Ilha de Driftmark – Continente de Andrômeda –124 Depois da Conquista.
Pov. Edward.
Quase todos estavam ali, Jéssica, meus filhos, os filhos de Jane e os filhos de Rosalie, os únicos dois que não estavam ali eram a própria Rosalie, Alec, Jacob e Gianna. Jasper, o filho mais novo de Carlisle estava sentado em uma cadeira, com um mestre lhe suturando o olho esquerdo e Harry veio correndo na nossa direção com o rosto, principalmente o nariz sujo de sangue.
- Onde você estava, seu idiota, quando eles fizeram isso com o seu irmão? – irritada, Jéssica esbofeteou o rosto do filho mais velho.
- O que aconteceu? – perguntei quando Liam e Arthur também vieram para perto de nós, com as gêmeas de Jane junto, tendo Anna sangue saindo no nariz também.
- Por que fez isso? – Henry questionou com a mão no rosto onde a mãe tinha batido.
- Isso não é nada comparado com as agressões que seu irmão sofreu enquanto você se afogava em bebida. Seu idiota! -
- O que está acontecendo aqui? – Jacob gritou ao entrar na sala.
- Anna. Emma. O que aconteceu? – Gianna questionou ao vir para perto das netas que estavam perto de mim e de Isabella. – Quem fez isso com você? – perguntou segurando o rosto de Anna entre as mãos.
- Eu já perguntei e ninguém me responde. – contei a Jacob que parou ao meu lado.
A porta se abriu, mais uma vez e Rosalie entrou, vindo do lado de fora do castelo e sozinha.
- Eu não vou perguntar de novo. O que aconteceu aqui? – questionei enquanto Bella tinha um pano contra o nariz do filho.
- ELES ME ATACARAM! – Jasper gritou da sua cadeira.
- ELE ATACOU A ANNA. – Jaime gritou de volta.
- FOI ELE QUEM COMEÇOU! – Anna gritou.
- CHEGA! – Carlisle gritou mais alto que as crianças, quando um pandemônio começou e Jéssica começou a bater boca com as crianças. – SILÊNCIO! -
- Ele nos chamou de bastardos! – a voz de Lucien foi a última a ser ouvida quando todos se calaram.
- Jasper. – capengando, Carlisle se aproximou do filho ainda sentado. – Eu quero a verdade dos fatos! Agora! –
- O que mais você precisar ouvir? O seu filho foi mutilado pelo filho do seu irmão! –
- Foi um acidente! – Harry respondeu.
- Acidente? – Jéssica cuspiu. – Você levou uma adaga para a emboscada. Ele queria matar o meu filho! –
- Pode ter certeza de os meus filhos não são iguais a você, Jéssica. – falei sério. – Se você disse que aquela cobra foi um acidente… Por que isso não foi? – questionei. – E pelo que eu estou vendo, foram os meus filhos, as meninas e os filhos da Rosalie que foram atacados. Sem contar com o fato de que eu ensinei aos meus filhos a apenas se defenderem. E eu confio neles! E pelo que eu ouvi, vis insultos foram deferidos aos filhos de Rosalie, pela boca do que seu querido filho! –
- Quais insultos? – Carlisle questionou. – Jaime? –
- Ele disse que nós três éramos bastardos! –
- Meus filhos estão na linha de sucessão do trono de ferro, pai, e eu exijo que Jasper seja interrogado para saber de onde ele ouviu tais calúnias. Se bem que eu desconfio de quem foi! –
- Você quer um interrogatório por um insulto? O meu filho perdeu um olho! –
- Onde você ouviu tal mentira, Jasper? – Carlisle questionou ao filho.
- Foi uma chacota durante o treino, coisas de meninos, não foi nada… -
- Cale-se Jéssica! Eu estou perguntando a ele e não a você! Jasper eu não vou perguntar de novo! –
- Cadê o sor Alec? – ela questionou tirando o foco de seu filho de novo. – Talvez ele possa esclarecer algumas coisas. –
- Onde está o Alec? – questionou a Rosalie.
- Eu não sei, majestade, eu não consegui dormir e estava caminhando na praia. –
- Entretendo os seus escudeiros, me arrisco a dizer! – Jéssica provocou.
- Repete. – Carlisle mandou e ela não disse nada. – Eu não vou mandar você se calar de novo! – ele se voltou para o filho. – Jasper. De quem você ouviu isso? Não é o seu pai quem está perguntando. É o seu rei! –
Ele não respondeu, apenas virou a cabeça na direção da mãe em silêncio e todos no salão fizeram o mesmo, mas no primeiro passo que Carlisle deu na direção da esposa, Jasper abriu a boca.
- Foi o Henry! –
- É o que? – ele questionou confuso olhando para o irmão mais novo.
- E quanto a você? – Carlisle se aproximou do filho. – De onde você ouviu isso? – ele não respondeu. – HENRY! De onde você ouviu isso? Diga a verdade! –
- Nós sabemos, pai. – respondeu em um fio de voz. – Todo mundo sabe! É só olhar para eles! –
Carlisle olhou da filha mais para velha para a esposa, ninguém falava nada, mas todos tinham os olhos presos nos dois filhos de Rosalie que estavam escondidos atrás dela.
- Essa rivalidade tem que acabar de uma vez! – Carlisle gritou batendo a bengala no chão. – Entre todos! Nós somos a porra de uma família! Agora, desculpem-se e mostrem boa vontade uns com os outros! O seu pai, o seu avô, o seu tio, o seu rei ordena! – gritou de novo.
- Isso não é o suficiente! – Jéssica reclamou. – O Jasper foi ferido permanentemente e voa vontade não vai cura-lo. –
- Eu sei disso, Jéssica. Eu não posso simplesmente restaurar o olho dele! –
- É claro que não, porque ele foi tirado! –
- E que porra você quer que eu faça? –
- Essa divida tem que ser paga! Eu quero o olho do Harry em troca! – quando ela falou isso, eu prontamente me prostei na frente da minha esposa e do meu filho. – Ele é seu filho, Carlisle! –
- Não permita, Jéssica, que o seu temperamento nuble o seu julgamento! –
- Bom, se o rei não busca justiça, a rainha mesmo o fará! Sor Riley, busque o olho de Harry Swan. E ele ainda poderá escolher qual ele quer perder, um privilegio que ele não deu ao meu filho! –
- Você não vai fazer nada! – Carlisle mandou.
- Não! – ela gritou. – Ele é jurado a mim! Ele obedece a mim! –
- Eu a obedeço como seu protetor, minha rainha, mas eu não posso passar por cima das ordens do rei! –
- Jéssica! Esse assunto foi encerrado! Eu te falei há dez anos. Eu não cobrei justiça quando você colocou uma cobra no berço do meu sobrinho de um ano! Eu não vou cobrar justiça por algo que o seu filho causou! Se você exigir o olho dele, eu vou permitir que Isabella e Edward exijam justiça pelo que você fez! – disse entre os dentes. – O assunto foi encerrado! – repetiu. – É uma ordem MINHA! Você compreendeu? – ele se afastou dela. – E para que fique claro a todos. Quem ousar questionar novamente a paternidade dos filhos da princesa Rosalie, terá a língua cortada! Independentemente de quem questionar! – falou olhando firme para a esposa. Ele sabia que era ela quem havia dito aquilo aos filhos! Todos voltem aos seus quartos! – quando ele tentou se afastar para ir embora, ela puxou a adaga do Conquistador, que ele usava na cintura e veio para cima de Isabella e de Harry. – Jéssica! – ele tentou a impedir, ao mesmo tempo em que os guardas se aproximaram, e quando ela brandiu a espada eu apenas segurei seu pulso com força, e eu sabia que estava machucando, e pouco me importava.
- Se quiser arrancar o olho do meu filho, você vai ter que passar por cima de mim! – eu apertei mais forte o seu pulso entre a minha mão.
- Está me machucando! –
- A ideia é essa! Me dá um bom motivo, para eu não enfiar essa adaga no seu pescoço agora! –
- Não se metam! – Carlisle gritou quando os guardas tentaram se aproximar.
- Eu sou a sua rainha! –
- Eu não ligo! Eu deveria ter feito isso há dez anos quando você colocou aquela cobra no berço do meu filho! – eu apertei seu punho de novo, e seus dedos se abriram derrubando a adaga no chão. – Isabella tinha razão, eu deveria ter ido atrás de você e não atrás do Henry, muita merda seria evitada se eu tivesse feito isso! -
- Carlisle! – ela choramingou para o marido.
- Eu te avisei. – ele disse parado de trás dela. – Você foi atrás da sua justiça! Ele que vá atrás da dele! –
- Oh… posso então matar a sua querida esposa, meu irmão? – questionei. – Como eu faço isso? Uma cobra? Uma adaga no seu pescoço? Isabella quer oferece-la como alimento para Tessarion? Ou então Arthur… quer oferece-la a Tyraxes, já que ela mexeu com você? –
- Edward, não coloque os nossos filhos no seu jogo! – Isabella disse com a voz firme. – Os três agora para o quarto, e se vocês saírem de lá de novo, vocês vão se entender comigo! – mandou.
- Leve os príncipes para o quarto. – Charlie mandou a alguém atrás de mim, provavelmente a algum guarda de Oldtown.
- Vem. – Bella apoiou a mão em meu braço. – Sangue demais já foi derramado essa noite! Não perca o seu tempo com ela! –
- Você tem tanta sorte por ela ser a minha esposa. – falei soltando o seu punho e a empurrando para longe de nós e ela cambaleou para os braços do seu escudo juramentado.
- Não vai fazer nada? – questionou ela ao meu irmão.
- Eu te avisei! – repetiu ele simplesmente.
- Mãe. – Jasper, com o rosto todo inchado e cheio de sangue, se postou a sua frente. – Não fique triste por mim. Foi uma troca justa, eu perdi um olho, mas eu ganhei um dragão! –
- Essa situação acaba agora! – Carlisle se voltou totalmente para a esposa. – Eu quero você longe dos meus netos e dos meus sobrinhos. Se eu vir você perto deles de novo, quem vai brandir a espada sou eu e não ele. – ele apontou para mim com a bengala. – Já é a segunda vez que você vai para cima de um dos meus sobrinhos! – ele voltou a apoiar a bengala no chão antes que acabasse desabando com o peso do seu próprio corpo. – Vocês dois… - ele se voltou para mim e para Isabella. – Tem a minha palavra, de que ela não vai chegar nem perto dos filhos de vocês caso decidam voltar a Adhara, a qual eu repito, serão bem vindos! – ele se voltou para ir embora. – Charlie, fique com a sua filha, eu consigo ir para o quarto sozinho. E todos que vieram comigo, nós vamos embora amanhã bem cedo! –
Isabella não esperou que Carlisle saísse da sala e seguiu para a escada oposta onde ficava os nossos quartos e eu fui logo atrás dela. Ela não seguiu para o nosso quarto, ela entrou no quarto dos filhos quase derrubando a porta.
- Que porra aconteceu essa noite? – pela primeira vez ela xingou na frente dos garotos.
- Mãe… - Harry tentou falar, ainda pressionando o pano contra o nariz.
- Você fica quieto. Arthur! O que aconteceu? –
- Edward. – Charlie me chamou. – O meistre, quer ver o nariz do Harry. –
- Bella? –
- Deixe-o entrar. Você vai com o meistre. – mandou ao filho do meio, antes de se voltar para Arthur de novo. – Estou esperando e não vou perguntar de novo. –
- Eu esperava essa reação do meu pai, não da senhora… -
- Arthur! –
- Com licença. – Jacob entrou no quarto com Gianna e as meninas logo atrás. – A senhorita com o meistre. – mandou a Anna. – Queremos saber da história também! –
- Chegaram então no momento certo! – respondi. – Arthur iria nos explicar o que aconteceu! –
- Senta ali. – Gianna mandou a Emma, para que se sentasse ao lado de Liam e abarrotando mais ainda o quarto, Rosalie entrou com os dois filhos também machucados.
- Estamos esperando, Arthur! – Isabella mandou de novo e ele apenas suspirou. – E eu quero a verdade. – disse quando ele olhou para Anna e Emma.
- Nós estávamos dormindo, a Anna e a Emma vieram nos chamar porque alguém estava tentando roubar a Vaghar. Elas pediram para irmos com elas, e quando saímos, os príncipes Jaime e Lucien já estavam lá embaixo nos esperando. O… Qual é o nome dele mesmo? –
- Jasper. – Charlie respondeu.
- Isso. Ele chegou e quando a Emma disse que a Vaghar era da tia Jane. Ele começou a debochar que a tia Jane estava morta e que se ela quisesse ter a Vaghar, ela que fosse tentar doma-lo antes que o corpo da tia Jane esfriasse. E disse para os primos dela arrumarem um porco para ela montar, porque combinava com ela! – contou e Bella me encarou confusa e eu também, mas Charlie apenas suspirou.
- Pai? –
- Algumas luas atrás o Henry colocou asas de papel em um porco e deu ao irmão dizendo que era o dragão dele! E pelo que ele contou ao pai, esses dois aqui estavam no meio da brincadeira. – respondeu apontando para os filhos de Rosalie.
- Eu já os repreendi por isso, lorde Hightower. – Rosalie disse simplesmente.
- Continua. – Isabella mandou.
- A Emma o empurrou, e ele bateu nela. A Anna foi para cima dele e ele bateu nela, ameaçando dar as duas de comida a Vaghar. E nós só fizemos o que o papai ensinou, nos defender, achei que isso incluía a família… - ele terminou de falar com a voz baixa. – Quando ele derrubou o Harry no chão, jogando areia no olho dele, ele tentou pegar uma pedra, e antes que eu ou o Jaime conseguíssemos fazer algo, o Harry sacou a adaga que o senhor deu, e acertou o olho dele! E nesse meio tempo ele disse que ia matar o Jaime e o Lucien, que eles iriam morrer do mesmo jeito que o… pai deles morreu, os chamando de bastardos. – disse sem jeito o final da frase. – Só nos defendemos. – Bella apenas coçou a testa e me viu abrindo a você.
- Se você falar que era para termos ficado em Walano, eu vou arrancar os seus dois olhos! – ameaçou e isso acabou me fazendo rir.
- Ia dizer apenas que eles estão certos. Eu os ensinei a se defenderem. E sim, Arthur, isso inclui defender a sua família! –
- Esse garoto vai causar muitos problemas. – Gianna reclamou e Bella virou a cabeça para ela. – Me refiro a Jasper! – se apressou em corrigir.
- Se… prestem atenção ao que eu falar. Se formos para Adhara ou se por algum momento nos reunirmos de novo. Eu quero os três longe dos filhos da Jéssica! Entenderam? – Isabella disse firme. – Eu não me importo com o que vão falar. Se vocês estiverem em uma sala, principalmente sem eu, seu pai ou o avô de vocês, e eles chegarem. Saiam! Entenderam? –
- Sim mãe. – Arthur respondeu e ela se virou para Harry.
- Aí. – ele se queixo quando o meistre mexeu em seu nariz. – Sim, mãe. –
- Como ele vai ficar, meistre? –
- Vai ficar bem, alteza. Em algumas semanas o nariz estará completamente recuperado! Pode ir… Quem é o próximo? – questionou olhando entre Anna e Jaime.
- Eu sei que a resposta é não, mas posso recompensar os meninos? – questionei brincando e Isabella me encarou furiosa.
- Eu não vou nem me dar ao trabalho de te responder, Edward! – reclamou e eu acabei rindo.
- Achei que fosse mata-la. – Gianna disse ao se aproximar de mim, quando Bella foi para perto do pai.
- E eu ia! Acha que eu me importo com a coroa sobre a cabeça dela! E pelo que eu pude notar, Carlisle não iria se importar! –
- Ela causou diversos problemas nesses dez anos, tio, eu não duvido nada de que ele não fosse realmente se importar. – Rosalie comentou. – Acha que eu deixei Adhara por que? Ninguém a aguentava mais! –
- Rosalie, cadê o bebê? – Bella questionou ainda perto do pai.
- Bebê? –
- Eu dei à luz a mais um menino há menos de duas luas. – ela disse simplesmente. – O Bram está em Dragonstone, com guardas e as babás, ele é novo demais para vir até aqui. –
- Muito bem. – o meistre atraiu a atenção de todos ao se levantar. – Altezas, lorde Jacob, lorde Mão. As crianças ficaram bem! Pode ser que ainda escorra um pouco de sangue do nariz do príncipe Harry, mas sendo pouco é normal! Provavelmente as princesas, o príncipe Arthur e o príncipe Jaime sintam dores tanto no corpo quanto na cabeça, caso sintam, é só pedirem que eu mando uma dose bem fraca de leite de papoula a eles. Caso não precisem mais de mim, irei ver com o rei está e irei me retirar! –
- Pode ir. Muito obrigado, meistre. – Jacob agradeceu dando passagem para que ele saísse.
- Andem, os dois para o quarto, já causaram problemas demais por uma noite. – Rosalie mandou apontando para fora do quarto e os seus filhos foram embora.
- As sua também! – Gianna mandou as netas.
- Não me obriguem a tranca-los aqui até o dia amanhecer. – Isabella disse firme aos filhos e deixou o quarto logo atrás do pai.
- Muito bem meninos! – disse baixo e eles esconderam o riso.
- Edward! – ela me repreendeu e eu os deixei sozinhos.
- Por precaução, eu colocarei dois guardas de Oldtown na porta dos príncipes. – Charlie avisou tanto a Bella quanto a Rose. – Caso queira, lorde Black, eu os coloco no quarto das meninas. –
- Não será necessário, lorde Hightower, o quarto delas serão vigiados por guardas de Driftmark. –
- Muito bem! Desejo a todos um resto de noite. Filha, amanhã antes de ir embora, eu vejo você e os meninos. –
- Boa noite, papai. – ela o abraçou e ele fortemente retribuiu.
- E depois desejo conversar também com você, mas para isso teremos tempo! – eu apenas assenti. – Peço para que vá a Adhara, pelo menos para conversarmos. –
- Pensarei nesse assunto! – ele assentiu.
- Amanhã eu gostaria de falar com vocês. – Rose disse quando Charlie, Jacob, Gianna e as gêmeas partiram.
- Pelos deuses, Rosalie, não me mete naquilo! – Isabella pediu. – Você só pode ter enlouquecido. –
- Ele sabe, Isabella! Ele sabe e está de acordo! –
- Quem sabe e quem está de acordo com o que? – questionei, mas os guardas que Charlie mandou chegaram. – Amanhã conversamos. Vai descansar, Rosalie. –
- Até amanhã. – ela seguiu pelo corredor e eu abri a porta do quarto para que Bella entrasse.
- Eu não estou me sentindo bem. – disse ao se sentar na cama. – Eu quero vomitar! –
- O que houve? –
- Ver aquela mulher vir para cima do meu filho com aquela adaga… meu estômago está revirado desde então! –
- Isabella. – eu me agachei a sua frente. – Eu jamais iria permitir que ela encostasse em você ou nos meninos. –
- Edward, tem noção de que o Harry podia ter matado o Jasper? Eu sei que foi autodefesa, mas o Harry tem dez anos, ele não podia ter sujado as mãos de sangue tão cedo assim! –
- Eu sei! Eu sei! Mas, Bella, eles fizeram o que eu mandei fazer, usaram as adagas para se defenderem. Foi o que eu e você combinamos e o que eu combinei com eles! Eles não estão errados, mas eu entendo o seu ponto de vista. Caso queira deixa-los de castigo, eu não irei tira-los. –
- É muita coisa ao mesmo tempo! –
- Eu sei! Eu sei!
- Eu só queria um pouco de paz perto do meu pai! – eu segurei as suas mãos e beijei as mesmas. – Emmett está morto? – questionou de repente e eu neguei.
- Rosalie disse que ele sofreu uma emboscada, o pai não sobreviveu e ele está de cama desde então, mas está vivo! – expliquei. – Vamos. Vamos tentar dormir um pouco. – pedi.
Bella se livrou de seu robe e eu da minha jaqueta e botas, mas ela não conseguiu dormir, volta e meia se revirava na cama, provavelmente ainda remoendo o que tinha acontecido há pouco tempo. Durante o restante da madrugada, ela levantou e saiu do quarto cerca de cinco vezes, apenas para conferir se os meninos ainda estavam dormindo e se estavam bem.
Quando o sol raiou, a comitiva de Carlisle já se preparava para ir embora. Eu não fui falar com ele, ele estava cansado demais para qualquer coisa, segundo Charlie, tanto que ele praticamente teve que ser carregado até a carruagem que o levaria ao porto. Rosalie estava em um dos jardins de pedra da ilha, vendo os meio irmãos montarem em seus dragões, Henry montava em um dragão dourado, Alice montava em Dreamfyre, um dos dragões que restaram no fosso, e Jasper, em Vaghar. Eu me aproximei dela, vendo meu irmão ser carregado para dentro do barco e Bella e os meninos se despedirem do avô.
- O fogo é um poder tão estranho, não acha tio? – ela perguntou quando eu me aproximei dela. – Tudo o que a Casa Sean possui é devido a ele. Ainda assim, ele tirou tudo o que amávamos. –
- Talvez os Black tenham descoberto a verdade: que o mar é o melhor aliado! –
- O fogo é uma prisão! Já o mar oferece uma escapatória. – ela suspirou e virou o rosto na minha direção. – Eu preciso de você, tio. –
- Não começa! – mandei vendo que Isabella e os meninos se aproximavam da escada para voltar ao castelo.
- Eu não posso encarar os verdes sozinha! – disse em cariano e com a voz baixa. – Vamos unir nosso sangue, igual a Henry, o Conquistador, fez com as irmãs. O senhor se casou com a Isabella em um casamento cariano, pode tomar outra esposa. E com você como meu marido e príncipe consorte, minha herança não será facilmente desafiada. Os Black são do mar, mas nós dois somos feitos de fogo e eu sinto que fomos feitos desde o começo para queimarmos juntos! –
- Não! Eu pedi para não trazer esse assunto à tona de novo! A minha resposta é não! –
- Tio… -
- Eu fui feito para queimar com a Isabella, Rosalie, e não com você! Portanto, me pede qualquer coisa, qualquer coisa, menos isso! Porque isso eu não vou te dar! Nunca! E de qualquer forma, eu me casei em um casamento cariano e em um casamento de Andrômeda, você não. Você não pode se casar com ninguém enquanto Alec estiver vivo! –
- Eu já pensei nisso, tio. –
- Os três para o quarto! – eu ouvi a voz de Isabella perto de nós.
- Vocês três estão bem? – questionei.
- Sim. Só estamos de castigo por duas luas! – Arthur respondeu.
- Se reclamar se tornarão três! – Isabella avisou e eles entraram no castelo e ela veio para perto de mim, e eu passei o braço pela sua cintura.
- Eu disse a Bella ontem, eu tenho um plano! Alec sabe e concorda! –
- Rosalie, esqueça isso! – Bella disse baixo. – E além do que, você casada é melhor do que você solteira! –
- Eu solteira me caso de novo. –
- Com quem? – ela questionou e eu olhei para Rosalie com raiva, ela que não ousasse repetir o que disse a mim, a Isabella.
- Emmett, talvez, caso ele se recupere! – se apressou em dizer. – Tem… - ela se aproximou mais um pouco de nós e falou baixo. – O Carl, o novo amante de Alec, quer fugir para Mensa para não ter que voltar a guerra em Stepstones com o lorde Jacob. Alec vai fingir a morte e fugir com ele. –
- Não tem como fingir uma morte sem um corpo! – Bella comentou.
- Mãe… Mãe… - Harry voltou correndo com a mão no rosto.
- O que foi? – ele tirou a mão do rosto e sangue escorria pelo seu nariz. – Pelos Deuses! Coloca juízo na cabeça da sua sobrinha! – mandou ao se afastar. – Como isso aconteceu, Harry? – questionou entrando com ele no castelo.
- Tem um criado aqui no castelo, que é muito parecido com o Alec. –
- Rosalie, você está dizendo para tirar a vida de um inocente! Nem eu chego a esse nível! –
- Não será o senhor quem terá que fazer isso! Eu só preciso de ajuda, eu preciso que fale com o Carl, ninguém pode me ver falando com ele! –
- Rosalie. –
- O senhor prometeu que faria qualquer coisa por mim! Ou prefere que eu conte a Isabella a nossa conversa? –
- Não me ameace, garota! – disse entre os dentes. – Ela vai se voltar contra você e não contra mim. E não vai adiantar dizer que eu fiz algo ou falei algo… Ela confia em mim, eu jamais dei motivos para ela não confiar! – falei sério. – Eu já limpei uma merda sua uma vez, Rosalie, ou já se esqueceu de Félix? Eu não quero viver o resto da minha vida limpando as suas merdas! –
- O senhor prometeu, acabou de prometer! –
- Você fez isso de proposito, não é?! – questionei. – Sabe que eu jamais trairia Isabella nesse nível, e sabe que eu sou idiota o suficiente para não acabar com a amizade de vocês duas, então indiretamente consegue me convencer de prometer algo, para no final eu salvar a sua pele! –
- Eu só preciso de ajuda para me livrar de um casamento, que vocês me convenceram a entrar! Não há nada mais justo! –
- Nós te convencemos a entrar? Você queria um casamento para manter o trono, recusou todos os pretendentes que apareceram. Não venha nos culpar, você quis um jeito fácil de conseguir a coroa, nós te apresentamos o jeito fácil, se você o escolheu, é problema todo seu! E mais uma vez, você não tem como provar que sabíamos de algo, não tem como provar que a ideia é nossa! Rosalie, acorda, não me faça me voltar contra você! Como você mesmo disse, não vai conseguir subir ao trono sozinha, e você mesmo disse que precisa de mim. Eu não preciso de nada, não se esqueça disso. Eu posso pegar minha esposa e meus filhos e ir embora e deixar que Andrômeda pegue fogo, porque eu não me importo com Andrômeda! Eu vou te livrar desse casamento, mas tenha certeza, que se a corda estourar, eu vou fazer questão de que ela estoure em cima de você! Qual é o seu plano? -
- O plano é muito simples! Alec e Carl tem que brigar, os criados precisam ver. Carl vai fingir matar o Alec, então o criado que se parece com ele terá que aparecer morto e irreconhecível, então o Alec vai fugir para Mensa com Carl. É simples! –
- Simples, tirando o fato de que um inocente precisa ser morto! –
- Os fins justificam os meios! –
- Você mudou tanto nesses dez anos! – suspirei.
- Esperava o que? O senhor e a minha melhor amiga estavam se divertindo, sem preocupações e eu tive que aturar por dez anos toda Adhara acusar meus filhos de bastardos! –
- Eles são, Rosalie. E você sabe disso! Mas isso não é problema meu. Os Black, Alec e seu pai os legitimaram, fim da história! Mas não aja como se eles fossem! – eu me levantei da mureta do castelo. – Eu vou falar com o Carl. Onde eu posso encontra-lo? –
- A essa hora? Provavelmente no porto! –
- Não se atreva a me pedir para que eu limpe mais alguma merda sua! –
Eu a deixei sozinha e voltei para o lado de dentro do castelo, andando a passos rápidos e pulando degraus voltei para o meu quarto e ao em frente ao quarto dos garotos, eu vi que o meistre estava ali dentro com Isabella e Harry.
- O que houve? – perguntei a Bella que estava na porta.
- O nariz voltou a sangrar de novo e o meistre está refazendo o curativo. – ela se virou para mim, e me puxou para longe da porta. – Colocou juízo na cabeça daquela maluca? – neguei. – O que vai fazer? –
- Ela quer que eu fale com o amante de Alec, aparentemente o mesmo já está ciente. Ele e o amante tem que brigar e um corpo precisa aparecer. Segundo ela, tem um criado que é parecido com Alec. –
- Você prometeu para mim que nunca iria matar um inocente! –
- E eu não vou! Não se preocupe com isso! – ela levou a mão ao rosto.
- Pobre Gianna, vai perder os dois filhos ao mesmo tempo. –
- Alec ficará vivo, Isabella. –
- Ela saberá disso? Então ela vai perder os dois filhos ao mesmo tempo! -
- Eu vou isso logo, eu quero ir embora! Comece a arrumar as coisas, eu quero ir embora antes que Alec morra! –
- Para onde? Para onde nós vamos? –
- De inicio para Dragonstone, e depois até a poeira se abaixar do que aconteceu aqui noite passada, eu vou mandar um corvo ao seu pai, pedir para ele encontrar alguma casa aos arredores de Adhara. Talvez Rosby ou Hayford Castle, depois podemos voltar a Adhara! – expliquei. – Fique com os meninos, eu não os quero lá fora durante a confusão! – ela apenas assentiu.
Ela voltou para dentro do quarto dos meninos e eu voltei para o nosso quarto, atrás de uma capa, eu a encontrei no fundo do baú e deixei o castelo na direção do porto. Apenas quando eu estava longe do castelo que eu coloquei a capa e escondi o meu rosto, caminhando para lá. O tal de Carl era o mesmo que Jacob tinha mandado ir ontem atrás de Alec, na praia, não foi difícil de acha-lo, ele estava perto do navio de Jacob que começava a ser preparado e abastecido para a sua investida a Stepstones.
- Eu soube das suas façanhas em Stepstones, sor Carl. – comentei encarando o barco enquanto ele estava escondido debaixo de uma ponte de pedra. – Disseram-me que é um cavaleiro com habilidades notáveis. –
- Sinto-me lisonjeado, alteza. –
- Mesmo assim, não passa de um plebeu! De um cavaleiro sem terras e com um bom gosto para senhores! –
- Sor Alec tem sido bom para mim! –
- Você sabe que tem lugares do outro lado do Mar Estreito, onde o nome de um homem não importa? Só importa quanto ouro ele possui! –
- O que está me pedindo, milorde? –
- Nada demais. Apenas uma morte rápida e com testemunhas! – falei pegando a sua mão e colocando um saco de couro cheio de moedas de ouro. – Você e Alec vão armar uma cena, ele sabe, um criado vai ver, um criado tem que ver. Quando ele for chamar por lorde Black, vocês vão colocar um corpo de um criado na lareira, ele tem que ficar irreconhecível, vai ter um navio no porto esperando para levar os dois para Saggita! –
- Entendido, alteza. – ele guardou o ouro dentro do bolso e eu voltei para dentro do castelo, me livrando de minha capa antes que alguém me visse com ela.
Enquanto eu subia para o meu quarto, eu passei por um corredor escuro, Alec me puxou e com um gesto na cabeça ele pediu para que o eu seguisse. Rosalie já tinha falado com ele. Ele pediu para que eu o ajudasse a procurar pelo criado, dois seriam mais rápidos do que um. Eu o ajudaria, mas deixei bem claro que o criado iria morrer pelas mãos dele e não pelas minhas, e ele apenas assentiu.
Alec me descreveu o criado e ele seguiu para um lado e eu para outro. Eu o havia encontrado, infelizmente, eu o tinha encontrado. Eu precisava imobiliza-lo até que Alec chegasse, e passando o braço pelo seu pescoço, eu o sufoquei tampando a sua boca e o seu nariz. De início ele se debateu, mas não demorou e ele acabou desmaiando pela falta de oxigênio. Alec chegou um tempo depois, e eu o deixei sozinho para que se terminasse o trabalho sozinho e eu fui para o quarto buscar minha esposa e meus filhos para irmos embora. Bella estava com Gianna e Rosalie, Bella eu sabia que se despedia, mas eu ouvi Rosalie falando que iria junto conosco para Dragonstone e que o marido ficaria em Driftmark, ele queria passar mais um tempo com os pais, principalmente agora que a irmã tinha falecido.
- Vocês já vão? – Anna invadiu o meu quarto e ao de Bella enquanto os criados levavam as nossas coisas para o barco. – Não podem ir! – ela disse quase desesperada.
- O que houve, Anna? –
- Vocês não podem nos deixar aqui! –
- Anna, você vai ficar com os avós de vocês! Eles gostam de vocês! – Bella falou com calma.
- Eu quero ir com vocês! – Isabella me olhou.
- Você não pode vir conosco, Anna! –
- Você disse que eu podia! – suspirei.
- Vem aqui. – eu me sentei na ponta da cama e ela se aproximou. – Anna, os avós precisam de você e da sua irmã. Ela acabou de perder a filha, ela não pode perder as netas agora… -
- Só eu quero ir. A Emma quer ficar! –
- Anna, nós não temos lugar para ficar ainda! – Bella disse com calma ao se sentar ao meu lado. – Vamos fazer o seguinte, me diz o que acha. Você fica com a sua avó e tenta se adaptar a vida aqui, e ao mesmo tempo nós vamos tentar firmar residência em algum lugar. Quando isso acontecer e você não tiver se adaptado a vida aqui, e obviamente, se a Gianna permitir, eu mesma venho buscar você! –
- Promete? – Bella apenas assentiu e Anna me encarou.
- Ela cumpre o que promete. – garanti e ela assentiu. – Assim que fixarmos residência em algum lugar, eu mando um corvo! Mas nesse momento os avós de vocês vão precisar de você e da sua irmã! –
- Tá bom! –
Bella se levantou e lhe deu um abraço apertado, que ela logo retribuiu. Para a minha surpresa, Anna também me abraçou e eu o retribuí. Ela foi embora e nós saímos do carro, passando no quarto dos garotos e o buscando os meninos para irmos embora.
Na noite seguinte, mal chegamos em Dragonstone, o meistre apareceu com um corvo, ao mesmo tempo em que eu levei um corvo para ser enviado a Charlie. O corvo que tinha chegado era um corvo de Driftmark, anunciando o assassinato de Alec, pelo sor Carl Correy, um cavaleiro a serviço da casa Black e que caso ele buscasse abrigo aqui era para prendê-lo e envia-lo imediatamente a Driftmark.
Ao levar a mensagem até Rosalie, ela tentou esconder um sorriso ao saber que seu plano tinha dado certo, mas tanto Bella quanto eu percebemos o seu sorriso, e Isabella simplesmente virou as costas e deixou a sala da câmara pintada e eu fui logo atrás, torcendo para que Charlie fizesse logo o que tinha pedido para que pudéssemos deixar Dragonstone, porque eu sabia que enquanto eu permanecesse aqui, ela iria querer me usar para limpar as merdas que ela fizesse.
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