Tulsa – Oklahoma.
2019.
Bella.
O resto da semana tinha sido bem tranquila, Edward e Jasper escolhiam alguns lugares para nos levar. A maioria dos dias nós havíamos passado dentro do iate visitando as praias e algumas das ilhas próximas e mais famosas. Na sexta feira, voltamos para Atenas para que pudéssemos pegar o jato de volta no domingo, pelo que Alice tinha comentado, Jasper iria primeiro para Londres resolver umas pendências antes de seguir para Tulsa e morar com o amigo por um tempo. Durante toda a semana, Alice e Jasper viviam grudados, às vezes pior até que eu e Edward, e olha que nós ficávamos bem grudados.
Segunda feira de volta a Tulsa eu resolvi para por a minha vida em ordem e no ritmo de trabalho de novo. Infelizmente metade do dia tinha sido perdido devido ao jet lag e a e ao fato de eu ter que reabituar ao horário americano. Depois de ter acordado, após o horário de almoço eu fui desfazer as minhas malas e colocar as roupas para lavar, queria dar um jeito rápido na casa antes de voltar ao batente amanhã.
Terça feira eu voltei a floricultura com o estômago na boca, provavelmente de medo de ver como a minha loja tinha ficado durante essas duas semanas nas mãos de Bree e de sua prima. Bom, eu confiava em Bree, mas não sabia se confiava muito em sua prima que tinha acabado de conhecer. Bree tinha passado na minha casa na hora que eu estava saindo para o trabalho com o porta malas do carro cheio de flores. Pelo menos o meu jardim estava inteiro. Enquanto eu dava carona para ela até a loja, ela foi me contando sobre como tinha sido essas duas semanas, eu tinha comprado um presentinho para ela como uma forma de agradece-la por cuidar da minha loja e do meu jardim enquanto estive fora, mesmo agora ela sendo a minha funcionária, eu gostava bastante de Bree, era um amorzinho e sempre foi, ela e sua mãe.
Dei uma olhada bem por alto na minha loja. Ela estava de pé e sem nada quebrado, e isso era bom. Bree me devolveu as minhas chaves, tanto a da loja quanto ao do meu portão, para que ela tivesse acesso ao meu jardim, e eu fiz questão de deixa-la na porta da escola e voltei ao meu trabalho. Antes de abrir a loja resolvi dar uma olhada no livro caixa, e analisando por alto ele parecia estar bom, as vendas não tinham caído durante as semanas que estive longe. Com as coisas mais importantes checados, comecei a fazer os meus buques e arranjos antes que pudesse abrir a loja.
- Bom dia senhorita. – eu ouvi a voz de Edward bem próxima ao meu ouvido enquanto eu terminava alguns buques que haviam sido encomendados pelo telefone.
- Oi. – ele me abraçou forte e deu um beijo na minha bochecha. Eu estava no depósito da loja e tinha deixado Alice, que ainda estava me ajudando, tomando conta da frente, por isso eu não me importei muito quando ouvi o sininho que ficava em cima da porta. – Ainda é bom dia? – perguntei pegando alguns ramos de astilbes brancas para incorporar o buque.
- Na verdade faltam poucos minutos para o meio dia. – explicou.
- Entendi. – respondi dando uma pequena amarrada no buque para mantê-lo junto e pegando o papel Kraft para embala-lo. – E o que o senhor deseja? –
- Vim te chamar para almoçar e para trabalhar. –
- Já estou trabalhando. – respondi.
- A loja da Alice está pronta. – falou baixo em meu ouvido e eu parei com a fita rosa em mãos. – Falta apenas o seu toque final. –
- E está murmurando por que? –
- Porque ela ainda não sabe. – respondeu ele. Eu terminei de amarrar o buque e me virei de frente para ele.
- Tudo bem. O que eu preciso levar? –
- Isso vai depender do que você vai fazer! Podemos ir lá para você dar uma olhada e depois te trago e você pega as suas coisas. – sugeriu. – E amanhã é a vez da loja da Sue. –
- Ok. Da Sue eu sei o que é pra fazer. Vamos lá então... – eu peguei os quatro buques que eu tinha feito. – Alice. – eu a chamei voltando para frente da loja.
- Diga. –
- Eu vou ter que sair com o Edward. – expliquei colocando os quatro buques em cima da bancada em frente onde ela estava e pegando quatro pedaços de papeis que eu tinha pequenos. – Tenho que... Fazer o paisagismo de uma loja e daqui a pouco eu volto. – expliquei anotando os nomes dos nomes das pessoas que tinham pedido os buques e prendi com um clipe de papel os nomes no buque. – Quando as pessoas chegarem, você confere os nomes e entrega os buques. Tudo bem? – ela assentiu. – Daqui a pouco a Bree deve chegar para te ajudar e eu espero não demorar muito. –
- Sim senhorita. – eu coloquei os buques dentro de um vaso grande com água e peguei minha bolsa.
- Ah Alice... – Edward falou com ela quando nos aproximamos da saída. – Jasper disse que chega em dois dias. – comentou e eu vi o rosto de Alice ficar completamente vermelha.
- Não provoca ela. – dei uma tapa no braço de Edward. – Ela está gostando dele. – comentei quando eu enlacei meu braço ao dele. – E eu espero que o seu amigo não esteja brincando com ela. –
- Jasper não é esse tipo de pessoa. Pode ficar tranquilo quanto a isso. –
- É bom mesmo! Não vou deixá-lo magoar a única amiga que eu tenho. –
- E eu não vou deixa-lo magoar você... – comentou sorrindo e me abraçando.
Nós seguimos até outro restaurante já que o da Sue estava fechado para que pudesse ser arrumado. Depois do almoço ele me levou até a loja de Alice. Tinha ficado muito boa, mais iluminada, mas espaçosa e mais organizada, só esperava que Alice assim a deixasse. As araras e armários já estavam no lugar, do jeito que Edward tinha me mostrado no projeto. Eu olhei cada canto milimetricamente da loja e me voltei ao Edward dizendo apenas um preciso de um carro grande. E mesmo sorrindo, ele atendeu ao meu pedido.
Nós fomos até a minha casa e ele ficou me seguindo pacientemente e fez tudo o que eu pedi, começando por tirar o terno, pois ele iria se sujar. Além dele tinha vindo mais duas pessoas para ajudar a carregar as coisas que eu iria precisar, eu fui escolhendo alguns vasos, alguns grandes e alguns pequenos e fui pedindo a eles para levarem para o porta malas do carro e enquanto eles iam carregando os vasos com cuidado para não os quebrar, eu ia escolhendo as plantas e deixava separado. Além é claro de alguns bons sacos de terra, e mais algumas coisas para planta que eu iria precisar.
Mesmo com um porta malas grande de uma picape que eles tinham arrumado, os dois ajudantes foram com coisas no colo no banco de trás e eu também no banco da frente, era muita coisa, mas do jeito que eu estava pensando não iria ficar abarrotado de flores. Assim que chegamos na loja de Alice, o chão estava forrado com um plástico branco para que eu não sujasse e tudo foi posto lá dentro e eles seguiram para terminar com a loja de Sue e Edward ficou ali comigo me auxiliando, e a sua camisa branca já estava suja de terra e eu mal tinha começado.
Eu tinha feito alguns vasos de flores pequenos para deixar espalhados pela loja, por algumas prateleiras, bancadas que tinha no meio da loja e até mesmo no balcão onde tinha a caixa registradora. Com o lado de dentro já pronto eu segui para o lado de fora, a loja de Alice ficava em uma esquina e na entrada da loja dela eu coloquei dois vasos medianos branco com mini árvores e cobrindo a terra com flores brancas. Eram quatro vasos daqueles, dois na entrada da loja e mais dois no final delas. Eu tinha levado uma Bougainville rosa clara e havia plantado no pequeno canteiro que Edward tinha deixado separado para mim, cobrindo a terra e a raiz com pedrinhas da mesma cor da calçada, e devagar, para tomar cuidado com os espinhos e com Edward me ajudando.
- Acho que eu nunca vi você tão sujo assim. – brinquei ao terminar com o paisagismo e de ter limpado a minha bagunça. A camisa branca de Edward estava toda manchada de terra.
- Para eu aprender a não vir mais trabalhar de terno. – brincou rindo.
- Obrigada pela ajuda. – ele estava sentado em um banquinho deixado pelos funcionários dele e eu sentada no chão.
- Caso as plantas as quais eu pus a mão não morram eu diria disponha! – eu ergui uma sobrancelha o encarando. – Digamos que minhas mãos não são boas para plantações. –
- Mas são maravilhosas para outras coisas. – respondi e eu vi um sorriso e um brilho de luxuria. – Estava me referindo a massagens, Cullen. Apenas isso! – ele riu. – Agora, eu preciso voltar ao trabalho e começar a separar as coisas para a amanhã. –
- Vai querer ajuda amanhã também. –
- Caso queira ajudar e não se importe e sair sujo de terra de novo. Vou querer sim! –
Edward se levantou e esticou as mãos para mim, segurando-as eu me levantei com ajuda dele. Guardando o resto das coisas no carro, ele me levou de volta para a minha loja enquanto iria vistoriar o término da obra no restaurante da Sue. Bree já estava ali, acudindo Alice quando chegava alguém querendo algum buquê de flores, segui primeiro para os fundos da loja para que pudesse arrumar algumas coisas que eu tinha levado e para lavar as minhas mãos e tirar os vestígios de terra debaixo das unhas e voltando para frente da loja, para ajudar as três.
Ao fechar a loja, dei carona para Alice e para Bree, era caminho mesmo para a minha casa então não seria problema nenhum. Assim que eu cheguei em casa, recebi uma mensagem de Edward perguntando se podia vir e trazer Cerberus junto, e eu prontamente aceitei, mesmo tendo ficado essa viagem toda com o cachorro, pelo menos quando ficávamos em casa, eu nunca iria me importar dele vir para a minha casa. Com a mensagem respondida, subi para o quarto para que pudesse tomar um banho e trocar de roupa após um longo dia de trabalho.
Durante o jantar, Edward disse que a equipe de limpeza já tinha limpado toda a loja de Alice e ela estava pronta para ser entregue e ele queria fazer isso amanhã, ele ainda tinha várias lojas para restaurar, antes de mexer na prefeitura e n a praça principal da cidade e ele não queria atrasar o cronograma que o prefeito tinha pedido, já que o prefeito O’Brien queria toda a cidade pronta antes das eleições em novembro.
No dia seguinte pela manhã eu fui buscar Alice, ela ainda não sabia nada sobre a loja e o plano de Edward era que eu levasse Alice até lá. Como eu sabia que iria ajudar Alice a colocar a loja em ordem para que ela pudesse reabri-la, eu resolvi abri a floricultura apenas após o horário do almoço, quando Bree chegasse para cuidar da loja enquanto eu ia fazer o paisagismo na loja de Sue. Dirigi calmamente até a loja de Alice, encontrando Edward já na porta. Ela não era burra e sabia o que significava o fato de estarmos ali, e ainda desceu do carro saltitante.
- Ela está pronta? – perguntou pulando no lugar, parecia uma criança animada.
- Está! – Edward entregou as chaves da loja.
- Em primeiro lugar. – Alice se virou para mim. – Amei as plantas! –
- Entra logo, Alice! –
Ela abriu a porta e nós entramos. Hoje os manequins já estavam na loja, parados na vitrine das lojas e mais alguns nos cantos para o caso de Alice querer espalha-los pelo local. Com a loja entregue e com Alice agradecendo até demais a Edward, ele voltou ao trabalho, prometendo me encontrar aqui ou na floricultura, ligaria antes para perguntar, para me buscar para almoçar e terminar o restaurante de Sue. Nós duas ficamos sozinhas e ela saiu me arrastando de volta para o carro para pegar as roupas que ela tinha em casa e me fazendo prometer que amanhã sem falta eu iria com ela até o seu distribuidor, usando a desculpa de que o meu carro era maior do que o dela e eu apenas concordei.
Durante toda a manhã eu fiquei sentada no chão da loja de Alice separando as roupas que ela tinha e anotando para ela as quantidades em um caderninho e anotando mais embaixo as roupas que ela precisaria comprar amanhã. Ela percebeu que a roupas que tinha não era dessa estação, eu não entendia muito sobre roupas, só usava basicamente o que Alice “mandava”, do mesmo jeito que ela não entendia de plantas e quando quisesse alguma, eu que escolhia e ela apenas aceitava. Ela colocou as roupas que ainda tinha em estoque, algumas no balcão central da loja e arrumou umas cartolinas, que tinha jogada em casa, provavelmente da nossa época de escola, devido a poeira que tinha no saco que as embrulhava, e me pediu para fazer uns cartazes anunciando queima de estoque, e basicamente as únicas coisas que ficaram nos lugares definitivos foram as joias que ela vendia.
Ao terminar de ajudar Alice, ela trancou a loja de novo e voltou para a floricultura comigo e enquanto eu trabalhava, ela ia comprando algumas coisas pelo site do distribuidor dela, e o resto ela escolheria amanhã na loja. Durante o resto da manhã tinha aparecido alguns clientes que procuravam por vasos avulsos ou plantas que eu não tinha no momento e com os pedidos eu resolvi fazer uma encomenda no meu distribuidor de matérias de jardinagens e de mudas de plantas. Além de ter pedido alguns vasos e mudas novas, aproveitei para pedir um pé de romã, eu tinha realmente gostado da fruta e não entendia o motivo para a minha mãe nunca ter me dado para experimentar enquanto eu era mais nova.
Durante uma venda e outra, um arranjo ou buquê e outro, eu ia fazendo um pequeno resumo de como cultivar romãs, eu tinha vários cadernos com anotações de todas as plantas que eu tinha em casa, desde tempo de cultivo, tipo de adubação e fertilizante e tudo mais, com o tempo eu ia gravando e usando menos os cadernos, mas quando ficava um pouco em duvida eu ia atrás dele para saber.
Próximo a hora do almoço, Edward veio me buscar para almoçar e ao perguntar, dessa vez, se Alice queria vir junto e ainda me ajudava com o restaurante de Sue, ela prontamente negou. Como o paisagismo para o comércio de Sue era um pouco mais complexo, principalmente porque eu teria que entrelaçar os galhos da glicínia que já tinha comprado adulta, nos pergolados, eu acabei ficando ali a tarde toda e até inicio da noite, mesmo tendo ajuda do Edward, eu tinha que ir entrelaçando os ramos com cuidado, para não estragarem as flores, não queria danificar nada, e mesmo que fosse difícil manter todas as flores, eu tentava não tirar todas.
Eram por volta das sete da noite quando nós acabamos e eu estava bem cansada, principalmente por ficar com os braços esticados em cima de uma escada para poder alcançar o pergolado. Eu queria apenas um banho quente e descansar.
Quando amanheceu no dia seguinte eu estava mais cansada ainda, mas mesmo assim cumpri a minha promessa para Alice. Fui com ela até o seu distribuidor e aproveitei e passei pelo meu na volta, quando ele me ligou avisando que já tinha separado tudo o que eu havia pedido. Alice tinha ficado mais da metade do dia na loja de roupas e eu acabei ficando com ela o resto da tarde e inicio da noite arrumando os manequins e a loja para a reinauguração de amanhã. Eu estava exausta, cansada e com dor no corpo, e para completar o dia, Edward havia me ligado me chamando para ir jantar com ele em sua casa e que ele me compensaria com uma belíssima massagem e isso foi o suficiente para eu ter aceitado.
Deixei Alice em casa e as coisas que eu tinha comprado também. Bree tinha ficado encarregada da loja pela tarde e eu não tive tempo nem de descarregar as coisas que tinha comprado e nem tempo para plantar a árvore que tinha trazido. Ela já era adulta e não era muito grande, mas ainda não tinha frutos, já que a época era de setembro a dezembro. Em casa eu tomei um banho e arrumei uma mochilinha com uma peça de roupas para ir trabalhar amanhã e segui para a casa de Edward, tocando a campainha.
- Olha quem apareceu. – Jasper abriu a porta para mim.
- Oi. Quando chegou? –
- Agora! – respondeu. – Entra aí, Edward está fazendo uma coisa que eu nunca vi na minha vida. –
- O que? – perguntei entrando na casa e ele fechando a porta atrás de mim.
- Jantar! E olha que eu morei com ele por anos durante a época da faculdade e se não fosse a governanta ele morria de fome. –
- Cala a boca Jasper! – eu ouvi a voz de Edward gritando da cozinha e eu balancei a cabeça rindo.
- Oi menino... – Cerberus apareceu no meu campo de visão ao mesmo tempo em que coloquei minha mochila aos pés da escada. – Como você está? – perguntei me abaixando para tentar ficar a sua altura e coçar atrás das orelhas dele.
- E Alice? – Jasper perguntou e eu apenas o olhei por cima dos meus ombros.
- Está bem! – respondi. – Deixei-a em casa agora a pouco. Estava cansada! – expliquei me levantando e vendo Edward se aproximar. – E eu também! –
- Oi. – ele me abraçou e me deu um beijo rápido. – Já falei que depois do jantar eu vou te fazer uma massagem! – comentou baixo apenas para que eu ouvisse.
- Por que não avisou que Jasper já tinha chegado? Eu teria avisado a Alice. –
- Por que ele chegou, literalmente, agora. – explicou.
- Eu vou arrumar as minhas coisas e volto daqui a pouco. Com licença. – mal terminou de dizer e ele subiu.
- E então, como foi seu dia? –
- Longo! – resmunguei. – Alice ficou mais da metade do dia na fábrica, estava voltando para casa quando o distribuidor ligou e eu dei meia volta, meu carro estava entulhado de planta, vaso e roupa. O resto do dia foi ajudando a Alice a arrumar a loja, ela quer eu dê uma passada lá amanhã e você me convenceu a vir para cá. – ele balançou a cabeça sorrindo. – Dormi pouco ontem. – admiti, já que ele não tinha dormido comigo.
- Por quê? Algum pesadelo de novo? – neguei. – Então? –
- Sei lá. – dei de ombros. – Eu estava bem cansada só não conseguia dormir. –
- Se eu soubesse que estava tão cansada assim eu não teria te convencido a vir. –
- Teria sim! – brinquei e ele riu.
- Se quiser tomar um banho quente, eu poderia te ajudar e... -
- Tomei banho antes de vir... –
- Que pena! – fez um bico e eu sorri. Fiquei na ponta dos pés e rocei meus lábios aos dele. – Eu te amo. –
- Eu te amo. –
Um tempo depois Jasper desceu e o jantar ficou pronto. Ao terminarmos de comer, eu ajudei Edward a lavar a louça, mesmo ele insistindo que era para eu ir para o quarto, mas mesmo assim eu o ajudei e Jasper também. Com a cozinha limpa cada um seguiu o seu rumo. Jasper foi para o quarto de hospedes e eu segui para o quarto de Edward, que foi tomar um banho enquanto eu trocava de roupa e escovava os dentes.
Quando Edward saiu do banheiro, eu estava sentada na cama respondendo uma mensagem da minha mãe, que ainda não tinha voltado de viagem e mal dava sinal de vida. Todo dia mandava apenas uma mensagem falando que estava bem e nada mais. Edward se sentou atrás de mim e eu senti suas mãos apoiando em meus ombros apertando-os com um pouquinho de força, fazendo uma massagem.
No dia seguinte eu segui para a minha casa e Edward para uma reunião com o prefeito. Segundo Jasper, que me pediu para deixar na loja de Alice, ele tinha avisado ela ontem a noite que tinha chegado, contudo ela só tinha o respondido hoje pela manhã, e avisando que antes de eu poder leva-lo para lá, eu teria que passar em casa para pegar algumas flores e ele concordou. Como eu tinha levado uma muda de roupa para a casa de Edward, eu nem entrei em casa, apenas segui até a minha pequena estufa para pegar as minhas ferramentas para colher umas flores.
- Bella. – Jasper me chamou depois de um tempo andando pelo meu quintal.
- Oi. –
- Você sabe que eu sou psicólogo não sabe? – balancei a cabeça assentindo e tirando os espinhos com a ajuda de uma faquinha. – Que bom, Edward te contou, então o que acha que conversarmos sobre a sua compulsão por plantas?! – perguntou e eu comecei a rir. – Compulsão tem cura! – eu ri mais ainda quando eu quase deitei no chão. – Engraçadinha. –
- Jasper. Quanto a esta compulsão eu não quero me curar! – ele riu junto comigo e me ajudou a levantar assim que eu tinha terminado de colher as minhas plantas.
Jasper me ajudou a levar as coisas para dentro do carro. Dirigi até a loja de Alice que estava lá dentro correndo de um lado para o outro tentando arrumar as coisas, que eu tinha arrumado com ela ontem. Desci do carro e entrei na loja.
- Que zona é essa? – perguntei abrindo a porta.
- Eu não estou gostando do jeito que isso aqui está e então estou trocando tudo de lugar. – falou desesperada e eu apenas suspirei fundo.
– Trouxe uma pessoa para te ajudar, que no caso não sou eu, porque eu tenho que cuidar da minha loja hoje. –
- Qualquer ajuda é bem-vinda! – dei um passo para o lado e Jasper entrou.
- Bom dia senhorita. – ele respondeu. – Uma rosa para uma rosa! –
- Isso é um ranúnculo! – corrigi-o e ele ficou olhando por um tempo para a flor em sua mão. – Parece uma rosa, mas não é! –
- Uma flor para uma flor! – corrigiu-se e eu vi Alice parada com as bochechas coradas.
- Eu vou deixar vocês dois! – disse simplesmente saindo da loja. Mal eu terminei de dar a volta no carro para entrar no banco do motorista, e ao olhar para dentro da loja, vi que Alice estava no colo do Jasper e os dois se beijando. Entrei no carro balançando a cabeça e seguindo a minha floricultura.
Durante toda a manhã eu cuidei da minha loja, limpando os ramos de flores que tinha trazido comigo e colocava nos jarros com água para não murcharem. Conforme as pessoas entravam eu ia fazendo os buquês que eles pediam e ia entregando. Eu ainda tinha algumas lojas para ir arrumando com Edward, mas só conforme ele ia me chamando. Por volta do horário do almoço ele tinha me ligado para cancelar o almoço, havia aparecido um problema na loja que estava sendo consertada no momento e ele não conseguiria sair de lá no momento.
Alice estava presa na loja dela com Jasper, eu tinha ligado para ela ver que ela queria ir almoçar ou se precisava de ajuda, mas ela não me respondia. Nem minha mãe me mandava mensagem perguntando como eu estava ou quando ela iria chegar e nem nada do tipo, eu também não estava com muita fome, tratei apenas de me contentar em ir na padaria do outro lado da rua e comprar um refrigerante e comer com os biscoitos que eu tinha trazido de casa enquanto assistia alguns vídeos no Youtube para cultivar a romã que estava no meu quintal esperando ser plantada.
O final de semana tinha chegado e eu tinha cancelado tudo que haviam me chamado para fazer, no caso Alice e Edward, eu estava a semanas sem dar uma bela de uma cuidada no meu jardim e eu passaria o final de semana fazendo isso e dessa vez ninguém iria me impedir. Alice queria levar Jasper para dar uma volta, eu só não sabia para onde ela queria levar Jasper em Tulsa, não tinha nada para fazer aqui. Já Edward tinha me chamado para passar o dia com ele, e eu me obriguei a negar, tinha coisas para fazer, aliás eu tinha muita coisa para fazer. Passando o dia inteiro no trabalho, fazendo os paisagismos nas lojas em reformas e passando quase todas as noites na casa de Edward ou com ele aqui, eu não tinha tempo para cuidar da minha casa, que estava suja e uma zona, meu jardim estava cheio de folhas murchas no chão e de ervas daninhas, eu precisava dar uma bela limpada nele.
Sábado eu precisei deixar Bree tomando conta da loja para que eu pudesse limpar a minha casa e eu havia conseguido limpar toda a casa, ela estava brilhando e sem nenhum sinal de poeira ou com alguma folhinha murcha em alguma das plantas que tinha ali dentro. Domingo eu trabalhei no meu quintal, tirando as ervas daninhas e as folhas murchas e finalmente plantado o pé de romã que eu tinha comprado.
Com o cair da noite, eu terminei tudo o que tinha para fazer no meu quintal e tomei um banho, mal eu tinha terminado de me vestir e descer as escadas e a campainha tocou e ao abrir a porta eu dei de cara com Edward.
- O que faz aqui? – questionei.
- Pensei que pudéssemos pedir uma pizza e tomar com um vinho e ver um filme... –
- Cadê Cerberus? – perguntei vendo uma garrafa de vinho em sua mão.
- Com Jasper em casa e com Alice... Meio que fui expulso de casa. – brincou.
- Entra. Mas eu estou cansada. – avisei fechando a porta atrás dele. – Fiquei o dia todo arrumando o quintal. – contei me sentando no meu sofá enquanto ele ia até a cozinha e pegava duas taças.
- Eu te ofereci ajuda! – lembrou-me se sentando ao meu lado.
- Eu sei! Mas quando eu estou mexendo no jardim é o meu maior momento de paz. – comentei deitando no sofá e ele puxou meus pés para o seu colo.
- Teve alguma notícia da sua mãe? – perguntou pegando um dos meus pés e massageando-o.
- Não. Parece que ela sente que eu tenho que conversar com ela e ela fica adiando isso. – respondi. – Desde que voltamos de viagem ela só manda mensagem falando que está bem e nada mais! – dei de ombros. – O lado bom é que me priva de algumas dores de cabeça desnecessárias. E você alguma noticias dos seus irmãos? –
- Não. Está tudo tranquilo então nós conversamos bem pouco. Acho que nos falamos mais quando tem problemas acontecendo. – deu de ombros.
- Ah nem te contei. – ele virou o rosto para mim. – Comprei uma romã. –
- Gostou para ter comprado a fruta. –
- Na verdade eu comprei um pé de romã mesmo. – respondi e ele riu.
- E teve espaço para plantar? – rebateu rindo e eu o acompanhei. – Já te falei, você tem que morar em uma fazenda! Daqui a pouco esse quintal não tem espaço para mais nada. –
- Eu sei. Isso é triste. – fiz bico, ele soltou meu pé e sentou em cima das minhas pernas, apoiando seu peso na perna que estava em cima do sofá e a outra apoiada no chão e roçou seus lábios aos meus. Sua mão estava apoiada em meu rosto, acariciando minha bochecha com o seu polegar enquanto nossas bocas continuavam unidas em um beijo calmo, lento e apaixonado. Quando o ar se fez necessário ele desceu com o beijo para o meu pescoço, beijando-o e roçando os dentes pela minha pele, eu virei um pouco o rosto e falei em seu ouvido. – Eu não vou transar com você! – avisei antes que ele se animasse e eu ouvi um muxoxo vindo dele. – Estou cansada. –
- Tudo bem. – respondeu tirando a cabeça do vão do meu pescoço. – Eu te amo. –
- Eu te amo. – a campainha tocou interrompendo o nosso pequeno momento e eu me sentei no sofá ao mesmo tempo em que ele levantou e caminhou até a porta. Edward voltou com uma embalagem grande de pizza ao mesmo tempo em que eu ligava a televisão e logava na Netflix.
Duas semanas haviam se passado e eu continuava cansada, quase todo dia eu saía cedo para trabalhar e durante a tarde eu ficava fazendo alguns paisagismos e tive que tirar um dos meus finais de semana de folga para fazer o paisagismo das praças e áreas públicas, já que como eu não tinha com quem deixar a loja na parte da manhã, já que Bree só chegava depois da aula, eu precisei trabalhar durante o final de semana para poder entregar a minha parte do trabalho.
Segunda de manhã quando eu acordei Edward já tinha levantando e não estava no quarto. Ele tinha dormido aqui em casa, já que ele tinha ficado o final de semana todo me ajudando no paisagismo, pelo menos carregando o pesado enquanto eu fazia o resto do trabalho. Calcei meus chinelos para não pisar no chão gelado e desci as escadas em busca de uma grande e quente xicara de café antes de iniciar mais um dia de trabalho.
- Para de se agoniar. Eu já falei que eu vou para aí! – conforme eu descia as escadas eu ia ouvindo a voz de Edward, provavelmente no telefone. – Macária, se acalma! – ele quase gritou no telefone. – Eu já falei que eu tenho tudo sob controle. –
- Edward? – eu o chamei e ele se sobressaltou antes de se virar de frente para mim. – Está tudo bem? –
- Está! Não... Não se preocupa. – garantiu. – Dê-me só um minuto. – pediu e eu apenas assenti enquanto ia preparar um café. – Eu falo com você depois. Chego aí em dois dias. Agora trate de se acalmar! E controle a Meli. – mandou. – Simples, faça-a te obedecer! Eu tenho que desligar. – ele desligou o telefone e veio até mim. – Bom dia, amor. –
- Bom dia. Tem certeza que está tudo bem? – questionei sentindo o cheiro de café começar a surgir pela cozinha.
- Claro, por quê? –
- Eu não sei porque, mas o jeito que você falava parecia o jeito que a minha mãe brigava comigo. – comentei e ele riu.
- Eu vou ter que viajar. Está acontecendo um pequeno caos na empresa e eu vou ter que ir resolver. – comentou. – Eu te chamaria para ir comigo, mas eu vou ficar resolvendo problemas e mais problemas... Quem sabe da próxima? – deu de ombros.
- Vai ficar quanto tempo fora? –
- Espero que seja pouquíssimo tempo, mas acredito que não passe de duas semanas. –
- Muito tempo. – respirei fundo e apoiando minhas mãos em seus ombros. – Mas tudo bem! Quando vai? –
- Hoje. Tenho que ir antes que o caos tome conta. –
- Tudo bem. – meus lábios se repuxaram em um meio sorriso e ele abaixou a cabeça me dando um beijo.
- Eu vou tentar voltar o mais rápido que eu puder. – garantiu antes de aprofundar o beijo.
Poucas horas depois Edward teve que ir viajar e para não deixar Jasper, que passava mais tempo ajudando Alice na loja do que outra coisa, cuidando do cão ele resolveu levar Cerberus junto, mesmo eu dizendo que podia tomar conta dele por essas duas semanas sem problema nenhum. Terça feira eu deixei Bree tomando conta da loja durante a tarde e fui até o mercado, eu tinha que repor a minha dispensa e aproveitei para comprar algumas romãs, já que a minha árvore ainda não estava dando frutos, e pelo visto só daria frutos no próximo ano e voltei para casa.
Terça feira eu fiz uma pequena merendeira para mim, eu não queria sair para almoçar ainda mais sozinha enquanto separei algumas coisas de casa e levei. Eu não tinha fechado a loja durante o horário do almoço, apenas peguei a romã que tinha comprado no dia anterior, já que eu ainda não sentia muita fome, e coloquei em um pratinho antes de voltar para o meu balcão.
- Oi minha filha! – tinha nem cinco minutos que eu estava ali comendo a minha frutinha que eu ouvi a voz da minha mãe e eu levantei os olhos e vi minha mãe entrando na loja com duas pessoas atrás dela.
- Mãe? – perguntei confusa, tinha quase três semanas que ela falava pouco comigo e de repente ela voltou e trazendo gente consigo.
- Oi minha filha. – repetiu vindo na minha direção com os braços abertos.
- Que milagre é esse? A senhora não dá sinal de vida direito a quase um mês. – ela me abraçou forte.
- O sinal estava péssimo na Grécia devido a uma tempestade e quase não tinha sinal de telefone ou de internet. – deu de ombros. – Seu tio não conseguiu vir, mas ele mandou seus primos para passar um tempo aqui conosco. – ela me puxou para a porta da loja. – Bella, esses são os seus primos Seth e Leah. – apresentou-nos.
- É um prazer finalmente conhecer alguém da minha família. – respondi sorrindo e vi que Leah me olhou de cima a baixo com desdém.
- Digo o mesmo, priminha. – Seth respondeu sorrindo e eu não sabia se era deboche ou o que.
- Leah vai te ajudar aqui na loja, filha. – minha mãe disse repente.
- Por quê? – questionei olhando para a minha mãe. – Não me leve a mal, mas eu já tenho a minha ajudante, a propósito ela deve estar chegando em poucos minutos. – apontei. – E a loja é pequena eu não preciso de tanto ajudante assim. –
- Simples, despeça Bree e contrate Leah! – minha mãe disse simplesmente.
- Eu não posso fazer isso com a Bree e aliás... – me virei de frente para Leah. – Você sabe algo de plantas? – questionei.
- É claro que ela sabe. – minha mãe respondeu no lugar de Leah. – Já te disse, mexer com plantas é um dom de família. Leah você começa amanhã. –
- Se não tem escolha, não é. –
- Mãe, com todo o respeito. A loja é minha, quem paga as contas sou eu e não é a senhora quem vai dizer quem vai trabalhar aqui ou não. – minha mãe apenas me encarou com a sobrancelha arqueada.
- Eu disse Isabella, que a Leah começa amanhã. –
- Dê-me um bom motivo. –
- Ela é sua prima e eu estou mandando! –
- Então abra uma loja para a senhora e contrate ela. –
- Não me responda, Isabella. E fim de história, já falei. Eu trouxe Leah para cá prometendo o trabalho. –
- E a senhora não tinha que prometer sem falar comigo. A loja é minha, não da senhora! -
- Não irei mais tocar nesse assunto. Leah começa amanhã. –
- Eu não vou demitir a Bree. – disse firme.
- Então vai pagar dois salários. – deu de ombros andando para o fundo da loja. Respira Isabella, respira Isabella.
- Depois mãe, eu tenho que falar com a senhora, mãe. –
- Sobre o que? –
- A noite mãe! A noite eu e a senhora vamos conversar. –
- Que merda é essa Isabella? –
Jasper chegou... Edward viajou e Renée retornou com esses primos! Minha nossa!
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