domingo, 12 de novembro de 2017

Capitulo Vinte: Vida Nova.

 Pov. Bella

Toronto - Canadá.

O verão chegou rápido e bem forte, Edward pegaria férias a partir de amanhã para que pudéssemos levar as meninas para Alberta para levarmos as meninas para passar uma semana no Lago Moraine antes que Valentina entrasse na pré- escola primaria. Eu levantei cedo para tomar café e fazer o café para Edward porque senão era bem capaz dele ir embora apenas com café no estomago isso se ele tomasse café e ele me deu um beijo, me prometendo que voltaria cedo para começar mais cedo as nossas férias mais cedo e entrou no carro e eu voltei para dentro de casa, pegando as meninas que ainda dormiam e deitei na minha cama e deitei perto delas e voltando a dormir, com o ar-condicionado ligado para aliviar o calor lá de fora.

- Mamãe... Mamãe... – ouvi uma vozinha me chamando algum tempo depois. – Mamãe acorda. – cocei os olhos os abrindo e vendo Valentina sentada na cama com as costas apoiadas no travesseiro do pai e Sophia no colo da irmã de frente para ela.


- Oi meus amores. –

- Acorda mamãe. – Valentina disse rindo e abraçando a irmã.

- Mamãe já acordou meu amor.

- Mama. – me levantei e dei um beijo na bochecha das duas.

- Oi princesas. O que querem? –

- Comer. –

- É claro que querem. –

- Mamãe. – Valentina me chamou enquanto eu sentava na cama e me espreguiçava.

- Que meu amor? – perguntei prendendo meu cabelo em um coque dos muito mal feitos.

- Vamos para a piscina? Está muito calor. –

- Claro bebê, vamos tomar café, ver um pouquinho de TV e vamos ficar um pouco na piscina antes que o sol fique muito forte. –

Levantei-me da cama e as peguei no colo, descendo as escadas e as sentando nas respectivas cadeirinhas e fazendo panquecas para elas, cortei as de Tina e dei a de Sophia na boca, já que ela preferia jogar o talher longe a usa-los para comer, ela preferia as mãos, eu não ligava muito que ela usasse as mãos, mas eu ligava devido à sujeira que ela fazia.

Depois que elas comeram, eu as deixei na sala, para verem desenhos enquanto eu limpava a cozinha, eu a limpei bem rápido, até porque não havia feito tanta sujeira assim e logo subi com elas para vesti-las para ficarmos um pouco na piscina antes que o sol ficasse muito forte para elas. Caprichei no protetor solar nas duas, principalmente em Sophia e principalmente no rosto das duas e coloquei um maiô rosa bem clarinho e um branco com bolinhas pretas em Valentina e coloquei um biquíni simples, tomara que caia verde água com alguns detalhes rosa claro e após passar o protetor em mim também, coloquei um vestido largo, eu odiava desfilar por ai só de biquíni,  peguei Sophia no colo, duas toalhas e o protetor e os chapéus dela para o caso do sol ficar muito quente e fomos para o quintal dos fundos.


Depois que eu prendi as boias nos braços e na cintura de Valentina ela se jogou na piscina, prendi meu cabelo, para não molha-lo, tirei o vestido e entrei com cuidado na piscina com Sophia, prendendo-a em uma boa grande, onde apenas da sua cintura para baixo ficava na água e tinha uma telinha que cobria sua cabeça e a protegia do sol, e com as mãos molhei o seu corpinho.


Valentina ficava subindo no degrau da piscina e pulando e batendo as pernas, sem tirar as boias, o que eu agradecia, até porque eu tinha que me dividir entre Valentina e Sophia, que tentava dar um jeito de virar a boia para entrar na piscina e foi quando eu decidi tirar ela da boia e segurando-a firme, fazer ela bater as perninhas e colocava a boca na água fazendo bolhinhas

Já passava das 10h e eu tinha que tirar as meninas da piscina já que o sol estava muito quente para elas, entretanto como as árvores deixavam uma parte da piscina coberta, eu fiquei ali com elas mais um pouco. Eu estava sentada na borda da piscina e as meninas com as boias e Valentina brincava com a irmã, com cuidado para não virar a boia ou machuca-la. Meu celular apitou e eu apenas estendi a mão e puxei a toalha, onde o meu celular repousava.

De: Edward.
Amor, onde você está? Acabei de chegar a casa e ela está vazia.

Era uma mensagem de Edward, eram por volta das onze quando a mensagem chegou. Ele já estava em casa? Ele disse que ia chegar cedo só não sabia que era tão cedo.

De: Bella.
Nos fundos. As crianças queriam vir para a piscina e estamos aqui na sombra, vamos entrar daqui a pouco.

Respondi e apoiei o telefone na borda seca da piscina e peguei o protetor solar, passando mais um pouquinho no rosto das duas e vendo Sophia bater as perninhas por debaixo da boia enquanto Tina puxava de leve a boia da irmã pela parte com sombra da piscina, quando o meu celular tocou de novo e era mais uma mensagem de Edward.

De: Edward.
Achei vocês. Tudo bem, não se preocupe, eu vou tomar um banho e trocar de roupa e me junto a vocês em menos de cinco minutos.

Respondi sua mensagem e coloquei o telefone em um lugar seguro longe das meninas. Terei Sophia da boia, segurando-a pelos braços e a sentando em meus pés, balançando-a de leve e molhando apenas do pescoço para baixo e fazendo-a bater as perninhas na água. Valentina tentava mergulhar, mas as boias na cintura e nos braços impediam-na, portanto ela preferiu ficar fazendo bolinhas na água com a irmã, com a boca e rindo, segurando Sophia, que ainda estava sentada em meus pés, com uma das mãos, puxei o telefone com a outra mão e filmei as duas fazendo bolinhas na água, mas a gravação foi interrompida por uma ligação de Edward.

- Oi, está demorando por quê? – perguntei segurando Sophia e a tirando na água, fazendo-a reclamar e a sentando em meu colo.

- Entra Isabella. – ele disse simplesmente e eu podia sentir pela sua voz que ele estava com raiva.

- O que foi? –

- Só entra, pega as meninas e entra. – disse simplesmente e a ligação caiu.

- Valentina vem. – a chamei e ela também reclamou. – Vem peixinho, voltamos mais tarde. – com a promessa de que voltaríamos mais tarde ela saiu da piscina e eu tirei as duas das boias e enrolei uma toalha em ambas, para que não saíssem por ai molhando a casa toda. Entrei com elas ao mesmo tempo em que Edward desceu as escadas e sem falar nada saiu pela porta principal da casa. – Valentina não saia desse sofá e não deixe Sophia sair também. – disse ao colocar as duas no sofá e puxando um vestido e sai de casa o colocando. – Edward. – antes mesmo que eu chegasse à metade do quintal da frente eu já estava vestida. – Hey, o que houve? – perguntei quando ele parou em frente à casa dos Biers.

- Houve que eu me cansei, eu não aguento mais. –

- Está falando do que? –

- Edward, Olá. – Diego disse ao abrir o portão. – O que houve? –

- Você disse que ele iria parar. – Edward disse simplesmente.

- Do que você está falando? –

- Estou falando do fato de seu filho estar na janela do quarto dele, olhando a minha esposa na piscina com as minhas filhas com um binóculo e se masturbando. – Edward disse entre os dentes e eu arregalei os olhos.

- E qual é o problema? – Diego perguntou rindo. – É coisa de menino, ele acha a sua esposa bonita, deveria levar isso como um elogio. –

- Com certeza, eu vou levar o fato de o seu filho estar se masturbando olhando a minha esposa como um elogio. Com certeza eu vou levar isso como um elogio. Onde eu estava com a cabeça por achar isso errado? – ironizou ele. – Se você acha isso normal, isso é problema seu, eu não acho isso normal, não nesse ponto. Foi bom conhecer você Diego. – disse segurando a minha mão e me puxando para longe daquela casa.

- Vai fazer o que? –

- Uma coisa que eu deveria ter feito quando a vizinha anterior deu problemas. Mudarmos-nos para uma casa sem vizinhos. –

- Só por causa disso? Por Deus Edward, isso é coisa de criança, logo passa. –

- Não é só por isso. – Edward se aproximou de novo. – A minha esposa não tem mais paz nessa casa desde que o seu filho começou a vigia-la pela janela do quarto. Você sabe que eu posso processar vocês por Stalker não sabe? – perguntou. – Se você quer ver até onde o seu filho pode chegar, tenha certeza de que eu não quero, e se para evitar que algo pior aconteça eu tenha que me mudar, eu faço isso de bom grado. – Edward passou as mãos pelos cabelos, um jeito que ele fazia muito quando estava nervoso, e eu me aproximei segurando seu braço.

- Vamos embora. – disse o puxando para longe.

- Se você não sabe o que isso pode se tornar, pesquisa na internet. Se eu vir o seu filho olhando para a minha casa pela janela de novo, eu vou chamar a policia. – ameaçou e eu o puxei para longe da casa de Riley e entrando em casa. Mal a porta da frente fora fechada e ele encostou-se contra ela, fechando os olhos ao encostar a cabeça nela. – Eu devia ter te ouvido antes. Desculpa. –

- Está tudo bem. – disse dando um beijo em seus lábios. – Agora sabe que eu não estava vendo coisas. – ele enlaçou a minha cintura. – O que aconteceu? – perguntei com o corpo grudado ao dele.

- Eu fui tomar um banho para me juntar a vocês na piscina e quando sai do banheiro vi pela janela que ele estava olhando para alguma coisa com um binóculo e se masturbando. E ao seguir a linha de visão dele, vi que ele estava olhando você na borda da piscina com as meninas ao lado. – disse e bateu a cabeça na porta atrás de si.

- Não se preocupe. – disse dando um beijo rápido nele.

- Eu vou fazer o que eu prometi... – expos se afastando da porta. – Vou ligar para a minha mãe e pedir o numero do corretor de imóveis dela. Eu não ligo se será aqui, se será no centro ou em outro estado, eu não quero mais vizinho nenhum, nem o presidente. – comecei ao rir enquanto ele subia as escadas com o celular em mãos.

- Mamãe. – Valentina veio para perto de mim.

- Oi meu amor. O que foi? –

- Estou com fome e nós vamos voltar para a piscina? –

- Hoje não, princesa, mas vamos ficar no quarto com a mamãe e o papai no ar-condicionado e fazendo bagunça na cama da mamãe e do papai. – ela riu e eu sorri para ela. – Agora, que tal ajudar a mamãe a fazer o almoço, para depois tomarmos um banho bem gostoso e fresco para irmos fazer bagunça? –

- Sim... – disse se jogando em meu colo e eu a peguei no colo rindo.

- Ai que princesa mais linda. –

Com a companhia de Sophia e Valentina, fiz um almoço leve, com as persianas da cozinha fechada, o que era uma pena, já que a deixava escura e quente, mas melhor do que ter Riley nos observando pela janela. Quando a comida ficou pronta, pedi para Tina ir chamar o pai, enquanto ajeitava a mesa e sentava Sophia em sua cadeirinha.

Em pouco tempo os dois voltaram para a cozinha e fomos almoçar, Sophia comia sozinha, e quando ela ameaçou jogar os talheres ou a comida longe, Edward segurou a mãozinha dela e passou a dar a comida na boca dela. Ao terminarmos de comer e de organizar a cozinha, fomos para o quarto, ligando o ar-condicionado e deitando as meninas na cama. Sophia ficou brincando na cama com um bichinho de pelúcia e Valentina desenhando enquanto eu estava deitada com as costas no peito de Edward eu via algumas fotos que o corretor de imóveis, que a mãe havia sugerido, mandará para ele por email.

(...)

Demorou quase um mês para conseguirmos nos mudar e durante esse tempo, todas as cortinas e persianas da casa ficaram fechadas e quando estava muito calor e as meninas queriam ir para a piscina, nós a levávamos para a casa da mãe de Edward e é onde elas estavam hoje enquanto íamos ver a casa que o corretor havia sugerido. Ela ficava mais ao centro de Toronto, em um bairro residencial, com boas escolas e parques e caro. Onde só moravam empresários proeminentes, médicos e advogados e alto escalão, ou seja, ali só morava quem podia e mesmo sendo uma boa área para as meninas, eu não entendia porque ele queria dar esse grande salto, e ele basicamente só aceitou essa casa porque não tinha vizinhos e quase cem por cento dos vizinhos eram casados e com filhos e ficava a vinte minutos do escritório de Edward e a menos de vinte da minha faculdade.

Nós deixamos as meninas na casa dos avós e nós seguimos para Forest Hill South, o bairro podre de rico onde ficava a casa que Edward gostara. Eu entendia o motivo de Edward gostar tanto daquela casa, não tinha realmente nenhum vizinho perto, quer dizer, tinha, mas a casa era cercada por árvores altas, cobrindo totalmente a linha de visão para as casas dos vizinhos. Tinha um enorme quintal na frente e nos fundos para as crianças.

Eram mais de 20 mil m², com oito quartos, sete banheiros completos e quatro lavabos, dois andares, fora o sótão, sala de jantar, família e estar, cozinha gourmet, escritório, sala de recreação, adega, garagem, isso do lado de dentro, do lado de fora, tinha varanda, pátio, uma área, coberta por vigas de madeira com um sofá, cadeiras e uma pequena e redonda lareira no meio dela e cozinha com churrasqueira e piscina.

Eu achava aquela casa exagerada, principalmente para apenas quatro pessoas, mas ela era linda, teríamos nossa privacidade e as crianças teriam uma enorme área para correr, era uma vizinhança e rua tranquila, não passavam muitos carros e Edward prontamente aceitou a casa assinando o contrato ali mesmo e já poderíamos começar a nos mudarmos.

Enquanto Edward trabalhava, já que com a mudança ele cancelou as nossas férias em Alberta, eu e minha mãe começamos a montar a casa, já que ele insistia que não queria levar nada, a não ser o playground de Valentina do jardim, o qual ele ajudara a montar para a casa nova e depois de um mês estava tudo pronto para nos mudarmos e a nossa antiga casa também já estava vendida, os novos compradores só estavam esperando que saíssemos para chegarmos e eu falei para o corretor que era para avisar que tinha um garoto na casa ao lado que ficava nos vigiando com um binóculo, entretanto eu duvidada veementemente que ele havia comentado algo sobre isso.

Toda a casa estava pronta, todos os móveis no lugar, todos os objetos da casa estavam no lugar e só faltava colocar as roupas e nós para dentro da casa para que ela estivesse completa. E hoje ela ficaria completa, no comecinho da manhã nós chegamos com as meninas na casa nova. Edward entrou com o carro pela entrada de pedra dando visão para um jardim com a grama bem aparada e com árvores e os arbustos bem podados e dando a volta em uma das árvores de folhagem roxa e parou o carro ali mesmo ao invés de seguir o caminho de pedras até os fundos da casa e a garagem. A casa, enorme, era feita de pedra e estuque e inspirada na arquitetura francesa. 


Pegamos a Sophia e Valentina estava animada demais para ir ao meu colo e eu peguei Sophia da cadeirinha no banco de trás e a coloquei dentro do carrinho, empurrando na direção da entrada, onde Valentina tentava abrir a porta grossa de madeira que estava trancada e a chave estava no bolso da calça jeans de Edward, que levantou a parte da frente do carrinho para subirmos os dois pequenos degraus que dava para a entrada da casa. Ele pegou as chaves no bolso e abriu a porta e Valentina entrou correndo para explorar a casa nova.

Eu dei um passo para dentro da casa quando senti Edward me segurar pelo pulso e me puxar para os seus braços e passando o outro por debaixo das minhas pernas desnudas, já que o vestido batia no meio das minhas coxas e me pegando no colo.


- O que você pensa que está fazendo? – perguntei me segurando pelo seu pescoço.

- Não é a tradição, entrar na casa nova carregando a mulher? –

- Até onde eu sabia, é na lua de mel e no quarto. E se eu não me engano você já fez isso. – apontou.

- É eu quero fazer de novo, ver se assim trás boa sorte para essa casa. – ele cruzou a soleira da porta e me colocou no chão e voltou para pegar o carrinho de Sophia.

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- Onde é o meu quarto, onde é o meu quarto, onde é o meu quarto? – Valentina perguntava alto do segundo andar da casa e Edward passou o braço pelos meus ombros enquanto via a filha no topo da escada.

- O seu nome está na porta. – respondi e ela saiu correndo pelo corredor.

- Agora vai. – Edward disse baixo, falando mais para ele do que para mim e dando um beijo na minha têmpora.


É agora tudo daria certo, pensei olhando a entrada da nossa casa. Ela era bem clara e alta, com um candelabro que iluminava muito bem o hall de entrada, duas escadas para o andar de cima e uma mesa de madeira redonda pequena no centro com um enorme vaso de vidro com lírios e orquídeas dentro, bem aberto com algumas pilastras romanas que davam para os corredores que davam para os outros cômodos da casa.


- Quer ver o que primeiro? – perguntei pegando Sophia do berço.

- Por mim iria para o nosso quarto e não sairia de lá tão cedo. –

- Respeite a nossa menina. – dei uma tapa no braço dele e ele riu enlaçando a minha cintura.

- E ela foi feita como? –

- Cegonha. Folhas de repolho ou sementes de abobora. Pode escolher. – dei de ombros e ele começou a rir e deu um beijo em Sophia que encarava o hall de entrada curiosa e ouvimos um grito de Valentina vir do andar de cima e nós subimos a escada seguindo o grito nela e Edward abriu a porta, preocupado e começou a rir e me deu espaço para entrar e Valentina rolava pela cama agarrada aos lençóis. – Gostou bebê? – perguntei rindo e entrando no quarto lilás, com uma grande janela para que ela pudesse ver o jardim dos fundos e que entrava bastante luz no quarto. O chão era coberto por um carpete branco e a cama ficava colada a parede com uma coroa presa acima da cama de onde descia um pano que podia cobrir a cama e com uma poltrona e um pufe perto da janela e ao lado da cama, e com uma foto da Tina e da Sophia na parede e uma mesinha redonda com duas cadeiras em cima de um tapete pequeno e felpudo e em frente à cama o seu armário e cômoda.


- Aham... – disse ainda rolando no meio dos lençóis. – Cadê meus brinquedos? – perguntou sentando na cama com o lençol em cima da cabeça o que nos fez rir e Sophia, que provavelmente não entendia nada, também começara a rir.

- Seus brinquedos estão no quarto no final do corredor, onde será o seu cantinho de brinquedos, o seu e o da Sophia. – Edward explicou e ela deitou na cama de novo.

- Vamos ver o quartinho novo desse bebê fofo? – perguntei ajeitando Sophia em meus braços. – Vamos ver o quartinho dessa gatinha. –

- Valentina, cuidado para não se machucar. – Edward avisou para o vento, já que a filha não estava nem ai para ninguém a não ser o seu quarto novo e seguimos para a porta ao lado do quarto de Valentina e Edward abriu a porta para mim e nós entramos no quarto novo de Sophia.

- O que acha minha menina? –

- Mama. – respondeu e eu dei um beijo estalado em sua bochecha gorducha. O quarto de Sophia era muito mais simples do que o minha mãe havia criado. Era todo em tons claros, com as cortinas cobertas por uma cortina cor de salão e com todos os moveis de madeira clara, o berço grudado na parede com uma coroa prateada presa na parede de onde saiam um pano para cobrir o berço, e uma poltrona com um pufe e uma mesinha pequena redonda com um abajur. Caminhei para perto do berço e deitei-a no berço e ela logo, se apoiando nas grades, se sentou pegando um bichinho de pelúcia que tinha dentro do berço.


- Agora que as meninas já conheceram seus quartos e estão gostando e pelo visto alguém vai dormir logo. – apontou vendo Sophia coçar os olhinhos. – Que tal irmos conhecer o nosso quarto e inaugura-lo? – Edward perguntou abraçando a minha cintura.

- E que tal você sossegar um pouco? – perguntei. – Espere as meninas dormirem. Sophia pelo visto já vai dormir, mas Valentina não vai dormir tão cedo, ainda mais que ela vai querer explorar a casa inteira. –

- Mamãe, papai. – Valentina apareceu no quarto da Sophia.

- Não disse?! – ele riu.

- Oi princesa. – ele a pegou no colo. – Eu to com fome e quero ver o resto da casa. –

- É claro que quer. – dei um beijo na cabecinha de Sophia que dormia no berço novo e saímos do quarto em silencio.

Edward desceu as escadas com ela na frente e eu fui logo atrás e ele amostrou a casa toda para a pequena, começando pela sala de estar, todos os cantos dessa casa é grande, tanto que não é nenhuma surpresa o fato de que da sala de estar ser grande, dois sofás largos e grandes, um de frente para o outro, com quatro mesinhas de centro, uma de cada canto dele, e uma mesa de vidro no centro e duas poltronas atrás e dois pufes do outro lado dela, bem iluminada devido as janelas e na parede azul escura, um aparador flutuante com vários porta retratos com as fotos das meninas e uma TV grande pendurada na parede.


Ao seu lado a sala da família, sem televisão, bem grande e tons pastel com dois sofás pequenos, um de frente para o outro com uma mesinha de vidro retangular entre elas e um divã, em frente a ele uma lareira grande e duas poltronas mais para trás com um pufe redondo entre elas, o piso era de madeira e tinha dois tapetes na sala.


Saindo da sala e passamos pela sala de jantar, onde o piso de madeira fluía para lá, um grande candelabro pendurado em cima da mesa, preta com cadeiras negras e estofadas em roxo, para dez lugares, e um aparador preto grudado na parede e três quadros com mais fotos das meninas. E seguimos para a cozinha, o maior cômodo da casa, se bobear, armários e duas ilhas brancas com bancada de mármore claro, três pias, uma debaixo da janela, uma na ilha do meio, a única que era coberta por mármore escuro e outra pia na bancada de café da amanha com quatro bancos altos e na sala do lado uma pequena mesa de jantar, não tão pequena assim, já que era para oito lugares, de madeira e com uma grande janela para o quintal dos fundos.


Como os armários e a geladeira já estavam abastecidos, deixamos Valentina sentada em um dos bancos e eu e Edward começamos a fazer o almoço, algo simples e depois de colocar a lasanha no forno, fomos amostrar a parte dos fundos para Valentina e ela, obviamente, ficou extasiada ao ver que o quintal era muito maior do que o anterior, todo gramado, com exceção da área da piscina que era calçada, o resto era tudo grama. Tinha uma enorme varanda com duas escadas descendo para o quintal e para a garagem.


Bem em frente a casa tinha uma área calçada com alguns bancos e uma pequena fogueira de pedra redonda, cobertas por vigas de madeira e tendo uma trepadeira crescendo nas pilastras de madeira. E mais ao quanto uma piscina com uma pequena hidromassagem, alguns bancos de pedra em volta dela e uma pequena cozinha com churrasqueira ali perto e uma enorme bancada e uma mesa de vidro com seis cadeiras impermeáveis e quatro espreguiçadeiras e com um guarda sol grande. Se Edward não segurasse Valentina ela teria pulado dentro da piscina.


Quando o alarme que eu colocara para avisar sobre a lasanha, nós entramos novamente, prometendo a ela que mais tarde nós a levaríamos para dar um mergulho na piscina. Como Sophia ainda dormia, preferimos não acorda-la e depois eu a alimentava. Depois de Valentina comer, por mais que ela quisesse ir para a piscina, ela acabou dormindo na sala e o pai a levou para o quarto para dormir e para a alegria de Edward, as duas meninas dormiam e agora ele poderia ir para o quarto. Quer dizer, ir e me levar junto, melhor dizendo, me carregar, e sim ele me carregou, pendurada em seu ombro e adentrou no quarto, trancando a porta, não querendo ser interrompido por ninguém e me jogou na cama, me fazendo rir mais ainda.

O quarto era enorme e aconchegante, uma casa de casal grande, duas poltronas em frente a lareira, e uma varanda bem grande, uma parte fechada, com um sofá pequeno debaixo da janela e com uma pequena mesinha de centro e a outra parte aberta, com um banco de madeira do lado de fora.


(...)

- Dormiu não, não é? – perguntou depois de um tempo que estávamos dentro da banheira, em silencio.

Nós estávamos a quase uma hora e meia dentro daquela banheira, dentro daquele banheiro que era maior do que o meu quarto na casa da minha mãe, só a banheira onde nós estávamos deveria ser maior que o meu quarto, com um box de vidro de canto e uma pia enorme , com duas pias e um espelho que ocupava a parede toda e um que cobria toda a porta para o quarto.


- Não. – respondi, levantando um pouco a cabeça que estava apoiada em seu peito e recebendo um beijo na testa. – Acho melhor levantarmos e irmos acordar as meninas, se não elas não vão dormir a noite. –

- Mas está tão bom aqui. –

- Acha que eu não sei? Mas já que você quer ficar a noite toda acordado com as duas. –

- Você venceu. – claro que eu venci, ele tinha outros planos para hoje à noite.

(...)

Os meses foram passando e tudo corria da maneira mais perfeita e calma possível, e nós já estávamos chegando à época do Natal e hoje nós aproveitaríamos para montar a árvore e Valentina estava animada louca para ajudar a montar a árvore. Edward ficaria responsável de dar banho nas meninas e vesti-las, Valentina para ir para a escolinha e Sophia para ir conosco a uma fazenda de pinheiros e eu desci mais cedo já que eu estava morrendo de fome.

- O que você está comendo? – Edward perguntou entrando na cozinha com Sophia no colo.

- Melancia com creme de amendoim. – respondi e ele me olhou estranho.

- Por quê? –

- Sei lá. – respondi pegando outro pedaço de melancia, já sem as sementes e passando creme de amendoim nela e colocando na boca. – Não é ruim. Também não é bom... É comível. – disse dando de ombro ao ver a cara de nojo que ele fez. – Quer? – perguntei mordendo outro pedaço.

- Não, ficarei com as minhas deliciosas panquecas recheadas. – respondeu colocando a Sophia sentada na cadeira e indo para a geladeira e eu comecei a sentir o meu estomago se revirar e a minha boca ser preenchida pelo gosto de vômito. – Que foi? – perguntou quando viu que eu levei a mão à boca.

- Nada. – respondi forçando engolir o pedaço de melancia e o vômito. – Acho que isso aqui está fora da validade. – comentei pegando o pote de creme de amendoim.

- Impossível, comprei há dois dias e a validade para acabar ainda é grande. – respondeu abrindo a geladeira e o vômito subiu de novo e eu desci da cadeira da bancada da cozinha e corri para o lavabo do primeiro andar. – Bella? – ouvi Edward me chamando quando eu entrei no lavado e só tive tempo de abrir a tampa da privada antes que eu vomitasse no chão. – Hey, o que foi? – perguntou se abaixando ao meu lado e segurando o meu cabelo.

- Eu não sei. – respondi limpando a boca com um pedaço de papel e eu vomitei de novo. Quando eu acabei de vomitar, dei descarga e lavei a boca e me sentei no vaso com a tampa fechada.

– Quer ir ao medico antes de irmos à fazenda? –

- Não precisa... Está passando. –

- Certeza? – assenti e ele me deixou sozinha no banheiro para ir fazer o café da manhã e depois de eu lavar a boca sai do banheiro e encontrei com Edward fazendo o café da manhã para as meninas e Valentina chegou há pouco tempo com o uniforme da escola, ela iria entrar de férias em poucos dias, e Edward deu o café para ela e eu fiquei sentada na cadeira fazendo algumas contas.

- Mamãe... Mamãe... MAMÃE. – dei um pulo da cadeira ao ouvir a voz de Valentina.

- Oi, oi amor... O que foi? –

- Meu beijo para ir para a aula. –

- Ah sim, tem razão. – a peguei no colo e lhe dei um beijo estalado na bochecha e a pondo no chão.

- Amor, o que foi? – Edward perguntou quando eu me levantei e caminhei para perto dele.

- Podemos ir amanhã à fazenda? –

- Claro. O que houve? –

- Não sei. Faz um favor para mim? – ele assentiu. – Quando estiver voltando, passa na farmácia e compra um Clearblue para mim? –

- O que é isso? Um remédio? –

- Só compra Edward. – pedi e ele assentiu me dando um beijo rápido e pegando Valentina no colo e saindo de casa.

Edward chegou quase uma hora depois e ele havia entendido o que é o que eu pedira para ele comprar, mas não disse nada e nem eu falei nada. Subi com o teste e o guardei no banheiro, eu teria que fazer amanhã de manhã e ele não comentara nada.

No dia seguinte a primeira coisa que eu fiz quando levei foi fazer o teste e fiquei andando pelo banheiro por cinco minutos até que deu o tempo do exame e cinco minutos depois eu corri para a pia do banheiro pegando o exame e abri a porta, dando de cara com Edward.

- E então? – perguntou ansioso e eu amostrei o exame a ele. – Duas listras, o que isso significa? –

- Positivo. – expliquei.

- Positivo? –

- Eu estou grávida, Edward. – disse simplesmente e ele sorriu me pegando no colo. – Temos que ir a Sue ver se está tudo bem. – disse quando ele me colocou no chão.

- Vamos agora. –

- Amor, nós prometemos as meninas que iríamos comprar a árvore hoje. –

- Tudo bem, vamos à fazenda, compramos a árvore e vamos a Sue amanhã.  – disse agitado e se abaixou levantando a minha camisa e dando um beijo na minha barriga. – Deus, que seja um menino, por favor, um menino. – pediu e eu comecei a rir.

- Eu já disse que você é o tipo de homem fadado a ter apenas filhas mulheres. –

- Não, um menino, por favor, um menino. –

- Anda, levanta, vamos comer. – disse o puxando para cima e me afastando e pegando uma calça de moletom e a vestindo, já que eu havia dormido apenas de calcinha e blusão e antes mesmo que eu pudesse sair do quarto, ele me pegou no colo e desceu as escadas comigo até a cozinha. – Pega as meninas que eu vou fazer algo para comermos. – pedi e me dando outro beijo ele subiu as escadas.

Eu fiz waffles todos nós e em pouco tempo ele chegou com as meninas, sentando as em suas cadeirinhas e dei a elas os waffles já cortados e elas logo terminaram de comer e eu subi com elas para vesti-las para podermos ir embora. Valentina já tomava banho sozinha, só precisava de alguém para ficar de olho nela, senão ela usava um frasco de xampu inteiro de uma única vez e enquanto ela tomava banho, com Edward a vigiando, eu dava banho e vestia Sophia.

Como o tempo estava começando a mudar, talvez dentro das próximas semanas, o frio nos brindaria com o ar de sua graça, coloquei uma calça legging em Sophia salmão e um vestido azul escuro com bolinhas brancas por todo ele e três botões de enfeite na parte da frente, de mangas compridas, eu calcei suas botinhas e penteie seu cabelo, colocando uma faixa branca soltinha e assim que eu acabei de ajeita-la, Edward chegou com Valentina enrolada na toalha, para que eu ajudasse-a a se vestir.


Deixei Sophia no berço e fui para o quarto ao lado, se eu deixasse Tina se vestir sozinha, ela ficaria o mês todo andando só de fantasia de Halloween, aliás, se deixasse, ela usaria fantasia o ano todo, então eu a coloquei sentada na ponta da cama enquanto eu pegava a sua roupa, e ela insistiu em se vestir sozinha e eu só a ajudava a se vestir. Ela calçou a meia calça grossa rosa com bolinhas brancas, a saia preta com estampa florida e uma barra de renda branca na barra da saia e uma camisa branca e após eu pentear o seu cabelo, ela calçou as botinhas marrons claras e vestiu o casaco amarelo e foi para a sala assistir televisão enquanto eu e o pai terminávamos de me vestir, bom, eu no caso, começar.


Eu tomei um banho rápido, enquanto Edward terminava de se vestir, e após me secar, me enrolei na toalha e migrei para o guarda roupa. Vesti uma calça jeans de lavagem escura, uma blusa fina de alça branca e um casaco um pouco pesado cinza, que batia na altura de meus joelhos. Calcei meus saltos e penteei o cabelo e deixei o quarto colocando um colar dourado e segui até o quarto de Sophia e a peguei no colo e desci as escadas.


Valentina já estava dentro do carro, na cadeirinha e Edward guardava o carrinho no porta-malas, enquanto eu colocava Sophia na cadeirinha ao lado da cadeirinha da irmã e entrava no banco do passageiro e Edward no do motorista e começava a dirigir até a fazenda de pinheiros.

Será que eu havia me precipitado em ter outro filho logo? Eu nem terminara a faculdade ainda e já estava caminhando para o segundo filho. Cadê aquela mulher que sempre disse que nunca teria um filho antes de terminar a faculdade, ter um emprego estável e de preferência ter saído da casa da mãe. Tecnicamente, das três, eu cumpri a última, eu sai da casa da minha mãe, mas não terminara a faculdade e nem emprego tinha, meus planos foram por água a baixo.

Nós paramos no estacionamento da fazenda, eu achei que fossemos apenas comprar uma árvore, mas não, Edward tinha que ter uma tradição de família, de ir a uma fazenda, escolher e cortar a própria árvore. Sophia estava sentada dentro do carrinho que a fazenda entregou para carregar o pinheiro e Valentina ia puxando devagar, caminhando na frente enquanto procurava pelo pinheiro e Edward ia caminhando ao meu lado, segurando o pequeno machado em mãos.

- Qual é o problema? – ele perguntou depois de um tempo e me tirando de meus pensamentos.

- Nada, estou apenas pensando. –

- A última vez que nos reencontramos com você nessa situação, você estava pensando em tirar a Sophia. – o encarei.

- Eu não estou pensando em abortar o bebê. –

- E então? –

- Eu estou apenas pensando no rumo que a minha vida tomou. – expliquei colocando algumas mechas de meu cabelo atrás da orelha. – Antes de eu engravidar de Sophia eu tinha um plano. –

- Qual? –

- Me formar, arrumar um emprego e sair da casa da minha mãe, e ai sim pensar em formar família. – expliquei. – E bom, estou casada, com duas filhas e grávida e a única coisa que fiz foi sair da casa da minha mãe. Não me formei e nem arrumei um emprego. –

- Eu já falei que o seu emprego está reservado lá no escritório. E eu acho até bom o fato desse bebê vir agora, assim você terá mais tempo de pensar se é o que você quer mesmo. – virei a cabeça o encarando. – Me refiro ao direito. – apontou. – Você não gosta disso, não precisa fazer porque não quer. –

- Eu vou aprender a gostar. –

- Você não precisa aprender a gostar de algo que não quer. Antes você empurrava com a barriga por estar só e por querer agradar a sua mãe, mas você não está mais sozinha, aliás, você nunca esteve então se você não quiser terminar de cursar a faculdade de direito, é só não cursar. – disse como se fosse a coisa mais obvia.

- E eu vou fazer o que? Ficar em casa o dia inteiro cuidando apenas das meninas? –

- Se quiser. Não precisa trabalhar caso não queria e se quiser eu vou apoiar você do mesmo jeito. – ele parou de andar e segurou-me pelo cotovelo me fazendo parar de andar e o encarar. – Caso queira terminar a faculdade de direito, eu vou estar do seu lado, vou te ajudar nas provas, te ajudar a estudar e quando se formar terá um emprego comigo, caso não queria, caso queira ficar em casa com as meninas, bom, caso não, eu te ajudo a encontrar a sua verdadeira vocação. –

- E se eu não tiver uma? –

- Todo mundo tem, você só tem que procurar. –

- E se por acaso a minha seja realmente o direito? –

- Então você teria gostado dele. Há diversas áreas de direito que você pode escolher. Civil, empresarial, consumidor, tecnologia da informação, tributário, administrativo, trabalhista, previdenciário, penal. Talvez você se sinta melhor em alguma área. – suspirei. – Não precisa pensar nisso agora, até porque você não vai voltar para a faculdade agora. Ou quer voltar e parar de novo depois? –

- Não, claro que não. Quando eu voltar eu quero parar só depois de me formar. – ele riu apoiando o braço em meu braço e seguimos as meninas que já estavam lá na frente, ele empurrou com cuidado o meu corpo para mais perto de seu peito e deu um beijo em minha testa.

- Papai, nós achamos uma. – Valentina começou a gritar e nós nos aproximamos dela.

Valentina havia escolhido uma árvore enorme e bem cheia. Edward cortou a árvore e após pagá-la e com ajuda de alguns funcionários da fazenda, amarrar no capô do carro e seguimos para casa e após chegarmos a casa e coloca-la no apoio, no canto da sala perto da janela e da lareira, e colocamos as meninas para assistir a alguns desenhos enquanto eu e Edward íamos fazer o almoço e ao final da tardinha nós começamos a montar a árvore. 

Para colocar os enfeites nos galhos mais altos da árvore e sem querer busca um banco ou uma escada, Edward preferiu me colocar em seus ombros e ia me passando os enfeites enquanto eu ia arrumando e após colocar a estrela no topo, ele finalmente me abaixou e viu Sophia sentada embaixo da árvore tentando pegar uma das bolas douradas e ele a pegou, levantando alto, para ela “colocar” uma bola grande dourada na árvore.


Demorou um pouquinho, mas finalmente e com ajuda de todos nós terminamos de arrumar a árvore, com bolas pratas, brancas e douradas e muitos laços e flores brancas e com os pisca-piscas amarelos e conforme os presentes fossem sendo comprados e embrulhados, eles seriam arrumados perto da árvore e após um lanche rápido, as meninas, que estavam praticamente dormindo sentadas, foram colocadas na cama e após um banho quente eu e Edward também seguimos para a cama.


No dia seguinte, Edward me acordou, lembrando-me da consulta que ele marcara com Sue para saber se o bebê estava bem e se desenvolvendo no lugar certo. E enquanto ele ia fazer o café da manhã, eu fui tomar um banho morno e me vestir, já que hoje o dia havia nascido meio nublado. Vesti uma blusa de alças leve e branca junto com uma legging preta justa e um casaco marrom longo, batendo no meio de minhas coxas e me calcei enquanto penteava o meu cabelo e desci as escadas.


Como igual a primeira gravidez, sem muitos enjoos no inicio, já que na gravidez da Sophia os enjoos matinas, os malditos enjoos matinais, só apareceu depois da oitava semana e eu iria agradecer se eles não aparecessem nessa gravidez. Mas infelizmente ele apareceu mal eu terminara de tomar café, ainda bem que assim que me sentara a mesa da cozinha eu ficara descalça, então eu pude correr para o lavado tranquilamente. Terminei de vomitar e lavar a boca eu me calcei e ajeitei o meu cabelo e saímos de casa, Valentina será deixada na escolinha e Sophia iria conosco até o consultório e Edward entregou-me uma sacola, caso eu fosse vomitar, para não vomitar em seu carro e eu senti uma pequena vontade de soca-lo.

- Estive pensando em uma coisa. – disse depois de um tempo de termos chegado ao consultório, ele encarava um quadro qualquer na parede a sua frente e eu brincava com as mãozinhas de Sophia.

- Em que? – perguntei olhando para o meu bebê.

- Provavelmente eu vou ter que trocar de carro. – desviei os olhos da minha menina e o encarei.

- Você ama aquele carro. –

- Eu sei, mas Audi é muito pequeno para três crianças. E além do que você não tem um carro. –

- Nunca tive. – apontei. – E nunca me fez falta. –

- Eu preciso arrumar um carro maior. – disse para si do que para mim.

- Vai trabalhar com um carro familiar? – perguntei sorrindo.

- Eu vou pensar melhor nisso e procurar um carro bom e grande. –

- Bella. – a voz de Sue tirou Edward de seus pensamentos e eu me levantei. – Voltou cedo. – apontou quando entramos em sua sala e Edward fechou a porta atrás de mim empurrando o carrinho da Sophia. – E essa é a menininha. –

- É. É a nossa Sophia. – disse dando um beijo estalado na bochecha de meu bebê e ela riu.

- Tão linda. – disse apertando de leve a bochecha do meu bebê. – Então, vieram aqui para? – perguntou ao se sentar e quando nos sentamos.

- Ela está grávida. – Edward disse simplesmente e ela olhou de mim para ele.

- Ele estava a fim de falar isso em voz alta desde ontem quando fiz o teste. – comentei e ele assentiu.

- Não perderam tempo em... Sophia está com o que um e meio? –

- Vai fazer dia 19. – expliquei.

- Então tá. Descobriu...? –

- Ontem. –

- Suspeita do tempo? – neguei.

- Talvez de três a quatro semanas, porque era para a minha menstruação ter vindo há dois dias então, então... – dei de ombros.

- Teve relações a três ou quatro semanas? –

- Sue, por ele é todo dia. – apontei brincando e ele assentiu concordando e ela riu.

- Vou considerar isso como um sim então. – ela anotou rindo. – Vamos tentar fazer uma ultra transvaginal e eu vou te passar alguns exames, que você já sabe quais são, mas eu tenho que passar. – assentiu.

- Vai com o papai, meu amor. – dei outro beijo em Sophia e passei para Edward.

- Vai me mandar sair? – perguntou quando Sue seguiu para o consultório ao lado onde ficavam os equipamentos.

- Se você se comportar não. – brinquei lhe dando e beijo e seguindo para o banho e trocando de roupa, colocando aquela camisola horrível e seguindo para a outra sala, onde Edward estava parado próximo à cama com Sophia no braço e eu me sentei na cama.

- Lembra como é feito? – perguntou ela pegando o aparelho pontudo e colocando a camisinha.

- Isso não vai...? – Edward começou a perguntar quando Sue pediu para que eu apoiasse as pernas nas placas de metal.

- Entrar na vagina dela?! Vai. –

- Não fala assim na frente do bebê. – disse e eu comecei a rir, parando de rir imediatamente e fazendo uma careca ao sentir aquela coisa entrando em mim e sentindo o desconforto que achei que não fosse sentir nunca mais na vida.

- Que cara é essa? – perguntei encarando Edward e tentando me desconcentrar do desconforto.

- Isso é estranho. – apontou e eu balancei a cabeça rindo.

- Quer esperar lá fora? –

- Não, está tudo bem.

- Muito bem. – Sue atraiu a nossa atenção. – Ele está se desenvolvendo no lugar certo, ou seja, nada de gravidez nas trompas. Isso é ótimo. E eu acho que dá para ouvir o coraçãozinho dele. – disse mexendo com a mão livre no monitor. – Que estranho! –

- O que? – perguntei já ficando um pouco nervosa. Quando algum medico dizia Que estranho! Não era algo bom. – Qual é o problema? Algo errado? –

- Não... É que... – ela riu. – São gêmeos. – disse sorrindo.

- Gêmeos? – eu e Edward falamos juntos.

- Espera... Bella levanta um pouquinho o quadril. – levantei um pouquinho e sentindo o desconforto enquanto ela mexia aquele bastão estranho dentro de mim. – Ah desculpe, eu me enganei. Não são gêmeos. – suspirei aliviada. – São trigêmeos. –

- TRÊS? -

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