sábado, 13 de abril de 2024

Capítulo 30

                                                                   Adhara – Continente de Andrômeda –114 Depois da Conquista.

Pov. Edward.

Hoje, oficialmente, era o dia que Arthur tinha nascido, o que significava que hoje era o seu aniversário. Eu tinha tentado evitar mais uma vez que Carlisle fizesse algo em comemoração ao aniversário do, como ele dizia, único sobrinho que ele tem, porém tinha sido quase impossível, principalmente depois de Rosalie ter voltado a Adhara, ai mesmo que ele iria fazer uns dias de festival para o primeiro aniversário de Arthur, um festival do jeito que ele sempre fazia, com a exceção de que não teria justas, Isabella praticamente ameaçou o meu irmão dizendo que caso o dia do aniversário do filho dela fosse marcada por cavaleiros morrendo, nós iriamos passar o dia bem longe de Adhara. Isabella conseguiu se livrar das justas, mas não da caçada!

O dia ainda não havia nascido, faltavam poucas horas para o sol nascer e Arthur dormia profundamente no quarto ao lado, enquanto eu e sua mãe estávamos bem acordados e ocupados.

Isabella estava sentada em meu colo, nua, com meu pênis dentro dela, enquanto ela cavalgava gloriosamente bem. Ela abaixou a coluna ao gozar e me deu um beijo em meus lábios, eu levei minhas mãos para o seu quadril e mexia o seu quadril contra o meu até me derramar dentro dela. Bella relaxou o corpo e esticando as pernas e deitando sobre o meu corpo.

- Eu tenho um… - ela falou baixo ao afastar aos lábios dos meus. – Um presente para você! –

- O que? – perguntei e ela não respondeu, apenas beijou a minha bochecha e subiu com a mesma até a minha orelha.

- Eu estou grávida. – falou contra o meu ouvido.

- É o que? – repeti a pergunta, e ela riu, afastando a cabeça da minha e apoiando as mãos espalmadas perto da minha cabeça, contra o colchão.

- Estais ficando velho e consequentemente surdo? – provocou rindo e usando a mão que eu ainda tinha espalmada em seu quadril, eu dei uma tapa em seu traseiro. – Se não quiser me fazer gozar de novo, eu sugiro que não me provoque. – avisou rindo e eu nos virei na cama, deitando-a contra o colchão e saindo de dentro dela.

- Como assim você está grávida? – ela ergueu a sobrancelha, perguntei ao me sentar na cama. – Eu sei como, mas… - eu levei a mão até o seu ventre, onde não tinha nenhum vestígio de uma gravidez, igual quando descobriu a gestação de Arthur.

- Eu desconfio que tenha nem duas luas direito! Minha regra não desceu na última lua e eu fui até o meistre e ele confirmou… - deu de ombros. – Sabíamos que não iria demorar muito não, é?! – eu deitei na cama entre as suas pernas, com a minha cabeça perto de seu ventre e beijei o mesmo. – Ninguém sabe ainda. Nem mesmo Rosalie. Só você e praticamente o meistre, pedi para que ele não abra a boca, e se você puder reforçar o meu pedido a ele… -

- Não quer que ninguém saiba? – questionei e ela suspirou.

- O bebê que eu perdi em Walano foi no início da gestação… Eu não quero que as pessoas saibam e no final… - ela deixou a frase morrer. – Eu apenas te contei, porque eu prometi, não foi?! Então deixa o resto de Adhara descobrir só quando a barriga começar a aparecer! – eu beijei de novo o seu ventre.

- Não se preocupe. – eu sai do meio de suas pernas, me deitando ao seu lado e dei um beijo em seus lábios. – Não sei se deveríamos ir na caçada… -

- Eu não queria ir, não queria nada disso que o seu irmão está planejando… Mas deixa, ele está feliz, e sabemos que ele está ficando pior de saúde… Então faremos esse esforço. Eu vou ficar na tenda o dia inteiro mesmo e não vou para lá em cima de um cavalo, então não tem muito risco! – ela suspirou. – A pior parte disso é o fato de os meus tios terem vindo! – reclamou e eu acabei rindo.

- Vem… - eu deitei na cama. – Vem dormir um pouco, que daqui a pouco o inferno dessa caçada começa e o Arthur acorda. – ela deitou a cabeça em meu peito e eu a abracei.

Nós tínhamos dormido poucas horas, e mal o sol nasceu e começou a iluminar as janelas do meu quarto e Arthur acordou chorando no quarto ao lado. Antes que eu tivesse a chance de levantar da cama, Bella deu um beijo em meus lábios e se levantou, pegando o robe dos pés da cama e foi ao quarto ao lado, mal ela entrou no quarto ao lado e eu ouvi umas batidas na porta.

- Entra. – falei sem me levantar da cama e tendo apenas o lençol cobrindo da minha cintura para baixo. – O que foi? – questionei ao valete que abriu a porta e ficou parado sem entrar no quarto.

- O vosso irmão já está reunindo todos no salão de jantar! –

- O sol acabou de nascer! – apontei.

- Ele quer todos desjejuando junto, para que possam partir para a caçada antes do almoço! –

- Certo! –

- Precisa que eu traga algo, senhor? –

- Traz água para um banho. –

- Sim senhor, com licença. – ele saiu e Bella voltou ao quarto com Arthur no colo.

- O que queriam? – perguntou se sentando na cama ao meu lado e Arthur já foi levando as mãozinhas para o robe da mãe, para expor o seio. – Calma menino, está pior que o seu pai. – falou ao se encostar nos travesseiros.

- Carlisle está inventando de partir para a caçada antes do almoço! – respondi quando ela abaixou a manga da camisola e Arthur abocanhou o seio da mãe.

- Por quê? Ele sempre vai após o almoço! –

- Eu não sei. – admiti e abaixei a coluna para dar um beijo no topo da cabeça de meu filho. – Veja o lado bom, quanto mais rápido formos, mais rápido voltamos! – eu me levantei da cama. – O lado ruim é que ele quer todos no salão de jantar para desjejuarmos todos juntos. – contei pegando minha calma e a vestindo. – Espero que saiba… - eu me aproximei da cama. – Eu vou ficar com os meus olhos bem presos em você… - falei segurando o seu queixo. – Qualquer coisa que eu veja que esteja saindo do controle, nós vamos voltar para o castelo. – deixei bem claro passando o meu polegar entre os seus lábios e ela mordeu de leve a ponta do meu dedo e eu acabei rindo e roubei um beijo dela.

As criadas chegaram com a água, quase que ao mesmo tempo em que Arthur acabou de se alimentar. Arthur foi o primeiro a se lavar, e enquanto eu me lavava, ela arrumava o menino e logo em seguida eu fiquei com ele para que ela pudesse se banhar e se arrumar.

O valete nos chamou, avisando que todos já estavam se reunindo no salão de jantar e nós descendo, com Arthur em meu colo e mal entramos no salão e Rosalie se materializou em nossa frente e pegou o Arthur no colo.

- Irmão… - Carlisle me chamou depois de um tempo. Nós já tínhamos chegado ao acampamento e Bella estava com Rosalie e Arthur dentro da tenda para proteger a cabeça do menino do sol quente.

- Fala! –

- Estais feliz? – eu o olhei confuso. – Já soube! –

- Do que você está falando? – questionei.

- Oh… Isabella não te contou? Desculpa! –

- Quem te contou? – questionei e de relance eu vi o meistre a pouquíssimos passos atrás do meu irmão. – Minha esposa não pediu para que você não falasse nada para ninguém? – questionei.

- Eu… Eu pensei que não teria problema em contar ao rei… Até porque é sobrinho dele! –

- Oh… Pensou que não teria problemas em cumprir o único pedido da minha esposa? E se eu pensasse que não teria problema caso eu arrancasse a sua língua fora? – ameacei.

- Edward não exagera… -

- Não exagera? – olhei para o meu irmão. – A única coisa que Isabella pediu era para que ele não abrisse a boca até a barriga começar a aparecer e você vem falar para mim não exagerar? – reclamei. – Carlisle, já estamos sendo muito coniventes em aceitar essa presepada toda, sabe muito bem que nem eu e nem Isabella queríamos isso, estamos fazendo a sua vontade e eu ainda tenho que ouvir para não exagerar? É tão difícil assim cumprir um único pedido da minha mulher? –

- Qual a necessidade desse pedido e… -

- A necessidade, Carlisle, é que em Walano ela perdeu um bebê com poucos meses e ela não quer que a corte saiba e no final aconteça a mesma coisa! – falei entre os dentes.

- Oh… Eu… Eu não sabia! –

- Simplesmente porque não é da conta de ninguém além da minha e da minha esposa! – ele suspirou e eu olhei para o meistre atrás dele. – Muito obrigado por não ter cumprido o único pedido que a minha esposa te fez! –

- Eu peço perdão, alteza, eu não imaginava que o motivo era esse, eu pensei que ela só queria que o senhor soubesse antes dos outros! –

- Ninguém tem que saber da minha vida ou da vida de Isabella! E independentemente de qual fosse o motivo, se ela pediu para não falar nada, não fala! – falei entre os dentes.

- Edward! – eu ouvi Bella me chamando, a voz vinha de trás de mim, mas era como se ela estivesse longe e não necessariamente atrás de mim. Eu me virei para onde vinha a voz e ela apenas apontou para mais para baixo e ao abaixar o olhar eu vi Arthur andando sozinho e de forma cambaleante na minha direção.

- Os primeiros passos do menino! – Carlisle falou animado

- Oi meu filho… - eu me agachei no chão e o peguei quando ele se aproximou de mim.

- Papa… -

- O que você disse? – perguntei.

- Papa! –

- Irmão… Nunca pensei que fosse ver você emocionado com algo desse tipo! – Carlisle comentou quando eu me levantei, com Arthur no colo, e eu apenas o ignorei ouvindo Bella se aproximando de mim.

- Ouviu? –

- Ouvi! Não foi a primeira vez, ele falou a primeira vez a pouquíssimos minutos! – respondeu. – O que é simplesmente magnifico! Ele fica o dia inteiro comigo e a primeira vez que ele fala e ele fala papa! – ironizou. – Já não bastava ele vir a sua cópia perfeita, ele ainda faz isso comigo! Uma facada no coração doeria muito menos! – brincou levando a mão até em cima do coração e eu acabei rindo.

- Ele está crescendo! –

- Por falar em estar crescendo… - Carlisle atraiu a atenção de novo, e ao me virar eu vi que o meistre tinha se afastado. – Eu tenho um presente para o menino! –

- Não precisa, majestade! –

- É bem simples, Isabella, não se preocupe! – ele enfiou a mão em um dos bolsos do casaco que usava. – Arthur… - ele atraiu a atenção do sobrinho que virou a cabeça na sua direção. – Isso aqui é para você. – era uma das diversas figuras de madeira que ele gostava de fazer, ele já tinha feito toda uma maquete em madeira da cidade de Adhara, e agora tinha feito um pequeno dragão em madeira. – Gostou? – perguntou quando o menino pegou brinquedo. – Não se preocupe, Isabella, eu não deixei nenhuma ponta afiada, ele não vai se machucar! –

- Obrigada, majestade. Vem com a mamãe? – ela estendeu as mãos para o menino, e ele praticamente se jogou do meu colo, para os braços da mãe. – Eu vou tira-lo desse sol! – comentou quando um par de trombetas soaram por todo o acampamento.

- A caçada vai começar… - Carlisle anunciou. – Vai, meu irmão? –

- Claro que não! – respondi simplesmente.

- Você não sabe se divertir, Edward? –

- Eu prefiro me divertir de outro jeito! – respondi. – Algo mais intimista! E só com a minha esposa! – respondi e Bella me deu uma tapa no braço, que fez o meu irmão rir.

- Eu espero que quando você crescer, você não fique igual ao seu pai! – ela falou para o filho nos braços. – Vamos lá para dentro! Com licença, majestade. – ela voltou para dentro da tenda com Arthur e eu ouvi meu irmão suspirando.

- Você teve sorte, meu irmão… -

- No que? –

- Encontrou alguém que gosta de você de verdade! Isso é bem raro! Mais raro quando é reciproco! –

- Você gostava de Esme, Carlisle, não aja como se você nunca tivesse sentido o que eu sinto pela minha esposa! –

- Eu gostava de Esme, mas não do mesmo jeito que você gosta de Isabella! – ele suspirou de novo. – Você jamais condenaria Isabella do mesmo jeito que eu condenei Esme! – eu vi seu olho direito lacrimejar. – Fico pensando se quando eu me for, se eu a encontrarei! –

- Pelo que eu soube… Esme não sobreviveria de qualquer forma! Ou isso foi mentira para amenizar a sua culpa? –

- Segundo o meistre ela provavelmente não iria sobreviver de qualquer jeito! Porém, ao invés de eu tentar salva-la, eu tentei salvar o meu filho! No final eu não sei o que deveria fazer! Eu tenho noção de que ela morreu sofrendo e os gritos dela vão me assombrar até eu me encontrar com o Estranho. – ele me encarou com um olhar de sofrimento. – O que você faria, irmão? - (n/a: Estranho é um dos sete deuses da religião de Andrômeda, representando a morte).

- Faria o possível para salvar a minha esposa! – respondi. – Se tivéssemos o Arthur ou não, eu faria o possível para salvar Isabella! Como você mesmo disse, é raro encontrar alguém de goste de nós de forma verdadeira, e para mim é pior ainda, sabe disso! Não é todo mundo que se aproxima de mim e eu sei, que jamais vou encontrar outra mulher que simplesmente não se importa com o que eu tenha feito e que caso eu faça algo, ela só quer se avisada antes! –

- Talvez se você estivesse no meu lugar iria pensar diferente? Todos sabem que você queria que eu te desse o trono ao invés de dar a Rosalie! –

- Há anos, Carlisle, as duas coisas que eu mais queria eram algo impossível para mim. Tanto Isabella, quanto o trono! Eu imaginava que Charlie teria causado todos os tipos de terror na cabeça da filha para que ela não se aproximasse de mim, e como ela não iria me querer, eu pretendia me contentar com o trono. Mas ela gostava de mim, então o trono não me tinha mais nenhuma serventia! Sinceramente, irmão, se eu estivesse na sua situação com qualquer outra mulher, eu não sei, talvez eu tivesse me importado mais com o meu filho, mas com Isabella não. Estando no seu lugar ou fora dele, se eu tivesse Isabella do meu lado, eu sempre iria escolher a minha esposa! –

- Eu… Eu tenho noção de que o matou a Esme foi a minha obsessão por um filho homem, mesmo já tenho Rosalie! Depois que ela nasceu e depois de tantos abortos, eu deveria ter ouvido o meistre e não ter tentado mais nenhuma gravidez, mas eu insisti no filho homem e foi isso o que a matou! Eu precisei matar minha esposa, deixar minha filha sem uma mãe, para entender que eu já tinha a herdeira que eu precisava. –

- Se isso é verdade, Carlisle, por que se casou de novo? Você não gosta de Jéssica! Pode gostar por ter tido uma companhia, mas você não gosta dela! É palpável! –

- Eu sei! – admitiu. – Eu nunca gostei de mais ninguém do mesmo jeito que eu gostei de Esme! E eu sei que jamais vou gostar de outra pessoa da forma como eu gostei de Esme! –

- Então por que mesmo depois de já ter a Rosalie e de ter a declarado sua herdeira, por que insistiu em ter um filho? – questionei.

- Tudo por causa dessa… - ele pegou a adaga que ele carregava. – Dessa merda. – ele jogou a adaga afiada no chão de terra.

- O que a adaga do conquistador tem haver com a sua insistência em ter um filho? –

- Pegue-a e você verá! – eu me agachei no chão e a peguei. – Esquente a lâmina até deixa-la vermelha! – mandou e eu me aproximei da fogueira de tinha perto de nós. – Antes de morrer, Henry, o conquistador, pediu para que o último piromante cariano escondesse na lâmina a sua profecia, que só podia ser lida, caso a colocasse sobre as chamas. – comentou enquanto eu via a lâmina ficando avermelhada devido ao fogo e algumas palavras surgindo nela.

Do meu sangue veio o príncipe que foi prometido. E dele será a canção de gelo de fogo. – eu li. – Carlisle… - eu suspirei.

- Henry previu o fim do mundo dos homens. E isso vai começar com um terrível inverno recaindo sobre o distante Norte! Henry se deparou com uma escuridão absoluta ao cavalgar por esses ventos e tudo o que habita dentro dele destruirá o mundo dos vivos! E o mundo dos homens só sobreviverá caso um Swan, seja um rei ou uma rainha, estiver sentado no Trono de Ferro para unir todo o reino, mais uma vez, e Henry nomeou esse sonho de a “Canção de Gelo e Fogo”! –

- Carlisle… -

- Desde então, esse segredo foi passado de geração em geração para quem sentasse no trono de Ferro, e eu contei a Rosalie e agora a você e… -

- Isso é apenas uma merda de profecia, Carlisle! – o interrompi. – Não significa nada, é apenas uma idiotice! –

- Idiotice?! Nossa família sobreviveu a queda da Cária graças a uma profecia! –

- Você matou a sua esposa por causa da merda de uma profecia! – acusei entregando a adaga para ele. – Não é uma profecia feita há mais de cento e dez anos que vai ditar o futuro, Carlisle, somos nós mesmo e as nossas ações! Por que você acredita nessas idiotices? Não percebe onde isso está te levando? Até onde isso te levou? Guarde essa merda para você antes que você acabe causando uma guerra entre os seus filhos! – eu me afastei dele, indo na direção da tenda, onde minha esposa tinha entrado com o nosso filho.

- O que houve? – Isabella estava na entrada da tenda sozinha.

- Cadê o Arthur? –

- Com meu pai! – respondeu. – O que houve? Por quê estava discutindo com o seu irmão? – questionou.

- Meu irmão é um caso perdido, Isabella! Sinceramente! – eu suspirei e olhei em volta para saber se Rosalie estava perto dela. – Ele praticamente admitiu que matou Esme por causa da merda de uma profecia! –

- Já vai fazer sete anos desde que a rainha Esme morreu, por que ele trouxe esse assunto à tona agora? –

- Porque ele praticamente perguntou se eu estivesse no lugar dele, o que eu teria feito! –

- E qual foi a resposta? –

- Simples! Se fosse qualquer outra mulher, eu provavelmente teria me importado mais com o meu filho… Se fosse você, eu faria tudo para salvar você! – suspirei. – Ele não percebe que isso é ridículo e… -

- Você não pode julga-lo pelo que ele acredita, amor! –

- Isabella… -

- Do mesmo jeito que não podemos julgar os nortistas por rezarem aos deuses antigos, pelos habitantes das ilhas de ferro de rezarem ao deus afogado, do mesmo jeito que não podem me julgar por rezar aos sete, ou por te julgar por não acreditar em nada! Deixe cada um com as suas crenças, amor, se o seu irmão acredita em profecias, deixa ele! Ele vai se culpar pelo resto da vida pelo que ele fez com a rainha Esme, ele não precisa que o único irmão jogue isso na cara dele! –

- Ele vai causar uma enorme guerra se ele contar aquilo para mais alguém, Isabella! Ele já contou a Rosalie, quem garante que ele não vai contar a Jéssica ou a Henry? –

- Ele escolheu Rosalie como sua sucessora… -

- E acha que Jéssica vai permitir isso?! –

- Ela não tem que permitir, o reino jurou fidelidade a Rosalie! Ela pode tentar colocar Henry no trono, mas se Rosalie tiver o reino, quem você acha que vai governar?! – suspirei.

- Espero que esteja certa! – ela se aproximou um pouco mais de mim, e ficando na ponta dos pés, ela me deu um beijo. Eu ouvi uma risada alta e ao olhar por cima de sua cabeça, eu vi Charlie sentado no chão, ou caído, eu não sabia ao certo, rindo com os dois netos em cima dele. – Aquilo ali é definitivamente algo que eu pensei que nunca fosse ver na minha vida! – ela virou para onde eu olhava e riu com a cena.

- Vem aqui para dentro! – ela segurou a minha mão e me puxou para o lado de dentro da tenda.

Já tinha se passado mais alguns dias desde o termino do pequeno festejo que Carlisle havia feito para comemorar o primeiro aniversário de Arthur. Pelo que eu sabia, o meistre e nem o meu irmão tinha contado para mais ninguém quanto a atual gravidez de Rosalie, e eu não sabia que ao certo se tinha sido o peso na consciência pelo que eu tinha dito ou por eu ter ameaçado arrancar a língua de quem contasse de novo. Eu acordei naquela manhã sentindo mãozinhas pequenas tentando subir em meu peito, e no fundo uma risada gostada, que eu conhecia muito bem por ser a risada de Bella. Eu abri os meus olhos e vi que Arthur estava sentado na cama, ao meu lado, tentando me escalar, e na ponta do colchão, Bella sentada de frente para nós.

- Deixa o papai dormir, meu amor! –

- Vem cá, garoto! – eu o puxei para cima do meu peito, e beijei a sua cabeça e ele deitou a cabeça contra o meu peito. – Bom dia, minha princesa. – ela deitou de bruços na cama e aproximou a cabeça da minha.

- Bom dia, meu príncipe. – ela aproximou a cabeça mais ainda da minha e roçou os lábios nos meus.

A língua de Bella roçou em meus lábios, que se abriram para recebe-la. Com cuidado, já que o nosso filho estava deitado em meu peito, eu levei uma das mãos até os cabelos de Isabella, segurando a sua cabeça próxima a minha, enquanto eu aprofundava o beijo.

- Dormiu bem? – perguntou quando o beijo foi interrompido, com ela dando um singelo beijo em meus lábios. – Chegou tarde noite passada! – ela se levantou e sentou o seu corpo mais perto de mim, no meio da cama.

- Eu apaguei! – eu abracei o corpo de Arthur e me sentei na cama. – Estava voltando para casa quando começou uma briga em um dos bares da baixada das pulgas! –

- As vezes eu sinto falta das nossas fugas para a muralha da baixada das pulgas! –

- E o que nos impede de irmos? –

- Não tem mais a mesma emoção, a maior emoção estava na fuga do que em outra coisa! – respondeu e eu acabei rindo e uma batida soou na porta.

- Entra. – mandei e a porta se abriu, com o valete entrando no quarto.

- Bom dia altezas. – ele parou debaixo do batente da porta. – O rei convocou a presença dos senhores na sala do pequeno conselho após o desjejum! –

- Para que? –

- Reunião! Foi o que ele disse, mas ele disse que a senhora Hightower também deverá comparecer. – um vinco surgiu entre as sobrancelhas de Bella.

- Por quê? – questionou ela ao olhar para o valete.

- Eu não sei, senhora, essa foi a ordem que foi passada a mim, pelo vosso pai! –

- Tudo bem, pode ir! –

- Com licença! –

- O que o seu irmão quer comigo?! –

- Coisa boa não deve ser! – suspirei. – Vou pedir o nosso… -

- Eu já pedi! – Bella respondeu. – Deve estar chegando daqui a pouco! Vem… Me dá o Arthur que eu tenho que alimenta-lo e enquanto isso você se troca, a banheira está cheia caso, mas a água não deve estar tão quente quanto você gosta! –

- Não tem problema. – ela pegou o Arthur do meu colo e eu me levantei da cama.

Enquanto eu me lavava dentro do banheiro, eu ouvi a criada chegado com o desjejum. Eu terminei de me lavar e vesti apenas uma calça limpa e voltei para o quarto, Bella amamentava o Arthur, que aos poucos estava diminuindo a frequência das mamadas, mamando mais quando acordava e antes de dormir, já sentada próxima a bandeja de comida. Eu me sentei na cadeira ao seu lado e puxeis os seus pés descalços para cima das minhas coxas e enquanto eu observava minha esposa amamentando o nosso filho, me veio em mente os boatos que eu soube que repercutiram pelo castelo, quando as pessoas descobriram que a Isabella optou por amamentar o próprio frio, algo que tinha sido contado por Jéssica e espalhado pela mesma, como se o fato de alimentar o próprio filho fosse um dos maiores absurdos que já aconteceu dentro das paredes dessa fortaleza.

- O que foi? – Bella perguntou me tirando de meus pensamentos.

- Nada! – respondi. – Eu só gosto de ver você amamentando o nosso filho! – comentei e ela sorriu olhando para o menino.

- Eu gosto também! É só um pouco triste o fato de que ele está crescendo e daqui a pouco ele não vai mais caber no meu colo e vai aprontar por aí… Espero que não seja nem um terço do que você aprontou, mas já estou preparada para isso! – comentou e eu acabei rindo.

- Não precisa ficar triste, teremos outro bebê em algumas luas! –

- Eu sei! Mas é que esse pequenininho aqui é o meu primeiro filho. – ela beijou a testa do menino. – Tem, até o momento, um sentimento diferente! Até o momento ele é o menino mais importante da minha vida! –

- Hey! – ela levantou os olhos para mim. – E eu? – ela sorriu.

- Você é o homem mais importante da minha vida! – respondeu. – Ciúmes do seu filho? – provocou e eu acabei rindo. Eu me aproximei da ponta da cadeira, e a minha cabeça da dela.

- Você é a mulher da minha vida! – falei e dei um beijo em seus lábios. – Eu te amo! –

- Eu te amo! – eu dei outro beijo em seus lábios e ao afastar um pouco a minha cabeça da dela, eu vi que Arthur, com a boca ainda no seio da mãe, nos encarava com os enormes olhos cor de violeta.

- Eu também amo você, principezinho! – eu abaixei a cabeça e dei um beijo em sua testa e ele sorriu para mim.

- Alias, o que vamos fazer com ele? Vamos leva-lo para a reunião do seu irmão? –

- Quer deixa-lo com as babás? –

- Sabe que eu não confio nas babás dessa fortaleza, principalmente se eu não estiver junto! –

- Seu irmão ainda está no castelo! Deixe-o com Ângela! – lembrei-a.

- Oh… Verdade, eu tinha me esquecido que o meu objeto de perturbação favorito ainda estava aqui! – comentou e eu acabei rindo.

- Então, termine de amamenta-lo, que eu vou terminar de me arrumar e nós vamos! –

Eu tirei os pés de Bella de cima das minhas coxas e os coloquei sobre a cadeira onde eu estava sentado e fui me vestir. Arthur terminou de se alimentar e eu o peguei no colo, para fazê-lo arrotar, enquanto Bella se ajeitava. Ela se calçou e pegou o menino e foi leva-lo até a cunhada e eu fiquei de encontra-la lá assim que terminasse de me vestir. Eu deixei o quarto alguns minutos depois, prendendo o meu cinto de armas em minha cintura e fui me encontrar com a minha esposa, e ao me encontrar com ela, seguimos para a sala do pequeno conselho, que já estava reunido. Rosalie também estava ali com Alec, e boatos corriam pelo castelo que eles iriam passar um tempo morando em Dragonstone, na verdade não era bem um boato, a própria tinha dito isso para Bella, e Emmett tinha dito a mim, pois Rosalie disse que ele iria junto. Jéssica também estava presente na sala e eu não sabia o motivo de sua presença, do mesmo jeito que eu não sabia do motivo da presença de Rosalie, Bella e Alec. Cadeiras a mais haviam sido dispostas na grande mesa para que as três damas se sentassem e para Alec também.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei após empurrar a cadeira de Bella, ao lado de seu pai. E ao olhar para o meu irmão, eu não sabia dizer se a minha pergunta era em relação a aparência de Carlisle, que estava mais pálido, e pelo que eu soube ele tinha decidido ficar de “repouso” depois da caçada, devido ao cansaço que o abateu, ou se era devido ao motivo de tal reunião.

- Rose… - ele levou um pano preto a boca para cobrir a sua tosse, depois que alguns lordes terem visto que ele algumas vezes tossia sangue, ele havia trocado o seu inseparável lenço branco, por um preto. – Foi a Rosalie quem convocou esse conselho! E queria todos presentes! – eu virei o rosto para encarar Rosalie, que estava na outra ponta da mesa, ao lado do sogro e do marido.

- O que houve? – perguntei a ela.

- Bom. Eu e Alec estávamos pensando, conversamos e decidimos. Já tem mais de um ano que nós nos casamos e como até o momento não tivemos o nosso filho, nós tivemos uma ideia, que eu gostaria de saber se ela pode ser cumprida. Na verdade, são duas, não apenas uma. –

- Vocês dois ainda são jovens, princesa, não tem motivos para tais ideias! – Charlie comentou.

- Eu sei disso, lorde Hightower, mas nós ficaríamos mais tranquilos caso deixemos essas decisões certas para todos do conselho. – disse simplesmente. – Pai, eu e o Alec, na verdade, eu, quero saber se eu já poderia deixar anunciado quem eu quero como herdeiro, caso em algum momento nós não estejamos mais aqui e não tenhamos filhos, ou caso algo venha a ocorrer com eles. – disse encarando o pai. – Eu já posso fazer isso? –

- Fique à vontade. Diga-me o que decidiram e eu vejo se é algo cabível ou não! – ele disse após mais uma tosse.

- Pois bem. Nós dois conversamos e decidimos que, como Alec irá herdar Driftmark, ele decidiu que caso algo ocorra a ele, sem termos filhos, ou caso ocorra a eles, será o filho de Jane quem herdará o trono de madeira. – ela falou e Alec apenas assentiu e Bella me encarou com o canto dos olhos. – Soube, pela princesa Gianna, que Jane deve se casar nos próximos meses… - Jacob balançou a cabeça concordando. – Pela lei, os filhos dela herdam o sobrenome e as propriedades do marido, portanto, o mais velho herdaria a propriedade do pai, e o segundo herdaria Driftmark. –

- Justo! – Jacob comentou simplesmente como se ele já soubesse dessa história.

- Certo, concordo! – Carlisle disse simplesmente. – E para o reino? O que vocês decidiram? –

- Eu decidi que caso eu não tenha meus filhos, eu queria que o Arthur herdasse o trono! – ela falou e tanto eu quanto Isabella viramos a cabeça na direção dela.

- Isso não seria muito apropriado, princesa. – o mestre da moeda, o lorde Johson, amigo dos Strong disse. – Com todo o respeito, mas se a senhora não tivesse irmãos… -

- Meio-irmão! – Rosalie cortou-o sem pensar duas vezes. – E a partir do momento em que o herdeiro será meu, eu escolho quem eu bem entender, não é mesmo, pai? – ele apenas assentiu. – Então, eu escolhi o filho do meu tio! – disse simplesmente. – E eu decidi outra coisa, que na verdade é mais uma pergunta do que uma decisão… Eu quero saber se vocês dois aceitam serem os tutores dos meus filhos, caso eu e o Alec venhamos a faltar em algum momento! –

- Isso é sério? – Bella perguntou.

- Óbvio! Não tem ninguém melhor, você é minha melhor amiga e ele é meu tio! Jane estará vivendo, sabe-se lá onde o futuro marido dela morar e vocês estarão aqui, assim eu espero. – Bella me olhou. – O que dizem? –

- Jacob, se importa? – perguntei a ele.

- Não. Ninguém espera partir antes dos filhos, então sim, eu estou de acordo! –

- Irmão? – Carlisle apenas assentiu.

- Mas isso é um absurdo! – Jéssica reclamou. – Eu não estou falando de eles criarem os seus filhos! Mas se algo acontecesse com a princesa, o trono deveria vir imediatamente para Henry! – reclamou para o meu irmão. – E de qualquer forma, lorde Hightower mesmo disse, vocês dois são novos demais ainda para pensarem em morte ou em sucessão então… -

- Então, Jéssica, sabe por que nós não viemos no último aniversário de Henry? Foi porque eu tinha perdido um filho. – Rosalie disse com a voz levemente embargada. – Então, eu não sei se vou conseguir ter outro, por isso eu quero deixar o meu herdeiro escolhido, e o meu herdeiro não vai ser o seu filho! –

- Oh minha filha! – Carlisle olhou para a herdeira do outro lado da mesa. – Por que não nos contou? –

- Foi algo doloroso, pai, escolhemos manter para nós, não queríamos a piedade de ninguém! Quando meu tio e Isabella apareceram em Driftmark, eu tinha acabado de ser liberada pelo meistre a sair da cama! – eu aproximei a minha cabeça da de Bella.

- Você sabia disso? – perguntei baixíssimo e ela apenas negou, discretamente, com a cabeça.

- Eu… Eu sinto muito, princesa. – Jéssica disse e eu não sabia se ela estava sendo sincera ou não. – Mas de qualquer forma… -

- Chega, Jéssica. – meu irmão disse já irritado. – Henry e Alice são os meus filhos, e eu escolhi Rosalie como minha herdeira! Henry já tem cinco anos, eu ainda não mudei a minha linha de sucessão e tampouco irei mudar, o que significa que quando Rosalie ascender ao trono, ela escolhe quem vai sucedê-la, e se ela escolheu o Arthur, por mim, tudo bem! Se os dois aceitarem, Arthur será escolhido como o sucessor da minha filha! Caso ele seja menor de idade, Edward governa pelo filho! Fim da história! – disse simplesmente. – Vocês dois concordam? –

- Bella? – perguntei a minha esposa, que desviou os olhos de mim para a amiga, e eu notei que Jéssica e nem o lorde Johnson encaravam Isabella, possivelmente torcendo para que ela recusasse. Um pequeno vinco surgiu nas sobrancelhas de Bella, e o mesmo sumiu em questão de segundos.

- Eu concordo! –

- Pode considerar os seus pedidos aceitos, Rosalie, espero eu não precisar cumprir nenhum deles tão cedo, mas foram aceitos. – ela sorriu amplamente.

O conselho foi desfeito para que cada um voltasse aos seus afazeres. Os únicos que haviam concordado sem reclamar tinha sido Jacob e Carlisle, meu irmão aparentava estar tão debilitado que eu nem sabia ao certo se ele tinha entendido o que a filha havia dito. Charlie e os outros mestres não haviam palpitado em nada, e Johnson e Jéssica era visível e palpável a raiva que sentiam, eu não duvidava nada de que agora o tal de Johnson havia sido o leito para representar as vontades dos Strong perante ao rei, ele provavelmente seria beneficiado com isso de alguma forma.

Meu irmão foi para o quarto, ele precisava descansar, e todos foram embora. Charlie iria resolver umas coisas na sala do trono pelo meu irmão, que estava indisposto para conversar com o povo, e eu e Bella, ficamos sozinhos com Rosalie e Alec.

- Por que você não me contou? – Bella perguntou baixo ao se aproximar da amiga.

- Não contei o que? –

- Do aborto! –

- Oh. Desculpa se isso te fez se sentir mal ao lembrar do que te passou, mas era mentira. – eu apenas suspirei. – Eu só falei aquilo para Jéssica parar de querer retrucar o que falava. –

- Jacob sabe disso? – perguntei a Alec.

- Não! – ele respondeu. – Na verdade, Rosalie usou sangue de galinha e fingiu um aborto mesmo, poucos dias antes de vocês aparecerem em Driftmark. – a porta foi aberta e Jacob apareceu. – Oi pai. –

- Eu vou ao mercado comprar o que a sua mãe pediu, vem comigo enquanto a princesa se despede da amiga. – ele olhou para Rosalie.

- Pode ir! – ele assentiu. – Ah… - ela o impediu quando ele deu dois passos se afastando. – Compra para mim aquelas coisas que eu te pedi? –

- Claro. – ele olhou para mim e para Rosalie. – Foi um prazer rever vocês! Com licença. -

- Por que você fez isso? – Bella perguntou quando ele foi embora e nós três ficamos sozinhos e Rosalie suspirou.

- Mesmo longe, Jéssica arrumava um jeito de incomodar com uma gravidez e… desde o casamento… Eu e Alec não… -

- Nenhuma vez? – perguntei.

- Tentamos varias vezes e digamos que… Não… Subiu! – disse meio sem jeito. – De início nós pensávamos que era devido a morte de Brady, mas ele já arrumou outro amante, então comigo ele não consegue… -

- Pensei que fosse atrás… - Bella deixou a frase morrer.

- Não tem como com Gianna e Jacob em cima de nós todo dia! Por isso vamos para Dragonstone agora, ver se conseguimos por o plano em pratica, mas caso não consigamos, já dei meu jeito de conseguir tirar os filhos de Jéssica da sucessão! –

- Mas se você não estiver aqui, Rose, qual é o problema? – Bella perguntou.

- Ela sabe que se Henry subir ao trono, quem vai governar é o Strong. – respondi.

- Você viu como o meu pai está, Bella, ele não vai muito mais a frente, e você viu como Jéssica está criando Henry, imagine se eles conseguem colocar o garoto no trono! Ele não vai seguir o que foi ensinado ao meu pai, ao meu tio… Ele vai seguir visando apenas o que for melhor para o Strong e não posso permitir isso! –

- Isso me deixa apreensiva, com a sua decisão de colocar Arthur como seu sucessor, Jéssica vai virar as armas que tinha para você, para o meu filho. –

- Ela não é idiota de fazer nada com o Arthur, até porque se ela tocar em um fio do cabelo do menino, eu vou fazer mil vezes pior com ele. E eu espero que ela saiba disso! – garanti. – Ela e nem ninguém vai machucar nos nossos filhos! – prometi a minha esposa, e dei um beijo no topo de sua cabeça.

- Espera… Filhos? Por acaso… -

- É… Eu meio que descobri perto do aniversário do Arthur. – respondeu apoiando as mãos no ventre e Rose soltou um gritinho animado ao abraçar a amiga. – Não é para contar para ninguém, ninguém sabe alguém de nós três e do meistre! –

- Na verdade, Carlisle, sabe. – ela virou a cabeça me encarando. – O meistre contou a ele, e eu disse que se ele abrisse a boca de novo eu iria arrancar a língua dele fora e Carlisle vai ficar quieto! –

- Eu estou feliz do mesmo jeito! – Rosalie abraçou forte a amiga. – E eu te amo tanto, mas tanto, que quando chegar a hora do parto eu vou ficar bem longe para você não quebrar a minha mão de novo! – Bella gargalhou com a resposta da amiga e retribuiu o abraço.

- Eu também te amo, sua maluca! –

- Eu vou passar um tempinho com o meu pai antes de ir. – ela deu outro braço apertado na amiga antes de solta-la. – Eu também amo o senhor, tio. – ela me abraçou.

- Não apronta em Dragonstone! – falei em seu ouvido.

- Não se preocupe. –

- Eu também te amo, princesa. –

Rosalie nos deixou sozinhos e foi ficar com o pai, eu dei um abraço de Bella e dei um beijo em sua testa, para acalma-la em relação ao seu sentimento de medo de Jéssica fazer algo com o Arthur. Depois de tê-la acalmado, eu a soltei e ela foi buscar o Arthur no quarto da cunhada.

No final da tarde, eu vi pela janela do quarto o momento que os Black e Rosalie deixaram a capital, Jacob em seu navio, Alec em Seasmoke e Rose em Syrax, e junto ao navio de Jacob, um menor ia com as coisas de Rose e com os guardas que ela tinha escolhido para a protegerem em Dragonstone e no meio desses guardas, estava, Emmett. E com a partida deles, parecia uma nevoa tinha passado a cobrir a capital e junto com essa nevoa uma sensação de algo daria muito ruim e que não iria demorar muito tempo.

- Amor… - Bella me chamou do banheiro e eu deixei a janela e caminhei até lá.

- Fala. – ela estava sentada na banqueta do lado da banheira, que tinha menos que um palmo de água, com Arthur dentro dela, brincando com alguns dos brinquedos que tinha ganhado no aniversário.

- Não acha estranho o fato de ela fazer tanta questão de levar o Emmett com ela? Ela sabe que você pretendia coloca-lo como comandante da patrulha da cidade caso deixemos Adhara. Ela acha que devido a gravidez, não iremos mais? Tipo, nunca mais! – questionou.

- Ela fez tanta questão de levar o Emmett, simplesmente porque quer que ele faça o trabalho que Alec não fez. – respondi e por breves segundos ela desviou os olhos do filho e me encarou.

- Ela disse isso para você? –

- Não! Mas enquanto ela estava na capital, ela não desgrudava de Emmett de jeito nenhum, além de ficarem de conversas para cima e para baixo e certos olhares que eu sei identificar muito bem! Um está de olho no outro desde que Emmett chegou em Andrômeda… - ela suspirou.

- Eu falo para ela encontrar uma amante que seja parecido com Alec, e ela vai atrás do completo oposto! Rosalie definitivamente não colabora! –

- Amor… Você é meu completo oposto e o Arthur nasceu idêntico a mim! – apontei. – Quer descer para jantar? – mudei de assunto e ela negou. – Vou pedir para trazerem o nosso jantar no quarto! –

Eu deixei Isabella terminar de dar banho em Arthur, ou então de ele brincar com a água, e quando ela voltou para o quarto com ele enrolado na toalha eu o peguei de seus braços para que eu pudesse vesti-lo, ela estava com ele praticamente o dia inteiro e eu queria que ela descansasse, principalmente no principio da gestação, não queria que ela fizesse esforço e nem se cansasse em demasia. Com o menino vestido e enquanto esperávamos pelo jantar, Isabella o amamentou mais uma vez para que ele pudesse dormir, e não demorou quase nada e o menino dormiu com o rosto contra o seio da mãe, e ele logo foi posto no berço no quarto ao lado, nas últimas luas ele passava a noite quase que todas as noites, no quarto ao lado sozinho, nós trancávamos a porta que dava para o corredor e deixávamos destrancada a que dava para o nosso quarto, assim, para alguém conseguir entrar no quarto dele, apenas se entrassem no nosso primeiro.

Mal Arthur foi posto em seu berço e o jantar chegou. Logo após o jantar Bella foi tomar um banho, e deixando a porta do quarto de Arthur e a porta do banheiro aberta, eu me auto convidei a ir para a tina junto com ela. Era para ser apenas um banho para que pudéssemos descansar, mas quando estávamos juntos, e principalmente nus, não tinha como não ocorrer nada além de um banho. Começou com um singelo beijo, que se aprofundou em um beijo calmo e no final Isabella estava me masturbando para deixar meu pênis duro, contudo, antes que eu pudesse penetra-la, nós saímos da tina, mesmo molhados, eu a carreguei até a cama, a deitando na mesma e encostando a porta do quarto ao lado, antes de voltar para a cama e para a minha esposa, para que pudesse sanar a nossa vontade ao possui-la.

Ao todo havia passado cerca de três meses desde que Rosalie partira com o marido para Dragonstone. Uma leve protuberância já era possível ser vista no ventre de Isabella, o vestido ainda a escondia, mas eu já sabia que o Charlie já havia sido informado de que teria mais um neto, no caso dois, Mike havia enviado um corvo há pouquíssimo tempo anunciando que seria pai mais uma vez, e fora Charlie, mas ninguém no castelo sabia, como o vestido ainda escondia, ela havia optado por não contar a ninguém. Não é da conta de ninguém, havia sido a resposta dela e eu concordava plenamente com isso.

Rose mandava periodicamente um corvo a amiga e ao pai, mas não tinha data para voltar, ao que tudo indicava ela planejava deixar Dragonstone quando conseguisse um filho, e eu e Bella sabíamos muito bem quem seria o pai!

Uma onda de calor absurdamente forte chegou em Adhara, era um calor tão forte e insuportável que eu não sabia se era pior dentro da fortaleza ou do lado de fora. Foi quando a onda de calor chegou, que Isabella começou a passar mal, mesmo eu não sabendo ao certo se era pela gravidez ou pelo calor, pois se fosse pelo calor, quase toda a capital passava mal junto, o único que não havia aberto mão dos casacos ou jaquetas, tinha sido Carlisle, que mesmo com o sol queimando nossas cabeças, e mesmo depois que ele se punha, o calor e mormaço continuavam fortes, ele insistia em dizer que sentia frio, ele estava piorando na doença, que ninguém descobria qual era!

Arthur passava o dia quase inteiro apenas de fralda e mesmo assim ele suava em demasia, e quando um corvo de Mike chegou com noticias da família, e algumas de Oldtown, onde anunciava que já tinha quase três dias de chuvas interruptas, Isabella comentou que era a primeira vez que ela sentia vontade de ir para o sul, e no fundo ela não era a única. Ninguém conseguia dormir direito, por mais que a minha torre fosse uma das frias, ela parecia como um forno gigante. Se deixássemos a janela aberta, mosquitos entravam em bando e caso a deixássemos fechada era como se estivéssemos cozinhando lentamente. Imediatamente eu senti falta de Walano, que mesmo com o sol forte durante todo o período vespertino, quando o sol se punha chegava a ficar levemente frio devido a brisa que vinha do mar, aqui, em contra partida, a brisa que vinha da baia da água negra também era uma brisa quente, o que não melhorava a situação, muito pelo contrário.

Como ninguém sabia o que era melhor, o lado de fora do quarto ou o lado de dentro, Bella optava por permanecer dentro do quarto, com alegações que dentro das paredes, quentes, do mesmo, ela podia usar os vestidos de Walano que era mais frescos e leve, porém eram do tipo que seriam completamente “inadmissíveis” que fossem usados em Andrômeda, e segundo ela, o lado bom de ficar dentro do quarto, era que ela podia ficar em contato com a água sempre que quisesse.

- Essa… - ela falou enquanto eu terminava de colocar um forno particular, a minha armadura, eu não podia, por motivos óbvios, fazer a ronda pela baixada das pulgas sem armadura, se bem que estava tão quente que ninguém tinha força de vontade para viver, quem dirá cometer algum crime. – Essa vai ser a primeira e última vez que eu vou falar isso! –

- O que? –

- Esse seria o único momento bom caso eu me casasse com o nortista! – comentou e eu acabei rindo.

- Iria se cansar daquele frio em menos de um dia! – apontei rindo e ela sorriu.

- Em primeiro sabe que eu nunca fui ao norte, então eu não sei o que é esse frio todo! Em segundo lugar, o frio é melhor! Você põe ou tira roupa conforme o frio ou calor que sente no momento, nesse calor infernal, nem se eu andar nua o calor passa! – reclamou.

- Peço gentilmente que faça um esforço e não ande nua! Não quero ter que arrancar os olhos das pessoas desse castelo! – comentei subindo na cama e dando um beijo em seus lábios.

- Vai sobreviver lá fora com esse calor dentro dessa armadura? –

- Espero que sim! – respondi. – Quando eu voltar eu farei algo que eu nunca pensei que faria na vida… - ela esperou eu terminar de falar. – Tomarei banho frio! – ela riu. – Deixa eu ir, daqui a pouco eu volto! – eu me aproximei dela de novo. – Qualquer coisa que sinta, me avisa imediatamente. – ela apenas assentiu apoiando as mãos em meu rosto. – Eu te amo. –

- Eu te amo. – ela me deu um beijo nos lábios e me soltou.

- Eu também te amo. – eu me agachei no chão, para onde Arthur tinha ido, já que ele estava brincando em cima do tapete e foi para cima do chão de pedra nua, provavelmente na expectativa de estar mais fresco.

- Papa… - falou colocando o rabo do dragão de madeira, que Carlisle tinha lhe dado de aniversário, na boca.

- Daqui a pouco o papai está ai! – eu dei um beijo em sua cabeça, que já se encontrava levemente suada, mesmo que ele tivesse, literalmente, acabado de tomar um banho frio.

Eu deixei o quarto e segui para o lado de fora do castelo e me arrependi no mesmo segundo. Mal eu coloquei os pés no pátio e eu sentia como se tivesse entrado em uma fogueira, ou então no estômago de Caraxes, que aparentava ser mais quente do que uma fogueira, o sol forte havia me cegado temporariamente, e quando o mesmo bateu nas placas negras da minha armadura, parecia que eu estava sendo cozido aos poucos e bem lentamente.

Nós demos uma ronda bem rápida na cidade, não tinha muitas pessoas na rua, como o meu pensamento, as pessoas não tinham vontade de viver nesse calor, quem dirá trabalhar ou cometer algum crime. Haviam poucas pessoas na rua, e algumas lojas sequer tinham aberto, os trabalhadores do porto, embarcavam caixas em um navio usando apenas uma calça, mesmo eles que estavam praticamente em cima da água sentiam calor, imagina quem estava longe. Com a ronda feita eu liberei todo mundo antes que eu acabasse perdendo os soldados que eu tinha devido ao calor e voltei para dentro do castelo, sendo informado que o almoço seria servido daqui a pouco, caso assim nós desejássemos, provavelmente muita gente não sentia vontade sequer de comer devido a isso.

- Alteza. – eu fui parado por um valete quando eu tentei ir para o quarto. – Vosso irmão deseja a sua presença na sala do pequeno conselho para uma reunião. –

- Agora? –

- Sim senhor. – respondeu e eu apenas assenti.

Eu não sabia ao certo porque eu continuava sendo chamado para essas reuniões, já tinha uns bons anos que eu não fazia nada na cidade, e tampouco abria a boca durante o as reuniões, mas a resposta que eu recebia era apenas que por eu ser o comandante da patrulha da cidade eu deveria estar presente.

- Se a onda de sol forte continuar pelo tempo que o meistre acha, nós teremos problemas com os grãos da população. – Charlie comentou após eu me sentar e tirar o peitoral e as partes dos braços, para ver se assim eu não sentia mais tanto calor, porque refrescar eu sabia que não era possível. – Ainda mais porque já tem um tempo que não caí uma mísera gota de chuva nas terras da coroa. – terminou quando eu coloquei minha armadura no chão, fazendo o barulho do metal contra o chão de pedra ressoar pela sala.

- Vamos começar a racionar para ver se o tempo irá melhorar ou não. – respondeu ao amigo e virou o rosto na minha direção. – Está calor lá fora? – perguntou rindo.

- Parece que eu entrei no estômago do Caraxes! – resmunguei e ele riu mais ainda. – Você parece estar melhor hoje! – apontei.

- Estou me sentindo um pouco melhor. – admitiu. – E como anda a patrulha? – perguntou quando o valete da porta entrou e caminhou até Charlie.

- Ótima. Não tivemos problemas e a cidade está… Nos eixos! Está tão calor que mais da metade do comércio não abriu. – contei.

- Isabella? – Charlie perguntou ao valete, atraindo a minha atenção e a de Carlisle.

- O que houve com a minha esposa? –

- Ela está do lado de fora e pediu para chamar o pai urgente. – o valete falou.

- Vai! – Carlisle mandou ao amigo depois que eu me levantei.

- Shiu, meu menino, está tudo bem. – ela falava para Arthur tentando acalma-lo, já que ele estava choroso no colo da mãe, mas eu via as mãos de Bella tremerem.

- O que houve? – perguntei atraindo a sua atenção.

- Você está aqui! – ela se aproximou de mim, com a voz chorosa e os olhos lacrimejando.

- O que foi, minha filha? – Charlie chegou perto de mim. – O que é isso? – ele pegou o braço da filha, que tinha uma marca vermelha, parecendo uma queimadura.

- O que aconteceu, Isabella? – questionei.

- Eu não sei! – ela falou chorosa. – Tem alguma coisa no berço do Arthur! Tyraxes se jogou no berço grasnando e quando eu tirei o Arthur de lá… - ela apenas levantou o braço. – Mas ele continuou brigando com o que quer que esteja dentro do berço! Eu não sabia que você já tinha voltado e vim atras do meu pai! –

- Fica aqui com o seu pai, eu vou ver o que tem no berço! – falei. – Mande o meistre olhar o braço dela, ele está lá dentro atoa! -  

- Vem, minha filha. Me dá o Arthur. – eu me afastei deles, indo na direção do nosso quarto.

Isabella não tinha dito se tinha sido no quarto de Arthur ou no nosso, mas eu desconfiava de que quando chegasse eu conseguiria ver onde tinha acontecido e o que tinha acontecido. O valete estava na porta do quarto de guarda, e eu não sabia se ele tinha visto ou ouvido alguma coisa. Ele abriu a porta do quarto e eu entrei, vendo de imediato onde tinha acontecido o problema.

O pequeno berço de Arthur estar destruído, algumas partes, mesmo que pequenas, estavam queimadas, pelo fogo de Tyraxes que havia crescido e agora aparentava ter a altura de um gato ou então de um cachorro filhote. Em volta do berço, e dentro dela, diversas penas, algumas inteiras e outras queimadas, ele tinha rasgado o travesseiro e o colchão, e em cima da beirada do berço, Tyraxes estava empoleirado e irritadiço.

- O que houve? – perguntei em cariano para o filhote de dragão. Tyraxes grasnou se virando para dentro do berço e eu me aproximei dali, provavelmente o que tinha caído ali não estava mais vivo, e para ele ter atacado era porque o que tinha ali era algo que representasse perigo ao Arthur. Dentro do berço o colchão destruído estava todo queimado.

Eu peguei a adaga no meu cinto de armas, preso em minha cintura, e usei a ponta para afastar o lençol e os pedaços do colchão destruídos e encontrei, no meio da destruição, algo enrolado e queimado, usei de novo a ponta da adaga para desenrolar o que tinha ali. Era uma cobra! Pequena e com certeza venenosa, pelo que era possível identificar devido ao formato da cabeça do animal morto e queimado. Ao pegar o animal morto, Tyraxes silvou ao meu lado, como se quisesse deixar bem claro que havia sido ele quem tinha matado e queimado o animal.

- Criston! – eu chamei o valete da porta.

- Alteza? –

- Quem entrou neste quarto depois que eu saí? – questionei ainda olhando para o animal morte na ponta da minha adaga.

- Entrou… - ele pensou um pouco antes de responder. – Duas criadas com o desjejum da princesa e… A babá da princesa Alice. –

- O que ela veio fazer aqui? –

- Eu não tenho certeza, alteza, ela entrou e não ficou nem três minutos, disse que havia falado o que precisava com a princesa Isabella e partiu! –

- Ela entrou com algo em mãos? –

- Em mãos não! Estava com as mãos vazias! Aconteceu alguma coisa? – questionou e eu apenas levantei a ponta da adaga. – Pelos deuses! – exclamou. – Eu vou chamarem para… -

- Não. Ninguém entra aqui, até eu ter resolvido isso! –

- Sim senhor. –

- Eu vou resolver isso. –

Com a cobra pendurada na ponta da minha adaga, eu deixei o quarto, voltando pelo caminho que me levaria para a sala do pequeno conselho. Todos os lordes e ladies por quem eu passava pelos corredores, exclamavam ao ver o animal morto em minhas mãos, praticamente, e se eles não fossem burros, eles teriam entendido o que tinha acontecido.

- Isso não faz o menor sentido, Charlie, um dragão não ataca sem ter motivo, sendo um dragão filhote, adolescente ou adulto! – Carlisle falava ao amigo que andava de um lado para o outro com o neto no colo, tentando acalma-lo.

- Mas atacou, atacou tanto a minha filha, quanto o meu neto! É só ver o braço de Isabella. – ele rebateu e eu vi que ela estava na cadeira de Charlie, com o meistre fazendo um curativo na queimadura em seu braço.

- Ele não atacou o Arthur e nem a Isabella. – falei atraindo a atenção deles.

- Então? –

- Quem é que vai me explicar essa merda? – questionei jogando o animal morto na mesa em frente ao meu irmão.

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