quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Capítulo 10

 Quase dois meses haviam se passado desde a cerimônia que Edward havia feito para decretar a sua herdeira e até o momento tudo estava na completa paz. Anastásia não teve nenhum problema para se adaptar a sua nova rotina e a sua nova “vida”, ela havia aceitado de uma forma muito tranquila o fato de ser uma bruxa e até o atual momento, ela estava cumprindo a promessa que havia feito a sua mãe, e não havia conversando sobre isso com ninguém. Alguns lordes e ministros deixaram o castelo, após Edward tê-los mandado embora devido as ações e palavras que proferiram as princesas, e alguns foram mandados embora depois, quando o próprio rei havia escutado o que falaram sobre as filhas.

O dia estava tranquilo, estava um pouco frio devido à chuva que tomava conta da região e Bella tinha acabado de deixar Anastásia em sua aula, Edward e Isabella haviam mudado os horários da primogênita, já que ela tinha que estudar com Isabella agora. E agora, a rainha estava disposta em “roubar” o marido da sala de reuniões, as meninas estavam ocupadas e ela estava afim de passar um tempo a sós com o marido. Eles ainda não tinham conseguido passar uns dias no castelo de Verão, por mais que Bella tenha tentado resolver o problema das chuvas, alguns problemas ainda aconteceram que atrapalharam a viagem da família.

- Eu não acredito que ela ainda está com a cabeça sobre os ombros. – Isabella ouviu a voz do seu maior “problema” vindo do corredor atrás de si, e ela apenas se virou, com toda a naturalidade do mundo, já tinha um bom tempo que ela sabia que ele iria aparecer, Esme já sabia, o único que ainda não foi informado sobre isso era Edward. – Você soube muito bem esconder o teu defeito dos reis, não é mesmo minha filha? –

- Qual defeito? – Isabella questionou confusa. – A que eu sou a filha de um mercenário mentiroso? – ela rebateu e os olhos de Charlie faiscaram. – Isso eu não escondi, eles descobriram e sozinhos no primeiro dia que o senhor foi embora. – Charlie se aproximou dela furioso e um dos guardas a postos, apenas se aproximou ficando entre os dois. – Pode voltar ao seu posto, ele não é idiota de tentar fazer alguma coisa! – ela falou ao guarda, que apenas voltou ao seu lugar, e ela terminou de se aproximar do pai. – Agora, se estais dizendo sobre o meu dom... Meu marido e minha sogra sabem! E ao contrário do senhor, eles sempre foram gratos e não interesseiros com o que os meus dons poderiam fazer! – ela falou baixíssimo apenas para que ele ouvisse.

- Como ousa pisar em Castela de novo? – a voz de Edward soou furiosa vinda do final do corredor, detrás de Isabella. – Tem que ser muito idiota a ponto de voltar aqui depois do que você fez! – Isabella apenas apoiou a mão no peito de Edward, para evitar que ele fizesse alguma coisa.

- Eu vim por dois motivos, majestade! –

- Quais? – ele perguntou entre os dentes, e com um aceno de mão fez os guardas saírem do corredor deixando-os sozinhos.

- Em primeiro lugar eu vim com o rei Seth, e em segundo lugar, eu vim resolver essa história de terem dado o meu ducado a uma mulher qualquer! –

- Seu ducado? Quando você deixou Castela em direção a Inglaterra você perdeu o seu título e o seu ducado, você jura que isso não era óbvio? E não foi dado a uma mulher qualquer... – ignorando a mão de Isabella, ele se aproximou de Charlie. – Foi dado a minha filha! – Charlie piscou os olhos surpreso.

- Eu tenho uma neta? –

- O senhor não tem nada! – Isabella falou. – A menos que Jane tenha tido alguma filha, pois as minhas filhas, de avó só tem a rainha Esme! – Charlie olhou para a filha furiosa.

- Eu não tenho nada para resolver com você. – Edward disse entre os dentes. – Na verdade, o assunto que eu teria que resolver era cortar a sua cabeça, mas não perderei o meu tempo com isso, pois... Bom, eu amo Isabella, seu plano teria dado melhores resultados caso tivesse me apresentado a Isabella verdadeira! E quanto ao seu antigo ducado? Eu não irei voltar atrás na minha decisão. E eu tampouco tenho algo para tratar com Seth, portanto, suma do meu reino, antes que eu volte atrás na minha decisão de lhe manter com a cabeça sobre os ombros. –

- Sabes o que Isabella é?! O Papa também sabe? – provocou. – Se eu não tiver de volta o meu ducado, e os meus benefícios como pai da rainha, eu conto ao Papa o que Isabella é! –

- Você não tem provas! –

- Não preciso delas! Eu sou homem e pai de Isabella! Essas duas são as maiores provas que eu posso ter, além do fato de eu ter o rei Seth do meu lado! – ele se virou em seus calcanhares e se afastou dos dois.

- Você sabia que ele ia vir! – Edward não perguntou, ele prontamente acusou a esposa.

- Sabia! Foi esse o problema que eu vi se aproximando perto do aniversário de Victoria. – Edward deu dos passos na direção de Isabella, que ao se afastar, se encontrou com a parede.

- Por que não me contou? – questionou apoiando as duas mãos na parede ao lado da cabeça da esposa. Edward estava furioso com tamanha traição.

- Eu... Eu nunca entendi o motivo para ele vir! Eu só fui entender quando destes o ducado a Anastásia. – ela engoliu em seco o choro que se formava em sua garganta. – Eu conversei com a sua mãe... –

- Ah... A minha mãe também sabia? Eu fui o último, eu fui o idiota, que ficou sabendo por último. –

- Você não entende! – ela fungou pelo nariz segurando o choro que queria aparecer. – Eu vi duas coisas. Se você soubesse quanto a vinda dele, a sua reação seria muito pior e pelo bem ou pelo mal eu e a sua mãe achamos melhor você souber na hora e explodir, do que tentar fazer algo e dar terrivelmente errado... – conforme ela falava, algumas pequenas e transparentes lágrimas escorriam de seus olhos.

- Porquê está chorando? – perguntou ele preocupado, temendo ter assustado a sua esposa, com a sua reação.

- Ele vai contar ao Papa, e ele tem razão, a maior prova que ele tem é o fato de ser meu pai! Eu não ligo para o que pode acontecer comigo..., mas com as meninas não! Com as minhas filhas não! – e percebendo o motivo do desespero da esposa, ele a puxou para o seu braço, apertando-a forte contra o seu corpo, em uma tentativa de lhe acalmar e lhe dar suporte.

- Eu não vou permitir que aquele desgraçado faça algo com você e nem com as meninas, nem que para isso eu precise mata-lo antes! –

Edward ficou abraçando Isabella forte entre os braços, enquanto esperava que ela se acalmasse. Ele jamais iria permitir que Charlie fizesse mais mal a Isabella ou que fizesse alguma coisa com as meninas. O rei ficou deslizando as mãos pelos cabelos da esposa, em uma vã tentativa de acalma-la. Quando um valete veio avisar ao rei, que o rei inglês estava na sala do trono, esperando-o, Isabella o soltou, virando de costas para o valete e limpando os olhos com as pontas dos dedos. As ordens de Edward foram que, levassem Seth até um quarto e pedisse desculpas, mas ele estava deveras ocupado e não teria como recebê-lo. O valete apenas assentiu e saiu para cumprir as ordens do monarca, Isabella respirou fundo para se acalmar e ao virar de frente para o marido de novo, com os olhos e a ponta do nariz levemente avermelhados, pediu ao esposo para colocarem guardas atrás das meninas, não queria Charlie, e tampouco Jane – mesmo sem saber ao certo se ela tinha vindo junto – perto das garotas.

Com a confirmação de que ele iria fazer isso imediatamente, Bella pediu licença e se afastou, ela precisava respirar fundo, sentia uma pressão enorme em seu peito, por mais que ela tenha visto diversas vezes que o seu pai iria voltar, ela jamais havia visto que ele ameaçaria ou colocaria e risco a vida das meninas. Isabella foi para o jardim atrás do castelo, encostando-se na mureta de uma fonte enquanto respirava fundo, com o canto dos olhos, ela viu guardas de Castela cercando o jardim, ela não duvidava de que, do mesmo jeito em que Edward iria colocar guardas de olho nas meninas, ele também iria colocar guardas de olho nela.

Ao ficar sozinho no corredor, após a esposa ter ido embora, Edward foi atrás da mãe, que ao sair perguntando pelos corredores, soube que a mãe se encontrava no quarto. E foi para lá que ele seguiu, mal ele se aproximou do corredor, e o valete, que estava a postos na porta, bateu a mesma, e assim que Edward se aproximou, a porta foi aberta.

- Oi meu filho. – a rainha mãe estava sentada próxima a janela, tricotando um par de meias para as netas mais novas, com duas damas de companhia ao lado, que também tricotavam.

- Deixem-nos a sós, por favor? – pediu as senhoras, que apenas assentiram, deixando os seus trabalhos no cesto e ao fazerem uma reverência, elas deixaram o quarto.

- O que houve? – perguntou preocupada e também deixando o seu trabalho de tricô na cesta, ao ver a expressão no rosto do único filho.

- A senhora sabia que Charlie Swan iria aparecer e não me disse nada! – Edward acusou e ela apenas suspirou.

- Eu conversei com a Isabella, e seria pior se você soubesse e... –

- E ele apareceu! – Edward ironizou. – E eu não sei o que é pior. O que eu supostamente faria, ou o fato de ele ter ameaçado entregar Isabella e as meninas ao papa... –

- Para conseguir o que? –

- Ele quer o ducado dele de volta! E todos os benefícios que um pai de rainha tem! –

- Edward, você não pode permitir isso! – ela falou se levantando de sua cadeira e se aproximando do filho. – Ele não tem provas... –

- Ele tem o apoio de Seth, não sei para que ainda, e ele é o pai de Isabella. Sabes que o papa irá ouvir mais do pai do que o esposo! –

- Mas você é o rei! E nós não temos problemas nenhum com Roma, muito pelo contrário! Seth tem problemas com Roma! –

- Será que... – uma ideia surgiu na cabeça de Edward. – Será que Charlie pensou que eu tinha entregado Isabella a Igreja e me casado de novo e usou da amizade que tinha com o meu pai, ao saber que eu tinha uma filha, para tentar fazer com que Seth caia nas graças de Roma de novo? –

- Eu... Eu não sei se Seth tem filhos, se tiver, as chances são bem grandes. Seth veio junto? –

- Sim. Pedi para levarem-no a um quarto porque eu estava muito ocupado para recebê-lo. Isabella está em pânico temendo que ele faça algo com as meninas. Me pediu para colocar guardas para segui-las para impedir que ele ou Jane se aproximem, e não, eu não sei se Jane também veio! –

- Ela sabia que teríamos problemas, mas ela nunca imaginou que seria algo nesse nível! – Esme passou a mão pelo rosto. – Converse com Seth em particular, sem a presença de Charlie e descubra o que ele veio fazer aqui, se é essa história de casamento para cair nas graças de Roma de novo. Depois, tente enrolar o Charlie o máximo que conseguir, não o provoque, confirme que vai devolver o ducado a ele, e deixe-o se sentir como sendo o pai da rainha. Até descobrimos um jeito de nos livrarmos dele. Talvez, possamos nos livrar dele ao tentar fazer com que o papa acredite que ele esteja forjando provas contra a Isabella. –

- Por qual motivo? – Edward rebateu.

- Eu ainda não sei. – Esme respondeu sinceramente. – Mas eu vou pensar no assunto. Por enquanto, jogue o jogo deles! E explique a Isabella o que você vai fazer, e pelo amor de Deus, não o deixe perto das meninas! Nem de Isabella, ele vai tentar provoca-la até que ela faça algo, e se ela fizer, não vai ter como fazermos mais nada! – Edward apenas assentiu.

- Eu vou ver onde as meninas estão e onde a Bella está! – ele se virou, se aproximando da porta.

- Filho. – ela o chamou quando ele tentou sair. – Não brigue com ela. – pediu. – Ela fez o que ela pensou que era melhor, principalmente para você! –

- Eu sei! Eu acabei explodindo com a pessoa errada, mas eu vou me desculpar com ela, não se preocupe! – garantiu e deixou o quarto da mãe.

Edward saiu do castelo em busca da esposa, e a encontrou encostada na mureta, ela não chorava mais, contudo a ponta de seu nariz e os seus olhos ainda estavam levemente avermelhados. Edward não falou nada de início, apenas segurou a mão da esposa, entrelaçando os seus dedos e com o seu polegar ficou fazendo uma leve caricia na palma da mão de Isabella.

- Vai fazer o que? – perguntou após alguns segundos dos dois em silêncio.

- Minha mãe me deu uma ideia, e eu queria a sua opinião. – ela apenas virou o rosto na direção do marido. – Ela sugeriu que eu jogue o jogo de Charlie! Pelo menos até descobrir o que ele veio fazer aqui e até arrumar um jeito de provar a Igreja, que ele está forjando provas contra você! – explicou. – Eu tenho uma teoria, que eu não tenho certeza de se eu estou certo, de que, ele possa ter pensado que eu tinha te entregado a Igreja, ou algo do tipo, no caso de ter terminado o nosso casamento, e ouviu que eu tive uma filha, com outra mulher, e como Seth está tendo problemas com Roma, e nós somos grandes aliados a Igreja, talvez, se Seth, tivesse um filho, de casar os dois para conseguir uma reaproximação com o papa. –

- É uma teoria bem plausível, para ser bem sincera! – ela fungou mais uma vez. – Mas você precisa levar uma coisa em consideração... Meu pai já te enganou uma vez, e do mesmo jeito que você possa estar tentando, de certa forma, engana-lo, ele pode estar tentando fazer o mesmo de novo! –

- Sim... Você tem razão. –

- E nós não sabemos o que ele falou para o rei inglês... Seria bom se você não comentasse nada sobre o que o meu pai fez. – Edward apenas assentiu.

- Eu quero você longe dele. Minha mãe comentou uma coisa, que faz sentido. Ele vai te provocar até você fazer alguma coisa, e se você fizer isso... –

- Darei a ele todas as provas que ele precisa! Eu sei! Não se preocupe. –

Edward soltou a mão da esposa, e se desencostando da mesma mureta que Isabella estava apoiada, ele parou de frente para ela. Edward levou as mãos até o rosto de Bella, segurando-o entre as suas, uma lágrima cintilante escapou dos olhos da esposa, e ele prontamente passou o polegar pelo seu olho, a secando. Ele aproximou a cabeça da cabeça da esposa, e deu um beijo lento e delicado na sua testa, antes de descer com a cabeça, roçando a ponta do seu nariz ao dela, e lhe beijou os lábios. Bella sorriu e antes de retribuir o beijo.

- Perdoe-me. Eu não deveria ter explodido com você daquele jeito. –

- Está tudo bem. – ela falou olhando para o peito do marido e ajeitando a lapela da jaqueta que ele usava. – Eu sempre soube que você ficaria chateado por eu esconder isso de você. –

- De qualquer forma, eu não deveria ter explodido com você daquele jeito! Você é a minha esposa, minha rainha, eu jamais deveria ter agido daquele jeito. – os lábios de Bella se repuxaram em um sorriso e Edward lhe beijou os lábios de novo! – Já enfrentamos coisas piores juntos, vamos enfrentar essa também! –

- Pode ser, mas antes éramos apenas nós dois! Agora tem as meninas! –

- Eu sei! Mas de qualquer forma, nós vamos enfrentar isso juntos. Eu jamais vou permitir que ninguém faça algo com vocês! – Edward lhe beijou os lábios da esposa mais uma vez, antes de abraça-la forte contra o seu peito.

Os dois ficaram mais um tempo ali até que eles voltaram para dentro do castelo quando a chuva voltou a cair. Eles tinham que fazer a recepção da monarquia para a monarquia, mas no atual momento nenhum dos dois estava a fim de fazer algo para a vinda de Seth, principalmente nas circunstâncias em que ele veio para Castela. Esme tomou a frente da situação e resolveu fazer um jantar para a recepção de Seth, sem a presença das crianças.

Quando chegou a hora do jantar, Isabella se trocou e foi até o quarto das meninas, hoje elas ficariam todas no mesmo quarto, seria mais fácil para cuidar delas. Depois de pronta, Bella caminhou até o quarto da filha mais velha, os bebês já estavam bem alimentados, limpos e dormindo profundamente nos berços que foram colocados no quarto e Anastásia e Victoria ainda estavam acordadas na cama.

- Posso saber o que as duas mocinhas estão fazendo acordadas? – Bella perguntou da porta do quarto.

- Não estamos com sono, mamãe... – Victoria fez bico e Bella entro no quarto, fechando a porta atrás de si.

- Já jantaram? – perguntou levantando um pouco a saia de seu vestido e subido na cama, sentando próxima as pernas das duas.

- Já. Mas nós ouvimos a vovó falando que tem visitas reais no castelo... Por que eu não vou participar? – Anastásia perguntou.

- Porque você é pequena ainda, princesa! – Isabella respondeu as filhas, pois, por mais que a mais velha tenha perguntado, ela sabia que era duvida das duas. – E o seu pai ainda não tem certeza do que o rei inglês veio fazer aqui, se ele veio por algo bom ou não, e então, até termos certeza do motivo que o trouxe até aqui, é melhor vocês ficarem bem longe dele. –

- Tá bom, mamãe... –

- Hey... Não quero ninguém triste aqui... Quando terminarmos de resolver esse problema e o rei inglês for embora, eu vou pedir ao pai de vocês para que passemos uns dias no castelo de verão. –

- Sério, mamãe? – as duas perguntaram juntas e animadas.

- Sim, minhas princesas! – Bella sorriu para elas. – Vamos deitar, que a mamãe vai ficar com vocês aqui, até vocês dormirem! – Isabella subiu mais um pouco na cama, deitando entre as duas, e abrindo os braços para elas, cada uma deitou a cabeça contra os ombros da mãe, que as abraçou.

Isabella ficou ali em silêncio por um tempo, fazendo cafuné nas cabeças das filhas, não demorou muito e ela começou a ouvir Victoria ressoando tranquilamente. Ela já estava atrasada, ela sabia disso, mas ela não queria ficar no mesmo ambiente que o seu pai, e por mais mal educado que isso pudesse parecer, ela iria se atrasar o máximo que pudesse, para ter que ficar o mínimo de tempo possível perto de Charlie Swan.

- Mamãe... – Anastásia chamou a mãe, falando baixo.

- Oi princesa. –

- Eu ouvi umas pessoas falando que o meu avô estava no castelo! – ela comentou baixo, e bocejando logo em seguida, e Isabella travou. – Como eu nunca soube dele? –

- Você não tem nenhum avô, Anastásia. – Isabella respondeu sem pensar muito. – Eu já te falei que a Esme é a única avó que você tem. –

- Então porque eles falaram isso? –

- Você ainda é pequena demais para entender isso, meu amor. Agora, já passou da hora de ir dormir! –

- Tá bom, mamãe. – Bella deu um beijo na testa da filha e continuou a fazer o cafuné em sua cabeça.

Ela dormiu rápido, igual a irmã, a rainha ficou mais alguns minutos ali com as filhas até que se levantar, com todo o cuidado do mundo, para não acorda-las, e cobriu as duas bem, devido a noite levemente frienta, mesmo que a lareira do quarto estivesse acessa. Ao ver que as duas mais velhas estavam dormindo profundamente e bem cobertas, ela foi dar uma olhada nos bebês, que também dormiam bem profundamente e bem cobertas, e depois de conferir as quatro filhas, ela saiu do quarto, passando a ordem aos guardas de prontidão que qualquer coisa para chama-la imediatamente no salão de jantar. E que não era para permitir que ninguém entrasse no quarto, as únicas pessoas que tinham a permissão de entrar ali, além da própria rainha, era o rei e a rainha-mãe, e mais ninguém.

Isabella seguiu para o seu martírio da noite, a confraternização no salão de jantar, onde ela deveria aturar o pai por algumas horas até conseguir fugir. Ao adentrar ao mesmo, ela viu que o seu pai conversava com um homem alto, de pele morena, e que tinha uma coroa dourada na cabeça. Edward estava junto a sua mãe e ela foi prontamente para perto do marido, ignorando completamente a presença do pai.

- Oi. Por que demorou? – Edward perguntou quando Esme se afastou e ela ouvia passos se aproximando de trás dela.

- Estava colocando as meninas para dormir. – respondeu, quando o marido passou a mão pela sua cintura.

- No plural? – ela ouviu a voz do seu pai e respirou fundo para não revirar os olhos devido ao asco.

- É Charlie, passastes tanto tempo longe de Castela... – Edward comentou fingindo ser cordial quando Isabella se virou, e acabou se sobressaltando ao ver a mulher, que ela não tinha visto antes, parada entre eles.

- Jane?! -

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