domingo, 3 de junho de 2018

Karma

Karma. Todo mundo já ouviu essa palavra na vida, certo? Certo! Karma é uma palavra tão antiga quanto o tempo, ela foi usada pela primeira vez em sânscrito, uma antiga língua sagrada indiana, e resumindo o seu significado, não quer dizer outra coisa se não: Tudo o que vai. Volta! Quer dizer que para cada ação existe uma reação, ou uma força equivalente em sentido contrário, ou seja, tudo o que vai volta. Eu nunca fui de acreditar muito nessas coisas, pelo menos até agora. A verdade é que eu passei a acreditar nessa pequena palavra de cinco letras enquanto dirigia até a casa dela. Meu parceiro não calava a boca no banco do passageiro, porém eu não fazia a mínima ideia do que ele falava, minha mente estava distante. Minha mente me dizia que eu iria encarar o meu Karma pessoal agora.

- Tudo bem. Quanto tempo mais nós vamos ficar parados aqui? – meu parceiro perguntou depois de estarmos a vinte minutos parados, ainda dentro do carro, em Kaiula, em frente à casa de dois andares branca e com um jardim bem cuidado, com altas palmeiras.  


- Estou me preparando. –

- Para que? – perguntou confuso. – É entrar, perguntar o que veio perguntar e irmos embora. Simples. – sim. Simples para ele, mas ele não sabia quem estava dentro daquela casa. Respirei fundo e sai do carro, caminhando até a entrada de sua casa a passos rápidos. Jacob estava certo, perguntar e ir embora. Simples. Muito simples. Eu não acredito que eu estava tão nervoso assim, eu? Depois de passar por milhares de treinamentos e algumas torturas, estava quase tremendo por tocar a porra de uma campainha.

- Sim? – não demorou dois minutos e a porta se abriu e eu a vi, por um momento parecia que havíamos voltado há dez anos, quando eu simplesmente estava voltando do treinamento ou de alguma missão. Céus, como eu desejava voltar a dez anos e poder pegar essa mulher no colo de novo e fazê-la minha, sem nem terminar de fechar a porta. – Ed... Edward? – ela gaguejou meu nome, talvez achando que fosse uma assombração ou algo do tipo, com toda a certeza do mundo, eu era a última pessoa que ela esperava que fosse encontra-la aqui.

- Oi Bella. – eu senti uma facada em meu coração ao dizer seu nome em voz alta, e talvez ela tenha sentido o mesmo. – Você está linda. – era sincero, eu nunca menti para essa mulher em minha vida. Não podia negar que o tempo fez jus a ela.

- Obrigada. - Ao receber o elogio ela abaixou a cabeça, corada, era lindo seu rosto corado e ela insistia em escondê-lo.

Parecia que o tempo não havia passado para ela. Seu vestido azul escuro com pequenas flores brancas emoldurava perfeitamente o corpo que eu conhecia tão bem, ele parava no meio de suas coxas macias e tinha alguns botões na parte da frente abertos, revelando um colo e um topo de seios onde eu muitas vezes me aconcheguei durante a noite. Ela era baixa, sempre fora, mas os saltos plataformas que ela usava alongava as suas pernas, e o cinto marrom marcava a cintura que eu muitas vezes abracei.


- Tudo bem isso é estranho. – Jacob abriu a boca ao meu lado, eu havia me esquecido completamente da presença dele. – Com licença... Sou o Detetive Jacob Black. Podemos conversar? –

- Eu fiz alguma coisa? – Bella perguntou me encarando.

- Não. Só queremos conversar. - olhei-a de cima a baixo, ela estava pronta para sair. – Vai sair? –

- Não. Eu acabei de chegar. – explicou. – Entrem. – ela deu passagem e nós entramos ao passar pela porta, entramos direto na sala, a casa era pequena, mas Bella nunca gostou de casas grandes.

Próximo à porta um pequeno aparador de madeira desbotado, com alguns vasos de flores e um espelho grande pendurado na parede, uma bolsa marrom repousava em cima dele, uma prova de que ela acabara de chegar a casa. A nossa frente se estendia a sala, com um sofá em L, grande e branco, e com um aparador de madeira escura pequeno com uma televisão em cima e uma mesinha de centro em frente ao sofá e era essa a decoração da casa, a parede a nossa frente era de vidro, uma porta, que dava para o deque e tinha a vista da praia de Kailua. E ao lado da porta de entrada ficava a cozinha, com moveis todos de madeira branca e com os eletrodomésticos de inox, com uma pequena bancada e com duas cadeiras em frente a ela.


- Então, quando veio para cá? – perguntou.

- Há cinco anos e você? –

- Há uns três meses. – deu de ombros. – Vocês querem algo, eu tinha acabado de fazer café quando vocês tocaram a campainha. –

- Não obrigado. – respondi por mim e para Jacob que nos encarava confuso enquanto ela pegava sua xícara.

- Então o que querem? –

- Estamos aqui a pedido da governadora. Ela acha que você pode nos ajudar. –

- Com o que? –

- Nosso caso. –

- Estamos perseguindo um Serial Killer. – Jacob disse simplesmente e eu vi Bella apertar a xícara com força, quase a quebrando, mas em poucos segundos ela se recompôs e respondeu simplesmente.

- Eu não posso. Eu me aposentei. – respondeu caminhando pela sala até a porta e a abrindo.

- Jacob devagar. – pedi.

- Por quê? Ela foi atrás deles à vida inteira. – disse seguindo Bella até a varanda e eu puxei pela gola da camisa.

- Eu falo com ela. – disse e sai para a varanda, Bella estava rente a cerca de madeira, em frente a uma mesa de pedra, com bancos de piquenique, olhando para o mar.

- Você era a última pessoa que podia ter vindo aqui me pedir isso. –

- Eu sei. Eu não queria ter vindo, acredite. Mas a governadora está desesperada. Cinco turistas foram mortos dentro de seus quartos em hotéis e três possíveis suspeitos também foram. –

- Acha que um serial killer matou essas pessoas e depois os possíveis suspeitos? –

- Estamos em um beco sem saída, Bella. –

- Eu não posso. Você sabe que... – ela respirou fundo. – Desde que aquilo aconteceu... Eu não me envolvo mais nisso, então, por favor, não. –

- Poderia ao menos nos ouvir e nos dar uma pista para onde seguir. – ela me encarou e eu vi que seus olhos estavam marejados. – E eu prometo que não apareço mais aqui. – ela assentiu e limpou os olhos.

Eu a coloquei a par de tudo o que aconteceu na última semana, com o possível serial killer, nós nos sentamos em seu banco de piquenique, eu ao seu lado e Jacob a minha frente. Não era muita coisa, nós estávamos em um beco sem saída. As vitimas foram encontradas todas em seus quartos, com as portas trancadas. Sentadas na sala e com os olhos arrancados enquanto “assistiam” a TV, e todos que poderiam ser suspeitos, estavam mortos, e dentro de suas bocas uma peça de xadrez feita de dente de baleia. O primeiro peão apareceu dentro da boca do nosso primeiro suspeito, que havia sido desovado morto dentro do QG do 5-0, onde eu trabalhava, o outro peão estava na boca do terceiro suspeito foi desovado no carro do capitão Hale, e, o último peão estava em cima de minha mesa na cozinha de minha casa, sem mortos.

- É do mesmo jogo de xadrez como todas as outras peças. – expliquei enquanto Bella olhava a terceira peça. – O que diz que quem obrigou Anthony Lee Hein, David Larsen, e, mais do que provável, Pierre Shaw a matar por ele... Diz-me que ele ainda está lá fora. –

- E a governadora pediu para que viessem aqui para pedir a minha ajuda? –

- Sim, você era analista comportamental do FBI por quinze anos. – Jacob disse. – Já perfilou muitos assassinos. –

- E também estou aposentada. –

- Essa peça de xadrez que segura é a nossa única pista sólida. – expliquei. – Colocamos tudo que temos nesse caso e já faz uma semana, e nós não temos nada. –

- Isso não é incomum em casos com este, onde o assassino some do nada. É quando se torna um jogo de espera. – explicou colocando a peça em cima da mesa e pegando novamente a sua xícara. – Paciência será importante. –

- Paciência não é o forte dele. – Jacob disse apontando para mim.

- Eu sei. – Bella me olhou sorrindo torto.

- Ele deixou isso na minha casa, Bella. Na minha casa. – repeti. – Ele está o que? Ele está me insultando? Eu só peço para que me ajude a entender, por favor. –

- Ele não está te insultando. Muito pelo contrário. Eu... Eu acho que o assassino admira você. O cavalo. – ela apontou para a peça de xadrez em cima da mesa. – O cavalo é o protetor do reino. E no xadrez, isso é uma arma muito poderosa para fazer jogadas.  – ela deu de ombros. – Acho que ele te vê como um adversário perigoso. – ela bebeu outro gole do café. – Ao contrário das vitimas, que eram meros peões, soldados descartáveis. – deu de ombros mais uma vez.

- Está é apenas a minha opinião. – e mais uma vez Jacob se intrometeu na conversa. – Mas eu acho que a metáfora de xadrez, com as pessoas se movendo por ai e a coisa com... Eu não... Eu não acredito. – disse mexendo a cabeça. – Sem querer ofendê-la, Srta. Swan. Talvez ele não seja tão esperto quanto acha. –

- E mesmo assim, você está aqui, na minha casa, pedindo ajuda. – Bella apontou e ele calou a boca. – Não cometa o erro de subestimar esta pessoa, detetive. Ele não só tem pessoas matando por ele, como as faz enviar fotos a ele para provar tal feito. – ela virou o rosto de Jacob e me encarou. – Isso é uma forma de manipulação altamente sofisticada. –

- O governo do Havaí nos encarregou de fazer o que for preciso para pegar o responsável. – disse a encarando. – Preciso que me diga o que é preciso para que trabalhe conosco temporariamente, é claro. – ela balançou a cabeça negando.

- Eu já disse que não. – disse simplesmente se levantando.

- Você entende que pessoas inocentes estão mortas? – Jacob perguntou começando a perder a paciência e eu só queria manda-lo calar a boca. – Pessoas inocentes, com famílias. Isso não significa nada para você? –

- Jacob cala a boca. – mandei.

- Então significa ou não? Pois parece que não. Não é a sua família, não é? -

- Fora da minha casa. – Bella rosnou para ele e seguiu para dentro de casa.

- Espera ai... – Jacob ia atrás dela, mas eu o segurei firme.

- Eu não mandei você calar a boca? –

- Está defendendo ela por quê? –

- Vamos embora. – disse simplesmente e sai puxando para a porta. Bella não estava na cozinha, provavelmente havia se trancado no banheiro ou no quarto, era incrível como a minha vontade de socar Jacob aumentava a cada dia, desde que começamos a trabalhar juntos há cinco anos.

Jacob fora o caminho todo reclamando em meu ouvido por eu tê-lo tirado de lá. Ele não entendia de nada, e a cada palavra que saia de sua maldita boca, mas vontade de soca-lo eu tinha. Ele não entendia que isso significava para ela, mais do que para qualquer outra pessoa. Ele não entendia. Ele nunca iria entender isso.

(...)

No dia seguinte, fomos obrigados a deixar um pouco de lado o caso do serial killer e nos preocuparmos com outro, de uma jovem que fora morta em um quarto em um hotel de luxo, após ter feito sexo com alguém. Nós tínhamos um suspeito, e Jacob começou a criar teorias estapafúrdias sobre ele, e graças a Deus, ele calou a boca quando o meu celular tocou.

- Fala. – atendi sem nem ver o número.

- Comandante, tem uma mulher aqui que deseja falar com o senhor. – era Toby, o guarda que trabalhava na recepção do Aliiolani Hale. O prédio onde o QG da 5-0 ficava.

- Quem? –

- Uma tal de Srta Isabella Swan. Disse que é importante. –

- Mande-a subir. – disse e desliguei o telefone.

- Quem está ai? – Jasper perguntou.

- A Bella está ai. – respondi e me afastei da mesa computadorizada.

- A agente do FBI que a governadora pediu para ajudar na investigação e que disse não. – Jacob explicou e ouvi passos me seguindo e eu me virei para ver quem era. E ele estava me seguindo.

- O que quer? –

- Vamos falar com a ela. –

- Não. Eu vou falar com ela. Se eu vir ou ouvir você falando merda para ela igual à ontem de novo, eu te dou um tiro. – ameacei e ele se afastou com as mãos erguidas e eu cheguei à porta do QG ao mesmo tempo em que Bella entrou na sala. – Oi. – eu não pude deixar de sorrir ao vê-la entrando em meu local de trabalho, com um vestido azul marinho simples, com algumas flores estampadas nele e um casaco fino e leve branco por cima e em cima de seus saltos. Ela ficava bem de azul, e isso era uma coisa que eu vivia dizendo para ela.


- Oi. – respondeu simplesmente.

- Fico surpreso por ter aparecido aqui. –

- Jura? – perguntou cruzando os braços embaixo dos seios e eu assenti. – E você por acaso não esqueceu isso em minha casa? – perguntou enfiando a mão dentro da bolsa e tirando a peça de xadrez de lá. – Ou você a esqueceu ou deixou-a lá, propositalmente, tentando parecer sutil e torcendo para que eu pensasse sobre o caso. – ela continuava me encarando seriamente. – O que é uma coisa que você faria. –

- Você me conhece muito bem. –

- Pois bem, funcionou. Eu só quero saiba que eu estou fazendo isso por você. – ela disse e eu sorri amplamente. – Podemos conversar em particular? –

- Estamos em... –

- Olha para trás. – disse simplesmente e eu me virei, vendo Jasper, Jacob, Emmett e Ângela nos encarando.

- Vão trabalhar. – ralhei e eles se afastaram indo cada um para a sua sala. – Venha. – por reflexo, fiz algo que não fazia há anos, apoiei a mão na base de sua lombar e a conduzi até a minha sala e trancando a porta e fechando as persianas. – Pois bem, o que achou? –

- Eu fiz umas pesquisas. – disse abrindo a bolsa e pegando algumas pastas lá de dentro. – Ao que parece, Hein, Larsen e Shaw tem algo em comum. – ela me entregou a pasta azul. – Todos foram investigados pelo mesmo detetive, Philip Lau. –

- Espere, isso é informação nova. Nós não vimos isso quando pesquisamos. Por quê? –

- Não era uma investigação oficial. Até onde eu sei o relatório não foi preenchido. – deu de ombros. – Ele estava investigando por conta própria. –

- Okay. Vou pedir para falar com ele. –

- Não vai ser possível. Lau se matou seis meses atrás. – passei as mãos pelo cabelo.

- Eu preciso ver os arquivos. As anotações e... –

- Já fiz. – ela me entregou a outra pasta. – Não tem muita coisa. Lau estava investigando cada um por vários homicídios, caso em aberto e nunca houve evidências para prendê-los. – joguei as duas pastas em cima da mesa e sem pensar muito segurei o rosto de Bella.

- Eu já disse o quanto você é incrível? –

- Edward, por favor, não. – soltei seu o rosto. – Essa fase já passou. –

- Passou porque você quis. Eu nunca quis me separar de você. –

- Eu tenho que ir e você tem que trabalhar e ir atrás desse homem. – ela se afastou em direção da porta e eu a segurei pela mão a puxando. – Por favor, me deixe ir embora. –

- Pra você sumir de novo? –

- Estávamos divorciados. O que eu faço agora não era mais da sua conta. –

- Eu nunca deixei de amar você, Isabella. Nunca. –

- Nem eu. – ao ouvir aquilo uma chama se acendeu dentro de mim, a chama de que talvez pudéssemos voltar. – Mas não é algo que vá dar certo. –

- Você não quer tentar. –

- Eu não quero me machucar. – corrigiu. – Eu não quero me machucar, te machucar e nem machucar quem fica perto de nós dois. – rebateu com os olhos lacrimejados.

- Isabella... Você tem que deixar o passado no passado. O que aconteceu com a Sienna, não tem volta. Você precisa seguir em frente. –

- Como você pode dizer uma coisa dessas? – rosnou para mim. – Ela era nossa filha! –

- Eu sei. Eu sei que ela era a nossa filha. Eu sinto saudades dela todos os dias. Eu sinto saudades suas todos os dias, mas nada que tentemos fazer irar mudar o que aconteceu. Você não pode mudar o passado, eu não posso mudar o passado. Nós temos que aprender a viver com ele. Mas você foge dele, do mesmo jeito que fugiu de mim há dez anos e do mesmo jeito que quer fugir de mim agora. –

- É para isso que você voltou? Para me atormentar? – perguntou com os olhos castanhos marejados.

- Eu não sabia que você estava na ilha até a governadora me falar. –

- Eu já fiz o que você pediu. Já disse qual caminho você tem que seguir. Agora cumpra o que me prometeu e me deixe em paz. – ela rosnou para mim e puxou o braço com força e saiu da sala, batendo a porta.

- Você é um grande idiota, Edward. Um grande idiota. É assim que quer se reaproximar dela. Imbecil. – gritei comigo mesmo.

Uma semana havia se passado desde a minha discussão com Bella no QG. Nós conseguimos resolver o caso da garota morta no quarto de hotel, e tínhamos avançado um pouco no caso do serial killer. Eu liguei para Isabella algumas vezes, não pelo caso, mas para saber se ela estava bem e pedir desculpas pela minha imbecilidade, mas ela se recusava a me atender.

Eu tinha acabado de sair de casa para ir para o trabalho, eu estava com uma puta dor de cabeça e pretendia falar com a Bella de qualquer jeito hoje, se ela não me atendesse eu iria aparecer em sua casa e fazê-la me ouvir. Ela tinha que saber que eu me arrependia pelo que eu tinha falado não pelo que eu disse em si, mas pela forma como eu disse. E saber que ela ainda me amava me dava forças para lutar por isso. Entrei em minha picape e foi só eu ligar o carro que o meu celular tocou, puxei-o do bolso de minha calça o telefone e vi o numero. Bella.

- Alo. – atendi imediatamente. – Bella, pelo amor de Deus, me perdoa eu não fiz por mal... –

- Tem um homem morto na minha cama. – ela gritou do outro lado da linha.

- É o que? – perguntei confuso.

- Tem um homem morto, com a garganta cortada na minha cama. –

- Eu estou indo para ai. – desliguei o telefone e pisei fundo no acelerador, até Kailua. O caminho era longo, portanto tratei de ligar as sirenes do carro, para não perder tempo com sinais e para que os outros carros saíssem da minha frente, e enquanto eu dirigia eu ligava para o HPD para que levassem policiais e o legista para lá. E em menos de vinte minutos eu parei o carro de qualquer jeito no meio fio e entrei na casa da Bella. – Bella? – a chamei e a encontrei quase que toda coberta de sangue sentada aos pés da escada. – Bella! – me aproximei dela, me ajoelhando aos seus pés e segurando seu rosto. – Você está bem? Alguém machucou você? –

- Não... Esse... Esse sangue é dele. – respondeu fungando e eu a abracei pelo pescoço.

- Calma, está tudo bem. – disse dando um beijo em sua cabeça.

- Edward. – ouvi a voz de Jacob entrando na casa.

- Estou aqui, ela está bem. – garanti. – Você está bem não é? – perguntei de novo e ela assentiu e eu limpei as lagrimas de seus olhos. – Está tudo bem, meu amor. – disse a abraçando de novo e ela dessa vez retribuiu e segurou-me pela camisa, firmemente.

- Ér... O corpo? – Jacob perguntou e ela me soltou.

- No quarto. Lá em cima, terceira porta a direita. – Bella respondeu e Jacob subiu com o legista e alguns peritos.

- Edward. – virei-me ao ouvir o meu nome e vi Jasper me chamando com a mão.

- Eu já volto. Não se mexe. – pedi e ela assentiu e eu me levantei indo até ele do outro lado da sala. – Que? –

- Quem é ela? – perguntou direto.

- Jacob já... –

- Não perguntei quem é ela profissionalmente. Perguntei quem é ela para você. – suspirei.

- Minha ex-esposa. – respondi e ele me encarou como se não entendesse.

- Como é que é? –

- Ela é minha ex-esposa. –

- Você foi casado? – perguntou chocado. – O homem que não conhece nada de romantismo foi casado? –

- Por sete anos. Mas eu a conheço a minha vida inteira. Crescemos juntos. – expliquei.

- Você ainda gosta dela? –

- Não. Eu nunca gostei dela. Eu sempre fui apaixonado por ela. Tem diferença. –

- Quem é você e o que fez com o meu chefe? – brincou e eu sorri torto. – Por que acabou? –

- Edward. – ignorei a pergunta de Jasper quando ouvi Bella me chamar. Ela havia saído da escada e estava alguns passos atrás de mim.

- Oi. Que foi? –

- Eu posso tirar esse sangue de mim e trocar de roupa? –

- Ninguém mexeu em nada do seu quarto? –

- Não que eu tenha notado. –

- Tudo bem. Vai lá. – ela assentiu e subiu as escadas. – Nós terminamos porque a nossa filha morreu. – respondi a Jasper depois de alguns segundos. – Isabella estava em um caso, atrás de um serial e ele sequestrou a nossa filha e a matou. –

- Por isso ela se aposentou? –

- É. – respondi me virando para ele. – Ela caçou o infeliz até o inferno e ai se aposentou. E em menos de seis meses ela pediu o divorcio. – respirei fundo.

- Se quiser sair do caso. –

- Eu estou bem. – o encarei. – Ela ainda gosta de mim. Confessou semana passada, mas eu falei merda e ela ficou com raiva. –

- Vai tentar reconquista-la. – não foi uma pergunta, mas eu respondi mesmo assim.

- Vou fazer o possível e o impossível para isso. – garanti e subi as escadas.

- Comandante. – o legista me chamou quando eu passei pelo corredor e eu entrei no quarto de Bella, na cama de casal jazia um homem de idade, com a garganta cortada e os lençóis brancos agora estavam manchados de sangue. – Mais uma. – ele me amostrou mais um peão. – Na boca dele. –

- Guarda. – pedi e sai do quarto e seguindo o som de água caindo. Bati na porta e ao não ouvir nada, eu entrei nele, discretamente para que ninguém visse. – Como você está? – perguntei encontrando com ela dentro do box de porta de vidro, com a água caindo em seu corpo e escorrendo por ele manchada de sangue.

- Eu já disse que estou bem. –

- Não fisicamente. Emocionalmente. – perguntei encostando-me a pia, de frente para a porta. Não era a primeira vez que um conversava com o outro enquanto um estava no banho.

- Ele fez isso porque sabia que eu ajudei você. – ela desligou o chuveiro. – Ele sabe que você me pediu ajuda. E me colocou no jogo. – Bella me encarou. – E eu havia prometido a mim mesma que não iria me envolver. E agora pelo visto eu não tenho escolha. -

- Me perdoe, não queria que isso tivesse acontecido. –

- Pode me dar licença? Estou tentando tomar banho. –

- Não tem nada ai que eu já não tenha visto. –

- Por favor! – pediu em um fio de voz.

- Eu vou ver se acabaram. –

- Obrigada. – sai do banheiro e caminhei de volta para o quarto.

Não demorou muito e a pericia acabou, levou o corpo e selou o quarto até que o caso acabasse, e nós recebemos uma ligação de um homicídio em Kahala. Pedi para que Jasper e Jacob resolvessem isso, e fiquei na casa, Bella demorou um pouco para sair do banheiro e eu resolvi fazer um café para ela.

- O que está fazendo? – perguntou descendo as escadas.

- Café. – respondi o obvio entregando a ela uma xícara. – Você sabe que não pode mais entrar naquele quarto, não sabe? – assentiu.

- O que faz aqui? Por que não foi embora junto com os outros? – perguntou caminhando ate o sofá e se sentando com as pernas em cima dele, em posição de lótus.

- Porque eu preciso falar com você. – respondi a seguindo e me sentando na mesinha em frente a ela. – Me perdoa, mesmo, pelo que eu disse. Eu falei sem pensar. –

- Você acredita naquilo Edward. – respondeu encarando a fumaça que saia do café quente.

- Mas eu não devia ter dito daquela forma. –

- Você está certo. Eu não consigo esquecer. Porque a culpa foi minha. –

- Não foi. –

- Foi sim. Você sabe que a culpa foi minha. –

- A culpa não foi sua e você é a única que está se culpando. –

- Eu estava atrás dele e ele sequestrou a minha filha, como você não pode dizer que isso não é minha culpa? –

- Bella... –

- Porque você aceitou o divorcio? – e ela perguntou de repente, meio que mudando de assunto.

- Era o que você queria, não? –

- Eu me arrependi dois minutos depois. – pequenas lágrimas escorriam de seus olhos castanhos. – Não há um dia que tenha passado sem que eu tenha amado você. – confessou levando a caneca até os lábios, ainda sem me encarar.

- Então por que pediu o divorcio? –

- Achei que estava comigo por pena. – deu de ombros.

- Como pode pensar numa imbecilidade dessas? – perguntei segurando seu queixo entre o polegar e o indicar e fazendo-a me encarar. - Eu sou apaixonado por você desde o primeiro dia que te vi no jardim de infância, como pode pensar que eu ficaria com você por pena depois do que aconteceu? –

- Porque eu achei que você me culpa. Eu achei que todos vocês me culpavam. – respondeu com a voz chorosa e colocando a xícara ao meu lado na mesinha.

- Bella... –

- Ninguém queria que eu entrasse para o FBI, esqueceu? Ninguém, nem mesmo você. –

- Porque eu não queria que se machucasse! Mas eu nunca coloquei a culpa em você pelo que aconteceu com a Sienna. – ela apoiou os cotovelos nos joelhos e escondeu o rosto nas mãos chorando.

- Me perdoa. – pediu soluçando e eu via as suas mãos tremendo. Tirei suas mãos de seu rosto e o segurei forçando-a a me olhar.

- Para. Para agora de pedir perdão. Você não tem que pedir perdão por nada, eu já falei que a culpa não foi sua. Então para. – Isabella não disse nada, apenas arrancou minhas mãos de seu rosto e sentou em meu colo, me abraçando e chorando. – Está tudo bem, meu amor. Eu estou aqui e eu prometo que eu nunca, nunca mais vou me afastar de você. – eu a abracei forte e a deixei chorar em meu pescoço.

Bella havia sentado em meu colo de frente para mim, com as pernas apoiadas na mesinha de centro. Com cuidado, levei minhas mãos até seu quadril e me levantei a pegando no colo, e me sentando no sofá, fazendo-a se sentar de lado, mas sem tirar as mãos dela por um minuto sequer. Ela tinha o rosto escondido em meu pescoço e chorava compulsivamente, e seu corpo tremia um pouco durante o choro. Eu a deixei chorar, não havia nada que eu pudesse fazer fora isso, além, é claro, de fazer carinho em seus cabelos, tentando acalma-la.

Quando soubemos da morte de Sienna e os meses seguintes, foram dias muito estranhos, eu devia ter notado isso. Mas eu só havia conseguido voltar para casa uma semana depois da noticia sobre o seu assassinato. Eu estava de serviço na Líbia, mas quando eu notei eu devia ter notado a diferença. Bella estava, com uma calma assustadora, apenas por fora, eu sabia que por dentro ela lutava para não desmoronar. Eu podia ver em seus olhos. Ela não havia chorado em momento algum, nem no enterro. Ela fora treinada para não chorar, foi o que eu ouvi de muita gente. Sim, ela foi treinada para não chorar e não demonstrar emoções. Eu também, mas mesmo assim eu me acabei em lágrimas ao ver o corpo inerte de minha filha naquele caixão, e ela não. Ela estava tão calma que eu precisei leva-la ao hospital assim que o enterro acabou com medo que ela surtasse depois. Provavelmente ela estava chorando tudo o que guardou agora.

Demorou um longo tempo até que ela se acalmasse e parasse de chorar e se acalmasse. Quando o choro cessou, e minha camisa estava completamente molhada, eu a segurei pelo rosto calmamente e a olhei, seus olhos estavam inchados e vermelhos e seu nariz também, suas mãos, que ela apoiou sobre as minhas ainda tremiam um pouco e pequenas lágrimas escorriam de seus olhos castanhos. Dei um beijo em sua testa e a sentei, por um breve momento, e fui até a cozinha pegar um copo d’água e encontrei perto a televisão, uma pequena caixa de lenços de papel, que eu entreguei a ela.

Bella puxou alguns e assou o nariz, enquanto eu limpava suas lágrimas que ainda escorriam de seus olhos e entreguei o copo d’água, o qual ela bebeu todo de uma única vez e eu o pus, ao lado de sua caneca, quase que intocada de café agora frio. Eu havia me sentado novamente em sua mesinha de centro enquanto via seu choro compulsivo, se tornar um choro fraco, de apenas algumas lágrimas escorrendo de seus olhos, até que ela os fechou, respirando algumas vezes e voltando a falar.

- Obrigada. – disse em um fio de voz.

- Disponha... Isso era algo que eu deveria ter feito há dez anos. –

- Você foi um bom marido, sabia? – ela sorriu de lado.

- E você uma excelente esposa. – disse apoiando minhas mãos em suas coxas descobertas devido ao short curto que ela usava. – E eu queria que continuasse sendo... Bella, por que não colocamos um ponto final dessa parte de nossas vidas e recomeçamos do zero. Não precisa reatar o casamento logo comigo, me deixa te conquistar de novo. –

- Eu não sei se consigo. Você sabe que só de olhar para você eu me lembro dela. Ela era a sua copia perfeita. – ela falava com a voz fraca.

- Menos no fato de ser uma menina, e de ter os seus olhos castanhos. –

- Detalhes. – deu de ombro assoando o nariz de novo e eu não pude deixar de sorrir. – Eu sei que é pedir demais... Mas você se importa de passar a noite aqui comigo? Eu não quero ficar sozinha. – pediu.

- Primeiro que não é pedir demais. E segundo, é claro que eu passo. Ninguém vai chegar perto de você de novo. – garanti e me sentei ao seu lado e ela deitou a cabeça em meu colo e eu fiquei fazendo cafuné em seus cabelos.

O resto do dia se passou assim, Bella ainda chorava de vez em quanto, mas agora o choro era algo fraco, ela estava se acalmando e colocando toda a dor para fora ao mesmo tempo e aos poucos. A noite caiu e eu pedi comida chinesa para nós dois e enquanto ela tomava um banho, eu andava pela casa, olhando pelas janelas vendo se alguém se aproximaria da casa, e conforme ia passando, eu ia trancando todas as portas e janelas. Não queria correr nenhum risco, ainda mais que a entrada na madrugada anterior não havia sido forçada.

A campainha tocou, era o entregador do restaurante chinês, e foi apenas eu pagar e voltar a trancar a porta, que Bella desceu as escadas, vinda do andar de cima, e foi quando eu me toquei. A casa era pequena e seu quarto estava interditado até segunda ordem. Ela não ia dormir no sofá por, sabe-se lá quanto tempo. Eu não iria deixar isso, até porque, quem a havia metido nisso, havia sido apenas eu.

- Hã... Bella. – a chamei quando ela fechou a geladeira após pegar uma garrafa d’água.

- O que? – perguntou virando-se de frente para mim. Seu rosto parecia melhor e eu via pelos seus olhos que ela havia se livrado de um enorme peso nos ombros que ela carregava sozinha. Ela finalmente havia chorado a morte da filha. Seus olhos ainda estavam um pouco vermelhos e inchados e aos poucos o seu nariz ia voltando ao seu tom de pele normal. Ela estava muito mais calma.

- Onde você vai dormir? – perguntei. – Seu quarto está interditado e... –

- Tem outro aqui em baixo. – explicou abrindo a garrafa. – E eu havia conseguido pegar algumas roupas antes que a pericia fechasse o quarto, e ainda tem algumas na lavanderia. – deu de ombros. – Eu vou ficar bem, estou apenas receosa de dormir aqui hoje sozinha, mas caso tenha algo para fazer ou queira ir para casa eu vou entender e... –

- Bella, para. – falei e ela se calou. – Eu não vou embora. Perguntei apenas para saber se você não iria dormir no sofá. –

- E se eu não tivesse outra opção além de dormir no sofá? – perguntou com os lábios se repuxando em um breve sorriso.

- Iria lhe oferecer de muito bom grado a minha cama. A minha casa é há meia hora daqui, mas não é um chiqueiro. – disse e ela balançou a cabeça sorrindo. Ela sempre falava que se algum dia eu morasse sozinho, a casa, em dois dias se tornaria um grande chiqueiro.

- Fico feliz que esses dez anos lhe ensinaram a manter uma casa arrumada. – ironizou rindo e eu suspirei fundo.

- Bella. – a chamei e ela me encarou, em comparação ao primeiro dia que a revi, seus olhos estavam mais calmos agora.

- Oi. – perguntou se aproximando de mim e bebendo um gole d’água.

- Me perdoa? –

- Pelo que? – perguntou confusa.

- Isso. – disse e levei a mão até a sua nuca a beijando. Eu não aguentava mais ficar longe dela e era tão bom sentir seus lábios macios de encontro aos meus de novo. De inicio ela estava bem receosa, até porque eu havia a pego de surpresa, mas não demorou, e pelo visto ela sentia o mesmo que eu e relaxou em meus braços, que haviam saído de sua nuca e indo para a sua cintura, apertando seu corpo contra o meu. Quando o ar se fez necessário, afastei nossos lábios, porém, mantendo minha testa encostada a dela. – Me perdoa, é que eu não aguento mais ficar longe, e eu não aguentei não beijar você e... – ela me calou unindo nossos lábios novamente.

Ela havia colocado a garrafa de água em cima da mesa e levado as mãos para a minha nuca e cabelos, puxando mais a minha cabeça de encontro a sua. Minha língua acariciou seus lábios, pedindo passagem, que prontamente fora cedida, e ao encontrar sua língua, ambos não pudermos deixar escapar um gemido baixo e eu apertei mais ainda o seu corpo contra o meu. E as mesmas sensações que senti quando a beijei pela primeira vez, e que sentia todas as vezes que eu a beijava, tomaram conta de meu corpo. Nossos pulmões estavam quase implorando por ar quando o beijo foi interrompido.

- Trancou a porta? – perguntou baixo contra os meus lábios.

- Tranquei. –

- Então vem comigo. – ordenou me dando mais um beijo e se afastou de mim, me segurando pela mão e me guiando pelo corredor.

Bella abriu a porta de uma das portas e entrou no cômodo, era um quarto, provavelmente o que ela iria usar para dormir até o dela ser liberado novamente. O quarto era amplo e bem arejado, a verdade é que estava mais para uma suíte do que para um quarto. Grandes portas de vidro, abertas, davam para o quintal dos fundos e consequentemente para a praia, de onde entrava uma brisa fresca. A cama de casal no meio do quarto e na porta ao lado da qual entramos a porta para o banheiro. Ela soltou minha mão por um segundo e fechou a porta, a trancando e fechando a cortina e voltou para perto de mim.


Eu havia entendido o que ela queria, e sinceramente eu queria o mesmo que ela. Mas será que era a hora? Ela ficou na ponta dos pés e uniu meus lábios ao dela. Agora o beijo era calmo, talvez ela também estivesse pensando se era a hora certa para isso, ou se era certo isso, ela estava receosa. Segurei seu rosto delicadamente entre minhas mãos e interrompi o beijo, e ela abriu os olhos me encarando.

- Não precisa transar comigo se não quiser. – garanti.

- Eu quero. –

- Se quisesse não iria hesitar tanto, Bella. – apontei.

- Não é por isso. –

- Então? –

- Por não saber se você quer dormir comigo. Por temer me arrepender depois. E por medo de amanhã quando você for embora, eu me corroa por dentro de remorso por ter pedido o divorcio. –

- Eu sempre irei querer dormir com você. Caso tema se arrepender é só não prosseguir com isso. E eu só vou embora se você me expulsar a vassouradas. -

- É que é estranho... Eu vivia um dia de cada vez sem saber onde você estava. Eu vivia bem, mas mesmo assim eu sentia a sua falta. Só que, quando você bateu a minha porta semana passada, eu não sei, por um momento desejei que você estivesse ido apenas para mais um serviço ou treinamento e que logo você voltaria. –

- Se você permitir, eu volto para você após todos os meus casos, você tem apenas que permitir. – disse acariciando a sua bochecha com meus polegares.

- Eu quero você Edward. Agora. – disse convicta. – Mas, eu não quero igual era quando você voltava de muito tempo fora. –

- Então como? –

- Lembra-se da nossa primeira vez? – questionou e eu imediatamente sorri. Era claro que eu me lembrava. Eu tive a minha primeira vez com ela e ela comigo, era algo muito difícil de esquecer. – Eu quero daquele jeito, eu quero como se estivéssemos tendo a nossa primeira vez de novo, quero como se estivéssemos conhecendo nossos corpos de novo. Eu quero voltar ao tempo em que nós não tínhamos problemas. –

- O meu medo é que você se arrependa depois. –

- Não se for bom como sempre foi. –

Sorrindo, levei meus lábios para perto dos dela novamente, apenas eu e Deus sabemos como eu senti vontade de beija-la novamente, de tê-la em meus braços, de fazê-la minha. E finalmente eu a tinha de novo, nem que fosse apenas por uma noite. Quando o ar se fez necessário após mais um beijo, levei as mãos para a barra de sua camisa, puxando-a para cima e a tirando, Bella estava sem sutiã, então tão pronto eu tirei sua camisa e pude ter a visão de seus seios mais uma vez. Eu já os havia visto mais cedo, durante o banho dela, mas agora era diferente. Agora não podia, não só vê-los, mas toca-los e beija-los também. E como da primeira vez que a vi nua, ela não pareceu desconfortável ou envergonhada por ficar nua a minha frente.

Deitei-a na cama e conforme ela se ajeitava, colocando a cabeça sobre o travesseiro, eu tirei seu short e a sua calcinha junto, deixando-a completamente nua para mim, mais uma vez. E como da primeira vez, eu não pude evitar perder alguns segundos admirando seu corpo nu, principalmente após dez anos sem vê-lo nu ou vestido. Subi na cama, devagar e matei minha vontade, beijei toda a extensão do corpo da mulher que eu amava como eu estivesse querendo que meus lábios decorassem todo o caminho até suas zonas erógenas, que eu conhecia muito bem.


Eu subi com os beijos bem devagar, e dando leves mordidas pelo seu corpo e sentia Bella se remexer um pouco embaixo de mim e soltar leves gemidos baixos conforme eu ia subindo bem devagar, passando pelos seus seios, até chegar ao seu pescoço e passava a mão de leve pelo seu peito, sentindo a maciez dele, e ela estava entregue a mim e eu podia ouvir meu nome saindo bem baixo, como em um sussurro de seus lábios.



Eu beijei seu pescoço até não me aguentar mais, provavelmente amanhã apareceria ali uma ou duas marcas arroxeadas, porém amanhã era outro dia, e eu só queria pensar no agora. Desci com os lábios novamente e dessa vez parei em seus seios, e abocanhei-o e não pude controlar um gemido que me escapou pelos lábios ao sentir minha boca tocando em seu seio macio. Fechei os lábios ao redor de seu mamilo dando uma leve sugada e fazendo com que ela jogasse a cabeça para trás, com os olhos fechados.


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Beijei-lhe, lambi-lhe e suguei-lhe os seios até dar-me por satisfeito, por enquanto, e voltei a descer com os beijos pela sua barriga, bem devagar, contornando seu umbigo, ventre, virilha até chegar onde eu desejava: O meu paraíso no centro de suas pernas. Abri as pernas de Bella, deixando-a bem aberta para mim e eu já podia ver a sua buceta molhada e pulsando de excitação, e como se esperasse por permissão, levantei os olhos, e vi Bella retribuindo meu olhar e ela sorriu, era a única permissão que eu precisava. Retribui seu doce sorriso e assoprei bem de leve sua buceta úmida e a vi se contrair levemente. Acariciei com as minhas palmas, as coxas de Bella, antes de passar minhas mãos por baixo das mesmas e finalmente, saciando nossa vontade, encostando a boca em sua buceta molhada.

Ao sentir o contato de meus lábios a sua buceta, ela soltou um gemido alto e eu passei minha língua por ela bem devagar, intercalando beijos com sugadas. Eu sentia a mão de Bella em meu cabelo, mexendo nele devagar enquanto minha língua brincava com seus pequenos lábios, algumas vezes entrando nela e a fodendo bem devagar, porém, a maioria do tempo, era circundando seu clitóris com a ponta de minha língua. Ela adorava quando eu fazia isso e ela mesma já havia me confessado isso diversas vezes, e eu queria mostrar que mesmo após longos dez anos, eu ainda conhecia seus gostos, suas zonas erógenas e suas preferências na cama.


- Oh meu Deus... Edward... – ela gemeu quando eu suguei seu clitóris e eu ergui os olhos, uma de suas mãos estava em meus cabelos, ela enrolava os fios curtos em seus dedos e o puxava de leve, céus, como eu amava quando ela fazia isso, a outra mão estava apoiada na cama e puxando os lençóis, seus olhos estavam fechados e seus lábios entreabertos, de onde saia meu nome e eu me deliciava com isso enquanto continuava a brincar com o seu clitóris. Éramos tão poucos os homens que o encontrava, e muitos ainda duvidavam de sua existência, entretanto, eu amava mostrar a minha mulher que eu não apenas sabia onde ficava como eu sabia estimula-lo muito bem. – Deus, como eu senti falta disso. – ela puxou mais forte meu cabelo quando eu suguei um pouco mais forte. Meus lábios se repuxaram em um sorriso quando ela disse aquilo, e eu continuei circulando, lambendo, beijando e sugando seu clitóris enquanto sentia leves espasmos e contrações em sua buceta. – Estou quase lá. – ela avisou, mesmo não sendo necessário, eu a conhecia tão bem, que eu sabia quando ela estava prestes a gozar. – Edward!! – ela gritou meu nome quando suguei com um pouco mais de força e ela se derramou docemente em meus lábios. Eu bebi seu gozo como se fosse o liquido mais precioso do mundo e dei mais alguns beijos por sua buceta, antes de tirar minha cabeça ali do meio de suas pernas, ainda sentindo leves contrações. – Céus... – ela disse quando parei meu corpo sobre o dela e ela continuava com sua mão em meu cabelo. – Eu tinha me esquecido o quanto isso era bom. –

- E eu tinha quase me esquecido da textura e gosto da sua buceta. – disse calmamente olhando em seus olhos e ela sorriu docemente.

- Tire a roupa logo. – ordenou e eu sorri amplamente.

- Apressada igual à primeira vez. – comentei roçando meu nariz ao dela. – Não saia daí. – pedi.

- Não vou. – garantiu e eu me levantei da cama.

- Não repare se encontrar mais cicatrizes fora as que eu já tinha. – comentei tirando a camisa. Eu era um fuzileiro, um Seal e agora uma espécie de policial, era de se esperar que eu possuísse cicatrizes, graças a Deus eram todas fracas, pequenas, e não eram assustadoras com as de alguns companheiros meus.

- Elas eram seu charme. – brincou com as mãos apoiadas em sua barriga lisa e seguindo todos os meus movimentos com os olhos. – E além do que, você era um imã para ferimentos, cortes e tiros. – ironizou e eu sorri tirando minhas calças.

- Me comendo com os olhos, é? –

- Como sempre fiz. – sorriu de lado e eu arranquei a cueca, deixando meu pau duro e ereto a mostra. – Eu sinto falta de sentir seus olhos em mim enquanto eu tiro a roupa. –

- Se me recordo bem, você fazia a mesma coisa comigo. - comentou quando eu subi na cama, me ajeitando no meio de suas pernas e passando suas coxas por cima das minhas. Passei levemente minha mão pela sua buceta molhada e alisei meu pênis duas vezes antes de ajeita-lo em sua entrada. Deslizei-me para dentro dela, e como se meu pau havia sido feito para encaixar perfeitamente em sua buceta, ele a preencheu por completo e nós dois sentimos isso, já que ela sorriu me encarando.

- Continua apertada. – comentei saindo de dentro dela e voltando com um pouco mais de força.

- Isso. – ela gemeu fechando os olhos quando repeti o gesto. – Ele cabe tão bem. – 

Eu continuava a investir meu quadril contra o dela e abaixei meu corpo, beijando mais uma vez o seu, até chegar aos seus lábios. Por mais que fosse um sacrilégio, eu cobri seus lábios, de onde saiam os gemidos que eu mais senti falta, com os meus, beijando-a. Sua mão seguiu para a minha nuca, impedindo que eu interrompesse o beijo, e deslizou para cima, onde ela enfiou mais uma vez os dedos em meu cabelo, enquanto minha mão acariciava sua cintura delgada, enquanto o meu quadril chocava-se contra o dela devagar.


- Mais rápido. – ela pediu interrompendo o beijo brevemente, antes de reata-lo.

E eu prontamente atendi seu pedido, eu sempre atendi a todos, por que diabos não atenderia esse? Sai todo de dentro dela mais uma vez e voltei com força, fazendo-a soltar um gemido alto e com isso o beijo fora interrompido de vez, por enquanto. Em busca de apoio, me segurei na cabeceira da cama enquanto sentia suas mãos passeando pelos meus ombros, costas, cintura e até mesmo em minha bunda. Mas eu não desviei meus olhos do dela. Era uma mania que eu havia adquirido e não queria parar, olhar nos olhos dela enquanto a fazia minha, me deixa mais excitado ainda.

Nossos gemidos saiam altos e ecoavam pelo quarto, as pernas de Bella estavam bem apertas para mim, seus joelhos estavam na altura de sua cintura e seus pés deslizavam sobre minhas pernas enquanto meu quadril investia forte contra o dela enquanto a boca de um devorava a do outro, uma de minhas mãos passeavam sobre seu corpo enquanto as delas mexiam em meu cabelo, puxando-os de leve enquanto nossos pulmões imploravam por oxigênio enquanto nossas bocas pouco se importavam com isso e queriam apenas mais um do outro.


Ela tirou as mãos de meus cabelos e levou para as minhas costas, arranhando-as com força, eu pouco me importava se amanhã ficaria marcas ou machucado, eu não me importo, aliás, nunca me importei, até porque a sensação de sentir suas unhas arranhando a minha pele era algo tão bom. O beijo precisou ser interrompido, o ar era necessário e todo o estoque havia se esgotado, tanto o meu quanto o dela, já que quando o beijo foi interrompido e nossos lábios separados, um puxou o ar pela boca com força, e quando enchemos nossos pulmões de novo, mais uma vez o beijo recomeçou, e mais uma vez eu tomei seus lábios em um beijo ávido.

 

Passei os braços por baixo de seus quadris, a pegando no colo e tirando-a da cama, ficando de joelhos na mesma enquanto suas pernas envolveram minha cintura enquanto eu fazia-a subir e descer em meu pênis, uma de minhas mãos estava em sua cintura e a outra em sua nuca, mantendo seu rosto próximo aos meus enquanto suas mãos estavam em minha nuca e ombros. Mais uma vez o beijo foi interrompido, dessa vez não pela falta de oxigênio, e sim pelos nossos gemidos altos, que impediam que um beijasse o outro.


- Eu vou gozar. – ela disse contra meus lábios e eu podia sentir sua buceta começar a apertar o meu pau, o que tornava um pouco mais difícil com que eu a movimentasse em meu colo.

- Goza amor. – disse contra sua boca e não demorou muito, foram preciso apenas mais algumas descidas sobre o meu pau que ela gozou fincando as unhas em meus ombros enquanto eu sentia seu corpo sofrer com alguns espasmos enquanto sentia seu gozo escorrer pelo meu pau.

Continuando de joelhos, a deitei na cama, suas pernas ainda estavam bem apertas para mim e eu basicamente ainda a segurava com meus braços em volta de seu corpo, enquanto ela apoiava um dos braços na cama, se apoiando enquanto a outra mexia nos cabelos de minha nuca enquanto eu investia devagar meu quadril contra o dela enquanto sugava um de seus seios enquanto ouvia seus gemidos em meus ouvidos.


Eu nos virei na cama, ficando os dois deitados de lado, comigo dentro dela e investindo meu quadril contra sua buceta apertada enquanto beijava seu ombro enquanto acariciava sua barriga lisa. Nossos corpos estavam mais unidos do que nunca, eles estavam bem suados e o cheiro de um, fora o cheiro de sexo, estava impregnado um no outro. Era tão bom e gostoso ter essa sensação mais uma vez, mesmo que apenas por mais uma única vez. Eu estava quase lá e sabia disso, mas queria prolongar essa sensação o máximo que podia, estava tão gostoso que eu não queria que acabasse nunca.


Mas eu não consegui me segurar por muito mais tempo e não demorou muito e nossos corpos relaxaram mais uma vez enquanto os dois, mais uma vez, atingimos nossos ápices, e enquanto seu gozo deslizava pelo meu pênis, o meu gozo escorria bem devagar pelas suas dobras. Tirei meu pênis de dentro dela e vi nossos gozos escorrendo. Devagar ela se virou na cama e eu, que estava apoiado em um de meus cotovelos, vi seus olhos brilhando, como sempre ficava quanto ficávamos juntos.


- Eu não sei se é o que você quer ouvir... – comecei baixo acariciando seu rosto delicadamente. – Mas eu te amo. – eu não deixei-a respirar e muito digerir o que eu havia dito, apenas tomei seus lábios em um beijo calmo, enquanto sua mão estava repousada delicadamente em minha bochecha enquanto eu mordia levemente seu lábio inferior.



O beijo fora interrompido de forma calma quando o ar se fez necessário e eu enchi seu belo rosto de beijos enquanto a ouvia rindo baixo. E mais uma vez parecia os velhos tempos, quando eu chegava ao nosso apartamento ou a nossa casa depois um tempo fora e eu desejava tanto ter esses dias de volta. Sai de cima e de dentro dela e cai na cama ao seu lado e ela se virou de lado, como sempre fazia, deixando as mãos unidas próximas ao rosto angelical. Virei o rosto para olha-la e deparei-me com seus belos olhos castanhos brilhantes, virei todo o meu corpo, aproximando meu rosto ao dela e lhe dei um beijo na testa, ela adorava isso e eu adorava fazer.

- Está com fome? – perguntei acariciando sua bochecha com as pontas de meus dedos.

- Você sabe que eu sempre fico com fome depois de transar com você! – rebateu e eu sorri amplamente.

- Isso significa que eu fiz um trabalho muito bem feito. – brinquei e ela sorriu. – Vai tomar um banho enquanto eu esquento a comida. – fiz menção de me levantar, mas ela me impediu. – Que foi? – ela me puxou para ficar com a cabeça próxima a sua.

- Me ajuda a tomar banho. – pediu.

- Com prazer. – respondi e lhe dei um beijo rápido.

Sai da cama e devagar a puxei pelos tornozelos até a beirada da cama, e ganhando um gritinho acompanhando de uma risada. Enlacei suas pernas em minha cintura e passei minhas mãos por sua cintura a pegando no colo. Subi com ela para o andar de cima da casa até o banheiro e a coloquei no chão, dentro do box e abri o chuveiro deixando a água morna cair em nossos corpos.

Nós tomamos banho juntos, eu a beijava mais do que tomava banho. Eu distribuía beijos pela sua nuca, ombros, colo, mandíbula e obviamente seus lábios. O banho fora no geral, rápido, e não demorou muito e estávamos vestidos e comendo a comida chinesa requentada e logo em seguida, ela me puxou mais uma vez para seu quarto e para a sua cama, dessa vez não para sexo, dessa vez fora literalmente para dormir. Ela deitou a cabeça em meu peito nu, já que eu deitei apenas de cueca e eu circundei seu corpo com meus braços a abraçando. Era tão bom tê-la mais uma vez em meus braços, mesmo que fosse por apenas uma vez mais.

(...)

No dia seguinte acordei com um som tocando ao longe, abri os olhos e percebi que meu rosto estava encostado na cabeça de Bella, ela havia virado de lado e o barulho insistente continuava a tocar. Não demorou nem meio segundo e eu reconheci aquele som como o do meu celular. Com todo o cuidado do mundo, sai da cama e basicamente sai na ponta dos pés do quarto, até encontrar meu celular tocando e vibrando em cima da mesinha de madeira de centro na sala de Bella. A foto era de Jacob.

- O que é? – perguntei atendendo ao telefone.

- Onde você está? Estou na sua casa e não tem ninguém. –

- Eu não dormi em casa. O que quer? – perguntei de novo.

- Trabalho. – respondeu e eu senti duas mãos pequenas circundarem a minha cintura e um beijo ser depositado em meu ombro. Me virei e encontrei-me com Bella, com o rosto ainda um pouco inchado devido ao sono e com o cabelo bagunçado.

- Bom dia. – disse ignorando Jacob.

- Bom dia. – respondeu ficando na ponta dos pés e me dando um beijo rápido. Eu não esperava por isso, minto, uma parte de mim e esperava e a outra parte esperava que ela me pudesse para fora.

- Essa voz é da Isabella? Você... Você dormiu na casa dela? – Jacob perguntou quase que entrando em desespero e foi quando eu me lembrei de que estava no telefone com ele.

- Resolve ai para mim e depois falo com você. – mandei e desliguei o telefone, jogando-o no sofá e levando as mãos para os ombros de Bella, colocando seus cabelos para trás e subindo com as minhas mãos pelo seu pescoço até chegar ao seu rosto. – Como dormiu? – perguntei acariciando suas bochechas com os polegares.

- Acreditaria se eu falasse que muito bem após anos? –

- Acredito e acredite que eu sinto o mesmo. – e abaixei meu rosto lhe dando um beijo demorado.

- Não tem trabalho? –

- Jacob pode cuidar daquilo sozinho por algumas horas. –

- E quanto ao Serial Killer? –

- Estamos em um beco sem saída. Estamos trabalhando nisso, não se preocupe, pois ele e nem ninguém vai se aproximar de você de novo. – garanti e rocei meu nariz ao dela. – Venha, vou fazer aquelas panquecas que você ama. – e ela sorriu amplamente.

- Tenho que confessar que durante esses anos eu tentei reproduzi-las, e nunca não deram certo. –

- Isso porque eu nunca lhe contei os segredos por trás delas. –

Eu lhe dei mais um beijo, eu segui para a cozinha e ela se sentou no banco em frente a bancada de café da manhã e ficou me encarando enquanto eu fazia as panquecas para ela. Enquanto eu as fazia, coloquei a cafeteira para trabalhar e em pouco tempo a cozinha se preencheu com o cheiro de café fresco e panquecas. Em menos de dez minutos o café da manhã estava pronto e eu coloquei a panqueca recheada com mirtilo, do jeito que ela adorava, em um prato azul claro a sua frente junto com uma xícara de café.

- Eu devo confessar que eu nunca entendi como eu não havia ficado gorda durante os anos do nosso relacionamento. – comentou cortando um pedaço da panqueca e levando a boca. – Pai Amado é melhor do que eu me lembrava. – disse gemendo baixo e eu sorri e mais uma vez meu telefone voltou a toca.r – Pode ir trabalhar, eu vou ficar bem e vou aproveitar e trabalhar um pouco. –

- Com o que? – perguntei antes de ir pegar o telefone.

- Achei que tivesse pedido minha ajuda no caso. – lembrou-me.

- Não se não quiser. – disse quando o barulho tornou-se insuportável e eu peguei o telefone o atendendo. – O que você quer? –

- Um agente da DEA foi morto. – disse simplesmente. – E um zelador de uma casa também, -

- Estão interligados? – questionei.

- Sim e não. Parece que o agente foi jogado de uma altura de mais de trinta mil metros e chocou-se contra o telhado, e parece que o zelador foi morto por quem matou o agente. Pelo que entendemos, ele viu quem foi o assassino... –

- Então o assassino matou o homem para que ninguém soubesse quem ele é. –

- Exato. A DEA quer ajudar no caso... –

- Deixa. Eu estou indo para ai. Manda o endereço por mensagem. –

- Ok. – desliguei o telefone, me virando e encontrando-me com Bella que havia largado a bancada e estava parada a alguns passos de mim.

- Eu vou ter que ir. Um agente da DEA foi morto. –

- Pode ir, não se preocupe. – garantiu. – Como disse, vou ver se descubro algo para vocês. – me aproximei dela e segurei seu rosto macio entre minhas mãos,. – Vai voltar? – questionou antes que eu tivesse a chance de lhe perguntar se ela queria que eu voltasse.

- Quer que eu volte? –

- Quero. –

- Então eu volto. – rocei meu nariz por seus lábios rosados. – Aliás, creio eu, que eu sempre volto para você. –

- Eu sei. – sorriu e eu uni meus lábios ao dela. O beijo foi calmo, eu sabia que se eu aprofundasse o beijo eu acabaria fazendo-a minha de novo, talvez nem desse tempo de chegar ao quarto, e acabasse sendo no sofá ou na bancada da cozinha mesmo, aliás, para quem já transou dentro de um navio lotado, na sala do meu comandante, a cozinha seria a coisa mais simples do mundo. – Vai logo antes que eu te jogue nesse sofá e você não saia mais dele. – disse interrompendo o beijo.

- Eu preciso da minha camisa. – lembrei-a de que ela estava usando minha camisa desde ontem após o banho.

- Verdade! – e mais uma vez ela ficou na ponta dos pés e me deu um beijo. – Vou me trocar, um minuto. – disse e seguiu para o quarto e eu atrás para pegar minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão do mesmo.

Peguei minha calça jeans do chão a vestindo enquanto ela tirava minha camisa, ficando apenas de calcinha e colocava uma camiseta dela, e um robe por cima. Aquela camisa branca e apertada deixava uma boa parte de sua barriga a mostra e resaltava deliciosamente seus seios. Ela estendeu minha camisa e eu a vesti, sentindo o cheiro dela impregnando em minha roupa. Nós deixamos o quarto após eu me calçar e eu peguei meu celular, vendo que a mensagem de Jacob com o endereço do homicídio já havia chegado, e puxando o coldre de minha arma e prendendo a cintura.

- Você ainda tem porte? – perguntei prendendo o coldre.

- Tenho, mas não tenho mais nenhuma arma comigo. – confessou.

- Espera aqui. – pedi e sai de sua casa, caminhando até a minha caminhonete. Abri o pequeno estojo de armas, acoplado a caçamba e peguei uma pistola e um pente de munição, fora a munição que já estava carregada e voltei para casa, Bella estava na porta, me encarando, com o robe fechado, cobrindo sua calcinha de renda. – Toma. –

- Edward, não. –

- Eu vou para Waianae, a mais de uma hora daqui, se algo acontecer eu não vou chegar a tempo, e vou me sentir melhor se por acaso você tiver com uma arma. – disse e coloquei a pistola e munição extra em sua mão. – Você atira melhor do que eu, você não precisa ficar assim. –

- Eu não pego em uma arma a anos. –

- É igual a andar de bicicleta. Nunca se esquece. Por favor, por mim, só para que eu possa ir um pouco mais tranquilo, antes que eu ligue para Jacob e diga que não vá. –

- Tudo bem... – ela colocou a arma e a munição em cima da bancada.

- Qualquer coisa me liga que eu tento vir o mais rápido que eu conseguir. – garanti e ela assentiu. – Vai tomar café. – mandei e ela me olhou feio. – Por favor. –

- Melhor. – sorri e segurei mais uma vez seu rosto para lhe dar um beijo. – Eu vejo você a noite. –

- Não se atrase. –

- Não vou. – garanti e lhe dei mais um beijo antes de seguir para o meu carro e ir embora.

Eu não tinha tempo para passar em casa e trocar de roupa, e também queria ficar sentindo o cheiro de Bella pelo resto do meu dia, então liguei as sirenes e segui para o endereço que Jacob me passou. Devido as sirenes ligadas e ao fato de que não precisei parar em nenhum sinal vermelho, eu até que cheguei bem rápido ao local do crime, e a pericia já estava terminando o trabalho, mais dez minutos e eu não iria encontrar mais nada aqui.

Jasper e Jacob me atualizaram e é claro que os dois notaram que eu estava com a mesma roupa de ontem, mas não falaram nada. Jasper sabia da história e provavelmente tinha ligado os pontos, mas Jacob não, e eu sabia que logo que ficássemos sozinhos ele iria me bombardear de perguntas como sempre.

Nós tínhamos um suspeito e fomos atrás dele, que nos levou ao assassino, que havia conseguido fugir de nós e agora, segundo a DEA, ele estava se preparando para voltar ao México, se ele voltasse, o caso teria que ser arquivado sem solução e eu não iria deixar isso acontecer. Era por volta de três da tarde quando recebi uma mensagem urgente de Bella, pedindo para que eu a encontrasse no IML. Por que Diabos ela estaria no IML?

Deixei que Jasper e Jacob seguisse a ultima pista que surgiu de onde Frontera, o assassino do agente da DEA, estava e segui para lá o mais rápido que podia, não devo ter levado mais de quinze minutos, o IML ficava bem perto do QG. Estacionei a picape no estacionamento e basicamente corri para lá, eu estava preocupado, mas sabia que se ela tivesse se machucado eu teria ido para o hospital e não para cá. Entrei de supetão na sala de espera do IML e encontrei com ela, com o telefone em mãos, impaciente como sempre, ela provavelmente iria me ligar.

- Oi. Recebi sua mensagem. – disse me aproximando dela. Bella estava linda com aquela calça jeans azul clara justa que realçava as linhas de suas pernas e quadris e aquela blusa salmão de botões, com os primeiros abertos, revelando o topo de seus seios era algo tentador. – Você está bem? – perguntei conferindo se ela estava bem e lhe dei um beijo rápido.


- Sim. Estou. Não aconteceu nada comigo é sobre o assassino em serie. – apontou.

- O que tem? Descobriu algo? – se ela descobriu sem ter os recursos e meios que nós do 5-0 tínhamos, eu iria agora mesmo dar o meu cargo a ela.

- Eu exumei o corpo do Detetive Lau. – disse se afastando de mim e seguindo para a sala de Eric, o medico legista que trabalha em noventa e cinco por cento de nossos casos.

- Você fez o que? – perguntei desesperado. Ela sabia que não pode fazer isso, não é? – Por quê?  -

- Lembra-se de que eu falei que Lau investigava os três peões usados para cometerem assassinato? – perguntou enquanto andávamos, ela na minha frente, com seus saltos baixos rosa claro fazendo barulho no piso e comigo ganhando a bela visão de sua bunda devido a calça apertada, mas eu, agora, não conseguia prestar atenção nela.

- Sim. –

- Eu acho que o suspeito, tinha medo de você ficar em cima dele, então ele matou Lau antes disso acontecer. – disse animada, igual ela ficava quando pegava um caso difícil no FBI, enquanto entravamos na sala de Eric, a caminho para a sala da autopsia.

- Espera, espera ai... – disse vendo o corpo de Lau em cima da mesa com um cobertor branco cobrindo da metade de seu peito até os pés. – Está tentando me dizer que o suicídio de Lau foi algo armado? –

- Eu sei que foi. – disse convicta virando-se de frente para mim. – A autopsia de Lau prova que o tiro não foi auto infligido. – disse apontando para o tiro na testa do corpo do ex policial que já estava em processo de decomposição.

- Mesmo se for esse o caso, não há nada sobre a morte do Lau que combine com o MO... Não havia peça de xadrez junto ao corpo, certo? –

- Na verdade, meu amor, a peça é a assinatura e não o MO. – corrigiu-me. – O assassino não deixou uma peça, pois Lau não fazia parte do jogo. – disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

- Certo. – digamos que ela está certa, pensei comigo mesmo, pois se eu falasse isso em voz alta era capaz dela me dar um tiro. – E ele não queria que nós olhássemos a morte do Lau. – afirmei o que eu achei que ela estava tentando dizer.

- Exatamente. – e eu havia entendido o que ela havia explicado.

- Certo... – Vou reabrir o caso... Mas preciso que me diga uma coisa... –

- O que? – perguntou me encarando.

- Você se aposentou. É uma civil. Como arrumou um legista para exumar o corpo? – questionei e ela me encarou com uma centelha de divertimento e culpa no olhar, não, Deus, me diga que ela não exumou por conta própria. – O que você fez? – eu sabia que ela fazia o possível e o impossível para desvendar seus casos.

- Você esqueceu isso lá em casa. – disse tirando a mão do bolso e pegando meu distintivo. Imediatamente levei a mão a minha cintura, levantando um pouco a minha camisa e pela primeira vez ao dia notando que ele não estava pendurado onde deveria estar, ao lado de minha arma. – E eu disse a eles que a ordem veio de você. – confessou. – E disse que você havia deixado o distintivo para provar a ordem, caso eles questionassem. – e ela mordeu a bochecha por dentro antes de prosseguir. – E bom, talvez eu possa ter assinado um documento ou outro no seu nome... – eu a encarei e a minha vontade era de rir, era bem a cara dela fazer isso, mas eu deixaria para rir depois, agora tínhamos um caso para reabrir e um assassino em serie para pegar.

- Ok. – disse simplesmente.

- Ótimo. – respondeu quando viu que eu não iria repreendê-la ou algo do tipo, agora, mas depois...

Deixamos a sala vazia de Eric, com exceção do corpo inerte de Lau, e deixamos o IML, Bella me entregou meu distintivo e eu o pendurei na cintura de novo, antes que ela desse mais alguma ordem ou assinasse mais algo em meu nome. Quando chegamos ao estacionamento, meu celular tocou Jacob, mais uma vez, informando que Frontera seria tirado da ilha em Pearl City, deixei Bella em seu carro, com ela prometendo que iria voltar para casa e não exumar mais nenhum corpo e segui para lá.
E mais uma vez no dia, não tivemos sorte e o quartel pegou Frontera e provavelmente o mataram, todos ficaram para tentar resolver o problema e tentar pegar o quartel e Jacob simplesmente entrou em seu Camaro e foi levar os filhos a pizzaria. Obviamente eu não o deixei ir a lugar nenhum nós voltamos para o QG, onde recebemos uma ligação, do homem que havia capturado Frontera e exigia 10 mil em troca de Frontera vivo, em Maili.

Liguei para Ângela, ela havia ficado o dia todo ausente do trabalho resolvendo um problema pessoal, mas eu não poderia perder a chance de apanhar todos, sem a melhor sniper da minha equipe, até porque, para o plano que se formava na minha mente, ela seria essencial.

A mala preta onde iria colocar o dinheiro caberia ela ali perfeitamente, até porque ela era bem magra e pequena, e por garantia, coloquei alguns maços em cima, apenas por precaução. E o plano dera certo. Eles entregaram Frontera, e Ângela atirou em todos e assim entregamos Frontera, para o DEA, e mais um caso havia sido encerrado com sucesso.

- Posso falar com você? – Jasper perguntou após o DEA levar o assassino.

- Claro. O que? –

- Por acaso, você dormiu na casa de Bella? – perguntou e eu o encarei. – Bom, você está com a mesma roupa de ontem então... –

- Sim, dormi. –

- Por quê? –

- Em certa parte porque a mesma pediu, não querendo ficar sozinha, e eu quis ficar para o caso de o serial aparecer lá de novo. Mais alguma pergunta? –

- Vocês transaram, não transaram? –

- Por que acha isso? –

- Você está com cheiro feminino e tem um chupão no seu pescoço. – apontou e eu levei a mão até o meu pescoço e usei a câmera do celular, era pequeno e discreto, mas qualquer policial treinado o veria. – Sabe que se o governador souber que você está dormindo com a minha que ele pediu para nos ajudar... –

- Primeiro, antes de ela ser ex-agente do FBI, antes dela ser a mulher a quem o governador pediu ajuda, antes disso tudo, ela é minha ex-esposa. – e os olhos dele se arregalaram a tal ponto que eu achei que fosse saltar de seu rosto. – E se eu quiser dormir com a minha ex-esposa, é problema meu e dela, e de mais ninguém. – respondi ao ouvir meu telefone começar a tocar. Ela era. – Oi. – disse atendendo.

- Preciso falar com você. Encontra-me na delegacia. – pediu.

- Em dez minutos ou menos eu estou ai. – desliguei o telefone e deixei Jacob sozinho na sala e sai do prédio.

Dito e feito, em dez minutos eu cheguei lá. Ela estava com a mesma roupa de mais cedo, encostada em seu carro no estacionamento da delegacia, perto da entrada lateral para onde levava a uma clinica de psiquiatria onde os policias vinham. Ela resolvera fazer terapia de casais agora, e com uma psiquiatra que trata de policias? ? Questionei para mim mesmo ao sair do carro e me aproximar dela.

- Diz para mim, por favor, que você não exumou mais nenhum corpo. – pedi me aproximando dela e ela sorriu.

- Não, não exumei mais nenhum corpo e também não assinei nenhum documento em seu nome. –

- Ótimo. – disse segurando-a pela cintura.

- E o caso? –

- Resolvido. Frontera está sendo levado para Los Angeles. – respondi. – Vem cá... Por que estamos em um psicólogo? Resolveu fazer terapia de casais? –

- Claro que não. – garantiu.

- Então? –

- Eu conversei com o capitão de Lau... E de acordo com ele, o detetive Lau ia ao psicólogo, principalmente para problemas de trabalho. Estresse segundo ele. Então eu pensei que, se ele falava sobre os casos, talvez a psicóloga saiba de algo. – disse saindo de perto de mim e me puxando apressadamente para as escadas que levavam ao consultório. – Porém, ela não vai dar as anotações dela para mim... E é ai que você entra. – eu abri a porta para ela e nós entramos.

Nós seguimos para a sala da psiquiatra e ficamos lá esperando ela chegar, Bella sentada na poltrona ao meu lado, lendo os títulos dos livros que tinha na estante da medica, era uma mania que ela tinha, se ela se interessasse pelo nome do livro, ela iria procurar pela sinopse e se gostasse, ela o leria, e provavelmente iria encontrar mais um livro favorito assim. Ela já deveria ter mais de dois mil livros favoritos. Enquanto aguardávamos, meu celular tocou e eu o atendi, fora uma ligação bem rápida.

- Era da pericia. – contei a ela chamando sua atenção ao me sentar novamente ao seu lado, já que eu havia me levantando para atender ao telefone. – Quase acabaram de processar seu quarto, vão dar uma olhada nas portas e janelas para ver como o assassino entrou e ai eles acabam. – contei.

- Eles podem demorar a vontade, não estou a fim de voltar para lá depois que um corpo foi encontrado em minha cama. Quando sair daqui eu devo passar no Hilton para fazer check-in. –

- Eu ate oferecia meu sofá, mas como acabei de descobrir que é uma cleptomaníaca... – brinquei e ela sorriu. – Nem vou mais, a propósito pode desconsiderar a oferta de ontem a noite de ficar com a minha cama. – e ela parou de sorrir. – Foi uma piada. – mas ela não respondeu apenas se levantou e caminhou até a estante atrás de mim. – Pelo menos eu achei divertido. – ela se aproximou da estante sem falar nada. – O que você está fazendo? – ela não respondeu, apenas apontou para um livro grosso na estante da psicóloga com o titulo História do Xadrez Medieval. E eu imediatamente me levantei da cadeira indo até lá, e um pequeno flashback das quatro peças de xadrez, que foram reconhecidas como medievais, passou pela minha cabeça.

Eu ia apanhar o livro e verificar se tinha alguma imagem que batesse com as peças encontradas quando a porta fora aberta, por uma mulher, talvez um pouco mais velha que Bella entrou na sala sorrindo.

- Desculpem, estou levemente atrasada hoje. – ela olhou para Bella. – Você deve ser Isabella. –

- Oi. – disse apertando as mãos e se voltou para mim estendendo a mão.

- E você é? –

- Comandante Edward Cullen. – respondi apertando sua mão. – 5-0. –

- Mas é claro que é... Eu ouvi grandes coisas de você e de sua equipe. – disse sorrindo. – Meu nome é Amanda Gray. Como posso ajuda-los? –

- Queremos fazer algumas perguntas sobre um ex-paciente seu... Detetive Philip Lau. –

- Sim, foi trafico o que aconteceu. – disse passando pelo entre nós dois a caminho de sua mesa. – Por favor, sentem-se. –

- Obrigado. – agradeci e nos aproximamos das cadeiras e eu gentilmente puxei a de Bella para que ela pudesse se sentar, e como agradecimento, ganhei um sorriso. – Nós temos tentado entender sozinhos... – comecei me sentando ao lado de Bella. – Diga-me uma coisa, por favor, detetive Lau discutia algum caso, que ele investigava com você? –

- No começo discutíamos problemas pessoais, principalmente o relacionamento dele com a ex-esposa. – respondeu.

- Detetive Lau trabalhava em três casos de homicídios. – Bella começou ao meu lado. – E não estava saindo do lugar. Ele nunca discutiu esses casos? – ela foi direto ao ponto.

- Eu não me lembro disso, não. –

- Eu não acredito que ele não partilharia essas frustrações com você. – Bella mandou e eu a encarei pedindo para que ela fosse com calma, porém, ela nem desviou os olhos da médica.

- Detetive Lau estava sofrendo com uma separação dolorosa. Isso pode explicar porque ele não fechava os casos. – deu de ombros. – Foi o que causou que ele tirasse a própria vida. – apontou.

- Exceto pelo fato de que ele não se matou. Ele foi assassinado. – e a expressão serena da psicóloga sumiu.

- Exumamos o corpo dele hoje um pouco mais cedo. – comecei. – E confirmamos a teoria da Srº Swan. – era tão difícil e doloroso usar o sobrenome dela de solteira. – De que na verdade, isso não foi um suicídio e sim um homicídio. – e agora que fora direto ao ponto, fora eu. – E isso significa que nós precisaremos ver as suas anotações das sessões. –

- É claro. – ela voltou a sorrir, mas dessa vez um sorriso amarelo. – Consigo te entregar tudo até amanhã de manhã. –

- Ótimo. – disse e após agradecer a visita, saímos do consultório. – Você ainda não joga pôquer, não é? –

- Sabe que nunca gostei ou acreditei em jogos. – Bella sempre teve problemas com o jogo, quase viu a família perder tudo enquanto o pai gastava tudo o que ganhava nas cartas, meu pai volta e meia o ajudou a sair de dividas.

- Então o que você fez? –

- Joguei minhas cartas na mesa e esperei que ela piscasse. –

- Ela não piscou. –

- Mais vai. – garantiu enquanto saiamos da delegacia. – Nós não deveríamos sair daqui sem as anotações. –

- Bella, não é só porque há um livro de xadrez na prateleira do escritório dela... Isso não quer dizer que é uma assassina, ou melhor, a assassina. – apontei. – Você entende isso, não entende? –

- Incrível...  Você sempre quer rebater o que eu digo. –

- Não é verdade... –

- Claro que é. – resmungou parando no meio da calçada. – Quando estávamos casados você fazia isso sempre que eu conversava com você sobre meus casos... E eu sempre estive certa. – lembrou-me. – Por Deus, Edward, você é um policial deveria ler melhor as pessoas. Você conhece esse serviço, quando um homem está em caso, principalmente em um caso difícil e sem solução, ele só pensa nisso. Ele contou a ela. – afirmou convicta. – E isso dobra quando se investiga um assassino em série. – ela falava e eu apenas ouvia. – Tem que entrar na cabeça deles, pensar igual a eles... –

- Eu entendo, ok? –

- Isso vira a sua vida. Às vezes, chaga a ser perigoso quando você se identifica com o monstro que persegue... Não há como... De jeito nenhum, que o detetive Lau tenha ido ver uma psicóloga e só falava sobre a ex-mulher. – e ela ficou me encarando, com os braços cruzados debaixo do peito e batendo a ponta do pé direito no chão.

- Ok. – disse rendido. – Eu vou avisar a minha equipe. Vamos começar com uma amostra de caligrafia, comparar com o recado que achamos no Hank... – apontei me lembrando do primeiro homem que fora desovado no QG, com um bilhete escrito eu fui um menino ruim. – E com a que encontramos na cena do crime do Larsen. – disse me referindo que quando encontramos o Larsen tinha escrito em vermelho de nada na porta.

- E o que eu faço agora? –

- Vai ficar longe disso, até eu te falar o contrário. – ela assentiu muito contrariada.

- Eu aposto toda a minha aposentadoria que ela ligará amanhã cedo dizendo que não achou as anotações. – disse entrando em seu carro e batendo a porta com força e saindo dali e me deixando sozinha. Bella sempre se estressava com facilidade, e eu sempre conseguia estressa-la, era quase que um dom que eu possuía.

Ela se foi e eu entrei no meu carro para ir para a minha casa pegar algumas coisas, eu iria voltar para a casa de Bella e se ela não me expulsasse, iria dormir lá de novo, nem que fosse para dormir no sofá. Cheguei em casa rapidamente e após tomar um banho e trocar de roupa, arrumei algumas roupas dentro de minha mochila e sai de casa trancando tudo, e antes de seguir para Kailua, passei em uma pizzaria e comprei duas pizzas que Bella mais amava, um típico pedido de desculpas meu, que eu torcia todo o caminho para que ainda funcionasse.

Parei o carro em frente a sua casa, e as luzes saiam pela janela e seu carro estava parado do lado de fora da garagem, o que significava que ela estava em casa, e que não havia ido para o Hilton. Peguei minha mochila e as caixas de pizza e sai do carro, acionando o alarme e caminhando até a porta e tocando a campainha. E após tocar pela segunda vez ela abriu a porta, descalça com a camisa mal abotoada e com o cabelo preso em um coque alto.

- É você. – disse encostando-se ao batente da porta.

- Você disse que queria que eu voltasse. – apontei.

- Isso antes de brigarmos no meio da rua. – apontou.

- Me perdoa, mesmo, eu tinha que ter te ouvido no inicio. – admiti. – Aceita minhas desculpas... –

- Depende... Essas pizzas são de que? –

- Calabresa e bacon e frango com muito catupiry. –

- Está perdoado. – disse pegando as caixas de minha mão e me deixando entrar. E mais uma vez a desculpa com a pizza funcionou, fiz mentalmente uma dança da vitoria enquanto colocava minha mochila próxima ao sofá.

- Por um momento achei que tivesse ido para o Hilton. -

- Bom, eles foram embora, e eu achei que seria mais barato colocar trancas em tudo do que pagar um hotel. - respondeu simplesmente.

- Por que está com a camisa abotoada de forma errada? – questionei quando ela se aproximou de mim, após colocar as pizzas em cima da bancada da cozinha.

- Porque eu já estava entrando no banho. – respondeu enquanto eu desabotoava a sua camisa.

- E por que você ia tomar banho? – perguntei desabotoando o ultimo botão e vendo o sutiã preto que envolvia seus seios.

- Porque todo mundo toma banho... –

- Eu sei, mas para que ia tomar banho, se vai suar de novo? – questionei tirando o seu sutiã e abocanhando seu seio direito e ganhando um gemido alto. As mãos de Bella foram para o meu cabelo enquanto eu brincava com seu mamilo rígido. Bella puxou-me pelos cabelos, fazendo com que eu tirasse a boca de seu seio.  – O que foi? – perguntei. Eu tinha feito algo errado ou ela havia se arrependido de ontem e não queria dormir comigo? 


- Vamos para o quarto. – disse simplesmente e eu sorri, ela ainda queria dormir comigo.

Ela tirou as mãos de meus cabelos e segurou-me pela mão guiando-me para o seu quarto, o do andar de baixo mesmo, fez com que eu ficasse em pé rente a cama e abriu minha camisa jogando-a no chão e se ajoelhou no chão abrindo minha calça e abaixando junto com a cueca, libertando meu pau duro e me empurrou devagar, fazendo com que eu deitasse na cama e ela subiu na mesma após tirar meus sapatos e calça. Bem devagar, ela passou as mãos pelos cabelos jogando-os para trás e ficando de quatro na cama, segurou a base do meu pênis e passou a língua por ele.


- Bella... – gemi seu nome baixo e ela sorriu antes de chupar a cabeça de meu pau. Bella chupava a cabeça de meu pau da forma mais lenta que conseguia e mantendo contato visual enquanto isso. Eu não conseguia desviar os olhos dela, não do que ela fazia, mas dos seus próprios olhos, e eu via neles que ela ainda me amava. 



Gentilmente me sentei na cama e tirei sua boca de meu pau fazendo-a mesma se ajoelhar e eu beijei seus lábios vermelhos. O beijo era lento e calmo e eu tentava transmitir nele o tanto que eu havia sentido a falta dela e principalmente o quanto eu ainda a amava. Eu nos virei na cama, deitando-a na mesma e abri o botão e o zíper de sua calça jeans e a puxei, tirando-a junto com a calcinha e ela levantou um pouco o quadril para a calça deslizar por suas pernas com mais facilidade.

Joguei sua calça longe e abri bem as suas pernas, deixando-a totalmente nua e exposta para mim. Devagar e sem querer ir com muita sede ao pote, beijei a parte interna de suas coxas e ia subindo devagar, até, ai sim, chegar a sua buceta vermelha e molhada. Eu passei minha língua por toda a extensão de sua buceta bem devagar, até chegar ao seu clitóris, e quando ela notou que eu não iria aumentar o ritmo ou a força da minha língua, ergueu um pouco o quadril e esfregou sua buceta em meu rosto.

- Calma... – disse sorrindo e puxando bem de leve seus pequenos lábios entre os dentes.

- Por favor... – implorou.



Ela implorava, mas eu não tinha a menor pressa e continuei chupando aquela buceta gostosa devagar. Eu apoiei minhas mãos em suas coxas, impedindo que ela rebolasse mais uma vez seu quadril contra meu rosto. Bella gemia alto, puxando volta e veia os lençóis da cama, devagar e apenas para vê-la delirar, deixei minha língua um pouco mais dura e a penetrei com ela, e foi o que bastou para que ela explodisse em meus lábios e eu bebi todas as gotas, sem desperdiçar nenhuma.



Ao terminar de beber todo o seu gozo, me ajoelhei na cama vendo a bela morena a minha frente e o seu estado. Completamente espalhada na cama, com as pernas abertas revelando uma buceta bem vermelha devido ao meu recente trabalho bem feito ali, o peito subia e descia, fazendo com seus seios subisse e descesse junto em um ritmo rápido enquanto ela tentava acalmar a respiração. Se fosse possível, ela estava mais linda ainda, os lábios entre abertos, por onde ela buscava o ar, os olhos castanhos, como chocolate derretido, brilhavam intensamente, as bochechas coradas. Incrível como esta cena lembrou-me imediatamente da nossa primeira vez a anos atrás, onde quando eu a proporcionei o primeiro orgasmo da vida, mesmo eu não sabendo muito bem o que estava fazendo, eu jurei a mim mesmo que seria o primeiro e único dessa mulher.

- Está olhando o que? – perguntou e eu sorri pairando meu corpo sobre o dela e apoiando meu peso em meus braços apoiados ao lado de sua cabeça.

- De uma promessa que fiz há alguns anos. –

- Isso é hora de se lembrar de sua promessa? – perguntou erguendo uma das sobrancelhas castanhas escuras.

- É que ela envolve você. – contei acariciando sua bochecha ainda corada com as pontas de meus dedos. – Eu prometi a mim mesmo, após ver a sua reação depois de termos transado a primeira vez, que eu seria o primeiro e único homem na sua vida. –

- Ainda dá para você cumprir essa promessa. – respondeu acariciando meu braço com as pontas de seus dedos.

- Depois que nós... Você nunca mais... – ela negou sem nem esperar eu terminar de formular a frase. Sorri amplamente e uni nossos lábios em um beijo avassalador, era tão bom saber que ela não havia dormido com mais homem, que eu era o único a que tinha por completo. Uma de minhas mãos migrou para seus cabelos enquanto as delas, foram para as minhas costas, arranhando-as de leve.



Suas mãos saíram de minhas costas e eu tirei as minhas de seus cabelos, enlaçando meus dedos aos dedos e prendendo-as em cima de sua cabeça, enquanto ela enlaçava suas pernas em minha cintura, causando um leve atrito entre meu pau duro e sua buceta ficava cada vez mais molhada, e sem nunca interromper o beijo que se tornava mais ávido e desesperado. Eu sentia seus pés roçando em meu quadril e para eu preenche-la não seria necessário muito, mas eu queria ir o mais devagar que eu pudesse pouco me importando se o mundo desabasse ou explodisse do lado de fora dessas quatro paredes.


Mas nossos pulmões não queriam permitir que nos beijássemos até o mundo explodir e começaram a implorar por oxigênio e eu soltei seus lábios e suas mãos e ela tirou as pernas de meu quadril. Seu tirar meus olhos de seu rosto, eu fechei minhas mãos em volta de seus seios, os apertando um pouco e passei a língua de seu umbigo até o vão de seus seios, antes de finalmente ataca-los, enquanto ela roçava sua buceta em meu pau.



Deliciei-me com seus seios até não aguentar mais, já que meu pau protestava de tão duro que estava que chegava a doer. Gentilmente a virei na cama, puxando seu quadril para cima, deixando-a de quatro, e para nosso alivio, ajeitei meu pau em sua entrada e entrei devagar, gerando um gemido alto de prazer, satisfação e alivio, já que nenhum de nós dois aguentávamos mais, dos dois. Seus pés estavam apoiados em minhas coxas, enquanto eu a segurava pela cintura, enquanto ela apoiava seu peso em seus joelhos e antebraços, seu cabelo estava todo para frente, deixando suas costas livres enquanto eu investia meu quadril com o dela.


 Diminui o ritmo de minhas investidas, ela abaixou a cabeça quando eu encostei meu peito em suas costas, beijando sua nuca, enquanto minhas mãos saíram de sua cintura e uma ia para o colchão em busca de apoio e a outra para os seus seios, apertando-os levemente.

- Eu te amo tanto. – disse mordendo de leve seu ombro.


- Eu também te amo. – disse em forma de gemido quando eu tirei quase todo o meu pau de dentro dela e voltei com um pouco de força. 

- Repete. – pedi em um fio de voz e ela também sorriu.

- Eu te amo. – repetiu em alto e bom som. – Eu te amo. Sempre te amei. E pelo visto, sempre vou amar. – agora meu sorriso estava mais largo ainda e eu uni nossos lábios. Eu não deixaria mais essa mulher fugir de mim, nunca mais. Passei minhas mãos por baixo de seu corpo a pegando no colo e caindo para trás, encostando as costas na cabeceira. – Agora se não for pedir muito. – começou baixo interrompendo o beijo. – Eu quero gozar. – pediu olhando em meus olhos.

- Com todo o prazer do mundo. –

Levei a mão para o meu pênis e o encaixei em sua entrada novamente, e segurei-a pela cintura fazendo-a sentar em meu pau e gemer com ao me sentir todo dentro dela. Bella apoiou as mãos na cabeceira da cama, enquanto eu a fazia sentar em meu pau, enfiando-o todo dentro dela e saindo, deixando apenas a cabecinha dentro dela. Seu tronco estava um pouco para o lado e eu tinha a bela visão de ver o prazer estampado em seu belo rosto enquanto eu a fazia minha, e eu a via apertar a cama com força.


- Eu estou quase. – gemeu baixo quando sua buceta começou a apertar o meu pau e fazê-la sentar nele se tornou algo mais difícil. 

Eu nos mexi na cama de novo, deitando-a novamente e deixando-a bem aberta para mim, enquanto minhas mãos passeavam pelo seu corpo. Ela ergueu um pouco as pernas, fazendo que eu fosse mais fundo nela. Sua buceta apertava cada vez mais o meu pau e eu sabia que faltava muito pouco para ela chegar lá e dito e feito, precisei investir mais algumas vezes e ela gritou meu nome gozando e abaixando as pernas e sugando o ar pelos lábios abertos.


Isabella deixou os pés retos na cama, deixando o quadril erguido enquanto eu continuava a investir dentro dela, minhas mãos estavam suas coxas, ajudando-a a manter a posição enquanto ela puxava os lençóis da cama. Nossos olhares estavam conectados e ela gemia entre arfadas e eu logo gozei dentro dela. Ela abaixou o quadril e eu deixei meu corpo cair sobre o dela, ainda dentro dela, e apoiando meu peso em meus braços, para não esmaga-la.

  
- Eu quero te pedir uma coisa. – disse quando uma de suas mãos foi para o meu cabelo. – Na verdade é mais um pedido do que outra coisa. –

- O que? – perguntou mexendo em mais cabelos enquanto minha mão trilhava um caminho pela lateral de seu corpo.


- Vem morar comigo e aos poucos vamos reatando nosso casamento. – pedi olhando em seus olhos.

- Quer ir reatando aos poucos, mas já quer que eu vá morar com você? – questionou sorrindo e eu sorri junto do que eu havia acabado de dizer.

- É que eu quero você todos os dias, quero chegar em casa e te encontrar e poder ter você em meus braços, em minha cama... – respondi. – Não aguento mais ficar longe de você. –

- Você estava vivendo tão bem sem saber que eu estava aqui. – comentou.

- Existindo, não vivendo. Não vivi um único dia mais depois que você me deixou. – suspirou deixando sua mão cair da minha cabeça e eu a segurei dando um beijo nela. – Por favor. Eu te amo. –

- Eu também te amo. – respondeu. – Mas é melhor não. Pelo menos não por enquanto. –

- Então quando? –

- Quando pegarmos esse serial killer. Eu juro que depois que esse caso se encerrar, eu vendo esta casa e me mudo com você para qualquer lugar do mundo. –

- Saiba que eu irei cobrar. – apontei abaixando meu rosto e aproximando do dela.

- Pode cobrar. – respondeu antes de eu unir meus lábios ao dela.

O beijo foi calmo, eu não queria nada apressado com ela. Eu confiava plenamente nela, mas uma parte de mim, uma parte de minha mente sentia que quando esse caso acabasse ela iria fugir mias uma vez. Era uma parte pequena de minha mente, mas mesmo assim, era uma parte muito incomoda.

Quando o ar se fez necessário, interrompemos o beijo e eu enchi seu rosto com os mais sinceros e singelos beijos que eu poderia dar. E igual à noite anterior, sai da cama com ela no colo para irmos tomar um banho e depois comer algo e descansar. O dia havia sido muito cheio, para ambos.

Muitos achavam estranho esse meu lado carinho, gentil e romântico, principalmente após eu ter passado pelos mais diversos tipos de treinamentos e até algumas torturas, mas esse meu lado não aflorava com qualquer um, era apenas com ela. Sempre fora apenas com ela. Ela sempre conseguia despertar o lado bom dentro de mim, mesmo eu tendo coisas inimagináveis para uns e imperdoáveis para outros, mas ela não ligava. No fundo ela sabia que o que eu fazia era para deixar esse mundo mais seguro para ela e nunca me deixei corromper com as atitudes que eu precisei tomar.

A marinha, os fuzileiros e por último os seals, haviam sido grandes fases de minha vida profissional, em momento algum eu me arrependia por ter entrado neles e por ter ficado lá por mais de dez anos. Se você não tivesse uma cabeça boa, tudo aquilo iria destruir você. Graças a Deus eu tinha Bella, mesmo nos falando muito pouco enquanto eu estava de serviço, nós trocávamos cartas com muita frequência e quando eu voltava só a queria em meus braços e esquecer-me de tudo que eu havia visto e vivido. Infelizmente muitos não tinham suas Bellas e acabavam sem ter um porto seguro, um motivo para manter sua sanidade e o pior acontecia. Graças a Deus, eu tinha a minha Bella, meu porto seguro e minha sanidade.

Nós tomamos banho devagar, se tinha uma coisa que eu havia me apaixonado perdidamente era em tomar banho com ela. Obviamente que um dos grandes motivos era que eu poderia acariciar sua pele macia e levemente me aproveitar um pouco dela, usando o pretexto do banho. Ela sabia que eu adorava para poder me aproveitar dela e ela pouco ligava, já que fazia o mesmo comigo. E hoje não foi diferente, eu não a fiz minha dentro do banheiro, mas a fiz gozar em meus dedos enquanto a masturbava, e eu gozei em sua mão enquanto ela me masturbava.

Ao terminar o banho, coloquei as pizzas no forno, apenas para esquenta-las fomos para o sofá, eu apenas com a calça de moletom que havia trazido, sem cueca, e ela apenas com minha camisa e mais uma vez, durante o beijo ela esfregava meu pau, deixando-o duro por cima da calça. A pizza ficou pronta e antes que ela queimasse, tive que interrompê-la, e eu fiquei completamente duro, algo que havia ficado completamente evidente através da calça, e o que fez Bella sorrir, como se tivesse feito um ótimo trabalho, mal ela sabe, que ela não precisa de muito para me deixar duro.

(...)

Acordei no dia seguinte sentindo alguns beijos sendo distribuídos pelo meu peito, minha calça foi abaixada e eu abri um dos olhos, não querendo interrompê-la. Bella não me olhava, estava mais preocupada em se livrar de minha calça sem que eu acordasse. Ela conseguiu se livrar de minha calça e pegou meu pênis, semiereto e olhando atentamente para o que fazia, e eu, com os dois olhos abertos, olhava atentamente para o que ela fazia. Bella começou me masturbando com a mão e não demorou muito até que ele ficasse completamente duro e eu me segurei para não gemer.

Bella levou-o a boca e começou a sugar a cabeça de meu pau com vontade enquanto continuava a masturba-lo com uma das mãos, sem aguentar mais, soltei um gemido alto e ela levantou a cabeça sorrindo, e após uma leve piscadela, voltou sua atenção ao meu pau, sugando-o com vontade como se fosse o melhor pirulito do mundo.


Não demorou muito e ela levantou os olhos e passou a me encarar enquanto me chupava e sugando o liquido pré-gozo que já ameaçava sair. Ela continuou a sugar a cabecinha e dessa vez a massagear as minhas bolas, até que sem aguentar mais, me aliviei em sua boca e ela engoliu tudo e ainda passou a língua mais uma vez pelo meu pau, limpando-o.


- Bom dia. – disse calmamente deixando meu pau, já semiereto de novo, cair de sua mão, enquanto passava o polegar pelos lábios, limpando o resto do gozo e chupando o mesmo.

- Ótimo dia. – disse com a voz rouca.

- Lembra-se de quando um acordava o outro assim? – perguntou me olhando provocativamente. Ela ainda usava minha camisa, que estava com a maioria dos botões abertos, revelando seus seios não muito fartos, e sua bunda redonda, já que a camisa estava levemente erguida até a sua cintura. Ela estava deitada de bruços na cama, apoiada nos cotovelos e com as pernas para o alto, balando no ar.

- Claro que eu me lembro... Sexo logo de manhã, não tinha como acordar de mal humor. – comentei e ela sorriu. – O que me lembra... Quer brincar um pouquinho é meu amor? – perguntei me sentando na cama e beijando seus lábios e abrindo o resto dos botões. – Vem, senta aqui em meu rosto que eu quero chupar você. – pediu e voltei a deitar na cama, quando ela tirou a camisa, ficando nua e ela veio para cima de mim.

Ela colocou as pernas, uma de cada lado da minha cabeça, ficando de quatro em cima de meu rosto, e eu a segurei pelas coxas e passei a língua por toda a extensão de sua buceta molhada. Eu sugava, lambia e dava leves mordidas em seus lábios inferiores e clitóris, puxando-os entre os dentes. Eu ouvia-a gemer alto e rebolar contra minha boca, em busca de mais atrito, suguei com um pouco de força seu clitóris e ela gozou em meus lábios gemendo meu nome alto.

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Eu saí de baixo dela e ela deitou o corpo na cama, se recuperando do recente orgasmo e eu não a deixei descansar e nem encostar o quadril no colchão. Seu rosto estava encostado no travesseiro e seu cabelo todo para frente deixando suas costas completamente descobertas. Eu beijei toda a extensão de suas costas, distribuindo algumas mordidas por elas até chegar ao seu pescoço. Eu sentia minha ereção tocar na buceta melada de Bella, nem parecia que havíamos acabado de gozar um na boca do outro.


Tirei minha boca de suas costas apenas para poder ajeitar meu pênis em sua entrada e a penetrava, comecei a investir devagar, mas ao ouvir seus gemidos implorando por mais, eu não tive como não atendê-los e passar a me movimentar mais rápido. Ela puxava os lençóis com força conforme minhas investidas ficavam mais rápidas e seus gemidos mais altos, minha boca devorava seu pescoço e se eu não tomasse cuidado iria acabar deixando marcas ali, mas todo o cuidado que eu tive esses dois últimos dias foram por água a baixo, eu sentia falta do bom e puro sexo com ela e ela também.



Antes que deixasse seu pescoço completamente roxo de tantos chupões, eu tirei minha boca dali e apoiei-as no colchão, buscando apoio para investir meu quadril mais rápido contra o dela. ela levou uma mão para a minha coxa apertando com força enquanto sua buceta começa a apertar o meu pau, impossibilitando que eu fosse mais rápido dentro dela.

- Oh Edward. – ela gemeu alto com os olhos fechados e fincando as unhas em minha coxa.

- Vem meu amor. – disse em seu ouvido e mordendo o lóbulo de sua orelha. – Goza para mim. – pedi tirando todo o meu pênis de dentro dela e voltando com força e ela gritou meu nome enquanto gozava. Investir mais algumas vezes dentro dela até me derramar e saindo de dentro dela, vendo meu gozo escorrer por suas dobras, cai na cama ao seu lado e sem fôlego.



(...)

Algum tempo já havia se passado desde a ultima transa, eu havia recebido uma mensagem, precisava ir urgentemente falar com o governador. Eu só esperava que Jacob não tivesse ido abrir a boca para ele sobre Bella ser minha ex-esposa e de estarmos juntos, melhor, quase juntos de novo. Eu não queria pensar o que ele iria fazer, já que o caso ainda não havia sido encerrado e ela ainda estava meio que trabalhando comigo.

Bella havia simplesmente colocado uma camisola e ficado na cama e me encarando enquanto eu me vestia, após um banho rápido. Eu me sentia sendo comido pelos seus olhos castanhos e confirmei isso ao olhar para ela enquanto abotoava a camisa e via seu sorriso malicioso. Terminei de me vestir e subi rapidamente na cama desfeita e lhe dei um beijo rápido.

- Não vai mesmo tomar café? – perguntou. – O dia começou agitado. – comentou colocando as mãos em meus ombros.

- Eu tenho que correr até o gabinete do governador. Mas tentarei voltar o mais rápido possível e talvez dê tempo para almoçarmos juntos. Ok? – assentiu sorrindo, quando meu telefone começou a tocar. – Cullen? – disse atendendo ao telefone.

- Comandante Cullen, aqui é a doutora Amanda Gray. –

- Ah sim... Encontrou as anotações sobre o detetive Lau? – Bella que estava mais preocupada em ajeitar a gola de minha camisa, passou a prestar atenção à conversa.

- Sinto muito, comandante, mas não. Ainda não encontrei, não estão em minha casa, irei agora mesmo ao consultório e caso encontre aviso ao senhor. –

- Tudo bem, mas tente não demorar, preciso delas. –

- Claro. – e ela desligou o telefone.

- Eu sabia... Eu sabia... E eu... – a interrompi com um beijo.

- Não pense nisso. Irei falar com o governador e saindo de lá irei ao tribunal tentar buscar uma ordem para revirar a casa e o consultório dela, não se preocupe. – garanti e ela bufou.  – Agora, mocinha, vá tomar um banho e tomar café, eu vejo você depois. – lhe dei um beijo rápido nela e sai da cama, prendendo minha pistola no coldre em minha cintura.

(...)

Não, graças a Deus o motivo de o governador querer falar comigo não era sobre eu estar me envolvendo com Bella. De certa forma a envolvia já que ele queria uma atualização sobre o caso, os turistas estavam ficando preocupada e a mídia fazendo um grande escarcéu sobre um assassino em serie na ilha. Ele queria soluções e eu queria encerrar logo com isso.

Ao deixar o gabinete do governador passei no tribunal, mas eles insistiam que o caso contra a psicóloga era superficial demais para conseguir um mandato, a menos que eu arrumasse provas mais concretas. Estava voltando para casa de Bella, para leva-la para almoçar quando ela me ligou.

- Estou chegando a sua casa, se apronta para sairmos. –

- É ela. – disse simplesmente do outro lado da linha. – Eu te falei, nós a pegamos. –

- Do que você está falando? –

- Da doutora Gray. – disse simplesmente. – Eu estou na casa dela. –

- Você o que? – disse sem acreditar. – Sai daí agora, você tem que sair daí agora. –

- Ela tem três arquivos dos assassinos que matou. – ela disse me ignorando. – E mais dois que não sabemos. Há uma razão de aquele livro estar no escritório dela. –

- Pare e me escute. – mandei. – Você invadiu a casa dela. Toda essa evidência já era. –

- Eu não sou mais policial, lembra? Venha e me prenda por invasão, e diz que aconteceu de você tropeçar nessas coisas. – disse.

- Nós precisamos mais do que arquivos. E você sabe disso. – lembrei-a.

- E que tal um tabuleiro do século XI com sete peças faltando? – sugeriu.

- Espera... Sete? –

- Recebemos quatro peões e um cavalo. O rei e a rainha também sumiram. –

- Estou indo para ai. – disse ligando a sirene e fazendo uma curva brusca para voltar para Kahala, onde a psicóloga morava.

Em dez minutos eu havia chegado à casa da psicóloga e encontrando o carro de Bella estacionando do outro lado da rua. Entrei na casa, ouvindo tudo no maior silêncio. Andei quase que todo o quintal até encontrar uma porta de vidro de correr que estava aberta, e entrei na casa.

- Bella... Bella... – a chamei duas vezes e nada.

Estava tudo muito silencioso, era para ela estar me esperando ali, seu carro estava do lado de fora. Saquei a arma do coldre a engatilhando e segui pelo corredor branco da sala de jantar. A cozinha, a sala de jantar estava vazia, assim como a sala de estar, estava tudo vazio... Ou não... Encontrei o celular de Bella jogado no chão, em cima do tapete do pequeno escritório da psiquiatra. Agachei-me no chão para pegar o telefone e apertei o botão para desbloquear a tela, não era nenhuma surpresa que o plano de fundo era uma foto de Bella e Sienna, a minha surpresa, era encontrar vestígios de sangue na tela, e antes mesmo que pudesse fazer algo, sentir uma coisa pontuda e afiada ser enfiada em meu ombro fundo e com força, fazendo-me cair com o rosto no chão.

(...)

Eu havia desmaiado devido o ferimento e só voltei a mim ao sentir uma dor absurda ao sentir o objeto que me perfurou saindo de minhas costas. Eu me encontrei deitado de lado no chão frio e branco, com as mãos e pés presos com fita adesiva, bem apertada e com Bella deitada de bruços, a minha frente, com as mãos e pés também presos e com a camisa manchada de sangue nas costas, e provavelmente algum fio estava passando pela sua cabeça, já que seus olhos estavam marejados. Ao fundo, a psicóloga Gray, tirava grossas luvas azuis e lavava uma faca longa e manchada de sangue.

- Como você fez aqueles homens matarem por você? – questionei baixo. – Det. Lau os investigava como suspeitos por três homicídios, mas eu quero saber como... – eu falava tentando controlar a dor em minhas costas. – Como você os convenceu a matar por você. – ela não respondeu e continuou a limpeza da faca. – Os ameaçou? Foi isso? Fez um acordo? Trocou seu silêncio por sangue? – ela continuava a não responder enquanto lavava as mãos. – Serviram ao propósito e você se livrou deles. Você é bem esperta, Dra. Gray, eu tenho que admitir. – Mas acho que você não pensou direito... –

- Pensei sim, acredite. – respondeu finalmente.

- É o seguinte. – eu a via limpando as gotas de água da pia com uma toalha branca. – Seus crimes, o seu negócio é matar bandidos. Assassinos em série... Mas matar policiais... Não pegarão leve com isso... –

- Você está me dizendo que não deveria matar vocês? –

- Exatamente o que eu estou dizendo. –

- Okay. Eu não vou matar vocês... – disse por fim. E Bella levantou a cabeça me encarando.

- Ela não entrará na sua lógica. – disse baixo e com a voz fraca, provavelmente devido à perda de sangue. – Ela não raciocina assim. –

- Não tem nada a ver com lógica. – a mulher disse interrompendo Bella. – O jogo ainda não acabou. –

- Isso mesmo. Não até que você tenha o rei e a rainha, certo? – perguntei enquanto ela abria uma das gavetas debaixo da pia. – Por que você não me conta, Dra., quem é o rei e a rainha? – questionei ao vê-la caminhando elegantemente na nossa direção com um amaciador de carnes de madeira em mãos. Mas meus olhos foram desviados para Bella, a minha frente que fechou os olhos tombando a cabeça no chão. – Bella... – a chamei e ela não se mexeu. – Bella, fique acordada. Não desmaie. – pedi. Eu ouvi barulhos de saltos próximos a minha cabeça e levantei o rosto de Bella para o som e só senti uma porrada forte em meu rosto.

- Você gosta de tudo perfeito, não é? – ouvi a voz de Bella enquanto eu tentava não desmaiar devido à perda de sangue e ao soco forte no rosto. Junto a sua voz eu ouvia gemidos de dor, provavelmente ela tentava se mexer.

- Quem não gosta? –

- Sim, mas você é super controladora! Olhe essa casa! Parece um museu. Você não consegue parar de limpar mesmo quando tudo está limpo. Todo mundo tem um pouco de TOC, mas você passa muitos dos limites. – Bella ia falando normalmente e mais uma vez, minha mente captou o som de saltos.

- Você acha que me conhece? – e o próximo som foi o de uma cadeira sendo puxada.

- Na verdade, eu acho. – Bella respondeu. – Acho que você... Que você teve uma infância difícil... Um de seus pais era bipolar e o outro era completamente submisso. – ela ia tentando entrar na mente da mulher. – Apavorado! O que também te deixou apavorada, não foi? Sim! – e mais um gemido de dor. – Eu acho que foi o seu pai. – Eu acho que ele é aquele que te ensinou xadrez... No seu quarto... Com a porta trancada... Mas ele nunca deixou você ganhar. Ele simplesmente não conseguia perder esse controle. E isso foi uma das razões para você odiar o jogo. Mas não foi a única razão, não é? – uma pequena pausa. – Porque você não jogou apenas xadrez... Não é? –

- A perfiladora trabalhando... – e uma bufada nasal sarcástica preencheu o ambiente. – Eventos psicologicamente traumáticos são apresentados nos que sofrem de TOC, é verdade. Especialmente aqueles com obsessões de contaminação e compulsões de limpeza. É chamada de desordem comórbida de tensão pós-traumática. –

- E alguma vez você pensou em buscar ajuda? Para poder lidar com isso? –

- Eu estou lidando com isso. – e a risada sarcástica de Bella fez com que eu abrisse os olhos e vi seu corpo cobria meu rosto da visão de Amanda.

- É mesmo? Massacrando os assassinos e deixando lembranças e anotações na cena do crime? É como está lidando com isso? – eu podia ver as costas de Bella, ela estava sentada, com um dos ombros encostados na parede e a mancha de sangue em sua camisa só aumentava.

- E você, Isabella? Como você lida com isso? – e Bella parou de rir. – Você sabe do que estou falando, não sabe? Sienna, sua filha... – ela fez uma pausa rápida. – Melhor, filha de vocês dois. Você foi para o Quântico, deixou-a em casa sozinha com a babá... Marido de serviço na Líbia... Os dois colocaram a profissão a cima da filha e ela acaba morta nas mãos de um assassino em série.  Acho que ela não vivia nos altos padrões dos pais não é? – ela sorriu sarcasticamente. – Ela ainda estaria viva se a mãe, controladora, não a tivesse deixado em casa sozinha. E nem se o pai, submisso a mãe, não tivesse deixando a esposa e a filha em casa para ir para a guerra... Mas, sabe como é... Os pais sempre ganham. –

- Cale-se. – Bella rosnou para ela.

- A pequena princesa dos dois só queria atenção dos pais, e em troca, ganhou as mãos frias de um serial killer em seu pescoço após alguns abusos não? Não é mamãe? – ironizou ela na mamãe.

- Eu falei para se calar. – Bella gritou com ela e eu podia ouvir a dor e o choro em sua voz.

- Nunca faça jogos psicológicos com uma psiquiatra, senhora Swan. – Amanda ouviu um barulho do lado de fora da casa e se levantou indo até lá.

- Edward... – Bella me chamou baixo e com um pouco de cuidado eu levantei a cabeça. – Deus! – disse vendo um casal parado do lado de fora, a beira da piscina cumprimentando Amanda. – Edward... São Donald e Mallory Witten. O FBI está à procura deles há mais de dez anos. – ela disse me encarando com os olhos marejados.

- São o rei e a rainha. – apontei o obvio.

- Sim! –

- Lembram-se quando eu disse que não iria matar vocês? – Amanda perguntou voltando para dentro de casa. – Eu não vou... Eles vão. – ela saiu e o casal entrou na cozinha, nos olhando com sorrisos assustadores na face.

Nós dois fomos arrastados até a parte dos fundos da casa e jogados dentro de uma van verde musgo, os dois sentaram-se no banco da frente e seguiram viagem. Eu não conseguia descobrir para onde estávamos indo, mas não era estrada asfaltada, pelo menos no final do caminho, sempre que eles passavam por um buraco, a van balançava e doía na ferida que batia na lataria.

- Vocês sabem o que ela está fazendo, não sabem? – questionei quando a mulher me encarou. – Dra. Gray está armando para vocês... Vocês vão nos matar e ela matará vocês... –

- Eu pararia de falar se você fosse. – o homem que dirigia sugeriu.

- Não, eu quero ouvir isso, é divertido. – a mulher interrompeu o marido.

- Nós mantivemos isso fora dos noticiários, para evitar qualquer tipo de pânico generalizado. Mas a Dr. Gray já matou outras três pessoas assim como vocês. –

- Como nós? – a mulher perguntou divertida.

- Ela usa pessoas para matar por ela, e depois, uma vez que eles serviram o propósito, ela os enterra. –

- Nós não estamos fazendo isso pela Dra. Gray, comandante. – o homem respondeu.

- Você parece confuso... Talvez devesse perguntar a sua esposa... Quer dizer... Ex-Esposa. – e eu a encarei.

- É por minha causa. – respondeu ela baixo ainda chorando.

- Diga-lhe o porquê. Ande não esconda nada de seu ex-marido. –

- Eu... Eu prendi Donald há anos. – ela respondeu. – Mallory o ajudou a fugir. –

- Nós temos procurado uma oportunidade para nos reconectar. – o tal de Donald interrompeu Bella.

- Eu sinto muito sobre a sua filha, Isabella... – e Bella escondeu o rosto nas mãos. – Sabe, o nosso primeiro pensamento era passar um tempo com ela, mas o maldito Joshua Sears não ganhou de nós nisso... – e eu encarei a mulher... Joshua Sears era o maldito que matou minha filha, esses dois estavam envolvidos nisso. – Mas nós temos algo muito especial para vocês dois...  Comandante, você sabia que sua ex-esposa tem uma fobia de afogamento? Imagina isso, e ela foi casada por anos com um marinheiro. Uma mulher que passou a vida inteira caçando monstros tem medo de um pouco de água. –  claro que eu sabia que Bella tinha fobia de afogamento, eu sabia o motivo e fora eu que a salvou de se afogar quando essa fobia surgiu.

A van continuava o percurso por uma estrada de terra, chacoalhando muito, Bella escondia o rosto nas mãos chorando, devagar eu me aproximei dela, deixando meu rosto bem próximo ao dela.

- Bella, não chora. – pedi baixo apenas para que ela me ouvisse.

- Isso tudo é culpa minha... No final tudo é culpa minha. –

- Não é não. –

- Me perdoe por ter te envolvido nisso de novo. Foi por isso que eu me afastei de você, porque eu sabia que esse dia iria chegar. – disse.

- Para com isso. –

- Se nós não sairmos dessa, uma coisa que estou quase cem por cento certa de que não sairemos... Lembre-se que eu te amo e me perdoe por isso e pelo que aconteceu com a Siena. – disse quando a van parou.

- Você não tem culpa de nada, para de repetir isso, pare de chorar porque nós vamos sair daqui vivos. – disse quando a porta fora aberta. Mallory tinha uma arma apontada para mim e Donald se aproximou com um canivete e cortou a fita em meus pés e apontou para que eu saísse do carro.

- Vamos dar um passeio. – ele disse quando eu me pus de pé ao seu lado quando Mallory lhe passou a pistola. Olhei para Bella mais uma vez, que havia se meio que se sentado no chão da van. Eu te amo e sempre amei mexeu os lábios para mim antes que Mallory fechasse as portas.

Eu sabia onde estávamos eu ouvia e sentia o cheiro do mar, estávamos perto de Makapu’u. Donald foi me empurrando até a ponta do penhasco enquanto Mallory ia guiando o caminho. Nós estávamos bem perto do penhasco, Mallory estava distraída, talvez eu tivesse a chance de nos salvar. Bati com as mãos fechadas sobre o pulso de Donald, fazendo-o derrubar a arma para longe e o empurrei com o ombro, e antes que pudesse correr até a arma, Mallory já a tinha em mãos, dando-me uma coronhada e apontando a arma destravada para mim.

- Por favor, não faça isso de novo. Não piore as coisas para você e sua esposa. – eles me levaram até a parte mais distante do penhasco, onde havia um buraco, o mar estava revolto e a maré alta, as ondas chocavam-se com as pedras e enchia o buraco molhando tudo em volta. Ao chegar próximo à ponta, olhei para baixo, era bem fundo e escuro, e provavelmente a única saída seria subindo.

Com um único empurrão eles me empurraram para dentro do buraco e minhas costas foram descendo e raspando na pedra molhada e ligeiramente pontuda até que eu caísse na água fria e salgada, fazendo o ferimento em minhas costas, causados pela faca, e em minha cabeça, causado pela coronhada, ardesse mais que o inferno. A pequena gruta estava completamente cheia e conforme a maré ia subindo cada vez mais, ela ia ficando completamente coberta de água.

Encontrei uma pedra afiada e tratei de me livrar da fita em meus pulsos, eu precisei esfregar bastante e com força para finalmente poder me soltar daquela fita, mas por fim, minhas mãos estavam livres. Ouvi um grito agudo e logo em seguida algo se chocando contra a água. Eles haviam jogado Bella também, e eu tratei de nadar o mais depressa para perto dela, ela não sabia nadar e tinha pavor de água.

Bella se debatia enquanto seu corpo afundava e eu a peguei pela cintura a puxando para a superfície e levando-a para perto da pedra afiada para livrar seus pulsos da fita adesiva. Eu podia ver o pânico estampado em seus olhos e eu a segurei bem firme contra meu corpo, para impedir que ela se afastasse meio milímetro de mim.

- Calma. Eu peguei você. – garanti. – Dê-me suas mãos. – ela ergueu as mãos e eu esfreguei a fita adesiva na pedra, liberando suas mãos, e ela imediatamente me abraçou forte, eu circundei sua cintura com uma das mãos e com a outra me apoiei na pedra, ela estava tão agitada e em pânico que estava quase nos afundando. – Está tudo bem, eu estou aqui, não se preocupe. – tentei acalma-la. – Escute-me. Olhe para mim. – pedi tirando sua cabeça de meu ombro. – Tem que haver um jeito de sair daqui, está bem? – ela assentia freneticamente. – Temos que achar um jeito de sair daqui. Ouvi o barulho de água forte e virei para trás vendo que mais água ia cair aqui dentro. – Se agarre em mim e não solte. – mandei quando a água forte que entrou chocou-se com que já estava ali, criando uma onda e nos acertando.

Faltava muito pouco para o buraco ficar completamente cheio e por meia fração de segundos o corpo de Bella se afastou do meu, porém eu a encontrei rapidamente enquanto ela tentava se agarrar as pedras molhadas e escorregadias, tentando não afundar.

- Bella, calma, eu estou aqui. – disse segurando-a pela cintura de novo. – Calma. – e ela se agarrou mais uma vez em meu pescoço desesperada. – Escute-me, a maré vai continuar subindo, está bem? Você tem que ficar comigo, você entendeu? –

- Eu não... Eu não consigo... – ela falava desesperada.

- Fica comigo. – disse firme. – Isabella, eu te peguei. Segure-se em mim. Eu estou com você e não vou te soltar, eu nunca vou te soltar. – garanti. Ela buscava o ar pela boca desesperada, como se sentisse falta de ar. – Olhe para mim... Olhe para mim... Você está bem. Acabou. – disse passando a mão pelo seu rosto molhado. – Respira devagar e fundo. – pedi tirando a cabeça dela de perto da água, que batia em seus lábios. Ela respirou fundo. – Você está bem? Tudo bem? – questionei e ela assentiu ainda assustada. – Eu vou nos tirar daqui. –

- Ok. – disse respirando fundo de novo.

- Eu vou procurar um jeito de sair daqui, não saia daqui, não solte essa pedra e inala e exala por cinco segundos para se acalmar. – pedi.

- Está bem. –

- Eu vou mergulhar, mas eu volto e volto bem rápido. – garanti. – Tudo bem?  Você não vai a lugar nenhum, certo? – perguntei, eu falava calmamente para tentar acalma-la e pelo visto estava dando certo.

- Eu acho que não vou a lugar nenhum. – disse com os dentes batendo um pouco devido o frio. – Edward. – ela me chamou quando eu fui para trás dela e ela se virou.

- Fica aqui. –

- Me perdoa. –

- Não faça isso. – pedi. – Compense-me quando sairmos daqui, está bem? –

- Ok. – eu lhe dei um beijo nos lábios frios e mergulhei.

Eu havia mergulhado em busca de saída e a única coisa que eu achei eram pedras, as quais eram impossíveis de serem removidas, como eu pensara a única saída era por cima, pelo menos, para a minha sorte, eu encontrei uma alga enorme e dura no meio das pernas, ela teria que me servir para algo. Eu a puxei com força, para soltá-la e voltei para cima com ela amarrada na cintura o mais rápido que consegui... Porém, sem encontrar a Bella onde eu a havia deixado.

- Bella? Bella? – gritei duas vezes e nada. Enchi meus pulmões de oxigênio de novo e mergulhei, eu a encontrei bem rapidamente, ela boiava, desmaiada, com o rosto para debaixo um pouco afastada de onde eu havia deixado. Merda. Pensei comigo mesmo enquanto a levava para cima de novo. – Bella, pelo amor de Deus, não faz isso comigo. – pedi desesperado antes de colocar minha boca na dela, tampar seu nariz e jogar uma lufada de ar para dentro. Nada. – Vamos Bella, pelo amor de Deus, você não pode me deixar. – Foi preciso mais duas vezes, até ela acordar tossindo e cuspindo a água. – Calma, eu estou aqui! Estou contigo! – garanti. Eu a segurava firme e tentava acalma-la enquanto ela tossia tentando tirar a água dos pulmões. Demorou alguns minutos até ela parar de tossir e se acalmar e eu a levei até a boca da pequena caverna, eu amarrei bem firme a longa tira de alga em nossas cinturas. – Ok, presta atenção, eu vou subir e quando chegar ao topo, eu te ajudo a subir, certo? –

- Okay. –

- Nesse meio tempo haverá uma ondulação. Eu preciso que se apoie na borda e segure a respiração. Ok? Aguente firme, entendeu? –

- Sim. –

Eu dei mais um beijo em seus lábios e deixando-a agarrada a pedra, e comecei a tentar subir aquelas pedras molhadas e escorregadias. Elas não eram completamente lisas, havia pequenos buracos para apoiar os pés, mas mesmo assim a água a deixava completamente escorregadia. Eu mal havia subido dois centímetros quando outra ondulação veio, eu consegui aparar boa parte da água com o corpo, e quando a água cessou eu voltei a escalar as pedras. Demorou um pouco, mas eu havia conseguido chegar ao topo e no fundo, por cima do barulho do oceano, eu ouvia o som de sirenes.

- Venha Bella, apenas se apoie nas pedras que eu te puxo. – gritei para ela e ela veio para debaixo do buraco. Bella não era pesada, mas a alga estava bem molhada, e eu tinha que me concentrar em puxa-la, não acabar caindo, ter cuidado para a alga não arrebentar e principalmente, tira-la de lá antes que outra ondulação viesse. 

Enquanto eu puxava Bella para fora do buraco eu ouvia um tiroteio a poucos metros de mim, mas primeiro, eu tinha que tira-la daqui. No momento ela era a prioridade. Finalmente, depois de mais tempo que eu havia demorado a subir, eu consegui tira-la lá de dentro, antes de outra ondulação chegar. Seus pés descalços estavam um pouco vermelhos devido ao esforço para subir, e quando fui toca-los para ver se ela não havia os machucados, notei que eles estavam completamente frios.

- Viu, você está bem... – disse a ela enquanto via seus lábios ficando azulados. – Vamos sair daqui. – disse a pondo de pé e soltando a alga de sua cintura. O tiroteio havia cessado, eu passei a mão pela cintura de Bella, para que ela apoiasse seu peso em mim e a guiei para bem longe do precipício.

- Edward! - ouvi Emmett gritando. Era ele e Ângela quem havia nos achado e vieram correndo na nossa direção. – Vocês estão bem? – perguntou.

- Sim, vamos ficar bem. – garanti. Ângela tentou pegar a mão de Bella, mas eu a impedi e a deixei bem rente ao corpo.

- Venha, vamos buscar roupas secas para os dois. – disse e nós deixamos a área do precipício. – Estamos com Edward e Isabella. Eles estão bem. – Emmett falou, provavelmente alguém, talvez Jasper e Jacob, estavam o ouvindo em algum lugar, possivelmente no QG.

Os corpos de Donald e Mallory estavam estirados no chão atrás de sua van, mortos. Ângela pediu uma ambulância e Emmett pegou um cobertor no porta malas de seu carro e eu encostei Bella em uma pedra e coloquei o cobertor em seus ombros. Ela abraçava seu corpo que tremia e eu tentaria aquecê-la ao máximo que podia. Eu coloquei o cobertor por sobre seus ombros e ela abriu um dos braços e quando eu não me mexi, ela me puxou para debaixo dele, colocando a ponta do cobertor em meu ombro e circundando minha cintura com sua mão e apoiando a cabeça em meu braço.

- Você está bem? –

- Sim. – respondeu me encarando. – Você salvou minha vida. De novo. –

- Eu disse que te tiraria de lá. – Ela sorriu para mim e eu saí de dentro do cobertor e segurei seu rosto com minhas mãos. – Agora, permita-me esquentar seus lábios. – disse e uni meus lábios aos dela, pouco me importando para o fato de Emmett e Ângela estarem vendo, eu só me importava com a mulher a minha frente, com os lábios congelantes e com um leve tom salgado devido a água do mar.

A ambulância não demorou muito para chegar e nós seguimos para o hospital, o corte em nossas costas não era tão feio quanto imaginávamos e após os curativos, fomos liberados. Seguimos para a casa da Bella, onde eu a fiz tomar um banho bem quente, colocar uma roupa quente e a cobri bem enquanto fazia café para que ela pudesse se aquecer.

Ela não havia dormido quase nada a noite anterior, e na manhã seguinte, mal o sol nasceu e Jasper me ligou, haviam achado nossos carros. Deixei Bella em casa, com uma escolta da policia do lado de fora, já que ninguém havia encontrado a Dra. Gray ainda e segui para o endereço indicado por Jasper. A minha picape e o carro de Bella estavam completamente queimados, porém, provavelmente os seguros iriam cobrir.

Ninguém sabia para onde Amanda Gray havia ido, mas infelizmente eu sentia que ela havia fugido e que nós nunca iríamos encontra-la novamente. E eu detestava a sensação de ter que ir para a casa de Bella e lhe falar isso. Simplesmente detestava. O reboque levou os carros e eu fiquei de acionar o seguro, faria isso mais tarde e voltei para casa de Bella. Eu havia pegando sua chave antes de sair e simplesmente entrei encontrando a casa escura e deserta. Aproximei-me pé ante pé do quarto e ela estava lá, deitada na cama, como eu havia deixado, mas dessa vez, ela dormia tranquilamente, e eu me aproximei da cama, me sentando ao seu lado com cuidado para não acorda-la.

- Bella. – a chamei baixo, dando um beijo em seu pescoço e a fazendo se remexer na cama. – Acorda, amor. –

- Que foi? – perguntou com a voz ligeiramente grogue e eu levei as mãos a sua testa. Ela não estava quente e nem fria demais, temperatura normal.

- Como se sente? –

- Do mesmo jeito que estava quando saiu... – respondeu se virando na cama, ficando de barriga para cima e me encarando.

- Acharam nossos carros... – contei. – Amanda ateou fogo nos dois, mas acredito que tenha como o seguro cobrir, eu preciso dos seus dados do seguro, para aciona-lo. –

- Estão na gaveta embaixo da televisão em uma pasta roxa. – respondeu e eu curvei meu corpo sobre o dela e lhe dei um beijo rápido.

- Quer ir ao médico? – negou.

- Cadê Amanda? – suspirei.

- Não sei. Sinto e acho que ela fugiu da ilha... Mas não se preocupe, não vamos sossegar enquanto não a encontrarmos... Já avisamos ao FBI e a Interpol, em qualquer lugar do mundo que ela estiver, nós vamos encontra-la. – garanti, só não sabia se era mais para mim ou para ela. – Não se preocupe, mais cedo ou mais tarde, eu vou acha-la. É uma promessa. –

- Eu sei. – ela sorriu de lado e eu lhe dei um beijo rápido de novo.  – Eu te amo. – disse entre o beijo e eu sorri.

- Eu te amo. – repeti e ela interrompeu o beijo, se virando de lado na cama.

- Deita aqui comigo. – pediu.

- Sempre. – tirei minha calça jeans e meus sapatos, para ficar mais confortável e me aninhei próximo ao seu corpo, circundando sua cintura com meu braço e ela aninhou-se contra meu peito.

Dei um beijo em sua nuca enquanto a sentia entrelaçar seus dedos aos da minha mão que estava apoiada em sua barriga, e em pouco tempo ela estava ressoando tranquila em meus braços, o lugar que ela nunca mais iria sair. Dei outro beijo em sua nuca e aninhei minha cabeça no travesseiro próximo a sua, inalando seu cheiro e fechando os olhos. Amanda Gray pode ter conseguido escapar, ledo engano dela, eu iria encontra-la nem que fosse ao inferno, e me certificar pessoalmente de que ela iria pagar pelo que fez a todos, principalmente a Bella. Era uma promessa a qual eu estava muito mais do que disposto a cumprir. 

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