Milos – Grécia.
2019.
Bella.
Como das outras vezes, nós não conseguimos ficar mais um tempo na cama após os dois gozarmos. Eu tinha abandonado Alice sozinha lá em cima e Edward tinha que pilotar o iate antes que algum acidente acontecesse. Ele tomou um banho rápido e se trocou antes de me dar um beijo rápido e subir as escadas. Catei meu biquíni do chão e guardei dentro da mala, pegando outra muda de roupa, nós já deveríamos estar chegando e eu não iria ficar desfilando pela cidade de biquíni, por mais que fosse algo relativamente normal por se tratar de uma ilha, não era algo com o que eu me sentisse muito confortável. Tomei um banho e me troquei e subi. Estava terminando de subir as escadas quando esbarrei em Alice que descia.
- Edward disse que já estávamos chegando. – contou e me olhou de cima a baixo vendo o meu cabelo molhado. – Safada! – comentou rindo e me entregou as coisas que eu havia deixado lá fora, meu short, meu celular e a minha canga, e entrou em uma das cabines.
Com exceção do meu celular que eu coloquei no meu bolso traseiro, voltei rapidinho para dentro da cabine que eu estava e guardei as minhas coisas na mala e voltei a subir. Eu subi até a cabine de Edward mais uma vez, e mais uma vez, eu o abracei por trás.
- Estamos chegando. – comentou após eu apoiar a cabeça em seu ombro, ele virou um pouco o rosto para beijar a minha têmpora.
- Alice comentou. – respondi simplesmente. – Da marina até a sua casa é longe? –
- Nem um pouco. – respondeu. – Daqui a uns vinte minutos você vai conseguir ver para onde vamos. Fica com os olhos no horizonte. –
- Quando os seus irmãos chegam? – perguntei.
- Eles só vão chegar no final de semana. Hoje é quarta... – ele começou a pensar. – Devem chegar sexta, a festa será sábado e devem ir embora domingo à noite ou segunda bem cedo. –
- Achei que eles ficariam mais tempo. –
- Não. Eles deram uma pausa no trabalho para a festa e logo em seguida terão que voltar. E aí, nós teremos a casa só para gente durante todo o resto da semana. –
- Voltei pombinhos! – Alice entrou na cabine também.
- E para a Alice! – comentou baixo e eu balancei a cabeça rindo.
Eu deixei Edward pilotando o barco e me sentei na mesa que tinha ali vazia com Alice ao meu lado. Ele disse para pegarmos algo para beber no pequeno frigobar que tinha embaixo da mesa em que estávamos. Sem descer da mesa, abri o frigobar, além de garrafas de cerveja, tinha algumas de refrigerante, e eu peguei uma para cada, incluindo para Edward que me encarou com a sobrancelha arqueada, mas não reclamou e bebeu o refrigerante. Até parece que eu daria uma cerveja para ele. Ele estava pilotando e depois iria dirigir, provavelmente.
Depois de meia hora ele avisou que estávamos chegando a sua casa e que já era possível ver. Eu desci da mesa e me postei ao lado dele, e não consegui evitar de o encarar. A casa dele não era pequena, até porque eu nunca pensei que fosse, mas também não achava que seria daquela forma. A casa se estendia por uma colina verdejante, que mesmo de longe eu já sentia dentro de mim que ali eu teria as vistas mais deslumbrantes que eu já vi na vida. A propriedade estendia-se gloriosa pela colina, parecendo ter sido esculpida na encosta da ilha, de longe eu identificava algo em torno de seis níveis de jardins, que começavam do nível do mar, tendo no último nível uma área com espreguiçadeiras e um deck privativo, até a casa no topo da colina.
Edward parou o barco no deque e ali já tinha um pequeno grupo de quatro homens, que prontamente amarraram o iate ao deque. Ele não esperou que pegássemos nossas coisas, aqueles homens estavam lá para isso e pediu para que fossemos subindo enquanto ele trocava algumas palavras com as pessoas que estavam ali. Alice enlaçou seu braço ao meu e fomos seguindo o caminho das escadas subindo pelos seis níveis de jardim, com grama bem aparada e alguns arbustos dando uma cor verde a casa toda feita em tons claros. No último nível de baixo para cima, nós fomos recebidos por uma espaçosa área de estar, toda decorada com uma paleta monocromática e design minimalista, as janelas da casa iam do chão ao teto, permitindo ver cada detalhezinho da vista sensacional que o local disponibilizava.
Tinha também duas piscinas viradas para o mar naquele terraço, cada uma separada por camadas separadas, e com uma pequena escada que ligava uma a outra, e com uma pequena cachoeira formando uma belíssima queda d’água da piscina de cima para a de baixo. A casa já estava toda aberta, e conferindo que Edward ainda estava no deque, Alice me puxou para dentro da casa que era simplesmente enorme e me fazia sentir que eu iria me perder. Igual a piscina, a casa também era dividida em dois níveis, a paleta de cores lembrava muito as várias facetas mediterrâneas, algo que eu havia aprendido a muito tempo ao começar a faculdade de artes e larga-la antes mesmo do primeiro período acabar, e vários detalhes de estilo grego enfeitavam cada canto da casa sem parecer estar completamente abarrotado de coisas.
A sala de estar tinha uma belíssima vista para o mar, toda a casa possuía piso de carvalho e ventiladores de teto estilo coloniais, eu só não sabia se era apenas decoração ou não, já que conforme andávamos pela casa eu ia sentindo o vento fresco do ar condicionado. Ali próximo tinha uma varada com área de estar e jantar, o que incluía uma mesa que acomodava perfeitamente doze pessoas, se não mais. A cozinha era equipada com os últimos lançamentos do mercado e a despensa estava cheia. Alguns quartos estavam espalhados pelo andar de cima e outros pelo andar de baixo, mas todos eram iguais. Cama grande, closet, banheiro e tudo com vista para o mar Egeu. Outros cômodos da casa abrigavam uma sala de massagem, uma academia, uma sala de cinema e um banho turco. E no andar de baixo também tinha mais uma sala de estar e um bar.
De toda a casa tinha apenas um quarto que estava trancado, ele ficava no andar superior, mas separado do mesmo por uma pequena escadinha que levava até a porta de madeira trancada. Depois de Alice me arrastar por cada centímetro da casa, nós voltamos para o lado de fora, para a área de estar do primeiro andar e encontrando com Edward terminando de subir as escadas.
- Oi. O que acharam? – perguntou se aproximando de mim e me abraçando pela cintura.
- Tem um mapa? – perguntei brincando e ele gargalhou.
- Vocês duas podem ficar à vontade, façam o que quiser e caso queiram conhecer as vilas próximas, só me avisa antes que se percam. –
- Comum vindo de nós duas! – Alice comentou e os três riram.
- Alice, escolhe o quarto que quiser, já vão levar as suas coisas para lá. – mesmo os quartos sendo iguais e tendo a mesma vista, ela ainda deu uns pulinhos animada antes de entrar em casa de novo. – Eu não costumo ter empregados aqui, gosto muito da minha privacidade. – comentou quando eu me virei de frente para ele. – Eles vão ficar até o final da festa do meu irmão e depois só terá nós três aqui e como pode perceber a casa é bem grande e nem notaremos Alice aqui. – brincou roçando o nariz ao meu.
- Sim senhor Cullen, sem problemas. – brinquei de volta.
- Agora, venha que eu quero te mostrar o teu quarto. –
- Meu quarto? – perguntei quando ele me soltou e me segurou pela mão.
- Nosso quarto! – respondeu piscando para mim.
Edward me guiou para dentro de casa de novo e para o segundo andar. Alice havia escolhido um dos quartos que tinha uma porta que levava diretamente para a piscina, próximo a escada que levava ao quartinho fechado, e isso se via devido ela estar pulando animada dentro do quarto com a porta aberta. Edward subiu os pequenos degraus e tirando uma chave do bolso, ele destrancou a porta trancada e me deu espaço para entrar. Era um quarto igual aos outros, mas parecia ser muito maior, com uma pequena sala junto ao quarto.
- O quarto é igual aos outros, mas... Se não ficar trancada me roubam! – respondeu fechando a porta atrás de si e eu me virei de frente para ele. – Refiro-me aos meus irmãos. – explicou melhor. – Melhor... As esposas deles. –
- Por que se é tudo igual? – perguntei e ele caminhou até a parede abrindo as cortinas. O quarto contava com uma varada separada apenas para ele. Ele abriu as portas de correr de vidro e eu saí até a varanda que era bem grande. Poltronas brancas viradas na direção do mar, uma mesa redonda preta e pequena ao lado de cada uma, além de dois guarda sóis.
- Privacidade! – respondeu ele quando eu me encostei no vidro que delimitava a varanda privativa dele. – Quando eles começam a perturbar demais eu simplesmente me tranco aqui. O quarto é maior que os outros, tem essa área aqui fora. – deu de ombros enquanto me abraçava apoiando o queixo no meu ombro. – Essa pequena parte aqui da casa é simplesmente perfeita e vai ficar muito melhor agora. –
- Por quê? – perguntei me virando de frente para ele, me apoiando no vidro e sua mão subiu até a minha nuca, se infiltrando em meus cabelos e fazendo com que pequenos arrepios percorressem a minha pele.
- Porque eu vou ter o seu cheiro completamente impregnado nos meus lençóis. – respondeu em tom de voz bem baixo enquanto tomava meus lábios em um beijo lento e completamente apaixonado. – Minha menina! – ele sussurrou com o nariz roçando ao meu. – Minha florzinha! – não consegui conter a risada, eu achava tão fofo ele me chamar de florzinha.
- Tenho que procurar um apelido fofinho para você assim também. – ele riu.
- Enquanto pensa no apelido, vamos descer e comer alguma coisa, podemos também ir dar uma volta pela ilha. – nós dois saímos do quarto ao mesmo tempo em que entregavam as malas de Alice. – Coloquem, por favor, as malas da senhorita Swan no mesmo quarto que o meu. – Edward pediu aos empregados que simplesmente balançaram a cabeça assentindo.
- Alice. – entrei no quarto da Alice, que ainda tinha a porta aberta.
- Diga. –
- Vem, vamos comer alguma coisa e dar uma volta. – chamei-a e ela saiu do quarto pegando apenas o celular e o óculos de sol.
Nós seguimos para o andar debaixo e ele pegou alguma coisa dentro de uma vasilha e nos guiou para o lado de fora da casa, a parte da frente para quem vinha da rua. Ele abriu a porta da garagem e dentro dela tinha uma Ferrari vermelha, ele entrou na garagem para ligar o carro e saiu com ele da garagem. Abri a porta do carona e Edward puxou o banco para frente para que Alice pudesse entrar no pequeno espaço que tinha atrás do banco do motorista e carona e sentasse no banco apertadinho e eu entrei no banco do carona. Ele apertou um botão no chaveiro do carro e o portão da garagem abriu e ele começou a dirigir pelas ruas da ilha.
No dia seguinte ele nos chamou cedo para dar uma volta de iate. Escolhi um biquini e o vesti, pondo por cima um vestido, calcei uma rasteirinha que eu tinha e coloquei na minha bolsa algumas coisas que eu iria precisar. Protetor solar, óculos de sol, uma canga, toalha, um par seco de biquini e de lingerie, para que eu não ficasse com a roupa molhada e mais algumas coisas. Nós tomamos um café bem reforçado que os empregados de Edward fizeram e saímos de casa, descendo até o deque particular e entrando no iate.
Ele foi nos levando para um passeio pelas melhores, segundo ele, praias de Milos. Próximo ao horário do almoço ele parou o iate no deque que tinha na vila principal para que pudéssemos comer e após o almoço voltamos ao iate. Ele parou o mesmo em uma praia próxima, perto de onde tinha alguns outros barcos de passeio ou particulares onde alguns turistas aproveitavam para mergulhar e aproveitar a água azul cristalina da praia. Eu tinha deitado na frente do iate, de bruços, em cima da minha canga usando apenas o meu biquini e com os olhos protegidos do sol por um par de óculos escuros. Eu não sabia ao certo onde Alice estava, mas sabia que ela tinha dito algo sobre dar um mergulho, ouvi uns passos andando perto de mim e senti o laço que prendia meu biquini ser solto.
- O que? – levantei minha cabeça e vi que Edward tinha sentado ao meu lado e tinha o corpo molhado. – É você! – eu voltei a deitar a cabeça nos meus braços.
- Achou que fosse quem? – perguntou com um tom risonho presente em sua voz. Ele desfez os dois laços do meu biquini.
- Sei lá. – dei de ombros. – Por que está molhado? – perguntei sentindo suas mãos frias deslizando pelas minhas costas.
- Fui dar um mergulho. Alice está lá, sentada em uma boia, que eu não sei onde ela arrumou, e dando em cima de um cara. – explicou e eu sentia algo meio melado sendo espalhado pelas minhas costas.
- A boia ela comprou em Atenas e ela estar dando em cima de alguém é a cara dela. – eu virei o rosto para o lado onde Edward estava. – O que é isso? – ao virar o rosto eu vi um frasco do protetor solar. – Ah! –
- A senhorita, florzinha, é branquinha demais, precisa ter cuidado redobrado. –
- Eu passei depois do almoço. – comentei sentindo a massagem que ele fazia enquanto espalhava o protetor. – Por que você nunca me fez uma massagem? É tão gostoso! –
- Gostou? Então não se preocupe que eu faço todo dia agora. – soltei uma risada ao senti-lo amarrando meu biquini de novo.
As mãos de Edward desceram pela minha bunda, aproveitando e dando um tabefe na mesma, que resultou em mim dando uma tapa em sua nuca fazendo-o rir. Ele terminou de passar o protetor pelas minhas pernas, ele passou protetor nele mesmo e deitou-se ao meu lado. Nós ficamos ali um tempinho em silêncio, ele também tinha os olhos cobertos pelo par de óculos de sol. Tirei minha mão debaixo da minha cabeça e levei até o seu rosto, apoiando meu braço em seu peito e deslizando meus dedos bem devagar pela sua barba por fazer. subi com as pontas dos meus dedos até seus lábios sentindo-o beija-los.
Levantei meu peito do casco do iate, ficando apoiada em meus cotovelos e aproximando a cabeça da dele e roçando meus lábios aos dele. Sua mão subiu pelo meu pescoço até a minha nuca aprofundando o beijo. Nós ficamos ali durante um bom tempo em silêncio, o único barulho, o qual prestávamos atenção, era o barulho na água e o do vento. O beijo era aprofundando e depois ficávamos apenas roçando os lábios uns nos outros antes de nos beijarmos mais uma vez.
Um pouco antes de irmos embora eu fui dar mais um mergulho e voltamos para a casa de Edward apreciando o por do sol.
No dia seguinte nós mais uma vez fomos dar um passeio de barco, dessa vez ele queria nos levar para fazer um mergulho em um coral que tinha na ilha ao lado da que estávamos, onde acabamos passando o dia todo fora, e mais uma vez voltando para casa perto das seis da noite, e com o sol ainda bem forte. Durante o verão o sol se punha mais tarde nas ilhas, depois das sete ou sete e meia da noite. Alice tinha subido na frente, a alguns minutos na verdade, enquanto eu procurava pelo meu celular que eu havia perdido em algum das cabines do iate. Edward havia me pego em suas costas ao descermos do barco e só me pós no chão ao chegarmos próximo a piscina do primeiro andar da casa. Eu ainda trajava meu biquíni, até porque ele tinha feito mais uma parada próxima aqui de sua casa, e tinha apenas a minha canga amarrada na minha cintura. Seus braços abraçavam a minha cintura enquanto os meu envolviam seu pescoço. Um limpar de garganta fez com que o beijo terminasse mesmo antes de começar. Edward levantou a cabeça para ver de onde vinha o limpar de garganta. Eu virei o meu rosto e vi dois homens parados ali, eles eram um pouco parecidos. Os dois eram altos e bem fortes, ambos ainda trajavam ternos pretos e de alta costura, a maior diferença entre os dois eram os rostos.
Um tinha o cabelo loiro e olhos pretos, suas linhas de expressões eram mais suaves, contudo, mas uma expressão de superioridade estava estampada em seus olhos. O outro tinha o cabelo castanho, puxado um pouco mais para o escuro e olhos azuis, e com umas linhas de expressão mais marcadas, sua pele era um pouco mais morena do que a pele do homem ao seu lado, mas era uma pele morena de sol, como se tivesse pego muito sol recentemente.
- Vocês chegaram! – Edward disse simplesmente.
- Chegamos cerca de uma hora atrás. – respondeu o homem loiro e eu notei que ele tinha um charuto em mãos. – Os empregados falaram que você tinha saído cedo e que provavelmente já estava chegando. –
- Fui levar as garotas para dar uma volta. – respondeu simplesmente vendo o homem loiro dar uma tragada no charuto.
- Não vai nos apresentar sua namorada, irmão? – o outro perguntou.
- Quer conhecer meus irmãos agora? – Edward perguntou para mim.
- Eu estou quase pelada! – respondi baixo e ele riu me abraçando mais forte e dando um beijo no topo da minha cabeça.
- Deixa ela se trocar e eu já apresento vocês! – disse aos irmãos ainda rindo. – Vamos todos nos trocar e vamos jantar fora. – sugeriu. – São... – ele pegou seu celular em seu bolso e viu a hora. – São seis horas em ponto. Por que não nos trocamos todos e vamos até Santorini jantar? –
- É uma boa ideia. – os dois concordaram. – Antes de você ir, Edward, quero falar com você. – o loiro comentou dando mais uma tragada em seu charuto.
- Avisa a Alice? – balancei a cabeça assentindo. – Vejo você daqui a pouco. – ele em deu um beijo rápido nos lábios e com um pedido de licença eu tratei de correr para dentro de casa.
Passei pelo quarto de Alice e avisei a ela, contei bem por alto que os irmãos de Edward já estavam aqui e que iriamos jantar em Santorini, que era para ela se arrumar rápido porque ele já tinha me dito que eram cerca de duas horas de viagem de Milos até Santorini. Com Alice avisada, subi até o quarto de Edward, coloquei meu celular rapidinho para carregar e peguei minha toalha e necessaire antes de entrar no banheiro para tomar um banho e tirar a o sal do meu corpo. Lavei meu cabelo para tirar todo e qualquer resquício de água do mar e sal que tinha nele. Ao terminar meu banho e ter me secado, notei pelo espelho que eu estava com a pele um pouquinho mais bronzeada com a marca do biquini. Peguei um creme hidratante na minha necessaire e passei pelo meu corpo antes de conseguir colocar a minha lingerie e voltar para o quarto indo até as minhas malas.
Edward entrou no quarto e foi direto para o banheiro. Eu não fazia ideia de que roupa eu teria que usar, eu esperava que os irmãos de dele fossem como ele, mas os dois tinham um ar de superioridade mil vezes mais forte que o de Edward, ou pelo menos eu já estava acostumada e não sentia mais o ar que emanava dele. Escolhi um vestido que tinha na minha mala, o menos com ar de praia, era um vestido mais arrumadinho sem deixar de ser casual.
- O que acha? – perguntei a Edward entrando no banheiro com o vestido no corpo e com o zíper das costas aberto. Ele estava dentro do box, nu e com a água caindo sobre a sua cabeça. Ele desligou o chuveiro antes de tirar a água do rosto e me olhar. Eu usava um vestido com forro azul escuro e de alças grosas além de decote alto, por cima do forro azul, um tecido transparente que cobria todo o comprimento do vestido e os meus braços, e era bordado com algumas flores.
- Espera que eu diga o que exatamente? – retrucou. – Sabe que para mim você fica maravilhosa com qualquer tipo de roupa... Principalmente sem! – seus lábios se repuxaram em um sorriso enquanto despejava um pouco de shampoo nas mãos.
- É sério, amor! Eu vou conhecer a sua família eu quero estar vestida direito. –
- Você está linda, Bella. Simplesmente maravilhosa! Não fique nervosa por causa dos meus irmãos. Não precisa se vestir para impressionar os dois, coloca o que se sentir confortável. – respondeu e balançando a cabeça concordando eu saí do banheiro e ele voltou a ligar o chuveiro.
Tirei a toalha do meu cabelo para terminar de seca-lo e penteá-lo. Eu me sentia confortável com o vestido que tinha colocado e fiz uma maquiagem bem leve como fazia todos os dias antes de ir trabalhar. Estava terminando de passar um batom bem clarinho em meus lábios quando senti a mão de Edward nas minhas costas, subindo com o meu zíper fechando o meu vestido.
- Não vejo a hora de voltar! – comentou jogando o meu cabelo para o lado e dando um beijo no meu pescoço.
- Por quê? – perguntei quando ele abraçou minha cintura. Pelo espelho eu poderia vê-lo, a toalha estava amarrada na sua cintura e não tinha mais nada cobrindo seu corpo.
- Porque eu não vejo a hora de tirar a sua roupa. – contou com a voz baixa e rouca no meu ouvido. Sua mão subiu até o meu seio apertando-o. – Tirar a minha roupa. – continuou ele ainda em meu ouvindo, tirando a mão do meu seio e descendo com a mão. – Te jogar na minha cama... – sua mão seguiu para a saia do meu vestido, puxando-a para cima. – Entrelaçar meu corpo ao seu... – sua mão entrou em minha calcinha e minhas pernas se entreabriram um pouco para que ele pudesse alojar sua mão. – E te fazer minha a madrugada inteira. – seus dedos tocaram na minha buceta.
- Por- Por quê está me atiçando? – perguntei sentindo os movimentos circulares de seus dedos em meu clitóris e tentando me controlar ao máximo para manter os meus gemidos baixos.
- É tão bom atiçar você! – eu me virei de frente para ele, minha vagina já estava bem úmida. – Quer uma rapidinha? – perguntei.
- Quero! – respondi em um fio de voz.
Edward tirou a mão de dentro da minha calcinha e chupou os dedos um pouco melados. Ele levantou meu vestido até a altura dos meus seios e me ergueu até me sentar no pequeno armário com espelho, que eu tinha feito de penteadeira, e tirou a minha calcinha. Pegando uma camisinha em uma das gavetas embaixo de mim, ele se livrou da sua toalha revelando seu pênis ereto e vestiu a camisinha. Eu me ajeitei na penteadeira, deixando meu quadril mais para a ponta e roçando a cabecinha de seu pênis na minha buceta, ele me preencheu devagar, até estar todo dentro de mim.
Com cuidado para não puxar fio do tecido fino do meu vestido, eu o prendi com cuidado no meu sutiã e enlaçando a cintura de Edward com as minhas pernas. Ele me segurava pela cintura e investia com força dentro de mim. Para abafar o som dos nossos gemidos, eu uni meus lábios aos dele. Suas mãos apertavam com força ora a minha cintura ora a as minhas coxas.
- Mais forte. – pedi no meio de um gemido com a minha boca rente a dele. Eu não sabia se era a excitação ou o fato de que tínhamos que ser rápido, mas eu estava quase gozando. Ele saiu todo de dentro de mim e voltou com um pouco mais de força. – Isso! – minhas mãos arranhavam as suas costas e as paredes da minha vagina começavam a apertar o pênis de Edward.
- Edward. – uma batida na porta e o som de uma voz grossa vindo da mesma fez com que Edward parasse quando eu estava quase gozando.
- O-O que? – perguntou alto.
- Estamos prontos. Só falta Esme terminar de se arrumar. Vamos esperar vocês no píer. –
- Em cinco minutos eu chego. – respondeu ele de volta e me olhou.
- Não se atreva! – quase rosnei para ele.
- Jamais! – respondeu sorrindo, saindo e entrando em mim de novo.
Não demorou muito e mais algumas estocadas rápidas e fortes, eu gozei contra o seu pênis tendo o meu gemido de prazer abafado com a sua boca. Abraçando-o pelo pescoço com meus braços e pela cintura com as minhas pernas, ele investiu seu quadril contra o meu enquanto nossos lábios estavam presos em um beijo lento, até que eu senti a camisinha que ele usava encher, ele tinha gozado. O beijo foi interrompido e ele saiu de dentro de mim, me puxando para o chão.
Minhas pernas ainda estavam um pouco bambas, mas eu precisava terminar de me vestir. Fui até o banheiro para me limpar e recolocar a minha calcinha. Abaixei meu vestido e ajeitei meu cabelo e voltei para o quarto. Edward já estava quase pronto, já tinha vestido sua calça e colocava agora sua camisa. Com um lencinho umedecido tirei os últimos vestígios do meu batom e o retoquei e após me calcar, com uma rasteirinha, e eu estava pronta.
Saímos do quarto e passei no de Alice, ela já estava pronta, apenas esperava que eu a chamasse, até porque ela também não conhecia mais ninguém ali além de mim e de Edward. Saímos da casa, descendo as escadas em direção ao deque e lá já tinham quatro pessoas.
- Bella e Alice. – Edward disse para nós duas. – Esse é o meu irmão do meio Eleazar e sua esposa Carmen. – apresentou ao homem de cabelos escuros e com a pele bronzeada. Sua esposa também tinha traços parecidos com ele. Longos cabelos escuros e olhos claros, a diferença era que seus olhos claros eram mais puxados para o verde. Ela era bem bonita. – Esse é o meu irmão mais novo Carlisle. – o terceiro a ser apresentado foi o homem loiro, que ainda tinha um charuto na mão. – E eu não sei onde está a esposa dele. –
- Conhece Esme, irmão. Você a chama para jantar e ela pensa que vai jantar com a rainha da Inglaterra. –
- E por último e não menos importante. Um dos meus melhores amigos, se não o único. Jasper. – ele apresentou o garoto loiro de olhos cor de mel, seus cabelos eram um pouco cumpridos até a altura da nuca, mesmo que ele tivesse a idade de Edward, isso se não fosse um pouco mais novo do que ele, o tal de Jasper tinha um ar bem jovial, como se nenhum problema do mundo o atingisse, uma energia boa vinha dele.
- E aí cara. – Edward me soltou, e batendo na mão do amigo, eles trocaram um abraço. – E essas duas belas damas? – perguntou olhando fixamente para Alice.
- Essa é a Isabella. – seu braço me abraçou pela cintura. – Minha namorada. – apresentou e eu vi Jasper olhando para o amigo com a sobrancelha arqueada. – E essa é a amiga dela, Alice. – ele apresentou Alice.
- Pronto. Eu já cheguei. Podemos ir. – uma voz feminina soou de trás de nós e não demorou muito e uma bela dama apareceu no meu campo de visão. – Quem são essas? – perguntou me olhando de cima a baixo.
- Perdeu a apresentação da namorada de Edward. – Carlisle respondeu dando mais uma tragada em seu charuto.
- Olá Esme. – Edward cumprimentou a cunhada sem muita animação. Agora eu havia entendido o que Carlisle havia dito sobre sua esposa, nós iriamos apenas a um restaurante e ela estava vestida como para um jantar de gala. Vestido longo com uma bela de uma fenda que destacam as suas pernas bem torneadas, e um fabuloso par de saltos, bem altos. – Essa é Isabella, minha namorada. E essa é Alice, amiga dela. –
- Ah. Oi. – respondeu com desdém. – Podemos ir? – ela não esperou ninguém falar mais nada e segurou a mão de Carmen e a arrastou para dentro do iate.
- Peço desculpas pela minha esposa. Ela gosta de pensar que é uma deusa! – brincou e ele e o tal de Eleazar riram.
- Tudo bem. – disse simplesmente dando de ombros e deixando para lá.
- Kate vem também? – Edward perguntou.
- Vem. – Carlisle respondeu soltando a fumaça que havia acabado de tragar. – Chega amanhã junto com os outros. –
- Mas quem vem? Disse que viria apenas os mais próximos. –
- Exatamente. Faltam apenas Rosalie, Emmett, Kate, Irina, Peter, e os gêmeos. – deu de ombros, girou em seus calcanhares e entraram no iate.
- Traduzindo. A família toda. – Jasper ironizou.
- Vamos entrar antes que Esme comece a fazer o que ela faz de melhor... Infernizar. – Edward comentou e Jasper entrou no iate, ele se afastou um pouco de mim, apenas me segurando pela mão e falou algo baixo contra o ouvido de Alice, que ficou com o rosto todo vermelho e entrou apressada no barco.
- O que disse a ela? – perguntei.
- Que ele era o amigo solteiro que iria apresentar a ela. – respondeu e eu balancei a cabeça rindo. – E a senhorita também. –
- Por quê? –
- Ele é o meu amigo psicólogo. Caso ainda queira. –
- Oh. Eu... Não sei. Nunca tive mais nenhum sonho daquele tipo. Tinha até me esquecido. –
- Caso mude de ideia. –
Nós entramos no iate e Eleazar assumiu o comando do mesmo, fazendo Edward bufar, mas havia ficado por isso mesmo. Dentro do mesmo estavam as cunhadas de Edward, sentadas as mesas que tinham antes de subir a escada para a cabine do capitão e eu tratei de ir para bem longe dali, enquanto Edward ia falar alguma coisa com o amigo, resolvi ir para a frente do barco, mesmo tendo bastante vento era o único lugar completamente vazio, já que o irmão mais novo de Edward também estava na cabine do capitão.
- E aí. – eu estava sentada a favor do vento, de costas para o iate, senti Edward sentando atrás de mim e eu aninhei minha cabeça contra o seu peito. – Está fazendo o que aqui sozinha? –
- Alice sumiu, você está conversando com seu amigo e cada um estava em um canto. Não quero ficar perto das suas cunhadas. – comentei.
- Ninguém quer. – retrucou contra o meu ouvido. – E Alice não sumiu, está conversando com Jasper lá atrás. –
- Todas essas pessoas que faltam vir são o que suas? –
- Primos. – respondeu simplesmente. - Tive muitos tios e tias, que me geraram muitos primos. Quer dizer, mais ou menos. Emmett é agregado a família, é marido de Rosalie. – explicou. – Mas também virou primo. – deu de ombros.
- Posso perguntar uma coisa? –
- O que quiser. –
- Suas cunhadas parecem ser mais velhas que eu. –
- Elas são! – respondeu com a voz bem baixinha em meu ouvido.
– Quantos anos você tem? – perguntei. Era uma das coisas que eu precisava perguntar primeiro e nunca perguntei.
- Trinta e nove. – respondi. Ele era dez anos mais velho do que eu. – Eu e meus irmãos nascemos em um espaço de dez anos. A diferença entre o do meio e eu é quatro anos. E a diferença do mais novo para o do meio é três. – explicou.
- Eles parecem ser mais velhos que você! – apontei e ele riu.
- Eleazar se deixar passa a vida inteira atrás de um timão de um barco e não usa protetor solar. Carlisle envelheceu muito após se casar. Mulher insuportável que ele arrumou. – suspirou. – Carmen também não fica atrás. –
- Então o mais velho foi o último a se envolver com alguém. –
- E encontrei uma pessoa maravilhosa! – ele apertou mais ainda os braços em volta do meu corpo e beijou-me a bochecha e me fazendo rir. Edward começou a fazer cócegas em minha barriga e eu tentava me afastar dele, para me afastar das risadas.
- Para! – pedi rindo e olhando para trás e vendo o irmão mais novo de Edward parado a alguns passos de nós. Edward virou o rosto e viu o irmão ali também.
- O que quer? –
- Nada. Não queria interromper. – Carlisle olhou mais uma vez para mm e voltou para dentro do barco suspirando.
- O que foi isso? –
- Nada. – disse simplesmente e delicadamente me puxou para perto dele de novo. Eu ouvi o meu celular tocar dentro da minha bolsa, que estava ao meu lado, só podia ser a minha mãe, peguei o telefone e vi que era uma mensagem de Alice.
Peguei o Jasper! Socorro!
- Uol. Sua amiga é rápida, em... – eu ouvi o comentário de Edward percebendo que ele tinha visto a mensagem que eu tinha recebido.
- Eu que o diga! -
minha nossa que mansão maravilhosa é essa! um sonho! esse final vai dar o que falar! Alice é fera! kk
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