Pov. Edward.
Uma semana havia se passado desde que eu havia me
entendido com Isabella, e no mesmo dia eu procurei uma psicóloga e estava me
consultando e sentia que estava melhorando. Com ajuda de Alice e minha mãe eu
havia doado o resto das coisas de Tanya, menos as coisas que as crianças
queriam guardar para elas. E foi como se um grande peso tivesse saído de cima
de mim.
- Então Edward… Por que mudou o
horário da consulta? - Kate questionou quando eu apareci na sua sala as onze da
noite, ainda usando meu jaleco e o estetoscópio no pescoço.
- Perdoe-me por isso. Mas eu tive
uma cirurgia de emergência que demorou mais do que achei que fosse demorar.
Qualquer coisa nós podemos deixar para amanhã ou outro dia… -
- Não precisa se preocupar
comigo. Vamos lá… Conte-me como anda as coisas… Vamos começar pelas coisas de
sua ex-esposa… Doou tudo? -
- Quase tudo. - confessei e ela
me encarou por cima de seus óculos. - As crianças quiseram ficar com algumas
coisas. E bom… Eu cedi. Achei que o fato de eu estar pronto para me despedir
dela de vez, não quer dizer que elas estão… Menos Maggie, a única que não a
conheceu foi a única que não pegou nada. Mas de qualquer modo eu guardei um
colar de Tanya, que ela falava sempre que iria deixar para a filha mais nova…
Talvez quando ela crescer eu dê a ela, e aí ela decida o que fazer… -
expliquei.
- Fez bem. O fato de você estar
pronto para se despedir não quer dizer que elas estejam… Mas você já deu um
grande passo. Você irá guardar Tanya dentro de você e é isso que importa… Mas
você tem que seguir em frente… - respondeu. - E quanto a Isabella? A viu de
novo? -
- Não. Mas estou falando com ela
por telefone sempre que possível. Sempre que nós temos tempo. E quando eu falo
com ela eu me sinto muito melhor. -
- E seus pesadelos? -
- Não sumiram… Mas deu uma leve
diminuída na intensidade… -
- E o rosto de Isabella? Sumiu do
sonho? -
- Às vezes é Isabella, às vezes é
Tanya. Ás vezes eu não consigo ver o rosto, fica borrado… -
- Parou com o remédio para
dormir? -
- Aos poucos eu estou parando.
Quando o sonho fica muito forte, ou quando vou ter uma dia muito corrido no dia
seguinte eu tomo. Mas eu estou diminuindo. Até porque meu pai ameaçou me
entregar ao conselho de medicina caso eu não pare de tomar remédio por conta
própria. Isso porque ele é meu pai. -
- Ele está certo. Está fazendo
isso antes que você acabe desenvolvendo um vício por remédios. Que como médico,
você sabe como é. -
- Eu sei… -
- Eu tenho uma nova missão para
você. - e eu a encarei. - Você já levou tudo de Tanya embora. Já deu um grande
passo. Agora, a sua missão é sair em um encontro com Isabella. Do jeito certo.
Apresente a ela esse novo você, o que está se esforçando para mudar e seguir em
frente. E veja se ela vai te dar a chance que você tanto quer. -
- Acha que está na hora? -
- Se é ela quem você acha que vai
te ajudar a acabar com os pesadelos. Sim. Acho. Está na hora. -
Após mais algumas conversas, meu horário acabou e
eu voltei ao meu plantão. Eu tinha usado o meu tempo de descanso para ir a
consulta e agora eu tinha que voltar para me preparar para uma cirurgia de
emergência, onde eu ajudaria meu pai a com uma cirurgia, no coração e nas
artérias de um homem. A cirurgia demorou até o amanhecer, e quando saímos da
sala de cirurgia, eu tirei minha touca cirúrgica e peguei meu celular mandando
uma mensagem para Isabella.
'Hey… Como
está?
Está ocupada
hoje na hora do almoço? Queria almoçar com você, terei o almoço livre.
Edward.’
Hoje eu ficaria com um dos maiores plantões que
podia pegar. 48h. Eu sabia que não era esse tipo de encontro que Kate havia se
referido. Mas depois de dias nos falando apenas por telefone, não ia mandar uma
mensagem ou ligar e convidá-la para um encontro. Até porque eu não sabia se ela
havia desistido de dar a minha chance e se interessou por outro homem. Jacob
não me dava pistas nenhuma. Eu que tinha que conquista-la sozinha. Até porque
eu soube que ela brigou com ele por ter dito como “comprá-la”.
- Como estão as consultas com
Kate? - meu pai questionou enquanto íamos até a lanchonete para comer algo.
- Boas. Ajudando e muito. Ela
disse que eu estava pronto para chamar Bella para um encontro. -
- Então a chame. -
- Vou chamar. - disse sorrindo. E
assim que entramos na fila para pegar nossa comida, meu celular vibrou em meu
bolso. Uma mensagem de Bella.
'Oi. Bom dia
pessoa que provavelmente não dormiu.
Estou ótima e
você? Não, não tenho compromisso na hora do almoço, mas tenho uma castração
após as 13h.
Tem certeza
que quer sair para um almoço? Não está cansado?
Bella.’
Eu peguei algo rápido para não ficar muito tempo
com o estômago vazio e me sentei em uma mesa com meu pai e respondi a sua
mensagem.
'Bom dia. E
tem razão. Não dormi. Fiquei a madrugada toda em uma cirurgia. Mas eu estou
bem, até porque ainda tenho mais 24h de plantão pela frente. Eu estou muito
bem, não precisa se preocupar comigo. Sim. Eu quero ver você. E se não se
importar gostaria de ir almoçar com você.
Que tal às 12h
no Bubba Grump? Aí perto do Navy Pier?
Edward.’
E a resposta veio bem rápido, eu mal tive tempo de
adoçar meu café quando ela chegou.
'Ok. Até o
Bubba.
Bella’.
Guardei o telefone e tomei um gole do café e peguei
meu donut de morangos e comi e notei que meu pai não tirava os olhos de mim.
- Que foi? -
- Eu estou muito feliz por saber
que você está seguindo em frente. E que quer seguir em frente com a Bella. Eu e
sua mãe a adoramos. -
- Eu sei. Você, mamãe. Alice e
Maggie. Mas Maddie, Kenzie e Mel não… -
- Dá tempo ao tempo. São as que
mais passaram tempo com a mãe. Vai ver que aos poucos a Bella vai conquistando
elas do jeito que conquistou você. Não force nada, apenas deixe fluir. - e seu
pager bipou. - Eu tenho que ir. Reunião do conselho agora. - respondeu bebendo
o resto do café. - Assim que acabar a reunião eu vou ver o senhor McCartney e
vou para casa. Estou aqui a quase 72h. - respondeu ficando de pé. - Ah Edward…
- o encarei. - Quando vocês dois se acertarem, leve-a para outro jantar lá em
casa. -
- Pode deixar. - assenti e ele
pegou sua bandeja e se foi e eu fiquei ali um tempo. Eu sabia que se fosse para
a sala de descanso eu não teria descanso, pois assim que eu deitasse, iriam me
chamar e tratei de comer com calma. E mal coloquei o último donut na boca e meu
pager bipou. Emergência.
Engoli o resto do donut com o resto do café e me
levantei rápido, jogando o lixo no lixo e deixando a bandeja junto as outras
para ser recolhidas depois e corri para a emergência. Mal cheguei lá e uma
ambulância chegou com uma menina na cama, com um tanque de oxigênio.
- O que houve? -
- Ela simplesmente parou de
responder aos sinais vitais. - o paramédico disse levando-a para uma das salas
de trauma.
____
Eu cheguei ao Bubba Grump faltando dez minutos
para as 12h, o dia estava agradável portanto fiquei numa mesa do lado de fora.
Acho que Isabella não iria se importar. O sol não estava tão forte e a brisa
vinda do lado era gostosa.
O tempo foi passando e eu com o telefone em cima
da mesa para qualquer coisa, emergência do hospital ou mensagem da Bella.
Enquanto esperava Bella chegar eu pedi uma garrafa de água e fui bebendo
enquanto esperava.
- Oi… Desculpa a demora. - ela
disse chegando perto de mim 12:10h. - Deu uma complicação em uma operação e
tive que ajudar ao Sam. - respondeu quando eu me levantei.
- Não se preocupe. - eu a segurei
pelo rosto e lhe dei um beijo. Não na testa, mas nos lábios como estava a fim
de fazer a muito tempo de novo. – Está linda. - Quando a soltei, ela estava
levemente corada, ela tirou os olhos de sol, colocando na cabeça como um arco e
pendurou a bolsa na cadeira, que eu puxei para ela sentar.
-Obrigada. -
- Se importa de ficar aqui fora?
Achei que o tempo estava bonito demais para ficar lá dentro. -
- Claro que não me importo. -
respondeu sorrindo e seu celular começou a tocar. - Desculpa. - ela atendeu. -
Fala Jacob… Não eu não posso ir almoçar com você. Já estou em um almoço com
outra pessoa... É. Ele mesmo… Hoje à noite? Tudo bem… Pode ser no Big Star? Aquele restaurante mexicano
novo, perto da Wicker Park… Porque eu quero comer tacos… Se é para ficar
reclamando não me mandasse escolher. - resmungou e eu balancei a cabeça rindo.
- Tudo bem. Até lá então. - e ela desligou o telefone. - Às vezes eu sinto uma
puta vontade de bater em Jacob… -
- O que ele queria? - perguntei
meio receoso de estar sendo intromedito demais e ela respondeu após alguns
segundos e sorriu.
- É que estamos entrando em Junho… Nós sempre
pegamos um final de semana de folga. Eu, Jake, Rose e vamos ao Wisconsin. Ele
quer marcar para irmos… Nós sempre vamos lá antes que as férias escolares comecem…
A propósito… - ela pegou rapidamente o celular e digitou algo rápido e depois
largou de novo. - Avisei a Rosalie. -
- A um chalé perto do Nicolet
National Forest? - e ela me encarou confusa.
- Como sabe? -
- Jacob me contou uma vez, quando
eu perguntei de você. Do que você gostava de fazer. - ela sorriu.
- É… Lá mesmo… Eu te chamaria
para ir, mas vendo que você está resolvendo seus problemas pessoais… E por
falar nisso, como anda a terapia? -
- Ótima. - respondi sinceramente.
- Doei tudo de Tanya, menos o que as crianças queriam guardar, e me sinto muito
melhor. Os pesadelos não sumiram, mas diminuíram um pouco. -
- Fico feliz. - ela sorriu e
garçom chegou.
Após fazermos nossos pedidos nós continuamos a
conversar, sobre a terapia, sobre os dias que se passaram um longe do outro, e
sobre as meninas. A minha semana foi tranquila, a dela já foi um pouco agitada
devido a correria na veterinária, já que um de seus médicos haviam quebrado a perna
e não podia ir trabalhar e agora tinha apenas ela e outra médica lá.
As crianças estavam bem. Maggie como sempre
perguntando dela e as outras torcendo o nariz quando ouviam a irmã perguntar.
Bella perguntou sobre meus pais e minha irmã, e eu comentei que meu pai queria
que ela fosse jantar lá em casa de novo. E a conversa acabou com ela reclamando
do meu plantão.
- É sério. Plantão de 48h é abuso
já. - reclamou enquanto caminhávamos após o almoço até a sua veterinária ali
pertinho, tão pertinho que ela havia vindo a pé.
- Já fiz de 72h. -
- Daqui a pouco vai acabar
ficando doente. -
- Bom… Eu não te chamei para
almoçar para que você reclame dos meus plantões… - respondi quando nos aproximamos
de sua veterinária. - Eu vim te convidar para sair. -
- Já saímos. Acabamos de almoçar.
-
- Eu sei. Mas era para te chamar
para um encontro de verdade. Igual ao primeiro. - e ela me encarou. - A
psicóloga disse que eu estou pronto para dar esse passo e sinceramente estava
louco para te ver a um bom tempo. E como você havia dito que era para eu
aparecer depois que colocasse minha vida nos trilhos novamente… - dei de ombros
e a vi sorrindo. - Amanhã? - ela negou. - Por quê? -
- Você estará saindo de um
plantão de 48h. Você estará pior que um zumbi. Vai para casa. Dorme. Descansa.
Fica um tempo com suas filhas. E no final de semana, caso estejamos
desocupados, eu aceito sair com você. - respondeu sorrindo e eu retribuí o
sorriso.
- Quando eu disse que estava
gostando de você, eu não menti. -
- Nem eu. - ela retrucou
sorrindo.
- Posso beijar você de novo? -
- Vem cá. - ela me chamou com o
dedo e eu me aproximei dela eu abracei sua cintura e uni meus lábios aos dela.
Sua língua tocou em meus lábios e eu entreabri os meus e ao sentir sua língua
deslizando para dentro de minha boca eu apertei mais sua cintura contra meu
corpo e chupei sua língua. Beijar Bella acendia uma chama dentro de meu peito,
uma chama gostosa, aconchegante e que eu não queria que se apagasse nunca mais.
Sua mão subiu até a minha nuca e puxou de leve os cabelos dali e eu apertei
mais seu corpo contra o meu. Quando o ar se fez necessário, o beijo foi
interrompido, e não podia segurar o sorriso bobo. - Você está todo sujo de
batom. - disse sorrindo e passando os dedos pelos meus lábios limpando os
vestígios de batom. - A propósito, quando vai trazer os cães de novo? -
- Assim que tiver tempo… Prometo…
- e ela ficou na ponta dos pés e me deu um beijo rápido de novo.
- Eu vou trabalhar… -
- E eu voltar ao meu plantão… -
dei mais alguns beijos em seus lábios e ela entrou em sua veterinária e eu
voltei para o estacionamento para entrar no carro e voltar correndo para o hospital.
_____
O final de semana chegou e o meu encontro com
Bella também. O meu plantão de 48h acabou e eu fui para casa e depois de passar
uma parte do dia dormindo, peguei um dia de folga para ficar com minhas filhas,
levando-as para sair com os cachorros. E a noite de sábado chegou, eu estava me
vestindo e eu estava nervoso, sentia meu estômago revirar e minhas mãos soarem
enquanto eu arrumava meu cabelo.
- Pai. - Maddie entrou no quarto.
- Oi meu amor. O que foi? -
- O senhor vai para onde? -
- Eu vou sair em um encontro com
a Bella. - expliquei me sentando na ponta da cama.
- É sério então? - perguntou
fazendo bico.
- Olha meu amor… Eu estou
gostando da Bella de verdade. E eu queria muito que vocês se dessem bem. -
disse. - Se você desse uma chance a ela, me faria tão feliz. -
- Eu não quero que ela substituía
a mamãe. -
- Ela nunca vai substituir a sua
mãe. A sua mãe, sempre será a sua mãe. Caso, eu e a Bella dermos certo, ela
será a sua madrasta. -
- Igual a da Branca de Neve? -
- Não meu amor. A Bella não é
malvada. Ela é um amor, você ia gostar dela. Você tem tanta coisa em comum com
ela. Veria isso se desse uma chance. É só o que eu peço. Dê uma chance a ela e
ao que eu sinto por ela. - pedi.
- Ainda vamos fazer o churrasco
amanhã? -
- Vamos princesa. Papai pegou o
final de semana todo de folga para passar com as minhas garotas favoritas. - e
ela sorriu. - Não me espere acordada e obedeça a sua tia. -
- Tá papai. - e eu me levantei a
pegando no colo e lhe dando um abraço apertado e lhe dando um beijo.
Eu a pus no chão e peguei meu celular, carteira e
chaves do carro e nós dois sairmos do quarto e ela foi para perto das irmãs,
que se aninhavam no sofá com os cachorros para assistir a algum filme. Dei um
beijo nas cinco garotas, nas quatro crianças e em Alice e saí de casa.
Eu entrei no carro e dirigi para o apartamento de
Bella, e o nervosismo tomava conta. Eu parecia a porra de um adolescente virgem
indo para o primeiro encontro de novo. Estacionei o carro em frente ao seu
apartamento e subi, e bem nervoso eu toquei a campainha e ela abriu a porta em
menos de um minuto.
- Oi. - ela disse sorrindo e eu
sorri bobamente a olhando. Ela estava completamente linda. Um vestido longo,
que batia no meio de suas panturrilhas, vermelho e florido de mangas compridas,
que acabavam um pouco abaixo de seus cotovelos, e com a cintura marcada, e
saltos altos.
- Você está linda. - elogiei e
ela abaixou a cabeça colocando algumas mechas de seu cabelo atrás da orelha e
com as bochechas coradas. - Você fica tão linda com as bochechas coradas. -
comentei segurando seu rosto e fazendo a me encarar e ficar mais corada ainda.
- Tão linda… -
- Para com isso… - pediu com as
mãos em meu peito e tentando esconder o rosto ali. Eu levantei seu rosto e uni
nossos lábios em um beijo calmo. Desci as mãos para a sua cintura e ela levou
as mãos para a minha nuca, puxando-os me para mais perto dela.
- Você está pronta? - perguntei quando o ar fez o
beijo ser interrompido e eu dei um beijo em sua testa.
- Tenho apenas que pegar meu
telefone. -
- Pega lá. - eu fiquei esperando
na porta enquanto ela ia até o quarto e voltava com uma pequena bolsa de mão
onde guardava seu celular e as chaves, após sair e trancar a porta.
Eu peguei sua mão e nós seguimos para o elevador,
sem falar nada, apenas de mãos dadas e comigo acariciando a palma de sua mão
com o meu polegar. O elevador chegou ao térreo e nós seguimos para o meu carro
e após eu abrir a porta do carona para ela, eu dei a volta e após entrar,
comecei a dirigir.
Eu deixei-a escolher o restaurante e quando ela
escolheu eu fiz as reservas. Era um restaurante italiano no centro de Chicago.
O caminho rápido foi todo em silêncio, pelo menos nós dois e o rádio foi ligado
em uma estação qualquer baixo. O silêncio não estava constrangedor e nem nada
do tipo, era um tipo de silêncio bom. Eu dirigia segurando a mão de Bella,
soltando-a apenas para trocar de marcha e depois voltava a segurá-la de novo.
- Então? Marcou o dia que vai
viajar com Jacob e Rosalie? - perguntei após entramos nos restaurantes, nos
sentado e feito nossos pedidos.
- Semana que vem. - explicou
bebendo um gole do vinho após o garçom ter servido. - Diga-me uma coisa. Quando
você ia me contar que seu aniversário está chegando? -
- Como ficou sabendo? Jacob? -
- Sua irmã… Eu fui jantar com ela
e Rosalie ontem à noite. E ela me contou… E me convidou para o jantar de seu
aniversário na casa de sua mãe. E também me convidou para o aniversário de sua
mãe quarta feira. -
- Só para isso que Alice te
convidou? -
- Ela se auto convidou para ir a Wisconsin
conosco. -
- Alice é muito abusada. -
- É um amor… - e Bella sorriu.
- Você é um amor. - corrigi e ela
ficou sem graça. - E quanto ao aniversário de minha mãe. Eu iria convidá-la no
final do jantar. E quanto ao meu aniversário, eu não podia te convidar para
nada, porque nem eu sabia o que ia ter… -
- Não me diga que eu estraguei a
surpresa de sua mãe? - questionou assustada.
- Não. – a acalmei e ela suspirou
aliviada e bebeu um gole do vinho. - Porque todo ano ela faz a mesma coisa. Mas
geralmente ela questionava se eu ou o papai vamos ter plantão. - expliquei e
ela sorriu.
- Mas então… Já resolveu sua vida
a ponto de eu poder lhe convidar para ir ao Wisconsin? -
- Sim. Mas semana que vem eu vou
ter plantão. Eu troquei com o Dr. Scott para ter folga nesse final de semana. -
expliquei.
- Quem sabe ano que vem. -
- Divirta-se por mim. - pedi e
ela sorriu.
O jantar correu sem nenhum problema e a conversa
foi ótima e eu tinha que admitir que me sentia muito bem perto dela. Nós
conversávamos besteiras, mas sobre coisas da vida dela que eu não sabia, o que
era muito, mas de qualquer modo eu podia ficar sentado nessa cadeira o resto da
minha vida ouvindo está mulher falar que eu não me cansaria.
Ao término de jantar nós seguimos para um parque
ao lado do restaurante. Não era tão tarde assim e o parque ainda estava bem
movimentado com casais subindo e descendo por ele. Nós compramos um sorvete e
nos sentamos em um banco, próximo a um chafariz, nós estávamos bem próximos um
do outro e suas pernas estavam repousada sobre as minhas.
Bella sujou minha bochecha com seu sorvete de
morangos e ficou gargalhando do meu lado e eu apenas fiquei encarando-a com a
sobrancelha arqueada. Ainda rindo, ela me segurou pelo queixo e limpou o
sorvete, lambendo e deu um beijo em minha bochecha, descendo em seguida para a
minha mandíbula até chegar a minha boca, onde eu a segurei pela nuca e
aprofundei o beijo.
- Você tem planos para o resto da
noite? - ela questionou separando um pouco nossos lábios quando o beijo se fez
necessário e quase sentando em meu colo.
- Não. - e ela sorriu amplamente.
- Então vem comigo… - ela se
levantou e me puxou pela mão, me fazendo a levantar. Os sorvetes haviam acabado
e os papéis foram para o lixo e ela começou a me puxar pelo parque na direção
do estacionamento. Eu não sabia como ela conseguia quase correr em cima
daqueles saltos, mas ela corria, me puxava e ainda desviava das outras pessoas.
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