Adhara – Continente de Andrômeda –114 Depois da Conquista.
Pov. Edward.
Mal Isabella havia terminado de contar os acontecimentos envolvendo os seus tios e o seu pai, e uma batida soou na porta, era o nosso jantar. Assim que o jantar foi posto na mesa, eu não deixei que Bella se sentasse, pelo menos não antes de toma-la em meus braços, ela havia ficado chateada pelo que havia relembrado, mas ao toma-la em meus braços, e lhe dando um abraço apertado, eu vi um sorriso verdadeiro aparecendo em seus lábios. Eu beijei-lhe os lábios antes de solta-la para que ela pudesse se sentar na cadeira.
Depois de termos jantado, nós voltamos para cama. Bella deitou a cabeça em meu peito e eu a abracei forte, aninhando a minha cabeça perto da dela. Ela passou uma das pernas por cima de minha cintura e eu apoiei a minha mão em sua coxa.
Na manhã seguinte, quando eu acordei, primeiro que ela, eu permaneci ali mais um tempo, apenas deslizando os meus dedos pela pele macia de sua coxa. Bella começou a despertar logo em seguida, mexendo a cabeça sobre o meu peito, até aninha-la no vão entre o meu pescoço e ombro.
- Eu sei que você já acordou. – acusei e eu senti os seus lábios se repuxarem em um sorriso contra a pele do meu pescoço.
- Mas eu quero continuar na cama com você. – falou simplesmente.
- Nós ficamos o dia todo sozinhos no quarto ontem! –
- Foi pouco ainda! –
- Eu tenho algumas coisas para resolver, meu amor! –
- Não... Não tem! – eu ri enquanto a abraçava mais forte.
- Tenho uma proposta para te fazer. – ela não respondeu, apenas esperou que eu continuasse. – Deixa eu resolver o que eu tenho que fazer e vamos embora. – ela tirou a cabeça do meu pescoço, apoiando o seu queixo em meu peito e me encarando. – Podemos começar passando um tempo só nós dois em Dragonstone. – sugeri deslizando as pontas dos meus dedos, agora pelas suas costas. – Depois podemos ir até Saggita e voltarmos para as Ilhas... –
- Eu gosto da ideia..., mas não gosto da ideia de deixares o quarto! – balancei a cabeça rindo.
- Será bem rápido, não irá demorar nada e nós dois vamos estar aqui na cama, nus de novo e com os nossos corpos entrelaçados um ao outro. –
- É bom mesmo. – ela saiu de cima de mim, deitando totalmente na cama ao meu lado.
- Oh pelos deuses... Quando foi que ficastes desse jeito? – perguntei rindo, ao me virar na cama e deitar o meu corpo por cima do dela, apoiando o meu peso em meus braços, que estavam apoiados no colchão.
- Quando me casei com você! – rebateu e eu ri. Eu abaixei a manga da sua camisola e dei um beijo em seu ombro.
- Vai arrumando as suas coisas, que assim que eu resolver o que eu tenho para resolver, nós vamos para Dragonstone. – ela apenas balançou a cabeça assentindo. – Te amo. –
- Eu te amo. – levei a minha cabeça para perto da dela e beijei-lhe os lábios.
Saí de cima do seu corpo e saí da cama. Ela continuou deitada na cama enquanto eu me trocava e pedia o nosso café da manhã. Depois de termos comido, eu lhe dei outro beijo e deixei o quarto, deixando-a sozinha lá dentro. Quando eu saí, só o valete estava na porta, como eu tinha dispensado a vigia de Calleb e John quando eu cheguei, eu sabia que iria encontra-los junto com os outros guardas dos Mantos Dourados. E eu segui para o pátio. Havia alguns rostos novos nos mantos brancos e nos guardas, mas não na patrulha da cidade, a patrulha da cidade estava do jeito que eu havia deixado.
Puxei os dois em questão para o canto, e a mesma história que Isabella havia me contado, os dois havia repetido do mesmo jeito, o que significa que Bella havia me contado a história completa, não omitiu e nem amenizou nada. Deixei-os sozinhos e voltei para dentro da Fortaleza, eu segui para a sala do pequeno conselho ignorando todos os olhares dos moradores, eu não me importava com eles! O valete abriu a porta para mim, o conselho estava em reunião, e todo mundo se calou quando me viu entrando, caminhei calmamente para trás da cadeira de Charlie e meu irmão me encarou levemente divertido.
- Saiu do quarto? – ironizou. – Finalmente, eu... –
- Eu quero que você libere a sua Mão... – pedi apoiando a mão sobre o seu ombro. - Só por alguns minutos, o tempo necessário só para eu o matar! –
- Me matar? Posso saber o motivo? –
- Quer que fale na frente de todos o que você falou para a sua filha? – ele encarou o meu irmão.
- Vai! A filha é sua, o genro é seu! – ironizou e Charlie se levantou e seguiu para o lado de fora.
- Não se preocupe, meu irmão... Irei falar com você também sobre o que você fez! – deixei a sala e saí atras de Charlie, e assim que eu passei, a porta se fechou.
- O que você quer? – questionou irritado e se virando de frente para mim, e eu simplesmente acertei o seu queixo com a minha mão fechada em punho. – Qual é o seu problema? – gritou ao cambalear para trás com a mão na boca.
- Não se mete! – falei sério quando o guarda tentou se aproximar. – Você estava planejando o casamento da Isabella com o nortista, se eu não voltasse? – perguntei e ele me encarou incrédulo, com um filete de sangue escorrendo de sua boca.
- Não! Acha que eu sou idiota de fazer algo com você ainda vivo? –
- Então? –
- Quem queria fazer isso era o meu irmão, mas eu não permiti! –
- Então o que você estava falando com o nortista há três meses? – questionei. Charlie cuspiu em um pedaço do pano, que tinha tirado do bolso, o sangue que escorria de sua boca, e ao terminar de limpar a boca, ele se recompôs.
- O lorde Denali, veio falar comigo, porque Philip entrou em contato com ele querendo arranjar o casamento. Eu disse que não iria casar a minha filha de novo, a menos que eu tivesse notícias concretas que você tinha morrido! Fora isso não iria haver casamento nenhum! Eu tentei falar isso para Isabella, mas ela simplesmente não queria me ouvir! –
- Claro, por que você realmente achou que ela iria te ouvir depois de tantas merdas que a sua cunhada disse e que você não fez nada? –
- Queria que eu fizesse o que? Ninguém na minha família está feliz com isso e... –
- Nenhum de vocês tem que estar! Principalmente seu irmão e sua cunhada! – disse simplesmente. – Isabella está feliz, e apenas isso é o que importa! – dei de ombros. – Como pôde dizer para a sua própria filha, que eu não mandava mensagem sendo que eu mandava toda semana? Como pôde dizer que eu tinha coisas mais importantes para me concentrar sem ser ela? –
- Você estava em uma guerra, o mais lógico era você ter coisas mais importantes para se concentrar... –
- Nada é mais importante do que a Isabella! Ainda não entendeu isso? Do momento em que eu saí eu me arrependi e queria voltar! Sabe o que mais me deixou indignado? Não foi o fato de ter “seguido ordens”, ou de ter suspeitado que Isabella me traiu. O que me deixou mais indignado foi o fato de você culpar a sua filha por estar perdendo a preferência do meu irmão. Mentir para ela que estava me mandando corvos toda semana, quando nós dois sabemos que é mentira! Não nego quanto aos mantimentos, agradeço até, mas eu não vou permitir que acuse a sua filha de ingratidão! –
- Eu estava de cabeça quente. Você acha que é fácil ter que ficar aturando picuinhas de Eliza, malcriação de Isabella e o meu irmão falando na minha cabeça o dia inteiro. Enquanto ainda tentava convencer o seu irmão a mandar homens e suprimentos, e brigava com o Strong? Desde o casamento do rei, Strong se sente como se fosse mais importante do que o próprio rei, e ficou pior com o nascimento do príncipe. –
- Você não tem que dar ouvidos a sua cunhada! Ela que vá cuidar dos filhos dela! E mande o seu irmão à merda! Ele não tem que se meter na vida da minha esposa. Quanto ao que você chama de malcriação de Isabella, sabemos que ela tinha motivos para fazer o que fez, uma das pessoas em quem ela mais confiava estava mentindo para ela, queria o que? – rebati e ele apenas passou a mão pelo rosto, onde eu tinha socado recentemente. – Quanto a convencer ao meu irmão em mandar homens e suprimentos, sinto em lhe dizer que isso é o seu trabalho! Se não aguenta, entregue-o de vez ao Strong! – ironizei. – Sabe muito bem, que se quisesse já tinha colocado o Strong para fora deste castelo. Carlisle sempre acreditou em você de olhos fechados. –
- Não mais! Ele está sendo manipulado pelo Larry e pela filha, e não percebe isso! Eu não sei mais o que fazer! –
- Não sabe?! Eu vou te falar. – eu me aproximei dele. – Mande um corvo a sua cunhada e avise que as orações dela deram errado e que eu voltei! E peça para ela rezar para eu não por meus olhos nela, porque ela não vai gostar do que eu vou fazer, caso eu a encontre! – falei sério. – E avise ao meu irmão que assim que a reunião dele acabar, eu venho falar com ele. –
- Pode me dizer, quem é que foi que ensinou a minha filha a beber? – questionou. – Criados vieram me falar que Isabella anda bebendo cerveja. Eu nunca coloquei uma gota de cerveja na boca! Além do fato de ter entornado diversos toneis de vinho enquanto estava em Dragonstone com a princesa! –
- Talvez eu tenha dado para ela experimentar certa vez. – dei de ombros. – Mas eu não tenho que lhe dar satisfações quanto a isso! – eu me afastei alguns passos dele, antes de me virar para ele de novo. – A propósito... Irei tirar Bella de Adhara de novo! A pedido da própria! – avisei.
- Ela falou que iria fazer isso várias vezes... Estranho seria se ela pedisse o contrário! – comentei e eu fiquei alguns segundos o encarando até me reaproximar.
- Eu já percebi que você está ressentido por estar há tanto tempo sem falar com a Isabella, e só pela conversa que eu tive com ela hoje, eu notei o mesmo sentimento vindo dela. Ela pode negar, mas eu sei que ela quer voltar a falar com você! É só pedir desculpas, sinceramente, você sabe que fez merda! Ela está mais ressentida, não foi por tê-la acusado de traição, mas sim por tê-la chamada de ingrata... Foi por não a ter defendido da tia, quando na ocasião, você era a única pessoa presente que podia fazer isso! E enquanto você não entender isso, e não pedir desculpas sinceras, ela não vai voltar a falar com você! –
- E isso te faria feliz, não? Não me suporta, algo que é reciproco, o que você mais quer é que eu saía da vida da minha filha. –
- Tem razão, Charlie, eu não te suporto! Mas sabe o que é engraçado? Foi praticamente de você que saiu a única pessoa que amo de verdade, e eu não a quero chateada, eu quero que ela seja feliz. E do mesmo jeito que você não entende o motivo de ela ser feliz comigo, eu também não entendo o motivo de ela ser feliz com você. Mas ela é! E você deveria nutrir um segundo sentimento que temos em comum... Que é o sentimento de ver a Isabella feliz, o primeiro nós dois já compartilharmos a bastante tempo, que é gostar da Bella... E não podemos nos esquecer do terceiro, que é o que não nos suportamos. Eu posso colocar as minhas diferenças com você de lado, em prol da minha esposa. Espero que você saiba fazer a mesma coisa! –
- Alteza. O rei está disponível para recebe-lo agora! – o valete falou meio sem jeito de trás de mim, e ao olhar por sobre o ombro e eu vi que a porta do pequeno conselho estava aberta, e os lordes estavam deixando a reunião.
- Estou indo. – falei com ele e voltei a minha atenção a Charlie. – Pensa no que eu falei, eu intercedo ao seu favor para a Isabella, isso irá me custar uma boa parte da minha alma, mas como eu disse, eu não quero que a única mulher que eu amo, e já amei, magoada! E da próxima, que você fizer de novo, 1/3 do que fez durante esses três anos, eu vou fazer pior do que apenas lhe dar um soco! – falei sério e me virei para entrar na sala onde o meu irmão estava.
- Então, agora que já matastes a saudade da sua esposa, diga-me como... – ele se levantou animado.
- Como ousa interceptar e ler as cartas de cunho pessoal que eu mandei para a minha esposa? – perguntei de uma vez e ele apenas suspirou.
- As decisões que eu tomo como um rei não são da conta de ninguém. –
- Eu sou seu irmão! – falei entre os dentes. – Traíste-me mais desse jeito do que não enviando ninguém para ajudar em Stepstones! Sabia de tudo o que Isabella estava enfrentando e sabia que praticamente o único jeito de aliviar isso era com as cartas que eu mandava e você, sem motivo, simplesmente as intercepta? –
- Eu não queria nada sobre Stepstones sendo mencionado dentro desse castelo. –
- Eu nunca falei nada sobre Stepstones com a minha esposa. O máximo foi que eu ainda não tinha previsão de voltar! Eu imaginava o quanto ela estava aguentando, desses seus lordes asquerosos para perturba-la mais ainda com o que acontecia na guerra! Você sabia do que Charlie, o irmão e o cunhado faziam e sequer permitiu que ela me enviasse um corvo. Você teria que ler? – questionei indignado. - Charlie e o meistre teriam que ler? Por que vocês três acham que tinham o direito de ler algo de cunho pessoal da minha esposa para mim? –
- Eu conversei com Charlie sobre o que aconteceu em Oldtown, e sobre o que aconteceu no acampamento, não tinha mais o que fazer! Queria que eu arrancasse a língua de Lady Stone? Que eu matasse Charlie e Philip? Eu não sou você, Edward! –
- Isso eu sempre soube! Sempre foi fraco para qualquer coisa que fosse! Por que você acha que as pessoas gostam de você e não me suportam? Não é pelo meu jeito, é porque você é manipulável, sempre fostes manipulado pelo Hightower, e pela conversa que tive com Isabella, agora estais sendo manipulado pelo Strong. – ele abriu a boca. – Eu não ligo! Sinceramente, eu não me importo mais! Eu perdi três anos do meu casamento por você, pelo seu reino... E não me venha falar que não pediu nada, que não pediu para que eu fosse a guerra, porque eu sei, eu imagino, o quanto você esteja se vangloriando por ter mandando incríveis vinte homens! Que porra eu ia fazer com vinte homens, Carlisle? – eu gritei para ele e ele apenas abaixou a cabeça, apoiando a mão na testa. - Nada do que você falar, das desculpas que você der vai mudar algo. Eu estou... Atônito com tudo o que eu soube, do que você fez e permitiu acontecer durante esses anos, com o que fez e permitiu fazerem com a sua filha! Imagina a minha reação, eu mal chego em casa e descubro, pela boca da minha esposa, que o meu sogro e o meu irmão são dois filhos da puta mentirosos! – eu respirei fundo para me acalmar e não jogar o meu irmão pela janela. - Eu só vim até aqui para falar isso, eu estou deixando o castelo com a minha esposa, e se conseguir vou hoje mesmo! – eu lhe virei as costas para ir embora.
- Você acabou de voltar! –
- E já vou embora! –
- Fique... Eu sei que eu magoei você, Isabella e a Rose, eu fiz o que eu achei que era necessário. Eu sou um ser humano, eu sou passível de errar! Quer ir embora? Pode ir, mas fique pelo menos uns dias, Jéssica está organizando uma comemoração pela sua volta, para conheceres os seus sobrinhos, eu tive... –
- Eu sei que você tem mais dois filhos. Eu já sei. Eu já sei que finalmente você teve o filho homem que tanto quis... Espero que saiba, Carlisle, que a sua filha está considerando abdicar do trono, só para ter paz e poder viver, longe de Adhara e longe de você em paz! –
- Eu dei a Rose a opção de escolher com quem ela vai se casar, o que mais quer que eu faça? –
- Trate a sua filha com respeito! Pois o que eu ouvi da minha esposa, dos meus guardas e com certeza vou ouvir de qualquer pessoa que eu perguntar nesse castelo, é que você ignorava Rosalie sempre que a tal de Jéssica chegava com o seu filho. –
- Não é verdade! Ela ficava grudada em Isabella e... –
- Ela ficava grudada em Isabella, porque uma era tudo o que a outra tinha! Isabella estava brigada com o pai e Rose estava sendo ignorada por você. Elas só tinham uma à outra a se agarrarem, esperava o que? O que eu mais quero é realizar o desejo de Isabella e tira-la daqui, mas eu definitivamente, não queria sair daqui e deixar a minha sobrinha sozinha! – eu não falei mais nada e apenas saí da sala de reuniões.
Charlie ainda estava no meio do corredor, ele continuava a esfregar a mão pelo meu maxilar que eu havia socado. Eu não falei mais nada, eu não tinha mais nada para falar com ninguém. Ignorando todos que passavam por mim, eu voltei para o meu quarto, contudo, mal eu entrei no mesmo e o encontrei completamente vazio, Isabella não estava lá. Eu olhei para o valete, que respondeu apenas quarto da princesa, e girando sobre os meus tornozelos, eu segui pelos corredores, para alcançar o quarto da minha sobrinha.
- Você é definitivamente o ser mais louco que eu já conheci em toda a minha vida, e olha que eu sou casada com o seu tio! – eu ouvi a voz de Isabella saindo alta de dentro do quarto de Rose, sendo seguida pelas gargalhadas das duas, o guarda juramentado que estava na guarda, que eu sequer tinha visto alguma vez na vida, começou a rir junto, mas ao me ver, parou imediatamente. Ele demorou alguns bons segundos até entender que deveria bater à porta.
- Vai embora! – Rose gritou lá de dentro ainda rindo, e ignorando o homem de guarda, eu abri a mesma.
- Sério que depois de três anos vai me mandar embora? – perguntei encontrando as duas deitadas na cama e ainda rindo. – Que isso? Fui trocado? – questionei a Isabella que riu.
- Jamais! –
- O senhor pode entrar, tio. – respondeu Rose, puxando dois travesseiros para debaixo de seu corpo, e apoiando o seu braço nele. – Como foi a conversa com o meu pai? –
- A vontade que eu tinha era de jogar o seu pai e o pai dela pela janela! – respondi me aproximando delas, mas ficando parado de pé, ao lado da cama.
- E não fez isso, por quê? –
- Os únicos títulos que praticamente me faltam, e eu dispenso, é o de regicida e fratricida! – respondi. – Sua amiga já falou que vamos embora? –
- Já! – ela suspirou.
- Eu não quero ir e deixar você aqui sozinha! –
- Ainda mais com a madrasta que você tem! – Isabella ironizou estendendo a mão para mim.
- Não me lembre disso! – resmungou quando eu, segurando a mão de minha esposa, a puxei para que ela se levantasse da cama. – Mas vocês vão hoje? –
- Pretendia, mas o seu pai está perturbando para que eu fiquei mais alguns dias, porque essa tal de Jéssica está planejando alguma coisa... –
- Mais uma chance de esfregar para a população de Adhara o seu filho. –
- Enquanto Carlisle não o colocar como herdeiro, não importa o que o povo quer, Rosalie! – lembrei-a.
- Eu já te falei o que você tem que fazer, então deixe de ser teimosa! –
- Eu sei... Eu sei... –
- Nós vamos ficar mais uns dias na capital até você decidir o que vai fazer. Pode ser? – perguntei e ela apenas assentiu. – Então, eu vou roubar a minha esposa de você! – comentei e Bella riu.
Nós deixamos o quarto de Rose e voltamos para o nosso, no momento a única coisa que eu queria era tê-la em meus braços. Bella deitou a cabeça em meu peito, quando eu me deitei na cama, eu a abracei forte contra o corpo e com uma das mãos eu comecei a fazer um cafuné em seu cabelo.
No dia seguinte nós saímos do quarto apenas para acabar de vez com tal palhaçada dessa confraternização, e ao termos ido para o jardim do castelo, onde iria ocorrer a pequena confraternização, que não era sequer para existir, nós encontramos todos os moradores do castelo e alguns que moravam próximo, e obviamente no centro de tudo, meu irmão se gabando por ter “vencido” a guerra, e os lordes babando em um bebê de cabelo loiro no colo dele!
- Você não vai desgrudar dela não, meu irmão? – Carlisle se aproximou de nós dois, com a sua esposa e sem o seu filho, e Isabella sequer tentou disfarçar o incomodo da presença deles, eu só não sabia ao certo de qual das duas presenças a incomodava mais.
- Não pretendo tão cedo! – respondi apertando mais os meus braços em volta da cintura de minha esposa, enquanto eu beijava a sua têmpora.
- Você tinha que vê-lo mais novo! – comentou, eu só não sabia se era com Jéssica ou com Bella. – Ele está completamente irreconhecível! Nós sempre fomos muito distintos. – ele bebeu um gole do vinho que ele tinha em mãos. – Edward ia para os bordéis, conquistava os torneios e as mais belas damas do reino, e eu ficava em casa! –
- E a única coisa que mudou disso, foi o fato de eu ir para os bordéis, porque eu conquistei o último torneio que participei e conquistei a mulher mais bonita do reino! – rebati e eu ouvi Bella se engasgando com o vinho, ao rir, enquanto Jéssica me olhou feio. – E não podemos nos esquecer, que você sempre foi o favorito da família. –
- Não... Não é verdade! Você sempre foi o favorito da nossa mãe! Sempre! Ela sempre passava a mão na sua cabeça quando você fazia alguma coisa. E de nós dois, você foi o único que voava com ela quando era um bebê. –
- Perdão? – Bella perguntou após se recompor de seu breve engasgo.
- Nossa mãe, Isabella, Elizabeth, era uma montadora de dragões, foi a primeira a montar em Meleys. Quando esse aí tinha nove dias de vida, e com todo mundo dizendo para ela não fazer, ela ignorou a todos, incluindo o marido e os pais, amarrou Edward junto ao peito em um pano e sobrevoou toda Adhara no dorso de Meleys. Edward praticamente cresceu sob o dorso de um dragão, tanto que não foi nenhuma surpresa ele ter reivindicado o Caraxes com onze anos! – Bella virou a cabeça para trás para me olhar.
- Se você fizer isso com um filho meu, eu mato você! – comentou e eu ri a apertando os meus braços em volta de sua cintura, e ao levantar a cabeça eu notei que Charlie se aproximava da gente.
- E o que vocês pretendem fazer agora? – Jéssica perguntou.
- Bom... Bella quer voltar para as ilhas e eu pretendo realizar essa vontade em pouco tempo. –
- Mas já? Ficou tanto tempo longe da corte e já quer se afastar de novo? –
- Se a Isabella estivesse comigo em Stepstones, eu não voltava para cá! Aliais, eu só voltei na primeira vez, porque alguém aqui fez chantagem emocional. – comentei olhando para Rosalie que se aproximava da amiga rindo.
- Fiz mesmo! – ela deu de ombro rindo e aproximou a cabeça da cabeça de Bella, falando algo em seu ouvido.
- Eu já volto. – eu tirei as minhas mãos da cintura de Bella, ela me entregou a sua taça com vinho, e ela se afastou com a amiga.
- E então? – Charlie perguntou quando a filha se afastou.
- Ela não saber de você! E a culpa é toda sua! Aliais, de vocês dois! – respondi e bebi o resto do vinho e sem falar mais nada, me afastei dos três.
Eu deixei a taça vazia sobre a bandeja de um criado e dei uma passeada pelo jardim onde acontecia a confraternização, eu ouvia alguns felicitando ao meu irmão pela vitória em Stepstones, e meu irmão se vangloriava cada vez mais por ter ajudado, eu entendia Isabella ao querer se afastar de um lugar tão sórdido assim. Ignorando quem vinha falar comigo, eu refiz o caminho que tinha visto Isabella fazer com a amiga.
- Eu já falei que esse é o caminho mais fácil. – eu ouvi a voz de Isabella vindo do corredor vazio.
- Para que? – perguntei me fazendo presente e me aproximando delas.
- Rosalie não sabe o que quer da vida! – Bella reclamou, sentada em um dos bancos, e cruzando as pernas. – Ora ela quer renunciar ao trono e ora ela quer o trono. –
- Não é que eu não saiba o que eu quero. – Rosalie rebateu andando de um lado para o outro na frente da amiga. – Só que ninguém vai permitir que o meu pai deixe o trono para mim, principalmente com o filho que ele teve agora. –
- Rosalie, eles fizeram um juramento ao seu pai... – apontei me sentando lado de Bella.
- Então diz isso ao Strong e para metade dos membros do conselho, tio, todos estão tentando fazer a cabeça do meu pai para colocar Henry no meu lugar e ele não faz nada. –
- Você sabe muito bem o jeito de dialogar do seu tio, eu não pediria isso se fosse você! – Bella comentou e eu apenas virei a cabeça para encara-la. – Estou mentindo? Você não sabe dialogar com as pessoas sem ser usando a violência! – eu abri a boca. – Que marca é aquela no rosto do meu pai? –
- Eu dei um soco nele. – admiti.
- Não disse! – Bella encarou a amiga. – Se não quer que o seu tio mate todos os membros do conselho, sugiro não pedir isso! - apontou. – Todo mundo já te falou que o seu pai está te dando o privilégio de escolher com quem vai se casar, então, se case! É o único jeito de você assegurar o trono. –
- Você viu os homens que ele escolheu, Bella... –
- Já falei, daqueles de Cervus, o garoto Blackwood é o menos pior, isso se você ignorar que ele tem apenas onze anos. – Rosalie encarou feio a amiga. – A outra opção que você tem, e a melhor, é o Alec! –
- Desconfio, meu amor, que Alec goste do mesmo que ela! –
- Por isso mesmo! – ela respondeu. – Ele e os Black são os que mais tem a perder! Os filhos de Jane vão herdar o sobrenome do marido, e se Alec não tiver filho, os Black vão desaparecer. No final, os dois ganham! Ela tem como marido o herdeiro de uma das casas mais ricas do reino e ele tem o disfarce perfeito. Eles entram em um acordo, ele com os gostos dele e ela com os gostos dela, e os dois vivem um casamento de aparência igual noventa por cento da população de Andrômeda! –
- É um plano..., mas para dar certo ele precisa conseguir fazer um filho nela! –
- Se ele não conseguir, ela arruma um amante! – Bella deu de ombros. – Se possível parecido com ele, assim ninguém desconfia! –
- E ter bastardos? – Rosalie questionou.
- E quem vai dizer que são? Se você, Alec e o amante dos dois não abrirem a boca, não tem como ninguém saber! Além do fato de que seu pai, por mais merda que ele possa ter feito nesses três anos, ele jamais vai deixar alguém te acusar de ter filhos bastardos! –
- Ela tem razão. – falei. – Sem falar que as chances de Carlisle aceitar Alec como seu noivo é grande! Depois dos desentendimentos por ele não ter desposado Jane, e dos conflitos devido a Stepstones, esse será o jeito mais fácil de unir as duas casas de novo! Ele vai te dar a segurança para assumir o trono e você vai dar a ele a segurança que ele precisa para esconder os segredos dele! – ela não falou mais nada, apenas apoiou as costas na parede do corredor. – Mas primeiro, você tem que decidir se você quer o trono ou não. Todos vão cair matando em cima de você quando a coroa pousar em sua cabeça. Tanto os lordes quanto o povo. Você vai precisar provar a eles que você pode e tem a capacidade de governar esse reino sendo uma mulher ou não! –
- A única coisa que garante de forma definitiva a minha ascensão é se Henry morrer e se Jéssica não tiver outro filho... – Rose falou em um sussurro.
- Não dê ideia a ele! – Bella se apressou em dizer.
- Eu vou pensar! Juro que eu vou pensar... Eu vejo vocês dois depois... –
- Só que no caso, princesa, o depois vai ser depois de alguns dias mesmo! –
- Vão se trancar no quarto de novo? – perguntou rindo.
- Na verdade, eu pretendo passar uns dias com a Bella em Dragonstone. Eu fiquei de cumprir uma promessa a ela! – as duas me olharam confusas. – E dessa vez não tem como você vir junto. – entendendo o que eu quis dizer, Bella me olhou assombrada.
- Pelos Deuses, Edward! – reclamou me fazendo rir.
- Nem vou perguntar... – Rosalie resmungou enquanto seguiu pelo corredor subindo as escadas.
- Você é maluco pra falar uma coisa dessas na frente dela? –
- Ué, eu te fiz uma promessa em Dragonstone, não fiz? Estou disposto a cumprir! –
- Inacreditável! – resmungou rindo e eu acabei rindo também. – Mas não vou reclamar. – rebateu em voz baixa.
- Então vai se trocar. –
- Para que? –
- Já disse, vamos para a Dragonstone. Saindo agora chegamos durante a noite. –
- Está falando sério mesmo? –
- Sim. Eu prometi que iria te comer contra cada parede daquele castelo e contra a mesa pintada e pretendo cumprir! – falei e ela riu.
- Já falei o quão romântico você é? –
- Não recentemente. – ela riu mais ainda.
- A sua sorte... – ela se aproximou e segurou o meu queixo entre os seus dedos. – É que eu amo você do jeitinho que você é! – ela beijou os meus lábios. – Eu vou me trocar. – ela me deu outro beijo e soltando o meu rosto, ela me soltou e seguiu para as escadas.
- Irmão... – a voz de Carlisle me impediu de me levantar e de ir atrás da minha mulher. – Quero te pedir um favor... –
- Não sendo convencer a Bella a falar com o pai ou a não sair de Andrômeda... O que quiser... –
- Eu não vou me intrometer nesse assunto. – suspirou e se sentou ao meu lado. – Eu quero que converse com Rosalie. –
- Na verdade, eu queria conversar com você sobre Rosalie. – eu me virei mais um pouco de frente para ele. – Como você escuta o seu mestre de leis falando que deveria dar a sucessão a Henry, após o mesmo ter jurado fidelidade a Rosalie, e não o condena por traição? –
- Ele é o pai de Jéssica! É normal ele querer o neto no trono! – deu de ombros.
- Você está rejeitando a sua filha e não percebe isso! Todo mundo nesse reino está rejeitando a Rosalie e você não faz absolutamente nada! –
- Não é verdade! Ela que se afasta. Ela vive para cima e para baixo com a Isabella, ela nunca fica perto quando os irmãos estão em algum lugar e... –
- E talvez ela só fique com a Bella, pois ela é a única amiga de verdade que Rosalie tem! – apontei.
- Edward... – ele suspirou. – Eu não escolhi Rosalie por puro capricho ou porque você renunciou! Ela é a minha primogênita, ela é a única coisa que me resta da única mulher que eu realmente amei em toda a minha vida! Quando Esme morreu, e do jeito que ela morreu, eu jamais pensei em me casar de novo, quanto mais ter um filho homem! Sim, depois que o Henry nasceu eu recuei e pensei em mudar o meu herdeiro, mas eu não mudei, eu não voltei atrás! Eu tenho total certeza de que Rosalie será uma boa rainha, a menos que ela continue agindo o jeito que está! Ela tem que entender que ela não é uma garota normal, ela tem responsabilidades, ela não pode ficar o dia inteiro montada em algum cavalo ou em Syrax, ela não pode ficar o dia inteiro trancada no quarto com a Isabella! Ela tem que se inteirar dos assuntos do reino que ela vai governar! De início, eu não me importava com o fato de ela viver grudada a sua esposa, eu sabia que ela não estava bem com a sua partida, então eu não ligava..., mas chegou a um nível... Pelos Deuses, as duas passaram a noite em uma floresta e... –
- Eu já conversei com Isabella quanto a isso! –
- Eu pedi para ela se casar, separei os melhores pretendentes das melhores casas do reino e ela recusou um por um e... –
- Você só se esqueceu do melhor pretendente! – ele me encarou confuso. – Alec Black! Os Black têm o mesmo sangue que nós, por vir do mesmo lugar que nós, e por Gianna, a nossa prima, ser a mãe de Alec. Sem contar que eles são uma das casas mais ricas de Andrômeda, ele deveria ser o principal pretendente que você deveria pensar. É questão de estratégia política, para beneficiar a sua filha, a sua casa e o reinado de ambos. Algo, que, perdoe-me, meu irmão, você deveria ter pensado nisso desde que a proposta para desposar Jane surgiu! –
- Eu sei disso! – ele suspirou.
- Você está sendo fraco mais uma vez nas suas decisões, e os sanguessugas do seu conselho sabem disso! –
- Olha lá como fala... – repreendeu-me.
- Eu estou mentindo? Eu sei que desde o início você sabia que acabar com a guerra de Stepstones era o melhor a ser feito! Nosso avô sempre falou isso! E quando você teve a oportunidade você recusou, porque os seus conselheiros falaram que não era bom arrumar uma guerra com as cidades livres de Saggita. Eu e Jacob arrumamos, cadê os exércitos, que não estão vindo para cima de nós? Você precisa pensar mais com a sua cabeça, e não com a cabeça dos seus conselheiros! – falei me levantando, eu estava ficando irritado demais para ficar sentado. – Eu sempre fui o único que te falou a verdade naquela merda daquele conselho ou então na merda dessa vida, e eu sempre fui o que você menos ouviu! –
- Irmão... –
- Vê se pela primeira vez na sua vida você dá ouvidos a mim que eu sou o seu irmão! – falei lhe virando as costas. – Estou indo para Dragonstone ficar uns dias a sós com a minha esposa, espero que quando eu voltar você tenha aberto os olhos para os que te cercam! – falei subindo as escadas e deixando-o sozinho.
Quando eu cheguei em meu quarto, eu encontrei a porta aberta. Bella estava terminando de prender o cabelo e uma criada terminava de arrumar alguns pequenos baús.
- Está pronta? – perguntei da porta do quarto.
- Sim. Como vamos? –
- Nós dois vamos voando e as nossas coisas vão de navio. Chegam amanhã, eu já o deixei avisado. –
- Como? Tinha dito ontem a Rose que iria ficar na capital mais uns dias. –
- Em relação a deixar Andrômeda. – expliquei. – Se acontecer alguma coisa chegamos aqui em Adhara em poucas horas vindo de Dragonstone. – me voltei a criada. – Daqui a pouco vão vir buscar os baús e leva-los ao navio. –
- Sim alteza. –
- Vamos? – perguntei quando ela se levantou da banqueta de sua penteadeira.
- Vamos! –
- Quer que eu peça um cavalo para a senhora ou quer que vir comigo? –
- Com você! – respondeu mal eu terminei de falar.
- Quer se despedir da Rose ou do seu pai? –
- Da Rose eu me despedi assim que subi e eu não quero falar com o meu pai, já disse! –
- Então vamos. –
Eu estiquei a minha mão para ela, e ela prontamente a pegou, entrelaçando os nossos dedos. Nós deixamos o castelo na direção do pátio principal, ignorando completamente o barulho das conversas e da música vinda do jardim. Pedi a criado do estabulo que trouxesse Belfast, assim que ele chegou, eu ajudei Bella a montar na parte de trás da sela, e montei a sua frente, ela abraçou a minha cintura, chegando o corpo mais perto do meu. Esporei Belfast para que saísse do pátio da fortaleza vermelha e cruzando uma parte da cidade na direção do fosso, desviando dos caminhos cheios pela população de Adhara. Ao chegar ao Fosso, e enquanto eu ajudava Bella a desmontar do cavalo, um dos guardiões se aproximaram.
- Alteza... Devo pegar o Caraxes? – questionou.
- Não. Ainda não! Traz a Tessarion! – ele assentiu se afastando. – Tem uma coisa que eu quero perguntar, levando em consideração os últimos acontecimentos envolvendo o seu pai. – ela me encarou enquanto colocava alguns fios de seu cabelo, que estavam em seu rosto. – Você vai continuar usando o sobrenome dele? –
- Eu nem sabia que eu podia tirar o sobrenome dele. –
- Legalmente não pode, mas pode renunciar ao nome dele. –
- Para que quer saber disso? – perguntou.
- Porque eu quero saber para pedir a sela da Tessarion. –
- E no que isso interfere? –
- Nunca reparou na sela de Caraxes? –
- Noto agora que deveria, mas não. –
- Todas as selas tem o brasão da casa do montador. As selas de Seasmoke e provavelmente, agora, de Vhagar, tem o brasão dos Swan e dos Black e... –
- E você quer saber se eu vou renunciar ao meu pai, para que a minha tenha o brasão dos Hightower e dos Swan... –
- Exatamente. –
- Amor... Eu espero que em algum momento eu consiga me entender de novo com o meu pai! – ela deu de ombros. – Não vou ter o mesmo relacionamento com ele que eu tinha antes, eu sei, mas espero ter algum tipo de relacionamento, pelo menos o mais raso possível! –
Eu levei a minha mão até a sua bochecha e lhe acariciei a sua pele macia e rosada, fazendo-a sorrir. Abaixei a minha cabeça e rocei o meu nariz antes de beijar os seus lábios. Bella retribuiu o beijo, e eu não tive tempo de aprofundar o mesmo, devido ao rosnado que vinha de dentro da caverna do Fosso. Eu beijei-lhe mais uma vez os lábios de Bella e levantei a cabeça vendo o dragão saindo do fosso.
- Ela cresceu! – comentei vendo o dragão azul saindo de dentro da caverna. Eu soltei Bella, segurando a sua mão e nós dois nos aproximamos de Tessarion.
- Ela não está linda? – perguntou esticando a mão para que o dragão cheirasse a sua mão, e a mesma deitou a ponta do focinho contra a palma da mão de Bella.
- Ela já era quando pequena, cresceu e ficou mais bonita ainda! – ela virou as pupilas na minha direção e afastou a cabeça de Bella, para me cheirar, e ao recordar do meu cheiro, ela me ignorou. – Vamos? – Bella apenas assentiu, fazendo um carinho na cabeça do dragão azul. – Tragam o Caraxes! – pedi ao guardião que apenas assentiu e caminhou para o lado de dentro do fosso. – Ela continua implicante? –
- Igual a dona. – Bella respondeu me fazendo rir, eu abracei Isabella pelas costas, lhe abraçando forte e dando um beijo em sua bochecha.
- Eu senti a sua falta! –
- Eu também! – eu beijei de novo a sua bochecha. O rosnado de Caraxes soou saindo da caverna e ele veio caminhando para perto de nós. Tessarion rosnou quando Caraxes parou atrás dele. – Vamos antes que ela implique com ele também. –
- Precisa de ajuda para subir nela? –
- Não. – garantiu se virando de frente para mim.
- Tome cuidado então. – pedi quando ela ficou na ponta dos pés e beijou-me os lábios. – Me segue. – eu beijei-lhe os lábios mais uma vez, e se aproximou de Tessarion, que havia se afastado de Caraxes. Eu fiquei observando-a enquanto subia na asa de seu dragão, até se sentar na sela. – Vamos lá, garoto. – eu subi no dorso de Caraxes e alcei voo depois que ela subiu com o dragão azul, quase que se camuflando no azul do céu.
Caraxes era quase quatro vezes maior do que Tessarion, mas isso não a impedia de rosnar para o dragão vermelho quando ele se aproximou, algo que fez Isabella rir. Realmente Tessarion era implicante igual a dona! Eu puxei as rédeas para onde eu queria que ele fosse e durante todo o caminho, eu ia olhando para trás para ver se Bella me seguia, e mesmo o dragão azul sendo temperamental, ela parecia uma dama entre os dragões, o seu voo era gracioso, quase tão gracioso quanto ao voo de Meleys, conhecida como A Rainha Vermelha, pois diziam que ela era tão graciosa como uma rainha!
Nós pousamos no campo atrás do castelo de Dragonstone, a noite estava começando a cair e uma pequena garoa também. Pedi para que Bella fosse para o quarto enquanto eu ia falar com o meistre e os criados do castelo e que não demoraria muito eu estaria com ela lá. Com as devidas ordens e avisos dados, e ordens para que não atrapalhassem, apenas em último caso, eu segui o caminho para o quarto, para onde a minha esposa me esperava.
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