Pov. Bella
Toronto - Canadá.
O verão chegou rápido e bem forte, Edward
pegaria férias a partir de amanhã para que pudéssemos levar as meninas para
Alberta para levarmos as meninas para passar uma semana no Lago Moraine antes
que Valentina entrasse na pré- escola primaria. Eu levantei cedo para tomar
café e fazer o café para Edward porque senão era bem capaz dele ir embora
apenas com café no estomago isso se ele tomasse café e ele me deu um beijo, me
prometendo que voltaria cedo para começar mais cedo as nossas férias mais cedo
e entrou no carro e eu voltei para dentro de casa, pegando as meninas que ainda
dormiam e deitei na minha cama e deitei perto delas e voltando a dormir, com o
ar-condicionado ligado para aliviar o calor lá de fora.
- Mamãe... Mamãe... – ouvi uma vozinha me chamando
algum tempo depois. – Mamãe acorda. – cocei os olhos os abrindo e vendo
Valentina sentada na cama com as costas apoiadas no travesseiro do pai e Sophia
no colo da irmã de frente para ela.
- Oi meus amores. –
- Acorda mamãe. – Valentina disse rindo e
abraçando a irmã.
- Mamãe já acordou meu amor.
- Mama. – me
levantei e dei um beijo na bochecha das duas.
- Oi princesas. O que querem? –
- Comer. –
- É claro que querem. –
- Mamãe. – Valentina me chamou enquanto eu
sentava na cama e me espreguiçava.
- Que meu amor? – perguntei prendendo meu cabelo
em um coque dos muito mal feitos.
- Vamos para a piscina? Está muito calor. –
- Claro bebê, vamos tomar café, ver um pouquinho
de TV e vamos ficar um pouco na piscina antes que o sol fique muito forte. –
Levantei-me da cama e as peguei no colo,
descendo as escadas e as sentando nas respectivas cadeirinhas e fazendo
panquecas para elas, cortei as de Tina e dei a de Sophia na boca, já que ela
preferia jogar o talher longe a usa-los para comer, ela preferia as mãos, eu
não ligava muito que ela usasse as mãos, mas eu ligava devido à sujeira que ela
fazia.
Depois que elas comeram, eu as deixei na sala,
para verem desenhos enquanto eu limpava a cozinha, eu a limpei bem rápido, até
porque não havia feito tanta sujeira assim e logo subi com elas para vesti-las
para ficarmos um pouco na piscina antes que o sol ficasse muito forte para elas.
Caprichei no protetor solar nas duas, principalmente em Sophia e principalmente
no rosto das duas e coloquei um maiô rosa bem clarinho e um branco com bolinhas
pretas em Valentina e coloquei um biquíni simples, tomara que caia verde água
com alguns detalhes rosa claro e após passar o protetor em mim também, coloquei
um vestido largo, eu odiava desfilar por ai só de biquíni, peguei Sophia no colo, duas toalhas e o
protetor e os chapéus dela para o caso do sol ficar muito quente e fomos para o
quintal dos fundos.
Depois que eu prendi as boias nos braços e na
cintura de Valentina ela se jogou na piscina, prendi meu cabelo, para não
molha-lo, tirei o vestido e entrei com cuidado na piscina com Sophia,
prendendo-a em uma boa grande, onde apenas da sua cintura para baixo ficava na
água e tinha uma telinha que cobria sua cabeça e a protegia do sol, e com as
mãos molhei o seu corpinho.
Valentina ficava subindo no degrau da piscina e
pulando e batendo as pernas, sem tirar as boias, o que eu agradecia, até porque
eu tinha que me dividir entre Valentina e Sophia, que tentava dar um jeito de
virar a boia para entrar na piscina e foi quando eu decidi tirar ela da boia e
segurando-a firme, fazer ela bater as perninhas e colocava a boca na água
fazendo bolhinhas
Já passava das 10h e eu tinha que tirar as
meninas da piscina já que o sol estava muito quente para elas, entretanto como
as árvores deixavam uma parte da piscina coberta, eu fiquei ali com elas mais
um pouco. Eu estava sentada na borda da piscina e as meninas com as boias e
Valentina brincava com a irmã, com cuidado para não virar a boia ou machuca-la.
Meu celular apitou e eu apenas estendi a mão e puxei a toalha, onde o meu
celular repousava.
De:
Edward.
Amor, onde
você está? Acabei de chegar a casa e ela está vazia.
Era uma mensagem de Edward, eram por volta das
onze quando a mensagem chegou. Ele já estava em casa? Ele disse que ia chegar
cedo só não sabia que era tão cedo.
De: Bella.
Nos
fundos. As crianças queriam vir para a piscina e estamos aqui na sombra, vamos
entrar daqui a pouco.
Respondi e apoiei o telefone na borda seca da
piscina e peguei o protetor solar, passando mais um pouquinho no rosto das duas
e vendo Sophia bater as perninhas por debaixo da boia enquanto Tina puxava de
leve a boia da irmã pela parte com sombra da piscina, quando o meu celular
tocou de novo e era mais uma mensagem de Edward.
De:
Edward.
Achei
vocês. Tudo bem, não se preocupe, eu vou tomar um banho e trocar de roupa e me
junto a vocês em menos de cinco minutos.
Respondi sua mensagem e coloquei o telefone em
um lugar seguro longe das meninas. Terei Sophia da boia, segurando-a pelos
braços e a sentando em meus pés, balançando-a de leve e molhando apenas do
pescoço para baixo e fazendo-a bater as perninhas na água. Valentina tentava
mergulhar, mas as boias na cintura e nos braços impediam-na, portanto ela
preferiu ficar fazendo bolinhas na água com a irmã, com a boca e rindo,
segurando Sophia, que ainda estava sentada em meus pés, com uma das mãos, puxei
o telefone com a outra mão e filmei as duas fazendo bolinhas na água, mas a
gravação foi interrompida por uma ligação de Edward.
- Oi, está demorando por quê? – perguntei
segurando Sophia e a tirando na água, fazendo-a reclamar e a sentando em meu
colo.
- Entra Isabella. – ele disse simplesmente e eu
podia sentir pela sua voz que ele estava com raiva.
- O que foi? –
- Só entra, pega as meninas e entra. – disse
simplesmente e a ligação caiu.
- Valentina vem. – a chamei e ela também
reclamou. – Vem peixinho, voltamos mais tarde. – com a promessa de que
voltaríamos mais tarde ela saiu da piscina e eu tirei as duas das boias e
enrolei uma toalha em ambas, para que não saíssem por ai molhando a casa toda.
Entrei com elas ao mesmo tempo em que Edward desceu as escadas e sem falar nada
saiu pela porta principal da casa. – Valentina não saia desse sofá e não deixe
Sophia sair também. – disse ao colocar as duas no sofá e puxando um vestido e
sai de casa o colocando. – Edward. – antes mesmo que eu chegasse à metade do
quintal da frente eu já estava vestida. – Hey, o que houve? – perguntei quando
ele parou em frente à casa dos Biers.
- Houve que eu me cansei, eu não aguento mais. –
- Está falando do que? –
- Edward, Olá. – Diego disse ao abrir o portão.
– O que houve? –
- Você disse que ele iria parar. – Edward disse
simplesmente.
- Do que você está falando? –
- Estou falando do fato de seu filho estar na
janela do quarto dele, olhando a minha esposa na piscina com as minhas filhas
com um binóculo e se masturbando. – Edward disse entre os dentes e eu arregalei
os olhos.
- E qual é o problema? – Diego perguntou rindo.
– É coisa de menino, ele acha a sua esposa bonita, deveria levar isso como um
elogio. –
- Com certeza, eu vou levar o fato de o seu
filho estar se masturbando olhando a minha esposa como um elogio. Com certeza
eu vou levar isso como um elogio. Onde eu estava com a cabeça por achar isso
errado? – ironizou ele. – Se você acha isso normal, isso é problema seu, eu não
acho isso normal, não nesse ponto. Foi bom conhecer você Diego. – disse
segurando a minha mão e me puxando para longe daquela casa.
- Vai fazer o que? –
- Uma coisa que eu deveria ter feito quando a
vizinha anterior deu problemas. Mudarmos-nos para uma casa sem vizinhos. –
- Só por causa disso? Por Deus Edward, isso é
coisa de criança, logo passa. –
- Não é só por isso. – Edward se aproximou de
novo. – A minha esposa não tem mais paz nessa casa desde que o seu filho
começou a vigia-la pela janela do quarto. Você sabe que eu posso processar
vocês por Stalker não sabe? – perguntou. – Se você quer ver até onde o seu
filho pode chegar, tenha certeza de que eu não quero, e se para evitar que algo
pior aconteça eu tenha que me mudar, eu faço isso de bom grado. – Edward passou
as mãos pelos cabelos, um jeito que ele fazia muito quando estava nervoso, e eu
me aproximei segurando seu braço.
- Vamos embora. – disse o puxando para longe.
- Se você não sabe o que isso pode se tornar,
pesquisa na internet. Se eu vir o seu filho olhando para a minha casa pela
janela de novo, eu vou chamar a policia. – ameaçou e eu o puxei para longe da
casa de Riley e entrando em casa. Mal a porta da frente fora fechada e ele
encostou-se contra ela, fechando os olhos ao encostar a cabeça nela. – Eu devia
ter te ouvido antes. Desculpa. –
- Está tudo bem. – disse dando um beijo em seus
lábios. – Agora sabe que eu não estava vendo coisas. – ele enlaçou a minha
cintura. – O que aconteceu? – perguntei com o corpo grudado ao dele.
- Eu fui tomar um banho para me juntar a vocês
na piscina e quando sai do banheiro vi pela janela que ele estava olhando para
alguma coisa com um binóculo e se masturbando. E ao seguir a linha de visão
dele, vi que ele estava olhando você na borda da piscina com as meninas ao lado.
– disse e bateu a cabeça na porta atrás de si.
- Não se preocupe. – disse dando um beijo rápido
nele.
- Eu vou fazer o que eu prometi... – expos se
afastando da porta. – Vou ligar para a minha mãe e pedir o numero do corretor
de imóveis dela. Eu não ligo se será aqui, se será no centro ou em outro
estado, eu não quero mais vizinho nenhum, nem o presidente. – comecei ao rir
enquanto ele subia as escadas com o celular em mãos.
- Mamãe. – Valentina veio para perto de mim.
- Oi meu amor. O que foi? –
- Estou com fome e nós vamos voltar para a
piscina? –
- Hoje não, princesa, mas vamos ficar no quarto
com a mamãe e o papai no ar-condicionado e fazendo bagunça na cama da mamãe e
do papai. – ela riu e eu sorri para ela. – Agora, que tal ajudar a mamãe a
fazer o almoço, para depois tomarmos um banho bem gostoso e fresco para irmos
fazer bagunça? –
- Sim... – disse se jogando em meu colo e eu a
peguei no colo rindo.
- Ai que princesa mais linda. –
Com a companhia de Sophia e Valentina, fiz um
almoço leve, com as persianas da cozinha fechada, o que era uma pena, já que a
deixava escura e quente, mas melhor do que ter Riley nos observando pela
janela. Quando a comida ficou pronta, pedi para Tina ir chamar o pai, enquanto
ajeitava a mesa e sentava Sophia em sua cadeirinha.
Em pouco tempo os dois voltaram para a cozinha e
fomos almoçar, Sophia comia sozinha, e quando ela ameaçou jogar os talheres ou
a comida longe, Edward segurou a mãozinha dela e passou a dar a comida na boca
dela. Ao terminarmos de comer e de organizar a cozinha, fomos para o quarto,
ligando o ar-condicionado e deitando as meninas na cama. Sophia ficou brincando
na cama com um bichinho de pelúcia e Valentina desenhando enquanto eu estava
deitada com as costas no peito de Edward eu via algumas fotos que o corretor de
imóveis, que a mãe havia sugerido, mandará para ele por email.
(...)
Demorou quase um mês para conseguirmos nos mudar
e durante esse tempo, todas as cortinas e persianas da casa ficaram fechadas e
quando estava muito calor e as meninas queriam ir para a piscina, nós a
levávamos para a casa da mãe de Edward e é onde elas estavam hoje enquanto
íamos ver a casa que o corretor havia sugerido. Ela ficava mais ao centro de
Toronto, em um bairro residencial, com boas escolas e parques e caro. Onde só
moravam empresários proeminentes, médicos e advogados e alto escalão, ou seja,
ali só morava quem podia e mesmo sendo uma boa área para as meninas, eu não
entendia porque ele queria dar esse grande salto, e ele basicamente só aceitou
essa casa porque não tinha vizinhos e quase cem por cento dos vizinhos eram
casados e com filhos e ficava a vinte minutos do escritório de Edward e a menos
de vinte da minha faculdade.
Nós deixamos as meninas na casa dos avós e nós
seguimos para Forest Hill South, o bairro podre de rico onde ficava a casa que
Edward gostara. Eu entendia o motivo de Edward gostar tanto daquela casa, não
tinha realmente nenhum vizinho perto, quer dizer, tinha, mas a casa era cercada
por árvores altas, cobrindo totalmente a linha de visão para as casas dos
vizinhos. Tinha um enorme quintal na frente e nos fundos para as crianças.
Eram mais de 20 mil m², com oito quartos, sete
banheiros completos e quatro lavabos, dois andares, fora o sótão, sala de
jantar, família e estar, cozinha gourmet, escritório, sala de recreação, adega,
garagem, isso do lado de dentro, do lado de fora, tinha varanda, pátio, uma
área, coberta por vigas de madeira com um sofá, cadeiras e uma pequena e redonda
lareira no meio dela e cozinha com churrasqueira e piscina.
Eu achava aquela casa exagerada, principalmente
para apenas quatro pessoas, mas ela era linda, teríamos nossa privacidade e as
crianças teriam uma enorme área para correr, era uma vizinhança e rua
tranquila, não passavam muitos carros e Edward prontamente aceitou a casa
assinando o contrato ali mesmo e já poderíamos começar a nos mudarmos.
Enquanto Edward trabalhava, já que com a mudança
ele cancelou as nossas férias em Alberta, eu e minha mãe começamos a montar a
casa, já que ele insistia que não queria levar nada, a não ser o playground de
Valentina do jardim, o qual ele ajudara a montar para a casa nova e depois de
um mês estava tudo pronto para nos mudarmos e a nossa antiga casa também já
estava vendida, os novos compradores só estavam esperando que saíssemos para
chegarmos e eu falei para o corretor que era para avisar que tinha um garoto na
casa ao lado que ficava nos vigiando com um binóculo, entretanto eu duvidada
veementemente que ele havia comentado algo sobre isso.
Toda a casa estava pronta, todos os móveis no
lugar, todos os objetos da casa estavam no lugar e só faltava colocar as roupas
e nós para dentro da casa para que ela estivesse completa. E hoje ela ficaria
completa, no comecinho da manhã nós chegamos com as meninas na casa nova.
Edward entrou com o carro pela entrada de pedra dando visão para um jardim com
a grama bem aparada e com árvores e os arbustos bem podados e dando a volta em
uma das árvores de folhagem roxa e parou o carro ali mesmo ao invés de seguir o
caminho de pedras até os fundos da casa e a garagem. A casa, enorme, era feita
de pedra e estuque e inspirada na arquitetura francesa.
Pegamos a Sophia e Valentina estava animada
demais para ir ao meu colo e eu peguei Sophia da cadeirinha no banco de trás e
a coloquei dentro do carrinho, empurrando na direção da entrada, onde Valentina
tentava abrir a porta grossa de madeira que estava trancada e a chave estava no
bolso da calça jeans de Edward, que levantou a parte da frente do carrinho para
subirmos os dois pequenos degraus que dava para a entrada da casa. Ele pegou as
chaves no bolso e abriu a porta e Valentina entrou correndo para explorar a
casa nova.
Eu dei um passo para dentro da casa quando senti
Edward me segurar pelo pulso e me puxar para os seus braços e passando o outro
por debaixo das minhas pernas desnudas, já que o vestido batia no meio das
minhas coxas e me pegando no colo.
- O que você pensa que está fazendo? – perguntei
me segurando pelo seu pescoço.
- Não é a tradição, entrar na casa nova
carregando a mulher? –
- Até onde eu sabia, é na lua de mel e no
quarto. E se eu não me engano você já fez isso. – apontou.
- É eu quero fazer de novo, ver se assim trás
boa sorte para essa casa. – ele cruzou a soleira da porta e me colocou no chão
e voltou para pegar o carrinho de Sophia.
- Onde é o meu quarto, onde é o meu quarto, onde
é o meu quarto? – Valentina perguntava alto do segundo andar da casa e Edward
passou o braço pelos meus ombros enquanto via a filha no topo da escada.
- O seu nome está na porta. – respondi e ela
saiu correndo pelo corredor.
- Agora vai. – Edward disse baixo, falando mais
para ele do que para mim e dando um beijo na minha têmpora.
É agora tudo daria certo, pensei olhando a
entrada da nossa casa. Ela era bem clara e alta, com um candelabro que
iluminava muito bem o hall de entrada, duas escadas para o andar de cima e uma
mesa de madeira redonda pequena no centro com um enorme vaso de vidro com
lírios e orquídeas dentro, bem aberto com algumas pilastras romanas que davam
para os corredores que davam para os outros cômodos da casa.
- Quer ver o que primeiro? – perguntei pegando
Sophia do berço.
- Por mim iria para o nosso quarto e não sairia
de lá tão cedo. –
- Respeite a nossa menina. – dei uma tapa no
braço dele e ele riu enlaçando a minha cintura.
- E ela foi feita como? –
- Cegonha. Folhas de repolho ou sementes de
abobora. Pode escolher. – dei de ombros e ele começou a rir e deu um beijo em
Sophia que encarava o hall de entrada curiosa e ouvimos um grito de Valentina
vir do andar de cima e nós subimos a escada seguindo o grito nela e Edward
abriu a porta, preocupado e começou a rir e me deu espaço para entrar e Valentina
rolava pela cama agarrada aos lençóis. – Gostou bebê? – perguntei rindo e
entrando no quarto lilás, com uma grande janela para que ela pudesse ver o
jardim dos fundos e que entrava bastante luz no quarto. O chão era coberto por
um carpete branco e a cama ficava colada a parede com uma coroa presa acima da
cama de onde descia um pano que podia cobrir a cama e com uma poltrona e um
pufe perto da janela e ao lado da cama, e com uma foto da Tina e da Sophia na
parede e uma mesinha redonda com duas cadeiras em cima de um tapete pequeno e
felpudo e em frente à cama o seu armário e cômoda.
- Aham... – disse ainda rolando no meio dos
lençóis. – Cadê meus brinquedos? – perguntou sentando na cama com o lençol em
cima da cabeça o que nos fez rir e Sophia, que provavelmente não entendia nada,
também começara a rir.
- Seus brinquedos estão no quarto no final do
corredor, onde será o seu cantinho de brinquedos, o seu e o da Sophia. – Edward
explicou e ela deitou na cama de novo.
- Vamos ver o quartinho novo desse bebê fofo? –
perguntei ajeitando Sophia em meus braços. – Vamos ver o quartinho dessa
gatinha. –
- Valentina, cuidado para não se machucar. –
Edward avisou para o vento, já que a filha não estava nem ai para ninguém a não
ser o seu quarto novo e seguimos para a porta ao lado do quarto de Valentina e
Edward abriu a porta para mim e nós entramos no quarto novo de Sophia.
- O que acha minha menina? –
- Mama. – respondeu
e eu dei um beijo estalado em sua bochecha gorducha. O quarto de Sophia era
muito mais simples do que o minha mãe havia criado. Era todo em tons claros,
com as cortinas cobertas por uma cortina cor de salão e com todos os moveis de
madeira clara, o berço grudado na parede com uma coroa prateada presa na parede
de onde saiam um pano para cobrir o berço, e uma poltrona com um pufe e uma
mesinha pequena redonda com um abajur. Caminhei para perto do berço e deitei-a
no berço e ela logo, se apoiando nas grades, se sentou pegando um bichinho de
pelúcia que tinha dentro do berço.
- Agora que as meninas já conheceram seus
quartos e estão gostando e pelo visto alguém vai dormir logo. – apontou vendo
Sophia coçar os olhinhos. – Que tal irmos conhecer o nosso quarto e
inaugura-lo? – Edward perguntou abraçando a minha cintura.
- E que tal você sossegar um pouco? – perguntei.
– Espere as meninas dormirem. Sophia pelo visto já vai dormir, mas Valentina
não vai dormir tão cedo, ainda mais que ela vai querer explorar a casa inteira.
–
- Mamãe, papai. – Valentina apareceu no quarto
da Sophia.
- Não disse?! – ele riu.
- Oi princesa. – ele a pegou no colo. – Eu to
com fome e quero ver o resto da casa. –
- É claro que quer. – dei um beijo na cabecinha
de Sophia que dormia no berço novo e saímos do quarto em silencio.
Edward desceu as escadas com ela na frente e eu
fui logo atrás e ele amostrou a casa toda para a pequena, começando pela sala
de estar, todos os cantos dessa casa é grande, tanto que não é nenhuma surpresa
o fato de que da sala de estar ser grande, dois sofás largos e grandes, um de
frente para o outro, com quatro mesinhas de centro, uma de cada canto dele, e
uma mesa de vidro no centro e duas poltronas atrás e dois pufes do outro lado
dela, bem iluminada devido as janelas e na parede azul escura, um aparador
flutuante com vários porta retratos com as fotos das meninas e uma TV grande
pendurada na parede.
Ao seu lado a sala da família, sem televisão,
bem grande e tons pastel com dois sofás pequenos, um de frente para o outro com
uma mesinha de vidro retangular entre elas e um divã, em frente a ele uma
lareira grande e duas poltronas mais para trás com um pufe redondo entre elas,
o piso era de madeira e tinha dois tapetes na sala.
Saindo da sala e passamos pela sala de jantar,
onde o piso de madeira fluía para lá, um grande candelabro pendurado em cima da
mesa, preta com cadeiras negras e estofadas em roxo, para dez lugares, e um aparador
preto grudado na parede e três quadros com mais fotos das meninas. E seguimos
para a cozinha, o maior cômodo da casa, se bobear, armários e duas ilhas
brancas com bancada de mármore claro, três pias, uma debaixo da janela, uma na
ilha do meio, a única que era coberta por mármore escuro e outra pia na bancada
de café da amanha com quatro bancos altos e na sala do lado uma pequena mesa de
jantar, não tão pequena assim, já que era para oito lugares, de madeira e com
uma grande janela para o quintal dos fundos.
Como os armários e a geladeira já estavam
abastecidos, deixamos Valentina sentada em um dos bancos e eu e Edward
começamos a fazer o almoço, algo simples e depois de colocar a lasanha no
forno, fomos amostrar a parte dos fundos para Valentina e ela, obviamente, ficou
extasiada ao ver que o quintal era muito maior do que o anterior, todo gramado,
com exceção da área da piscina que era calçada, o resto era tudo grama. Tinha
uma enorme varanda com duas escadas descendo para o quintal e para a garagem.
Bem em frente a casa tinha uma área calçada com
alguns bancos e uma pequena fogueira de pedra redonda, cobertas por vigas de
madeira e tendo uma trepadeira crescendo nas pilastras de madeira. E mais ao
quanto uma piscina com uma pequena hidromassagem, alguns bancos de pedra em
volta dela e uma pequena cozinha com churrasqueira ali perto e uma enorme
bancada e uma mesa de vidro com seis cadeiras impermeáveis e quatro
espreguiçadeiras e com um guarda sol grande. Se Edward não segurasse Valentina
ela teria pulado dentro da piscina.
Quando o alarme que eu colocara para avisar
sobre a lasanha, nós entramos novamente, prometendo a ela que mais tarde nós a
levaríamos para dar um mergulho na piscina. Como Sophia ainda dormia,
preferimos não acorda-la e depois eu a alimentava. Depois de Valentina comer,
por mais que ela quisesse ir para a piscina, ela acabou dormindo na sala e o
pai a levou para o quarto para dormir e para a alegria de Edward, as duas
meninas dormiam e agora ele poderia ir para o quarto. Quer dizer, ir e me levar
junto, melhor dizendo, me carregar, e sim ele me carregou, pendurada em seu
ombro e adentrou no quarto, trancando a porta, não querendo ser interrompido
por ninguém e me jogou na cama, me fazendo rir mais ainda.
O quarto era enorme e aconchegante, uma casa de
casal grande, duas poltronas em frente a lareira, e uma varanda bem grande, uma
parte fechada, com um sofá pequeno debaixo da janela e com uma pequena mesinha
de centro e a outra parte aberta, com um banco de madeira do lado de fora.
(...)
- Dormiu não, não é? – perguntou depois de um
tempo que estávamos dentro da banheira, em silencio.
Nós estávamos a quase uma hora e meia dentro
daquela banheira, dentro daquele banheiro que era maior do que o meu quarto na
casa da minha mãe, só a banheira onde nós estávamos deveria ser maior que o meu
quarto, com um box de vidro de canto e uma pia enorme , com duas pias e um
espelho que ocupava a parede toda e um que cobria toda a porta para o quarto.
- Não. – respondi, levantando um pouco a cabeça
que estava apoiada em seu peito e recebendo um beijo na testa. – Acho melhor
levantarmos e irmos acordar as meninas, se não elas não vão dormir a noite. –
- Mas está tão bom aqui. –
- Acha que eu não sei? Mas já que você quer
ficar a noite toda acordado com as duas. –
- Você venceu. – claro que eu venci, ele tinha
outros planos para hoje à noite.
(...)
Os meses foram passando e tudo corria da maneira
mais perfeita e calma possível, e nós já estávamos chegando à época do Natal e
hoje nós aproveitaríamos para montar a árvore e Valentina estava animada louca
para ajudar a montar a árvore. Edward ficaria responsável de dar banho nas
meninas e vesti-las, Valentina para ir para a escolinha e Sophia para ir
conosco a uma fazenda de pinheiros e eu desci mais cedo já que eu estava
morrendo de fome.
- O que você está comendo? – Edward perguntou
entrando na cozinha com Sophia no colo.
- Melancia com creme de amendoim. – respondi e
ele me olhou estranho.
- Por quê? –
- Sei lá. – respondi pegando outro pedaço de
melancia, já sem as sementes e passando creme de amendoim nela e colocando na
boca. – Não é ruim. Também não é bom... É comível. – disse dando de ombro ao
ver a cara de nojo que ele fez. – Quer? – perguntei mordendo outro pedaço.
- Não, ficarei com as minhas deliciosas
panquecas recheadas. – respondeu colocando a Sophia sentada na cadeira e indo
para a geladeira e eu comecei a sentir o meu estomago se revirar e a minha boca
ser preenchida pelo gosto de vômito. – Que foi? – perguntou quando viu que eu
levei a mão à boca.
- Nada. – respondi forçando engolir o pedaço de
melancia e o vômito. – Acho que isso aqui está fora da validade. – comentei
pegando o pote de creme de amendoim.
- Impossível, comprei há dois dias e a validade
para acabar ainda é grande. – respondeu abrindo a geladeira e o vômito subiu de
novo e eu desci da cadeira da bancada da cozinha e corri para o lavabo do
primeiro andar. – Bella? – ouvi Edward me chamando quando eu entrei no lavado e
só tive tempo de abrir a tampa da privada antes que eu vomitasse no chão. –
Hey, o que foi? – perguntou se abaixando ao meu lado e segurando o meu cabelo.
- Eu não sei. – respondi limpando a boca com um
pedaço de papel e eu vomitei de novo. Quando eu acabei de vomitar, dei descarga
e lavei a boca e me sentei no vaso com a tampa fechada.
– Quer ir ao medico antes de irmos à fazenda? –
- Não precisa... Está passando. –
- Certeza? – assenti e ele me deixou sozinha no
banheiro para ir fazer o café da manhã e depois de eu lavar a boca sai do
banheiro e encontrei com Edward fazendo o café da manhã para as meninas e
Valentina chegou há pouco tempo com o uniforme da escola, ela iria entrar de
férias em poucos dias, e Edward deu o café para ela e eu fiquei sentada na
cadeira fazendo algumas contas.
- Mamãe... Mamãe... MAMÃE. – dei um pulo da
cadeira ao ouvir a voz de Valentina.
- Oi, oi amor... O que foi? –
- Meu beijo para ir para a aula. –
- Ah sim, tem razão. – a peguei no colo e lhe
dei um beijo estalado na bochecha e a pondo no chão.
- Amor, o que foi? – Edward perguntou quando eu
me levantei e caminhei para perto dele.
- Podemos ir amanhã à fazenda? –
- Claro. O que houve? –
- Não sei. Faz um favor para mim? – ele
assentiu. – Quando estiver voltando, passa na farmácia e compra um Clearblue
para mim? –
- O que é isso? Um remédio? –
- Só compra Edward. – pedi e ele assentiu me
dando um beijo rápido e pegando Valentina no colo e saindo de casa.
Edward chegou quase uma hora depois e ele havia
entendido o que é o que eu pedira para ele comprar, mas não disse nada e nem eu
falei nada. Subi com o teste e o guardei no banheiro, eu teria que fazer amanhã
de manhã e ele não comentara nada.
No dia seguinte a primeira coisa que eu fiz
quando levei foi fazer o teste e fiquei andando pelo banheiro por cinco minutos
até que deu o tempo do exame e cinco minutos depois eu corri para a pia do
banheiro pegando o exame e abri a porta, dando de cara com Edward.
- E então? – perguntou ansioso e eu amostrei o
exame a ele. – Duas listras, o que isso significa? –
- Positivo. – expliquei.
- Positivo? –
- Eu estou grávida, Edward. – disse simplesmente
e ele sorriu me pegando no colo. – Temos que ir a Sue ver se está tudo bem. –
disse quando ele me colocou no chão.
- Vamos agora. –
- Amor, nós prometemos as meninas que iríamos
comprar a árvore hoje. –
- Tudo bem, vamos à fazenda, compramos a árvore
e vamos a Sue amanhã. – disse agitado e
se abaixou levantando a minha camisa e dando um beijo na minha barriga. – Deus,
que seja um menino, por favor, um menino. – pediu e eu comecei a rir.
- Eu já disse que você é o tipo de homem fadado
a ter apenas filhas mulheres. –
- Não, um menino, por favor, um menino. –
- Anda, levanta, vamos comer. – disse o puxando
para cima e me afastando e pegando uma calça de moletom e a vestindo, já que eu
havia dormido apenas de calcinha e blusão e antes mesmo que eu pudesse sair do
quarto, ele me pegou no colo e desceu as escadas comigo até a cozinha. – Pega
as meninas que eu vou fazer algo para comermos. – pedi e me dando outro beijo
ele subiu as escadas.
Eu fiz waffles todos nós e em pouco tempo ele
chegou com as meninas, sentando as em suas cadeirinhas e dei a elas os waffles
já cortados e elas logo terminaram de comer e eu subi com elas para vesti-las
para podermos ir embora. Valentina já tomava banho sozinha, só precisava de
alguém para ficar de olho nela, senão ela usava um frasco de xampu inteiro de
uma única vez e enquanto ela tomava banho, com Edward a vigiando, eu dava banho
e vestia Sophia.
Como o tempo estava começando a mudar, talvez
dentro das próximas semanas, o frio nos brindaria com o ar de sua graça,
coloquei uma calça legging em Sophia salmão e um vestido azul escuro com
bolinhas brancas por todo ele e três botões de enfeite na parte da frente, de
mangas compridas, eu calcei suas botinhas e penteie seu cabelo, colocando uma
faixa branca soltinha e assim que eu acabei de ajeita-la, Edward chegou com
Valentina enrolada na toalha, para que eu ajudasse-a a se vestir.
Deixei Sophia no berço e fui para o quarto ao
lado, se eu deixasse Tina se vestir sozinha, ela ficaria o mês todo andando só
de fantasia de Halloween, aliás, se deixasse, ela usaria fantasia o ano todo,
então eu a coloquei sentada na ponta da cama enquanto eu pegava a sua roupa, e
ela insistiu em se vestir sozinha e eu só a ajudava a se vestir. Ela calçou a
meia calça grossa rosa com bolinhas brancas, a saia preta com estampa florida e
uma barra de renda branca na barra da saia e uma camisa branca e após eu
pentear o seu cabelo, ela calçou as botinhas marrons claras e vestiu o casaco
amarelo e foi para a sala assistir televisão enquanto eu e o pai terminávamos de
me vestir, bom, eu no caso, começar.
Eu tomei um banho rápido, enquanto Edward
terminava de se vestir, e após me secar, me enrolei na toalha e migrei para o
guarda roupa. Vesti uma calça jeans de lavagem escura, uma blusa fina de alça
branca e um casaco um pouco pesado cinza, que batia na altura de meus joelhos.
Calcei meus saltos e penteei o cabelo e deixei o quarto colocando um colar
dourado e segui até o quarto de Sophia e a peguei no colo e desci as escadas.
Valentina já estava dentro do carro, na
cadeirinha e Edward guardava o carrinho no porta-malas, enquanto eu colocava
Sophia na cadeirinha ao lado da cadeirinha da irmã e entrava no banco do
passageiro e Edward no do motorista e começava a dirigir até a fazenda de
pinheiros.
Será que eu havia me precipitado em ter outro
filho logo? Eu nem terminara a faculdade ainda e já estava caminhando para o
segundo filho. Cadê aquela mulher que sempre disse que nunca teria um filho
antes de terminar a faculdade, ter um emprego estável e de preferência ter
saído da casa da mãe. Tecnicamente, das três, eu cumpri a última, eu sai da
casa da minha mãe, mas não terminara a faculdade e nem emprego tinha, meus
planos foram por água a baixo.
Nós paramos no estacionamento da fazenda, eu
achei que fossemos apenas comprar uma árvore, mas não, Edward tinha que ter uma
tradição de família, de ir a uma fazenda, escolher e cortar a própria árvore.
Sophia estava sentada dentro do carrinho que a fazenda entregou para carregar o
pinheiro e Valentina ia puxando devagar, caminhando na frente enquanto
procurava pelo pinheiro e Edward ia caminhando ao meu lado, segurando o pequeno
machado em mãos.
- Qual é o problema? – ele perguntou depois de
um tempo e me tirando de meus pensamentos.
- Nada, estou apenas pensando. –
- A última vez que nos reencontramos com você
nessa situação, você estava pensando em tirar a Sophia. – o encarei.
- Eu não estou pensando em abortar o bebê. –
- E então? –
- Eu estou apenas pensando no rumo que a minha
vida tomou. – expliquei colocando algumas mechas de meu cabelo atrás da orelha.
– Antes de eu engravidar de Sophia eu tinha um plano. –
- Qual? –
- Me formar, arrumar um emprego e sair da casa
da minha mãe, e ai sim pensar em formar família. – expliquei. – E bom, estou
casada, com duas filhas e grávida e a única coisa que fiz foi sair da casa da
minha mãe. Não me formei e nem arrumei um emprego. –
- Eu já falei que o seu emprego está reservado
lá no escritório. E eu acho até bom o fato desse bebê vir agora, assim você
terá mais tempo de pensar se é o que você quer mesmo. – virei a cabeça o
encarando. – Me refiro ao direito. – apontou. – Você não gosta disso, não
precisa fazer porque não quer. –
- Eu vou aprender a gostar. –
- Você não precisa aprender a gostar de algo que
não quer. Antes você empurrava com a barriga por estar só e por querer agradar
a sua mãe, mas você não está mais sozinha, aliás, você nunca esteve então se
você não quiser terminar de cursar a faculdade de direito, é só não cursar. –
disse como se fosse a coisa mais obvia.
- E eu vou fazer o que? Ficar em casa o dia
inteiro cuidando apenas das meninas? –
- Se quiser. Não precisa trabalhar caso não
queria e se quiser eu vou apoiar você do mesmo jeito. – ele parou de andar e
segurou-me pelo cotovelo me fazendo parar de andar e o encarar. – Caso queira
terminar a faculdade de direito, eu vou estar do seu lado, vou te ajudar nas
provas, te ajudar a estudar e quando se formar terá um emprego comigo, caso não
queria, caso queira ficar em casa com as meninas, bom, caso não, eu te ajudo a
encontrar a sua verdadeira vocação. –
- E se eu não tiver uma? –
- Todo mundo tem, você só tem que procurar. –
- E se por acaso a minha seja realmente o
direito? –
- Então você teria gostado dele. Há diversas
áreas de direito que você pode escolher. Civil, empresarial, consumidor,
tecnologia da informação, tributário, administrativo, trabalhista,
previdenciário, penal. Talvez você se sinta melhor em alguma área. – suspirei.
– Não precisa pensar nisso agora, até porque você não vai voltar para a
faculdade agora. Ou quer voltar e parar de novo depois? –
- Não, claro que não. Quando eu voltar eu quero
parar só depois de me formar. – ele riu apoiando o braço em meu braço e
seguimos as meninas que já estavam lá na frente, ele empurrou com cuidado o meu
corpo para mais perto de seu peito e deu um beijo em minha testa.
- Papai, nós achamos uma. – Valentina começou a
gritar e nós nos aproximamos dela.
Valentina havia escolhido uma árvore enorme e
bem cheia. Edward cortou a árvore e após pagá-la e com ajuda de alguns
funcionários da fazenda, amarrar no capô do carro e seguimos para casa e após
chegarmos a casa e coloca-la no apoio, no canto da sala perto da janela e da
lareira, e colocamos as meninas para assistir a alguns desenhos enquanto eu e
Edward íamos fazer o almoço e ao final da tardinha nós começamos a montar a
árvore.
Para colocar os enfeites nos galhos mais altos
da árvore e sem querer busca um banco ou uma escada, Edward preferiu me
colocar em seus ombros e ia me passando os enfeites enquanto eu ia arrumando e
após colocar a estrela no topo, ele finalmente me abaixou e viu Sophia sentada
embaixo da árvore tentando pegar uma das bolas douradas e ele a pegou,
levantando alto, para ela “colocar” uma bola grande dourada na árvore.
Demorou um pouquinho, mas finalmente e com ajuda
de todos nós terminamos de arrumar a árvore, com bolas pratas, brancas e
douradas e muitos laços e flores brancas e com os pisca-piscas amarelos e
conforme os presentes fossem sendo comprados e embrulhados, eles seriam
arrumados perto da árvore e após um lanche rápido, as meninas, que estavam
praticamente dormindo sentadas, foram colocadas na cama e após um banho quente
eu e Edward também seguimos para a cama.
No dia seguinte, Edward me acordou, lembrando-me
da consulta que ele marcara com Sue para saber se o bebê estava bem e se
desenvolvendo no lugar certo. E enquanto ele ia fazer o café da manhã, eu fui
tomar um banho morno e me vestir, já que hoje o dia havia nascido meio nublado.
Vesti uma blusa de alças leve e branca junto com uma legging preta justa e um
casaco marrom longo, batendo no meio de minhas coxas e me calcei enquanto
penteava o meu cabelo e desci as escadas.
Como igual a primeira gravidez, sem muitos
enjoos no inicio, já que na gravidez da Sophia os enjoos matinas, os malditos
enjoos matinais, só apareceu depois da oitava semana e eu iria agradecer se
eles não aparecessem nessa gravidez. Mas infelizmente ele apareceu mal eu
terminara de tomar café, ainda bem que assim que me sentara a mesa da cozinha
eu ficara descalça, então eu pude correr para o lavado tranquilamente. Terminei
de vomitar e lavar a boca eu me calcei e ajeitei o meu cabelo e saímos de casa,
Valentina será deixada na escolinha e Sophia iria conosco até o consultório e
Edward entregou-me uma sacola, caso eu fosse vomitar, para não vomitar em seu
carro e eu senti uma pequena vontade de soca-lo.
- Estive pensando em uma coisa. – disse depois
de um tempo de termos chegado ao consultório, ele encarava um quadro qualquer
na parede a sua frente e eu brincava com as mãozinhas de Sophia.
- Em que? – perguntei olhando para o meu bebê.
- Provavelmente eu vou ter que trocar de carro.
– desviei os olhos da minha menina e o encarei.
- Você ama aquele carro. –
- Eu sei, mas Audi é muito pequeno para três
crianças. E além do que você não tem um carro. –
- Nunca tive. – apontei. – E nunca me fez falta.
–
- Eu preciso arrumar um carro maior. – disse
para si do que para mim.
- Vai trabalhar com um carro familiar? –
perguntei sorrindo.
- Eu vou pensar melhor nisso e procurar um carro
bom e grande. –
- Bella. – a voz de Sue tirou Edward de seus
pensamentos e eu me levantei. – Voltou cedo. – apontou quando entramos em sua
sala e Edward fechou a porta atrás de mim empurrando o carrinho da Sophia. – E
essa é a menininha. –
- É. É a nossa Sophia. – disse dando um beijo
estalado na bochecha de meu bebê e ela riu.
- Tão linda. – disse apertando de leve a
bochecha do meu bebê. – Então, vieram aqui para? – perguntou ao se sentar e
quando nos sentamos.
- Ela está grávida. – Edward disse simplesmente
e ela olhou de mim para ele.
- Ele estava a fim de falar isso em voz alta
desde ontem quando fiz o teste. – comentei e ele assentiu.
- Não perderam tempo em... Sophia está com o que
um e meio? –
- Vai fazer dia 19. – expliquei.
- Então tá. Descobriu...? –
- Ontem. –
- Suspeita do tempo? – neguei.
- Talvez de três a quatro semanas, porque era
para a minha menstruação ter vindo há dois dias então, então... – dei de
ombros.
- Teve relações a três ou quatro semanas? –
- Sue, por ele é todo dia. – apontei brincando e
ele assentiu concordando e ela riu.
- Vou considerar isso como um sim então. – ela
anotou rindo. – Vamos tentar fazer uma ultra transvaginal e eu vou te passar
alguns exames, que você já sabe quais são, mas eu tenho que passar. – assentiu.
- Vai com o papai, meu amor. – dei outro beijo
em Sophia e passei para Edward.
- Vai me mandar sair? – perguntou quando Sue
seguiu para o consultório ao lado onde ficavam os equipamentos.
- Se você se comportar não. – brinquei lhe dando
e beijo e seguindo para o banho e trocando de roupa, colocando aquela camisola
horrível e seguindo para a outra sala, onde Edward estava parado próximo à cama
com Sophia no braço e eu me sentei na cama.
- Lembra como é feito? – perguntou ela pegando o
aparelho pontudo e colocando a camisinha.
- Isso não vai...? – Edward começou a perguntar
quando Sue pediu para que eu apoiasse as pernas nas placas de metal.
- Entrar na vagina dela?! Vai. –
- Não fala assim na frente do bebê. – disse e eu
comecei a rir, parando de rir imediatamente e fazendo uma careca ao sentir aquela
coisa entrando em mim e sentindo o desconforto que achei que não fosse sentir
nunca mais na vida.
- Que cara é essa? – perguntei encarando Edward
e tentando me desconcentrar do desconforto.
- Isso é estranho. – apontou e eu balancei a
cabeça rindo.
- Quer esperar lá fora? –
- Não, está tudo bem.
- Muito bem. – Sue atraiu a nossa atenção. – Ele
está se desenvolvendo no lugar certo, ou seja, nada de gravidez nas trompas.
Isso é ótimo. E eu acho que dá para ouvir o coraçãozinho dele. – disse mexendo
com a mão livre no monitor. – Que estranho! –
- O que? – perguntei já ficando um pouco
nervosa. Quando algum medico dizia Que
estranho! Não era algo bom. – Qual é o problema? Algo errado? –
- Não... É que... – ela riu. – São gêmeos. –
disse sorrindo.
- Gêmeos? – eu e Edward falamos juntos.
- Espera... Bella levanta um pouquinho o
quadril. – levantei um pouquinho e sentindo o desconforto enquanto ela mexia
aquele bastão estranho dentro de mim. – Ah desculpe, eu me enganei. Não são
gêmeos. – suspirei aliviada. – São trigêmeos. –
- TRÊS? -
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