domingo, 9 de janeiro de 2022

Capítulo 10

 

Tulsa – Oklahoma.

2019.

Bella.

Terça eu havia acordado mais cedo do que eu pretendia, até porque eu havia esquecido de desarmar o meu alarme, mas eu o desliguei bem rapidinho e Edward não havia acordado, nem se mexido com o som do despertador. Devagar eu saí da cama e fui na direção do meu banheiro, eu tomei um banho bem rapidinho e penteei o meu cabelo que estava um ninho de cobras e voltei para o quarto enrolada na tolha, Edward ainda estava dormindo e eu tratei de me vestir sem fazer barulho para não o acordar. Vestida, eu desci para o andar debaixo e tratei de preparar um café, eu estava com fome, principalmente após a belíssima noite.

Eu havia colocado em um pratinho alguns biscoitos de nata que havia feito no dia anterior e subi, equilibrando tudo em uma pequena bandejinha, subi com duas xicaras de café e o pratinho de biscoitos e voltei para o quarto. Apoiei a bandeja na mesinha de cabeceira e subi na cama, me deitando de bruços. Edward ainda dormia profundamente, e as cobertas o cobria até a cintura. Levei minha mão até os seus cabelos fazendo um cafuné em sua cabeça aproximei meu rosto do dele e rocei meus lábios aos seus. Não demorou muito e com o cafuné ele começou a acordar.

- Bom dia. – disse vendo-o coçar os olhos.

- Bom dia. – respondeu sorrindo.

- Dormiu bem? – perguntei.

- Melhor impossível. – ele se virou na cama, se apoiando em um dos braços e beijou-me meus lábios antes de roçar o nariz ao meu. – E a senhorita? – perguntou deitando de novo.

- Teria dormido melhor se tivesse me lembrado de desativar o alarme. – resmunguei e ele riu. – Trouxe uma xícara de café para nós. – comentei me sentando na cama e ele se sentou também, fazendo o lençol cair sobre seu colo.

- Obrigado. – eu o entreguei uma das xicaras com café quente. – Não sou ninguém sem uma bela xícara de café pela manhã. –

- Deixa eu perguntar. O Cerberus não está desesperado em casa? – perguntei apoiando o pratinho com biscoitos no meio dos lençóis bagunçados.

- Eu o deixei com a minha secretária. Ele não gosta muito dela, o que é um milagre pois ele gosta de todo mundo, mas assim que eu for para o trabalho eu o pego. –

- Se quiser deixa-lo comigo hoje, não ligo. –

- Não vai ajudar Alice hoje? –

- Não. Avisaram para ela hoje que já vão começar a ajeitar a loja dela, então ela disse que hoje vai esvaziar a mesma e que não precisa de ajuda. – dei de ombros. – Posso ficar com ele, para que ele não fique sozinho. –

- Ok então. Que horas são? – eu olhei no meu despertador.

- Vai dar sete. – respondi e ele colocou a xicara vazia em cima da bandeja.

- Eu tenho que trabalhar. – suspirou. – Tenho que terminar a loja de uma pessoa especial que está enlouquecendo. – brincou levantando da cama. – E me enlouquecendo. –

- De um jeito bom ou ruim? – perguntei.

- De um jeito maravilhoso. – respondeu sorrindo. – Posso usar o banheiro?  –

- Fique à vontade. – ele enrolou o lençol na cintura antes de ir para o banheiro. – Tem toalhas limpas e escova de dente também na terceira gaveta do armário debaixo da pia. –

- Obrigado. –

Edward seguiu para o banheiro e eu terminei a minha xícara de café para que pudesse descer com as coisas antes de voltar a subir. Sentei na cama e mandei uma mensagem para Alice para confirmar que se ela não iria querer mesmo a minha ajuda para esvaziar as roupas da loja. Eu ouvia o barulho do chuveiro vindo do banheiro e ouvi também quando ele terminou de tomar banho. Alice havia respondido, ela não precisava de ajuda para tirar as roupas da loja porque tinham pouquinhas, ela ainda não havia reposto o estoque e eu guardei o telefone na mesinha de cabeceira de novo ao ouvir o barulho da porta do banheiro se abrindo. Edward saiu de dentro dele enrolado em uma toalha e com os cabelos e o corpo ainda um pouco molhados. Ele já havia encontrado todas as suas roupas, ou melhor quase todas.

- Viu a minha cueca? – perguntou e eu olhei para trás de mim no chão, e a encontrei ao lado da cama.

- Essa aqui? – questionei segurando uma cueca box preta.

- Essa mesma. Pode me entregar? –

- Vem pegar. – provoquei e ele me encarou com os olhos semicerrados.

- Eu tenho que trabalhar, Bella. –

- Você pode vir pega-la ou ir sem. – sugeri. – Você escolhe. –

- Não me provoque, mocinha... – avisou se aproximando da cama.

- Eu não tenho medo de você... –

- Deveria. – ele falava com a voz baixa e rouca enquanto vinha subindo na cama. Ele foi subindo em cima de mim e eu levava o braço para trás para que ele não pudesse pegar, Edward já estava em cima de mim com apenas uma toalha enrolada na cintura. Ele estava todo em cima de mim e tentava pegar a cueca na minha mão, e com a outra mão livre, e com ele distraído, eu puxei a toalha, deixando-o completamente nu. – Bella! – eu joguei tanto a toalha quanto a sua cueca no chão.

- Você pode chegar um pouquinho atrasado, ninguém vai perceber. Acredito também que aqui seja melhor do que aquela loja cheia de homens suados e cobertos por poeira. –

- Com toda a certeza aqui é melhor, mas achei que você quisesse a sua loja de volta. –

- No momento eu acho que prefiro começar com um belo orgasmo. – ele me encarou com a sobrancelha arqueada. – Ninguém mandou você me dar o meu primeiro orgasmo e me viciar nisso. –

- Oh... Quer dizer que eu fui o primeiro? – perguntou e um sorriso brincou em seus lábios. – Sendo assim eu te dou sempre que você quiser. – respondeu baixo e uniu seus lábios aos meus em beijo lento.

Edward interrompeu o beijo e foi descendo com a boca pela minha clavícula até o meu pescoço. Ele beijava meu pescoço distribuindo leves chupões e leves roçar de dentes. Suas mãos desceram até a barra da minha camiseta e tirando a boca da minha pele, ele tirou a minha blusa me deixando apenas com o meu short e meu sutiã, e ele não demorou nem dois segundos antes de tirar o meu sutiã e abocanhar meu seio. A sua língua circundava o bico rígido do meu seio antes de chupa-lo com um pouco mais de força.


Ele estava no meio das minhas pernas e eu sentia seu pênis duro roçando contra a minha buceta coberta pelo short. Edward seguiu para o outro seio e foi descendo pela minha barriga e abrindo o botão e o zíper do meu short, ele abaixou o mesmo, tirando o junto com a minha calcinha. Ajeitando-se no meio das minhas pernas e passando seus braços por baixo das minhas coxas, ele não fez cerimônia antes de passar a língua pela minha buceta.

Sua língua deslizava devagar, fazendo movimentos circulares em meu clitóris enquanto eu mexia em seus cabelos. Eu senti o dedo de Edward me penetrando bem devagar, fazendo um movimento de vai e vem algumas vezes, e depois introduzindo mais um, me penetrando agora com dois. Minha cabeça estava apoiada no travesseiro e eu tinha os olhos fechados apenas sentindo os movimentos de vai e vem dentro de mim e os movimentos circulares em meu clitóris. Ele havia começado devagar e aos poucos foi aumentando o ritmo.

Uma risadinha involuntária saiu quando eu comecei a sentir uma leve cocegas no meu ventre, os dedos de Edward começaram a ser apertados pelas paredes da minha vagina e o vai e vem gostoso que ele fazia se tornou um pouco mais lento e sua língua e lábios continuavam chupando meu clitóris. Eu apertava os lençóis entre meus dedos enquanto palavras desconexas e o nome do Edward escapavam da minha boca. O formigamento em meu ventre ficava mais forte, do mesmo jeito que que as paredes da minha buceta apertavam mais forte os dedos de Edward, e foram necessárias apenas mais algumas investidas de seus dedos dentro de mim que eu gozei, e ele substituiu seus dedos pela boca.

- Feliz? – perguntou sorrindo e se ajoelhando na cama ainda entre as minhas pernas enquanto chupava seu dedo indicador e o médio.

- Um pouco. –

- Um pouco? – questionou apoiando os braços ao lado da minha cabeça e repousando seu corpo sobre o meu. – E o que eu posso fazer para deixar você completamente feliz? – eu o segurei pelo queixo, sentindo a barba bem ralinha começando a crescer, e rocei nossos lábios antes de seguir com a minha boca até o seu ouvido.

- Me fode! – respondi baixo e eu senti um gemido gutural através do seu peito.

- Florzinha...  Não achei que você fosse assim... Gostei! – ele não me deu tempo de responder antes de unir nossos lábios em um beijo ávido.

O beijo foi interrompido e ele se afastou um pouco de mim, voltando a ficar de joelhos na cama com um pacotinho de camisinha em mãos. Ele abriu o pacote e vestiu a camisinha e encaixou seu pênis na minha entrada. Devagar, ele foi me preenchendo até estar todo dentro de mim e voltou a colar seu corpo ao meu, abracei sua cintura com uma das minhas pernas e ele começou um movimento de vai e vem lento, abracei seu pescoço com os meus braços.

Nossas testas estavam unidas e seus olhos presos aos meus enquanto seu quadril se chocava contra mim. Ele havia começado devagar até aumentar o ritmo e a intensidade. O quarto estaria completamente silencioso se não fosse apenas o som dos nossos gemidos e do seu quadril se chocando ao meu. Minhas mãos desceram para as suas costas, arranhando-as bem devagar e ele atacou o meu pescoço com a sua boca.

- Mais forte. – pedi gemendo roucamente com a boca próxima ao seu ouvido e ele chupou meu pescoço com um pouco mais de força e aumentou a velocidade do seu quadril contra o meu.

Eu tinha as minhas duas pernas bem abertas para ele e minhas unhas deslizavam pelas suas costas, arranhando-as a cada estocada do seu quadril contra o meu. Minha mão desceu até seu quadril e eu dei um apertão em sua bunda.

- Abusada! – falou roucamente no meu ouvido e eu soltei uma risada, que em poucos segundos mudou para um gemido alto quando ele tirou todo o seu pênis de dentro de mim e voltou com força.

Querendo tomar o controle da situação, eu nos virei na cama, ficando por cima. Suas mãos apertavam a minha cintura enquanto eu rebolava contra o seu pênis arrancando gemidos altos de nós dois. Com as mãos apoiadas em seu peito eu comecei a quicar sobre o seu pênis. Intercalando entre quicadas e reboladas. Os olhos do Edward estavam completamente presos em mim e em meus movimentos, suas pupilas estavam dilatadas e com um brilho intenso de luxúria neles.


Não iria demorar muito para eu gozar, eu sentia isso, as paredes da minha buceta apertavam seu pênis e agora eu usufruía mais da sua ajuda para quicar em seu colo, eu já sentia as minhas pernas ficando bambas. Ele nos virou na cama, ficando por cima de mim de novo, e investindo seu quadril forte contra o meu. Eu comecei a ouvir uma musiquinha de fundo e ao virar o rosto na direção da música, eu vi a tela do meu celular, na minha mesinha de cabeceira, acesa. Levei uma das mãos até o telefone para ver o motivo dele estar aceso.

- É a minha mãe! – comentei baixo vendo a foto da minha mãe na tela do meu telefone.

Edward levou seu braço até o meu, me fazendo soltar o telefone e levando minha mão até a sua nuca e virando o meu rosto para a direção do seu e tomando minha boca em um beijo ávido enquanto aumentava um pouco mais o ritmo das investidas de seu quadril contra o meu. Só foram precisas apenas mais algumas estocadas fortes e rápidas e eu gozei contra o seu pau tendo o meu gemido abafado pela sua boca. Meu corpo relaxou na cama enquanto ele investia mais algumas vezes dentro de mim antes de relaxar sobre mim.

Nós ficamos mais um tempinho ali na cama juntos, até que ele precisou levantar e ir tomar outro banho, levando dessa vez a sua cueca para o banheiro junto com as suas roupas. Eu fiquei mais um tempo deitada na cama, usando o lençol para me cobrir. Em mais ou menos cinco minutos, ele saiu do banheiro trajando sua calça e com a sua camisa em mãos.

- Está feliz agora? – perguntou colocando a camisa e se sentando ao meu lado na cama.

- Muito! – respondi e ele sorriu para mim. – Não quer comer? – ele me encarou com a sobrancelha arqueada. – Café da manhã, Edward, e não eu! – respondi e ele balançou a cabeça rindo.

- Eu preciso pegar o Cerberus. Daqui a pouco Irina começa a ligar desesperada querendo saber que horas eu vou pegá-lo. E eu preciso mesmo ir trabalhar. – eu me sentei na cama, com o lençol passando por baixo dos meus braços me cobrindo.

- Vai busca-lo, traz ele e quando voltar toma café comigo. – respondi.

- Tem certeza que quer ficar com ele? Ele é um pouco hiperativo demais e tenho receio que ele estrague seu jardim. –

- Não se preocupe com isso. Nós três ficaremos bem. Eu, Cerberus e o meu jardim. –

- Por que eu sinto que isso possa ser uma artimanha sua para me fazer voltar a noite? – eu dei de ombros sorrindo. - Volto em quinze minutos com ele. – disse unindo nossos lábios em um beijo rápido antes de levantar da cama.

- Pega a chave, no potinho ao lado da porta. – ele assentiu e saiu do quarto.

Assim que a porta do quarto foi fechada, eu me levantei da cama e fui tomar um banho rápido. Depois de vestida, eu fui arrumar minha cama, melhor trocar os lençóis da mesma devido à noite e manhã intensa. Troquei rapidinho meus lençóis e desci com eles até a lavanderia e os coloquei para lavar antes de seguir para a cozinha para fazer algo para comer. Cerca de vinte minutos eu ouvi a porta abrindo e um latido entrando em casa. Edward entrou com Cerberus em sua coleira e com ele já de roupa trocada. Ao me ver sentada na cadeira, Cerberus arrastou Edward na minha direção apoiando as patas nas minhas coxas e eu fiz carinho atras de suas orelhas.

Mesmo comentando que ele estava atrasado para o trabalho, ele se sentou para tomar café da manhã comigo, e com uma ordem para que Cerberus se comportasse, ele foi afagou a cabeça do cão e me deu um beijo antes de ir embora. Peguei meu telefone vendo três chamadas perdidas da minha mãe e suspirei discando para ela enquanto levava Cerberus para o jardim dos fundos com a minha caixa de ferramentas de jardinagem.

- Oi mãe. –

Nossa ela lembra que eu existo. – eu respirei fundo.

- Desculpa não ter atendido, estava ocupada. –

Ocupada com o que, Isabella? – estava ocupada fodendo, mãe. Respondi mentalmente.

- Estava arrumando a casa e não ouvi o telefone tocando. – menti me sentando em frente a um canteiro de rosas pegando as minhas luvas e a minha tesoura de poda dentro da caixa

Tudo bem então. Como você está? – perguntou enquanto eu vestia as minhas luvas.

- Bem mamãe. – ótima na verdade depois da noite e manhã incrível que tinha, mas eu obviamente eu não respondi isso, ela daria um jeito de se teletransportar até a minha casa para me matar. – E a senhora? – eu apoiei o telefone entre o meu ouvido e meu ombro para começar a dar uma podada nas flores e folhas que estavam murchando.

Ótima. Seu tio lhe mandou um beijo. – respondeu simplesmente.

- Oh, mande outro para ele, seja lá quem ele for. – mal eu acabei de falar e um passarinho piou em alguma das árvores próximas e Cerberus latiu.

Isso é um cachorro? – perguntou ela. Minha mãe jamais havia me permitido ter qualquer tipo de bicho, desde que eu era novinha ela sempre respondia que ela tinha alergia e que por isso eu não poderia ter um animalzinho, e depois que vim morar sozinha fiquei sem tempo para cuidar de um.

- É o cachorro da vizinha. – menti.

Parecia que estava ao seu lado. –

Eu estou perto do muro podando umas plantas aqui, e tem um... – eu olhei para cima. – Acho que é um pica pau em uma das árvores aqui e ele está latindo para o pássaro. – expliquei. – Então a senhora tem alguma notícia para mim? De quando volta? –

Eu disse que voltaria no final do mês, mas acho que vou ficar mais um pouquinho, acho que mais uma semana, duas no máximo. –

Que milagre é esse, dona Renée? – questionei brincando, minha mãe jamais ficava mais do que o tempo previsto fora do país.

Seu tio me convidou para conhecer Santorini e eu aceitei... –

- É sério mãe? Sempre soube que eu tive a vontade de conhecer as ilhas gregas. –

Não foi premeditado, meu amor... Ele surgiu com essa ideia agora e eu acabei aceitando, mas eu prometo que dá próxima vez que eu voltar, eu te trago junto. –

Próxima vez? Próxima vez na próxima reencarnação, não é? – questionei. – Desde a primeira vez que a senhora foi sozinha me diz que na próxima vez me leva, mas essa próxima vez nunca chega. –

Eu já te falei, não tem nada para fazer na casa do seu tio, Isabella. Eu vou te trazer para que? Para ficar olhando para o nada igual a mim? – questionou ficando irritada. – Já disse, essa viagem a Santorini não foi premedita, mas eu prometo, assim que voltarmos nós duas vamos planejar uma viagem para cá para o próximo verão. –

Ano que vem? E eu vou estar viva ano que vem? –

- Ah Isabella, menos por favor. Liguei para saber como você estar e não me irritar. -  eu apertei a ponte do meu nariz respirando fundo.

- Tudo bem mãe. Quando você voltar nós conversamos. Eu tenho muita coisa para fazer e eu suponho que já seja noite até. –

Tchau Isabella. – disse simplesmente e irritada e eu desliguei o telefone.

- Às vezes eu não aguento mais a minha mãe, Cerberus... – resmunguei com o cachorro que se sentou ao meu lado e apoiou a cabeça em meu joelho. – Parece que ela faz o possível e o impossível para me impedir de deixar Tulsa, e eu sempre tive o sonho de ir a Grécia. – suspirei e ele fez um barulhinho como se concordasse comigo. – Você tem sorte, tem um dono que ama você e te leva para tudo quanto é canto. Ah meu Deus, eu estou com inveja de um cachorro. – suspirei. – Deixa eu trabalhar. –

Cerberus tirou a cabeça do meu joelho e deitou ao meu lado com o osso que eu tinha dado para ele na boca. Eu fiquei o resto da manhã cuidando das minhas roseiras e próximo ao meio dia, eu entrei para fazer algo para comer. Notei que próximo ao meu sofá tinha uma mochila preta que não era minha e ainda tinha um osso branco e o nome de Cerberus bordado nela. Eu abri a mochila e vi que tinhas duas vasilhas e um potinho pequeno com ração e outro menorzinho com biscoitos para cachorro. Eram as coisinhas de Cerberus que Edward havia trazido e provavelmente esquecido de me avisar.

Tirei as duas vasilhas e coloquei na cozinha despejando um pouco de comida em uma e enchendo a outra com água fresca e tratei de fazer algo rápido para que eu pudesse almoçar antes de voltar a dar uma limpada nas minhas flores. Ao terminar de almoçar e limpar a minha sujeira, eu segui para o jardim e Cerberus veio junto comigo deitando na grama, contudo eu não havia conseguido ficar muito tempo ali, o sol havia esquentado bastante e eu estava sentindo muito calor. Entrei em casa de novo e como estava muito calor, subi direto para o meu quarto, levando o cachorro junto. Ele deitou no chão e eu liguei o ar condicionado antes de poder ir tomar um banho e vestir uma roupa fresca.

Já estava escurecendo quando a campainha tocou e Cerberus correu até a porta, eu havia terminado de fazer o jantar e estava terminando de limpar a sujeira. Eu sequei minhas mãos antes de ir abrir a porta e dei de cara com Edward.

- Oi garoto. – Cerberus pulou no colo do dono e ele se agachou para fazer cafuné na cabeça do cão. – Você se comportou? – ele latiu para o dono. – Bom menino. – ele se levantou. – E você florzinha? Ainda está feliz? – perguntou e eu suspirei. – O que houve? –

- Minha mãe me ligou e tirou toda a felicidade que eu tinha depois daquele orgasmo. – respondi. – Ela disse que vai ficar mais umas duas semanas fora além do prazo de um mês que ela havia dado porque meu tio vai leva-la a Santorini. E ela sempre soube que eu queria ir e começou a comentar que não havia sido premeditado e prometeu que no verão do ano que vem ela me leva, sendo que quando chegar o verão do ano que vem ela não vai mais se lembrar da promessa dela. – resmunguei entrando em casa e deixando a porta aberta para que ele pudesse entrar. Ele me segurou pela mão e me puxou para perto dele e me pegou no colo e caminhou até o encosto do sofá e me sentou nas costas dele.

- Eu já falei. Faz o seu passaporte que eu te levo para onde o seu coraçãozinho quiser... E para Santorini é até mais fácil. Eu tenho uma casa na ilha de Milos, fica a duas horas de lá. – eu sorri para ele. – Se conseguir pegar o passaporte ainda esse mês, dá para ir antes da sua mãe chegar e ela nunca vai saber. –

- Eu preciso... –

- Trabalhar... – ele terminou a frase pra mim, e ele roçou a ponta do nariz no meu. – Mas lembre-se, sexta vamos a Louisiana. –

- Eu sei. Amanhã terei a minha loja de volta? –

- Sim. –

- Graças a Deus! – ele riu.

- E o que eu ganho por ter te entregado a loja antes do prazo? –

- O que você quer? – perguntei. – Pode escolher entre três coisas. – ele me esperou continuar. – Um jantar, que já está pronto. Um boquete ou um sexo gostoso. –

- Os três! – respondeu e eu balancei a cabeça rindo. – Ele se comportou? – perguntou mexendo a cabeça para o cão deitado no chão próximo a nós.

- Ele dormiu a tarde quase toda comigo. –

- Ah é?! – perguntou olhando para o cão.

- Estava quente demais para ficar lá fora, entrei com ele e liguei o ar condicionado. Ele estava no chão e eu tirei um cochilo e quando eu acordei, ele estava quase que deitado todo em cima de mim. –

- Abusado! – eu o abracei pela cintura com as minhas pernas e pela sua nuca com meus braços e ele voltou a atenção a mim, abraçando minha cintura com os seus braços.

- Vamos jantar e depois talvez eu possa dar as outras coisas que pediu. – ele sorriu ao me pegar no colo de novo e me deu um beijo rápido antes de pôr no chão.

Depois de termos jantado eu tranquei a casa toda, pelo visto os dois ficariam aqui essa noite e eu não ligava nem um pouco. Enquanto ele ia tomar um banho depois de um longo dia de trabalho, eu terminei de secar a louça que ele havia lavado e dei mais um pouco de ração para Cerberus e fui para o quarto. Ao chegar no mesmo, ele já estava na cama, sentado na beirada da mesma com uma toalha enrolada na cintura e digitava algo em seu telefone.

Entrei no banheiro rapidamente para que pudesse escovar meus dentes e trocar de roupa, mas para que eu iria trocar de roupa se não iria dormir agora? Eu tomei um banho apenas para me refrescar já que o pouco tempo que eu passei na cozinha foi o suficiente para que eu suasse mais uma vez. Depois de ter me refrescado, me enrolei na toalha e voltei para o quarto. Edward ainda estava no telefone, e eu apenas segurei seu rosto, afastando a visão dele da tela do telefone e uni meus lábios aos dele, e ele soltou seu telefone, deitando na cama e me puxando para cima do seu corpo tirando a minha toalha, deixando-me nua sobre seu corpo.

Eu interrompi o beijo e saí de cima de seu corpo, me ajoelhando no chão e tirando sua toalha. Masturbei-o um pouco, deixando seu pênis completamente duro antes de substituir pela minha boca e enquanto minha mão masturbava o restante que não cabia na minha boca. Dessa vez eu o chupei até que ele gozasse, eu senti o líquido viscoso e quente descer pela minha garganta e mal eu havia terminado de limpar os meus lábios e a mão de Edward entrou nos cabelos da minha nuca, enrolando seus dedos nos fios e me puxando para cima da cama e nos virando na cama ficando por cima de mim.

Sua língua e seus lábios chupavam minha buceta com vontade, puxando meus lábios vaginas entre os seus próprios e não foi preciso muito até eu gozar em sua boca. Ele vestiu a camisinha e nos virou na cama, me deixando de bruços e puxando meu quadril um pouco para o alto. Hoje ele não estava tão delicado quanto mais cedo, mas mesmo assim ele me penetrou devagar até ter todo o seu pênis alojado dentro de mim. De início ele começou com estocadas lentas e aos poucos foi aumentando o ritmo, suas mãos fortes apertavam minha cintura firmemente e eu sentia meus olhos revirarem no fundo das minhas orbitas a cada estocada forte.

Eu tinha meus gemidos abafados pelo colchão debaixo de mim e eu não sabia explicar muito bem o motivo, mas nessa posição eu comecei a sentir as cocegas em meu ventre começarem mais rápido. A sensação de formigamento era mais forte, e se antes as paredes da minha vagina apenas apertavam o pênis de Edward agora elas ficavam contraindo rápido. Eu estava quase, sentia isso em cada grama do meu corpo. Quase. Quase. Quase.

- Mas que porra... – eu estava quase gozando quando ele parou de me penetrar e saiu dentro de mim.

- O que foi? – perguntei arfante, me sentando na cama e vi Cerberus em cima da cama atrás de Edward e eu comecei a rir.

- Porra Cerberus... Aí não né garoto. – Edward desceu da cama e pegou Cerberus levando-o para fora. – Depois eu arrumo uma cadelinha para você... Agora fica aí fora. – ele colocou o cachorro para fora do quarto e fechou a porta.

- Ele te encoxou? – perguntei deitando de frente na cama. – Ou o nariz encontrou o... –

- Isabella. – ele me repreendeu e eu gargalhei. – Não precisamos tocar nesse assunto. –

- Precisamos sim, eu estava quase gozando. –

- Ora, não seja por isso. – comentou subindo na cama e me puxando pelas coxas para mais perto dele.


No dia seguinte ele fez questão de me levar até a minha loja para poder me entrega-la em mãos e porque queria fazer uma surpresa, eu só esperava que ele não tivesse mexido demais na minha loja, era um pouco ciumenta com ela. Ele me levou em seu carro até a loja e eu respirei fundo antes de sair de dentro dele. Pelo lado de fora, ela continuava igual, os vidros das janelas e da porta estavam cobertos por papel, provavelmente para impedir que quebrasse ou riscasse enquanto fazia a reforma.

- Eu espero que goste e que não me mate. – falou baixo em meu ouvido ao colocar as chaves da loja na minha mão.

- Espero também não ter que te matar. – comentei respirando fundo antes de caminhar até a porta e destrancar a mesma.

O chão continuava do mesmo jeito, piso branco e devagar olhei para as paredes, a cor dela continuam brancas, mas as prateleiras de madeira haviam sumido, agora do lado esquerdo tinha um grande armário com tampão de mármore, e abaixo desse tampão tinha diversas prateleiras. No meio da loja mais um armário quadrado, também com o tampão de mármore e com prateleiras embaixo e na parede a direita diversas prateleiras com uma pequena escada igual a de uma biblioteca. No fundo das lojas ainda tinham os meus dois balcões, mas parecia que tinha mudado a pedra para uma mais branca.

- Olha para cima. – ele falou próximo ao meu ouvido e eu levantei a cabeça, o teto ainda era de concreto, mas alguns palmos abaixo dele tinha um pergolado que cobria todo o teto da loja. Ela agora parecia mais espaçada, eu não sabia dizer se era porque ela estava toda branca agora ou se ele havia aumentado a minha loja sem me avisar. – O que achou? –

- Eu... Eu amei. – respondi me virando de frente para ele e ele me encarou sorrindo. – Quando você comentou que tinha mexido em algumas coisas eu pensei que iria te matar porque eu tinha ciúmes do que eu fiz, mas eu amei. Ficará muito melhor quando tiver cheio de flores, eu amei. – ele riu. – Não sei como te agradecer por isso e tampouco pagar, já que essas reformas que você fez não fazia parte do acordo. –

- Não precisa me agradecer. – respondeu me abraçando pela cintura e me puxando para perto dele. – E tampouco pagar. Eu tinha outra ideia, talvez até um pouco melhor do que essa, mas o espaço era um pouco pequeno, então, caso queira mudar de loja algum dia, me avisa porque eu já sei exatamente o que fazer. –

- E como eu pagaria pelos seus serviços? Com sexo? – perguntei brincando.

- Olha. Não reclamaria. Mas dessa vez pode me pagar de outro jeito. –

- Como? –

- Tirando seu passaporte. – antes mesmo que eu pudesse falar ele continuou. – Meu irmão me ligou hoje pela manhã, ele vai fazer uma festa para bodas de casamento dele e mandou convite e disse que eu poderia levar alguém comigo. E eu quero levar você comigo. –

- E por eu precisar de um passaporte acredito que não será nos EUA. –

- Milos. – respondeu e eu ergui a sobrancelha.

- Você não criou um irmão que vai fazer bodas em Milos depois do que eu tinha lhe dito ontem sobre a minha mãe, não né? – questionei.

- Não. Como eu disse, eu tenho uma casa em Milos e ele pediu para fazer a festa dele lá, só vai gente da família. – deu de ombros.

- Eu preciso trabalhar, Edward... –

- Você pode contratar alguém para te ajudar e ela ficar cuidando da loja enquanto viaja comigo. –

- Preciso lembrar que as plantas ficam no meu jardim? –

- Alguém de confiança. – respondeu. – Deixa a casa bem trancada e empresta apenas a chave do portão. –

- Eu tenho ciúmes das minhas plantas. – meus lábios se repuxaram em um bico.

- Tem ciúmes das suas plantas, mas as vende? – eu abri a boca e ele me interrompeu. – Para de inventar desculpas, amor. – eu pisquei meus olhos e o encarei, mas mesmo assim não consegui evitar de deixar um sorriso brincar em meus lábios.

- Amor? – perguntei e eu vi suas bochechas ficarem um pouco vermelhas. – Me chamou de amor? –

- Chamei?! – ele se fez de desentendido.

- Chamou! – Edward levou uma das mãos até a nuca, coçando-a levemente constrangido. – Vamos combinar de fingir que você não me chamou de amor e eu vou pensar sobre ir à festa do seu irmão. –

- Tudo bem. – mesmo estando constrangido ainda, ele roçou os lábios nos meus.

- Agora vá embora que eu quero começar a arrumar a minha loja. – comentei me virando para a minha loja “nova”. Rindo, ele me virou de frente para ele e segurando meu rosto entre as mãos, ele uniu nossos lábios em beijo lento, calmo e devagar, antes de me deixar sozinha, prometendo me buscar na hora do almoço, e eu fiquei sozinha com a minha loja reformada.

Um comentário:

  1. Renee esta aprontando com certeza! Será que Bella vai ir nessa viagem? eu vou matr ela se não for! kkk ela é muito submissa a mãe!

    ResponderExcluir