segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Capítulo 19: Como uma Sienense.

                                                                          Pov. Bella

Edward foi fazer lo che io havia pedido. Ir chamar os outros para che pudéssemos jantar, massa fresca deveria ser comida assim che saísse do fogo. Pedi a Lena che pegasse a manteiga na geladeira e lei voltou correndo avisando che Jacob estava conversando com Edward na sala. Marlena era quem dava o mal nome aos italianos, era fofoqueira che só leiIo queria che eles conversassem e che dessa vez colocasse um ponto final nesses ciúmes che Edward sentia de Jacob. Enquanto eu ia terminando com a massa, io via as caras e bocas che Lena fazia enquanto ouvia a conversa, io non sabia como eles ainda non a tinham visto, já che lei praticamente estava parada no meio da porta che dividia a sala e a cozinha.

Os outros quatro desceram pela escada che davam para a cozinha, provavelmente tinham ouvido os due conversando na sala e non quiseram atrapalhar. Com todo mundo já aqui embaixo, io fui terminar a conversa dos due. Em silêncio, io mandei Lena para a sala de jantar e me aproximei da sala.

- Mas se você não acredita que o que o sinto pela Bella é algo sério, por que eu tenho que convencer disso? – ouvi a voz de Edward assim que a Lena se afastou.

- Pelo simples motivo de che, até onde io sabia, ou desconfie. Renata e Caius non fazem ideia desse... Relacionamento, se é che posso chama-lo desse jeito. –

- Quanto a isso você não precisa se preocupar. Assim que eu voltar aos USA, eu vou conversar com os dois! E, caso eles não gostem desse relacionamento, mas caso não queria denomina-lo assim, pode denomina-lo como namoro mesmo, se eles não concordarem, eu me afasto e quanto ela for maior de idade e ainda gostar de mim, eu me reaproximo de novo. Sem o menor problema. –

Fermiamo i due? – io me fiz presente na sala e interrompendo a conversa entre os dois. – Jake, non ti ho chiamato qui per interrogarei l mio Ragazzo! –

- Lo so... Lo so. Perdono. – Jacob ergueu as mãos em sinal de rendição.

Sala de pranzo! – mandei apontando para a direção che ele sabia muito bem qual era.

- Bella... – Edward tentou falar quando noi due ficamos sozinhos na sala.

Dopo! – pedi. – Quando siamo soli nella stanza! Non adesso! – pedi.

- Tudo bem! – ele apenas concordou e noi seguimos o caminho até os outros estavam esperando pelo jantar.

Mal io havia me sentado em minha cadeira e Marlena voltou com uma travessa che lei havia ido pegar no forno. E mesmo io sentindo toda a tensão que emanava daquela mesa, io tentava ignora-la e sentir apenas as emoções che tomavam conta do meu ser por estar voltando a mia casa dopo seis meses! Era difícil ignorar os olhares entre Jacob e Edward, e io non entendia a curta troca entre Alice e Rosalie, io sabia che elas haviam se desentendido nos últimos giorni, mas até o momento io non sabia o real motivo para tal desentendimento.

Como io havia dito, a louça seria dos outros – Jasper e Emmett -, perché io me recusava a pedir algo a Alice, mesmo che lei estivesse tentando agir como se nada tivesse acontecido. Nos últimos giorni ela tentava ser prestativa, mas non havia nenhuma pessoa que estivesse debaixo desse tento que ainda acreditava nela. E, conhecendo bem Alice, io sabia che ela jamais lavaria uma louça. Nunca havia lavado e não lavada na casa dela, non seria oggi, che ela lavaria, mas para a minha surpresa, ela foi ajudar aos meninos a lavar a louça.

Quando já era bem tarde, Lena e Jake foram embora e io tranquei toda a casa e pude seguir até o meu quarto para tomar um banho bem fresco antes de ir dormir. Eu estava terminando de tomar o meu banho quando ouvi a porta do quarto abrindo e se fechando poucos segundos depois, Edward entrando no quarto provavelmente. Ele non falou nada, e io apenas terminei o meu banho e dopo de escovar os dentes, io voltei para o quarto, encontrando com Edward sentado na cadeira da minha escrivaninha digitando algo no celular, che estava ligado no carregador.

- Quer conversar agora? – perguntei quando ele apoiou o telefone em cima da minha escrivaninha e ter me encarado.

- Eu não fiz nada! – ele se defendeu sem falar mais nada. – Ele... – suspirou. – Ele estava agindo pior do que um pai! – resmungou torcendo o nariz. – Ou então talvez como eu pensei que o seu pai fosse agir! Corrijo! Com certeza, o seu pai seria muito menos idiota! –

- O que ele queria? – questionei.

- Ele queria que eu convencesse a ele que eu gostava de você de verdade e não estava de olho na sua conta bancária. – suspirei.

Comprensibile! – respondi baixo.

- Compreensível? Sério Isabella? – retrucou ofendido.

- Edward, todo mundo em Siena, e che ele teve conhecimento, sendo perché io falei ou perché ele conheceu, só se aproximava de mim devido a minha conta bancária. Estranho seria se ele não suspeitasse disso! – expliquei. – Io só non esperava che ele fosse falar algo desse tipo! – ele bufou. – De qualquer forma, entendeu agora che non precisa sentir ciúmes dele? –

- Entendi! E eu entendi também que o seu amigo é um completo idiota! – resmungou se levantando da cadeira e caminhando até o banheiro.

Dio santíssimo! – resmunguei controlando a minha vontade de berrar, enquanto deixava o meu corpo tombar na cama. – Per tutto ciò che è santo, jogue um raio na minha cabeça, nesse exato momento! –

- Para de drama! – Edward falou de dentro do banheiro e io bufei audivelmente para que ele ouvisse.

Io me deitei em minha cama direito encarando o teto. Io non podia deixar essa rixa idiota entre os due acabar com a minha volta a casa. Ainda encarando o teto, tateei a minha gaveta, da mesa de cabeceira, atrás do controle do meu ar condicionado e o liguei antes que começasse a ficar calor ali dentro. Em uns dez minutos, ele saiu do banheiro.

- Quer que eu vá dormir em outro lugar? – perguntou e io levantei apenas o meu peito, apoiando o meu peso em meus cotovelos apoiados no colchão.

- Dipende! Voui andare a dormire da qualche altra parte? – retruquei. Edward non respondeu, apenas apagou a luz e subiu na cama e deitando em cima de mim.

- Não. Eu não quero! – respondeu com a testa apoiada na minha, e apoiando o seu peso em seus braços, apoiados no colchão.  – Desculpa, eu não queria que você se estressasse. – ele engoliu em seco fechando os olhos e manteve a testa apoiada a minha, enquanto acariciava a minha bochecha com o seu polegar, e suspirou. – Eu estava tão focado em não deixar nenhum dos outros te estressar, que em momento algum eu pensei que pudesse ser eu quem iria acabar te estressando! – ele continuava com os olhos fechados e beijou a ponta do meu nariz.

- Se você me ouvisse, non iria me estressar! – ele suspirou de novo, tirando a cabeça da minha testa, e escondendo-a em meu pescoço.

- Você já está melhor, quanto ao fato de estar em casa? –

Un po’. Perché? – perguntei sentindo a sua respiração batendo em meu pescoço.

- Porque eu queria ficar no mínimo metade de dia só nós dois. Eu sei que você sempre disse que quando chegasse a Siena iria ficar só com os seus amigos, mas tem tempo que nós não ficamos só nós dois um pouco. Eu estou com saudades de você e do seu cheiro. – comentou inalando o cheiro do meu pescoço e fazendo um pequeno arrepio percorrer a minha pele.

Buon... Podemos, acho che non vai atrapalhar o roteiro che io fiz. –

- Você fez um roteiro por Siena? –

- Mais ou menos! – tentei dar de ombros enquanto levava a mão até os seus cabelos e os acariciava. – Na próxima semana, giorno 16, vai ter o Palio, dopo io havia pensado em irmos passar uma semana na casa de praia, antes de vocês voltarem a Forks. –

- Antes de nós voltamos a Forks! – ele frisou o nós.

- É... – dei de ombros. - Siena... Siena até que tem bastante coisa para conhecer, você só tem que ter disposição para andar e principalmente ter una senese do lado. –

- Acredito que eu tenha a melhor do meu lado. – io senti os seus lábios se repuxarem em um sorriso mais uma vez contra a pele o meu pescoço.

- No momento io sto debaixo de você. – apontei e ele riu. - De qualquer forma... Domani non será possível! Marquei de ir almoçar com o zio Aro, ele quer conversar comigo. Domani vocês estão por conta própria! –

- Vai sozinha? –

Sì. Ele quer conversar em particular comigo. Ma non se preocupe, você vai ter a chance de conhecer o zio Aro do mesmo jeito que conheceu o zio Marcus. –

- Não me preocupo com isso, quando você achar que é o momento certo de me apresentar as pessoas da sua vida, eu vou estar pronto. –

Io preciso dormir! – suspirei, levando a mão a boca para cobrir o meu bocejo. – É tão estranho... Pensei che as lembranças e memórias não me deixariam dormir, mas quando a noite caí io só consigo contar os minutos até o horário de dormir! Allo stesso tempo em che io pensei que non iria sentir a mínima vontade de dormir com você aqui, é o que io mais quero! Ma a vontade de dormir é maior! –

- Isso são os seus sentimentos. – comentou baixo, enquanto eu continuava a mexer em seus cabelos. – Você está com um mix de sentimentos a muito tempo, praticamente desde de deixou Forks, na verdade, acredito eu que desde que você foi para a Forks. E nas últimas semanas eles ficaram mais fortes, seja pelo nosso relacionamento, pelas brigas com Alice, ou pelas mudanças, por mais singelas que sejam, em sua vida, isso é sobrecarrega. Aqui é o seu lugar de paz. Onde você encontra a sua paz, mesmo depois de tudo o que aconteceu. É como se aqui fosse o único lugar onde você poderia descansar. Porque aqui você se sente em casa! Como se nada tivesse acontecido, então você está... Usando uma comparação ruim, mas a única que eu pensei, você está descarregando agora! –

- Pode ser... –

- Vem... – ele saiu de cima de mim e deitou de lado na cama. – Vem dormir. – io me aproximei dele, e ele prontamente me abraçou forte. Passei o meu braço pela sua cintura e enlacei as minhas pernas nas suas, e ele começou a mexer em meus cabelos e não demorou muito até io ter sido levada para o mundo dos sonhos.

....

Quando io despertei, io me mexi na cama sentindo-a vazia. Edward non estava mais ali, e em contra partida io sentia o cheiro de café no quarto. Senti o colchão ao meu lado afundar e o meu cabelo sendo colocado para o lado. Io já estava desperta, ma continuava com os meus olhos fechados.

- Bom dia. – ouvi a voz de Edward perto do meu ouvido e um beijo sendo depositado em meu pescoço.

Buongiorno. -  falei com a minha voz de sono.

- Dormiu bem? – igual a noite anterior, Edward deitou o seu corpo contra o meu, apoiando o seu peso em seus braços apoiados no colchão.

- Uhum... – io apenas balbuciei enquanto ele dava beijos pelo meu rosto, me fazendo sorrir.

- Eu tenho uma surpresa para você! – io abri os meus olhos, e ele afastou o corpo um pouco do meu para que io pudesse me virar de barriga para cima, e voltou a deitar o corpo sobre o meu.

- Que cheiro de café é esse? –

- Faz parte da surpresa para você! – disse simplesmente e beijou os meus lábios antes de levantar e ficar de joelhos na cama. Edward segurou as minhas mãos e me puxou para me sentar também. Io olhei para o lado e vi uma bandeja com café da manhã em cima da minha escrivaninha.

Posso andare prima in bagno? –

- Claro. – ele saiu completamente da cama e io me levantei da mesma, me espreguiçando.

Fui até o banheiro para fazer a minha higiene e lavar o rosto para despertar. Penteei o meu cabelo para desembaraça-lo, já que io pretendia lava-lo antes de sair para ir me encontrar com o zio Aro, e o prendi em um coque antes de deixar o banheiro. Edward estava me esperando, sentando, em minha cadeira em frente a escrivaninha e a bandeja com o café da manhã. Assim que io deixei o banheiro, ele abriu os braços e io me sentei em seu colo, vendo a bandeja cheia. Due xícaras com cappuccino, alguns croissant, e morangos cortados em um potinho de porcelana, e um pequeno vasinho branco com uma rosa vermelha e sem espinhos.

Ele pegou a rosa de dentro do vasinho e colocou atras de minha orelha. Io rocei o meu nariz ao dele, antes de beijar-lhe os lábios. Noi tomamos café e acabamos ficando no quarto mais um longo tempo. Io tinha marcado com zio Aro ao meio dia, e ele era pior que um inglês com o quesito pontualidade. Io me levantei para tomar um banho e Edward foi chamar os outros para almoçar na rua e io fui para o banheiro. Tomei um banho, lavando os meus cabelos. Deixei-os enrolado na toalha enquanto ia até o quarto me vestir. Estava calor e quente, então uma jardineira e uma camiseta branca era simples, contudo, o mais útil para o verão europeu.

Usei o secador para secar os meus cabelos. Io calcei os meus tênis branco e os calcei, io já estava pronta, a minha pequena bolsa já estava pronta com a minha carteira e as chaves, meu celular e as minhas chaves. Pendurei-a em meu ombro e peguei os meus olhos de sol e saí do quarto. Emmett, Rose e Edward estavam na sala tentando decidir onde iriam almoçar. Desde che Edward havia pedido para io parar de ser a guia turística deles e deixar eles se virarem sozinhos, io só dava alguma opinião quando eles me pediam. Io ouvia os três conversando na sala, enquanto pesquisavam as coisas no celular io fui até o escritório che era do mio babbo, fechando a porta da sala e indo até a parede dos fundos, atrás da sua mesa de trabalho.

Ao olhar para a mesa, io foi difícil controlar os meus batimentos cardíacos ao me lembrar dele sentado ali trabalhando. Fechei os olhos por alguns segundos e respirei fundo, inalando e exalando algumàs vezes e engoli o bolo e o choro che se formou em minha garganta, voltei a abrir os meus olhos e tirei o quarto da paisagem de Siena da parede, apoiando-o no chão e revelando o cofre que tinha ali. Io sabia a senha dele, na verdade, no atual momento io era a única che sabia a senha dele, babbo só havia contado para a mia mamma e per me. Dentro do cofre só tinha alguns documentos da casa e da empresa, che garantiam que tudo ficaria per me. Além do testamento de mio babbo, che já havia sido lido a meses. Fora isso, algumas pequenas caixas com as coisas che mio babbo e mia mamma achavam importante de manter, io sabia lo che tinha dentro de uma das caixas, eram chaves reservas da casa, do carro dele e da empresa, da casa de praia e do barco che ele tinha, sempre che madrina vinha até aqui em casa, ele pegava uma das cópias da casa e deixava com ela, para che ela não ficasse presa a mia mamma ou ao mio babbo. A outra coisa tinha um pouco de dinheiro em espécie, a maioria em euro ou dólar, ma tinham notas de outros países também.

Peguei duas cópias da chave, io non sabia se Alice e Jasper ficariam com o resto do grupo, e io definitivamente non estava a fim dela ficar perturbando as pessoas perché havia ficado presa fora de casa. Estava quase fechando quando uma das caixas chamou a atenção, pela lógica era o item menos valioso que tinha ali, principalmente levando em consideração as escrituras das casas, da empresa, dos carros e do barco, além de todo o dinheiro em espécie, mas de certa forma era uma das coisas mais sentimentais che tinha ali.

Deixei as chaves em cima da mesa e peguei a tal caixa a abrindo. Era a câmera profissional que o mio babbo tinha. Era um dos hobbies dele, algo que o acalmava, como ele mesmo dizia. Toda viagem que fazíamos ela iria junto, na verdade qualquer tipo de passeio ela ia junto, isso se ele não a levasse para todos os cantos que fosse, já que qualquer coisa que ele achava bonita ele tirava uma foto, e consequentemente imprimia, ele tinha mais de dez álbuns de fotos no quarto dele só com as fotos que ele tinha tirado.

Io tirei a máquina de dentro da caixa e tentei liga-la, mas obviamente ela estava descarregada. Babbo deveria estar furioso em seu túmulo pela coisa material, que ele mais gostava, estar esquecida dentro de uma caixa, em um buraco na parede, com certeza ele gostaria que essa câmara visse a luz do dia e por alguém que gostava e tinha o mesmo hobbie que ele, e em um suspiro uma pequena lembrança de Nápoles, mais precisamente em Pompeia voltou a minha mente.  

- Tirando foto de novo, Cullen? – Rose perguntou após termos ouvido um click de uma câmera.

- De novo? – io perguntei.

- Você é a única que ainda não percebeu que ele tira cerca de dez fotos suas a cada meia hora... –

Balancei a cabeça sorrindo quando a lembrança se dissipou. Spero non ti dispiaccia, babbo. Coloquei a caixa com a câmera em cima da mesa, e fechei o cofre, colocando o quadro no lugar. Retirei a bateria da câmera e peguei o carregador, que estava junto dentro da caixa e fechei a mesma. Peguei a caixa e as chaves, que havia separado e deixei o escritório, e notando um silêncio absurdo vindo da sala. Subi as escadas voltando ao meu quarto e ouvi o barulho de água vindo do banheiro, provavelmente já tinham decidido para onde iriam e foram se arrumar. Guardei a caixa no armário, io queria fazer uma pequena surpresa para ele, e coloquei a bateria para carregar.

Deixei o quarto vazio para que ele pudesse se aprontar em paz e desci de novo, io ainda tinha um tempinho até o horário que havia marcado com Aro e resolvi me sentar no sofá e esperar che eles descessem. Non demorou muito e um foi descendo, um atrás do outro.

- Achei que já tinha ido. – Rose comentou quando desceu ao lado de Emmett.

- Io estava esperando vocês! – expliquei me levantando do sofá. – Edward já avisou que eu vou ver o meu zio, né? – ela assentiu. – Então, para que vocês não fiquem me esperando na rua ou que ninguém fique preso dentro de casa ou na rua. – io estiquei as duas chaves, presas em chaveiros simples. – É da porta da frente. Como io suponho que vocês três vão ficar juntos... – io deixei a chave cair na palma da mão de Edward, quando ele esticou a mão na minha direção. – Ma caso precisem, io tenho outra, Alice sabe como meus pais eram, e quando meus padrini vinham para cá, eles sempre pegavam uma chave reserva para non ficar dependendo de ninguém. – io entreguei a chave a Alice. – Vê se perde. De novo! Já tivemos que trocar as fechaduras cinco vezes por sua causa nos últimos anos! – ela bufou e Jasper pegou a chave da mão dela.

- Fica comigo! Eu sei muito bem o quanto ela costuma perder as coisas. – ele guardou a chave dentro da sua carteira, antes de guarda-la no bolso da bermuda.

- Resolveram para onde vão? – questionei.

- Ostra do Divo. Algo desse tipo. – Rose respondeu e io balancei a cabeça rindo.

- Osteria da Divo! –

- Isso. Isso ai! – ela riu comigo.

- Ela fica atrás da Duomo, é aqui perto e é muito bom! Non é um dos mais baratos che tem em Siena, ma é ótimo. – io peguei a minha bolsa no sofá e pendurei no ombro. – Dopo... Cammina verso nord, na direção do stadio Artemio Franchi, por uns dieci minuti e vocês vão chegar na melhor gelateria da cidade. –

- O Artemio Franchi não fica em Florença? – Edward perguntou confuso.

- Também! O que é a casa da Fiorentina, fica em Firenze. Tem alguns estádios na Itália batizado de Artemio Franchi. Eles foram batizados em homenagem ao ex-Presidente da Federação Italiana de Futebol e da UEFA, o Artemio Franchi, aqui ele recebeu essa homenagem, por assim dizer, porque ele faleceu aos arredores de Siena em 1983 em um acidente de carro. – expliquei. – A propósito, a caminho da The Masgalano Gelateria, vocês passam por uns três observatórios que dá pra ver toda Siena. Fica bem na esquina da Basílica de São Domingos. Só tomem cuidado perché naquela área tem muito carro! –

- Nós vamos ficar bem, não se preocupe. – Rose garantiu. – E a senhorita, qualquer coisa liga. Manda mensagem. Sinal de fumaça... –

- Non se preocupe. Io conheço Siena melhor que a palma da mia mano. –

- Não duvido. – ela riu.

Com as cópias das chaves dadas, todo mundo saiu de casa junto, e io tranquei a mesma. Noi fomos juntos até a Piazza del Campo, que já estava sendo arrumada para o palio da próxima semana. Na Piazza io me separei deles, seguindo até o prédio onde ficava a empresa de mio babbo, e eles seguiram para o restaurante. Em algumas ruas eram possíveis andar de carro se você fosse morador, ma as ruas eram tão pequenas e apertadas, que nem valia muito a pena. Era difícil encontrar alguém em Siena que andava pela cidade de carro. Io entrei no prédio e o recepcionista do lobby quase cuspiu o café que bebia quando me viu entrando, tinha meses que ela não me via, desde antes de mio babbo falecer, eu raramente vinha aqui. Avisei que mio zio Aro estava me esperando e ela ligou para ele, para avisar que io estava subindo enquanto io subia as escadas, já que a prefeitura jamais havia permitido colocar o uso de elevadores no prédio.  

A secretária de zio Aro disse que ele já estava me esperando, que era só entrar. Mesmo assim, io bati a porta e esperei pela autorização dele. Io abri a porta e entrei, ele estava sentado em sua poltrona, atrás de sua mesa de madeira escura com uma pilha de papéis a sua frente. Ao me ouvir entrar, ele levantou a cabeça e um sorriso apareceu em seus lábios.

Bambina. – ele levantou da cadeira, largando a caneta em cima dos papéis e veio até mim.

Ciao Zio. -  ele me abraçou forte e apertado.

Come stai bambina? –

- Bene e tu? –

- Bene... Bene... – ele beijou o topo da minha cabeça e me soltou. – Cadê os seus amigos e sua prima? –

- Andando pela città. – expliquei. – O senhor disse que queria falar comigo em particular. –

- E desde quando a sua prima entende o que particular significa? – rebateu e eu apenas dei de ombros.

- Tem gente controlando-a, por assim dizer. –

- Bom, deixa eu pegar a minha carteira e vamos, aqui perto mesmo che daqui a pouco io ho uma reunião. –

- Está tutto bene com a empresa? –

- Tudo ótimo, as ações estão crescendo, tiveram uma pequena baixa depois do acidente com os seus pais, mas estão crescendo de novo e está tudo indo bem. – comentou indo até a sua mesa e abrindo uma das gavetas da mesma.

Ma.... Perché? Non é só perché mio babbo dirigia uma Ferrari, que isso deveria interferir na empresa, até perché non foi falha no carro. – apontei vendo-o guardar a sua carteira de couro no bolso do paletó e se aproximando de mim de novo.

Lo so. Ma de qualquer forma, deu uma leve atrapalhada, mas nada significativo, non se preocupe com isso! – ele apoiou a mão em meu braço, o afagando. – Marcus e io estamos cuidando da empresa muito bem até chegar a hora de você assumir ela, caso queira. –

- E caso non queira? – perguntei e ele sorriu.

- E caso non queira continuaremos cuidando muito bem dela. – respondeu afagando o meu braço de novo. – Andiamo. –

Noi deixamos a sua sala e ele informou a secretária de che estava saindo para almoçar e pediu que ligasse para ele, apenas se fosse extremamente importante, e logo em seguida partirmos para o elevador. Deixamos o prédio e caminhamos para o restaurante que tinha aqui perto, na mesma quadra. Aro pediu uma mesa do lado de fora no restaurante, devido ao calor, do lado de fora estava um pouco mais fresco do que o lado de dentro, e em poucos segundos um garçom chegou com dois cardápios, com os pedidos feitos, e de ele ter pedido uma taça de vinho para ele e io uma coca cola, o garçom partiu para o lado de dentro do restaurante.

Enquanto esperávamos pelo almoço, e enquanto comíamos, ele ia me perguntando como estava sendo a vida em Forks. Se io tinha me adaptado a città, se estava tudo indo bem com os mios padrini e com Alice, se io tinha feito amigos, ao contrário de Siena che io non tinha nenhum. E io respondi sinceramente. De certa forma io havia me adaptado a città, non havia me acostumado ainda com o clima, com a constante chuva, neblina e frio, mesmo durante o verão. Com mios padrini estava tudo indo muito bem, sempre havia me dado bem com eles, e desde o acidente, por mais super protetores que eles pudessem estar, io continuava me dando muito bem com eles. Agora quanto a Alice... Io apenas dei de ombros quando ele perguntou o motivo dela estar agindo desse jeito. O que eu poderia responder? Nem io sabia o motivo para ela estar agindo desse jeito, io nunca tive uma resposta para essa pergunta che anch’io fazia. E quanto aos amigos, buon, de amigos mesmo era a Rose, Emmett e o Edward. Io me dava bem com o Jasper, mas non sabia se io podia denominar isso como amizade. Era um progresso, para quem, em Siena, non tinha nenhum amigo da mesma idade, em Forks io já tinha due, tre se contasse com Jasper.

Zio. – ele me encarou dopo che trouxeram a sobremesa e o café che pedimos. – Zio Marcus non comentou com o senhor quanto a Edward? – perguntei mexendo com a colher na minha panna cotta.

Comentou! – respondeu simplesmente bebendo um gole de seu café.

- Non vai falar nada? –

- O que quer que io fale? Non sou seu pai, não tenho nenhum motivo para me intrometer nisso! Marcus falou que Renata sabe, se ela que é sua família, sua madrina e está de acordo, non tenho motivos para falar nada. – ele bebeu outro gole do café. – Ma deixa io te perguntar... Você está bem com ele? Felice? – questionou e io apenas assenti. – Então per me tudo bem! –

- Ma... No fundo, bem no fundo, ho un po’ de paura. -

- De que? – questionou.

- No lo so ao certo. – respondi por mais confuso que pudesse ser. – Nem é pela città que moramos agora. Io sei que caso eles descubram será um verdadeiro inferno, ma... Ele é mais velho, e se em algum momento a diferença de idade atrapalhar em algo? Nos planos de algum dos dois? Se agora ele receber uma ótima proposta de emprego em outro lugar, io non vou poder seguir com ele, até os meus dezoito anos, io sto praticamente presa a madrina Renata. E io non vou aceitar ele perder algo desse tipo por minha causa, do mesmo jeito che io non vou aceitar se for ao contrário. –

- Ele sabe que você quer voltar a Siena aos dezoito anos? – perguntou apoiando os braços na mesa.

- Io já deixei isso claro milhares de vezes desde o giorno em que nos conhecemos, então, sì, ele sabe. E caso ele queira vir comigo será muito bem vindo, mas e se non quiser?! Ele mesmo disse que non deixa Forks por causa da família dele. – ele suspirou. – Io ho paura perché io me sinto bem perto dele, muito bem perto dele, nem mesmo o carro me incomoda quando ele está do meu lado, e io non posso dizer o mesmo em relação as outras pessoas, ma e se no futuro isso acabar e io non conseguir me sentir bem sem ele do meu lado? –

- Bella... Você vai fazer dezesseis anos, vai ver que com o passar dos anos esses sentimentos melhoram. –

- Ou não... –

- Ou não... – suspirou concordando comigo. – Bella, quem vai poder te ajudar quando a isso é sua madrina, sua amiga... Por mais que ele te faça bem, você não pode viver a sua vida em prol dele. Você é uma pessoa, ele é outra. Cada um tem seus sonhos e ambições, e você não pode deixar as suas de lado por causa dele. Por mais que agora você não esteja deixando, não pode deixar em momento algum. Agora, quanto a isso de ter medo de ser apenas feliz com ele... Bambina io non sei como resolver isso, sabe que io só sabia ser feliz ao lado da minha esposa e filhos e agora... – ele suspirou de novo. – Io só vivo para o trabalho e sei o quanto isso é errado! Ma não consigo resolver isso. Talvez precise de terapia, lo so! No momento bambina você está fragilizada, e pensa que só vai se sentir bem perto dele, mas você vai ver que conforme o tempo for passando e você for melhorando, você vai aprender a viver bem com ele ou sem ele. E pelo que você falou durante essa viagem você saiu bastante com a tal de Rosalie, sem ele no caso, o que significa que você também fica bem longe dele. Talvez ainda não dentro de um carro, mas fazer coisas do dia a dia sem ele junto, é um passo. Você está aqui sozinha, você sabe que vai vê-lo de novo a noite, e isso, no fundo, já é o suficiente para você. Então, se ele se mudar por causa de trabalho, você vai viver os seus dias e sabe que em algum momento, férias, feriados ou finais de semana vocês vão se ver e será o suficiente por enquanto. Agora... Caso vocês terminem, io sinceramente non sei o que falar para você! Mas se o relacionamento vai bem, io non vejo motivo para acabar, mesmo com a diferença de idade, pelo que você fala, pelo que Marcus falou, não tem motivos para vocês terminarem, pelo menos não por enquanto. Não precisa ter medo, bambina¸ e caso tenha... Conversa com ele! – ele esticou as mãos por cima da mesa e afagou as minhas mãos e o seu telefone tocou. – Um minuto. Sì? In dieci minuti arrivo! – ele desligou o telefone. – Buon, vamos terminar esse doce e esse café, perché io tenho uma reunião agora. –

Noi terminamos de comer e Aro quis pagar a conta sozinho. Noi andamos juntos até a porta da empresa de novo e ele subiu para a sua reunião e io resolvi andar um pouco por Siena sozinha. Io me deixei me perder pelas ruas de vielas de Siena, sentindo a calma e tranquilidade que a città transmitia tomar conta do meu corpo. Resolvi passar em uma doceria para comprar algumas coisas, e voltei para casa, eram quase seis horas da tarde, com duas caixas medianas de doce e um copo de café em mãos.

A casa ainda estava vazia quando io cheguei, ninguém havia voltado ainda. Levei os doces para a cozinha, tirando-os das caixas e guardando em potes e descartei as caixas, antes de subir para o meu quarto. A bateria da câmera já estava carregada, tirei-a da tomada e peguei a caixa com a câmera dentro do meu armário. Livrei-me de meus tênis e me sentei na ponta da cama, colocando a bateria na mesma e a ligando, io dei uma olhada na memória da cama, e a encontrei vazia. Babbo sempre limpava a memória após imprimir as fotos e salva-las em pen drives. Como ela estava vazia, io voltei a guarda-la na caixa e voltei a guarda-la em meu armário, separei uma roupa fresca e fui tomar um banho para me refrescar, sabendo que não séria o último do dia.

Eram quase oito horas quando ouvi a porta da sala abrindo e eles entraram. Io estava deitada no sofá da sala com a televisão ligada em algum jogo amistoso para o início do campeonato, era um canal local de Siena, portanto quem estava jogando era o time da cidade.

- Se perderam? – perguntei quando eles chegaram à sala e io me sentei no sofá.

- Eu odeio esse lugar. – Rose resmungou sorrindo. – Eu estou achando que era, sei lá, umas quatro da tarde, quando fui ver o horário, são quase oito da noite e está um sol de rachar lá fora ainda. – reclamou e io ri junto com ela.

- Ainda não se acostumou? Está há due meses na Europa e ainda não se acostumou? –

- Não! – rebateu rindo e Edward se sentou ao meu lado.

- Querem fazer o que agora a noite? Querem sair para comer ou... –

- Podemos fazer pizza? – Rose perguntou me encarando com os olhos de um cãozinho de caiu do caminhão de mudança.

- Fazer ou pedir? –

- Fazer! Deixamos Forks com você me devendo uma noite de pizza. –

- Podemos! Você limpa a bagunça. – ela assentiu.

- Vou tomar um banho e já venho te ajudar. –

- E como foi? – perguntei a Edward, me virando para ele, dopo todo mundo ter subido de volta aos seus quartos.

- Alice... Estou surpreso, Alice se comportou! – deu de ombros. – No geral, foi muito bom. – comentou passando os braços por cima dos meus ombros.

- Gostou da minha Siena? –

- Muito! –

- Moraria aqui? – perguntei e ele virou o rosto me encarando.

- Está me convidando para me mudar para cá? – perguntou sorrindo.

Buon... Você sabe que io pretendo voltar a Siena dopo os meus dezoito anos... Então, caso queira ficar comigo... –

- Não sei... –

- Edward... – resmunguei e ele riu forçando o seu corpo contra o meu, me deitando no sofá e deitando em cima de mim.

- Obvio que eu moraria aqui com você garota! – ele roçou o nariz contra o meu.

- Ma você disse que não deixava Forks por causa da sua família. – lembrei-o.

- Eu disse que o que me prendia em Forks era maior e mais forte do que me prendia fora de Forks. E isso foi antes de você entrar na minha vida! – ele roçou os lábios aos meus, e io passei os meus braços pelos seus ombros, abraçando-o pelo pescoço.

Domani io vou apresentar vocês a mia Siena, a Siena que turistas non veem. – ele assentiu. – Semana que vem, dopo palio, io quero levar você em um lugar, ma para isso, você vai precisar dirigir e saber se confia nos quatro para deixa-los sozinhos por vinte e quatro horas. –

- O que está planejando? – perguntou.

- Você non tinha me pedido meio dia só noi due? – ele assentiu. – Então pronto, io quero um dia inteiro! – respondi meio que dando de ombros. – Passar uma noite numa città vizinha apenas para que possamos ficar noi due sozinhos. – expliquei. – E quando voltarmos vamos passar uns dias na praia. Antes de voltar a Forks. –

- Tudo bem... – ele roçou o nariz ao meu de novo e beijou-me os lábios.

- Bora fazer pizza. – a voz de Rosalie fez com que os nossos lábios se separassem.

Io beijei os seus lábios antes de ele sair de cima de mim, segurando as minhas mãos e me puxando para me sentar também. Me levantei do sofá e fui seguindo Rose até a cozinha, prendendo o meu cabelo em um coque alto para não me atrapalhar. Io fui fazendo algumas massas de pizza, e Rosalie foi me ajudando, ou atrapalhando, tanto faz, e como ela não é boba nem nada, colocou Edward e Emmett para limpar a bagunça e mandou, literalmente mandou, o irmão e Alice irem no mercado que tinha aqui perto para comprar umas coisas que não tinham em casa.

Edward trocou de lugar com Alice, já que Alice sabia muito mal o italiano e às vezes fingia que não sabia nada, e foi com Jasper até o mercado, e enquanto Emmett foi lavando a louça, Alice foi colocar a mesa, apenas para ficar longe de mim. Io queria ficar longe dela, e iria agradecer se ela não quisesse ir conosco pelo menos amanhã, ma io sabia que ela iria, até porque, desde que ela descobriu sobre Edward e io, ela fazia questão de ficar perto de nós, como se quisesse reunir o máximo de provas possíveis para contar aos pais, sendo que madrina já sabia, e non duvidava nada de che padrino também sabia, até perché se a mãe de Edward contou a madrina Renata, o que me garantia que o dr. Cullen, non tinha contado ao padrino?

....

No dia seguinte io acordei primeiro che todo mundo na casa. O giorno ainda não tinha nem nascido direito, ainda non tinha nenhum vestígio do sol despontando no céu e io já estava em pé, na frente do fogão fazendo café na minha moka. Ontem durante a noite da pizza do jeito que Emmett tinha chamado, io havia avisado que iria levar Edward por um pequeno tour pela Siena que os turistas non viam, e todo mundo havia concordado a ir junto, infelizmente, esse todo mundo incluía Alice. Então io avisei que era para todo mundo acordar bem cedo, para que começássemos o dia como verdadeiros sienenses, ma foi em vão, ninguém havia me ouvido e acordado cedo, ou então io havia acordado cedo demais.

Com duas xícaras de café fumegante, e mais metade na moka, io voltei ao meu quarto. Edward ainda dormia, e io apenas coloquei as duas xícaras em cima da minha escrivaninha e fui até o meu guarda roupa pegar uma roupa confortável e leve para suportar a caminhada que faríamos e o sol. Só dopo io ter tomado banho e me vestir que io fui acordar o Edward. Sentei-me ao lado dele na cama, e ajeitei o seu cabelo bagunçado, chamando-o baixo, enquanto acariciava a sua bochecha e sentindo a sua barba começando a crescer. Ele mexeu a cabeça devagar na cama até finalmente abrir os olhos sorrindo para mim.

Buongiorno. –

- Bom dia. – ele beijou a palma da minha mão que ainda acariciava a sua bochecha. – Geralmente sou eu quem te acorda, não? –

Buon... Sì. Ma non tínhamos combinado de acordar cedo hoje? – questionei, ele nem me respondeu, apenas pegou o seu telefone na cabeceira ao lado da cama e apenas desbloqueou a tela para ver a hora.

- O sol nem nasceu ainda! –

- Quando io falo de acordar cedo... É nesse nível... – ele balançou a cabeça rindo. – Até porque, até tomo mundo acordar e se aprontar o sol já nasceu! E temos muito o que ver oggi. 

- Você já está pronta? – io apenas assenti. – Em uns dez minutos eu estou pronto e completamente desperto. –

- Talvez isso aqui ajude. – respondi pegando a xícara de café che io tinha subido para ele e lhe entregado, dopo ele ter se sentado na cama.

- Eu não sei se é o grão do café, ou porque é feito numa moka, ou porque você que faz... Mas esse é simplesmente, de longe, o melhor café que eu já tomei na vida. – respondeu levando a xícara até os lábios.

- Só para inflar o meu ego io vou dizer que é porque fui io que fiz! – ele balançou a cabeça sorrindo. – Io vou acordar os outros enquanto você se apronta. – io aproximei a minha cabeça da dele e beijei-lhe os lábios.

Peguei a minha xícara e sai do quarto. Caminhei até o quarto ao lado, onde Rose e Emmett estavam e bati na porta. Ninguém havia me respondido, e io esperava que todo mundo estivesse vestido, perché io entrei mesmo sem resposta. Abri a porta e entrei, os dois estavam esparramados na cama, io nem sabia como eles cabiam ali direito de tão esparramados que estavam. Io me aproximei de Rose, pé a pé e a balancei o seu braço.

- Mais cinco minutos, tia Esme... – pediu ainda dormindo.

- Rose acorda... – falei e ela abriu um dos olhos.

- Quem morreu? –

- Que? Ninguém. Não tínhamos combinado de acordar cedo para conhecer Siena? –

- Já amanheceu? –

- Non... – ela me olhou feio. – Ma até todo mundo acordar e se vestir o sol já nasceu. Principalmente Emmett que demora para levantar. –

- Tá bom. Já vou levantar. –

- Tem café lá embaixo. –

Io sai do quarto e fui até o quarto da Alice, e sabendo o quanto Alice era insuportável, eu resolvi acordar Jasper, mas ele já tinha levantando e estava indo ao banheiro começar a se arrumar e disse que já acordaria Alice. Dopo io ter acordado todo mundo, io voltei ao meu quarto e conseguia ouvir a água caindo no banheiro. Enquanto esperava Edward terminar de tomar o seu banho e se vestir, eu fui até o meu guarda roupa e peguei a caixa com a câmera que era de mio babbo e deixei em cima da cama, enquanto ia pegar uma pequena mochila e arruma-la para sair. Coloquei ali dentro uma pequena blusa de frio, perché io era uma pessoa prevenida e o tempo podia mudar rápido e também perché io pretendia voltar apenas a noite, e às vezes, dopo, o sol se pôr poderia ficar um pouco frio.  

Coloquei na minha mochila também a minha carteira e o meu celular. Io estava terminando de arrumar a minha mochila pequena quando Edward saiu do banheiro sem camisa, apenas com a sua bermuda. Ele terminou de se vestir e me entregou a sua carteira para que io guardasse em minha mochilinha também.

Amore... – io o chamei dopo io ter terminado de arrumar a minha mochila e enquanto ele vestia a sua camisa.

- Fala. –

Io... Io ho un regalo per te... – comentei e ele me encarou.

- Por quê? –

- Está mesmo me perguntando o motivo de io estar te dando um presente? –

- Estou! –

Perché io quero! – dei de ombros. – Non pode simplesmente aceitar e ficar por isso mesmo? –

- Posso. Se quando eu te der alguma coisa você também não reclamar... –

- Farei o possível! – ele balançou a cabeça rindo.

- O que é? – questionou. Io peguei a caixa preta em cima da cama e entreguei a ele.

- Antes que pergunte, io non gastei nada! – ele pegou a caixa e apoiou a caixa em cima da minha escrivaninha e a abriu, vendo a câmera profissional que tinha ali. – Era do mio babbo. Ele vivia levando-a para cima e para baixo sempre que... Sempre que entravamos em um carro, praticamente, às vezes io até pensava que ele gostava mais dela do que de mim... – brinquei.

- E por que está me dando isso? Isso é importante para você, era do seu pai. –

- E o que io vou fazer com isso? Ele gostaria que alguém que gostasse disso, que tivesse como hobbie as fotos do mesmo que ele tinha, herdasse a câmera. Io penso que ele non iria se importar e até gostar! – dei de ombros. – Io estava mexendo no cofre ontem e achei a câmera lá guardada e lembrei de quando estávamos em Nápoles e você tinha me dito que quando morava em Milano, até chegou a trabalhar com fotos e só parou com o hobbie perché o Emmett quebrou a câmera. –

- Bella... Não sei se eu posso aceitar... Era do seu pai é importante para você e... –

E anche tu sei importante per me! – ele sorriu para mim. – E buon, ou você aceita ou então ela vai ficar esquecida dentro do cofre! E qualquer argumento que possa usar io pretendo fazer chantagem emocional até aceitar. – ele balançou a cabeça rindo. Edward soltou a caixa e se aproximou de mim, segurando o meu rosto, delicadamente, entre as mãos e roçou os lábios aos meus.

- Eu te amo. –

Ti amo. – ele roçou o nariz ao meu antes de encostar de novo os seus lábios aos meus.

Edward beijou-me os lábios, antes de deslizar a ponta da língua pelo meu lábio inferior, e os entreabri e ele deslizou a sua língua para dentro da minha boca, encontrando a minha. As nossas línguas se enroscavam e deslizavam uma contra a outra. Suas mãos desceram de meu rosto até a minha cintura, me abraçando e apertando o meu corpo contra o dele, e me fazendo ficar um pouco na ponta dos pés. Io abracei o seu pescoço e ele me puxou para cima, me pegando no colo e io abracei a sua cintura com as minhas pernas.

- Vamos embora, que eu não acordei cedo atoa. – o nosso beijo foi interrompido com a batida de Emmett na porta, sendo seguida pela sua voz.

- Você tem razão... Nós precisamos de vinte e quatro horas só nós dois. – ele comentou suspirando e sorrindo io beijei os seus lábios antes de ele me colocar no chão.

Andiamo. – io peguei a minha mochila, pendurando-a no ombro e tirei a câmera da caixa e entreguei a ele. Edward pendurou a câmera no ombro e segurou a minha mão e noi deixamos o quarto.

Noi deixamos a minha casa. Noi começaríamos o dia na Contrada dell’Aquila seguimos primeiro para o café da Lena, na Piazza Postierla, para um típico café da manhã sienense com a bagunça e barulho alto dos homens engravatados correndo para o trabalho. Dopo seguimos primeiro para o Palazzo Chigi-Saracini, que havia sido construído em meados do século XII pela família aristocrática Marescotti, que havia sido exilada da cidade por volta de 1340, e agora, todo mundo que descendia dessa família, raramente usava o sobrenome, como Marlena. Todos em Siena, durante todos os últimos séculos, falavam que o sobrenome Marescotti era um sobrenome amaldiçoado.

Palazzo era feito em estilo gótico e descrito por muitos como uma “beleza gótica com uma fachada curva e um pátio nos fundos”. Oggi Palazzo abrigava a sede da Academia Musical Chigiana. Noi entramos no prédio por uma passagem coberta, que nos levou a um pátio fechado, com uma loggia e um antigo poço no centro. O lugar possuía uma dignidade serena, principalmente levando em consideração a história do lugar, contudo ele não era nem grande e tampouco imponente, e por vários séculos, diversos cavaleiros com pesadas armaduras tiravam água daquele velho poço para os seus cavalos, e debaixo de nossos pés, aqueles piso de lajotas de pedra tinham sido alisadas pelos cascos dos cavalos e pelas rodas das carroças.

Quando Rose parou ao meu lado, provavelmente pensando que aquele lugar não era tão importante assim para ser visto, io apenas apontei para o teto feito de mosaico e ao fundo era possível ouvir um guia falando em inglês para um pequeno grupo de três pessoas, sobre a história do local de forma sucinta.

- O Palazzo Chigi-Saracini, um dos mais belos de Siena, pertenceu originalmente à família Marescotti. O núcleo da construção é muito antigo, mas, durante a Idade Média, os Marescotti começaram a incorporar as construções vizinhas e, como muitas outras famílias poderosas de Siena, começaram a erigir uma grande torre. Foi dessa torre que a vitória em Montaperti, em 1260 foi anunciada pelo som de um tambor ou um tamborim. –

Io os guiei até o salão de concerto, que era um aposento de pé-direito alto, decorado nas cores do leite e do mel e com toque de ouro nos acabamentos. Ali tinha cerca de duzentas cadeiras dispostas para a plateia, e no extremo oposto, era o local onde os integrantes de uma orquestra afinavam seus instrumentos. E como a maioria dos espaços em Siena, ali não havia nada moderno que pudesse atrapalhar a visão. De lá, noi descemos pela Via Malcontenti, onde antigamente os criminosos eram levados para as prisões ou castigos, e quem fosse “perdoado” era exilado da città para non voltar mais, ou pelo menos, não voltar por muitos anos! Noi subimos a rua até a chegarmos a Piazza del Campo, e antes de chegarmos a praça, que estava fechada para a arrumação do Palio, io os levei para subir na Torre del Mangia.

Era fácil localizar tanto a Piazza del Campo quanto o Palazzo Pubblico, lugar que iriamos logo a seguir, porque era difícil não avistar o alto campanário, que era a Torre. Ela havia sido construída durante a baixa Idade Média. Muitas pessoas a descreviam como um lírio, um orgulhoso monumento à pureza feminina, com sua flor branca de pedra sustentada no alto por um caule longo e vermelho, de forma bastante curiosa, ela havia sido construída sem fundações, e até hoje ela se mantém de pé, há mais de seis séculos, sustentada unicamente pela graça de Deus e pela fé. Algo que fez com que Emmett se recusasse a subir a Torre, com medo de ela cair justamente hoje, mas ao ver que ficaria sozinho na Piazza, ele subiu junto.

Noi subimos o Torre e ali era um dos melhores pontos panorâmicos da città, de onde tinha uma vista dolorosamente linda, principalmente para quem não se importava com a cidade toda “marrom”, como Alice amava resmungar. De lá era possível ver o Campo em forma de meia-lua, que parecia muito a mão de um jogo de cartas com o lado das imagens virado para baixo. Ao voltamos para a rua, para entrarmos no Palazzo Pubblico, foi impossível não comentar o que mio babbo sempre falava per me. Se io tivesse qualquer dúvida de onde io estava, bastaria apenas io imaginar que eu tinha uma bola e a botava no chão, e independentemente de onde io tivesse na cidade, a bola rolaria diretamente para o Palazzo Pubblico, perché ele era o cuore de Siena. Obviamente non era cem por cento correto, ma todo sienense amava essa “ideia”.

Palazzo Pubblico, assim como todo o governo, havia crescido com o tempo. Na sua origem ele não passava de uma sala de reuniões para nove administradores, e agora ele era uma estrutura assombrosa. Io non tinha certeza se era perché muita gente que trabalha ali sabia quem io era, ma ao entrar no pátio interno, uma sensação horrível de estar sendo observada tomou conta do meu corpo, e isso era o pior, não saber ao certo se eram pelas pessoas que ali estavam ou se pelas sombras remanescentes, que io sabia que existia, de gerações passadas, gerações dedicadas à vida dessa cidade, desse pequeno torrão de terra, que era como um pequeno universo completo em si mesmo.

Guiei o meu pequeno grupo até o Salão da Paz, onde diversos afrescos cobriam as paredes do salão, todos pintados por um maestro sienense no final da década de 1330. O mais “novo” que tinha naquele salão chamava-se Alegoria do Bom Governo, provavelmente terminado em 1340, alie era como uma representação para celebrar o fim da desavença entre as principais famílias da cidade.

- Isso... Não faz muito sentido. – Jasper comentou olhando para o afresco, enquanto io notei com o canto dos olhos Alice digitar algo em seu celular. – Por que tanta briga assim entre duas famílias. –

- É complicado. – comentei olhando o afresco que cobria toda a extensão da parede. A metade esquerda retratava uma cena urbana e tranquila, com cidadãos comuns cuidando de suas atividades, e a metade direita era um vasto panorama do interior, fora dos muros da cidade. – Em 1339, finalmente, fez-se a paz entre os Tolomei e os Salimbeni, que eram as famílias mais ricas e influentes que a cidade tinha, e praticamente ainda tem, pelo menos a minha família, io já comentei a um tempo que mia mamma era uma Tolomei. Se bem que, pelo menos no interior de Siena, as duas famílias ainda viviam em completa guerra em 1340. A paz entre as famílias teve consequências imprevistas, isso sempre acontece quando os burocratas tentam ajudar, até perché quando suas pessoas querem brigar, é impossível detê-las, e se você impede a briga dentro da cidade, elas brigam na zona rural e consequentemente acabam saindo impunes. Contudo, dentro da cidade, os tumultos sempre foram interrompidos antes que as coisas fugissem completamente do controle. – suspirei. – Io odeio falar isso, mas é a pura verdade, Siena noi sempre tivemos uma milicia, e desde os primórdios, por assim dizer, para manter os Salimbeni e os Tolomei sob controle, os sienenses tinham que estar... Aptos, por assim dizer, a se mobilizar e a pôr suas companhias nas ruas em pouquíssimos minutos. Por isso que até hoje a tradição da contrada é tão sólida e forte. Foi essencialmente a dedicação da antiga milícia dos bairros que tornou possível a república sienense. É o ditado se você quer manter os bandidos sob controle, certifique-se de armar os mocinhos. –

- Mas pra que as brigas? – ele perguntou ainda sem entender.

- Poder, Jasper! – Edward respondeu. – Noventa por cento das coisas no mundo aconteceram e ainda acontecem simplesmente pelo poder! -   

- Esse... Esse afresco representa essa paz. Uma cidade em paz com ela mesma, mesmo que as pessoas non aparentam estar felizes. Aqui io vejo. Um jovem aprisionada em grupo de dançarinas, perdida em pensamentos, um cortejo nupcial. E enquanto a jovem aprisionada olha para o tambor, as outras parecem más e a aprisionam na dança, enquanto uma olha diretamente para a barrigada dela. Por mais que todos na città saibam que esse afresco foi pintado e inspirado em morados reais de Siena em 1340, ninguém sabe justamente quem é essa mulher. –

- Mas... – Jasper instigou.

- Mas tem uma história na cidade, onde “explica” o motivo do... –

- Estopim? – Edward perguntou quando io non conseguia encontrar a palavra.

- Isso. Do estopim entre as três famílias. Os Tolomei, os Salimbeni e os Marescotti... É... É quase que uma tragédia Shakespeariana. Para ter uma paz, foi acordado que uma Tolomei iria se casar com um Salimbeni, contudo, ela se apaixonou e tentou fugir com um Marescottique matou o primo da Tolomei durante o palio de 1339 e isso iniciou toda a guerra entre as três famílias, até resultar no exílio dos Salimbeni e na “maldição”, por assim dizer, que percorre os Marescotti. –

- Você vai me explicar essa história toda! – Jasper pediu e io acabei rindo.

- Se tu falasse italiano io simplesmente te dava a tese de doutorado da mia mamma, desde que ela entrou na faculdade até que ela se formou, todas as teses dela foram contando a história de Siena pelo ponto de vista da briga entre as tre famílias. –

- Eu não falo italiano, mas você fala inglês, então você vai me contar essa história toda! – rebateu ele me fazendo rir mais ainda.

- Não que eu não queria saber da história, porque eu realmente fiquei curioso e isso é novo para mim, eu me interessar por História, mas... Eu estou ficando com fome. – io peguei o meu telefone na minha mochila e vi a hora, estava quase na hora do almoço e daqui a pouco seria quase que difícil arrumar um lugar para almoçar.

Andiamo a Trattoria aqui ao lado e lá io te explico um pouco da história Jasper. -

Vocabulário.

* Fermiamo i due?!  – Vamos parar os dois?!

non ti ho chiamato qui per interrogarei l mio Ragazzo – eu não te chamei aqui para interrogar o meu namorado.

Sala de pranzo! – sala de jantar.

Dopo – Depois!

* Quando siamo soli nella stanza! – Quando estivermos sozinhos no quarto!

Non adesso! – Agora não.

Giorni – Dias.

Oggi – Hoje

*Dio santíssimo! – Santo Deus!

Per tutto ciò che è santo... – Por tudo que é sagrado...

Dipende! – Depende!

* Voui andare a dormire da qualche altra parte? – Você quer ir dormir em outro lugar?

* una senese – uma sienense.

Allo stesso tempo – Ao mesmo tempo.

Posso andare prima in bagno? – Posso ir ao banheiro primeiro?

Spero non ti dispiaccia, babbo – Espero que não se importe, papai.

Dopo... – Depois.

Cammina verso nord. ­– caminha para o norte.

Stadio – Estádio.

Dieci minuti – dez minutos.

* Gelateria – sorveteria.

io ho – eu tenho.

tutto bene – tudo bem.

andiamo – vamos.

* anch’io – eu também.

due – dois.

* tre – três.

ho un po’ de paura – um pouco de medo.

Io ho un regalo per te – Eu tenho um presente para você.

E anche tu sei importante per me! – E você também é importante para mim!

Loggia – (significado de Loggia segundo o Google) é um elemento arquitetônico aberto inteiramente ou em um dos lados – como uma galeria ou pórtico – coberto e, normalmente sustentado por colunas e arcos.

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