quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Capítulo 015.


Pov. Edward. 
Uma semana havia se passado desde que eu havia me entendido com Isabella, e no mesmo dia eu procurei uma psicóloga e estava me consultando e sentia que estava melhorando. Com ajuda de Alice e minha mãe eu havia doado o resto das coisas de Tanya, menos as coisas que as crianças queriam guardar para elas. E foi como se um grande peso tivesse saído de cima de mim.

- Então Edward… Por que mudou o horário da consulta? - Kate questionou quando eu apareci na sua sala as onze da noite, ainda usando meu jaleco e o estetoscópio no pescoço.

- Perdoe-me por isso. Mas eu tive uma cirurgia de emergência que demorou mais do que achei que fosse demorar. Qualquer coisa nós podemos deixar para amanhã ou outro dia… -

- Não precisa se preocupar comigo. Vamos lá… Conte-me como anda as coisas… Vamos começar pelas coisas de sua ex-esposa… Doou tudo? -

- Quase tudo. - confessei e ela me encarou por cima de seus óculos. - As crianças quiseram ficar com algumas coisas. E bom… Eu cedi. Achei que o fato de eu estar pronto para me despedir dela de vez, não quer dizer que elas estão… Menos Maggie, a única que não a conheceu foi a única que não pegou nada. Mas de qualquer modo eu guardei um colar de Tanya, que ela falava sempre que iria deixar para a filha mais nova… Talvez quando ela crescer eu dê a ela, e aí ela decida o que fazer… - expliquei.

- Fez bem. O fato de você estar pronto para se despedir não quer dizer que elas estejam… Mas você já deu um grande passo. Você irá guardar Tanya dentro de você e é isso que importa… Mas você tem que seguir em frente… - respondeu. - E quanto a Isabella? A viu de novo? -

- Não. Mas estou falando com ela por telefone sempre que possível. Sempre que nós temos tempo. E quando eu falo com ela eu me sinto muito melhor. -

- E seus pesadelos? -

- Não sumiram… Mas deu uma leve diminuída na intensidade… -

- E o rosto de Isabella? Sumiu do sonho? -

- Às vezes é Isabella, às vezes é Tanya. Ás vezes eu não consigo ver o rosto, fica borrado… -

- Parou com o remédio para dormir? -

- Aos poucos eu estou parando. Quando o sonho fica muito forte, ou quando vou ter uma dia muito corrido no dia seguinte eu tomo. Mas eu estou diminuindo. Até porque meu pai ameaçou me entregar ao conselho de medicina caso eu não pare de tomar remédio por conta própria. Isso porque ele é meu pai. -

- Ele está certo. Está fazendo isso antes que você acabe desenvolvendo um vício por remédios. Que como médico, você sabe como é. -

- Eu sei… -

- Eu tenho uma nova missão para você. - e eu a encarei. - Você já levou tudo de Tanya embora. Já deu um grande passo. Agora, a sua missão é sair em um encontro com Isabella. Do jeito certo. Apresente a ela esse novo você, o que está se esforçando para mudar e seguir em frente. E veja se ela vai te dar a chance que você tanto quer. -

- Acha que está na hora? -

- Se é ela quem você acha que vai te ajudar a acabar com os pesadelos. Sim. Acho. Está na hora. -

Após mais algumas conversas, meu horário acabou e eu voltei ao meu plantão. Eu tinha usado o meu tempo de descanso para ir a consulta e agora eu tinha que voltar para me preparar para uma cirurgia de emergência, onde eu ajudaria meu pai a com uma cirurgia, no coração e nas artérias de um homem. A cirurgia demorou até o amanhecer, e quando saímos da sala de cirurgia, eu tirei minha touca cirúrgica e peguei meu celular mandando uma mensagem para Isabella.

'Hey… Como está?
Está ocupada hoje na hora do almoço? Queria almoçar com você, terei o almoço livre.
Edward.’

Hoje eu ficaria com um dos maiores plantões que podia pegar. 48h. Eu sabia que não era esse tipo de encontro que Kate havia se referido. Mas depois de dias nos falando apenas por telefone, não ia mandar uma mensagem ou ligar e convidá-la para um encontro. Até porque eu não sabia se ela havia desistido de dar a minha chance e se interessou por outro homem. Jacob não me dava pistas nenhuma. Eu que tinha que conquista-la sozinha. Até porque eu soube que ela brigou com ele por ter dito como “comprá-la”.

- Como estão as consultas com Kate? - meu pai questionou enquanto íamos até a lanchonete para comer algo.

- Boas. Ajudando e muito. Ela disse que eu estava pronto para chamar Bella para um encontro. -

- Então a chame. -

- Vou chamar. - disse sorrindo. E assim que entramos na fila para pegar nossa comida, meu celular vibrou em meu bolso. Uma mensagem de Bella.

'Oi. Bom dia pessoa que provavelmente não dormiu.
Estou ótima e você? Não, não tenho compromisso na hora do almoço, mas tenho uma castração após as 13h.
Tem certeza que quer sair para um almoço? Não está cansado?
Bella.’

Eu peguei algo rápido para não ficar muito tempo com o estômago vazio e me sentei em uma mesa com meu pai e respondi a sua mensagem.

'Bom dia. E tem razão. Não dormi. Fiquei a madrugada toda em uma cirurgia. Mas eu estou bem, até porque ainda tenho mais 24h de plantão pela frente. Eu estou muito bem, não precisa se preocupar comigo. Sim. Eu quero ver você. E se não se importar gostaria de ir almoçar com você.
Que tal às 12h no Bubba Grump? Aí perto do Navy Pier?
Edward.’

E a resposta veio bem rápido, eu mal tive tempo de adoçar meu café quando ela chegou.

'Ok. Até o Bubba.
Bella’.

Guardei o telefone e tomei um gole do café e peguei meu donut de morangos e comi e notei que meu pai não tirava os olhos de mim.

- Que foi? -

- Eu estou muito feliz por saber que você está seguindo em frente. E que quer seguir em frente com a Bella. Eu e sua mãe a adoramos. -

- Eu sei. Você, mamãe. Alice e Maggie. Mas Maddie, Kenzie e Mel não… -

- Dá tempo ao tempo. São as que mais passaram tempo com a mãe. Vai ver que aos poucos a Bella vai conquistando elas do jeito que conquistou você. Não force nada, apenas deixe fluir. - e seu pager bipou. - Eu tenho que ir. Reunião do conselho agora. - respondeu bebendo o resto do café. - Assim que acabar a reunião eu vou ver o senhor McCartney e vou para casa. Estou aqui a quase 72h. - respondeu ficando de pé. - Ah Edward… - o encarei. - Quando vocês dois se acertarem, leve-a para outro jantar lá em casa. -

- Pode deixar. - assenti e ele pegou sua bandeja e se foi e eu fiquei ali um tempo. Eu sabia que se fosse para a sala de descanso eu não teria descanso, pois assim que eu deitasse, iriam me chamar e tratei de comer com calma. E mal coloquei o último donut na boca e meu pager bipou. Emergência.

Engoli o resto do donut com o resto do café e me levantei rápido, jogando o lixo no lixo e deixando a bandeja junto as outras para ser recolhidas depois e corri para a emergência. Mal cheguei lá e uma ambulância chegou com uma menina na cama, com um tanque de oxigênio.

- O que houve? -

- Ela simplesmente parou de responder aos sinais vitais. - o paramédico disse levando-a para uma das salas de trauma.

____

Eu cheguei ao Bubba Grump faltando dez minutos para as 12h, o dia estava agradável portanto fiquei numa mesa do lado de fora. Acho que Isabella não iria se importar. O sol não estava tão forte e a brisa vinda do lado era gostosa.

O tempo foi passando e eu com o telefone em cima da mesa para qualquer coisa, emergência do hospital ou mensagem da Bella. Enquanto esperava Bella chegar eu pedi uma garrafa de água e fui bebendo enquanto esperava.

- Oi… Desculpa a demora. - ela disse chegando perto de mim 12:10h. - Deu uma complicação em uma operação e tive que ajudar ao Sam. - respondeu quando eu me levantei.

- Não se preocupe. - eu a segurei pelo rosto e lhe dei um beijo. Não na testa, mas nos lábios como estava a fim de fazer a muito tempo de novo. – Está linda. - Quando a soltei, ela estava levemente corada, ela tirou os olhos de sol, colocando na cabeça como um arco e pendurou a bolsa na cadeira, que eu puxei para ela sentar.

-Obrigada. -

- Se importa de ficar aqui fora? Achei que o tempo estava bonito demais para ficar lá dentro. -

- Claro que não me importo. - respondeu sorrindo e seu celular começou a tocar. - Desculpa. - ela atendeu. - Fala Jacob… Não eu não posso ir almoçar com você. Já estou em um almoço com outra pessoa... É. Ele mesmo… Hoje à noite? Tudo bem… Pode ser no Big Star? Aquele restaurante mexicano novo, perto da Wicker Park… Porque eu quero comer tacos… Se é para ficar reclamando não me mandasse escolher. - resmungou e eu balancei a cabeça rindo. - Tudo bem. Até lá então. - e ela desligou o telefone. - Às vezes eu sinto uma puta vontade de bater em Jacob… -

- O que ele queria? - perguntei meio receoso de estar sendo intromedito demais e ela respondeu após alguns segundos e sorriu.

- É que estamos entrando em Junho… Nós sempre pegamos um final de semana de folga. Eu, Jake, Rose e vamos ao Wisconsin. Ele quer marcar para irmos… Nós sempre vamos lá antes que as férias escolares comecem… A propósito… - ela pegou rapidamente o celular e digitou algo rápido e depois largou de novo. - Avisei a Rosalie. -

- A um chalé perto do Nicolet National Forest? - e ela me encarou confusa.

- Como sabe? -

- Jacob me contou uma vez, quando eu perguntei de você. Do que você gostava de fazer. - ela sorriu.

- É… Lá mesmo… Eu te chamaria para ir, mas vendo que você está resolvendo seus problemas pessoais… E por falar nisso, como anda a terapia? -

- Ótima. - respondi sinceramente. - Doei tudo de Tanya, menos o que as crianças queriam guardar, e me sinto muito melhor. Os pesadelos não sumiram, mas diminuíram um pouco. -

- Fico feliz. - ela sorriu e garçom chegou.

Após fazermos nossos pedidos nós continuamos a conversar, sobre a terapia, sobre os dias que se passaram um longe do outro, e sobre as meninas. A minha semana foi tranquila, a dela já foi um pouco agitada devido a correria na veterinária, já que um de seus médicos haviam quebrado a perna e não podia ir trabalhar e agora tinha apenas ela e outra médica lá.

As crianças estavam bem. Maggie como sempre perguntando dela e as outras torcendo o nariz quando ouviam a irmã perguntar. Bella perguntou sobre meus pais e minha irmã, e eu comentei que meu pai queria que ela fosse jantar lá em casa de novo. E a conversa acabou com ela reclamando do meu plantão.

- É sério. Plantão de 48h é abuso já. - reclamou enquanto caminhávamos após o almoço até a sua veterinária ali pertinho, tão pertinho que ela havia vindo a pé.

- Já fiz de 72h. -

- Daqui a pouco vai acabar ficando doente. -

- Bom… Eu não te chamei para almoçar para que você reclame dos meus plantões… - respondi quando nos aproximamos de sua veterinária. - Eu vim te convidar para sair. -

- Já saímos. Acabamos de almoçar. -

- Eu sei. Mas era para te chamar para um encontro de verdade. Igual ao primeiro. - e ela me encarou. - A psicóloga disse que eu estou pronto para dar esse passo e sinceramente estava louco para te ver a um bom tempo. E como você havia dito que era para eu aparecer depois que colocasse minha vida nos trilhos novamente… - dei de ombros e a vi sorrindo. - Amanhã? - ela negou. - Por quê? -

- Você estará saindo de um plantão de 48h. Você estará pior que um zumbi. Vai para casa. Dorme. Descansa. Fica um tempo com suas filhas. E no final de semana, caso estejamos desocupados, eu aceito sair com você. - respondeu sorrindo e eu retribuí o sorriso.

- Quando eu disse que estava gostando de você, eu não menti. -

- Nem eu. - ela retrucou sorrindo.

- Posso beijar você de novo? -

- Vem cá. - ela me chamou com o dedo e eu me aproximei dela eu abracei sua cintura e uni meus lábios aos dela. Sua língua tocou em meus lábios e eu entreabri os meus e ao sentir sua língua deslizando para dentro de minha boca eu apertei mais sua cintura contra meu corpo e chupei sua língua. Beijar Bella acendia uma chama dentro de meu peito, uma chama gostosa, aconchegante e que eu não queria que se apagasse nunca mais. Sua mão subiu até a minha nuca e puxou de leve os cabelos dali e eu apertei mais seu corpo contra o meu. Quando o ar se fez necessário, o beijo foi interrompido, e não podia segurar o sorriso bobo. - Você está todo sujo de batom. - disse sorrindo e passando os dedos pelos meus lábios limpando os vestígios de batom. - A propósito, quando vai trazer os cães de novo? -

- Assim que tiver tempo… Prometo… - e ela ficou na ponta dos pés e me deu um beijo rápido de novo.

- Eu vou trabalhar… -

- E eu voltar ao meu plantão… - dei mais alguns beijos em seus lábios e ela entrou em sua veterinária e eu voltei para o estacionamento para entrar no carro e voltar correndo para o hospital.

_____

O final de semana chegou e o meu encontro com Bella também. O meu plantão de 48h acabou e eu fui para casa e depois de passar uma parte do dia dormindo, peguei um dia de folga para ficar com minhas filhas, levando-as para sair com os cachorros. E a noite de sábado chegou, eu estava me vestindo e eu estava nervoso, sentia meu estômago revirar e minhas mãos soarem enquanto eu arrumava meu cabelo.

- Pai. - Maddie entrou no quarto.

- Oi meu amor. O que foi? -

- O senhor vai para onde? -

- Eu vou sair em um encontro com a Bella. - expliquei me sentando na ponta da cama.

- É sério então? - perguntou fazendo bico.

- Olha meu amor… Eu estou gostando da Bella de verdade. E eu queria muito que vocês se dessem bem. - disse. - Se você desse uma chance a ela, me faria tão feliz. -

- Eu não quero que ela substituía a mamãe. -

- Ela nunca vai substituir a sua mãe. A sua mãe, sempre será a sua mãe. Caso, eu e a Bella dermos certo, ela será a sua madrasta. -

- Igual a da Branca de Neve? -

- Não meu amor. A Bella não é malvada. Ela é um amor, você ia gostar dela. Você tem tanta coisa em comum com ela. Veria isso se desse uma chance. É só o que eu peço. Dê uma chance a ela e ao que eu sinto por ela. - pedi.

- Ainda vamos fazer o churrasco amanhã? -

- Vamos princesa. Papai pegou o final de semana todo de folga para passar com as minhas garotas favoritas. - e ela sorriu. - Não me espere acordada e obedeça a sua tia. -

- Tá papai. - e eu me levantei a pegando no colo e lhe dando um abraço apertado e lhe dando um beijo.

Eu a pus no chão e peguei meu celular, carteira e chaves do carro e nós dois sairmos do quarto e ela foi para perto das irmãs, que se aninhavam no sofá com os cachorros para assistir a algum filme. Dei um beijo nas cinco garotas, nas quatro crianças e em Alice e saí de casa.

Eu entrei no carro e dirigi para o apartamento de Bella, e o nervosismo tomava conta. Eu parecia a porra de um adolescente virgem indo para o primeiro encontro de novo. Estacionei o carro em frente ao seu apartamento e subi, e bem nervoso eu toquei a campainha e ela abriu a porta em menos de um minuto.

- Oi. - ela disse sorrindo e eu sorri bobamente a olhando. Ela estava completamente linda. Um vestido longo, que batia no meio de suas panturrilhas, vermelho e florido de mangas compridas, que acabavam um pouco abaixo de seus cotovelos, e com a cintura marcada, e saltos altos.


- Você está linda. - elogiei e ela abaixou a cabeça colocando algumas mechas de seu cabelo atrás da orelha e com as bochechas coradas. - Você fica tão linda com as bochechas coradas. - comentei segurando seu rosto e fazendo a me encarar e ficar mais corada ainda. - Tão linda… -

- Para com isso… - pediu com as mãos em meu peito e tentando esconder o rosto ali. Eu levantei seu rosto e uni nossos lábios em um beijo calmo. Desci as mãos para a sua cintura e ela levou as mãos para a minha nuca, puxando-os me para mais perto dela.

- Você está pronta? - perguntei quando o ar fez o beijo ser interrompido e eu dei um beijo em sua testa.

- Tenho apenas que pegar meu telefone. -

- Pega lá. - eu fiquei esperando na porta enquanto ela ia até o quarto e voltava com uma pequena bolsa de mão onde guardava seu celular e as chaves, após sair e trancar a porta.

Eu peguei sua mão e nós seguimos para o elevador, sem falar nada, apenas de mãos dadas e comigo acariciando a palma de sua mão com o meu polegar. O elevador chegou ao térreo e nós seguimos para o meu carro e após eu abrir a porta do carona para ela, eu dei a volta e após entrar, comecei a dirigir.

Eu deixei-a escolher o restaurante e quando ela escolheu eu fiz as reservas. Era um restaurante italiano no centro de Chicago. O caminho rápido foi todo em silêncio, pelo menos nós dois e o rádio foi ligado em uma estação qualquer baixo. O silêncio não estava constrangedor e nem nada do tipo, era um tipo de silêncio bom. Eu dirigia segurando a mão de Bella, soltando-a apenas para trocar de marcha e depois voltava a segurá-la de novo.

- Então? Marcou o dia que vai viajar com Jacob e Rosalie? - perguntei após entramos nos restaurantes, nos sentado e feito nossos pedidos.

- Semana que vem. - explicou bebendo um gole do vinho após o garçom ter servido. - Diga-me uma coisa. Quando você ia me contar que seu aniversário está chegando? -

- Como ficou sabendo? Jacob? -

- Sua irmã… Eu fui jantar com ela e Rosalie ontem à noite. E ela me contou… E me convidou para o jantar de seu aniversário na casa de sua mãe. E também me convidou para o aniversário de sua mãe quarta feira. -

- Só para isso que Alice te convidou? -

- Ela se auto convidou para ir a Wisconsin conosco. -

- Alice é muito abusada. -

- É um amor… - e Bella sorriu.

- Você é um amor. - corrigi e ela ficou sem graça. - E quanto ao aniversário de minha mãe. Eu iria convidá-la no final do jantar. E quanto ao meu aniversário, eu não podia te convidar para nada, porque nem eu sabia o que ia ter… -

- Não me diga que eu estraguei a surpresa de sua mãe? - questionou assustada.

- Não. – a acalmei e ela suspirou aliviada e bebeu um gole do vinho. - Porque todo ano ela faz a mesma coisa. Mas geralmente ela questionava se eu ou o papai vamos ter plantão. - expliquei e ela sorriu.

- Mas então… Já resolveu sua vida a ponto de eu poder lhe convidar para ir ao Wisconsin? -

- Sim. Mas semana que vem eu vou ter plantão. Eu troquei com o Dr. Scott para ter folga nesse final de semana. - expliquei.

- Quem sabe ano que vem. -

- Divirta-se por mim. - pedi e ela sorriu.

O jantar correu sem nenhum problema e a conversa foi ótima e eu tinha que admitir que me sentia muito bem perto dela. Nós conversávamos besteiras, mas sobre coisas da vida dela que eu não sabia, o que era muito, mas de qualquer modo eu podia ficar sentado nessa cadeira o resto da minha vida ouvindo está mulher falar que eu não me cansaria.

Ao término de jantar nós seguimos para um parque ao lado do restaurante. Não era tão tarde assim e o parque ainda estava bem movimentado com casais subindo e descendo por ele. Nós compramos um sorvete e nos sentamos em um banco, próximo a um chafariz, nós estávamos bem próximos um do outro e suas pernas estavam repousada sobre as minhas.

Bella sujou minha bochecha com seu sorvete de morangos e ficou gargalhando do meu lado e eu apenas fiquei encarando-a com a sobrancelha arqueada. Ainda rindo, ela me segurou pelo queixo e limpou o sorvete, lambendo e deu um beijo em minha bochecha, descendo em seguida para a minha mandíbula até chegar a minha boca, onde eu a segurei pela nuca e aprofundei o beijo.

- Você tem planos para o resto da noite? - ela questionou separando um pouco nossos lábios quando o beijo se fez necessário e quase sentando em meu colo.

- Não. - e ela sorriu amplamente.

- Então vem comigo… - ela se levantou e me puxou pela mão, me fazendo a levantar. Os sorvetes haviam acabado e os papéis foram para o lixo e ela começou a me puxar pelo parque na direção do estacionamento. Eu não sabia como ela conseguia quase correr em cima daqueles saltos, mas ela corria, me puxava e ainda desviava das outras pessoas.

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