domingo, 29 de outubro de 2017

Capitulo Dezenove: Vizinhos.

Pov. Bella
Toronto - Canadá.

- Acorda... Acorda... Acorda... – despertei no dia seguinte contra vontade ao ouvir Valentina gritando e pulando na cama entre Edward e eu, me virei na cama, enfiando minha cabeça debaixo do travesseiro e apertando ele.

- Edward, cuide de sua filha. – resmunguei.

- Agora ela é minha filha? – reclamou.

- Antes de eu acordar sim. –

- Deita aqui. – ouvi Edward falando e algo batendo na cama.

- Eu estou com fome. – Valentina reclamou.

- Quer que o papai faça as deliciosas panquecas? –

- Não eu quero os muffins da mamãe. – disse subindo nas minhas costas e deitando nelas. – Acorda mamãe. – tirei a cabeça de debaixo do travesseiro e encarei Edward.

- Foi você quem quis voltar. – ele apontou levantando na cama.

- Bebê, por que não dormirmos até mais tarde? – perguntei para a Tina que estava deitada nas minhas costas.

- Porque eu não estou com sono e estou com fome. –

- Tudo bem bebê. – respondi. – Sai de cima da mamãe para que ela possa levantar e fazer o café para você. – mal terminei de falar e ela saiu das minhas costas e eu levantei da cama, calçando os chinelos e me arrastando para o banheiro.

- Bom dia amor. – Edward disse assim que eu entrei no banheiro e segurando o meu rosto e me dando um beijo rápido.

- Bom dia querido. – retribui o beijo e cocei meus olhos.

- Pode checar se a Sophia está limpa enquanto eu me ajeito para ir fazer o café? –

- Claro. – ele deu um beijo na minha têmpora e saiu do banheiro. – Vamos, princesinha, vamos ver com o bebê da família está. – ouvi Valentina rindo e a porta do quarto se fechando e eu abri a torneira para lavar meu rosto e afastar o sono e fiz minha higiene, escovando os dentes e sai do quarto colocando apenas um robe por cima do pijama.

Deixei o quarto e desci as escadas e coloquei o café imediatamente para fazer, até porque para eu me manter de pé hoje será à base de muito café, e comecei a separar as coisas para fazer os muffin de blueberry para a Valentina, eu fiz bem rápido e logo já estavam no forno e em pouco tempo estariam prontos.

Segui para o andar de cima para amamentar Sophia, ainda não entendia como Edward ainda não havia vindo atrás de mim para amamenta-la. Antes que eu pudesse começar a subir as escadas eu vi uma grande movimentação na casa ao lado, mas aquela casa deveria estar desocupada já que depois que Bree fora arrastada para uma clinica psiquiátrica, sua mãe, vendeu a casa e havia se mudado para outro lugar, longe de nós.

- Está olhando o que? – Edward perguntou me assustando e eu olhei para ele, ele descia as escadas com Sophia e Valentina no colo.

- Parece que venderam a casa de Bree. – contei vendo o movimento e pegando Sophia do colo dele e vendo a chupeta rosa cobrindo o rostinho dela.

- Espero que os novos moradores sejam menos psicopatas. – comentou. – Ela está limpa. – contou sobre a Sophia.

- Vou subir com ela para amamenta-la. Fica de olho no forno? – assentiu e ele desceu o resto da escada e subi para o quarto com Sophia. – Está com fome meu bebê? – perguntei me sentando na sua poltrona e tirando uma das mangas do robe e abaixando a alça do meu pijama e a sua chupeta e ela abocanhou o meu seio faminta.

Depois de cheia e de arrotar, deitei Sophia um pouco no berço enquanto ia tomar um banho quente rápido, vesti uma calça azul escura, um pouco folgada, mas quente e uma blusa de alças larga, meio vermelha desbotada, para que eu pudesse amamentar Sophia tranquilamente e um casaco longo e grosso branco, que batia um pouco abaixo dos meus joelhos e calcei um par de meias e coloquei minhas pantufas, estava realmente frio aqui em Toronto e voltei ao quarto de Sophia, prendendo o meu cabelo, e após conferir se ela estava bem quentinha, desci para tomar café.


- Tudo bem, eu aviso a ela, nos vemos depois. – ele desligou o telefone.

- Quem era? –

- Sua mãe. Soube que chegamos ontem e nos chamou para almoçar lá, disse que tem noticias sobre o julgamento de Tanya. –

- Não era você quem tinha que dar as notícias a ela? – perguntei sentando Sophia na cadeirinha e vendo que Valentina já devorava os muffins.

- Ela disse que o oficial de justiça ligou quando estávamos viajando. – explicou enquanto eu me servia de uma xícara cheia de café quente e me sentava na cadeira ao lado da dele. – Disse que iríamos para lá por volta das dez. – olhei para o relógio. Eram 8:30h, basicamente o tempo de tomarmos café e limpar a cozinha e vestir as meninas para sairmos. – Espero que as ruas não estejam transbordando de neve. –

- É meio estranho, passamos uma semana em uma ilha que está no inverno, mas estava fazendo sol e estava bem quente e agora voltamos para casa e está esse frio infernal. –

- E se eu me recordo bem, você que queria voltar. – apontou colocando uma mecha da minha franja, que estava solta, prendendo atrás da orelha.

- Eu queria ficar com as minhas meninas, talvez se elas estivessem lá conosco eu não iria querer voltar tão cedo. – expliquei limpando a boquinha suja de Tina. – Eu senti falta delas. –

- Se elas estivessem lá, nós não teríamos feito o que fizemos. – comentou falando em meu ouvido.

- Tem razão. – concordei. – Mas senti a falta delas do mesmo jeito. –

- Eu também. Estou falando isso, mas também senti saudades das minhas princesas. –

Nós terminamos de tomar café e ajeitamos a cozinha depressa e enquanto Edward fora dar um banho na Valentina, eu fui dar um banho em Sophia e vesti-la do jeito mais quente possível, para podermos sair de casa, depois de colocar uma fralda limpa nela, vesti uma calça grossa rosa clara e uma blusa de mangas compridas branca com um casaco de crochê, botinhas cor de pele e uma touca branca com dois pompons no topo dela e depois dela estar pronta, caminhei para o quarto de Valentina, para vesti-la enquanto Edward ia tomar banho.

Deitei Sophia na cama da irmã e a peguei, ainda enrolada na toalha e caminhei para o guarda-roupa enquanto Edward ia para o nosso quarto. Tina insistia que queria ir de vestido para a casa da avó, sim ela já chamava a minha mãe de avó há muito tempo, e Phil era o avô. Coloquei um vestido lilás claro nela, junto com uma meia calça, grosa, lilás um pouco mais escuro e com pequenos corações brancos e sapatos fechados e um casaco branco grosso e separei suas luvas, cachecol e sua tiara com pompons nas orelhas e prendi seu cabelo em um rabo de cavalo e deixei as duas ali no quarto enquanto ia escovar meus dentes e calçar minhas botas.



Quando cheguei ao meu quarto, Edward já estava quase pronto, com uma calça jeans escura e uma camisa de botão quadriculada. Ele vestiu um casaco verde, peguei seu cachecol e uma touca e entreguei a ele e ele colocou apenas o cachecol e eu enfiei a touca verde em sua cabeça, ameaçando-o dar um chute em suas bolas se ele a tirasse e calcei um par de botas grossas e coloquei uma touca e um cachecol claros e pegamos as meninas para irmos embora.



- Com licença. – ouvi uma voz nos chamando assim que saímos de casa para entrar no carro que estava no meio fio.

- Sim? – Edward perguntou com Valentina no colo.

- Olá. Somos os seus novos vizinhos. – quem veio falar conosco eram um casal com duas crianças perto. – Eu sou o Diego Biers e essa é a minha esposa Sarah minha esposa e meus filhos, Riley e Kristie. – apontou para a esposa e para os dois filhos, eles já eram senhores de idade, talvez mais velhos que os pais de Edward, Diego já tinha quase todo o cabelo grisalho e olhos castanhos escuros e sua esposa, Sarah tinha os cabelos castanhos claros, mas alguns fios grisalhos já apareciam junto com algumas rugas em volta dos olhos e dos lábios. Já Riley, parecia ter em torno dos quinze para dezesseis anos, e era um loiro acastanhado com olhos castanhos escuros e Kristie, deveria ter por volta dos dez anos, com cabelos e olhos escuros.

- Ah, é um prazer Sr. Biers. – Edward disse ajeitando Valentina em seu colo e apertando a mão do Sr. e da Sra. Biers. – Eu sou Edward, essa é a minha esposa, Isabella e nossas filhas Valentina e Sophia. – Edward nos apresentou.

- È um prazer... Nós não conhecemos muito daqui, viemos do Texas, não sabíamos que estaria tanto frio aqui, porque não nos reunimos depois e vocês nos colocam a par do que acontece aqui? –

- Adoraríamos, mas agora não é possível, temos um almoço com a minha sogra. – não pude evitar sorrir ao ouvir Edward chamando de minha de sogra, ele estava completamente animado com o nosso recém-casamento.

- Não demorem por nossa causa. Quando tiverem um tempo nos reunimos. –

- No final de semana está bom para vocês? – perguntei ajeitando Sophia em meu colo, ela estava ficando muito pesada e estava enorme.

- Claro, iremos com prazer. –

- Ótimo. Agora temos que ir, com licença. –

- Foi um prazer. – eles voltaram para dentro de casa e Edward destravou as portas do carro e eu pude prender Sophia na sua cadeirinha.

- Céus ela está ficando pesada. – comentei enquanto Edward colocava Valentina na cadeirinha e depois dele conferir se ambas estavam bem presas fechou a porta. – Alguém deu algo para ela além de leite? –

- Que eu saiba não. Mas duvido que minha mãe tenha dado, ela sabe que ela não pode comer nada além de leite. Aliás, ela já vai completar oito meses, temos que leva-la ao pediatra, já está na hora dela começar a comer algo além de leite. –

- É mais ainda estão cheios. – disse ajeitando a minha blusa e Edward ficou encarando o topo dos meus seios. – Comporte-se cacete. – reclamei e ele começou a rir.

- Desculpa. – pediu rindo e me puxou pela cintura me dando um beijo. – Eu te amo. –

- Também te amo. – respondi. – E vou amar mais ainda quando entrarmos nesse carro. Está congelando. –

- Sim senhora. – ironizou abrindo a porta do carro e eu entrei no carro enfiando as mãos nos bolsos do casaco para esquenta-las e ele fechou a porta, dando a volta rapidamente e entrando no banco do motorista.

Edward ligou o carro e começou a dirigir para a casa de minha mãe, eu ainda tinha algumas coisas para pegar lá, e se desse para trazer tudo hoje eu traria logo, até porque todos os meus documentos da faculdade e os livros ficaram lá. Edward dirigia devagar pela rua, um pouco escorregadia, devido à neve que caia um pouco ainda, e como o risco do carro derrapar era enorme, ele dirigia bem devagar e com todo o cuidado do mundo, principalmente levando em consideração o fato de haver dois bebês no banco de detrás.

Depois de quase uma hora, devido ao todo o zelo de Edward ao dirigir, chegamos à casa de minha mãe, que estava toda coberta por uma camada fina branca e assim que descemos no carro, sentimos que a sensação térmica havia caído mais ainda durante o caminho de nossa casa até aqui. Rapidamente pegamos as meninas e fomos para casa, e como eu ainda tinha a chave, entrei sem bater ou avisar e acabei assustando a minha mãe.

- Garota, eu te ensinei a bater não? – reclamou fazendo Edward e Valentina rirem.

- Olha lá quem fala, quem é que ficava invadindo o banheiro sem bater? – perguntei me referindo das duas vezes que ela invadiu o banheiro com Edward dentro dela, e uma dessas vezes foi quando ele dormiu aqui no meio da minha gravidez antes de eu me mudar de vez para a casa dele.

- Tem razão. – cadê a minha netinha linda. – ela veio para cima de mim e tirando Sophia dos meus braços. – Deus, ela está pesada. – disse e deu um beijo na bochecha da neta e eu tirei o cachecol e a touca, colocando no braço do sofá junto com o casaco das meninas e do Edward. – Oi Edward. – ainda segurando Sophia, minha mãe deu um abraço em seu pai.

- Oi Renné. Cadê Phil? –

- Saiu para comprar umas coisas e já deve estar chegando. – contou se abaixando um pouco para ficar da altura de Valentina. – Oi gatinha. –

- Oi vovó. – Tina retribuiu o abraço apertado.

- Mãe cadê Robert e Noah? –

- Dormindo. – disse simplesmente.

- Okay... Fica de olho nas duas... Quer dizer, nas três na minha mãe também, porque você sabe que ela não é muito normal... – emendei e minha mãe me olhou feio. – Eu vou separar logo as coisas que eu tenho que levar, antes que eu esqueça. –

- Sim senhora. – subi as escadas na direção do meu antigo quarto, que agora estava entulhado de coisas dos bebês e comecei a separar as coisas que eu levaria para a casa de Edward, meus livros e documentos da faculdade e o resto das minhas roupas.

- Isabella Marie Swan, que história é essa que você se casou e não me contou nada? E nem me convidou. – comentou ofendida.

- Culpa de Edward que inventou de se casar em Maui, se quer brigar com alguém que seja com ele. – respondi simplesmente dobrando as minhas roupas e guardando dentro da minha mala.

- O que está te incomodando? –

- Por que acha que tem algo me incomodando? – perguntei dobrando um vestido.

- Porque eu sou sua mãe, te conheço e você é uma péssima mentirosa. – suspirei guardando o vestido na mala.

- Uma nova família se mudou para a casa de Bree. –

- É? –

- É que depois que eu o li o diário da Bree eu não consigo me sentir a vontade naquela casa. – respondi me sentando na ponta de minha antiga cama.

- Já falou isso com ele? –

- Vou falar o que? – perguntei a encarando. – Hey Edward, só para dizer que eu não me sinto bem nessa casa, porque sei que os vizinhos podem ver tudo o que fazemos e então, tem como você resolver esse problema? – questionei ironicamente. – Claro que não. –

- Você não precisa falar desse jeito. Diz que aquela casa é grande para vocês ou... –

- Ou essa não funciona. Sophia não tem nem um ano e ele já está planejando o próximo. –

- Sério? – perguntou rindo.

- É. Ele quer um menino agora. Disse que não vai parar até ter um menino. –

- Bom, então diz que a casa é pequena para vocês e os próximos, ou que quer que as crianças cresçam mais perto do centro, ou perto do trabalho de vocês, de escolar boas e partes. Tem mil e um motivos que possa dar a ele, é só escolher. –

- Mãe, Valentina cresceu ali, não posso simplesmente pedir e esperar que ele se mude sem um bom motivo. – me levantei terminando de guardar as minhas coisas.

- Você sabe que o Edward vai fazer qualquer coisa por você. Olhe o que ele fez por quase dois anos. Se você pedir para se mudar, ele com certeza vai querer. –

- Ah mãe deixa isso para lá. Não fala nada com ele, talvez esses vizinhos sejam menos doidos que Bree. – pelo menos assim eu esperava, foi o que pensei ao terminar de fechar a mala. – Venha, vamos descer. – estendi a mão para ela e descemos as escadas. – Oi Phil. – disse ao ouvir a voz dele mal terminei de descer as escadas.

- Oi menina. – disse me abraçando e dando um beijo no topo da minha cabeça.

Nós nos sentamos no sofá, com Tina no meu colo e eles resolveram nos colocar a par do que aconteceu nessa semana em que estivemos fora, porém não contou o que o oficial de justiça havia contado a ela, a coisa que mais queríamos saber o que é. Por volta de meio dia, após Sophia mamar mais uma vez, eu a deitei para dormir no berço junto com Robert e fomos almoçar e mais uma vez, nós conversamos sobre banalidades e só depois de Tina acabar dormindo no colo no pai, e de Edward a deita-la na minha antiga cama que eles resolveram nos contar o que tinham para contar.

- Então, no meio da semana o oficial de justiça apareceu aqui em casa, com novas informações sobre o caso de Tanya e Aro. Disse que havia tentado entrar em contato com você, mas não conseguiu. – minha mãe disse olhando para Edward.

- Se conseguisse eu iria me assustar. Ficou com o telefone desligado a semana inteira. – apontei bebendo um gole do café quente que minha mãe havia feito.

- E o que ele disse? –

- Que a data para a audiência final foi marcada, que todos os apelos dos dois foram negados, a mudança de juiz também, alegações de insanidade e etc. foram todas negadas e que agora não tem por eles fugirem. – Phil contou segurando a garrafa de cerveja.

- E quando vai ser a audiência? –

- Dia 15 do mês que vem. –

- Faltam duas semanas. – Edward apontou. – Olha... Eu vou ser bem sincero, no mínimo o que os dois pedem pegar são dez anos e no máximo dezoito. –

- Eles dois ficando longe dos meus filhos e das minhas netas, eu pouco me importo quanto tempo eles ficarão presos. – minha mãe disse bebendo um gole de seu café.

- Vocês não precisam ir caso não queira, acredito que não irão querer que vocês deponham algo. –

- Do mesmo jeito eu quero ir. – minha mãe disse firme.

- E quanto aos meninos? –

- Caso queiram, deixem-nos comigo. –

- Não vai? – Edward perguntou.

- Claro que não. Eu tenho que cuidar de Sophia e Valentina, deixem Robert e Noah comigo. Até eu voltar para a faculdade eu não quero assistir nenhum julgamento, nem mesmo um julgamento de Tanya. – respondi e encostei a bochecha no ombro de Edward.

Eles continuaram a conversar sobre coisas do julgamento de Tanya e Aro e eu fiquei apenas ouvindo a conversa, mantendo a minha bochecha apoiada no ombro de Edward e só sai dali ao ouvir Sophia chorando ou quando Valentina acordou. Quando escureceu e um pouco depois de jantarmos, pois minha mãe insistiu em jantarmos ali, nós partimos para casa e mesmo dentro do carro, podíamos sentir que estava frio e ainda bem que eu tinha uma pequena manta, apenas por precaução, na bolsa junto com as fraldas de Sophia e eu podia estender sobre as duas para esquenta-las um pouco mais.

Ao chegarmos a casa entramos correndo com as meninas, que dormiam em nossos braços e ligando imediatamente os aquecedores, do quarto de ambas e do nosso para esquenta-lo logo, mesmo que não fossemos dormir agora. Após trocar a roupa de ambas e deita-las na cama, cobrindo-as bem e no quarto bem quentinho, eu desci as escadas. Enquanto terminava de descer as escadas, meus olhos foram atraídos imediatamente e impensadamente para a casa ao lado, eu podia ver que algumas luzes ainda estavam acessas, e o antigo quarto de Bree que dava uma Bella visão de diversos cômodos dessa casa, tinha as persianas fechadas, mas podia ver a luz saindo das frestas ao lado dela, e mal pisei no piso de madeira da sala quando Edward chegou com duas xícaras de chá fumegante e notei, ou talvez tenha imaginado um pequeno movimento na persiana, como se alguém observasse discretamente por uma das frestas e fora pego no flagra.

- Está tudo bem? – Edward perguntou me entregando uma das xícaras.

- Sim. Eu acho que imaginei coisas. – respondi balançando a cabeça para afastar aquela ideia estapafúrdia da cabeça.

- O que? – insistiu ele em saber.

- Não é nada. – garanti me sentando no sofá e tirando as botas. – Eu achei que tivesse visto alguém olhando pela fresta da persiana, mas eu vi coisas, não é nada. – garanti mais para mim do que para ele. Edward tirou os sapatos e sentou-se atrás de mim, encostando as costas no sofá e eu me ajeitei no meio de suas pernas encostando as costas em seu peitoral e nos cobrindo com uma manta.

Edward passou os braços pelo meu corpo, ainda segurando a xícara com o seu chá fumegante e encostando o queixo em minha cabeça, Edward comentou mais algumas coisas sobre o julgamento de Tanya e Aro e quando ele percebeu que não prestava atenção, resolveu mudar de assunto e eu agradeci, não estava muito a fim de ficar falando sobre Tanya e Aro.

Após terminarmos o chá e de lavarmos as xícaras, Edward fora trancar a casa e se certificar que o alarme estava ligado e eu subi para tomar um banho para irmos dormir já que estava bem tarde. E antes mesmo que eu terminasse o meu banho quente, Edward entrou no banheiro, impedindo que eu terminasse o meu banho.

A semana ocorreu tranquilamente, Edward voltara a trabalhar e eu ficava em casa com as meninas. Eu gostava de ficar em casa com elas, quer dizer mais ou menos, Valentina passava a maior parte do tempo na creche, onde esse seria o seu ultimo ano, já que no meio do ano ela entraria para a pré-escola primaria, que não chegava ainda ser a escola primaria e ficaria nela por dois anos até finalmente entrar na pré-escola e ela estava mais do que animada para finalmente sair da creche e ir para a escola pré-primaria.

E ao mesmo tempo em que Tina estava animada, Edward não estava nem um pouco, já que isso só significava uma coisa. Ela estava crescendo. E os dias estavam passando muito rápido, faltavam quatro meses para o aniversário de um ano de Sophia. Deus parece que foi ontem que ela estava nascendo e já vai completar um ano. Esse era mais um dos momentos por eu ficar feliz em ficar em casa, pelo menos por enquanto, poderia aproveitar todos os momentos com as duas.

Edward pegou um dia de folga no meio de semana para podermos levar Sophia no pediatra para ver o que poderíamos começar a tentar introduzir na alimentação dela, para que a menina não ficasse apenas no leite e ele nos passou uma lista, até que grande, de coisas que poderíamos começar a dar a ela, com calma e em poucas quantidades.

Nós achávamos que os nossos novos vizinhos haviam se esquecido do jantar que marcarmos no final de semana passado para esse, entretanto não, eles não esqueceram e sábado às sete da noite em ponto eles apareceram lá em casa com uma garrafa de vinho e com uma torta de maçã, justo na hora que estávamos saindo para levar as meninas para a casa de Esme para que fossemos ao um jantar com alguns amigos da minha faculdade, o qual eu não estava nem um pouco a fim de ir, e não pude deixar de agradecer a Deus por manda-los aqui para casa a essa hora. Deixei os dois na sala e subi as escadas para o quarto, onde Edward terminava de se aprontar.

- Querido. – disse entrando animada no quarto.

- Eu por acaso já disse que você está linda? – perguntou fechando os botões da camisa branca.

- Não. –

- Que pecado. Está linda, meu amor. – disse segurando-me pela cintura e me dando um beijo. – Nós podemos aproveitar vir um pouco mais cedo desse jantar e termos um tempo só para nós dois. – sugeriu.

- Eu acho que não. – respondi ajeitando a gola de sua camisa.

- Por que não? –

- Por que os Biers estão ai. Eles não se esqueceram do jantar que você marcou para esse final de semana para que nos conhecêssemos. –

- Eu esqueci. – disse apoiando a cabeça no meu ombro.

- Eu sei, eu também. Que pena. – fingi decepção.

- Que pena nada, Isabella. – ele me soltou rindo. – Acha que eu não sei que você não quer ir nesse jantar? – agora quem rira fora eu. – Vou terminar de me vestir e já desço. –

- Não demore. – lhe dei um beijo rápido e sai do quarto, parando, antes de descer as escadas, no espelho do corredor e vendo se eu estava direito, eu havia amamentado Sophia poucos minutos antes dos Biers chegarem e eu não conferira se estava arrumada ou se ela havia me sujado.

Mas não, eu estava ajeitada e limpa, minha mãe ficava surpresa com o fato de que eu andava limpa, mesmo cuidando de um bebê e de uma menina de quatro anos, mas fazer o que se as minhas garotinhas eram limpinhas? Ajeitei a minha blusa de mangas compridas e gola alta branca, bem quentinha e a minha saia preta, que batia na altura dos meus joelhos, com finas listras brancas e para completar as minhas botas, de cano alto, parando um pouco acima dos meus joelhos e saltos finos. Terminei de me ajeitar e desci as escadas.


- Ele já está descendo. – comentei ao encontrar os quatro do jeito que eu havia deixado, sentados nos sofás.

- Vocês estavam de saída? – perguntou provavelmente se referindo as minhas roupas.

- Sinceramente, sim... Mas eu não queria ir mesmo, então obrigada. – respondi sorrindo e ela balançou a cabeça rindo.

- Bella. – me virei ao ouvir a voz de Edward, ele havia colocado um suéter cor de vinho por cima da camisa azul escura, junto com a calça jeans escura, descendo as escadas com Sophia e Valentina nos braços.


- Ela acordou? – eu havia acabado de penar ao colocar Sophia para dormir, tanto que estávamos quase mudando de ideia sobre leva-las para a casa de Esme e pedirem para que ela viesse para cá.

- Não, ela não acordou... Acordaram-na. – respondeu olhando para Valentina que olhou para ele sorrindo com os olhinhos fechados.

- Desculpa. – disse sorrindo quando o pai a colocou na poltrona.

- Boa noite. – Edward disse quando eu peguei Sophia de seu colo e ela deitou a cabecinha em meu ombro, ela estava bem quentinha, ou assim eu esperava, o seu pijama branco cobria dos pés até os pulsos e o pescoço e para esquentar a cabeça uma touca da mesma cor do pijama. – Como vão? – Edward perguntou apertando as mãos dos vizinhos.


- Ótimo. Nós estamos nos acostumando com o frio ainda, mas ótimos. Espero que não estejamos atrapalhando vocês. –

- Claro que não. – Edward respondeu ao pegar Valentina da poltrona e se sentando nela e colocando a filha em seu colo. – E o frio? Esse tem um inicio de ano dos mais frios que já vi e olha que eu vivi aqui a minha vida inteira. –

- No Texas é um pouco frio no inverno, mas não tanto assim, é muito frio aqui. –

- E qual foi o motivo da mudança? – perguntei me sentando na poltrona com uma Sophia inquieta, para ir para o chão, no colo.

- Fui transferido. –

- Trabalhava com o que? – perguntei tentando manter Sophia no meu colo, o que estava meio difícil já que ela insistia em ir para o chão.

- Sou técnico de basquete. Eu treinava o San Antonio Suprs e fui transferido, melhor comprado pelo Toronto Raptors. –

- Boa sorte. Porque os Raptors são uma merda. – Edward respondeu. – Com todo o respeito, mas os Raptors são péssimos. –

- Espero mudar isso. –

- Também, porque eu deixei de acompanhar os Raptors e passei a acompanhar o Bulls. –

- Desde quando você assiste basquete? – questionei.

- É o meu esporte favorito, não acompanho os jogos, apenas o placar. – deu de ombros e eu revirei os olhos.

- Espero fazer com que você volte a torcer pelos Raptors. –

- Também espero. –

Sophia só sossegou quando eu a deitei em seu tapete rosa com alguns móbiles pendurados ao seu alcance, mas ela preferiu o seu mordedor em formato de chaves e começou a mordê-lo, ultimamente ela os mordiam muito, os dentinhos estavam começando a nascer, já havia nascido quase todo, mas ela ainda mordia muito o mordedor.



Valentina estava mais interessada em jogar algum joguinho bobo que o pai baixara no celular para ela do na conversa e os filhos dos Biers idem. Quer dizer, pelo menos Kristie, que estava completamente fissurada no celular e nem desviava os olhos da tela. Deus, minhas filhas não vão ter um celular tão cedo, eu já não gostava que Edward desse o celular a Valentina para que ela jogasse de vez em quando, imaginar ter um celular apenas dela?!

Enquanto Kristie estava focada na tela e seus dedos dançavam uma dança frenética pelo teclado, seu irmão, Riley, não se importava nem um pouco com o seu celular, ele estava na mesma posição de quando havia chegado e se sentado – com as costas totalmente retas, apoiadas no encosto do sofá, com uma almofada no colo, uma coisa que ele colocava recentemente, e as mãos por debaixo delas, como se quisesse aquecê-las, mesmo a sala estando bem quente devido à lareira ligada.

Sarah sentou-se na poltrona vaga ao lado de meu marido, onde eu estava sentada antes, e engatou em uma conversa comigo sobre filhos e casa enquanto eu vigiava Sophia para que ela não saísse do tapete, principalmente porque ela havia ganhado a mania de sair engatinhando por ai. Ajeitei-me mais no tapete, ficando com Sophia entre Sarah e eu e conversava com Sarah. Ela estava gostando daqui, estava aqui a menos de uma semana, mas já estava gostando mais do que do Texas. Ela era de Boston e conhecera o marido na faculdade de Princeton e desde que se casaram já viveram em todos os quatro cantos dos Estados Unidos até que Diego prometera que essa seria a ultima temporada dele e fincariam residência permanente aqui em Toronto.

Com o canto dos olhos eu via que Riley se encontrava um pouco quanto que inquieto no sofá e começava a se mexer, pelo menos tentando ser discreto, e falhando miseravelmente, eu notei que ele encarava na cara de pau as minhas coxas, já que me ajeitara sobre o tapete da sala e a minha saia havia subido um pouco e deixado minhas coxas descobertas e eu tratei de abaixa-la imediatamente.

Edward atraiu a atenção de todos, incluindo de Riley que dera um pulo no sofá. Meu marido sugeria que pedíssemos comida japonesa e enquanto ele fora pedir eu vi que Sophia havia dormido no tapete com o mordedor na boca e eu pedi licença, e me levantei pegando Sophia no colo e a levando para o quarto dela. Porém, mal a deitei no berço e ela acordou chorando com a fralda suja, céus como um bebê tão pequeno consegue sujar tanto a fralda. Tirei seu macacão e a fralda e vi que ela estava tão suja que eu precisaria dar outro banho nela, e erguendo mais ainda as mangas de minha blusa, dei um banho quentinho nela e depois de seca-la e colocar a fralda e um macacão limpo, ninei-a mais um pouco em meus braços e por fim a deitei no berço e ela dormiu automaticamente com a chupeta na boca.

- Bella, o jantar chegou. – Edward gritou me avisando quando eu comecei a descer as escadas com a tela da babá eletrônica de Sophia em mãos.

- Já estou aqui. – avisei terminando de descer as escadas e apoiando a tela no aparador atrás do sofá. – Onde está Riley? – perguntei ao não encontra-lo sentado no sofá.

- Ah sim, ele teve que ir para casa, não estava se sentindo muito bem. – Sarah explicou.

- Eu não quero ir dormir. – a reclamação de Valentina me fez ignorar por enquanto Sarah e encara-la. Ela ainda usava a meia calça azul esverdeada grossa com um vestido azul marinho e um casaco e tinha o longo cabelo ruivo preso. Edward a segurava pelas mãos e a puxava de brincadeira para as escadas.


- Mas está na hora dos bebês irem dormir. – explicou ele rindo quando a filha tentou fincar os pezinhos no chão se recusando a ir dormir. – Sophia já foi agora é a sua vez. –

- Não... Só mais cinco minutos. – pediu fazendo beicinho e eu sabia que Edward não resistia aquele beicinho.

- Tudo bem. Assim que acabarmos de comer você vai dormir. – disse deixando ela de pé direito e a soltando.

- Eeee. – gritou animada enquanto saltitava para a poltrona e pegava mais uma vez o celular do pai.

- Frouxo. – mexi os lábios apenas para que ele me ouvisse e ele começou a rir.

Nós ajeitamos a mesinha de centro mesmo, tirando tudo de lá e colocando a barca enorme, não sei para que, que Edward pedira com diversos tipos de sushi: Nigiri – pequenas porções de arroz cobertas com fatias de salmão, atum, camarão, lula ou polvo. Norimaki – arroz recoberto com algas, recheadas com vários tipos de peixes, legumes. Temaki – cone de algas recheado com arroz e peixe cru. Chirashi – frutos do mar espalhados por sobre o arroz. Sashimi – fatias de peixe cru que eram degustadas com shoyu e wasabi.


Nós nos sentamos sobre as almofadas em volta da mesinha de centro e todo mundo apanhou os seus hashi e começamos a comer e continuamos a falar ameninadas. Kristie continuava com os olhos no celular enquanto comia e Valentina veio para o colo do pai insistindo que queria experimentar e Edward deu um pedaço de sushi para ela, que fechou a cara e saiu correndo para o banheiro cuspir.

Quando ela voltou à sala, ela deitou na poltrona, com os pezinhos para fora do braço do sofá e ficou balançando enquanto jogava no telefone e em pouco tempo acabou dormindo e eu deitei meu hashi no prato e fui colocava na cama e um tempo depois de terminar de jantar Kristie se despediu e partiu para cãs, alegando estar cansada e deixando apenas nós quatro na sala. Edward e eu estávamos sentados em um dos sofás da sala, eu com um copo de suco em mãos, já que como eu ainda estava amamentando eu não podia beber, Edward tinha uma garrafa de cerveja em mãos, ele estava sentado com as costas encostadas no sofá e eu me sentei de lado, com as costas apoiadas em Edward que tinha um dos braços por sobre o meu corpo e Diego e Sarah estavam no sofá a nossa frente, um ao lado do outro, Diego acompanhando meu marido na cerveja e Sarah que não bebia, acompanhava-me no suco.

- Sarah tem certeza que Riley está mesmo bem? Ele foi embora e não voltou. – comentei que mãe deixaria um filho que estava passando mal sozinho, mesmo ele estando na casa ao lado?

- Sim, ele está bem, não se preocupe, deve ser cansaço da viagem para ser bem sincera. –

- E além do que ele deve estar ocupado... Muito ocupado... – Edward disse bebendo um gole da cerveja e eu o encarei confusa.

- Como assim? – perguntei.

- Ah querida... Todo mundo aqui percebeu que ele não tirou os olhos de você. Qual é! Eu também já fui adolescente e me animava com qualquer mulher bonita. É coisa de adolescente. –

- Idiota. –

- Bellinha arrasando corações juvenis. – disse rindo.

- Cala a boca idiota. – dei uma cotovelada nele o que fez os nossos novos vizinhos rindo.

- É coisa de jovem, no Texas a paixão platônica dele era a professora de matemática. –

- A minha era a minha professora de francês... Céus, eu amava a professora Margorie Roux, ela era gostava, nunca mais esqueci francês e nunca matei uma única aula. – sem falar nada, apenas desencostei as minhas costas do peito de Edward e o encarei em silêncio e ele logo se desculpou. – Claro que naquela época eu era meio retardado e achava qualquer uma bonita, e obviamente com o tempo e idade eu aprimorei o meu gosto e pensando bem, a minha professora de francês nem era tão bonita assim. Eu que era um adolescente cheio de testosterona idiota. – continuei a encara-lo e ele apenas me puxou pelos ombros e deu um beijo em minha têmpora o que me fez rir. – Você sabe que eu só tenho olhos para você, meu amor. – disse em meu ouvido e dando um beijo na minha bochecha.

Eram por volta das 23h quando o casal Biers deixou a nossa casa e foi dormir e nós nos preparamos para irmos dormir. Enquanto Edward conferia se as portas e as janelas estavam bem fechadas e que o alarme estava ligado, eu subia para conferir se as meninas estavam dormindo e bem aquecidas e após conferir que estavam eu segui para o meu quarto, trocar de roupa, mal terminei de tirar a roupa e colocar uma camisa de moletom larga de Edward, vi uma pequena movimentação na janela da casa da frente e eu corri para a janela e fechei as cortinas rapidamente no momento em que Edward entrou no quarto.

- Tudo bem? – perguntou tirando o suéter e abrindo a camisa.

- Mas uma vez eu vi a cortina da frente se fechar, não estou vendo coisas. –

- Nós nem sabemos de quem é aquele quarto. – disse como se quisesse me acalmar. – Pode ser de Kristie, de Sarah e Diego, não precisa ser especificadamente de Riley. Pode ser Sarah ou Diego indo dormir e fechando a cortina, apenas isso. – respondeu tirando a calça jeans e colocando uma de moletom e caminhando para o banheiro.

Sim, Edward tinha razão, podia ser o quarto de Kristie e de Sarah e Diego, mas eu não sabia o motivo, eu sentia que não era nenhum dos três e também sentia que eles não estavam simplesmente fechando as cortinas. Depois de descobrir que Bree conseguia ver tudo da sala e do quarto, eu não me sentia mais tanto a vontade aqui como eu deveria me sentir. Quer dizer, antes, quando a casa estava à venda, eu me sentia muito bem, pois eu sabia que não tinha ninguém ali, mas agora que uma nova família, onde o filho, de quase a mesma idade de Bree, ficar me encarando.

 Em menos de cinco minutos Edward saiu do banheiro e eu segui para lá para fazer a minha higiene e em pouco tempo eu estava deitada na cama, meu marido apoiou a cabeça no travesseiro, entre a minha cabeça e o meu ombro e com um braço em volta da minha cintura e eu fiquei fazendo cafuné em seu cabelo e em pouco tempo ele ressonava tranquilo contra o meu pescoço e eu fiquei um longo tempo encarando o teto, sem conseguir dormir.

O resto da semana se passou rápida e tranquila, todas as cortinas da casa ficavam fechadas, pois sempre que eu a abria eu via a mesma maldita movimentação na cortina do antigo quarto da Bree. Hoje seria o julgamento de Tanya e Aro e daqui a pouco minha mãe estava se dirigindo para cá, para deixar os meninos e ela e Phil seguiram junto a Edward para o tribunal. Enquanto ele terminava de se arrumar eu fazia o nosso café da manhã, cortes os waffles com calda de amora da Tina para que ela pudesse comer sem se sujar ou se machucar  com a faca ao tentar cortar.

Edward desceu um tempo depois, e tomou café e rapidamente subiu para terminar de se arrumar e eu subi para arrumar Valentina pra ir para a creche. Enquanto Sophia ficou no seu cercadinho eu subi para vestir Valentina, dei um banho quente nela e a ajudei a escovar os dentes e a levei para o quarto para vesti-la. Coloquei uma calça jeans escura e uma blusa de mangas compridas e botinhas pretas e penteie o seu cabelo, deixando-o solto e peguei sua mochila, seu casaco, luvas e sua touca e desci com ela, Edward já estava na sala e minha mãe também, com Phil, Robert e Noah. Ainda faltava um pouco para Valentina ir para a creche e graças a Deus, minha mãe deixou as cadeirinhas de carro dos gêmeos e eles foram ao carro de Edward, deixando o carro de Phil para que eu pudesse levar Tina à creche.


Entreguei o casaco grosso a Edward, que o vestiu imediatamente, a neve ainda não havia parado de cair e estava bem frio, peguei cachecol roxo e preto de Edward e o enrolei em seu pescoço e ele pegou as luvas, as calçando e após dar um beijo em mim e nas meninas saiu junto com a minha mãe e Phil para o julgamento de Tanya e Aro.


Deixei Valentina de olho nos três bebês e subi correndo para me vestir, antes que eu a atrasasse. Subi as escadas correndo e me vesti, coloquei uma calça legging grossa preta, um casaco de moletom grosso por cima da camisa de mangas compridas e calcei os meus tênis e desci as escadas, vestindo o casaco e a touca e as luvas em Valentina e dando duas viagens, levei os quatro para dentro do carro e prendendo a cadeira da Sophia ao lado das dos gêmeos e prendi Valentina no banco com o cinto de segurança, já que não havia espaço para outra cadeirinha.


Depois de deixar Tina na creche, voltei para casa e fiquei brincando com os três, no tapeta da sala, com a televisão ligada enquanto passavam algumas informações sobre o julgamento de Tanya, eles davam algumas noticias de vez em quando já que não era permitida a entrada de repórteres no tribunal. Deixei os bebês no cercadinho com alguns brinquedos, mas eles estavam basicamente dormindo e eu fui fazer um lanche no lugar do almoço, não tinha motivos para eu fazer almoço apenas para mim, porém eu compensaria no jantar, até porque minha mãe e Phil jantariam aqui.

O final do julgamento só se deu no final da tarde, depois de eu ter buscado Valentina na creche. O juiz decretou a sentença de Tanya para dez anos e Aro para doze anos, sem condição a condicional e perdendo as licenças para exercer o direito quando forem soltos. Deixei os três vendo algum desenho no Discovery Kids e fui fazer o jantar, para que assim que eles chegassem o jantar já estar pronto. Fiz um talharim ao molho de ragu de linguiça e de sobremesa uma torta de noz pecan e enquanto a torta estava no forno, subi com os três bebês e na Valentina e enquanto eles assistiam TV eu coloquei a mesa e depois de tudo pronto me sentei no sofá com eles.

Os três só chegaram a casa, perto das sete e meia da noite, exaustos, felizes com o julgamento, mas exaustos, tanto que assim que jantaram e de eu praticamente obriga-los a comer, eles foram para casa e Edward tomar um banho quente para dormir, e mal deitou na cama e apagou e eu dei um beijo em sua cabeça e fui colocar as meninas para dormir.

Os meses foram se passando e o escritório de Edward ia crescendo, até porque depois que Aro fora condenado, quase que 100% dos clientes de Aro migraram para o de Edward, a verdade que nunca fora dita é que era Edward quem cuidava de mais da maioria dos casos no escritório de Aro, o próprio Aro só estava lá para receber os loiros sem ter feito nada.

Os Biers acabaram se tornando grandes amigos nossos, pelos menos Diego e Sarah. Edward e Diego haviam quase que se tornado grandes amigos, já que sempre que possível se encontravam para discutir sobre jogos e para assistir os jogos de Beisebol para que Diego pudesse saber aonde ele tinha que mexer para o time ir para a gloria que nunca teve. Sarah sempre que tinha a chance levava os filhos pedindo para que eu ficasse de olho neles enquanto ela tinha que sair e não tinha com quem deixar as crianças, como ela era uma dona de casa, ela só se ausentava quando tinha que ir ao mercado, médico ou algo do tipo. Eu não gostava quando Riley vinha para cá, eu não me sentia muito a vontade na minha própria casa quando ele estava aqui, pois mesmo ele ficando sentado no sofá com a irmã o dia inteiro eu sabia que ele ficava me seguindo com os olhos para qualquer canto que eu iria.

Eu falava com Edward que não me sentia muito a vontade com isso, em grande parte devido aos olhares invasivos que ele me lançava, e a única coisa que Edward dizia, era que era coisa de adolescente, mas ao perceber que mesmo assim eu não me acalmava, ele prometera que iria conversar com Diego e pedir para que ele conversasse com o filho e que se isso não parasse iria pedir para Sarah parar de deixar as crianças aqui.

- Bella o que foi? – Edward perguntou depois de um tempo a me ver fechando as cortinas do quarto e o deixando escuro. E mesmo eu reclamando sempre que tinha que deixar entrar um pouco de luz de sol na casa, eu sempre mantinha tudo fechado.

- Nada. – respondi ao me virar após me certificar de que as cortinas estavam fechadas e dei de cara com Edward parado atrás de mim. Para que eu iria continuar insistindo em algo em que todo mundo insistia que era coisa de adolescente?

- Você mente muito mal e sabe disso. – apontou. – O que foi? – abri a boca para responder. – A verdade. –

- Você sabe que eu não estou me sentindo bem aqui. – expliquei me afastando e tirando minhas sapatilhas e subindo na cama. – É como se alguém me vigiasse por todo o canto que eu vá. –

- Quer que eu chame um padre para fazer um exorcismo na casa? – perguntou brincando e eu o acertei com um travesseiro que eu jogara nele. – O que você quer que eu faça? – perguntou se sentando a minha frente tirando a gravata que fazia conjunto com o terno, ele havia acabado de chegar do escritório um pouco mais cedo.

- Que faça isso parar. Você acha que é normal eu não me sentir bem no lugar onde eu moro a mais de um ano? –

- Isso é normal. Eu já disse que isso é coisa de adolescente, daqui a pouco ele se interessa por outra e vai passar. –

- Não é normal. – reclamei me levantando da cama e andando de um lado para outro. - Não para mim. Não é normal toda hora que eu olhar pela janela eu ver alguém me observando pela janela. Ou para cada canto da casa que eu andar eu sentir um par de olhos pesando em cima de mim. Estou começando a ficar com vontade de voltar para casa da minha mãe. – confessei. – Lá pelo menos não tem um adolescente infestado de hormônios me olhando pela janela. –

- Não, não, não. Isso não. – disse me puxando pela cintura e me fazendo sentar em seu colo. – Tudo bem, eu vou mais uma vez falar com o Diego. –

- E se não adiantar? Você já falou com eles três vezes e não adiantou. – questionei.

- Nos mudamos. – deu de ombro me dando um beijo no ombro. – Simples assim. Eu sei que você nunca se sentiu muito bem aqui e eu nunca entendi o motivo, mas tudo bem. Ninguém nunca iria se sentir bem morando em um lugar que não tem a sua cara. Se essa situação não melhorar, nós nos mudamos para um lugar com a nossa cara, não só a minha. – garantiu quando eu deitei a cabeça em seu ombro e ele deu um beijo na minha bochecha.

- Estamos fadados a ter vizinhos psicopatas. – apontei e ele riu.

- Para ser bem sincero eu nunca me importei tanto porque eu sabia que era coisa de adolescente com testosterona quando vê uma mulher bonita, mas nunca liguei porque eu sabia que você não iria ligar para ele ou se importar com ele. Não era uma concorrência, mas não sabia que estava te incomodando a esse ponto. – comentou encarando a janela coberta pela cortina. – De não se sentir bem dentro da própria casa e sinceramente está começando a me incomodar também. Eu vou resolver isso. – garantiu. – Não se preocupe porque em pouco tempo você voltará a se sentir segura novamente aqui dentro. – ele me abraçou forte e deu outro beijo em minha bochecha.

- Quero falar com você outra coisa, mais importante. –

- O que? –

- Falta menos de um mês para o aniversario de um ano da Sophia e para o seu aniversario. Vamos fazer o que? –

- Eu não sei. É o primeiro aniversário dela, vamos fazer uma festa para ela. –

- E quanto ao seu? –

- Não precisa fazer nada para mim, meu amor. –

- Claro que precisa você é o meu amor. – apontei e ele deu um beijo estalado em minha bochecha.

- Por falar em ser o seu amor... Cadê as meninas? –

- Tirando um cochilo. Por quê? – questionei e senti suas mãos indo para debaixo do meu vestido. – Querido, nós transamos ontem à noite... – lembrei-o.

- E eu quero de novo. – ele tentou colocar as mãos para dentro da minha calcinha e eu me levantei. – Amor... – eu caminhei até a porta do quarto a trancando, para não correr o risco de Valentina entrar no quarto sem bater e voltei para perto da cama e tirando o meu vestido e deixando-o cair no chão.

As mãos de Edward seguiram para a minha cintura, puxando-me para perto dele e eu subi em seu colo, apoiando meus joelhos na cama, de frente para ele e uni nossos lábios enquanto ele deitava as costas para trás e nos virava na cama ficando por cima de mim.

(...)

Um mês se passou, hoje era o aniversario de um aninho da minha princesa e ela ficava cada vez maior e mais esperta, já conseguia dar os primeiros passinhos e já falava em torno de cinco palavras: mama, papa, Titi, ela chamava a Tina de Titi, vovó e vovô. Hoje era o aniversario dela e amanhã era o de Edward e havíamos resolvido juntar e fazer tudo em uma só, até porque se fizéssemos algo separado era capaz de Edward não querer nada, até porque ele não queria nada.

O tema da festa de Tina era Jardim Secreto, ideia de Esme e fora a festa, que seria mais um piquenique, com algumas mesas espalhadas, tinha também um churrasco. Eu acordei naquela manhã com Sophia balbuciando coisas desconexas pelo monitor da babá eletrônica.  Cocei os olhos levantando a cabeça do travesseiro e vendo que Sophia tinha as mãos esticadas para cima tentando pegar o móbile em cima da cama.

- Bom dia. – sorri ao ouvir a voz de Edward contra o meu pescoço quando ele abraçou a minha cintura grudando meu corpo ao dele.

- Bom dia amor. –

- Ela acordou por quê? – perguntou e eu sentia a respiração dele batendo em minha nuca enquanto acariciava a minha barriga por baixo da minha camiseta.

- Ou perdeu o sono, ou está com a fralda suja, fome... – expliquei. – Não se anima porque não vamos fazer nada. – disse ao sentir sua mão subir para a altura dos meus seios.

- E por que não? –

- Porque nós fomos dormir quase três horas da manhã fazendo sexo. Não se satisfez não? –

- Por hora, mas estou afim de novo. –

- Aquiete-se. – respondi. – Agora não, talvez à noite. Agora levante a bunda dessa cama que daqui a pouco nossa família vai chegar ai para a festa. – levantei-me da cama e peguei meu robe e sai do quarto o vestindo e caminhando para o quarto de Sophia. – Oi meu amorzinho. – disse a pegando no colo. – Como está a aniversariante mais linda do mundo? –

- Mama. –

- É meu amor... É a mamãe. – dei um beijo gostoso em seu pescoçinho. – Vamos tomar um banho e comer, meu amor? –

- Mama. – disse de novo e segurando o meu cabelo e o puxando.

- Não, meu amor, sem puxar o cabelo da mamãe. – com cuidado tirei meu cabelo de sua mão e a levei para o banheiro.

Tirei sua roupa e fralda, jogando a fralda suja fora, e dando um banho bem gostoso nela, colocando uma fralda limpa e uma blusinha de alça grossa branca, com uma saia branca com listras pretas, penteei seu cabelo colocando uma tiara preta com triângulos brancos e um laço dourado e a peguei no colo dando um cheirinho em seu pescoço.


- Minha gostosinha. – disse dando outro cheirinho em seu pescoço e fazendo-a rir. – Vamos mamar e procurar pelo papai. – me sentei em sua poltrona e abaixei a alça da minha camiseta, dando de mamar a ela e enquanto ela mamava eu brincava com os seus dedinhos curtos e gordinhos. Quando ela já estava bem cheinha, eu me ajeitei e a fiz arrotar. – Agora vamos procurar pelo papai. – me levantei com ela no colo e sai do quarto, descendo as escadas e caminhando para a cozinha, de onde o cheiro de panquecas vinha forte. – Olha quem chegou, o bebê vai lindo do mundo. – disse entrando na cozinha e vendo Tina na mesa comendo as panquecas recheadas que o pai fez enquanto ele virava mais algumas na frigideira.

- Olha que bebê mais lindo do mundo. – Edward disse pegando-a do meu colo após despejar a ultima panqueca na pilha e dando um beijo na bochecha gordinha.

- Hey. – Tina reclamou fazendo bico. – E eu? –

- Você é a menininha mais linda do mundo. – disse me aproximando dela e a pegando no colo enchendo o seu rostinho de beijos, fazendo-a rir. – Agora termina de comer, que mais tardes os seus avós vão vir para cá. – coloquei-a sentada na cadeira de novo e ela voltou a comer.

- Ela está tão cheirosinha. – Edward disse dando um cheirinho nela.

- Claro que ela está eu que dei o banho nela, claro que ela está cheirosinha. –

- Em comemoração ao aniversario da minha segunda princesa. – ele pegou um prato e amostrou para ela, era uma panqueca com morangos cortados em fatia, o que fazia parecerem os raios de um sol e duas blueberries representando os olhos e groselhas representando um sorriso.


- Edward! –

- É uma panqueca de banana, ela pode comer. Tudo o que ela está aqui ela pode comer, se preocupe não. – respondeu e caminhou para a mesa, sentando Sophia na cadeirinha e começando a cortar a panqueca e dar na boca dela, fazendo aviãozinho.

Quando terminamos de comer e de limpar a cozinha, Edward estava subindo para dar banho na Valentina, quando a campainha tocou, eram as pessoas que Esme chamou para arrumar o quintal para a festa de Sophia e enquanto Edward ia leva-los para o quintal eu subi para dar banho em Valentina e já vesti-la logo de uma vez, porque daqui a pouco todo mundo começaria a chegar, já que daqui a pouco todo mundo começaria a chegar para o almoço.

Dei um banho em Valentina, ajudando-a a lavar o cabelo, sequei-a e sequei seu cabelo, ajudando-a a se vestir. Coloquei uma blusa branca simples, com uma jaqueta fina jeans, com os botões fechados e com as mangas dobradas até os cotovelos e uma saia salmão de tule e a sentei em sua penteadeira, penteando o seu cabelo, dividindo-o no meio e fazendo suas tranças e prendendo para cima, deixando algumas mechas solta e prendendo um laço azul, da cor da camisa com algumas bolinhas brancas e calcei suas sapatilhas e frisei bem que não era para ela se sujar e a coloquei no chão e como se eu não tivesse dito nada, saiu correndo para o andar debaixo.


Deixei o quarto de Valentina e Edward subiu com Sophia e eu a peguei para trocar a roupa dela enquanto ele ia tomar banho, tirei a roupa da Sophia e conferi se ele estava com fralda estava limpa e como estava coloquei o vestido nela e uma sapatilha. Era um vestido azul claro com estampa de flor de cerejeira, igual ao que eu usaria. Ideia de Edward. Depois de pronta ajeitei seu cabelinho ralo e sai do quarto caminhando para o meu quarto, de onde Edward saia do banheiro, com a calça social e a camisa azul aberta.

Deitei Sophia no meio da cama e fechei a camisa de Edward, eu havia adquirido essa mania de ajeita-lo e ainda bem que ele não reclamava. Depois de eu ter fechado todos os botões, ele dobrou as mangas até a altura dos cotovelos e me dando um beijo rápido, pegou Sophia, que começara a girar pela cama e desceu com ela e eu tirei o robe e foi quando eu ameacei a tirar a camiseta quando notei que a cortina estava aperta que se eu parasse para olhar eu veria alguém me espiando pela janela do vizinho.

Inferno. Reclamei fechando a cortina e marchando para o banheiro. Edward havia conversado com os pais de Riley e eles prometeram que ele iria parar, mas não, ele não parou, e isso só me irritava mais ainda. Tirei o resto da roupa e tomei um banho lavando os meus cabelos, ao acabar e me secar, passei um pouco de creme de morangos pelo corpo, coloquei minha lingerie e fui me vestir. Coloquei uma saia azul bebê com a estampada de flores de cerejeira e um cropped, que deixava uma faixa de minha barriga amostra, e o cropped de alça com decote de coração da mesma cor e estampa da saia. Sequei meus cabelos com o secador, deixando as pontas levemente enroladas e uma pulseira de flores rosa bebê que serviria também como prendedor de cabelo, eu fiz uma maquiagem bem leve e calcei meus saltos cor de pele e desci as escadas.


A decoração do quintal já estava pronta, faltando apenas à decoração da mesa do bolo e o churrasco estava começando a ser feito. Meus sogros já haviam chegado, Carlisle estava com Tina no colo e Edward com a Sophia e Esme ajeitando, junto com os decoradores de festa, na entrada da casa, presa a uma árvore próxima a porta, tinha um cavalete branco, junto com um quadro branco e com o fundo azul e rosa bebê, com um circulo no centro escrito Piquenique da Sophia. Bem Vindo! E com algumas bolas rosa penduradas na parte de cima do cavalete e alguns vasinhos de flores no chão.


Em uma parte do enorme quintal, longe da piscina obviamente, algumas toalhas espalhas pelo chão, com duas almofadas e um jarro de flores com bolas rosa penduradas. E no resto do quintal, mesas redondas com cinco cadeiras, toalhas rosa bebê, com um vaso de flores e bolas rosa e brancas penduradas enfeitavam o resto do quintal, e perto da mesa, protegido do sol, estava a mesa do bolo, uma grande mesa de madeira com vários vasinhos de flores espalhadas pela parte de baixo dela, e toda a decoração em rosa claro e azul bebê e alguns leves toques de dourado, todos os enfeites dos docinhos lembravam a flores ou a jardins e o bolo, também azul e rosa claro, era de três andares com algumas rosas espalhadas para enfeitar.


Como Edward havia se tornado grande amigo dos nossos novos vizinhos, então era bem obvio que eles estariam presentes e eles estavam, Sarah e Diego haviam vindo e trazido consigo seus filhos, incluindo Riley e Edward percebera quando eu pegara Sophia de seu colo e me afastara deles e provavelmente ele também notara que Riley ficou me encarando a festa inteira.

A festa aconteceu da maneira mais calma e tranquila possível, não tendo nada haver com o desastre que se deu ao final da ultima festa, onde Bree sequestrará Noah. O churrasco aconteceu super bem e a festa da Sophia à noite também, e depois que o bolo fora partido eu fui ajudar a minha mãe a trocar as fraldas dos meus irmãos e deixei Sophia com Edward, sentindo que no fundo eu não deveria fazer isso.

E o sentimento estava certo, eu realmente não deveria ter deixado Sophia com Edward e eu percebi isso quando eu voltei, ela estava sentada no chão, em cima de uma toalha das que tinha no jardim, usando apenas a fralda e uma coroa de borracha Eva com o número 1 no centro e com um enorme pedaço de bolo no prato a sua frente e com o rosto e as mãozinhas toda suja de bolo. Infelizmente eu não pude matar Edward, tinha muitas testemunhas, mas assim que a casa ficasse vazia e que ele limpasse Sophia e a colocasse para dormir eu o mataria.

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