domingo, 20 de março de 2022

Capítulo 15.

Milos - Grécia.

2019.

Bella.

Após a mensagem de Alice eu me levantei e fui até ela ao mesmo tempo em que Edward foi até os irmãos. Obviamente eu tinha achado estranho o fato de seu irmão mais novo ter ficado nos encarando por um tempo em silêncio, faltava apenas saber quanto tempo ele tinha ficado ali nos espiando. Eu não sabia o motivo, mas era estranho, mas no momento eu precisava acudir minha amiga que estava desesperada me mandando mensagem de forma descontrolada.

Alice estava no final do barco, com Jasper, que subiu para a cabine do capitão quando Edward o chamou, as cunhadas de Edward continuavam nos bancos, e para que elas não me ouvissem, eu puxei Alice para frente do barco, onde ninguém nos ouviria, mas as pessoas que estavam na cabine do capitão conseguiam nos ver, mas não ouvir.

- O que houve? – perguntei sentando no casco de novo. Estava bem escuro, a água que mais cedo era cristalina agora era um completo breu, além de ventar muito, Eleazar pilotava mais rápido que Edward e eu que não queria correr o risco de acabar me desequilibrando e caindo. – Como assim você beijou o cara que acabou de conhecer? –

- Nós estávamos conversando tranquilamente. Eu não sei o que Edward falou de mim para ele, mas ele veio falar comigo. Eu contei que te conhecia desde o berçário, literalmente, que crescemos juntas, que nossas mães eram amigas, que eu perdi a minha mãe ano passado e essas coisas. Aí ele começou a comentar que ele é psicólogo, e que durante a infância e adolescente, e até mesmo agora, ele tem problemas com os pais. Aí mudamos de assunto para o que eu estava achando daqui... Ele perguntou se eu tinha ido até um lugar, o qual admito que eu não me recordo do nome e olha que tem nem meia hora que ele falou isso... – comentou ela e eu balancei a cabeça rindo. Era a cara da Alice fazer isso. – Eu disse que não... –

- Como pode dizer que não se nem sabe qual é o lugar? –

- Não pergunta, Isabella. Eu não fui e fim da história. – resmungou. – E ele comentou que o Edward tinha o convidado para passar mais uns dias aqui, depois que todo mundo fosse embora, e ele me convidou para ir nesse lugar... Só nós dois! –

- Continue... – pedi.

- E eu concordei. Ele perguntou se você não iria sentir a minha falta, e eu disse que você não iria sentir, porque você fica ocupada demais com o Edward... – eu a encarei com a sobrancelha arqueada. – Ele não precisa saber que vocês me levam para tudo quanto é canto. –

- Vai... Começa essa... Essa coisa na mentira! –

- Que seja... E aí, meio que de repente, ele me beijou. E talvez eu tenha entrado em um pequeno desespero. –

- Talvez? – peguei meu celular e abri a mensagem. – Peguei o Jasper, Socorro! – li a mensagem para ela e ela gargalhou. – Talvez estivesse desesperada? –

- Eu não sabia o que fazer e tinha que contar isso para você. Além de saber o que fazer! –

- Usa camisinha! – ela me deu um empurrão, me fazendo rir. – O que quer que eu diga? Se for para se envolver apenas durante a viagem e os dois quiserem, vão em frente. Se for para se envolver além dessa viagem, isso vai depender apenas de vocês dois e de como vão levar isso. Até porque eu não faço ideia de onde ele mora. –

- Londres. – respondeu suspirando. – E esse é o maior problema. Você sabe que eu sou igual a você, me apego com muita facilidade e eu não quero me apegar a alguém que eu não vou poder ver com frequência. –

- Então fala isso para ele e acaba antes mesmo de começar alguma coisa. –

- Mas ele é tão fofo! – falou cobrindo o rosto com as mãos.

- Eu não sei porque, mas sinto que para qualquer coisa que eu fale você já tenha uma desculpa para se jogar de cabeça nesse cara. –

- É porque eu sou burra! Não sigo os meus próprios conselhos. Eu sempre falo para mim. Alice, se apaixona, mas não se ilude. Aí o que eu vou e faço? Me iludo, me fodo, tomo no cu! –

- Quer que eu te dê umas tapas na cara para tomar vergonha? –

- Caso resolvesse eu iria querer sim, mas eu sei que não vai. Porque eu me conheço. –

- O que quer que eu faça então? – perguntei e ela ficou com a mão no rosto, até que me olhou com os olhos bem arregalados.

- Dê-me uma camisinha! – pediu.

- Para que? –

- Por que ai eu transo com ele, e o sexo vai ser ruim e eu não vou querer mais saber dele! –

- Aí Alice, pelo amor de Deus, toma vergonha na cara! – eu me levantei de onde estava sentada e voltei para a parte de trás do iate, esbarrando em Edward.

- Oi. Estava me procurando? –

- Na verdade eu estava procurando algo bem pesado e duro para eu bater na Alice. – brinquei e ele riu. – E o senhor, estava me procurando? –

- Na verdade estava. Vim te avisar que já estávamos chegando em Santorini. – explicou.

- As chances de eu encontrar a minha mãe são...? –

- Nulas! –

- Ótimo. Era só o que me faltava! Deixa-me te perguntar. O que você disse para o seu amigo da Alice? –

- Ah... Nada de mais. – deu de ombros. – Apenas o que ele perguntou. Disse que era a sua amiga, que ela é meio louca... E que era solteira! Por que a pergunta? –

- Porque talvez Alice esteja levando a conversa que teve com ele e o beijo um pouco longe de mais e está pensando que não pode ficar com ele por morarem em países diferentes. –

- Falou a pessoa que quer perguntar se vai ter um cachorro e qual vai ser o nome dele, caso se case com alguém. – lembrou-me e mesmo rindo eu cobri meu rosto com as mãos, sentindo-o ficando quente. Edward não falou mais nada, apenas passou os braços em volta do meu corpo e deu um beijo na minha cabeça. – Agora eu entendi porque o Jasper perguntou se eu não me importava caso ele passe um tempo morando comigo. – comentou baixo.

- Está falando sério? – perguntei abraçando-o pela cintura.

- Estou! –

- O que tem nesses homens que estão se apaixonando tão rápido?! – brinquei mais uma vez.

- Talvez as mulheres que estejam apaixonantes. – respondeu em meu ouvido e beijou-me a têmpora.

Ele me soltou quando seu irmão o chamou mais uma vez na cabine do capitão e eu voltei para perto de Alice mais uma vez enquanto aguardava o barco atracar. Em menos de dez minutos eu já conseguia ver as luzes da ilha, e em mais dez minutos o barco atracou em um pequeno píer. De onde paramos até o restaurante era bem pertinho, de ir andando. Alice um pouco envergonhada, não sabia ainda se era pelo beijo ou pela ideia absurda de decidir se iria ter algo com ele depois de dormir com ele, ela me obrigou ir andando com ela, enlaçando o seu braço ao meu e ir no fundo da filinha que havia se formado para caminhar a pequena subida até o restaurante.

Mal nós havíamos terminado de jantar, ouvindo os irmãos de Edward falando de negócios e eu não entendendo absolutamente nada sobre, quando o meu telefone tocou em meu colo. Eram quase dez horas da noite quando minha mãe começou a me ligar. Edward viu o nome e a foto da minha mãe na tela do meu celular, e tirou a mão, que tinha apoiada em minha coxa para que eu pudesse me levantar. Eu tive que andar para o único lugar um pouco mais silêncio do que o restaurante, que era justamente o píer onde o barco estava atracado.

- Oi mãe. –

Oi minha filha. Bom dia. Como está? – perguntou.

- Boa noite, mamãe. Estou ótima e a senhora? –

Bem. Bem. E Alice? –

- Alice? – eu olhei para cima da escada que tinha acabado de descer, tendo vista justamente para a varanda do restaurante, tendo vista para a mesa onde estava sentada, e vendo Alice conversando com Jasper. – Alice está na água. Dando um mergulho! – menti.  Acabou de ir para lá. –

Ah. Um pouco silenciosa essa praia que vocês estão! – comentou.

- Ah mãe. A Alice resolveu alugar um carro e viemos para uma praia um pouco mais deserta. Estava muito cheia a praia em frente ao hotel e resolvemos vir um pouco para uma mais afastada. – notei com o canto dos olhos que tinha alguém me observando e ao olhar para cima mais uma vez, vi que Edward tinha os olhos mirados para o píer onde eu estava.

Ah. Entendi! Sabe uma coisa que eu achei um pouco estranho? – eu esperei que ela continuasse. – Até agora nem você e nem a Alice me mandaram nenhuma foto. E Alice ama tirar uma foto. –

- Ah mãe. Nós chegamos aqui a poucos dias, nem lembramos disso ainda. – respondi. – Mas caso insista eu posso enviar uma agora. –

- Oh. Não, não precisa se preocupar com isso minha filha. Não precisa me mandar agora... Me manda quando tiver mais livre. Almoçando... –

- Pode deixar mamãe. Eu mando sim. E a senhora, como está? E meus tios? –

Ótimo. Estão muito bem... Estão pensando em ir até Tulsa para lhe conhecer. –

- Fico feliz. Assim finalmente eu poderei conhecer mais alguém da minha família. –

É por esse motivo mesmo que ele quer te conhecer. – concordou, eu não sabia muito o motivo, mas parecia que tinha um tonzinho de deboche em sua voz. – Bom, meu amor, eu já vou ter que desligar. Já está na hora de eu ir dormir... Só liguei para saber como a senhorita estava! Amanhã eu ligo de novo. –

- Claro mamãe... Não se preocupe. Eu te amo. –

Eu também te amo, meu amor! – ela desligou o telefone. Eu me encostei em uma das pilastras de madeira que tinha naquele píer e comecei a procurar alguma foto que não tivesse nada que mostrasse algo sobre a Grécia ou até mesmo sobre o Havaí. Havia encontrado uma foto minha e de Alice de ontem, que Edward tinha batido, após um mergulho de snorkel do dia anterior e mandei essa mesma, não dava para ver mais nada além da água, e seria essa mesma que eu mandaria para a minha mãe.

- Está tudo bem? – eu ouvi a voz de Edward perto de mim e acabei dando um leve sobressalto de susto, e caso eu não tivesse segurando com força o meu celular ele teria caído na água. – Desculpa! –

- Está! Minha mãe veio com uma historinha de que eu e nem Alice tínhamos mandado nenhuma foto. – resmunguei enviando a foto para a minha mãe e apagando o meu celular. – Aconteceu algo? –

- Não. Nós já vamos voltar. – eu abri a boca e ele continuou. – Meu irmão pagou a conta. E não, não adianta falar nada, porque ele ia simplesmente te ignorar e pagar do mesmo jeito! –

- Eu estou um pouquinho cansada. – admiti.

- Ficamos o dia todo fora e ainda saímos de novo. Relaxa. – ele afagou o meu rosto. – Chega em casa e toma um banho morno e dorme. – ele se aproximou mais de mim. – Dorme bem pertinho de mim que eu te faço um cafuné. –

- Eu gosto de um cafuné. – respondi sorrindo para ele.

- Eu sei! –

Todos os outros desceram e nós voltamos para dentro do iate e de volta para casa. Mais uma vez, eu tinha me sentado na frente do iate, dessa vez com Edward junto a mim, teríamos um pouco mais de duas horas até chegar a Milos para que eu pudesse finalmente dormir. Como já estava bem tarde e nós estávamos no meio do mar, eu comecei a sentir um pouco de frio, e rapidamente, o paletó de Edward saiu do seu corpo e repousou em cima dos meus ombros. Assim que chegamos à casa de Edward em Milos, eu tratei de ir direito para o banheiro, para tomar um banho morno, para relaxar os meus músculos e fui para cama, Edward, que tinha entrado no banheiro depois de mim, não demorou muito para se aninhar perto de mim na cama. Ele colocou seu celular para carregar e deitou ao meu lado e eu prontamente deitei a cabeça em seu peito, mal a minha cabeça tinha repousado em seu corpo e ele já tinha começado com o cafuné em meus cabelos.

Sábado amanheceu com gente chegando à casa de Edward. Chegou todo mundo junto em outro iate que ficou parado próximo ao de Edward, mais sete pessoas tinham chegado, todos primos de Edward, e um mais bonito que o outro, principalmente a mulher a quem me foi apresentada como Rosalie, ela realmente parecia uma deusa, com aquele corpo perfeito, aquele cabelo cumprido que caía em camadas nas suas costas. Como é possível existir uma pessoa assim no mundo?

Depois de todos terem sido apresentados após o almoço, mas ninguém foi visto fora do quarto, quem tinha chegado de viagem hoje estava descansando, os outros apenas estavam no quarto esperando enquanto a casa era arrumada para a festa. Durante uma parte da tarde, Edward tinha ficado trabalhando um pouco em seu computador, e eu havia resolvido ficar um pouco em uma das espreguiçadeiras que tinha na varanda privativa de Edward pegando um pouco de sol.

Eu não sabia quanto tempo tinha passado desde que eu tinha deitado ali no sol, agora, na verdade, eu tinha puxado o guarda sol para me cobrir quase que completamente, para não acabar muito vermelha ou bronzeada demais. Ouvindo barulho vindo de dentro do quarto, eu apenas virei a cabeça, sem nem ao menos tirar meus óculos, e vi que Carlisle estava no quarto com o irmão, que tinha os olhos no computador. Edward tinha um copo de uísque ao seu lado, em cima da mesa, já seu irmão tinha um copo de uísque nas mãos, ele estava de pé, de frente para a porta de vidro e com os olhos presos em mim, deixando-me completamente desconfortável. Não tive nem tempo de puxar o vestido que estava ao meu lado, por algum motivo Edward desviou os olhos do notebook e ao ver para onde seu irmão olhava, lhe deu uma tapa na nuca, que fez com que Carlisle se virasse de costas para mim. Mesmo com Edward se levantando e fechado uma parte da janela, eu peguei meu vestido e o vesti.

Quando estava quase anoitecendo eu saí debaixo do guarda sol e entrei no quarto, Carlisle já tinha ido embora e Edward ainda estava no computador. Parei atrás dele apoiando as mãos em seus ombros e notando um e-mail do prefeito de Tulsa na tela do notebook.

- Está tudo bem? – perguntei apertando os ombros tensos de Edward.

- Está. O prefeito não me deixa em paz, já me enviou mais de vinte e-mails. –

- Para que? –

- Não para de perguntar quando eu vou voltar, porque ele quer ver as obras, porque apareceu mais coisa para fazer... – suspirou fundo fechando a tela do computador sem nem se dar ao trabalho de responder ao e-mail. – Vem cá. – ele me segurou pela mão, puxando-me para a sua frente e eu me sentei em seu colo. – Desculpa pela forma que o meu irmão te olhou mais cedo. –

- Relaxa. – dei de ombros, mesmo eu não estando relaxada quanto a isso. – É um pouco incomodo, mas está tudo bem. Eles vão embora amanhã, não é? – perguntei.

- Sim. E... Isso pode parecer estranho, mas ele não estava te olhando com desejo ou algo desse tipo. –

- Até porque ele é casado. – apontou.

- Isso não significa nada para ele. Para nenhum dos dois, na verdade. Ele... Apenas cismou que você é parecida com uma pessoa que ele perdeu a muito tempo. – respondeu suspirando.

- Perdeu de... –

- Morrer! –

- Oh. Uma namorada... –

- Amiga. – respondeu. – Na verdade, ela era como uma irmã nossa, família diferente da nossa, mas era muito próxima, principalmente a ele. – deu de ombros. – Ele está... Impactado, creio eu, por cismar que vocês se parecem um pouco. Quer dizer, que ela se pareceria muito com você caso estivesse viva. – explicou.

- Está tudo bem! – disse simplesmente. – E o que você quis quiser com o fato de que o casamento não significa nada para nenhum dos dois? –

- Isso que você entendeu! – respondeu simplesmente enquanto eu mexia em seus cabelos. – Já perdi as contas de quantas amantes os dois tiveram ou tem! E sim, as esposas aceitam. Não ligam. Se bobear, tem os delas também. – suspirou.

- Você compactua com esse pensamento também? –

- Não. Se é para casar ou namorar, é para ficar com uma pessoa só! – respondeu me olhando e sorrindo. – E eu já escolhi a minha! –

- Já? – assentiu. – Quem? –

- Você! – respondeu sem pestanejar e meus lábios se repuxaram em um sorriso. – Eu te amo. –

- Eu te amo. – abaixei a minha cabeça e uni meus lábios aos dele em um beijo calmo. Uma das mãos dele que estava apoiada em minha coxa, subiu na direção do meu quadril, espalmando-a em minha bunda. Durante o beijo eu sentia sua mão se revezando entre acariciar a pele da minha bunda ou então aperta-la.

Com cuidado eu me virei em seu colo apoiando meus joelhos um de cada lado do seu quadril, ficando de frente para ele, e assim fazendo com que as suas duas mãos fossem para o meu quadril. Devagar, Edward se levantou comigo em seu colo e caminhou até o banheiro me deixando sentada em cima da pia, suas mãos deixaram o meu quadril e seguiram até a barra do vestido que eu usava, o tirando jogando-o no chão. Ele se livrou de sua camisa e bermudas e me pegou no colo mais uma vez, unindo nossos lábios de novo.

Ele caminhou para dentro do box ligando o chuveiro e eu senti a água fresca caindo na minha cabeça, eu fui posta no chão e nossos lábios continuavam unidos. Suas mãos subiram até o laço que amarrava a parte de cima do meu biquini o desamarrando tanto nas minhas costas quanto a parte amarrada na minha nuca. Suas mãos desceram pela lateral do meu corpo até a minha calcinha e a abaixando. Eu me livrei de sua cueca, deixando os dois completamente nus.


Depois do banho, eu coloquei apenas um par de lingerie e coloquei um robe por cima enquanto ia secar o meu cabelo. Sentando-me na penteadeira improvisada, eu comecei a secar o meu cabelo enquanto via pelo espelho Edward se vestindo enquanto andava pelo quarto. Com o cabelo seco e penteado, eu fiz uma maquiagem leve, do jeito que eu gostava e preferia, contudo um pouco mais elaborada. Com o cabelo penteado e a maquiagem feita eu me levantei da penteadeira, ao invés de ir pegar o vestido, pois já estava quase na hora da festa, eu fui ajudar Edward com a gravata borboleta. Com a gravata amarrada, tirei de dentro do saco guardado no armário o vestido que eu tinha trazido para a festa.

O vestido era preto, igual a gravata de Edward. Ele era de alças finas e com um belo de um decote em V, que realçava o topo dos meus seios e com uma fenda lateral que começava no meio da minha coxa, o vestido era coberto por paetês pretos dando alguns pequenos focos de brilho quando qualquer luz batia nele. Calcei meus saltos e estava pronta. Edward que tinha ficado no quarto para fechar o meu vestido, saiu junto comigo. Enquanto ele ia na direção da festa, eu dei um pulo no quarto da Alice para ver se ela precisava de ajuda, mas a mesma já estava pronta.

Um tempo de festa já tinha se passado e eu tinha descido cerca de dois níveis do jardim apenas para respirar um pouco, tinha muita gente ali e o por mais que o espaço fosse aberto, e estava quase no horário que minha mãe iria me ligar.

- Oi. – eu ouvi uma voz feminina se aproximando de mim e ao me virar encontrei com Rosalie, naquele belíssimo e finíssimo vestido vermelho e com uma taça de champanhe em mãos.

- Oi. –

- Está tudo bem? – perguntou se aproximando um pouco de mim e olhando para frente para o mar.

- Está sim. Por que? –

- Está aqui embaixo sozinha. – apontou bebendo um gole do champanhe.

- Oh. Eu vim atender a minha mãe, ela deve me ligar daqui a pouco e bom... Ela não faz ideia de que eu estou aqui! – respondi e ela me encarou com a sobrancelha arqueada. – Minha mãe mal conheceu o Edward e já começou a implicar com ele. – comentei mesmo sem saber se deveria ou não estar comentando isso.

- Oh sua mãe não gosta dele? –

- Não. E eu não sei o motivo. – dei de ombros.

- Isso me é familiar. – comentou e eu a encarei. – Já vi muito isso, principalmente no meu trabalho. Que não é bem um trabalho. – admitiu e eu continuei encarando-a confusa. – Eu junto pessoas. Gosto de ver as pessoas felizes então eu quando vejo duas pessoas que se gostam, eu ajudo a ficarem juntos. Mas na verdade eu trabalho com casamentos. – explicou e eu balancei a cabeça rindo. – Mas... Quantos anos você tem? –

- Vinte e oito. –

- Não acha que já é grandinha demais para dar satisfações para a sua mãe? –

- Somos só nós duas! – expliquei. – E ela faz chantagem emocional por causa disso. Que meu pai morreu cedo, que sempre fomos nós duas e que sempre será nós duas! – suspirei.

- Olha... É a primeira vez em anos que eu vejo o Edward com alguém... – comentou se virando de costas para o mar e bebeu mais um gole do champanhe. – Nunca o vi mais feliz na vida, ele nunca apresentou nenhuma garota a família e o fato dele ter feito isso, ainda mais no aniversário de casamento do Carlisle, é porque ele quer ficar com você. –

- Eu sei. Ele falou isso mais cedo. Eu vou conversar com a minha mãe quando eu voltar de viagem, talvez eu morra... – brinquei e ela riu.

- Gosta dele de verdade, não é? – apenas assenti. – Então vai dar certo. Tem a minha benção. – ela suspirou animada. – Vou começar a pensar nas coisas do casamento. – eu me virei de frente para ela, a encarando com a sobrancelha arqueada.

- Rosalie, vai com calma! – a voz de Edward se fez presente, fazendo Rosalie rir. – Não é só porque te comparam com a deusa do amor que isso significa que você é! – ela riu mais ainda.

- Ah Edward... Sabe que para todas as pessoas que eu falei que iriam se casar, elas se casaram... –

- Mas não sabemos se elas se casaram porque queriam ou por pressão psicológica sua! – apontou e quem riu dessa vez fui eu.

- Idiota! – resmungou ela virando o resto do champanhe. – Vai ter que ter muita paciência para aturar esse homem! Ele consegue ser insuportável nos dias ruins. –

- Ah, mas todos nós temos dias ruins! – dei de ombros. – Só não podemos deixar que a maioria dos nossos dias sejam ruins. –

- Gostei. Bom vou voltar para a festa. – ela se afastou da mureta e voltou para perto da escada. Ela puxou Edward pelo braço que se abaixou um pouco para que ela pudesse murmurar algo em seu ouvido, fazendo o mesmo começar a virar os olhos e terminar com um sorriso no rosto, e logo em seguida voltou a subir e ele se aproximou.

- Que foi? – ele apenas deu de ombros.

- Ela gostou de você. O que é um pouco difícil de acontecer, ela não gosta de muita gente. – comentou passando os braços em volta da minha cintura e apoiando a cabeça em meu ombro. – Mas digamos que ela tem algum poder, porque ela consegue juntar muitos casais. –

- Ela não falou sério quando disse que iria a pensar nas coisas do casamento, não é? –

- Falou! Ela não vai mais tocar no assunto e quando você comentar que vai se casar, ela já vai ter uns livros com todos os mínimos detalhes de um casamento, que nem você conseguiria pensar ou imaginar que exista. –

- Medo! – ele riu.

- Sua mãe ainda vai te ligar? –

- Não sei. – dei de ombros. – Já deveria ter ligado, mas ontem ela ligou mais tarde... Se ela ligar e eu não atender eu falo com ela amanhã... – eu me virei de frente para ele e notei seus olhos presos no decote do meu vestido. – Meus olhos estão aqui em cima. – comentei e ele levantou a cabeça rindo.

- Desculpa. – pediu rindo. – Vamos ficar mais um pouquinho lá em cima antes de fugirmos para o quarto. – sugeriu.

- Interessante. Gostei! – Edward roçou o nariz ao meu antes de me dar um beijo rápido nos lábios.

Nós voltamos para a festa e notei que Alice não estava em lugar nenhum. E tampouco Jasper. Deus, só falta ela ter ido colocar aquele plano maluco dela em pratica, o que na verdade não seria nenhuma novidade, era a cara dela. Para uma festa onde só tinha família, até que era muita gente que estava ali. E foi até um pouco de surpresa um outro homem ter chegado um tempo depois, com uma coroa de louros na cabeça.

- Atrasado, mas cheguei! – respondeu parando próximo a nós dois enquanto ajeitava a gravata borboleta. – Perdi muita coisa? – perguntou olhando para Edward e logo em seguida me vendo ao seu lado. – Olha só... E não é que você a encontrou mesmo? Achei que a fofoca era mentira! E aí? Quanto tempo eu não te vejo! Você continua deslumbrante como sempre em Persé... –

- Cala a boca! – Edward deu uma tapa na nuca dele. – E você veio de onde? De uma festa a fantasia para estar com essa coisa ridícula na cabeça? – confuso, ele levou a mão a cabeça sentindo a coroa e tirando-a rapidamente. – Que tal nós dois batermos um papinho, bem rapidinho? – rapidamente ele se virou para a mim. – Eu não demoro, amor! – segurando-o pelo antebraço, Edward o puxou para onde seus irmãos estavam.

- Não precisa ficar preocupada. Ele é sempre assim! – ouvi a voz de Rosalie aparecendo atrás de mim com o braço entrelaçado em um belo e alto homem, de rosto delicado e cabelos escuros.

- Quem é ele? –

- Um primo bêbado! Nada de mais. – o homem respondeu. – Bom, todos nessa família bebem, mas James não sabe o que é limites. –

- Ele disse que tem muito tempo que não me vê e... –

- Ele está bêbado! – o homem respondeu simplesmente. – Vive bêbado, ele provavelmente te confundiu com outra pessoa. Com alguma prima, ou amiga... Ou até mesmo a Jane! – deu de ombros. – A propósito. Eu sou Emmett, marido de Rose. –

- É um prazer. E se me permitem dizer, vocês formam um belo casal. – respondi.

- E pensar que eu o deixei penando demais antes de ceder aos encantos dele. – Rosalie riu.

- Bella. – ouvi a voz de Edward vindo de trás de mim ao mesmo tempo em que o senti abraçando minha cintura. – E aí Emmett. Como vai a empresa? –

- Ótima... Estava querendo até falar com você sobre... –

- Rapazes... Estamos em uma festa! Nada de falar sobre trabalho. – Rosalie os repreendeu. – Falemos de coisas boas... Que merda de vestido é aquele que a Esme está usando? – comentou e ao mesmo tempo em que eu olhei para ela chocado, Edward e Emmett gargalharam. Nós ficamos mais um pouco ali conversando antes de pedirmos licença e escapulirmos para o quarto, mas antes de ver Carlisle conversando com o tal de James, e a conversa não muito boa, parecia mais uma briga, um pai brigando com o filho.

Domingo quando eu acordei já era um pouco tarde, já era quase onze horas da manhã. A maioria das pessoas já estavam acordadas, achava mesmo que apenas eu e Edward tínhamos sido os últimos a acordar, e me enganei completamente ao sair do quarto já vestida e vendo Jasper, tentando sair do quarto da Alice, usando apenas uma calça e o resto das roupas na mão, enquanto tentava sair de forma sorrateira. Edward que estava ao meu lado apenas limpou a garganta e Jasper se virou.

- Olá. Bom dia! – disse ficando com a cara vermelha, igual a uma criança que acabou de ser pega no pulo.

- Quarto errado, acha não? –

- Talvez eu estivesse um pouco bêbado e errei de quarto. –

- Claro! –

- Dá licença. – ele saiu correndo pelo corredor. Eu não tive tempo de falar mais nada, já que eu senti a mão de Alice em volta do meu pulso e me puxou para dentro do quarto.

- Bom dia. Ela já te encontra. – Alice falou fechando a porta do quarto na cara de Edward que riu do lado de fora.

- Te espero na mesa próxima a piscina. – gritou do lado de dentro e eu ouvi seus passos se afastando da porta. Alice praticamente me jogou na cama desfeita e eu me levantei em questão de dois segundos.

- Eu dormi com ele. –

- Notei! E aí? Provou a sua teoria? O sexo foi ruim e você não quer mais saber dele? – ele começou a balançar a cabeça negando.

- Foi o melhor sexo da minha vida. – ela se jogou na cama cobrindo a cabeça com os lençóis.

- Nossa! – me sentei no pufe que tinha em frente a cama. – E agora? –

- Não sei. –

- Edward comentou comigo que Jasper perguntou se podia passar um tempo morado com ele em Tulsa! – comentei.

- Para que? – ela virou a cabeça me encarando.

- Eu não tenho muita certeza, mas acho que é por sua causa! – disse o obvio.

- Isso significa o que? Que ele quer se envolver comigo? –

- Ou ter uma amizade colorida! Isso você tem que conversar com ele. Não é transando com ele e torcer para o sexo ser ruim que você vai resolver as coisas! –

- O que eu faço? –

- Levanta. Toma um banho e vem comer algo. Nós ainda vamos ficar aqui mais uma semana, o que inclui ele, conversa com ele se vai ser apenas sexo ou se vão tentar mais alguma coisa e principalmente em como vai ser com ele morando fora do país. É isso o que você tem que fazer. Levar essa noite apenas como um sexo casual, para o caso não passar de hoje você não sofra tanto, mesmo eu sabendo que irá! –

- Entendi. – ela se sentou na cama. – Vou colocar um biquini e um vestido bem sexy então. – ela correu na direção do armário onde ela tinha guardando suas coisas e eu a encarei sem entender nada.

- Não foi isso o que eu disse para você fazer! – respondi.

Ela não me deu mais ouvidos e apenas entrou no banheiro e desistindo de falar mais algo eu simplesmente deixei o quarto e fui até onde Edward me esperava, onde todos já estavam começando a comer. Assim que me viu, antes mesmo que eu tivesse a oportunidade de me sentar, ele se levantou e puxou a cadeira para mim.

- Obrigada. – agradeci me sentando e ele se sentou ao meu lado.

- Está tudo bem com Alice? – perguntou e eu notei que Jasper já estava ao seu lado e começou a prestar atenção na nossa conversa.

- Alice é louca. Lavei as minhas mãos! – comentei e ele balançou a cabeça rindo. Edward tinha uma romã aberta dentro de seu prato. – Posso? – perguntei vendo alguns caroços soltos.

- Certeza? – perguntou e eu apenas balancei a cabeça assentindo. Ele não se mexeu e continuou apenas me olhando.

- Eu quero! – falei e ele colocou metade da romã no prato a minha frente. Com as pontas dos dedos eu soltei algumas sementes e coloquei na boca e notei que estava todo mundo me olhando, Edward eu entendia o motivo, tinha receio que eu tivesse um treco de novo igual a primeira vez, mas os outros eu não sabia o motivo. – O que foi? – perguntei.

- Nada! – todos responderam em uníssono.

- Você está bem? – Edward perguntou baixo próximo ao meu ouvido e eu balancei a cabeça assentindo, ele apenas pegou a minha mão e beijou as costas da mesma e voltou a solta-la.

Alice chegou um tempo depois e se sentou na única cadeira vazia, ao lado de Jasper e notei que ele começou a puxar assunto com ela, baixo, eu ouvia os dois falando, mas não entendia sobre o que era. Como a maioria estava cansada devido a festa de ontem, ninguém saiu de casa durante todo o domingo, principalmente quem iria embora amanhã cedo, estavam apenas terminando de arrumar as suas coisas. De todos que tinham vindo, apenas Jasper ficaria conosco até o final da semana.

Segunda Edward me acordou cedo para que pudéssemos nos despedir que sua família e para que pudéssemos sair logo em seguida. Mais uma vez, Jasper dormiu no quarto de Alice, e mais uma vez eu e Edward o pegamos saindo de lá, e dessa vez ele não parecia estar envergonhado, saiu de lá da forma mais normal possível. Despedimo-nos da família de Edward, que tinha tomado café da manhã mais cedo, e nós quatro apenas nos sentamos a mesa para que nós pudéssemos tomar café antes de sairmos.

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