domingo, 14 de janeiro de 2018

Capitulo 4: O Começo do Fim?


 Nova York
Uma semana depois.
POV Bella.

- Repete, eu acho que eu não entendi direito, você fez o que Isabella? - eu olhava para Renné sentada no sofá em formato de L na minha frente, ela estava pálida e respirava pesadamente.

Após voltarmos de nossa Lua de mel, Edward e eu, decidimos comunicar nossas famílias de nossa decisão, e a primeira seria a minha, coisa que escolhi porque julguei que seria mais fácil, já que meus pais estavam pouco se importando com o que eu fazia da minha vida. Enquanto olhava os olhares ferozes que Charlie dirigia a Edward e a expressão de Renné, eu estava começando a ter minhas dúvidas se tudo seria tão fácil assim.

Olhei para Edward e tentei ler a sua expressão, ele estava tentando me passar uma imagem de que tudo estava bem, mas pelo seu semblante, eu percebia que ele estava começando a ficar tão preocupado com as reações dos meus pais quanto eu estava nesse momento. Respirei fundo antes de repetir minhas palavras.

- Edward e eu nos casamos semana passada e decidimos morar juntos na Inglaterra, eu vou embora daqui alguns dias – eu falei devagar olhando dentro dos olhos dela.

- Você bebeu não é?- ela soltou uma risada irônica e estranha – Sim, você deve ter bebido e quer pregar uma peça de muito mau gosto, se foi pra isso que veio até aqui Isabe... -

- Não mãe, não é uma piada de mau gosto, eu vou para Londres em alguns dias, eu vou morar lá com o Edward – eu respondi cortando o que ela estava dizendo. Ela levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro enquanto Charlie permanecia calado no sofá.

- Você ficou louca? É isso? - ela parecia um leão enjaulado - Você esta me dizendo que o esforço de uma vida inteira minha e do seu pai vai ser jogado no lixo por puro capricho?  É isso Isabella? - ela parou o de andar e ficou bem em minha frente.

- Mãe, isso não é capricho, nós nos amam...

- Amor? Amor, Isabella? - ela tinha o rosto completamente vermelho e uma veia grossa saltava em sua testa - Você está me dizendo que vai largar a sua vida INTEIRA para trás por um homem que você conheceu há seis meses e ACHA que ama?- ela estava ameaçadora, já não gritava mais, falava baixo e devagar, o que assustava muito mais do que os gritos.

- Mãe...

- Não me venha com MÃE, você está insana garota – ela voltou a gritar novamente e parou na frente do Edward com um dedo apontado para o rosto dele – E você seu desgraçado, não sei que merda você tem na sua cabeça de vento, mas tire agora mesmo essa ideia ridícula de querer tirar minha filha da faculdade para virar sua puta de Luxo. -

- Senhora Swan, não é...

- Cala a porra da boca seu cretino imbecil. É assim sim. Você viu na ingênua Isabella tudo aquilo o que você queria. Sexo fácil, um corpo bonito para se exibir entre os amigos e uma marionete para você manipular da forma que você bem entender – ela se aproximou quase tocando seu nariz com o dele – EU. NÃO. VOU. DEIXAR. -

- Mãe...

- Chega Renné. – Charlie que até aquele minuto estava quieto resolveu se pronunciar - Não perca seu tempo falando com esse merdinha, vamos agora mesmo entrar com um pedido de interdição, anulamos essa brincadeira infantil que eles acharam que os levaria a algum lugar, e Bella volta para a faculdade – ele se levantou e foi até o telefone que estava na mesa próximo ao sofá - Vou ligar para o Juiz Quil, que por sinal me deve alguns favores, e pedir para ele dar entrada ainda hoje nessas documentações, ainda essa semana esse problema estará resolvido.

Eu sentia meus olhos arderem de raiva, eles estavam falando e me tratando como se eu fosse uma criança, e o pior, estavam tratando Edward de uma forma que me dava nojo.

- Não preciso te lembrar de Senhor Swan, que para Bella ser interditada, ela precisaria ter um laudo médico que a diagnostique como incapaz coisa que sabemos muito bem que não é verdade – ele disse enquanto se levantava da poltrona que estávamos sentados em frente ao sofá – Nosso casamento tem testemunhas que podem confirmar que ela estava bem lúcida na hora de assinar a papelada, sendo assim, como MARIDO dela, a tutela é preferencial a minha pessoa, eu seria o responsável legal por ela, e não mais vocês - ele pegou o paletó que tinha retirado ao sentar ao meu lado, me deu a mão e me ajudou a levantar – Não viemos até aqui para pedir a benção ou autorização de vocês. Viemos aqui somente para INFORMAR a atitude, que como dois adultos maiores de idade que respondem legalmente por si mesmos, decidimos tomar. Sendo assim, esclarecemos todos as nossas dúvidas e insatisfações, uns com os outros, Bella e eu temos muito que fazer então eu vou ter que pedir licença porque nós precisamos ir embora. - ele falou olhando dentro dos olhos de Charlie.

E novamente eu me apaixonei mais um pouco por aquele homem. Ele em momento nenhum se deixou intimidar pelos dois, e não perdeu a cabeça ou partiu para a ofensa como eles tinham feito. Além de maduro, ele era superior.

- Ora seu garoto insolente – Charlie se aproximou de Edward e o encarou de igual para igual, apesar de ser alguns centímetros mais baixo que ele – Quem você pensa que é par...

- Eu não penso Senhor Swan, eu sou. Sou um homem que, assim como você, estudou direito e sou entendido de leis e suas funcionalidades, então, não venha querer me tratar como um garotinho que acabou de sair do ensino médio, menosprezando a minha inteligência com suas ameaças infundadas para Isabella. – pela expressão corporal dele, eu percebia que ele estava estressado – Quando eu tomei a atitude casar com a sua filha, foi porque eu tomei para mim mesmo, a função de cuidar, zelar, proteger e dar o melhor para ela, visando somente o que eu acho que será bom pra ela. -

Nesse momento Renée deu uma gargalhada demoníaca.

- O melhor? Serio mesmo? - ela estava vermelha e com uma mão em punho e com a outra apontou um dedo em riste para ele - Você só está visando o SEU melhor, me diz aonde, no seu mundinho de merda, minha filha largar a faculdade vai ser bom para ela? Vai ser bom para ela largar tudo e todos àqueles que ela conhece somente para te acompanhar para outro país por puro capricho seu. Você é um egoísta de merda Edward Cullen, assim como o cretino do seu pai e aquela arrogante e prepotente da sua mãe. Quem sai aos seus, não degenera. -

- Mãe, eu não irei largar a faculdade, só irei pedir transferência para uma faculdade Londrina. -

- Você não pode ser tão burra assim garota, não foi assim que eu te criei – ela veio em minha direção e agarrou o meu braço marcando seus dedos de uma forma dolorosa me forçando a olhar para ela - Presta atenção nas merdas que estão saindo da sua boca garota. Você acha que eu te coloquei naquela faculdade para que em? – ela gritou comigo – Porque ela era a melhor, você acha que ele saiu de Londres para vir para cá por quê? Pelo mesmo motivo sua garota idiota. Então será que ele realmente quer o melhor pra você – ela largou meu braço e eu pude ver que tinhas as marcas dos seus dedos bem marcadas ali, iria ficar roxo provavelmente – Escute bem o que eu vou te dizer Isabella, não sou mulher de repetir, então preste atenção - ela se virou de costa e foi até a janela da sala que tinha vista para a rua e sem me olhar voltou a falar – Você e ele podem querer me enganar e dizer que vai sim estudar em Londres. Então deixa eu te contar como será seu destino daqui para frente - novamente ela virou e com os olhos frios de sempre com um sorriso debochado no rosto balançou a cabeça - Você vai chegar a Londres, vai achar que vai fazer faculdade, mas não vai, vão ser sempre as prioridades dele em primeiro lugar, você sempre vai colocá-lo antes de você mesma, porque você é assim Isabella. Então, daqui a dois anos mais o menos quando a sua vida estiver vazia, e você sozinha em uma país que você não conhece ninguém, vivendo apenas de aparência, porque ser mulher dele vai exigir isso de você, ele vai te trair ele vai te trocar por uma garota mais fácil de manipular, ele vai te descartar como a porra de um sapato velho garota, que não tem mais utilidade nenhuma para ele, mas, ele não vai se divorciar de você - ela virou o olhar para ele – ele sabe que um divórcio seria prejudicial para a imagem dele na sociedade e conhecendo aquela megera da mãe dele, bem, vai ser a última coisa que ela vai querer, então, você não passara de um objeto de decoração em uma casa cheia deles – ela foi até o bar que tinha ali do lado, pegou um copo de uísque e virou de uma vez - então, nesse dia você se tornara uma pessoa vazia e vai lembrar-se de mim, vai lembrar-se de tudo o que eu e seu pai fizemos por você, e jogou fora. Nesse dia Isabella, não venha atrás de nós. Se você passar por essa porta com esse rapaz e embarcar para Londres, esqueça que nós existimos. -

Sem que eu me desse por conta, tinha o meu rosto molhado por lágrimas, e eu não sabia o motivo. No fundo, eu sabia que Renée poderia ter razão, eu não sabia como ela conhecia os pais de Edward, mas pelo menos sobre a mãe dele ela não errou. Eu já tinha pensado em relação de como seria nossa vida em Londres, eu estava ciente de que ele não iria poder ficar 24 horas do meu lado, mas ele não faria tudo àquilo comigo, faria?

Quando olhei para Edward, vi que com uma mão ele mantinha a base do nariz pressionada pelo polegar e o indicador, enquanto a outra mão corria freneticamente pelo cabelo dele.

Eu tinha noção de que ele só permaneceu calado na grande parte da conversa por respeito a minha pessoa. Ele não queria me prejudicar e nem me magoar, mas pelo o que eu estava vendo ali, o Edward paciente tinha ido embora.

- CHEGA! - ele rugiu e deu um passo em frente em direção a Renné - Eu não vou ficar aqui escutando você falar impropérios sobre mim e a minha família – ele deu mais um passo em direção a ela – Eu não sei de onde você conhece meus pais, eu não sei o que você sabe sobre a minha família, mas posso te dizer, a senhora está enganada. E mesmo se estivesse certa em relação a eles, eu não sou igual a eles, não diga merdas sobre aquilo o que você não sabe – deu mais alguns passos e estava em frente à Renné - Você tem direito de duvidar da porra do mundo inteiro, mas não duvide da capacidade de discernimento de Isabella – ele levantou um braço e apontou em minha direção - ela é a mulher mais incrível que eu conheço, a mulher mais inteligente que eu já tive o prazer de conhecer, então, não venha me dizer que ela é uma marionete em minhas mãos ou que eu estou manipulando as escolhas dela. Ela já é grandinha o suficiente para isso. Eu amo a sua filha e não me interessa a opinião de vocês. - Ele se virou e veio até minha frente. Segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um selinho rápido.

- Eu amo você, e vou respeitar qual seja a sua decisão okay? Vou esperar lá fora enquanto você conversa com eles, não quero acabar cometendo uma besteira, então, quando você tiver uma resposta do que você quer fazer, estarei te esperando no carro. - Deu-me mais um selinho e foi até a porta de casa. - Foi um imenso desprazer conhecer vocês, e se sua filha me der à benção de continuar comigo, vou ser o homem mais feliz do mundo em ter o prazer provar para vocês como estão errados. Passar bem. – E sem mais nada, ele saiu e bateu a porta. Eu fiquei ali olhando para os meus pais sem saber o que dizer ou fazer, o silencio na sala era sepulcral e parecia que ninguém ali, queria quebra-lo.

- Mãe, pai eu ju... -

- Não jure sobre aquilo o que você não tem poder Isabella, achei que tinha te ensinado coisas básicas como o perjúrio - Renné dizia com aquele olhar frio sobre mim – sabe, olhando para você assim, não tem nada que eu consiga pensar além de que eu fracassei. Sério, eu te criei para ser melhor que uma dona de casa fútil e sem prospecto de vida. Eu te criei para entrar no poder judiciário, para poder ser grande Isabella, e estou vendo você largar tudo para ser minúscula – ela levantou e parou em minha frente – Quando aquele merda, te enfiar o pé na bunda, não corra atrás de mim para pedir ajuda, quando ele te engravidar e você se ver presa a uma criança e sem perspectivas de vida , porque teve um filho somente porque ele queria e precisava de mais status na sociedade, não diga que eu não te avisei. Você está jogando uma vida inteira no lixo e eu não vou ficar perto de você para ver a sua queda. - Sem esperar por qualquer palavra minha, ela se virou e subiu a escada para o segundo andar do apartamento tríplex como o metro quadrado mais caro de Nova York, meu pai só balançou a cabeça e a seguiu.

- Nunca pensei que você pudesse me dar mais desgosto do que o normal Isabella, mas vejo que se superou. Você é minha maior decepção. - E sem esperar por mais nada eu corri para fora, as lágrimas já estavam embaçando a minha visão, eu não enxergava nada um palmo diante de mim, e a dor no meu peito era imensa, eu sabia que meus pais não iriam festejar pelas minhas escolhas, mas precisava de tudo aquilo? Será que seria difícil somente uma vez na minha vida meus pais em darem apoio para qualquer que seja a decisão que eu tome? Apertei o botão do elevador várias vezes como se isso o fizesse chegar mais rápido. Graças a Deus ele estava vazio, me encostei-me à parede do fundo e soltei o choro de uma vez.

Eu não conseguia me lembrar de uma vez na minha vida que meus pais tinham me dado apoio em algo que eu quisesse. Eles sempre tinham palavras para em fazerem mudar de opinião sobre algo que eles julgavam ser o melhor para mim. Mas nunca, em todos esses anos eu vi um olhar de decepção como vi hoje em Charlie, e nem vi Renné perder a compostura como ela perdeu com o Edward, sim, meus pais estavam realmente decepcionados comigo, mas o que eu poderia fazer? Amava demais aquele homem e tinha certeza que ele não enganaria da forma como Reúne disse.

Sem que eu percebesse o elevador chegou ao térreo e eu sai tropeçando eu meus próprios pé torcendo para que Edward não tivesse ido embora e eu pudesse chegar rápido ate o carro.

- Bella – me virei a tempo de ver Edward levantar da poltrona que tinha no lobby da entrada do prédio, e sem pensar em mais nada eu corri até ele e me joguei em seus braços. - Shii amor, vai ficar tudo bem, se acalma, vem comigo. -

Ele me levou para fora até onde o seu carro estava estacionado, entrou no banco de trás comigo e me abraçou bem apertado. Eu chorei desconsoladamente, eu precisava disso, ele me abraçava e fazia carinho no meu cabelo enquanto dizia que me amava baixinho. Levou alguns minutos até que eu me acalmasse e parasse de chorar e soluçar. Quando isso aconteceu ele afrouxou os braços a minha volta, levantou meu rosto com uma mão e deu vários selinhos devagar.

- Bella, eu sei que prometi que não iria me exaltar com seus pais, mas quando eles dis... - Eu coloquei dois dedos em seus lábios o silenciando, ele pegou minha mão e deu um beijo leve.

- Só me leva para casa amor – eu falei antes que ele me perguntasse algo, eu iria conversar com ele sobre tudo o que aconteceu na casa dos meus pais, mas antes eu queria tomar um bom banho e ficar quietinha na cama com ele me fazendo carinho. Percebi que ele me olhou em dúvida, acho eu que pensando em qual casa seria – Para a NOSSA casa amor, eu quero descansar. -

Sem dizer mais nenhuma palavra ele me deu um beijo na testa, um selinho e saiu para o banco da frente, eu não tinha forças para me mover, então simplesmente me deitei no banco traseiro e fechei os olhos. Sem que eu percebesse quando, eu dormi pensando como seria o encontro com a família dele.

...

Quando acordei mais tarde, não estava no banco do carro, mas sim na cama do Hotel em que estávamos hospedados para visitar meus pais. Olhei em volta do quarto procurando Edward e não o encontrei, joguei as cobertas para o lado, me levantei e fui até o banheiro, quando me olhei no espelho ofeguei com a minha imagem. Minha cara estava enorme e manchada, eu parecia um personagem de filme de terror. Rapidamente abri a torneira e lavei meu rosto com o sabonete que estava na pia. Puxei a toalha do descanso, abaixei a cabeça e lentamente fui secando meu rosto, quando tirei meu rosto da toalha, vi em cima da pia o barbeador do Edward em cima da pia.

Flashes e mais flashes de hoje mais cedo passavam pela minha cabeça com tudo o que meus pais disseram, cada maldita palavra que pesou tanto que só de me lembrar... Estiquei minha mão, peguei o barbeador e fiquei olhando para a lamina dele. Eu não me cortava já tinha algum tempo, apesar do tratamento psiquiátrico não ter muito a ver com isso. Eu menti sobre isso para Edward, disse que ela me mandou mudar meu jeito de vestir para poder me sentir melhor, eu não falava tudo o que acontecia nas consultas, e o principal, não contei para ela nem para o Edward algumas vezes que tinha me cortado depois que comecei a fazer tratamento com ela. Foram cortes imperceptíveis e tão estratégicos, que eles não perceberam.

Enfiei a mão no decote do meu vestido, puxei a bússola do meu avô dali e a enrolei no pulso esquerdo. Eu precisava daquilo, eu tinha que...

- Bella? - ouvi a voz do Edward dentro do quarto me chamando, eu tinha fechado a porta do banheiro, então ele não poderia ver o que eu estava prestes a fazer. Rapidamente coloquei o barbeador no lugar que ele estava, coloquei a bússola no meu pescoço novamente e soltei meu cabelo que estava preso em um rabo de cavalo.

- Aqui no banheiro – chamei alto o suficiente para que ele me escutasse

- Está tudo bem?

- Sim amor – eu abri a porta e vi que ele segurava uma bandeja com uma tigela fumegante, um copo de suco e um prato com frutas cortadas do lado, ele estava sem camisa e usando uma calça de moletom, provavelmente já teria tomado banho quando chegamos - Só estava lavando o rosto, minha maquiagem me deixou um desastre. - Caminhei até ele e dei um selinho demorado.

- Eu pedi comida para você. Eu até tentei te acordar quando a gente chegou, mas você estava bem cansada, achei melhor te deixar dormir um pouco – ele disse olhando para mim com carinho, deu meu sorriso perfeito e balançou a cabeça em direção à cama – Vem comer, a gente precisa conversar. - Ele saiu andando em direção à cama, colocou a bandeja no criado mudo que estava ali do lado, sentou encostado na cabeceira da cama e deu dois tapinhas do lado dele, indicando que era para me sentar ao lado dele. Caminhei sem pressa até o seu lado da cama, eu ainda estava usando a roupa que tinha usado para ir à casa dos meus pais, rapidamente puxei o zíper lateral e tirei o vestido, ficando só de calcinha e sutian e sentei do seu lado. - Amor, nós precisamos ter uma conversa séria, e você seminua do meu lado não me ajuda! - ele disse olhando para os meus seios. Eu não aguentei e ri bem alto - Não ria garota, esses dois aqui são as maiores distrações da minha vida- ele disse apertando os dois levemente. Sem pensar em comida, conversa ou que quer que seja eu me ajoelhei na cama e fui até a frente dele, coloquei meus joelhos ao lado de cada coxa sua e sentei em seu colo.

- Acontece amor, que nesse momento eu não quero ter nenhuma conversa séria com você. - eu disse passando as mãos em seus ombros subindo para o seu cabelo e arranhando sua nuca, me aproximei da sua orelha dei uma mordida no lóbulo e puxei devagar – Agora, eu só quero que você me jogue nessa cama para a minha boceta, ter uma conversa com o seu pau... Hum... - Eu dei uma rebolada no seu colo e o senti endurecer em baixo de mim, logo em seguida ele deu um gemido baixo.

- Acontece Isabella – ele até aquele momento estava parado, acho que eu o peguei desprevenido, ele segurou com força do jeito que eu gostava, o cabelo da minha nuca, e a outra mão levou até a minha cintura me esfregando nele causando um atrito direto entre a minha boceta por baixo da minha calcinha que já estava encharcada, e o seu pau totalmente duro já, por baixo do moletom – Que nesse momento, apesar da minha maior vontade de jogar você nessa cama e te foder até você cair inconsciente – ele me deitou na cama nesse momento ficando entre as minhas pernas e fazendo um movimento simulando a penetração - eu realmente preciso conversar com você. Ele se levantou e voltou a se sentar próximo a cabeceira e colocou a cabeça para trás respirando fundo.

Naquele momento eu não queria conversar, não sobre o encontro de hoje, eu não queria lembrar-se das palavras dos dois, eu queria esquecer, eu ainda pensava naquele barbeador em cima da pia, então, precisava distrair minha mente, e isso aquele homem na minha frente fazia como ninguém, ele conseguia me fazer esquecer nome ou quem eu era. Enquanto ele ainda matinha a cabeça para trás com os olhos apertados tentando se controlar, eu lentamente retirei meu sutiã, e novamente sentei no seu colo. Ele gemeu.

- Bella – ele falou baixinho ainda com os olhos fechados – Amor, nós realmente precisamos conversar sobre hoje, o que aconteceu na casa dos seus pais... -

- Não o deixei terminar, encostei meus seios no seu peito e gememos juntos, comecei a me movimentar em seu colo, fui beijando meu pescoço até sua orelha aonde mordi devagar, ele lavou as duas mãos até o meu quadril e eu coloquei mais pressão nos movimentos. - Amor, eu prometo que mais tarde a gente conversa, mas, por favor, me fode agora, me como nunca antes, olha como eu estou molhada e pronta para você - ainda falando baixinho na sua orelha eu peguei uma de suas mãos e levei até o meio das minhas pernas, levantei um pouco meu quadril, deslizei a calcinha para o lado e levei seus dedos aonde escorria tesão, ele enfiou dois dedos dentro de mim . – Hum... Isso baby, você prefere me deixar assim, para falar sobre algo que nós já sabemos. – ele começou a movimentar seus dedos em um vai e vem lento. - Não baby, hoje eu não quero carinho, hoje eu quero que você me coma, hoje eu quero que você me foda como nunca, sem pudores, sem carinho, eu quero força... - Sem que eu terminasse de falar ele me jogou de costa na cama, ficou por cima de mim e entre minhas pernas, apoiou as mãos do lado da minha cabeça e pressionou seu pau em minha boceta de uma forma dura que me fez quase gritar.


- É isso o que você quer, não é? - ele levou uma mão até meu seio direito e deu um apertão, eu me contorci e arquei meu corpo em direção a sua mão, ele se ajoelhou e enquanto uma mão permanecia em meu seio, a outra ele guiou para o meio das minhas pernas – Ah, é sim, olha só como você está molhada garota – ele enfiou dois dedos dentro de mim e começou a fazer um vai e vem bem forte, eu só sabia me contorcer e gemer. – Eu vou dar exatamente o que você quer, vou te deixar muito bem comida, a gente não sai daqui até amanhã. - E sem mais nada, ele abaixou a cabeça e engoliu meu seio esquerdo, eu já me debatia, e gritava seu nome, não demorou muito mais e gozei nos seus dedos em um grito mudo. 

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- Isso mesmo, hoje você vai gozar como uma vadia nunca gozou, conta comigo, esse foi o um, vamos até o 10. – ele colocou os dedos na boca e chupou lentamente, senti minha boceta pulsar e gemi – Eu já te disse o quanto eu amo o seu gosto? - eu balancei a cabeça em negativa - Não?! Que relapso de minha parte, então, me deixe te falar – enquanto falava ele ia descendo beijos dos meus seios até meu umbigo, aonde ele circulou com a língua, deu uma mordida bem devagar e desceu até chegar a minha virilha, ali ele deu uma mordida um pouco mais forte, e gemi tão alto que quase gritei, ele deu uma risada sacana. – Sim querida, grite enquanto eu como a sua boceta, porque eu vou engolir ela... Esse seu cheiro – ele passou o nariz bem perto do meu clitóris, e respirou ali, eu estremeci – Esse cheiro é o melhor do mundo, só não supera o seu gosto. – ele deu uma lambida dura de baixo até em cima. - Esse gosto, é o melhor manjar que eu poderia ter querida, então sim, eu vou comer essa sua linda e gostosa boceta. -

E sem mais cerimônia ele deu mais algumas lambidas na minha entrada que já pulsava e estava ensopada, eu podia sentir escorrer, ele mordeu e puxou os lábios grandes bem devagar, eu só conseguia gemer, e levantar meu quadril para que fosse mais rápido e fundo.  Ele passou as mão pelas minhas coxa e me abriu bem, tendo livre acesso a minha entrada que gritava por ele, cansado de me provocar ele enfiou a língua me penetrando, e ali eu perdi meu controle.



- Isso... Mais rápido... Mais... - Eu coloquei minhas mãos em seu cabelo e forcei sua cabeça mais para baixo, ele levou uma mão para o meu clitóris e fez alguns movimentos circulares com a língua, enquanto a outra mão permanecia no meu seio esquerdo. Eu o sentia em toda parte, eu respirava o cheiro dele, eu sentia ele dentro de mim, sentia ele em cada centímetro de pele pelo meu corpo. Eu já sentia os tremores tomando conta do meu ventre se espalhando pela minha coluna, não muito depois disso eu gozei novamente.

- Isso mesmo, querida, esse foi o segundo – ele disse tirando a cabeça do meio das minhas pernas.

...

Quando acordei no dia seguinte, sentia meu corpo totalmente dolorido. Alonguei-me e soltei um gemido baixinho sentindo meu centro arder. Sim, Edward cumpriu aquilo o que prometeu, depois de me presentear com o melhor oral que eu já recebi na vida, ele entrou em mim sem aviso nenhum e não parou ate eu gozar junto com ele. Logo em seguida comemos o que ele colocou na bandeja, nós fomos tomar banho, lá ele me deu o quarto orgasmo me levou para a cama e depois de um 69 incrível veio o quinto.


 Depois desse eu simplesmente parei de contar, mas me recordo de algo na mesa da sala de jantar, outro no sofá próximo à cama, um na sacada do hotel aonde ele literalmente me fez ver estrelas, mais um oral e por ultimo o mais gostoso. O grande motivo do corpo dolorido. Ele me colou de quatro na cama enquanto me preenchia, puxava meu cabelo em um rabo de cavalo e me dava tapas na bunda enquanto dizia palavras sacanas na minha orelha. Depois disso caímos exaustos e apagamos, mas lembro de que a ultima coisa que vi foi que o dia já tinha começado a clarear.

Levantei devagar na cama e senti meu corpo pesado. Caminhei lentamente ate o banheiro e tentei me sentir um pouco mais humana. Escovei meus dentes lavei meu rosto, e fui em direção ao espelho que tinha próximo a porta, ele pegava do teto ate o chão do banheiro.

- OH MEU DEUS! - Eu exclamei um pouco alto. O estrago era enorme. Começando de cima para baixo, meu cabelo era um ninho de ratos, ele apontava estava embolado e armado. Em meu pescoço tinham manchas roxas em vários pontos diferentes, assim como no colo dos meus seios e no direito tinha uma marca roxa bem perto do bico. Descendo mais um pouco na minha cintura e quadril tinham marcas de dedos roxas e vermelhas, ali era o pior de tudo. Em volta do umbigo tinha mais um roxo, e o mesmo em minhas coxas, mais algumas marcas de dedos.

- Isso que eu chamo de mostrar que foi muito bem comida! - eu pulei de susto com a voz rouca dele atrás de mim. Senti-o envolver os braços em volta da minha cintura e dar um beijo em meu ombro direito.

- Não te ouvi levantar - falei baixinho enquanto levava minha mão até sua nuca e fazia um carinho em sua nuca.

- Conferindo o estrago? - ele perguntou e apesar de ter um sorriso no rosto, pude perceber que ele tinha traços de preocupação nos olhos - Falando serio agora, ta tudo bem? Alguma dor? Algo que precise de uma atenção maior? - Eu pude sentir seu corpo um pouco tenso esperando minha resposta. Soltei meu braço de seu pescoço e me virei devagar, levei minhas mãos ate seu rosto e fiz um carinho devagar. Dei um selinho e olhei dentro dos olhos dele.

- Como você bem disse, essa é a imagem de uma mulher muito bem comida - eu ri baixinho. - Apesar de estar com o corpo um pouco dolorido pela atividade intensa - nos rimos baixinho e ele encostou sua testa na minha - Nada serio okay? Vou tomar um relaxante muscular e estarei pronta para outra. - Ele riu e me abraçou forte enquanto dava alguns beijos em minha testa.

- okay então senhorita me foda loucamente, apesar de ter amado a noite de ontem nos precisamos tomar um banho. O que me diz? - ele disse enquanto passava a mão na minha coluna me causando um arrepio, meu centro latejou e eu olhei assustada para ele, sério que ele queria mais? - É só banho, eu prometo apesar de você ser extremamente gostosa, eu estou esgotado e não aguento nem uma rapidinha - ele me deu um sorriso sacana e uma piscadinha no final.

Eu balancei a cabeça em negativa e sai rindo em direção ao banheiro. Antes que eu chegasse à porta, pulei com o susto quando me surpreendi com uma tapa na bunda. Olhei para trás e ele estava rindo.

- Idiota!

- Gostosa!

Entramos no banheiro, e senti-o me arrancando por trás, caminhamos assim ate o Box do chuveiro, entramos, ajustei a temperatura do chuveiro e começamos a tomar banho, ou melhor, demos banho um no outro. Sem que eu pedisse ele pegou o shampoo e lavou meu cabelos carinhosamente. Passou condicionador e fez uma massagem gostosa na minha nuca e nos meus ombros. Eu estava ficando relaxada. Pegou a espuma de banho e começou a passar pelo meu corpo, fazendo pressão nos pontos certos para me fazer relaxar, encostei a cabeça e as costas no azulejo e senti-o massageando perto de onde tinhas as marcas em meu quadril. Ele foi subindo as mãos ate meus seios e massageou lentamente.

- Baby eu não...

- Shiiiii só relaxe e curta okay?

Ele continuou a massagem e eu já sentia minha boceta molhar e pulsar. Merda eu estava dolorida e queria esse homem. Ele me colocou no chuveiro novamente pra tirar a espuma, me encostou novamente na parede e se ajoelhou na minha frente.

- Amooooor - antes que eu protestasse ele estava com a boca em mim, não era esfomeado como ontem, era carinhoso, ele chupava devagar, dava mordidas de leve e bateu a língua no meu clitóris algumas vezes, não precisou de muito e eu gozei, eu estava muito sensível então o menor estímulo se tornava algo grande. Assim que senti meu corpo parar com o tremer me firmei e desencostei da parede.

- Minha vez! -

- Baby não precisa, é serio eu estou bem. - Porém eu vi que seu membro estava ereto e brilhoso, apontando para mim, me chamando.

- Eu sei que não baby, mas eu quero então me deixe fazer sim? - Dei um selinho nele e comecei a lavar seus cabelos, fiz o mesmo processo que ele, shampoo, condicionador e espuma de banho, dando uma atenção especial a seu membro. Ele encostou a cabeça para trás no azulejo e sem pensar em maia nada joguei água nele e cai de boca. Comecei devagar, lambendo da base à cabeça, passei a língua algumas vezes na cabeça vermelha e quando vi que ele apertava as mãos em punhos próximo ao corpo eu o engoli ate aonde consegui, o resto enrolei minhas duas mãos em volta, ele era muito grande e grosso, não precisou de muito mais que colocar uma das mãos em suas bolas e ele me avisou que iria gozar.

- Baby eu vou gozar, sai dai... - E sem o deixar terminar eu suguei com mais vontade ainda, eu queria sentir o gosto do meu homem. E senti, ele vir não tinha muita coisa para engolir afinal de madrugada ele gozou quatro vezes. Ele respirou fundo algumas vezes e mil puxou para cima.

- Eu te amo. -

- Eu te amo mais do que você pensa! - eu disse e te dei um selinho.

- Vem, nós precisamos sair - ele disse desligando o chuveiro - nós temos que conversar antes de embarcar para Londres. Você já fugiu demais Bella - ele disse quando eu respirei fundo - Eu aceitei ser sua distração ontem, mas hoje você não vai fugir. - saímos do Box e ele colocou uma toalha em minha volta.

Ele me levou ate a cama e me sentou e secou meus cabelos cuidadosamente com a toalha. Ele estava cuidando de mim como se sentisse que eu não estava bem com aquele assunto.Assim que terminou foi ate a mala, pegou uma boxe para ele, uma calcinha e um sutiã para mim. Ele vestiu a cueca se ajoelhou em minha frente colocou a calcinha em mim e depois o sutiã. Levantou-se me puxou ate o meio da cama sentou atrás de mim e se se encostou à cabeceira da cama. Pegou um pente que eu deixei ali ontem a noite e começou a pentear meu cabelo. Fez uma trança meio desajeitada e deu um beijo em minha nuca. Ele respirou fundo e colocou sua testa em meu ombro. Permaneci em silêncio.

- Baby, antes de tudo eu queria te pedir desculpas, não deveria ter falado daquele jeito com os seus pais - eu tentei me virar e negar, mas ele não deixou - Bella eles podem ser o que forem, mas eu não deveria ter gritado, eu estava ali para ser aceito e não causar uma guerra. Eu amo você então as pessoas que são importante para você devem ser para mim também. Só que, quando sua mãe começou a falar dos meus pais, eu perdi a cabeça, eu não sei de onde ela os conhece, mas ela tem razão sobre eles, só que Bella - ele respirou fundo e me virou para ele - o que me irritou de verdade, foi eles me compararem com eles. Eu amo meus pais, mas não sou cego nem burro. Eles tem um casamento de aparências Bella, minha mãe é o ser mais arrogante e egocêntrico que eu conheço, acha que por ser inglesa é dona do mundo. Ela é esnobe e fútil de tantas formas que é ridículo. Por isso que eu nunca me envolvido com nenhuma das mulheres que ela tentou me arrumar. Porque são cópias dela. Eu não quero alguém assim para minha vida Bella, eu quero você. Por minha mãe ser assim meu pai começou a arrumar amantes. Ele já teve e tem tantas que eu parei de contar depois da vigésima. Eu não quero ser uma copia dele, quando eu escolhi me casar com você, foi para sempre. Eu te amo e não me vejo com outra pessoa, foi por isso amor, pelo seu jeito de falar, de andar, de vestir, de se comportar. É essa Bella que eu amo você é linda amor, por dentro e por fora, não te vejo como uma marionete te vejo como a mulher que eu amo. Eu não vejo nosso casamento como uma brincadeira. Podemos ter nos casado em Vegas, mas não é uma brincadeira, por isso, tomei a decisão de que vamos fazer uma festa tradicional com direito a tudo e a igreja. Você não é um passatempo, é a minha mulher, a minha Srª. Cullen. –

Ele me deu um selinho e beijou minha cabeça. Sem que eu me desse conta sentisse as lágrimas rolando pelo meu rosto. Eu o amava tanto, era algo que eu não saberia dimensionar, ele era vital para mim. O abracei apertado.

- Baby, shiiii não chora. Não falei nada disso para você chorar, falei porque eu precisava ter a certeza de que você acredita nos meus sentimentos sobre o nosso casamento. Bella você é minha vida. Eu não sei se eu saberia lidar com a sua ausência. Eu fiquei em pânico das coisas que seus pais disseram entrem na sua cabeça e você acreditar naquelas palavras. Por favor, não acredite naquilo. Acredite em mim... Eu amo você Isabella Marie Cullen. - Ele me beijou sem esperar respostas.

Em nenhum momento meus pais chegaram perto de me fazerem duvidar do amor dele. Eles nunca foram pessoas que se preocupassem com isso, então para esse tipo de opinião deles eu não ligava. Eu me separei dele e coloquei as palmas das minhas mãos em suas bochechas.

- Baby, em nenhum momento eu levei em consideração o que meus pais disseram - eu dei um selinho nele - Eles só ficaram revoltados porque perderam o controle sobre mim. A raiva e a indignação deles é porque eles não vão mais poder me controlar. Ele falaram que eu era uma marionete pra você, porque para eles eu não passava disso. Eles me viam como um meio de alcançar os objetivos deles. Não sei exatamente quais eram os planos deles para mim, só sei que tem algo relacionado com James Michaels, o dono da Michaels & Assosities, eles nunca se importaram com minha felicidade. Mas saber disso não diminui a dor de passar por esse tipo de situação. Eles nunca aceitarão o fim do meu namoro com ele. Então, qualquer um que venha no lugar nao é bom o suficiente. Então vamos deixar pra lá okay? - Ele balançou a cabeça e me abraçou.

- Eu vou sempre estar ao seu lado okay?- ele disse beijando minha testa

- É só o que eu peço. –

...

o muito tempo depois, nós arrumamos nossas coisas e deixamos o Hotel, nosso voo sairia as 19:00h e quando terminamos de conversar já eram 17:15h, e nós corremos para o aeroporto e comemos algo por lá. Iríamos direto para Londres, mais especificadamente, para a casa dos pais dele. E que Deus me ajude, pois sabia o que me esperaria ali.

...

- Você perdeu a cabeça não é Edward Anthony Cullen? - Esme bufou apontando um dedo para ele - Eu te dei uma educação melhor do que essa! Como assim você casa com uma ninguém em Vegas? - ela praticamente gritava andando de um lado para o outro na sala.

- Respeite Isabella, por favor. - ele rosnou ao meu lado e levantou.

- RESPEITAR ISABELLA? - Ela gritou - RESPEITAR ISABELLA? Por um acaso alguém aqui me respeitou? - ela olhou para mim com os olhos cheios de ódio - Você acha que você merece respeito sua vadiazinha de quinta? Eu te avisei que era para se afastar dele, avisei que você não era mulher para ele, e na primeira oportunidade você se casa com ele sua meretriz de quinta? - ela veio em minha direção como se fosse me matar. Acho que naquele momento ela era capaz - Sua desgraçada, aproveitadora, desclassific... -

- Agora chega Esme! Chega de ofender a minha mulher! - Carlisle segurou sua esposa e Edward se levantou indo ate a frente dela. - Você não vai ofender a minha esposa desse jeito, ficou maluca? Perdeu o pouco do juízo que lhe restava. - ele perguntou quase gritando com ela.

- Quem perdeu a porra do juízo foi você. Olha para ela, olha bem, você acha que ela tem a mínima possibilidade de poder ser a sua mulher perante a sociedade? Você acha que ela vai conseguir ser uma Lady? Ela pode ate ter mudado a roupa, mas por dentro ela nao passa de uma alpinista social. -

- PARA PORRA! - Ele jogou um enfeite de cristal que estava na mesinha de centro- Você está passando de todos os limites Esme, CHEGA. -

- Será que você não percebe que quem passou do limite foi você garoto? - ela perguntou com o rosto vermelho e lágrimas nos olhos - Eu te apresentei as melhores damas da Inglaterra, mulheres que seriam tudo aquilo o que você precisava do seu lado, que melhorariam a sua imagem, PRA QUE? HEM? - Ela gritou se soltando dos braços de Carlisle - Pra ver você acabar com a sua vida ao lado dessa mulherzinha?! - apontou para mim com nojo!

- Foi exatamente para isso... Foi para não me casar com uma copia mal feita sua! Deus me livre casar com uma mulher como você! - ela ofegou quando ele disse isso - Eu entendo meu pai no fim das contas, afinal, para permanecer casado com uma mulher, fria, dissimulada, egocêntrica e arrogante, por tanto tempo, ou se separa ou se tem amantes... -

- Edward! -

- Não. Ela vai me ouvir! - ele disse quando eu e seu pai o chamamos repreendendo. - Vocês só estão casados há tanto tempo, porque não admitem o divorcio. Carlisle pela fusão da empresa e você pelo "nome" na lama. Mas deixa-me contar um segredo mamãe. - ele disse o mamãe com deboche e sarcasmo, ele tinha a face distorcida em ódio e uma veia pulsando na testa. - Você é a senhora mais conhecida nos puteiros de Londres. Porque meu pai já comeu a maioria das putas que trabalham aqui! Você é vazia Esme, e merece cada grama de sofrimento que tem ou ainda terá. - ele respirou fundo e apertou a base do nariz com o polegar com os olhos fechados - Eu amo a Isabella, meu casamento com ela não é um contrato comercial, então, acho bom você se acostumar com a ideia. - Ele se afastou e veio ate meu lado, me deu a mão e me puxou para seus braços. - Vamos embora amor. -

- Um dia Isabella, eu vou ter o prazer de ver o Edward te trair e você se tornar a mulher que ele tanto abomina, porque para sobreviver nesse meio é necessário - ela disse ajeitando o cabelo e com os olhos frios - E nesse dia Isabella você vai ver que eu sempre tive razão sobre tudo o que sempre disse. Você não é e nunca foi mulher suficiente para meu filho! E vai saber na pele o que é passar por um isso. Ele é um Cullen, e para os Cullen nos nunca somos únicas. -

- Adeus Esme. - E sem dizer mais nada ele se virou e me puxou com ele. Apesar de acreditar profundamente no sentimento que Edward sentia por mim, ele nunca me traria... Ou trairia?

E foi olhando para aquele homem no momento em que ele entrou no carro em direção ao aeroporto enquanto mantinha uma mão no volante e a outra segurando a minha mão, que eu verdadeiramente rezei para que eu fosse à única.  Edward seguiu calado até o aeroporto, eu fiquei preocupada com seu silencio. Nao imaginava o que estaca se passando em sua cabeça.

- Bella, me promete que nunca vai mudar? Promete que não vai se transformar em algo que eu não suporto? - ele me pediu assim que sentamos na sala de embarque aguardando a chamada do nosso voo, ate aquele minuto ele não tinha soltado uma palavra se quer.  Eu olhei dentro dos olhos dele e segurei sua mão onde estava a aliança com meu nome levando até meus lábios e dando um beijo.

- Baby para que isso agora hum? - eu perguntei levando uma mão ate sua nuca e fazendo um carinho ali enquanto a outra permanecia segurando sua mão.

- Porque uma coisa que a Esme disse, daquele monte de merda que saiu da boca dela, é que o meio aonde eu vivo, é fútil, as mulheres são frívolas, e para se enturmar algumas vezes é preciso ser como elas - ele respirou fundo e continua - mas eu não suporto aquilo, tenho nojo Bella, e eu acho que ver você se transformar naquilo o que eu não suporto eu não sei o que eu faria. - Quando terminou de falar ele tinha os olhos rasos de água.

- Edward, amor, o que ta acontecendo? - eu envolvido meus braços em torno dele e o apertando, ele enfiou o rosto em meu pescoço e retribuiu o abraço, me apertando mais forte - baby, eu estou ficando preocupada com você, o que está acontecendo? - perguntei quando senti lágrimas molhar meu pescoço levei uma mão ate sua nuca e fiquei fazendo carinho ali. Ele permaneceu em silencio por alguns minutos enquanto eu sentia as lágrimas rolarem pelo meu pescoço.

- Eu não quero ter um casamento como o dos meus pais Bella - ele disse com a voz rouca depois de um tempo - eu não quero que você se transforme numa cópia da minha mãe. Eu quero ter filhos com você, quer ser feliz ao seu lado, e não viver de aparência como eles. - ele respirou fundo ainda com a cabeça enfiada no meu pescoço e meus cabelos.

- Baby, presta atenção no que eu vou te falar - ele deu um beijo no meu pescoço e levantou o rosto ficando próximo do meu rosto - Eu não sou Esme e você não é Carlisle, assim como não somos Renée e Charlie - ele tinha os olhos num tom de verde maia claro do que o comum por causa do choro - Eu não vou mudar baby, assim como você também nao vai, nós seremos felizes e vamos passar por cima disso tudo. Finalizei encostando minha testa na dele.

- Eu te amo, muito.

- Eu também te amo muito. Você é o homem da minha vida. O único e vai ser sempre.

- Você também Isabella, é a única para mim.

E eu acreditei naquilo... Mas não deveria...

Um ano e seis meses depois.

Alguns meses depois, Esme apareceu em nossa porta pedindo perdão, dizendo que agiu daquela forma porque se sentiu traída por ele não ter falado nada para ela. Depois de algum choro, melodrama e pedido de desculpas eles voltaram a se falar, e por incrível que possa parecer, ela estava tentando ser minha amiga. Pouco tempo depois que voltamos de Londres, Edward pegou seu diploma e nos mudamos para lá.

No começo Edward não ficava tanto tempo na empresa do seu pai que era próximo de casa, então estamos bem, tomávamos café juntos, ele vinha almoçar e chegava na hora do jantar. Eu sempre tinha algo para fazer e organizar então não sentia tanto assim o tempo passar.

Os problemas começaram quando ele pegou um caso complicado de um assassinato. Ele começou há passar mais tempo no escritório e eu passei a ficar muito sozinha. Esme sabendo disso passou a me arrastar para os lugares que ela ia. E aos poucos eu fui mudando, cabelo, roupa, jeito de andar, de vestir, passei a frequentar os mesmos lugar que ela, e o principal, passei a fazer parte do Clube do chá dela. Tivemos algumas brigas por causa disso, uma resultando com ele dormindo no sofá. Ele dizia que eu estava mudando de uma forma assustadora e não estava gostando disso. Mas eu podia fazer o que? Ficar trancada o dia inteiro em casa? Ele precisava de visibilidade, precisava ter um nome social forte, mas ele nao aceitava, dizia que as dondocas do clube do chá estavam me transformando em algo parecido com sua mãe. Nós tínhamos encontros semanais como esse que eu estava indo agora.

Eu havia acabado de tomar um banho e passado o perfume que Esme indicara, já que os que eu usava e que eram os mesmo que Edward gostava, eram muito fortes, para um chá da tarde ou para qualquer ocasião eu não o achava forte e nem nada do tipo, mas eu queria ter uma convivência o mais pacifica possível com Esme, então eu tinha que fazer alguns esforços. Como, por exemplo, usar essas roupas, eu detestava esse tipo de roupa e não conseguia me enxergar nela. Céus, que vontade de arrancar esse vestido e usar uma camisa velha do Edward e uma calça jeans, mas não, se eu aparecesse assim no chá da tarde de Esme, ela me matava.

Foi o que eu pensei ao ajeitar aquele vestido branco, marcado na cintura e com alguns drapeados na saia e três botões prateados no busto e mangas que acabam um pouco acima dos meus cotovelos. O mínimo de maquiagem possível, mas ao ponto de se notar que se usava maquiagem, um colar e pulseira de perolas e o cabelo preso em um coque completamente impecável, sem um único fio fora do lugar, saltos enormes e luvas. Para que luvas?


Peguei minha bolsa, meu celular e as chaves do carro e sai de casa, muito contrariada, eu detestava esses chás da tarde, as “damas da sociedade” deveriam ser chamadas de as “fofoqueiras da sociedade”, porque, céus, as únicas coisas que elas sabem fazer é fofocar e falar mal das pessoas não eram de seus grupinhos, às vezes, elas falavam mal das pessoas de seu grupinho, quando elas não apareciam. Eu apostava tudo na vida que elas falavam mal de Esme até não aguentar mais, desejava ir a um desses encontros sem a Esme e falar mal dela junto com as “damas da sociedade”.

Dirigi por quase meia hora até chegar ao Roehampton Club, parei o carro no estacionamento e entrei no clube que cobravam uma pequena fortuna para ser um associado, e caminhei ate onde elas estavam reunidas na mesa debaixo do guarda sol. Não fazia um sol forte, pelo contrario, estava até um tempo gostoso, mas elas diziam que era necessário, eu iria contrariar?


Quando cheguei próximo à mesa, percebi que Esme já estava ali, ela sempre chegava adiantada, ela parecia estar em uma conversa particular com a Senhora mais insuportável da mesa, Senhora Denali, elas se conheceram a cerca de duas reuniões atrás e desde então se comportam como melhores amigas. Quando viu que eu me aproximei, levantou os olhos, falou mais alguma coisa com a Denali, que me olhou com nojo e repulsa.
- Boa tarde senhoras, eu vejo que fui a ultima a chegar – disse puxando a cadeira e me sentando ao lado de Angela, eu não tinha amigas entre elas, mas Ângela era o mais próximo disso. Ela vinha aqui somente porque sua mãe a obrigava, algo como um possível casamento com o filho da senhora Cheney, que também se encontrava ali na mesa.

- Boa tarde Isabella,não se importe, chegamos não tem 15 minutos, só estávamos esperando você para pedir – disse a Senhora Hale, ela e a filha dela, diga-se de passagem, uma mulher maravilhosa, eram uma das poucas pessoas simpáticas que tinham por ali.

Fizemos nossos pedidos, basicamente chá e biscoitos, e as vi colocarem a "conversa" em dia. Acontece é que a conversa era basicamente o histórico da vida alheia. Aquele ali não era o meu mundo, eu só estava ali para agradar minha sogra e as "Damas" da sociedade. Eu precisava que Edward fosse bem visto por todas, precisava que ele fosse bem falado entre elas, para que o nome dele fosse tocado com seus maridos e ele tivesse um bom retorno. Precisava fazer para me sentir menos inútil com a minha vida. Precisava sentir que eu estava fazendo algo bom e que prestasse. Ultimamente eu estava me sentindo um peso morto para Edward. Para ter uma boa aceitação entre elas fui obrigada investir uma pequena fortuna em roupas, joias e acessórios, ir à associação de clubes, parque e afins. Só que tínhamos gasto em restaurante para esses encontros nos últimos dois meses, beirava a o que uma família de classe baixa gastava em um ano. Eu não conseguia deixar de me sentir mal por estar me tornando essa pessoa, pelo menos por fora, mas não tinha outro jeito, eu precisava ser aceita.

- Então Isabella querida, como vão as coisas? - perguntou à senhora Hale, era uma das únicas que tinham a coragem de começar um assunto comigo – Alguma novidade a caminho daqui nove meses. - vi Esme engasgar com o Chá que bebia, ela não era muito fã da ideia de Edward e eu termos um filho.

- Lilian minha querida, acho que é um pouco cedo para isso não? - ela disse com uma voz claramente falsa, assim como seu sorriso. – Eles estão casados somente há um ano e meio, acho que ainda não esta na hora. - ela terminou engolindo em seco e me dirigindo um olhar estranho.

- Esme deixe de bobagem, você sabe que eu e Gregory tivemos nosso Jasper logo que nos casamos, logo em seguida veio nossa Rose. – ela falou mandando um beijo para a sua filha.

- Senhora Ha... -

- Já disse para me chamar de Lilian querida – ela me dirigiu um sorriso doce.

- Certo, então, Lilian.  – eu lhe devolvi o sorriso.  – Esme tem razão, ainda esta cedo. – eu olhei de relance para minha sogra e a vi respirar fundo - Edward ainda esta crescendo na empresa, e eu ainda não me formei na faculdade. - Vi a senhora Johnson quase cuspir seu chá.

- Você ainda faz faculdade? – ela tinha um tom de voz acusador.

- Sim. - eu engoli em seco tentando me lembrar de que nao era pecado fazer faculdade. - Faltam somente dois períodos e estarei formada. Edward me apoia e me da força sobre isso, ele acha melhor eu ter certa independência.

- Certo, entendi querida. Bom, se vocês me dão licença, eu preciso ir ao toalete, com licença. - Todas nos acenamos com a cabeça.

- Me espere querida, irei com você, preciso me refrescar um pouco – Esme falou se levantando e indo ate o lado de Charlotte Johnson, enlaçou seu braço no dela e caminharam em direção ao banheiro. Todas nós conversamos mais alguns bons 15 minutos quando Lilian recebeu um telefonema e disse que precisaria ir embora.

- Eu realmente queria me despedir de Esme, ela marcou um almoço em casa amanha e eu queria confirmar o horário, bom, Isabella querida, avise a ela que mais tarde eu ligo, certo? - ela falava comigo enquanto recolhia seus pertences da mesa e sua filha Rosalie fazia o mesmo, ela era bem calada e na dela, acha que ela nao queira estar ali.

- Lilian espere um minuto sim? Melhor você conversar com ela diretamente? Assim ela já sai daqui e deixa tudo providenciado para amanhã, sim? Eu vou atrás dela, só um minuto, com licença - me levantei e segui a passos lentos ate o local aonde vi as duas caminharem. Esme me mataria se Lilian fosse embora assim, ainda me culparia, assim como ela reclamaria de ter interrompido seu tempo com Charlotte. Caminhei sem fazer barulho ate a porta do banheiro, eu iria entrar quando ouvi meu nome ser pronunciado com raiva.

- Eu simplesmente nao sei como você admite esse tipo de situação Esme, se fosse minha nora, eu a colocaria em seu devido lugar. - era a voz de Charlotte.

- Você acha que eu concordo com isso? Essa situação é estapafúrdia, por mim eles nem teriam se casado, não acho que ela sirva para ser esposa do meu Edward.

- Não serve mesmo. Aonde já se viu? Fazer faculdade quando o marido mais precisa dela? Ele precisa crescer nos negócios, fazer o nome dele sem depender de Carlisle! –

- Nesse momento o Edward precisaria do apoio de uma esposa para tudo o que ele fizer, não acho certo ela focar na carreira dela agora, pensa-se nisso antes de casar e assumir um compromisso perante a sociedade, ela é egoísta, enquanto ele precisa de alguém que o acompanhe em eventos, reuniões, jantares e almoços, ela esta em reuniões de estudos com os amigos. Sem contar que como ele apoia algumas ONGs, ele precisa de alguém para monitorar se os fundos estão indo para aquilo o que foi destinado, se as causas estão sendo bem atendidas e essas coisas. Ela nao tem essa postura ou visão. Ela nao é uma boa esposa!

"Ela não é uma boa esposa"
“Ela não é uma boa esposa"
"Ela não é uma boa esposa"

Eu sai dali rapidamente sem querer escutar mais nada, com aquela frase na minha mente me perseguindo... Eu era uma péssima esposa na visão delas, deveria estar dando apoio incondicional ao Edward afinal era inicio de carreira, mas e quanto a mim? Está certo que Nunca escolhi fazer direito, mas era um curso superior droga, era importante para mim uma formação.

Eu segui ate o estacionamento por um caminho alternativo, para nao ter que esbarrar em ninguém, entrei en meu carro e encostei a cabeça no volante. Pensamentos vieram como avalanches. Eu estava sendo uma pessoa egoísta? Edward me achava egoísta ou então uma péssima esposa? Eu sabia que ele sempre tinha que ir a almoços e jantares de negócios, mas não sabia que ele tinha que ir acompanhado, porque ele nunca me disse? Interrompendo meus pensamentos ouvi o toque do meu celular. Estiquei minha cabeça e percebi que tinha esquecido minha bolsa no carro.

- Graças a deus, não preciso voltar lá - falei alto e sozinha.

O toque parou um pouco e recomeçou, demorei em achar dentro da minha bolsa, quando o encontrei ele parou de tocar de novo. Tinham cinco chamadas perdidas. Uma de Alice. Uma de Edward. Duas do pessoal da faculdade, já que tínhamos um trabalho na hora do Jantar. E por fim uma de Esme. Cada um deles deixou uma mensagem.

Mensagem enviada por
Allie.
Horário de envio H: 17: 07
"Bella, eu estou com saudades, me liga para marcarmos de ir ao shopping almoçar amanha e colocar o papo em dia, beijos”.

Mensagem enviada por
Edward (Baby)
Horário de envio H: 17:28
"Hey amor tudo bem? Daqui a pouco eu vou ter que ir para um jantar de negócios que apareceu de ultima hora, não sei que horas vou chegar a casa, beijos Eu te amo”.

Mensagem enviada por
Dani Faculdade
Horário de envio H: 17: 33
“Isabella boa tarde, a reunião não poderá acontecer mais, o Diego teve um problema e não conseguira chegar a tempo, como ele esta com o trabalho, não será necessário nós irmos, um abraço querida, Danielle”.

Mensagem Enviada por
Diego Faculdade
Horário de envio H: 17:40
“Hey Bels, me desculpe, tive um problema com a minha filha e não vou poder ir hoje, estou indo para o hospital, beijo, Diego”.

Mensagem Enviada por
Esme
Horário de envio As 17: 55
"Isabella cadê você? Não mostre tanta falta de educação e respeito para com essas senhoras, espero que você não tenha ido embora garota, cadê os seus modos?"

Antes de pensar em responder qualquer uma das mensagens, Esme me ligou novamente, atendi no segundo toque.

- Isabella sua irresponsável, cadê você?

- Oi Esme, eu estou no estacionamento, só vim buscar meu celular e minha bolsa, tinha esquecido aqui. -

- Menos mal garota, achei que tinha tido o disparate de ir embora sem ao menos dar tchau. - Essa realmente foi minha intenção, mas ela não precisava saber.

- Não, fique tranquila, já estou voltando. Sem esperar por uma resposta ele desligou. E depois ainda reclama da minha Educação. Logo em seguida liguei para Edward, no terceiro toque ele atendeu.

- Hey baby. -

- Oi amor. –

- Tudo bem por ai? –

-Tudo sim e por ai? -

- Tudo tranquilo por aqui, como te falei daqui a pouco eu tenho que ir para um jantar, mas ainda tenho um tempo pra falar com você, aconteceu alguma coisa? -Sua voz esta estranha. Ele me conhecia como ninguém e isso era um fato.

- Só estou com um pouco de cansaço, o pessoal da faculdade ligou e eles desmarcaram a reunião de hoje, parece que o Diego teve um problema com a filha. –

- Hum, então já que você não vai mais jantar como pessoal da faculdade, que tal me acompanhar no jantar de hoje? -

- Que horas e a onde? -

- 19:00h no The Ledbury, mas você vem para a empresa direto e nós vamos juntos, acha que da tempo? -

- Dá sim amor, daqui a pouco estou ai, te amo, beijos. -

- Também te amo, beijos. - Ao finalizar aquela ligação eu percebi que Charlotte tinha um ponto, para Edward me chamar para um jantar de negócios é que minha presença ao seu lado seria algo bem visto. Talvez ela não esteja tão errada assim. Sai rapidamente do carro e caminhei apressada ate próximo o lugar onde nos estávamos, quando estava me aproximando, diminui os passos e chamei a atenção de todas

- Desculpem-me a demora, lembrei que tinha deixado minha bolsa e carteira no carro e resolvi ir buscar, graças a Deus por isso, Edward me ligou e me chamou para jantar com ele.  – dei um olhar para Esme e Charlotte que se entre olharam. – Afinal que tipo de esposa eu seria se não acompanhasse meu marido nesse tipo de situação certo? Tenho que ser uma boa esposa – vi as duas senhoras arregalarem os olhos e engolirem em seco.

- Isabella eu... - ela começou a falar, mas foi interrompida.

- Imagina querida, Lilian já foi e realmente esta no nosso horário, não se prenda a nós, vá logo, não devemos nos atrasar nunca, lembre-se sempre disso – Disse a senhora Webber.

- Certo, então eu já vou indo. Até semana que vem. - Sem esperar por mais nada caminhei até fora das vistas dela e quando elas não podiam mais me ver, acelerei o passo, cheguei ao estacionamento, corri até o carro, entrei, dei a partida e fui para casa, graças a Deus.

Cheguei a casa por volta das 18: 20 subi correndo ate o quarto, como já tinha tomado banho antes de sair, não teria problema eu tomar banho somente quando voltar, eu entrei em meu closet e peguei um vestido simples e um par de saltos que combinassem, antes de me trocar chamei um Uber, como iria voltar com Edward, não queria voltar dirigindo, tirei minha roupa coloquei no cesto do banheiro, arrumei meu cabelo em um coque bagunçado, fiz uma maquiagem simples e passei um perfume e um creme no corpo, voltei para o quarto, cinza que batia um pouco abaixo de meus joelhos, sem decote e com apenas um cinto marcando a cintura, um casaco longo e preto, para o caso de o tempo acabar virando e um par de saltos pretos, entrei no closet novamente e peguei algumas joias que combinassem com minha roupa. Recebi uma mensagem do Uber, avisando que tinha chego. Perfeito. Peguei uma bolsa coloquei meu celular e documentos e desci as escadas, passei pela porta e tranquei a casa ativando o alarme, coloquei a chave na bolsa e entrei no carro que estava parado na porta de casa. 18:45, eu chegaria à empresa em poucos minutos e o restaurante ficava algumas quadras depois da empresa.


Resolvi mandar uma mensagem para Edward avisando que já estava a caminho. Cheguei à empresa por volta das 18:55 paguei o motorista e segui até a empresa, Edward se encontrava na porta principal conversando com uma garota loira muito bonita. Andei rapidamente até eles e escutei o final da conversa

- Senhor Cullen, eu sempre te acompanho nessas reuniões, o senhor não ficará perdido sem mim? - a vadia teve a audácia de passar um das mãos nos ombros do meu marido

- Jane, você sabe que esse é o papel da minha esposa, você só me acompanha por ser minha secretaria e variavelmente Isabella está ocupada, nada, além disso, eu vou saber me virar sem você lá, fique tranquila. - Rapidamente chamei atenção para mim raspando a garganta, e exibi um sorriso falso, por dentro eu estava fervendo, queria quebrar a mão daquela garota que ainda permanecia no ombro de Edward.

- Ola amor, me desculpe se te atrasei,eu tentei vir o mais rápido possível. – parei em sua frente e ele se virou para mim, enlaçando minha cintura com as duas mãos fazendo com que a mão dela cai se de seu braço, toma essa vadia.

- Imagina, eu que agradeço por você ter vindo, sei que foi em cima da hora, e na verdade você foi bem rápida – ele deu um selinho em minha boca e olhou meu corpo dos pés até a cabeça - E cada minuto valeu a pena, você esta linda baby, vamos? Ah, antes que eu me esqueça, essa é Jane, minha secretaria, ela que sempre me acompanha nesse tipo de reunião, mas como você estava livre hoje, achei melhor chamar você, assim quem sabe a gente não aproveita e estica depois do jantar para algum lugar em... - ele falou o final no meu ouvido dando um beijo no meu pescoço. Vi a garota revirar os olhos e me olhar com descaso. Ela estava a fim do meu marido. E eu iria acabar com a graça dela.

- Prazer querida, é uma pena não termos mais tempo, mas seria um prazer enorme te conhecer. -

- Oh querida o prazer seria meu, Edward fala muito da esposa dele. Bom se me dão licença eu vou indo. - Naquele momento eu percebi que Charlotte tinha razão em muitas coisas do que ela disse. E uma delas era que eu não estava sendo uma boa esposa, amanhã mesmo eu iria trancar minha matricula na faculdade e daria mais atenção a Edward, não daria espaço pra qualquer vagabunda entrar em sua vida.

- Vamos amor? - Edward perguntou pegando minha mãe e seguindo para o carro que estava em frente à empresa

- Sim, baby, vamos sim, vai ser um enorme prazer te acompanhar nesse jantar. - Eu trancaria minha matricula, o acompanharia em todos os próximos eventos, ficaria de olho no meu homem e o colocaria como prioridade em minha vida.


Eu só não sabia que esse foi o meu primeiro grande erro, ali foi o começo do meu fim.

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