpa era que ele havia ajudado a cuidar de Henry quando bebê.

- Olá crianças… - e Kate apareceu ao lado de meu pai.

- Boa tarde lady Kate. - e os dois falaram de forma super educada, que eu sabia que irritava ela.

- Boa tarde vovó. – corrigi-o.

- A mamãe falou que a senhora não é minha avó. - Anthony falou sério e ela me encarou com raiva.

- A senhora não é minha mãe! - disse simplesmente, e me aproximei de meu pai. - Oi papai… - e eu o abracei forte enquanto Kate entrava.

- Oi minha filha. Oi Rose. -

- Oi senhor Swan. - e Daphne, já acordada, fez barulho.

- Olha a nossa princesinha… - e com cuidado ele pegou a neta do colo. - Tão crescida. Venham, entrem… -

Meu pai nos levou para o jardim dos fundos onde os meninos ficaram brincando, meu pai com Daphne no colo e Sue trouxe um bule e algumas xícaras de chá. Kate e nem as meninas se juntaram a nós, e ficaram, as garotas, olhando pela janela, parecendo que estavam esperando alguém.

- Pai. - e eu a chamei atenção. - Qual é o problema com as garotas? - perguntei bebendo um gole do chá.

- Kate está me perturbando falando que não estou procurando pretendentes para as meninas. Eu não precisei arrumar um para você… - brincou. - Então ela começou a procurar por ela mesma. E está mordendo a língua ao descobrir que não é fácil. -

- Não apareceu nenhum bom? - perguntou Rose.

- Ela cisma que as duas são velhas demais, portanto ela está procurando por homens mais velhos. -

- Com todo o respeito. Isso não é algo bom. Digo por conta própria. -

- Eu sei. Três pessoas já vieram cortejá-las, mas ao descobrir que não herdariam o ducado, falaram que voltariam e nunca mais voltaram. E isso elas estão esperando, basicamente… - suspirou bebendo um gole do chá. - E Kate até ti culpa, Isabella tinha que ter um coração melhor e ter colocado as meninas como suas damas de companhia. - ironizou bufando.

 - Para que? Correr o risco de elas tentarem ir para a cama com o meu marido? - retruquei. - E nenhuma das duas, melhor, três, a mãe também, nunca me trataram bem. -

- Eu sei. Não tiro a sua razão, mas ao mesmo tempo me dói ver as meninas assim. - suspirou. - E o rei? – questionou mudando de assunto.

- Viajou para Lille. - suspirei. - Volta em alguns dias. - expliquei.

- Papai… Papai… - e Irina veio correndo. - O filho do senhor Stanley está aí… - e mal meu pai me entregou Daphne, e foi puxado para dentro de casa.

Nós ficamos ali mais um tempinho vendo as crianças brincando e um tempinho depois, um pouco antes de o sol se pôr, meu pai voltou, e pela cara dele, a conversa não havia sido nada boa, Irina estava esperançosa de que ele voltaria. Com o pôr do sol, me despedi de meu pai e voltamos ao castelo.

Já tinha um tempo que Edward estava fora. Eu estava sentada no sofá debaixo da janela com um pequeno livro nas mãos. Já havia anoitecido e eu ouvia o som de uma tempestade caindo do lado de fora, e com as gotas de chuva batendo com força na janela. Durante o meu momento de leitura, estava bem absorta no livro e acabei dando um pulo no sofá ao sentir um beijo em meu pescoço.

- Oi, meu amor. - e ao virar o rosto vi Edward ao meu lado, um pouco molhado, provavelmente devido à chuva.

- Oi, minha rainha. - ele segurou meu rosto com as mãos geladas e deu um beijo em meus lábios. - Foi tudo bem enquanto estive fora? -

- Depende de onde. -

- Como assim? -

- No castelo foi tudo tranquilo. Dentro do quarto foi no inferno… - e ele sorriu. - Eu senti tanto a sua falta. - admiti passando as mãos pelo seu rosto, com a barba rala, por fazer.

- Eu também senti sua falta… Tentei terminar o mais rápido possível para voltar logo para os seus braços. - e ele roçou seu nariz ao meu e uniu nossos lábios. - Eu te faria minha agora, nesse sofá mesmo, mas eu realmente preciso de um banho quente, estou tremendo de frio. - mal ele terminou de falar uma batida soou na porta. - Entre. -

- A água quente, majestade. - e a criada falou e caminhou para o banheiro.

- Eu podia esquentar você… Preferes a água… -

- De tão molhado que eu estou é mais fácil eu gelar você. - brincou e eu balancei a cabeça rindo. A criada saiu e ele seguiu para o banheiro, se livrando de sua roupa.

- Já comeu alguma coisa? - perguntei vendo-o se livrar de suas roupas.

- Ainda não. Mas já pedi para trazerem algo. Não se preocupe. - respondeu, entrando já sem roupas no banheiro. Mal ele entrou no banheiro de novo e bateram na porta, ao entrarem no quarto, era uma criada com uma bandeja com a comida que Edward havia pedido e a saiu do quarto levando a roupa molhada de meu marido.

Um tempinho depois, Edward voltou do banheiro, vestido e com frio. Eu esperei que ele comesse algo e logo em seguida, veio para a cama, se juntar a mim. Mesmo após comer algo quente e de um banho quente, Edward estava gelado, portanto as chances de conseguir matar a saudade hoje, era algo quase impossível de acontecer.

...

O aniversário de Edward chegou e com ele uma festa seria realizada no castelo, e com o tempo colaborando, a festa começaria do lado de fora com alguns jogos e se estenderia até a noite. Meu pai havia vindo com sua esposa e enteadas, e o filho dos Stanley não havia voltado, como meu pai suspeitava. E eu achava incrível o fato de eu ser muito idiota, ao ponto de ter me compadecido com elas, mesmo não merecendo.

Edward estava se preparando para participar de uma justa e Anthony estava com as outras crianças em outro local, uma justa não era algo que crianças precisavam ver, e eu andando entre os convidados, até ter encontrado o que eu queria.

- Lorde Newton. - e eu chamei sua atenção, ele estava com a esposa e os três filhos, dois meninos e uma menina, que deveria ter uns dez anos.

- Majestade. - e ele fez uma reverência e sua família o seguiu. - Em que posso servi-la? - 

- Gostaria de conversar com o senhor. Se não estiver ocupado. -

- Claro majestade. - e ele se voltou a sua família. - Volto logo, encontro-lhes nos nossos lugares. - e sua esposa assentiu, segurando a mão da filha. - O que deseja, majestade? -

- Tire-me uma dúvida, sir. Já arrumou um casamento para os seus filhos? -

- Ainda não. Estou procurando, mas nenhuma me pareceu boa o suficiente. -

- E o que seus filhos herdarão? -

- O mais velho o ducado de Lorena e o mais novo o condado de Metz, que é da família de minha esposa. - explicou enquanto caminhávamos. - Perdoe-me, mas qual é o motivo das perguntas? -

- Eu não sei se vossa graça sabes…, mas eu tenho duas meias irmãs, por assim dizer. Meu pai casou-se novamente quando eu era criança, e a esposa tinha duas filhas. - assentiu ele. - Ele está procurando por pretendentes para elas, contudo, quando eles descobrem que nenhuma das duas herdaria o condado de Avon, por ser da família de minha mãe, e meu pai já ter deixado de herança ao meu filho, eles não voltam. -

- Compreendo. -

- Eu admito, lorde Newton, que não me dou muito bem com minhas meias irmãs e minha madrasta, mas mesmo assim, não custa nada ajudá-las, creio eu. Da mesma forma, que creio eu, que seja bom ser, meio que da família, da rainha… - sugeri e ele me encarou.

- Compreendo… - disse simplesmente. - Admito que, mesmo não sendo irmãs de sangue, seja bom, ter vínculo com a senhora. Portanto, se puderes apresentar-me ao seu pai, podemos conversar. -

- Acompanhe-me, por favor. - e eu o guiei até onde meu pai estava com a esposa, bem perto de onde estávamos até. - Papai. - e eu o chamei, ele olhou primeiro por sobre o ombro, para conferir quem estava lhe chamando, e se levantou logo em seguida.

- Oi minha filha. - ele se aproximou de nós e segurou meu rosto entre suas mãos e deu um beijo em minha testa. - E meus netos? -

- Anthony brincando com outras crianças e a Daphne dormindo, mas assim que as justas acabarem eu pego os dois para ficar um pouco com o senhor. -

- Que bom. E o senhor? - perguntou ao homem ao meu lado.

- Papai. Esse é o duque de Lorena, Louis Newton. Sir, esse é meu pai, duque de Avon, Charlie Swan. - apresentei-os.

- É um prazer, vossa graça. -  e o lorde Newton esticou a mão.

- O prazer é meu, vossa graça. - e meu pai apertou sua mão.

- Então papai, o lorde Newton tem dois filhos para casar, e eu me lembrei de que o senhor também tem duas filhas para casar. - e meu pai me encarou e logo em seguida olhou para lorde Newton.

- Podemos conversar. Durante a festa? -

- Claro, vossa graça, e caso concordes, podemos apresentar nossos filhos e ver se eles se dão bem. -

- Ótima ideia. Durante a festa nós conversamos. -

- E agora na justa, o rei Edward desafia o lorde James Stuart. - e eu ouvi o arauto da justa anunciar.

- Essa é a minha deixa para voltar ao meu lugar.  - deixei os dois sozinhos e voltei rápido ao meu lugar.

A justa ocorreu tranquilamente e logo em seguida seguimos para o jardim para o almoço e meu pai foi direto para os meus filhos e eu o via conversando com o lorde Newton, com minha filha em seu colo enquanto Anthony corria pelos jardins com Henry e as crianças.

Quando a noite começou a cair, as pessoas foram se trocar para o banquete da noite e após colocar Daphne na cama e ter trocado meu filho, eu corri até o quarto que foi disponibilizado para Irina e Tanta e entrei sem bater, encontrando-se se trocando com algumas criadas.

- Saiam, por favor. - pedi e elas saíram.

- Não é só porque você é a rainha, que você pode invadir o quarto dos outros. - Irina resmungou indo terminar de amarrar o vestido da irmã.

- Na verdade eu posso. E na verdade eu acho que deveriam falar direito comigo. -

- Por que? - questionaram rindo.

- Em primeiro lugar, porque eu sou a rainha de vocês. Gostando ou não. - e elas bufaram. - E em segundo lugar, por a idiota aqui, ficou com pena de vocês, mesmo não merecendo, e pelo visto arrumei um casamento para cada. - e elas me encararam ao mesmo tempo com surpresa em seus olhos, que elas trataram de esconder.

- Não precisamos da sua ajuda para arrumar um casamento. - Tanya resmungou.

- Ah não? Então continuem sendo rejeitadas por filhos de mercadores e comerciantes, que só querem se casar para conseguirem algum título, e ao descobrirem que vocês não têm nada vão embora. Isso mesmo, rejeitem um futuro duque e um futuro conde. Irei procurar o pai deles e falar para desistir do acordo e arrumar esposas melhores para seus filhos. - e eu me virei para sair do quarto.

- Não. - e elas me impediram de sair do quarto, me puxando para perto delas, até sentar na cama. - Estais falando de um conde e um duque? -

- Duque de Lorena e conde de Metz. - falei olhando de uma para a outra. - Um dos mais ricos da França. - e elas soltaram gritinhos animados.

- Eu preciso trocar de roupa. - as duas falaram ao mesmo tempo. Elas não agradeceram, eu sabia que não fariam isso mesmo, mas eu tinha a minha consciência tranquila, simplesmente me levantei da cama e fui embora para o meu quarto.

- Onde estavas? - e Edward perguntou colocando sua camisa branca.

- Falando com as más agradecidas. - resmunguei.

- Vem cá… - e ele me puxou para perto dele quando eu tentei ir até o meu baú pegar um vestido. - Falaram-me que viram a senhora conversando com Jaime Newton. -

- Estava apresentando-o ao meu pai, porque eu sou idiota e está procurando um casamento para as garotas. - expliquei e tentei me afastar dele, e ele me puxou de novo.

- Você não é idiota. Você é uma mulher maravilhosa, com um belíssimo coração. -

- É? Nem agradeceram. -

- Isso fala mais sobre elas, do que sobre você. - e eu sorri para ele ao sentir um carinho em minha bochecha.

- Sei que é seu aniversário, mas se importa em voltarmos da festa cedo? -

- Por quê? -

- Queria um tempo só com meu marido. -

- Um tempo é?! -

- É! Um tempo. Sozinhos. Na cama. - e ele sorriu amplamente. - Nus… - e eu falei com a voz baixa e levemente rouca, do jeito que eu sabia que ele ficava louco. - E de preferência, comigo sentada e rebolando no seu colo. - e eu senti uma espécie de rosnado reverberando dentro de seu peito.

- Acho melhor nem saímos do quarto. - e eu fiquei na ponta dos meus pés para dar um beijo em seus lábios.

- Vamos sair sim. Todos que estão nesse castelo vieram para o aniversário do rei. - e eu beijei seus lábios de novo. - Fiquemos um tempo e depois viremos para o quarto. - ele segurou meu rosto e beijou-me. Eu levei minha mão até seu pênis por cima da calça e comecei a estimulá-lo por cima da calça mesmo.

- Dissestes que era para sairmos do quarto. - comentou contra minha boca quando enfiei minha mão dentro de sua calça.

- Mas não significa que não podemos nos divertir rapidinho. - e eu comecei a estimulá-lo, deixando duro e ele levou as mãos até as amarras de meu vestido, as desamarrando.

Eu tirei a mão de dentro de sua calça, e a abri, abaixando-as e empurrando para a sentar na cama. Ele havia desfeito as amarras de meu vestido e espartilhos, eu tirei toda a minha roupa e sentei em seu colo. Edward ajeitou seu pênis na minha entrada e apoiou suas mãos em minha cintura e eu sentei em seu colo, sentindo seu pau me preencher toda e arrancando um gemido de nós dois.

Edward tomou minha boca em um beijo ávido enquanto ditava o ritmo de meu quadril contra o dele, apertando forte meu quadril e quando voltei a tê-lo todo dentro de mim, eu rebolei contra ele, ganhando um apertão e ouvindo um gemido próximo ao meu ouvido. Eu empurrei-o para deitar na cama e apoiei minhas mãos em seu peito e comecei a sentar em seu pênis mais rápido arrancando mais gemidos e mais altos, tanto dele quanto de mim.

- Isso… isso amor… Deus, eu amo você por cima de mim. - e ele gemeu com as mãos apoiadas em minha cintura.

- Me ajuda. Estou quase. - pedi gemendo e ele tentou nos virar e eu o impedi. - Eu quero ficar por cima. Eu gosto de ter você a minha mercê. - com o meu pedido ele começou a me ajuda a sentar mais rápido e mais forte em seu colo, e deitei meu peito contra o dele, com nossos lábios roçando um no outro. E não demorou muito e eu gozei abafando meu gemido contra a sua boca e logo em seguida ele me acompanhou.

Após alguns segundos para nós acalmarmos. Eu saí de cima dele, tirando-o de dentro de mim, eu peguei um pano para me limpar e peguei o vestido que iria usar. Edward me ajudou a amarrar o corpete e o vestido e enquanto ele ia terminar de se vestir, eu fui terminar de me arrumar. Sentei-me na penteadeira para pentear o meu cabelo e colocar uma tiara sobre a minha cabeça.

Edward esperou que eu terminasse de me aprontar para descermos para a festa, após eu pegar meu filho, que ficaria apenas um pouquinho na mesma. A festa iria acontecer do lado de fora, o tempo estava muito bom, bem fresco.

Eu estava com meu marido em um canto dos jardins, junto com alguns ministros e suas esposas e vi com o canto dos olhos que Irina conversava com o filho mais velho do lorde Newton e Tanya conversava com o filho mais novo. Eu torcia muito para que esse casamento se realizasse, não por elas, mas sim para o meu pai ter um pouco de paz, para que Kate parasse de perturbar já que suas filhas não tinham maridos, e que estavam ficando "velhas".

Quando eu julguei ser tarde demais para Anthony ficar acordado e no meio de tanta gente, e principalmente após ele me contar que estava com sono. Eu o peguei no colo para que pudesse levá-lo para a cama. Antes que pudesse me afastar e com meu filho já dormindo em meu colo, até porque eu precisei apenas pegá-lo no colo e ele aninhou a cabeça em meus seios e dormiu, Edward fez um carinho rápido na cabeça do filho e beijou-lhe sua cabeça.

Entrei no castelo e subi para o quarto de meu filho, que ficava ao lado do meu. Coloquei-o em sua cama e com cuidado troquei sua roupa, para não o acordar, e assim que o cobri e sentei um pouco ao seu lado, a babá entrou para trocá-lo, mas ao notar que ele já estava dormindo, ela saiu em silêncio para não o acordar. Fiz um cafuné em seus cabelos e dei um beijo em sua cabeça e saí do quarto.

E para a felicidade de meu pai, o acordo de casamento entre as garotas e os filhos do lorde Newton, e eu não sabia quem estava mais apressado para o casamento, Kate ou o senhor Newton, já que marcaram o casamento para dois meses depois, que acabou atrasando um pouco no dia, porque eu e Edward acabamos chegando um pouco atrasados, por tirarmos um tempinho para nós dois.

Dois anos depois.

Dois anos haviam se passado desde o casamento de minhas "irmãs" e algumas coisas mudaram por aqui. Em primeiro lugar as duas se mudaram, uma para Lorena e outra para Metz, portanto quando eu ia para a casa de meu pai, eu tinha que aturar apenas uma de três, isso quando Kate estava em Avon e não na casa de alguma filha dando uma de abelhuda. Em segundo lugar, Rose havia tido mais dois filhos com Emmett, Philip e Andrew. Em terceiro lugar… Eu estava esperando meu terceiro filho, contudo ninguém sabia ainda, principalmente Edward, que descobriria hoje.

Eu tinha tudo pronto, hoje teria uma festa para comemorar a colheita do final de outono e Edward me puxou para fora da pista de dança após os músicos encerrarem outra música. Era costume trocar presentes nessa época do ano, e o meu presente para ele era a notícia do nosso terceiro filho.

- Eu quero te dar o meu presente. - ele se aproximou de uma mesa onde tinha uma fonte enorme e me entregou um pergaminho.

- O que é isso? - questionei desenrolando o pergaminho.

- Leia. -

- Estais me dando uma propriedade em Pierrefonds? – questionei lendo o papel e levantando um pouco os olhos para olhar para ele.

- Na verdade eu estou lhe dando o castelo de Pierrefonds. – explicou. – Eu queria te dar a muito tempo, mas, achei que ele estava um pouco abandonado e mandei reformá-lo, achei que seria uma reforma rápida, mas... demorou mais do que queria, finalmente ele está pronto. – contou sorrindo. - Podemos passar o nosso natal lá. – sugeriu.

- Por que... – e eu me aproximei dele, enrolando o pergaminho mais uma vez. – Por que não vamos para o quarto, ficarmos um pouco sozinhos, aproveitar que as crianças estão dormindo, para que eu possa lhe dar o seu presente? –

- Eu amo esse seu presente. –

- Você nem imagina qual é o presente que tenho para lhe dar... –

- Majestade... – e o padre Knox se aproximou de nós chamando a atenção de Edward.

- Padre... – e ele se virou um pouco para olhar o padre.

- Majestade. – e ele mexeu a cabeça na minha direção.

- Padre Knox. –

- Majestade, eu gostaria de uns minutos com o senhor, se possível... –

- Padre, eu ia me retirar agora mesmo com a minha esposa e... –

- O senhor não irá demorar muito, ou vai padre? –

- Não majestade, pouquíssimos minutos, eu juro. – garantiu e eu puxei Edward para que ele pudesse aproximar a cabeça de mim.

- Conversa com ele enquanto eu troco de roupa. – falei baixo para ele, e apenas ele me ouvir, - Assim fica mais fácil para lhe dar o seu presente. – e ele roçou o nariz ao meu.

- Não vou me demorar. -

- Boa noite padre Knox. –

- Boa noite majestade. – eu beijei-lhe a bochecha de meu esposo e subi para o meu quarto.

Eu dei uma passada rápida no quarto de meus filhos para ver se estavam dormindo e se estavam bem aquecidos e segui para o meu. Com a ajuda de uma das damas que haviam vindo atrás de mim, que desamarrou o vestido e logo eu dispensei, para poder me trocar sozinha, tirando o vestido e o corpete que estava um pouco apertado demais e troquei por uma camisola. Enquanto esperava por Edward, parei na frente do espelho e puxei a camisola para trás, deixando-a bem justa e notando que minha barriga começava a aparecer, bem de leve. Ao ouvir o barulho da porta abrindo eu ajeitei minha roupa e esperei que ele entrasse.

- Estou pronto para o meu presente... – comentou sorrindo enquanto tirava a jaqueta. Ele se aproximou de mim, levando a mão para a minha cintura e beijando meu pescoço. – Eu te amo.

- Eu te amo. – senti seus dentes rolarem em meu pescoço.

Seu corpo estava bem grudado ao meu e eu já conseguia sentir a sua ereção através de sua calça, contra o meu quadril. Eu levei minha mão até a dele e puxei para a minha barriga, na direção de meu ventre. Eu tinha os olhos fechados enquanto sentia os beijos de meu marido em meu pescoço, ele desceu um pouco com a mão e começou a subir com a minha camisola, levando a mão para o meio de minhas pernas, e mais uma vez eu puxei a mão dele para o meu ventre. Eu sentia sua mão acariciando meu ventre, até parar de repente, tanto a caricia em minha barriga e os beijos em meu pescoço, e ao abrir os olhos eu encontrei os olhos deles abertos e me encarando pelo vidro do espelho.

- Essa barriguinha... – comentou baixo, mas por sua boca estar perto do meu ouvido. – Estais... – e eu apenas assenti e seus lábios se repuxaram em um sorriso enorme. – Quando descobriu? –

- A poucos dias. – respondi. – Pelo tamanho dela, e em comparação as outras duas, já deve ter uns dois ou três meses. –

- Mas... –

- Eu não senti nada. Enjoo, nada... Desconfiava devido ao atraso da minha regra, mas... – dei de ombros. – Quando notei a barriguinha começando a aparecer, foi a minha certeza. –

- Não podia me dar um presente melhor. – e eu abri um sorriso amplo.

- Esse não é o seu presente. – respondi.

- Qual é então? – e eu levei a mão para trás de mim, levando a mão até o seu pau e dando uma leve apertada nele.

Edward não falou nada, apenas me olhou com um olhar lascivo e se tirou a minha camisola, deixando-me nua a sua frente. Eu me virei de frente para ele e uni meus lábios aos dele e ele levou as mãos até o meu quadril e me pegou no colo e caminhou até a cama. Nossos lábios ainda estavam unidos em um beijo calmo e com cuidado ele me deitou na cama, deitando por cima de mim. Ele interrompeu o beijo e desceu com a boca pelo meu pescoço, até os meus seios.

Eu sentia a língua de Edward em meus seios, rodeando o bico de meus seios, chupando-os. Contudo, ele não se demorou muito neles e logo em seguida continuou descendo com seus lábios, até a minha barriga, parando na altura de meu ventre e demorando-se um pouco ali. Ele beijava meu ventre, onde nosso filho ou filha estava guardadinho crescendo, e nós esperávamos que bem. Ele continuou descendo mais um pouco, para o meio de minhas pernas, que se abriram para ele sem pensar duas vezes e ele começou a deslizar bem devagar sua língua em minha buceta.

Meus olhos estavam fechados enquanto sentia meu marido me chupando maravilhosamente bem, enquanto minhas mãos mexiam em seus cabelos, e ao sentir o formigamento em meu ventre, comecei a puxar seus cabelos, como uma forma de impedir que ele tirasse a cabeça dali e não demorou muito e eu gozei em seus lábios. Ao tirar o rosto do meio de minhas pernas, ele ficou de joelho na cama e tirou sua camisa, puxando-a pela gola e logo em seguida abriu os botões de sua calça e a abaixou, revelando seu pênis duro e ereto. Sua calma teve o mesmo destino que minha camisola e sua blusa, o chão, e me puxando pela coxa, me aproximou um pouco mais dele, e com cuidado encaixou seu pênis em minha entrada.

Devagar ele começou a me penetrar devagar, até ter me preenchido completamente. Ele segura minhas coxas um pouco erguidas e começou investir dentro de mim, de início, devagar, mas, conforme, os nossos gemidos iam aumentando a sua velocidade ia aumentando junto. Uma de suas mãos saíram de minha coxa, descendo para perto da minha buceta e acariciando meu clitóris com o polegar e com isso meus gemidos aumentaram mais ainda. As únicas coisas que saiam da minha boca eram os gemidos, pedidos por mais e palavras desconectas.

Suas mãos voltaram para as minhas coxas e ele abaixou as costas unindo nossos lábios e eu nos virei na cama. Meu cabelo estava todo no meu rosto e antes que eu tivesse a oportunidade de tira-lo, ele levou a mão até o meu cabelo, jogando para trás, enquanto eu sentava contra o seu colo. Ao jogar o meu cabelo para trás, ele voltou com a mão para a minha cintura, e dessa vez ele não quis deixar que eu fosse no meu ritmo e começou a me ajudar a ir mais rápido e forte, eu não me importava, eu também queria ir rápido e forte. Era tão bom, tão gostoso, eu não entendia como ainda não havia conseguido me acostumar com esse misto de sensação e sentimentos.

O formigamento em meu ventre recomeçou de um jeito bem mais forte e ficar por cima se tornou um pouco difícil já que minha buceta apertava gostosamente o pau de meu marido. Ele se sentou na cama, passando os dois braços por baixo do meu quadril e começou me movimentar sobre o seu colo. Minhas mãos apertavam seus ombros e minhas unhas arranhava, volta e meias sua nuca, ombros e costas. Não demorou e relaxei em seu colo, ao ter meus lábios tomados por ele, ao gozar em seu pau, ele me mexeu mais algumas vezes em seu colo, até se derramar dentro de mim.

Ele deitou na cama, me puxando para deitar em cima dele com nossos lábios ainda unidos e nos virou de lado, ficando os dois de lado um de frente para o outro e com sua mão acariciando meu ventre. O ar se fez necessário e nossos lábios se separaram e eu deitei na cama, sentindo o sono chegar e deitou a cabeça próximo ao meu ventre ainda acariciando a minha barriga.

Seis meses depois.

Seis meses haviam se passado e eu havia entrado em trabalho de parto do meu terceiro filho. Terceiro, e mesmo assim não era fácil parir uma criança. Eu agradecia aos seus por Edward não sair do meu lado em momento algum, mesmo com a parteira e os médicos pedindo para ele sair. Ele estava sentado em banco ao lado da cama, sua mão segurava a minha, que eu apertava com força quando a dor vinha e a outra tinha um pano, que ele limpava o suor da minha testa.

O trabalho havia começado no início da noite, e eu via pela janela do quarto que o sol estava começando a raiar e até agora nada. Eu não estava aguentando mais, eu estava exausta e não tinha mais forças para nada, e a parteira só sabia falar que era só mais um empurrão e ele sairia, mas ele não saia.

- Vamos majestade. Só mais um empurrão. – ela falou mais uma vez e eu senti uma vontade imensa de dar um soco nela, eu não aguentava mais ouvir isso de só mais um empurrão. Eu virei o rosto, vendo Edward ao meu lado e vi em seus olhos que nem ele aguentava mais ouvir só mais um empurrão.

- Só mais um pouquinho amor... – disse ele baixo dando um beijo em minha testa recém secada por ele.

- Esse é o seu último filho. – resmunguei e ele riu. – Pelo menos comigo. –

- Se não for com você, não será com mais ninguém. – rebateu ele.

- Então esse é o seu último filho. – e eu apertei a mão dele com força, ao sentir a dor voltando com tudo, e junto com ela, uma dor que parecia estarem me rasgando de dentro para fora, e eu sabia o que isso significava, ele estava começando a sair.

- Vamos majestade. Já estou vendo a cabecinha. – eu respirei fundo reunindo as últimas reservas de forças que eu tinha e ao sentir a dor vir novamente e acabei com as minhas forças com o mais um empurrão, e para a minha tranquilidade eu o senti sair todo. Deitei a cabeça no travesseiro, eu estava exausta, só queria dormir um pouco. – É um menino majestade. – e eu ouvi a parteira falando após ouvir o som metálico de uma tesoura. O médico, que acompanhava o parto, examinou rapidamente o meu menino e entregou a Edward um pequeno embrulho e com todo o cuidado, ele se sentou ao meu lado para que eu pudesse ver meu filho. Ele ainda estava sujo, com um pouco de sangue e de algo parecido com uma pasta branca, mas mesmo assim, com o rosto ainda bem inchado, ele era lindo. Ao contrário de Anthony e Daphne, esse havia nascido bem cabeludo, em um tom escuro e seus olhos também era escuro, parecidos com os meus.

- Ele é igual a você. – e eu sorri cansada.

- Finalmente, não é? Os outros dois puxaram você em todos os sentidos, parece que nem saíram de mim. – e ele sorriu do meu comentário.

Edward pediu que para que eles saíssem e nos deixassem a sós com o bebê, e com cuidado ele me ajudou a abaixar a alça da minha camisola para poder amamentar meu menino pela primeira vez. Ele se amamentou e assim que Edward o pegou de novo do meu colo, eu deitei na cama e não demorou muito e eu adormeci.

Ao acordar já havia anoitecido mais uma vez, meu corpo ainda doía um pouco mais meu estômago doía de fome. Edward estava no quarto comigo, na mesinha de escritório que ele colocou no quarto para trabalhar para me fazer companhia. Ao ouvir o farfalhar dos lençóis, ele desviou os olhos do papel e olhou na minha direção, e ao notar que eu havia acordado, ele se levantou e veio até mim.

- Oi. Como se sente? – perguntou agachando ao lado da cama, no chão.

- Bem, cheia de fome. – respondi sentindo um carinho em minha bochecha. – E George? – e ele apontou para o outro lado da cama, onde tinha um berço.

- Ele ainda não acordou, portanto não precise se preocupar. – garantiu e eu sentei na cama, com a ajuda dele.

- Eu preciso de um banho e comida. –

- Vou pedir para trazerem... – e antes que ele pudesse se afastar, eu segurei-o pela mão e ele abaixou de novo.

- E Anthony e Daphne? –

- Desesperados querendo ver você, mas achei melhor eles não virem ainda. Mas assim que você tomar um banho e comer algo, eu os trago. Tudo bem? – e eu assenti.

Edward caminhou até a porta e falou algo com o valete da porta e em poucos segundos voltou para dentro, sentando ao meu lado na cama e passando o braço por cima de meus ombros, me dando um abraço. Demorou um pouco, mas finalmente a criada chegou com a água quente para um banho e enquanto ela trocava os lençóis sujos da cama, Edward me ajudou a ir até o banheiro e a tomar um banho e ao voltar para o quarto, já tinha uma bandeja com comida me esperando. E como em um time perfeito, George acordou assim que eu havia acabado de comer e ele logo veio para o meu colo.

Ele já estava limpo e bem aquecido enrolado em sua manta. Ele mamou bastante até adormecer em meus braços novamente, e ao erguer a minha camisola novamente e eu ouvi a porta do quarto abrindo e meus filhos entrando no quarto, com Edward, que havia me deixado sozinha por alguns segundos.

- Subam na cama com cuidado. – e eu ouvi ele falando enquanto segurava a mão de Daphne. – E sem subir na mãe de vocês. – e com cuidado ele colocou os dois em cima da cama, que vieram engatinhando para perto de mim e Edward se sentou do meu lado oposto.

- Mamãe... – e a pequena Daphne, que tinha três anos agora, e Anthony que já tinha oito anos, ficaram bem pertinho de mim e do bebê.

- Oi, minha princesa. – e ele olhou do bebê para mim.

- Ele é feio. – comentou torcendo o nariz e Edward riu ao meu lado.

- Pois saibam que os dois já tiveram essa cara. – rebateu ele e o nariz das duas crianças torceram mais ainda.

- Não chame meus filhos de feio. – e eu dei uma cotovela em Edward.

- Ele não era feio. E nem vocês. – respondi. – Ele só está um pouco inchado, mas em algumas semanas ele desincha e fica mais lindo ainda, igual a minhas duas crianças lindas. – e com a mão livre, eu apertei a bochecha de ambos. – Venham aqui. – e eu chamei os dois para mais perto de mim e Daphne, passou por cima de minhas pernas e sentou no colo do Edward e Anthony se aproximou mais ainda de nós, onde estava sua irmã antes e nós cinco ficamos bem pertinho um do outro. Eu consegui dar um beijo na bochecha de meus filhos e um beijo nos lábios de Edward.

- Eu te amo. – falou ele roçando seu nariz ao meu.

- Eu te amo. –

- E amo vocês três também... – e ele apertou os filhos em um abraço beijando os dois e com cuidado, beijando George também.

E curtinho um momento apenas nossos, principalmente após Anthony ter deitado em meu colo, e ganhando um carinho meu nos cabelos arruivados igual ao pai e a irmã, eu deitei a cabeça no ombro de meu marido, que passou o braço livre por sobre meu ombro, me trazendo para mais perto dele, e o mundo poderia explodir do lado de fora das paredes desse quarto, mas aqui dentro, enquanto meus filhos e meu marido estivem comido, ao meu lado, aos meus braços, nada mais importava, apenas eles.

Fim.