BELGRAVIA 07:45 AM
"Só mais alguns
minutos" pensou Bella. Só mais alguns minutos e ela poderia deixar cair
por terra à imagem de esposa burra e inútil. Só mais alguns minutos e ela
poderia chafurdar em auto depreciação e comiseração. “Só mais alguns malditos
minutos".
- Espero que você tenha um ótimo
dia no trabalho, eu te amo – e ela ainda amava, só não sabia se era o
suficiente para conseguir aguentar aquela situação por muito tempo.
- Eu também- ele respondeu no automático
aquilo o que ela gostaria de ouvir, mas ela já não tinha certeza se amava
mesmo.
Sim, só mais alguns minutos e o
marido sairia pela porta da frente da casa colonial branca com um cercado de
madeira delineando a grama verde e recém-cortada, que exibia um pé de primavera
tão bem cuidado quanto o sorriso falso que a mulher exibia. Mais alguns minutos
e ele estaria nos braços dela. Os braços da mulher que estava tirando tudo
aquilo o que ela construiu com tanta luta. Tanya Denali. A amante do seu
marido.
Marido que era seu a pouco mais
de dois anos. Sim, eles ainda estavam na fase de lua de mel, não era isso o que
todo mundo dizia? Que os primeiros três anos eram só flores? Bem, pra variar um
pouco a sorte não estava do seu lado. Ou então no caso as flores seriam rosas,
eram lindas para somente se observar, mas cheias de espinhos que machucavam
qualquer um que chegasse um pouco mais perto.
- Eu não venho para o jantar, um
cliente que veio direto de Nova York quer fazer uma revisão no contrato e pediu
que eu encontrasse com ele para um jantar de negócios. - disse o homem com toda
a sua imponência entrando no seu carro modelo do ano e abaixando o vidro para
falar com sua esposa.
- Sim, uma meia verdade, pensou
ele. Se ela fosse ligar atrás dele na empresa ninguém mentiria, porque ele realmente
iria se encontrar com o tal cliente de Nova York, a questão era que, seria
somente pôr no máximo duas horas. Dali em diante ele iria para a casa da mulher
por quem estava perdidamente apaixonado. A mulher que o fez repensar muitas
coisas, inclusive sobre o fracasso de seu casamento.
Balançando a cabeça ligeiramente
olhou para sua mulher em pé em frente ao seu carro. Sim, não podia negar que
Isabella era linda, com seus um pouco mais de 1,60 com olhos azuis, e o cabelo
que era naturalmente castanho estava loiro, por um pedido dele, preso em um
coque perfeito sem um único fio fora do lugar.
Bella tinha um corpo na medida certa, que ficava incrível no vestido
floral que ela usava naquela manhã ensolarada.
- Dirija com cuidado okay? - ela
disse com aquele sorriso falso no rosto, sorriso esse que ela sempre treinava
em frente ao espelho. Sorriso que estava a um passo de desaparecer e dar liberdade
às lágrimas que queriam sair a qualquer custo.
"Merda, eu não vou conseguir”.
O Marido balançou a cabeça e deu
ré no carro saindo da garagem, acenou com a mão e foi embora. E antes que ela
tivesse tempo, levou à mão a boca para abafar os soluços que vieram com força, às
lágrimas vinham sem piedade borrando a maquiagem impecável que ela fazia todos
os dias de manhã, para mostrar para o marido o quanto ela podia ser linda
ainda, o quanto ela poderia talvez ainda o merecer.
Logo vieram os soluços e os
espasmos que convulsionavam todo o seu corpo, como se ela estivesse sofrendo
uma forte descarga elétrica, e de certa forma parecia que estava seu coração
parecia falhar no peito, ela sentia dor em cada parte do seu corpo minúsculo e
frágil. Tentando sair sem que os vizinhos curiosos tivessem motivos para fazer
de sua vida uma pauta para a próxima reunião entre as damas no chá da tarde. A
passos trôpegos ela foi para dentro de casa, quase caindo por conta do salto
alto.
"Malditas inglesas
fofoqueiras"
Ela se sentia tão sozinha ali,
tão vulnerável, não deveria ter ido para tão longe da sua família por causa de
um casamento, ainda mais um casamento que estava com data pra acabar, ela
sentia. Mal ela tinha fechado a porta de casa, ela terminou de desabar, os
soluços vinham altos e fortes, as mãos em punho próximo ao corpo como se
tentando se controlar para não vir mais um ataque, e então ela gritou, gritou
tão alto e forte, que provavelmente as vizinhas fofoqueiras escutaram, ela
queria colocar para fora aquela dor maldita, aquele aperto no peito que
insistia em lembrar que ela era um fracasso como mulher, ela não conseguiu fazer
seu casamento durar, não tinham divórcios na sua família, e ela sabia que seria
a primeira, não que fosse ela a pedir, isso nunca. Mas cada vez menos seu
marido a tocava, não se lembrava da última vez que recebeu um simples abraço,
sim ele ainda cumpria com a função de homem e a levava para cama, mas eram
raros os momentos, como há um mês, depois de dois meses, dois longos e
tortuosos meses ele a tocou de novo com alguma intenção sexual, só que era tudo
tão mecânico, tão frio, sem amor por parte dele, até quando ela viveria de
sobras?
- O que eu fiz da minha vida? -
ela perguntou em voz alta depois de alguns minutos que o choro cedeu um pouco.
Ainda chorando com menos
intensidade, porem com a mesma dor, ela se levantou, tirou os saltos, e jogou
próximo ao Hall de entrada, a passos lentos seguiu ate a sala, a primeira coisa
que viu foi um porta retrato de cristal que sua sogra tinha dado como um
presente de casamento, ali ostentava uma foto aonde ela não reconhecia o casal
apaixonado da foto, eles se abraçavam e tinham sorrisos e um olhar apaixonado
que só de olhar ela sentia como se agulhas descessem pela sua garganta rasgando
tudo por dentro. Com as mãos tremendo ela pegou o porta-retratos e passou os
dedos pelo rosto do que um dia foi o homem ela conhecia, ou pelo menos ela
achava que conhecia hoje ela não tinha mais certeza de nada, somente que havia
sido trocada.
- Algum dia você realmente me
amou? - ela perguntou para o objeto inanimado em busca de uma resposta que
pudesse acalentar a dor do seu peito, mas as lágrimas voltaram com força total,
o sorriso do casal jovem parecia debochar da sua dor, como se dissesse, "o
que você acha querida”.
Mantendo o porta-retratos
firmemente junto ao corpo ela seguiu até o bar em busca de algo que pudesse
entorpecer aquela maldita dor, não era primeira vez que ela buscava no álcool o
alivio que ela tanto almejava nada que pudesse ser considerada como alcoólatra,
mas o suficiente para entorpecer os sentidos por algumas miseras horas. Olhando
para as prateleiras que exibiam as garrafas com os líquidos mais caros que o
mercado oferecia, com o intuito de agradar as pessoas que só iam ali para
debochar do quão fundo ela chegou ao poço da vida dela.
Ela pegou a primeira garrafa que
sua mão alcançou e sem nem mesmo ler o rotulo, retirou o lacre e a tampa
desajeitadamente enquanto tentava equilibrar o porta-retratos e a garrafa, e
sem pestanejar entornou o liquido que ela somente identificou a cor âmbar, e
bebeu direto do gargalo da garrafa, sem copos, sem cerimônia, sem classe, sem nada,
assim como ela se encontrava. Engolindo o liquido que desceu queimando e
adormecendo a língua ela fez uma careta e continuou tomando até que quase
engasgou e acabou tossindo.
- Mas que merda, nem para beber
eu sirvo? - ela se perguntou e olhou novamente para o porta-retratos em sua
mão, e novamente parecia que os sorrisos debochavam dela. Como se aquilo fosse
demais para ela, ela simplesmente em um ato impensado o jogou na parede, aonde
ele se partiu em milhares de pedaços diferentes, se espalhando no chão e
fazendo um amontoado de cacos de vidros no chão.
Ela não soube identificar o
sentimento que a tomou, mas ela precisava de mais um pouco. Então ela pegou a
primeira coisa que tinha ao alcance e lançou na parede novamente, e como se
aquilo desencadeasse uma reação maníaca por parte dela, ela começou a
arremessar tudo que fosse possível, ela quebrava tudo que podia vasos, copos,
taças, porta retratos de férias, amigos, coquetéis e família, quando não tinha
mais o que quebrar, ela caiu ajoelhada no tapete com a garrafa na mão e mais
uma onda de lágrimas veio com tudo. Não adiantava nada tirava a dor, nada
tirava aquele buraco que ela carregava desde que leu a mensagem no celular de
seu marido.
Ela não era burra, ela já estava
desconfiada que algo vinha acontecendo com seu marido pelos últimos seis meses,
ele foi deixando de ser o marido atencioso que levava flores, que chegava a
casa e embalava a esposa em um abraço gostoso e dava um beijo e dizia o quanto
a amava, para ser o marido que chegava tarde, de madrugada, quando voltava para
casa, com as desculpas cada vez mais esfarrapadas, até que ela parou de cobrar
desculpas e ele parou de dá-las.
Mas a confirmação veio essa
semana, o tapa na cara que ela precisava para tomar uma decisão, mas ela era
tão covarde que não conseguia enfrentar o marido atrás de uma resposta.
Resposta essa que ela já tinha, mas precisava da confirmação dele.
FLASHBACK ON
Ela estava encolhida na beirada
da cama há alguns minutos, já tinha alguns dias que vinha passando mal, mas
preferiu não alarmar ninguém, quer dizer, quem ela iria preocupar, o seu marido
que mal olhava em sua cara? Ou talvez, a megera a sogra que fingia suporta-la?
Talvez a cunhada com quem tinha pouca afinidade e morria de ciúmes dela com o
irmão de Edward? Não, definitivamente ninguém se importaria com um simples
mal-estar idiota, ela pensou desistindo de ficar na cama com medo de acordar
Edward, ele tinha chego tarde, tomou banho e desmaiou na grande e confortável
cama do casal, há quanto tempo ele não passava o braço envolta da cintura dela
e a puxava para seu peito?
Com lágrimas nos olhos sem saber
exatamente o porquê, ela se levantou e foi até a varanda do quarto deles, ficou
ali encarando a noite fria, com a testa encostada no vidro, respirando devagar
pelo nariz, tentando acalmar a bile que subia pela sua garganta.
Alguns minutos depois, um barulho
de celular vibrando chamou a sua atenção, desencostando da janela e virando
lentamente para não piorar sua tontura, olhou em direção à cama do casal e viu
o aparelho do marido no criado mudo com a luz da tela acesa, chegando mais
perto viu que tinha um alerta de mensagens.
"Quem seria uma hora dessas
afinal? Se fosse importante ligaria, e se não é importante quem iria perturbar
seu marido sabendo que ele odiava ser acordado?" Ela se perguntou enquanto
decidia se lia ou não a bendita mensagem. Optou por fim em ler, afinal, era
essa a desculpa perfeita que ela precisava para procurar "evidências"
sobre o estranho comportamento que o marido vinha tendo nos últimos meses, e
que pirou ainda mais a ultima semana. E ali sim, ali ela teve a certeza de que
estava a um passo para o inferno.
T.D 03:45 três mensagem recebidas
"Não consigo dormir
desde quando você foi embora daqui, minha cama fica tão fria sem você aqui pra
me esquentar”.
"Eu sei que eu
prometi não ser grudenta, afinal, sei da sua situação, sei que é casado e mesmo
assim, aceitei me envolver com você, mas isso não diminui o tanto que eu sinto
sua falta”.
"Eu realmente me
apaixonei por você Edward, e dou graças a deus todos os dias por esse trabalho”.
Sem pensar no que estava fazendo,
ela ligou para aquele numero da mensagem.
"Já está com saudades? Pois
saiba que eu ainda sinto você dentro de mim"- disse a voz assim que atendeu
ao telefone. Sem se conter ela soltou um soluço baixo e tapou a boca com uma
mão. "Eu sei que você saiu daqui bem satisfeito, porque como você mesmo me
disse sua mulher não tem dado conta do recado, então, amanhã eu te encontro no
escritório e repetimos a dose de hoje”.
"Oh meu Deus" foi à
única coisa que ela conseguiu pesar, rapidamente levou uma das mãos a boca
quando a bile veio com tudo, sem conseguir pensar ou segurar mais a ânsia de
vomito que vinha com força, ela desligou a chamada e bloqueou o celular,
colocou no criado mudo, e correu para o vaso sanitário sem nem mesmo acender a
luz.
"Eu realmente me
apaixonei por você Edward, e dou graças a deus todos os dias por esse trabalho”.
"Eu realmente me
apaixonei por você Edward, e dou graças a deus todos os dias por esse trabalho”.
"Eu sei que você saiu daqui
bem satisfeito, porque como você mesmo me disse sua mulher não tem dado conta
do recado, então, amanhã eu te encontro no escritório e repetimos a dose de
hoje”.
Quanto mais aquelas palavras se
infiltravam em seu cérebro, ais o vomito vinha com força.
"Ele esta me traindo, eu não
posso acreditar nisso”. E mais uma onda de vomito violento veio com força. Ela
fazia tanta força que seus olhos estavam fechados.
-Bella? O que aconteceu? - sem
que ela percebe-se Edward entrou no banheiro e acendeu a luz. Rapidamente ele
tentou segurar os cabelos dela. Com um safanão ela afastou a mão dele e segurou
o próprio cabelo.
-Sai daqui Edward, eu sei me
cuidar sozinha – ela disse antes de vomitar mais uma vez. Ele olhou para ela e
franziu o cenho
-O que você...
-EU FALEI SAI DAQUI – ela gritou
interrompendo o que ele estava dizendo – Já falei que sei me cuidar sozinha,
você não precisa presenciar essa cena deplorável, vá dormir, você trabalhou até
tarde, deve estar cansado. Quando lembrou mais uma vez o tipo de
"trabalho" que ele fez antes de deitar ao lado dela, mais uma onda de
vomito veio. "Deus, ele a tocou com essas mesmas mãos que quer tocar em
mim”. Sem entender o que estava acontecendo, e preocupado com o estado da
esposa, ajoelhada em frente ao vaso sanitário colocando todo o alimento do dia
para fora, ele preferiu sair dali para não irrita-la mais.
-Tudo bem, qualquer coisa você...
-Não, eu não vou te chamar, vá
dormir em paz, já falei que me cuido sozinha, eu sou mais forte do que você
pensa Edward. - Ele preferiu não começar uma discussão as quatro da manha então
levantou as mãos em sinal de rendição, e saiu do banheiro. Bella se levantou
devagar, fechou a tampa do vaso e deu descarga. O choro veio com força. Ela
trancou a porta do banheiro, ligou o chuveiro e do jeito que estava vestido se
jogou debaixo dele, aonde sentou no chão e chorou pelas próximas duas horas
quando o cansaço se fez presente, e ela quase não tinha forças mais para nada
além de se levantar, colocar uma roupa qualquer e deitar em sua cama, bem
afastada do seu marido que acordaria daqui a 30 minutos para trabalhar.
Depois de puxar o edredom pra
cima de si mesma, a ultima coisa que lembra ter pensado era que, seu marido a
traia com Tanya Denali, sua colega de trabalho e favorita ao cargo de nora
perfeita para Esme Cullen.
FLASHBACK OFF.
Ela lentamente levantou a cabeça
e olhou ao seu próprio redor, a sala era uma confusão de cacos de vidros e
restos do que um dia foram artigos de luxo, só que, ao levantar a cabeça e
olhar no espelho que tinha a sua frente ela viu o artigo de decoração que mais
mostrava danos ali no momento. Ela mesma.
A imagem refletida ali é
agonizante, uma mulher no auge dos seus 25 anos, com um penteado bagunçado,
ostentando uma cor que ela odiava, mas que usava somente para agradar ao marido
faziam conjunto com uma maquiagem totalmente borrada, que causava uma sensação
horrenda, o rímel escorreu de uma forma que onde as lágrimas passaram, deixaram
seus rastros negros por suas bochechas que corriam ate o pescoço, junto com um
tom de pele pálido e os lábios com um resto de batom cor pêssego nos lábios
rachados, passavam a imagem de catástrofe.
Ela estava ali somente para
enfeite, um objeto obsoleto que logo seria substituído por uma mulher mais
velha, que ela só tinha visto uma vez, logo quando ela chegou à empresa como
nova gerente, trabalharia em conjunto direto com seu marido. E totalmente
transtornada com a imagem que ela via ali, pegou a garrafa quase vazia que
estava em sua mão e lançou contra o espelho, somente virando o rosto quando o
barulho de vidro quebrando explodiu na sala quieta.
Sem ver o seu próprio reflexo
para lembra-la o tamanho de seu fracasso, ela olhou o relógio em seu pulso que
foi presente do seu atual marido na época de namoro, quando eles completaram um
ano juntos, e ele deu para ela depois de uma noite tórrida de amor.
COVENT GARDEN 08:30 AM
Enquanto isso do outro lado da
cidade, Edward se encontrava em pé atrás da loira, enquanto investia
profundamente nela, mantendo as mãos apertando firmemente seus e mordendo seu
ombro, enquanto a loira apoiava as duas mãos na pia do banheiro do escritório e
tinha a cabeça inclinada para trás.
- Ooh, Ed.. Warrrd... mais forte.... Isso... Eu vou gozar! - a loira
gritou estremecendo de prazer em baixo do homem. Edward tirou uma das mãos do
seio da loira e enrolou o cabelo em volta do seu punha puxando o cabelo dela
para trás.
- Sim, você vai, vai gozar
maravilhosamente em mim, mas só quando eu permitir, agora rebola, enquanto eu
fodo essa bunda gostosa que você tem. - ele sussurrou no ouvido da mulher saiu
de dentro dela e com uma arremetida se enfiou dentro dela novamente, só que
dessa vez, no anus.
Ele bombeava freneticamente, com
uma mão agarrada no quadril dela e a outra puxando seu cabelo, sem se conter deu
um tapa estralado nela, que gritou e rebolou ainda mais, com mais três
investidas ele gozou fortemente na camisinha junto com ela. Ainda atrás da
mulher, Edward apoiou as mãos na pia e lentamente saiu de dentro dela. Enquanto
Tanya se recuperava de mais uma rodada do melhor sexo que ela já tinha
experimentado na vida, Edward retirou a camisinha, jogou no lixo e pegou uma
toalha para limpar a si mesmo e a loira. Gentilmente ele molhou a toalha e
começou a passar nas pernas de Tanya que gemeu quando a toalha entrou em
contato com o seu centro ainda sofrendo espasmos.
- Vem me deixa te limpar, você
pra variar foi perfeita mais uma vez- ele disse enquanto beijava a têmpora
dela.
Assim que terminou de limpar as
pernas da loira, colocou a toalha pendurada, e puxou gentilmente ela até o sofá
em sua sala, sentou a loira e começou a vesti-la com carinho enquanto ela o
observava. Ela não o amava, ela amava a vida que ele poderia dar para ela, a
vida que ela batalhou para conseguir quando era mais nova. Se para isso ela
tinha que fingir que o amava, dane-se, ela faria, ela diria exatamente o que
ele queria ouvir. Ela passaria por cima de um casamento e de quem mais viesse
em sua frente
- Eu adoraria ficar aqui o dia
inteiro, mas ainda tenho que trabalhar, assim que sair daquele jantar que te
falei, eu vou para sua casa, mas não posso demorar muito, Isabella esta
desconfiando, essa semana ela ligou na empresa para saber se eu estava lá. -
ele disse lembrando-se do episodio que te trouxe uma dor de cabeça das grandes,
enquanto se arrumava em frente ao espelho do banheiro.
- Por falar nela, você prometeu
para mim que iria se divorciar isso já tem quatro meses e nada, não quero te
pressionar, mas você sabe que eu te amo, não aguento mais ter que te dividir
com ninguém, não podermos sair se quer almoçar, isso é simplesmente frustrante.
Ela tinha certeza que ele iria
pensar no que ela estava dizendo, na semana passada ela tinha mandado uma
mensagem para o celular de Edward e quem leu foi Isabella. Como ela sabia?
Simples, Isabella ligou de volta do celular dela no dia seguinte, mas não falou
nada, ficou muda, Tanya conseguia escutar o seu choro do outro lado da linha,
mas fingiu que não tinha ouvido nada, então começou a falar coisas como se
tivesse falando com Edward.
"Já está com saudades? Pois
saiba que eu ainda sinto você dentro de mim”. "Eu sei que você saiu daqui
bem satisfeito, porque como você mesmo me disse que a sua mulher não tem dado
conta do recado, então, amanhã eu te encontro no escritório e repetimos a dose
de hoje”. Ela não tinha noção do estrago que causou aquela mulher, na verdade
tinha, e foi isso o que ela queria. Causar estragos.
- Eu te juro que irei resolver
isso o mais rápido possível, eu só preciso saber como fazer, não quero ninguém
enchendo o nosso saco, eu quero ser feliz ao seu lado, te fazer feliz e te dar
o mundo. - ele disse isso segurando seu rosto e olhando dentro dos olhos dela.
- É tudo o que eu mais quero meu
amor, ser feliz com você. - e assim, os dois se beijaram e foram fazer seus
afazeres, afinal eles ainda tinham que trabalhar.
BELGRAVIA 09:00 AM
Depois de muito tempo sentada
naquele tapete olhando o estrago que fez, resolveu se levantar tomar um banho,
sua cabeça começava a dar sinais de que iria estourar, antes de tudo, ela foi
ate a cozinha, bebeu um copo de água gelada, pegou tudo o que seria necessário
para limpar aquela bagunça sem deixar vestígios, ninguém jamais poderia
imaginar o seu destempero. 30 minutos depois e todos os cacos de vidros tinham
sidos recolhidos, o passo no chão tinha sido passado e não parecia que o caos
tinha passado naquela sala há poucos minutos.
Após colocar o lixo em um latão
do lato de fora sem que ninguém percebesse, ela entrou em casa e foi tomar um
banho, sua cabeça já latejava severamente, mas a dor era bem vinda, ela não
iria pensar em Edward enquanto sua cabeça estivesse doendo, ela iria tomar um
banho, um remédio e dormiria ate amanha, ele não viria pra casa mesmo, então
ela dormiria para não chorar.
Colocou a banheira para encher,
jogou sais e espumas, arrancou o vestido de qualquer jeito junto com a lingerie
e entrou na água morna e perfumada. A dor de cabeça não dava trégua, e junto
com ela, veio uma dor no seu abdome que ela não soube identificar, a dor
começou fraco e foi ficando intensa, até que se tornou insuportável, ela sentia
dificuldade até para respirar. Com dificuldade ela saiu da banheira e entrou em
um roupão, a dor só piorava, ela nunca tinha sentido aquilo, era horrível, algo
que ela não soube nem explicar, foi até o closet e colocou um vestido leve
pensando no que faria.
Não iria pedir ajuda a ninguém,
não ligaria para ele, mas ela já não aguentava mais de dor, só que agora a dor
era física, junto com isso veio à vontade de vomitar, ela correu para o
banheiro e só deu tempo de abrir a tampa do vaso, quando começou a vomitar
violentamente, seu corpo tremia e o suor agarrava o seus cabelos da nuca.
Quando já não tinha mais o que
vomitar ela fechou a tampa e se sentou, a dor no abdome não foi embora, pelo
contrario, ela só piorava, ela já estava com dificuldades para andar, não
queria que Edward chegasse mais tarde e pensasse que ela queria chamar a
atenção dele, não, isso jamais. Enquanto levantava para escovar os dentes deu
descarga e prendeu os cabelos em um coque no alto da cabeça, lavou os pulsos e molhou
o rosto e a nuca.
Decidida a ir para o hospital
sozinha, saiu do banheiro e pegou sua bolsa que estava de qualquer jeito na
poltrona do quarto, calçou uma sapatilha qualquer e pediu um Uber pelo celular,
seria mais rápido e não chamaria atenção, ela não conseguiria dirigir, então o
que seria melhor? Graças a deus o Uber levou menos de cinco minutos para chegar
ate a casa dela, ele tinha acabado de deixar alguém ali perto. Saiu lentamente
e se curvando com a dor forte em sua barriga, trancou as portas. O motorista
vendo a dificuldade da mulher resolveu sair para ajuda-la.
- Senhora, esta tudo bem? Precisa
de ajuda- ele perguntou quando viu que ela se encolheu e colocou a mão na
barriga se apoiando na porta. Sem conseguir falar, ela simplesmente acenou com
a cabeça enquanto lágrimas escorriam de seus olhos, ela iria morrer, pelo menos
parecia, já que a dor era tão intensa. - A senhora precisa que eu te leve ao
Hospital?- ele perguntou enquanto a pegava no colo e colocava no carro, no
banco do passageiro mesmo, caso ele precisasse socorrê-la. Novamente ela acenou
com a cabeça e ele saiu acelerando para o hospital mais próximo. - Senhora, meu
nome é Jacob Black e eu vou tentar te ajudar okay? Você tem alguém que queira
avisar que estamos indo para o hospital? Alguém que possa te ajudar?- ele
perguntou pra ela enquanto dividia a atenção entre a estrada e ela, que parecia
cada vez mais encolhida no banco do carro.
Ela negou com a cabeça. Sozinha,
ela estava sozinha, sua família se encontrava em outro pais, e não ligaria para
a família de Edward. Ela também não tinha muitas amigas somente um, mas essa
estava viajando e não poderia ajuda-la. Ela teria que se virar sozinha como
sempre.
De repente uma dor mais forte e
aguda cresceu no pé da sua barriga e ela teve que cerrar os dentes para não
gritar enquanto colocava as mãos na barriga tentando fazer com que a dor sumisse
o que foi inútil. O seu desespero começou quando sentiu um liquido vazando
entre suas pernas e começou a manchar o tecido de seu vestido. Sangue, ela
estava sangrando. E sem mais se conter ela gritou.
Quando Jacob olhou para a moça,
viu sua cara de pavor antes de ver as pernas dela manchadas de sangue. Ele
sentiu um frio subir da sua espinha até sua nuca, e sem pensar nas consequências
enfiou o pé no acelerador e infringiu mais multas de transito em 5 minutos do
que em sua vida inteira.
Foram esses 5 minutos o necessário
para que chegassem ao hospital, ele parou o carro de qualquer jeito na entrada
do hospital, deu a volta no carro e pegou Bella no colo. Sem pensar em nada,
entrou gritando dentro do hospital com ela no colo.
- Socorro! Alguém me ajuda ela ta
sangrando. - Bella já começava a desfalecer em seus braços quando um enfermeiro
chegou carregando uma maca.
- O senhor é o que dela? - ele
perguntou já fazendo os primeiros procedimentos.
- Nada, eu sou motorista de Uber,
ela pediu o carro e começou a passar mal, não sei o que houve e não a conheço. -
ele disse já desesperado sem saber o que fazer, será que aquela moça iria
morrer? Deus permitisse que não.
- O senhor espera aqui, daqui a
pouco alguém vem conversar com o senhor para ver se consegue algumas
informações dela para podermos entrar em contato com a família dela- ele disse
já arrastando a maca para longe enquanto mais alguns enfermeiros chegaram para acompanhá-lo,
Ele lembrou que deixou o carro de
qualquer jeito e foi para o lado de fora poder estacionar o carro decentemente
no estacionamento. Ele definitivamente não iria embora, como ir afinal?
Larga-la aqui a própria sorte? Isso seria desumano. Enquanto entrava no seu
carro percebeu que a bolsa dela tinha ficado ali, assim que estacionou o carro,
pegou a bolsa e foi par o hospital, bem, pelo menos identificação ela teria
caso acontecesse algo mais grave.
Não muito tempo depois uma
enfermeira chegou e foi falar com ele, pedir informações possiveis sobre a
paciente. De dentro da bolsa ele retirou os documentos dela como numero do
seguro social e documento de identidade. Após alguns minutos a enfermeira
voltou e informou para ele que ela se chamava Isabella Marie Cullen, que era
casada e não tinha filhos. Ele achou estranho, afinal, ela não disse que não
tinha para quem ligar? Sem querer pensar naquilo ele balançou a cabeça e
começou a vasculhar a bolsa atrás de um celular ou qualquer outra coisa que
tivesse o numero de alguém para que ele pudesse avisar sobre o paradeiro da
mulher. Ele achou um celular que por incrível que pudesse parecer não tinha
senha. Ele entrou na agenda de telefone e tentou procurar por algo que pudesse
ajuda-lo
Alice
Baby
Brenda (faxina)
Carlisle
Charlie
Esme
Emmett
Jasper
Rosalie
Renée
A lista era extensa, mas os nomes
que mais chamou sua atenção foram aqueles que tinham sidos chamados
recentemente, ele deduziu que o Baby fosse seu marido, então ligou para o
numero do celular dela mesmo. Chamou, chamou, chamou, e caiu na caixa postal.
Assim como todos aqueles números que ali estão como discagem recentes, somente
um atendeu depois de um tempo.
ALICE
- Hey Bella me desculpe estava no
banho. - a voz do outro lado atendeu e falou antes que ele pudesse falar
qualquer coisa
- Hum... - ele limpou a garganta-
Desculpe moça, eu me chamo Jacob Black, você conhece a senhora Isabella eu
presumo. - Por alguns segundos ele escutou a linha ficar muda e a respiração do
outro lado começou a ficar descompassada.
- OH MEU DEUS, quem é você e o
que fez com a Bella- a mulher entrou em pânico e começou a gritar como uma
maluca sem dar tempo para ele se explicar.
- Senhorita Alice, me desculpe,
mas eu sou somente um motorista, sua amiga Isabella acabou de dar entrada no hospital
Central e não tem ninguém com ela, como ela não chegou aqui em um estado muito
bom, não pude pedir qualquer informação para ela, porem precisam de algum
parente ou coisa assim. - ele preferiu soltar de uma única vez, antes que a
moça com voz irritante o interrompesse outra vez e começasse a dar escândalos.
- Jesus Cristo, o que aconteceu
com ela? Ela esta machucada? Sofreu algum acidente? - a amiga de Isabella se
encontrava naquele momento saindo do banho depois de longas horas de voo
desembarcando em Londres, não tinha se sentido bem no dia anterior e resolveu
interromper sua viagem mais cedo, algo lhe dizia que algo de ruim aconteceria.
- Não sei te dizer moça, ela
pediu o carro e quando eu fui apanha-la na porta de sua casa ela já não estava
bem, acho melhor à senhora vir logo para cá. - ele disse sincero e soltou um
suspiro cansado. Esse dia seria bem longo.
- Esta bem! Já estou a caminho-
Jacob passou o endereço do hospital e desligou.
Dentro da sala de emergência,
Bella vagava entre o estagio da consciência e do topor, enquanto a examinavam,
os médicos iam fazendo perguntas e ela ia se perdendo, estava com tanto sono.
- Senhora Cullen, você não pode
dormir agora, precisa ser forte e aguentar só mais um pouco- O medico que a
atendia falou. O engraçado era que forte era o que mais ela vinha sendo, ela
estava cansada de ser sempre a forte. A vontade de se entregar a escuridão era
muito forte, ela não queria mais sentir dor, não queria mais sofrer, não queria
mais chorar, então simplesmente se entregou ao escuro. - PARADA CARDIACA –
gritou o medico – Código azul. - Como se tivesse dito uma palavra mágica, uma
comoção aconteceu, enfermeiros brotaram sem explicação dentro daquela sala, medicações.
- 1 MG de Adrenalina – ele gritou para um enfermeiro, porem sem efeito- 2 MG de
Epinefrina –ele pediu novamente, porem, nada de novo - Preparar para massagem cardíaca
em 3, 2, 1 .
- ELA ESTÁ GRAVIDA – gritou o
medico que tentava estancar o sangramento – ELA ESTA TENDO UM ABORTO, NÃO USEM
O DESFIBRILADOR.
- MERDA JOE- gritou o medico que
fazia a massagem cardíaca – Vamos Sr. Cullen, REAJA, eu não perco ninguém no
meu plantão – ele pressionou mais forte o peito dela, e como se ela estivesse
escutando a ordem dele, o coração voltou a bater.
- GRAÇAS A DEUS, Joe, preciso
estabiliza-la e ALGUEM CHAMOU O OBSTETRA- ele perguntou gritando enquanto,
aplicava medicações na veio e aferia os dados dos monitores. Nisso o Obstetra
Paul Lancaster, entrou na sala e correu para o pé da maca.
- Me atualizem – ele pediu
- Isabella Cullen, 25 anos, deu
entrada no hospital com hemorragia, acabamos de descobrir que é um começo de
aborto e ela teve uma parada cardíaca.
- Alguma coisa nos testes toxicológicos?
- ele perguntou pra ninguém em especifico,
- Ainda não saíram os resultados
Dr. Estamos esperando a analise – disse um enfermeiro ao lado dele.
- Certo preciso de um ultrassom
urgente e um ecocardiográfica fetal, É PRA ONTEM PORRA – ele gritou quando viu
que todos os enfermeiros pararam e ficaram olhando para ele, esperando uma
ordem direta de quem iria pegar os aparelhos. - Vamos La Isabella, nada de
deixar seu bebê ir nesse momento, e você pequeno nada de abandonar a sua mamãe
agora, ele disse enquanto examinava a barriga dela.
COVENT GARDEN 10:20 AM
- Então, como vocês podem ver no quadro a
seguir a empresa teve um crescimento de 59% no ultimo semestre – explicava
Edward para todos os acionistas do escritório de advocacia no qual era Diretor
Executivo, ele apontava para os gráficos redondos que apareciam na tela- Os últimos
casos envolvendo... -
- Desculpe interromper Senhor
Cullen, mas é urgente – disse sua secretaria Sr. Forbes, uma senhora de 56 anos
muito eficiente que estava no cargo desde quando ele teve que demitir a jovem
Jane, quando há um tempo sua esposa achava que ele estava tendo um caso com ela.
Sr. Forbes se aproximou do chefe e baixo o suficiente somente para ele escutar sussurrou:
- A senhorita Brandon esta na linha três um pouco histérica, disse que esta
tentando falar com o senhor já tem quase 2 horas e seu celular só cai na caixa
postal. –
- É porque eu estou no meio de
uma reunião Sr, Forbes e você... -
- Sim, eu sei que odeia ser
interrompido Sr. Cullen – o cortou a velha senhora. - foi só por isso que eu
vim aqui, como eu ia dizendo, a senhorita Brandon esta tentando falar como
senhor porque a Sr Cullen deu entrada no Hospital. -
- Minha mãe foi para o hospital?-
ele perguntou sem entender, ele tinha falado com a mãe antes de entrar em
reunião, ela parecia bem.
- Não senhor Cullen, a senhora Isabella,
sua mulher, esta no hospital e pelo o que ela me disse é muito grave, precisam
que o senhor vá para lá agora.
"sua mulher, esta
no hospital e pelo o que ela me disse é muito grave”.
"sua mulher, esta
no hospital e pelo o que ela me disse é muito grave”.
"sua mulher, esta
no hospital e pelo o que ela me disse é muito grave”.
"sua mulher, esta
no hospital e pelo o que ela me disse é muito grave”.
Aquilo demorou em entrar em sua
cabeça, e quando entrou se lembrou das vezes que viu sua mulher passar mal
durante as ultimas semanas, merda, Tanya e sua mãe o tinham convencido que era
somente para chamar a sua atenção, sua mãe afirmou ainda, que Isabella vinha
frequentando assiduamente todos os encontros de chá da tarde com as
"senhoras”.
- Merda. - ele exclamou quando
viu que foi negligente com ela, não que ele fosse um exemplo de marido, isso
estava longe, mas ele poderia ter prestado um pouco mais de atenção nela –
Senhores, me perdoem pela intromissão, mas acabo de ser informado que minha
esposa deu entrada no hospital e parece ser grave, preciso ir para lá agora
mesmo, a Senhorita Denali irá dar continuidade a reunião, ela esta tão a par do
assunto quanto eu. - Se ele tivesse prestado um pouco mais de atenção, teria
visto a careta de insatisfação que sua amante fez.
"Ótimo, logo agora que ele
estava pra pedir o divórcio essa puta resolver ficar doente" pensou ela. Porem
ele não viu, virou as costas e correu para o elevador.
- Sr Forbes em qual hospital ela
está? - ele perguntou enquanto passava as mãos no cabelo nervosamente. Ta certo
que nos últimos dias ele vinha pensando em formas de pedir o divorcio a Bella,
mas na realidade ele nunca imaginou sua vida sem ela antes, e imaginar que
agora ela poderia morrer... Não, ele não conseguia assimilar a informação,
Bella não podia morrer como ele ficaria se ela morresse? Sim, era um pensamento
totalmente egoísta olhando pelo fato de que ele tinha uma amante e iria se
separar dela, pelo menos era o que ele dizia pra si mesmo e para Tanya, que
iria se separar, mas se ele quisesse aquilo mesmo, já tinha pedido o divorcio
não tinha?
- Ela esta no hospital Central
Sr. Foi à única informação que eu consegui entender, a menina está bastante
nervosa e não conseguiu me explicar coisa com coisa – Sra. Forbes o tirou de
sua linha de raciocínio, ainda bem, porque sua mente já estava dando nó.
- Repasse minhas reuniões para
Tanya, não sei quando eu volto – ele disse entrando no elevador e se despedindo
da mulher.
- Não se preocupe Sr Cullen, aqui
eu tomo conta, mande noticias da menina- ela disse com água nos olhos, ela
gostava daquela menina. Ele deu um aceno de cabeça e deixou a porta fechar,
assim que chegou ao carro, entrou sem pestanejar e saiu com o carro em alta
velocidade, ate encontrar uma parte aonde um engarrafamento enorme.
- PORRA – ele apertou a buzina
assim como os outros, mas não adiantou de nada. Ele procurou o celular em seu
bolso, quando achou, se lembrou de que o tinha deixado no silencioso por isso
não pode atender as ligações de Bella e nem Alice, e como era de se esperar,
tinham dois ligações do celular de Bella e cinco de Alice, será que Bella o
ligou pra pedir socorro? Desesperado com essa hipótese ele sem pensar, acabou
ligando para o celular dela, qual não foi a sua surpresa quando não foi sua
mulher quem o atendeu e sim um homem?- Alo? Isabella? -
- Hm... Não, aqui – ele ouviu um
limpar de garganta e conferiu o visor do celular pra ver se tinha ligado certo
– Aqui é Jacob Black senhor Cullen, sua mulher não...
- QUEM É VOCÊ PORRA? E O QUE TA
FAZENDO COM O CELULAR DA MINHA MULHER? - ele gritou perdendo a noção, como assim
um homem atendia o celular de sua esposa? Quem era Jacob Black? Será que era
amante dela? NUNCA, Bella não faria isso com ele, não a doce Bella, por mais
que ela tenha mudado muito nos últimos dois anos, ela jamais faria isso, ou
faria?
- Sr Cullen, se acalme e eu já te
explico o que esta acontecendo – Jacob respirou fundo e relatou novamente o
ocorrido de manha – Me chamo Jacob Black como já disse antes, sou motorista de
Uber. Sua esposa pediu um carro hoje, e assim que cheguei ao local ela estava
passando mal, ela sentia dores e se contorcia a trouxe direto para o hospital,
e ela esta sendo atendida até agora, não tive mais noticias e a única pessoa
que eu consegui contato foi com uma amiga dela, a Senhorita Alice, eu até
tentei ligar para o senhor, mas só dava na caixa postal – ele terminou tudo em
um fôlego só, estava desesperado pela mulher desconhecida, e com medo de que
aquele homem pensasse besteira.
- Certo Sr Black, desculpe pelos
meus gritos, eu estou nervoso, muito obrigada por ajudar minha esposa, assim
que eu chegar ai nos conversamos direito, eu estou no meio de um engarrafamento,
mas, chego ai o mais rápido que conseguir – E sem mais explicações ele desligou
o telefone, torcendo que aquele transito acabasse de uma vez.
...
Hospital Central 11:42
BIP. BIP. BIP
"Droga, eu me esqueci de desligar o
despertador de novo" pensou Bella. Lentamente sua consciência ia voltando
BIP. BIP. BIP.
Conforme foi voltando à consciência, foram
voltando às dores também, ela sentia como se um caminhão a tivesse atropelado. Ainda
com dor no corpo, ela tentava se lembrar do porque das dores, e assim, as
coisas foram voltando aos poucos, ela em casa sentindo dores chamando um Uber,
ela quebrando a sala, e por ultimo, ela se despedido de Edward, ao se lembrar
de Edward, ela se lembrou da magoa, veio à vontade de chorar, sem que ela
percebesse porque permanecia de olhos fechados, aquele barulho irritante ficou
mais rápido e mais irritante.
- Sra. Cullen, meu nome é Dr Paul Lancaster, a
senhora esta no hospital central, e eu preciso que se acalme, esta tudo bem com
você - ao escutar aquela voz e assimilar o que ele tinha dito, ao invés de se
acalmar ela ficou ainda mais nervosa.
"Como assim hospital?" Ela não se
lembrava de chegar ao hospital, só se lembrava de entrar no carro do Uber.
- Sra Cullen, preste atenção em mim, se a senhora
não se acalmar, serei obrigado a te sedar – ele disse próximo a ela – Agora, eu
irei apagar a luz e fechar as persianas, devagar a senhora ira abrir os olhos,
e assim que estiver pro as persianas, devagar a senhora ira abrir os olhos, e
assim que estiver pronta, acenderemos as luzes, tudo bem? - ele fez exatamente
aquilo o que disse – Certo Sra Cullen, já apaguei as luzes, pode abrir os
olhos. Por reação
do próprio corpo, ela ainda abriu os olhos bem devagar, apesar de a janela
estar fechada e a luz apagada, ainda vinha um pouco de iluminação do lado de
fora do quarto, ela piscou algumas vezes até se acostumar em estar acordada.- Sra
Cullen, eu preciso que me diga o que se lembra, exatamente, do que aconteceu
para fazer à senhora chegar até aqui – ele foi até próximo da cama novamente,
encheu um copo descartável com água, levou até a boca dela que bebeu tudo
devagar.
- Eu... - sua voz saiu baixa, rouca e falha, ela
limpou a garganta para fazer com que sua voz saísse limpa e compreensível – Eu
me lembro de sentir uma dor bem forte e pedir um uber, só isso – ela disse sem
ter coragem de encarar o medico. O Doutor foi até o interruptor do quarto e
acendeu a luz, Bella apertou os olhos até se acostumar com a claridade mais intensa.
- E a senhora sabe me dizer o que ocasionou a
dor? Você sabe me dizer o que estava fazendo antes de sentir a dor? - ele
precisava saber até aonde ela tinha noção do próprio estado, para segui-la dar
o parecer do seu quadro clinico. Ela fechou os olhos, negou com a cabeça e
virou a cabeça para o outro lado do quarto, ela não queria que ninguém soubesse
da sua falta de postura em casa, não queria que ninguém soubesse o quão
fracassada era ela, não queria que ninguém soubesse que era traída. - Certo,
Sra Cullen, os exames de quando a senhora chegou até aqui, mostram altos níveis
de concentração de álcool no seu sangue, a senhora se lembra de ter consumido
alguma bebida alcoólica por vontade própria? - ele achou melhor começar de uma
forma que ela pudesse esclarecer algumas duvidas sem se estressar. Ela
simplesmente balançou a cabeça em afirmativa. – Certo, Sra Cullen, a senhora
deu entrada no hospital inconsciente, seu ritmo cardíaco estava muito alto e a
senhora correu um serio risco de entra em coma alcoólico, Sra Cullen, a senhora
poderia me dizer se tem histórico de pressão alta em sua família? Ou se a
senhora tem pressão alta? Ela abriu os olhos vendo que a situação ali era
seria, ela teria quer prestar bastante atenção no que ele diria, respondendo a
pergunta dele, ela negou com a cabeça. - Sra Cullen, quando a senhora deu
entrada no hospital, sua pressão estava alta – ele hesitou um pouco pra
continuar, e ela percebeu que ali vinha o pior, ela se mexeu desconfortável na
cama e esperou pelas próximas frases que mudariam totalmente o rumo da sua vida
dali em diante – Sra Cullen, a senhora sofreu uma parada cardiorrespiratória e
teve um principio de infarto, na sua idade, além de incomum, é arriscado,
poucas pessoas como à senhora voltam de uma parada assim, ainda mais no seu
estado – ele disse apertando os lábios em uma linha fina.
- Pelo meu estado você quer dizer o do quase coma
alcoólico certo? - pela primeira vez ela resolveu se manifestar, não entendeu o
rumo que a conversa estava tomando – ela tinha problemas cardíacos agora?
- Não. - ele disse engolindo em seco, por
perceber que o pior viria agora, ele tinha uma seringa com sedativo no bolso do
jaleco, ele sabia que teria que usa-la a qualquer momento, e pressentia que
seria logo – Sra Cullen, quando eu digo o seu estado, eu digo, pelo fato da
senhora estar grávida – ele precisava saber se ela tinha ciência da gravidez
antes de continuar – A Sra Sabia que estava grávida de aproximadamente nove
semanas quando consumiu a bebida alcoólica de manha Sra Cullen?
"Grávida? Isso era serio? De dois
meses?" Ela saltou um ofego e fez que não com a cabeça, e lágrimascomeçaram
a rolar pelo seu rosto, na mesma velocidade em que seus batimentos cardíacos
começavam a subir.
- Sra Cullen, eu preciso que a senhora se cal me
apara podermos continuar essa conversa – Ele foi para mais próximo dela já
prevendo o que aconteceria a seguir, mas era procedimento, só tinha um
desconhecido na recepção com ela, ele não tinha sido atualizado sobre mais ninguém,
sendo assim, ele precisava conversar diretamente com ela – Sra Cullen, a
senhora estava grávida de nove semanas de uma gravidez de gêmeos bivitelinos
quando consumiu todo aquele álcool, a senhora sabe o que é uma gravidez de gêmeos
bivitelinos? - ele perguntou tentando dar voltas para ver se ela se acalmava e
ganhava tempo. Ela balançou a cabeça em afirmativa.
- São gêmeos gerados em óvulos e bolsas
diferentes certo? - ela perguntou tentando entender aonde ele queria chegar “Deus,
ela seria mãe de gêmeos”? Não um, mas dois seres humanos que dependeriam
totalmente dela, e ela comete uma loucura daquelas, quer dizer, ela sabia que
quando se esta grávida não se pode consumir álcool porque pode ocasionar em...
-
- E-e-eu... Eu tive um aborto? É isso? Eu perdi
meus bebês? - ela perguntou com uma bola na garganta e os batimentos cardíacos
começaram a acelerar de uma forma desproporcional
-Sra Cullen, por favor... -
-RESPONDE, POR FAVOR, RESPONDE, EU PERDI MEUS
FILHOS?- ela gritou já com lágrimasnos olhos – Por favor, responde, só responde
e depois pode me dopar – ela disse quando viu que ele pegava uma seringa e já
ia para perto dela, ela segurou na mão que ele segurava a seringa coma vista
toda embaçada por cauda das lagrimas.
- Sra Cullen, eu sinto muito – e antes que ele pudesse
continuar, ela deu visão a um choro descontrolado, ele achou melhor falar tudo
de uma única vez e seda-la logo – sim, a senhora sofreu um aborto por conta do
álcool, entretanto, foi de um único bebê, a senhora perdeu um dos gêmeos, o que
realmente é algo inacreditável para o seu estado, a senhora teve pressão alta,
fora o alto nível de álcool na corrente sanguínea, o esperado era que a senhora
perdesse os dois, mas um milagre aconteceu e um bebê esta bem, a partir de
agora você terá uma gestação de alto risco, mas o bebê passa bem – ele terminou
segurando nas mãos dela com uma mão, e com a outra ele espetou a seringa no
braço dela – eu sinto muito Sra Cullen, queria ter feito mais – ele disse
enquanto via a mulher fechar os olhos lentamente ainda com lágrimasescorrendo.
"um milagre aconteceu e um bebê esta bem"
"um milagre aconteceu e um bebê esta
bem"
"um milagre aconteceu e um bebê esta
bem"
Era a única coisa que ela conseguiu focar antes
de o remédio entrar no seu organismo e tudo começar a escurecer, ela sentiu que
ali, lhe foi dado boas-vindas ao inferno.
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