Mensa – Continente de Saggita –124 Depois da Conquista.
Pov. Edward.
Na manhã seguinte o dia havia nascido pesado dentro daquela casa, ninguém sabia o que fazer, falar com as gêmeas tinha sido difícil, eu não queria deixar Isabella sozinha nesse momento, mas eu não era a pessoa mais indicada para conversar sobre isso com alguém, principalmente com duas crianças. Bella havia ficado a noite toda com as gêmeas, para que elas não ficassem sozinhas e principalmente para que não fossem para o lado de fora da casa, elas não precisavam ver mais nada. Eu contei apenas a Arthur e Harry, os dois mais velhos tinham sentido que tinha algo estranho acontecendo e até o momento eu não sabia quem tinha visto a morte de Jane pela janela.
Mal o sol nasceu e os médicos já estavam recolhendo o corpo carbonizado de Jane das areias da praia, e colocando-o em um caixão para que pudéssemos leva-lo para Driftmark. Os criados me avisaram que as gêmeas tinham sumido e não as encontravam em lugar nenhum. Eu sabia que Bella estava tentando escrever um corvo a Gianna e Jacob, para tentar explicar o que tinha acontecido e eu fui procurar pelas duas, decidindo começar de cima para baixo, começando primeiro pelo terraço, e foi onde eu justamente as encontrei, mesmo depois de termos pedido para não fossem para fora de casa, as duas estavam ali, ainda com as suas roupas de dormir e com os olhos inchados e vermelhos.
- E o que as duas estão fazendo aqui? – eu atraí a atenção delas. – Eu e a Isabella não tínhamos pedido para não saírem de casa? –
- Não saímos! – Anna respondeu. – Os senhores não disseram nada sobre o terraço. -
- Por que? – Emma questionou com a voz baixa e se virando de frente. – Por quê a mamãe fez isso? – eu me sentei nas telhas e as duas se aproximaram de mim. Não era eu quem deveria estar tendo essa conversa com ela, eu não sabia ser cauteloso com o que eu falava com ninguém, eu mal conseguia ser com a minha esposa e meus filhos.
- O que a Bella falou com vocês ontem? –
- Disse apenas que não tinha como salvar a mamãe! – respondeu. – Mas por que ela fez isso? Por que ela foi até a Vaghar? – suspirei.
- A mãe de vocês sempre disse que queria a morte de um cavaleiro de dragão! – respondeu. – Ela achava que era a única morte digna para quem montava em uma dessas criaturas, principalmente para quem montava em Vaghar. – dei de ombros. – A mãe de vocês faleceu do jeito que ela queria. –
- E quanto a nós agora? –
- Eu vou levar vocês duas para os seus avós em Driftmark. –
- Não. – Anna se afastou. – O papai falava que eles não gostavam de nós, que eles não queriam nos conhecer! –
- Eu duvido muito! Jane era a filha favorita de Jacob e Gianna. Eu duvido muito dessa história que eles não gostariam de vocês duas! –
- E se eles não gostarem? – insistiu.
- Tem o tio de vocês… E de qualquer forma, mesmo assim, vocês duas podem ficar comigo e com a Bella. Só ainda não sabemos se ficaremos em Adhara ou em Dragonstone. – garanti. – Venham aqui. – elas se aproximaram de mim e eu dei um abraço em ambas, e elas prontamente retribuíram. – Agora vão para o quarto e comecem a arrumar as suas coisas, em alguns dias nós vamos embora. E eu não quero vocês duas lá fora, aqui em cima ou então olhando pelas janelas. Andem, para dentro! –
Elas entraram e eu fui logo atrás delas, e praticamente as acompanhei até o quarto, para ter certeza de que elas não iriam sair de casa. Com as duas lá dentro eu desci as escadas.
- Edward. – Bella me chamou. – Vem aqui. – pediu voltando para dentro do escritório.
- O que foi? –
- Estava… estava aqui escrevendo um corvo para a Gianna… olha o que eu achei. – ela abriu uma gaveta cheio de pergaminhos enrolados.
- O que é isso? –
- Olha! – eu peguei um dos pergaminhos e vi o selo de Driftmark rompido e ao abrir o mesmo era um pergaminho escrito por Gianna.
- Jane não disse que não tinha noticias dos pais? – ela não respondeu, apenas pegou outro pergaminho e me entregou.
- É o selo que Jane e o marido usavam, segundo os criados. – o selo também estava rompido e era uma mensagem de Jane. - Ela não tinha mensagem dos pais, porque o Santiago não entregava a ela! E tampouco enviava as mensagens que ela escrevia. Tem selo do rei, provavelmente de Rosalie ou Alec… Todos os corvos que ela recebia, ele não entregava! Edward, ela morreu achando que os pais não queriam saber dela! -
- Se bobear aquela vez que ela alegou ter visto o Jacob e ele a ignorou… -
- É capaz de ele sequer tê-la visto! – apontou e eu apenas assenti. – Alias, as meninas estão preocupadas com o fato de Gianna e Jacob não querem elas lá! –
- Elas acabaram de falar isso para mim! – admiti. – Disse apenas que tem o Alec… E tem nós dois! – garanti.
- Com licença. – uma criada bateu na porta aberta. – A senhora me chamou? –
- Chamei. Preciso enviar um corvo. Usei o seu selo, alias. – ela me avisou ao passar por mim com o pergaminho enrolado em mãos.
- Para onde, senhora? –
- Driftmark. –
- Eu entrego ao meistre! – Bella entregou o pergaminho a criada, que foi embora.
- Eu já falei com o capitão do navio, em três dias tudo estará pronto para voltarmos a Andrômeda. – ela apenas assentiu ao se encostar contra a mesa.
- Estou cansada, fiquei a noite toda com as garotas. –
- Vai lá descansar. –
- Como vamos levar a Vaghar? Ela só obedece ao montador. –
- No caso, ela agora não tem montador, portanto é só a acalmar e pedir que ela segue. –
- BELLA! Bella… - o grito de desespero de Anna veio do lado de fora do escritório.
- O que foi? – perguntou quando ela entrou no escritório.
- Olha. – ela tinha o ovo, que tinha escolhido da última ninhada de Tessarion, em mãos e quando ela parou perto de nós, eu ouvi o barulho de algo rachando.
- O ovo está chocando, Anna, apenas isso. – garanti e ela me olhou com os olhos apreensivos. – O seu dragão vai nascer! Coloque-o perto da lareira, ele tem que ficar aquecido. – ela rapidamente correu para perto da lareira do escritório, acessa, e colocou o dragão no chão.
Não demorou muito e ela soltou um gritinho animado e ao nos aproximarmos vimos que de dentro do ovo saiu um filhote de dragão verde claro e com os ossos das asas peroladas.
- O que eu faço? – questionou animada e desesperada ao mesmo tempo.
- Peça para a criada um pouco de carne crua. Coloque na frente do animal, mande-o queimar e dê para ele comer. Pequenas porções, algumas vezes durante o dia, conforme ele for crescendo. – ela pegou o filhote de dragão em mãos. – Qualquer coisa peça para os meninos te ajudar. –
- Qual nome? – Bella perguntou.
- Moondancer. – respondeu sem pensar muito.
- Gostei! Vai lá alimenta-la. –
Três dias depois nós estávamos partindo para Driftmark, foi um pouco difícil chegar perto de Vaghar para tentar fazê-la nos seguir, ela estava irritadiça, talvez por ter ateado fogo em sua montadora, mas eu consegui fazê-la alçar voo e seguir os outros dragões.
Nós chegamos no meio da madrugada em Driftmark, as crianças estavam dormindo e eu e Bella continuávamos acordados, eu sabia que ela estava tendo pesadelo com a morte de Jane, mesmo não me falando nada, eu sabia. Vaghar foi o primeiro dragão a pousar nas areias de Driftmark.
- Cadê as minhas netas? – ouvimos a voz sôfrega de Jacob vindo da escuridão do porto de Driftmark.
- Estão dormindo! – Bella respondeu. – Elas estão com um pouco de dificuldade para dormir, então preferimos não as acordar. – ele assentiu.
- Mamãe… - ao olhar para trás eu vi que Liam estava em pé no topo da rampa, coçando os olhos.
- Com licença, lorde Black. – ela se afastou subindo a rampa. – O que foi, meu amor? –
- Eu tive um pesadelo. –
- Vem! – Bella o pegou no colo e entrou no navio de novo.
- O que aconteceu com a minha filha, Edward? – Gianna se aproximou questionando quando ficamos sozinhos, ela estava péssima, destruída.
- Chegamos a Mensa para abastecer há cerca de cinco ou seis semanas. Ela estava lá sozinha com as meninas e quase parindo. O marido tinha morrido no inicio da gestação, e ela tinha pedido para ficarmos lá até o bebê nascer. -
- Por que ela veio para casa? – questionou.
- Gianna… Ela tinha dito a Bella, que vocês nunca responderam as cartas dela, mas antes de virmos embora, a Bella encontrou os corvos que vocês mandaram e os corvos que ela mandou. O marido nunca enviou os dela e nunca entregou o de vocês. Ela achava que vocês estavam com raiva e não queriam falar com ela e que não queriam saber das meninas! –
- Filho da puta! – xingou minha prima levando as mãos ao rosto e voltando a chorar.
- Jane contou a Bella, eu só não sei exatamente quando foi, mas ela disse que tinha lhe visto em Mensa e que você fingiu que não a viu! Agora, pensamos, eu e Bella, que no caso, você sequer chegou a vê-la. –
- Eu não a vi! – Jacob se apressou em dizer. – Eu tentei procura-la pela cidade, mas as respostas que eu tinha é que eles não moravam mais lá! –
- Jacob… Eu… Eu preciso dizer… As meninas estão receosas! Elas têm medo que vocês as rejeitem! –
- Por que? – Gianna questionou.
- Jane achava que vocês estavam com raiva dela. – dei de ombros. – E bom, para acalma-las, eu disse que caso vocês ou o Alec, as rejeitassem, mesmo sabendo que vocês não fariam isso, eu disse que eu e a Bella poderíamos sem o menor problema cuidar delas! Elas se apegaram a Bella e vice e versa! –
- Vão passar a noite no navio? – eu assenti.
- Não quero acordar ninguém! –
- Peça então para descarregarem o corpo da minha filha… - sua voz falhou. – Para que possam prepara-lo. – eu assenti.
- Amanhã, quando as crianças acordarem, eu as levo para dentro do castelo. –
- Vai descansar, primo! – ela disse simplesmente.
- Vocês vão ficar bem? – Jacob apenas assentiu ao passar o braço por cima do ombro da esposa, eu sabia que eles estavam mentindo.
Eu não havia conseguido dormir, tampouco Isabella, Liam ficou no quarto conosco, deitado sobre o corpo da mãe que deslizava a ponta dos dedos pelos seus cabelos loiros. Um pouco depois que o sol nasceu, as crianças acordaram, elas já tinham se trocado e olhavam para Driftmark do porto da ilha, do lado de fora do barco. Jacob estava afastado, já Gianna se aproximou do pequeno grupo de suas duas netas e de Arthur e Harry.
- Arthur? – ela perguntou ao menino mais velho quando se aproximou dele.
- Sim senhora. –
- Você cresceu! – ela lhe afagou a bochecha. – A última vez que eu te vi, você era apenas um bebê no colo da sua mãe. – ela sorriu, mas o sorriso não havia chegado aos olhos. – E você? –
- Harry. –
- Ele é meu irmão. – Arthur disse.
- E tem o Liam também… Ele é chato e está deixando a mamãe mais doida do que ela já é! – Harry comentou e eu dei um tapa de leve em sua nuca. – Ai pai! –
- Seu irmão não é chato! Ele é uma criança de cinco anos que está cansada de ficar em um navio! – respondi. – Bom dia Gianna! –
- Bom dia primo. – ela se voltou as netas suspirando. – E vocês são as filhas da Jane? – elas assentiram juntas. – Quais seus nomes? –
- Anna e Emma. –
- Ela é a avó de vocês! – apontei e vi que as duas engoliram em seco.
- Vocês me lembram da Jane quando mais nova! – com a voz chorosa, ela puxou as netas para um abraço apertado. – Vocês estão bem? Precisam de algo? – perguntou. – Venham… venham conhecer o avô de vocês. – ela se segurou as mãos das duas. – Primo, os criados vão alojar você, Bella e as crianças nos quartos. – eu apenas assenti. – E seu irmão e o pai da Bella devem chegar ou no final do dia ou amanhã de amanhã. Faremos o… o funeral amanhã! –
- Tudo bem. – ela tentou levar Anna para perto de Jacob, mas ela não desviava os olhos de mim. – Pode ir. Eles não vão fazer nada com vocês! – garanti e ainda receosa, ela foi com a avô. – Arthur, chama a sua mãe, por favor, para irmos para o castelo! –
- Sim senhor. – ele voltou para dentro no navio.
- Harry. – ele me encarou. – Eu não quero ouvir você chamar o seu irmão de chato e nem a sua mãe de doida de novo. –
- Mas eles são! –
- Harry. – o repreendi.
- Desculpa. –
- Edward. – me virei ao ouvir a voz da Bella. – Me ajuda, por favor. –
- O que houve? –
- Ele não quer me largar e as minhas costas não aguentam mais! – disse ao se aproximar com Liam no colo.
- Dê-me. – eu o peguei no colo, e ela se afastou um pouco, ele ainda dormia, mas ao sentir que não estava mais no colo da mãe, ele acordou e começou a chorar. – Para. – mandei. – Você não tem motivo para chorar! –
- Eu quero a mamãe… - ele tentou descer do seu colo.
- A sua mãe está cansada. Então, ou você fica no meu colo, ou você vai para o chão. Escolhe. – fazendo um bico enorme, ele deitou a cabeça no meu ombro.
Nós seguimos para dentro do castelo e fomos levados até um dos quartos para que pudéssemos descansar. As gêmeas ainda estavam com os avôs, os três meninos foram postos em um único quarto e eu e Bella no quarto ao lado.
Na manhã seguinte, mal o sol tinha nascido e eu vi dois navios se aproximando da costa de Driftmark, os dois sobre a bandeira dos Swan, e via também cerca de quatro dragões voando. Eu voltei para dentro do castelo, eu definitivamente não queria receber ninguém, principalmente o meu irmão.
- Amor. Seu irmão chegou! – suspirei bebendo um gole do meu vinho.
- Já falou com o seu pai? Já apresentou os meninos a ele? –
- Não começa, Edward! Não aja desse jeito agora! Sabe que um dos motivos pelo qual voltamos, foi para você se entender com o seu irmão, antes que o pior aconteça! –
- Viemos porque os meninos queriam conhecer os tios e o avô. – corrigi.
- Edward, pare com isso! – ela se postou a minha frente. – Dê o exemplo aos seus filhos! Você pede para eles não se voltarem um contra os outros e a primeira impressão que eles terão do tio, é você e ele em pé de guerra? –
- As situações são diferentes e o motivo para Carlisle e eu sempre vivermos em pé de guerra é culpa exclusivamente dele! – eu bebi outro gole do meu vinho. – E o principal motivo para eu pedir aos meninos para não se voltarem um contra os outros, é justamente para quando forem adultos e nós dois não estivermos mais aqui, eles terem uns aos outros, algo que se você ainda não notou, eu só tenho você e as crianças! –
- Pare de agir como se você não se importasse com o seu irmão, Edward! Você se importa! –
- Pode ter passado dez anos, Isabella, eu não me esqueço do que ele compactuou. –
- Ele não compactou com o que a Jéssica fez! –
- Ele não fez nada! Ele ficou do lado dela! Ele compactou! E eu não vou discutir isso com você de novo. –
- Mãe? Pai? – nós nos viramos ao ouvir a voz de Arthur, ele estava na porta do quarto e olhava para nós dois apreensivos, ele nunca tinha nos vistos brigar antes.
- O que foi? –
- Vão começar a cerimônia, pediram para avisar! –
- Cadê os seus irmãos? – questionei.
- Com a Anna e com a Emma. – respondeu e eu terminei o meu vinho, deixando o copo em cima da mesinha ao lado da janela.
- Eu quero os três debaixo dos meus olhos o tempo inteiro! – mandei e me voltei para Isabella. – E se ela fizer algo, eu não vou ser condescendente com você de novo! –
- Então me responde uma coisa… - ela ignorou que o filho ainda não tinha ido embora. – Já que foi condescendente comigo ao não ter matado uma criança de cincos anos… Você vai vigiar os três o dia inteiro caso voltemos a morar em Adhara ou vai manter os três trancados dentro do quarto e só você terá a chave? Só para eu saber se terei que marcar horário para ver os meus filhos! – ela não me deixou responder e saiu do quarto. – Venha, vamos ver se conseguimos ver o seu avô antes do funeral! -
Eu saí um pouco atrás deles. Bella tinha visto Charlie, mas não teve tempo de falar com ele, todos já estavam reunidos no pequeno píer de madeira para o funeral de Jane. O irmão de Jacob, Ephraim havia sido o escolhido para dizer as últimas palavras enquanto servos passavam cordas em volta do caixão de pedra, talhado e pintado, com o rosto de Jane. As gêmeas estavam com a avô, lágrimas escorriam de seus olhos, Gianna estava com o rosto incógnito, calmo, não escorria uma lágrima de seus olhos.
Bella me cutucou durante as palavras de Ephraim e ao olhar para a minha esposa, ela fez apenas um gesto com a cabeça para perto de onde o meu irmão estava, e eu notei o que ela queria me mostrar. O Strong havia voltado a corte, mas Charlie continuava com o selo de Mão do Rei preso no peito.
- Estamos aqui reunidos na Sede do Mar, para entregar lady Jane da Casa Black, as águas eternas, o domínio do Rei Merling, onde ele a guardará por todos os dias que virão. – ele começou a falar em cariano em alto e bom tom para que todos ouvissem. - Conforme adentra o mar para sua última viagem, a lady Jane deixa duas filhas legitimas na costa. – Rosalie, que estava abraçada aos dois filhos mais velhos, Alec, Carlisle, Bella e eu encaramos Ephraim enquanto ele encarava Rosalie a nossa frente. – Embora a mãe não retornará desta viagem, elas permanecerão unidas pelo sangue. O sal corre pelo sangue dos Black. Pelo grosso sangue. – ele continuava a acusar, quase que diretamente, a ilegitimidade dos filhos de Rosalie, na frente de todos os presentes, sendo que eram poucas as pessoas que entendiam a língua cariana a qual ele falava. – Pelo sangue verdadeiro. – Carlisle desviou os olhos para Rose que apertou os filhos mais contra si. – Que nunca se diluirá. – eu corri os olhos pelos presentes. Jéssica intercalava seu olhar de desprezo entre Rosalie e Isabella, que ao notar o olhar, puxava cada vez mais os meninos para perto de nós dois, do mesmo jeito que Rosalie fazia com os dela. Carlisle desviava os olhos entre mim e a sua filha. Alec tinha os presos no caixão de sua irmã, enquanto se segurava para não chorar. Henry, o filho mais velho de meu irmão olhava para tudo com tédio, e volta e meia erguia os olhos para os céus e bufava, sem o menor pingo de respeito. Charlie tinha um olhar de exaustão, meu irmão estava muito pior do que quando eu o vi pela última vez, agora precisava do apoio de uma bengala para se locomover, e isso havia envelhecido Charlie mais do que o normal, mas mesmo com os olhos cansados, eu via que ele olhava para Isabella e os netos com calma, ele estava feliz por ela ter voltado. - Minha gentil sobrinha. Que seus ventos sejam fortes quanto suas costas. Que seu mar seja tão calmo quanto seu espírito, e as redes sejam tão cheias quanto seu coração. Do mar nós viemos, e para o mar nós regressaremos. – com o final de sua frase, o caixão foi lançado ao mar.
Todos voltaram para o pátio do castelo de Driftmark alguns segundos após o caixão afundar. Nas pedras atrás do castelo era possível ver vários dragões. Tessarion, Arrax, Vermax, Tyraxes deitados entre as pedras, Caraxes sobrevoava os quatro. Syrax estava deitada perto de Tessarion. Seasmoke voava perto de um dragão cinza, que eu não conhecia, e Dreamfyre estava pousada nas pedras, longe dos outros dragões. Vaghar, continuava na praia deitada.
Enquanto estávamos na varanda dos Black, as gêmeas haviam se sentado em um banco e ficaram lá em silêncio, de mãos dadas. Alec tinha sumido. Jéssica não parava de falar com Riley e continuava olhando com desprezo para os filhos de Rosalie, Bella e meus filhos. Eu tinha me afastado um pouco das pessoas, mas conseguia ver Isabella conversando com o pai e nossos três filhos com ela, com Liam no colo do avô. O filho mais velho de Rosalie, Jaime, se eu não estava enganado, estava afastado do lado oposto da varanda, sozinho. Lucien, seu filho do meio, estava com a avô Gianna, que continuava a receber os pedidos de pêsames dos convidados. Meu irmão estava sentado debaixo de uma tenda, sua expressão era de cansaço, e seus filhos mais afastados, os dois garotos conversavam entre si enquanto a garota estava sentada no chão, de costas para as pessoas e parecia brincar com algo que tinha em mãos. Minha sobrinha tinha sido a última pessoa a entrar na sacada, primeiro os seus olhos bateram com os meus, e eu não conseguia entender direito o que tinha visto neles, mas logo ela desviou o rosto de mim quando Bella se aproximou dela, e elas se abraçaram, ainda abraçadas, Rosalie me olhou de novo com um olhar de culpa.
O encontro das duas foi breve, e logo Rosalie foi atrás do filho, que logo em seguida deixou a mãe e foi para perto das primas e Lucien foi para perto de Jacob. Henry virava as taças de vinho uma atrás da outra, ele estava quase bêbado.
Jacob parou atrás de mim e viu encontrou o filho, parado na praia, com a água batendo em sua cintura, ele era o que parecia mais desolado com a morte da irmã, e o jeito que Alec estava, deixou Jacob furioso, a ponto de chegar para um homem, provavelmente amante de Alec, e manda-lo ir buscar o mesmo. Carlisle olhou para mim por cima do ombro, mais uma vez e mais uma vez não falou nada, apenas se levantou, com um guarda dos mantos brancos por perto para escora-lo. Ele andava a passos curtos e capengas, usando a bengala como apoio. E ele estava destruído. Seu cabelo loiro estava ralo, tão ralo que era possível ver em algumas partes a pele de couro cabeludo, ele estava mais magro, os olhos frios e fundos, manchas acinzentadas por todo o rosto e ele tinha perdido uma das mãos. Ele não parecia que era apenas quatro anos mais velho do que eu.
- Anna e Emma são muito parecidas com a mãe. – disse com a voz rouca, e eu acabei sorrindo de forma debochada. Tinha dez anos que não nos falávamos e essa era a primeira coisa que ele falava para mim! – Um conforto e uma angustia, pelo que eu me lembro. Os deuses podem ser cruéis! –
- E parece que foram generosamente cruéis com você. – debochei.
- Muito! – eu vi por sobre seu ombro que Rosalie andava se esgueirando entre os convidados sem desviar os olhos de mim. – E o que vai fazer agora? Deveria voltar conosco para Adhara, sabe que o cargo de comandante dos mantos dourados continua sendo seu! Há tempos que você não vai para casa! –
- Para que? Para que a sua adorável esposa tente matar algum dos meus filhos de novo? – debochei. – E de qualquer forma, viemos apenas porque os meninos queriam conhecer o avô e Isabella queria ver o pai. Pretendo ficar em Dragonstone ou em qualquer outro lugar até eles quererem ir embora, e eu sei que não vai demorar muito para eles pedirem isso! –
- Edward, eu sei que temos nossas diferenças. – ele se apoiou na mureta ao nosso lado, como se não se aguentasse mais de pé. – Mas deixe-as para trás, como os anos. Sempre vai haver um lugar na minha corte para você! Eu posso ter algo que você precise… -
- A única coisa que eu precisava de você foi há dez anos, e você não fez nada! Eu não preciso de nada que venha de você! – falei simplesmente e me afastei dele.
- Irmão! –
- Pai? – Arthur me olhou estranho quando eu passei perto dele e dos irmãos.
- Não é para nenhum dos três saírem de perto da mãe ou do avô de vocês! – mandei sabendo que eu estava falando alto o suficiente para todos ali ouvirem e deixei a varanda, me afastando de todos ali.
Ao descer as escadas, ao mesmo tempo em que o sol terminava de se pôr, eu passei por Henry, largado e jogado ali, com uma dúzia de cálices de vinhos vazios e virados no chão. Alec estava sendo carregado para dentro do castelo por outro homem e eu apenas me afastei de toda aquela confusão.
Eu me afastei daquele lugar, indo para a praia, eu precisava espairecer, porém ao ouvir passos atrás de mim, eu pensei que Isabella tinha vindo, mas ao me virar, eu vi que quem vinha atrás de mim era Rosalie e não Isabella.
- O que quer? –
- Quero conversar! Tem anos que não conversamos, tio! –
- Pensei que queria conversar com a sua amiga, e não comigo! –
- O que eu tenho para conversar com ela é diferente do que eu tenho para conversar com você! Tem haver com o meu trono e com o seu amigo! –
- Pois fale então. – ela suspirou enquanto andávamos pelas areias de Driftmark. – Onde está o seu escudo juramentado? –
- Emmett deixou de ser o meu escudo quando assumiu o comando da patrulha da cidade quando você foi embora! – contou. – Porém, há algumas luas, ele foi para casa com o pai. Eu não sei direito o que aconteceu, tio, mas eles sofreram uma emboscada ou algo desse tipo… O lorde McCarty não sobreviveu e Emmett está entrevado em uma cama desde então, mas as poucas noticias que eu recebo é que ele vai se recuperar, só não se sabe quando. –
- Acha que foi premeditado? – não dei tempo dela responder. – É claro que acha, se não achasse não teria me contado dessa forma. –
- Não sei quem faria isso. Uma parte de mim desconfia do irmão de Emmett, o pé torto é o novo amiguinho de Jéssica, seu mestre dos sussurros particular. E se o irmão morresse junto com o pai, ele iria herdar o título da família! –
- Emmett tinha mais dois irmãos mais velhos! –
- Morreram já há um bom tempo alias! – respondeu. – E quanto ao meu casamento… -
- Não anda as mil maravilhas? – debochei.
- O Alec está inquieto há anos, mas agora, com a morte de Jane, ele será um completo inútil, ou pior! E eu sei, melhor do que ninguém, que o meu casamento é uma completa farsa, mas eu, pelo menos, me esforço para manter as aparências. –
- Isso porque você tem muito mais a perder do que ele! –
- E esta é a minha sina desde que o senhor renunciou ao trono e meu pai me nomeou herdeira! Nós tentamos. – ela virou o rosto na minha direção. – Conceber uma criança, cumprimos o nosso dever da melhor forma possível, mas não adiantou. – ela ficou uns segundos em silêncio. – Não havia prazer! Portanto, busquei em outro lugar! E foi muito bom me sentir desejada! –
- Imagino o quanto Emmett tem sido… devoto a você! –
- Sim, ele é. Eu não tenho do que reclamar. E eu confio muito nele! Mas agora, depois da quase tentativa de assassinato que ele sofreu… - suspirou. – Eu não consigo acreditar que Jéssica mandaria algo desse tipo, por mais que desconfie e praticamente afirme que os meus filhos são filhos do Emmett! –
- Ela mandou matar o meu filho, não se esqueça disso! – lembrei-a, parecia que eu era o único que me lembrava disso. – E todos nós somos capazes de cometer depravações, e mais do que você imagina. –
- Na verdade, eu acredito que você sim! –
- Se você está me acusando de depravação, precisa ser um pouco mais especifica. –
- Preciso? Eu fiquei sozinha! Você me abandonou e tirou a minha amiga de mim por dez anos! –
- Eu estava protegendo os meus filhos! –
- E quanto a mim? Olhe o que a minha vida se tornou sem você! Uma completa tragédia! –
- Rosalie, eu não estou te entendendo! O que você quer dizer com isso? –
- Não sei ao certo! Só que nos últimos anos eu tenho pensado que caso meu pai tivesse seguido o plano do Hightower, a minha vida seria mais fácil! –
- Qual plano? –
- De me casar com você! –
- Você não pode estar dizendo isso! Você é a melhor amiga da Isabella! –
- Eu sei! E acha que eu não sinto a minha alma sendo corrompida por pensar nisso? Mas eu não posso deixar de admitir que tudo seria mais fácil se estivéssemos casados! Ninguém iria questionar a legitimidade dos meus filhos, ninguém iria questionar a minha ascendência ao trono! –
- Eu amo a Isabella, e eu a amo desde que ela tinha doze anos! – falei entre os dentes. – Mesmo se o seu pai tivesse prosseguido com esse plano do Hightower, eu não teria aceitado! -
- Poderia ter governado Andrômeda como sempre quis! –
- Eu queria a Isabella! – rebati, quase gritando. – Eu sempre quis a Isabella! O trono seria apenas um prêmio de consolação caso eu não a conseguisse! –
- Edward, eu preciso de você! – falou em fio de voz, eu não respondi. Eu não conseguia acreditar que eu estava ouvindo isso, justamente de Rosalie! Eu não sabia como ela tinha interpretado a minha resposta, mas ela se aproximou, tentando me beijar, e eu me afastei.
- Não! Eu disse que não! – falei sério. – Entenda uma coisa, Rosalie. Eu não vou trair a minha esposa, com ninguém, principalmente com você! E eu te pedi uma vez há doze anos e eu vou pedir de novo. Não traía a Isabella, ela é a única que vai ficar do seu lado independente da merda que você fizer, mas quanto a isso não! Eu vou fingir que essa conversa nunca existiu e você vai fingir que não fez o que tentou fazer. A Bella acabou de perder uma amiga e eu não vou fazer com que ela perca a melhor amiga! Se você precisar de mim, para qualquer coisa, para qualquer outra coisa, pode contar comigo, mas não para isso! Você está agindo assim porque o seu plano não deu certo. Você queria que os seus filhos tivessem nascido como os meus, puxando os traços Swan e não os Hightower, no seu caso, puxando os traços Swan e não os traços dos McCarty, mas eu não posso fazer nada para te ajudar quanto a isso! –
- Esse plano foi mais seu e da Isabella do que meu! – acusou.
- Porque você quis o trono! Não venha nos culpar, você o aceitou desde o início. Você o aceitou sabendo que as chances de Alec lhe fazer um filho eram nulas! E principalmente, você não tem como provar que o plano era nosso ou que sabíamos disso! – lembrei-a. – Eu vou voltar para a minha esposa e para os meus filhos! – eu não esperei que ela falasse mais nada e simplesmente lhe virei as costas e voltei a trilhar todo o caminho que eu tinha feito na praia, voltando ao castelo.
Eu acabei entrando no quarto das crianças de forma esbaforida e isso acabou assustando aos três e consequentemente Isabella, que estava colocando-os na cama.
- O que houve? – ela questionou.
- Nada. – me apressei em dizer. – Apenas o que eu já imaginava. – menti. – Já vão dormir? – ela apenas assentiu.
- Todos já se retiraram! –
- Boa noite meninos. – eu me aproximei de um a um, apoiando a testa contra as suas cabeças.
- Boa noite, pai. –
- Qualquer coisa é só nos chamar! – avisei e após Bella ter dado um beijo em cada um, nós saímos do quarto.
- Edward, o que está havendo? – questionou.
- Eu quero voltar para Walano. – avisei, me livrando da minha jaqueta.
- É o que? –
- Eu disse que vir para cá era uma péssima ideia. Eu sabia que eu iria me estressar com o meu irmão, e mesmo assim você insistiu para vir. Está feliz? –
- Você trocou apenas duas palavras com o seu irmão, não pode ter sido o suficiente para estar desse jeito! – acusou.
- Todos na porra desse lugar parecem que esqueceram o que aconteceu há dez anos… -
- Você é o único que não quer esquecer o que aconteceu há dez anos! – acusou. – Edward, por favor. Arthur está bem, não faz o menor sentindo você continuar remoendo essa história depois de tanto tempo! – ela se aproximou de mim e segurou meu rosto entre as mãos. – O que aconteceu? Você não está assim pelos dois segundos de conversa que teve com o seu irmão. – eu tentei virar o rosto, mas ela me impediu. – O que aconteceu?! –
- Eu… Eu acho que estou abalado pelo que aconteceu com a Jane, apenas isso! – menti. Ela não podia imaginar o que Rosalie tinha feito, isso acabaria com ela.
- Mentira! – acusou. – Rosalie conversou com você, não foi? –
- Sobre… sobre o que? – perguntei nervoso.
- Ela quer se livrar de Alec. – falou em fio de voz e eu acabei soltando um suspiro aliviado.
- Não! Ela não me contou! Ela apenas me disse que ele não serviu para nada nesses dez anos, além me acusar de ter te tirado daqui e a deixado sozinha! –
- Em primeiro lugar, eu fui porque eu quis, você jamais me obrigou! – ela afagou a minha bochecha, e eu tratei de esconder o meu rosto contra a sua barriga. – E em segundo lugar, ela sempre soube que as chances de ele não servir para o que ela queria, eram enormes, por isso ela foi atrás de Emmett. Ela está com a cabeça quente… todos acusam os meninos de não serem filhos de Alec, e o irmão do lorde Black fez isso hoje na frente de todos. –
- Ela tem que aprender a lidar com as consequências das decisões dela! Nós não temos nada haver com isso! – eu respirei fundo. – Me perdoa. –
- Pelo que? – questionou levantando a minha cabeça.
- Pela forma que eu falei com você mais cedo, pela forma que eu falei com você a pouco. – por estar mentindo sobre a conversa com a Rosalie.
- Hey… Você está de cabeça cheia! – ela afagou as minhas bochechas de novo. – É muita coisa para assimilar, ainda não nos recuperamos completamente do cansaço da viagem, teve o acontecido com a Jane, e você pode negar à vontade, meu amor, mais rever o seu irmão depois de tantos anos e ver o jeito que ele está, mexeu com você! –
- Não parece que eu sou apenas quatro anos mais novo que ele! –
- Ele está doente, Edward, e por um milagre dos deuses ele está lucido, e ao contrário do que o meu pai pensou, ele está vendo os filhos crescerem e os netos também! – ela se sentou em meu colo. – Eu quero lhe pedir um favor. –
- Todos! –
- Depois que o período de luto passar, depois que descansarmos completamente. Senta e conversa com o seu irmão, só os dois, sem brigas, só conversem, se entendam, antes que ele morra e você passe o resto da vida se arrependendo por não ter feito as pazes. Ele tem o direito de conhecer os sobrinhos! – eu apenas suspirei, porém assenti.
- Eu vou fazer isso por você! – ela sorriu e me deu um beijo nos lábios.
- Agora se troque e vamos deitar, precisamos descansar! – ela tentou sair do meu colo e eu a impedi.
- Eu te amo! –
- Eu também, meu príncipe. – Bella aproximou a cabeça da minha e de novo me beijou os lábios.
Eu beijei mais uma vez os lábios de minha esposa e deixei que ela se levantasse, nós nos trocamos e fomos para cama, e como sempre, Bella deitou a cabeça em meu peito e eu abracei, ela logo adormeceu, mas eu não. Não conseguia dormir, as frases de Rosalie continuavam me corroendo, eu só não sabia o que me corroía mais, as suas frases ou o fato de ela ser a melhor amiga de Isabella.
Eu estava inquieto e sabia que caso continuasse na cama eu iria acordar a Isabella, portanto, com cuidado para não a acordar, eu deitei a sua cabeça contra o travesseiro e me levantei. Debaixo da porta que dava para a sacada tinha uma mesa de canto, com uma bandeja prateada com uma jarra de vinho e duas taças. Eu enchi uma das taças e abri a porta da varanda, sentindo o vento frio que vinha da baía da água negra e eu encostei a porta para que frio não incomodasse a Isabella. Me debrucei sobre o balaústre de pedra, ainda remoendo todos os últimos acontecimentos quando vi uma sombra voando na praia.
Pelo tamanho parecia Vaghar, mas ela não iria estar voando sozinha! Algum idiota foi tentar doma-la a essa hora? A minha confirmação veio quando eu a vi voando em zigue-zague, e descendo até que suas patas enormes encostassem na água. Ela jamais faria isso sozinha! Ela tinha um novo montador e o rugido alto que ela deu ao alçar o céu noturno de novo provou isso!
- Quem é? – a voz de Bella soou ao meu lado. Ela tinha acordado com os rugidos do dragão, e pela altura, quase todos no castelo tinham feito isso.
- Alguém domou a Vaghar! – respondi vendo-a pousar na praia, mais perto do castelo.
- Quem faria isso? – ela apertou um robe pesado e grosso contra o corpo para se aquecer do vento frio. – Apenas a Emma não tem dragão… - ela me encarou. – Ela não seria idiota nesse ponto. De chegar perto dela sozinha e no escuro–
- Isso na verdade é bem comum. Ela pensar que Vaghar tem que vir para ela por ter sido da mãe dela! – respondi bebendo um gole de meu vinho. – Eu mesmo tentei domar Meleys depois que a minha mãe morreu e isso quase resultou na minha morte, e bom… pelo que ouvi… o filho mais novo de Carlisle também não tem um dragão! –
- Jasper? – eu apenas assenti. – Por quê? –
- Parece que não quis um ovo, já que os dois mais velhos reivindicaram dragões adultos! Não duvido nada de que ele tenha sido o imbecil que conseguiu domar a Vaghar! –
- Bom… se foi realmente o Jasper, não é problema nosso! As nossas crianças estão dormindo e os pais deles que se preocupem com isso! Por que não está na cama? –
- Eu estou sem sono! – admiti terminando de beber o resto do meu vinho.
- Vem amor. – ela tirou o cálice da minha mão. – Vem, amor, você tem que descansar. – Bella segurou a minha mão e me puxou para dentro do quarto de novo. Colocando a taça contra a mesa e me puxando para a cama.
Ela se deitou e eu deitei ao lado dela, apoiando um pouco a minha cabeça contra os seus seios e sentindo os seus dedos mexendo em meus cabelos. Passei o braço pela sua cintura, a abraçando e fechei os olhos para tentar dormir um pouco, mas antes que eu tivesse a chance de conseguir isso uma batida soou alta na porta do quarto.
- O que é? – questionei me sentando na cama e Charlie abriu a porta.
- Pai? O que foi? –
- Problemas! Vocês dois têm que vir comigo! Agora! –
- Meus filhos? –
- Vem Isabella! – disse simplesmente saindo do quarto.
- O que esses três aprontaram?! – reclamei pegando apenas a minha jaqueta e calçando as minhas botas.
Bella apenas se calçou e amarrou o robe com força e nós saímos do quarto. O quatro dos três estava com a porta aberta, as camas desfeitas e nenhum dos três estavam ali, e ao seguir pelo corredor, o quarto das gêmeas estava do mesmo jeito, com a porta aberta e as camas vazias e desfeitas.
- ISSO NÃO É RESPOSTA! – nós ouvimos Carlisle berrar com os seus guardas quando entramos na sala.
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