Pov. Edward.
Acordei
no dia seguinte por volta das 9:30h, eu estava atrasado para me encontrar com
Alice, mas pouco ligava. Levantei-me da cama e tomei um banho e fui me vestir. Ao
terminar de me vestir e ajeitar meu cabelo indomável eu segui para o andar
debaixo, onde as meninas já tomavam café.
-
Bom dia. – falei chegando à sala de jantar.
-
Bom dia papai. – falaram juntas e eu dei um beijo na testa de cada uma.
-
Bom dia Kebi. – falei quando ela chegou com um bule de café.
-
Bom dia, sr. Cullen. – olhei feio para ela, desde que me casei a quase 11 anos
que ela não parava de me chamar de senhor. – Desculpa, Edward. – assenti, bem
melhor.
-
Papai o que vamos fazer hoje? – Mel perguntou.
-
Eu vou ter que sair com a tia Alice então vou deixar vocês com seus avós. Então
terminem de comer e vão se vestir. – elas assentiram e terminaram de comer e
foram se vestir. – Kebi. – a chamei e ela me olhou. – Amanhã eu vou ficar em
casa, então se quiser tirar folga amanhã, está tudo bem. Hoje quando eu sair,
você pode ir, só devemos voltar à noite, então você teria folga até terça. Tudo
bem pra você? –
-
Claro, assim que eu terminar de tirar a mesa eu vou. –
-
Não precisa, deixa que eu mesmo tiro, já pode ir. – ela assentiu e saiu.
Terminei de comer e tirei a mesa, lavando a pouca louça.
As
meninas vieram e seguimos para o carro, elas quiseram levar os cães e como meus
pais os adoravam, os levei também. Chegando a casa da minha mãe, dei um beijo
nela e no meu pai e disse que tinha que correr para chegar até o centro para me
encontrar com Alice, eu já estava atrasado. Cheguei a Starbucks as 10:30h,
Alice já estava ali e assim que eu entrei na cafeteria ela me encarou feio.
-
Bom dia. – falei me sentando com um copo de café na frente dela.
-
Está atrasado. – disse de mau humor e eu revirei os olhos. – É bom né? –
perguntou se referindo ás vezes que e falei isso quando ela se atrasava no hospital.
-
É totalmente diferente. Lá se você se atrasar alguém pode morrer, aqui não. O
que quer? – perguntei.
-
Comprar o presente da mamãe, o aniversário dela está chegando e preciso de
ajuda. –
-
Para que? – perguntei bebendo um gole do café.
-
Eu não sei o que comprar. Então você vai dar uma volta comigo pelo centro e me
dar ideias. – ela se levantou animada e foi ai que pude ver o que ela usava.
Alice vestia um short jeans claro, absurdamente curto, uma camisa larga branca
e um cardigã bege largo. – Vamos. – me levantei e fui me arrastando ao lado
dela.
Alice
me fez rodar todo o centro de Chicago atrás do presente de mamãe, mas nunca
achava nada de bom, já era hora do almoço, resolvemos ir almoçar no Italian Village para almoçar, um
restaurante de comida italiana, toda a nossa família era apaixonada por comida
italiana. Após o almoço continuamos a andar na direção do rio Chicago, pela Rua
West Monroe, quando Alice estancou a frente de uma loja. Parei e olhei para
onde ela olhava sem piscar. Era uma boutique de roupas, com vitrines de vidro e
escrito em letras bem bonitas H&S, e um pouco abaixo Heart and Soul,
provavelmente o significado do H e do S.
-
Alice vamos. –
-
Sim, vamos entrar. –
-
O que? – não pelo amor de Deus, loja de roupas femininas não era para mim.
Alice me arrastou para dentro, para o meu pesadelo.
Pelo
menos a boutique estava vazia, as paredes eram claras, o teto também e o piso
branco estava brilhando. No meio da loja tinha duas mesas grandes de madeira
branca, na da frente rinha algumas carteiras, alguns cachecóis enrolados e
algumas roupas, e no meio da mesa um jarro de planta com alguns galhos com
pequenas folhas brancas e na segunda mesa, outro vaso e muitas peças de roupas.
A minha direta tinha as araras com as roupas, separadas por tipo e cor, e
alguns espelhos, no fundo um balcão com joias. E ao meu lado direito mais um
grupo de araras com roupas, e lá no fundo um balcão cheio de sapatos, e perto
da porta um balcão onde provavelmente era o caixa. Eu me enganei completamente
quando disse que a loja estava vazia, perto do balcão tinha uma mulher mexendo
no celular, fora isso a loja estava vazia e eu torcia para que Alice andasse
logo com isso. A mulher olhou para a porta e voltou à atenção ao telefone,
desligando ele e se virando para nós.
-
Boa tarde. – ela disse e eu pude olha-la. A mulher era bem bonita, ela usava
uma calça jeans escura, uma daquelas blusinhas que andavam na moda, que se não
me engano a Alice chamava de cropped branco de renda, e um cardigã rosa claro e
fino também de renda, além de saltos, tinha os cabelos longos castanhos e
enormes olhos castanhos cor de chocolate delineados por um lápis de olho preto,
uma boca não muito grossa e vermelha, ou batom, e tinha um telefone enorme rosa
em mãos. – Em que posso ajuda-los? –
-
Posso dar uma olhada? – Alice perguntou olhando em volta.
-
Claro, sinta-se a vontade. O provador fica no final do corredor à direita. –
Alice assentiu e seguiu para as araras desesperada e eu bufei fazendo a
vendedora rir. – Não gosta de acompanhar a namorada nas compras? –
-
Ela não é minha namorada, é minha irmã. – expliquei. – E sim, não gosto nem um pouco. –
-
Então pode se sentar. – apontou com a cabeça para algumas poltronas ao meu
lado, perto do caixa, onde eu nem havia notado, pelo menos poderia ficar
sentado.
-
Alice, eu acho que você me chamou para ver o presente da mamãe e não para
comprar roupas para você. –
-
Fica quieto. – ela gritou correndo para o provador com uma montanha de roupas
no braço.
-
Eu vou matar essa garota... Alice anda logo. – gritei depois de dez minutos.
-
Senhor, acalme-se. – a vendedora falou para mim e eu olhei para ela com as
sobrancelhas arqueadas. – Vai acabar enfartando se não se acalmar, homem. –
-
Não, eu não vou, e eu tenho certeza disso, porque eu sou médico, se por acaso
eu estivesse perto de ter um enfarte eu iria saber. – falei.
-
Me fale qual é o hospital que você trabalha. – pediu.
-
Para que?
-
Para eu não ir para lá. Não quero nenhum médico mal-humorado cuidado de mim. –
rebateu com os olhos semicerrados.
-
Bella. – uma mulher louca entrou na loja. Olhei para ela, a mulher usava um
vestido branco, curto na frente e longo atrás, com estampas de flores de varias
cores, de alças grosas e com um cinto marrom marcando a cintura, cabelo longo e
loiro caindo em leves ondas, olhos azuis contornados por um lápis preto forte e
batom vermelho, além de saltos, não sei como mulheres conseguem andar com
aquela coisa. – Me desculpa. – ela entrou correndo e partiu para trás do
balcão.
-
Está atrasada, caramba eu disse que tinha hora. –
-
Eu sei desculpa, é que eu acabei encontrando uma pessoa e... -
-
Dormiu com ele? – a morena perguntou e eu arregalei os olhos.
-
Não... Ainda. – arregalei mais ainda os olhos só que dessa vez para a loira. –
Iremos nos encontrar no sábado. –
-
E a sua vida sexual não me interessa. – a morena empurrou o cardigã para trás
para colocar o telefone no bolso e se debruçou sobre o balcão para pegar algo e
eu pude perceber que ela tinha uma bela bunda, pisquei os olhos para me
concentrar, eu não tinha que olhar aquilo, nunca havia me interessado por
mulher alguma desde a morte de Tanya, e não iria me interessar, eu havia dito
que só me importaria com minhas filhas, minha irmã e mãe, fora isso não quero
saber de mulher. – Até porque ela me assusta. – disse puxando uma enorme bolsa
rosa clara de trás do balcão.
-
A sua também me assusta, até porque você não tem nenhuma. Minha filha, desde
que você terminou com aquele idiota que você não dorme com ninguém, e isso tem
quase dois anos. Se quiser contrato um gogo boy só para você. –
-
Dispenso. Tenho que ir. - ela disse pegando as chaves dentro da bolsa. – Duas
coisas. – disse parando perto da porta e se virando. – Primeiro: Tem uma mulher
nos provadores, que está acompanhada por ele. – ela apontou para mim. – E não
brinque, ele é mal-humorado. – revirei os olhos. – Segundo: Quando fechar a
loja me ligue, se eu já tiver acabado vou falar para você
ir lá pra casa. –
-
Me de um bom motivo? –
-
Sessão de filmes do Nicholas Sparks, muita pizza e muito sorvete com M&M’s.
–
-
Me convenceu, quando fechar eu te ligo. Vá trabalhar, perua. –
-
Também te amo. – a morena deixou a loja e entrou em um Volvo C30 prata que estava parado na porta.
- A dona não
fica aqui? – perguntei, pelo visto ela era a dona e não a empregada.
- Está falando
da Bella? – perguntou apontando para a porta onde a tal de Bella havia acabado
de sair. – Ela não é a dona, eu sou, ela é minha sócia. Mas eu tive que
resolver um problema e pedi para ela ficar de olho na loja. – ela explicou.
- Ah sim... –
- Então
moça... – Alice veio lá dentro com uma enorme pilha de roupas nos braços, que
eu nem a conseguia ver. – Cadê a moça morena? – perguntou para a loira após
colocar as roupas no balcão.
- Ela não
trabalha aqui. – Alice arregalou os olhos. – Ela é minha sócia e veio fazer um
favor para mim. Mas eu trabalho aqui. O que deseja? –
- A ta. Vou levar. –
- O que? –
- Tudo. –
apontou para a pilha e eu respirei fundo.
- Ainda bem
que não sou quem vai pagar. – falei pensando alto.
- Mas vai
carregar. – Alice disse rindo e eu senti uma imensa vontade de joga-la na
frente de um caminhão.
Alice pagou
por todas aquelas roupas, e me deu todas as sacolas, carregando apenas uma, e
prometeu que voltaria naquela loja de novo, e que levaria minha mãe e as amigas
lá, e finalmente saímos, depois de três horas, porque além daquela pilha de
roupas, ela experimentou outras vinte. Fomos caminhando até onde o carro estava,
praticamente do outro lado da cidade, coloquei as malas no carro dela e seguimos
para a casa da mamãe, ela no carro dela e eu no meu.
Depois de
vinte minutos chegamos à casa de mamãe, onde a mesma se encontrava no quintal
brincando com as netas e com os cachorros. Ela praticamente nos obrigou a ficar
lá até o jantar, quando eu digo obrigou, eu me refiro a mim as minhas filhas, já que meus pais não deixam
Alice sair de casa, apenas casada. Ficamos lá até a noite e fomos jantar, Alice
contou sobre a loja que encontrou e que a achou perfeita e disse que minha mãe
deveria ir e ela disse que pensaria.
Depois de terminarmos de
comer Alice resolver que queria amostrar a todos as roupas de comprou hoje cedo
e minha mãe adorou todas, meu pai assim como eu, reclamos das roupas justas,
curtas ou transparentes demais e as duas pouco se importaram. Por volta das
22h, resolvi que era hora de irmos embora, até porque as meninas estavam quase
dormindo. Nos despedimos de todos e fomos para a casa.
Chegando a mesma, ajudei as meninas a tomarem banho, se vestirem e a
escovarem os dentes, e as coloquei na cama, dei um beijo em cada uma e fui para
a sala, sentei-me no sofá e Lucky saiu de sua cama e veio deitar no sofá com a
cabeça em meu colo enquanto eu via um filme qualquer que passava na televisão. Eu
tentava prestar atenção ao filme enquanto fazia carinho na cabeça de Lucky, mas
o filme era bem chato, o lado bom era que me dava sono, e o ruim era que fazia
minha mente divagar. Quando eu ficava assim, sem ter nada para fazer, minha
mente divagava, mas sempre ia para Tanya e para o dia que ela morreu, eu ainda
não havia conseguido superar, mas dessa vez minha mente não foi para ela e sim
para a bela morena de enormes olhos cor de chocolate, respondona e com uma bela
bunda.
Respirei fundo e balancei a cabeça mas a visão dela se debruçando sobre o
balcão para apanhar a bolsa, com aquela calça justa que amostrava todas as suas
curvas, e além do que, aquela blusa curta e de renda onde eu podia ver uma parte
de sua barriga lisa, não saia de minha cabeça e isso me irritava, eu não quero
saber de mulher, e essa não saia de minha cabeça. Senti um pequeno incomodo no
meio das minhas pernas e quando fui olhar, notei uma enorme ereção,
simplesmente porque a imagem da bunda dela não saia da minha cabeça.
Irritado, bufei desligando a televisão e saindo com cuidado, para não
acordar o Lucky, do sofá e após verificar se a casa estava toda fechada e com o
alarme ligado, corri para o meu quarto, tirando toda a minha roupa e tomando um
banho de agua bem fria, mas tão fria a ponto de fazer meus lábios tremerem, mas
nem isso adiantava para fazer a ereção passar. Fechei os olhos e tentei pensar
em outras coisas, para assim tentar fazer com que a ereção passasse e nada. Sem
ordem minhas, minha mão seguiu até lá e o tocou, eu não fazia isso há muito
tempo, e por isso cheguei a achar meio estranho, e ainda sem meu consentimento
minha mão começou a deslizar pelo meu pênis, até aumentar o ritmo, coloquei a
mão livre na parede do box e abaixei a cabeça com os olhos fechados e apertando
os lábios para não deixar nenhum gemido escapar. Depois de me aliviar, levantei
a cabeça para a água gelada limpar meus pensamentos.
- Papai. – ouvi a voz de Maggie vindo do quarto, pela porta do banheiro
entreaberta.
- Já vou, amor, espera ai. – balancei a cabeça e limpei minha mão e
terminei meu banho, deixei o Box e me sequei me vestindo, sai do banheiro e me
deparei com Maggie tentando subir na cama. Peguei-a no colo rápido, a
assustando e fazendo-a soltar um gritinho agudo me fazendo rir. – O que foi,
amor? –
- Não consigo dormir, posso dormir aqui hoje? – olhei para seus olhinhos
azuis escuros.
- Pode, só hoje. – falei e ela sorriu. – Agora vamos dormir. – deitei-a
na cama. – Já volto. – fui ao banheiro e escovei meus dentes, olhei de relance
para o Box e flash do que fiz há alguns minutos voltaram, ignorei e terminei de
escovar os dentes e voltei para o quarto. Maggie estava deitada na cama,
agarrada ao seu ursinho de pelúcia branco, com um laço rosa em uma das orelha,
e com os olhos bem abertos para a porta do banheiro. Apaguei a luz do banheiro
e a do abajur do quarto, me deitei à cama ao lado dela, coloquei a mão por cima
de seu pequeno corpo e a puxei para perto de mim. – Boa noite, meu amor. –
falei baixo enquanto dei um beijo em sua cabeça.
- Boa noite papai. – ela
disse bocejando e fechou os olhos e eu também, com a cabeça perto de sua cabeça
pequena e sentindo o cheiro de seu shampoo de criança e pela primeira vez em
dois anos eu dormi sem precisar tomar remédio.
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