Pov. Edward.
Eu estava morto, depois de
48h de plantão a única coisa que eu queria era dormir até tarde, mas
infelizmente isso não foi possível, acordei por volta das 8h com gritos, dei um
pulo da cama, eram as meninas gritando, saí do quarto e ouvi que elas gritavam pai ou papai, desci as escadas correndo e as achei no quintal, ainda de
pijamas perto de Andie.
-
O que foi? –
-
A Andie tá mal, papai. – Kenzie disse.
-
O que ela tem? – perguntei me abaixando perto da Andie.
-
Ela está meio molenga, quente, e desde a hora que eu acordei ela vomitou duas
vezes e teve um caso de diarreia. –
-
Vamos leva-la ao veterinário? – Maddie perguntou meu celular começou a tocar,
ainda bem que eu ando com ele dentro no bolso da calça.
-
Um minuto. – falei me levantando e pegando o celular, era do hospital. – Dr.
Cullen? –
- Edward, sou eu, Jacob. –
-
O que quer? –
- Estou com um problema e só
você pode me ajudar a resolver. –
-
Que tipo de problema? –
- Eu acabei de realizar um
parto de emergência fora da hora, porque o bebê sofria de Síndrome de
Hipoplasia... –
-
Isso é com um cardiologista. – respondi.
- Eu sei, seu pai a operou
durante a madrugada. O problema é que os exames neurológico dela deram
anormais. Ela não tem oxigênio cerebral suficiente e... –
-
Em dez minutos eu chego ai. – desliguei o telefone e corri até as meninas. –
Meus amores, o papai vai ter que correr para o trabalho, tem um bebê precisando
de mim, mas o papai vai ficar com o celular ligado, fiquem de olho nela para
mim e se piorar me liga, assim que eu voltar eu levo ela ao veterinário. Está
bom? – elas assentiram e eu corri para o quarto, tomei um banho e troquei de
roupa rapidamente e desci correndo.
-
Edward, pelo menos come alguma coisa. – Kebi veio da cozinha com uma garrafinha
térmica com café dentro.
-
To sem tempo, como alguma coisa no hospital. – disse pegando a garrafinha
térmica da sua mão. – Obrigado e qualquer coisa me liga. – peguei as chaves do
carro e saí correndo de casa, entrando no meu carro e praticamente correndo
para o hospital enquanto bebericava o café.
Cheguei
ao hospital, troquei de roupa rápido, perguntei a enfermeira onde o Dr. Black
estava, e segundo ele, ele estava na incubadora. Assim que cheguei à incubadora
fui recebido por um bip irritante.
-
A pressão baixou, taquicardia. – uma enfermeira que estava perto do bebê disse
e eu corri para perto do bebê.
-
Saturação de oxigênio? – perguntei assustando a todos ali.
-
Caindo apesar do fluxo de oxigênio elevado. – a enfermeira disse depois de um
tempo.
-
Sem sons de respiração. – Jacob disse.
-
O pulmão colapsou. – falei e peguei uma agulha na caixinha de equipamentos e
entreguei ao Jacob. – Enfie isso entre a segunda e terceira costela, não vá
muito fundo. Vai ouvir uma pequena rajada de ar. – ele fez o que eu mandei.
Quando ele ouviu o som ele assentiu com a cabeça. – Ótimo, Ela é bem forte, e
acabou de passar por uma cirurgia, é melhor inserir um tubo no peito direito
dela. – falei quando meu telefone começou a tocar. – Oi Maddie. – atendi depois
de sair da sala.
- Papai a Andie está pior. –
- O que aconteceu? –
-
Ela vomitou sangue, duas vezes, e teve
diarreia com sangue também. –
-
Estou indo pra ai. –
-
O que aconteceu? – Jacob perguntou vindo de trás de mim.
-
Andie tá doente e as meninas estão desesperadas, tenho que leva-la ao
veterinário, mas o que eu levava se aposentou. –
-
Não seja por isso. – ele pegou um cartão dentro da carteira. – Ela é uma ótima
veterinária. –
-
Heart & Soul Pet’s? – eu já tinha
ouvido esse nome em algum lugar, só não me lembrava de onde.
-
Tenta. Procura a Isabella. – deu de ombros e saiu andando. – Qualquer coisa eu
ligo. – segui para o vestiário no mesmo tempo que meus internos chegaram.
-
Bom dia chefe. – Tyler disse.
-
Eu não vou poder ficar hoje, tenho uma coisa importante pra fazer em casa, fiquem
na emergência, até você Tyler, sem toques retais hoje. Ajudem quem pedir ajuda
e qualquer coisa importante me liguem. – troquei de roupa e estava pronto para
sair quando Alice me parou.
-
Aconteceu alguma coisa com as meninas? –
-
Com as meninas não, mas a Andie tá doente e tá todo mundo entrando em
desespero. – falei e sai correndo para o meu carro.
Entrei
no meu carro e corri o mais rápido possível para a casa, dentro do limite de
velocidade estabelecido pela lei, nunca havia levado uma única multa se quer,
não seria agora que eu iria tomar uma multa. Cheguei a casa o mais rápido que
consegui, deixei o carro parado na porta, ainda ligado e com a porta aberta, e
corri para dentro.
-
Pai... – Mel veio na minha direção.
-
Cadê a Andie? – ela apontou para a cama dos cachorros. Me aproximei devagar e a
peguei no colo, com cuidado. – Eu vou leva-la ao veterinário, volto mais tarde.
–
-
Podemos ir com você? – parei no meio do corredor e olhei para elas.
-
Não. –
-
Por quê? –
-
Porque eu não sei o que ela tem, não sei se é algo grave, então vocês quatro
ficam em casa. Kebi, fica de olho nelas. – ela assentiu e eu saí de casa.
Coloquei
Andie no banco traseiro e entrei no do motorista, fechando a porta, peguei
minha carteira dentro do bolso da calça e procurei o cartão que Jacob havia me
dado. Heart & Soul Pet’s, 603 N Lake Shore Dr., próximo ao Parque
Memorial Jane Addams. Eu sabia onde era esse parque, já havia passado por
ele varias vezes quando ia para o hospital, joguei a carteira no banco do
carona, com o cartão por cima e dirigi para lá. Cheguei a veterinária o mais
rápido possível, o local tinha um pequeno estacionamento, parei o carro, dei a
volta e peguei Andie no banco de trás e entrei na clinica.
-
Bom dia. – falei. – Estou procurando a Drª. Isabella. –
-
Tem hora marcada? – a secretária perguntou.
-
Não, foi em cima da hora. Me indicaram essa clinica. –
-
Bom, a Isabella saiu, como estava vazio ela foi até o Starbucks aqui perto,
deve estar voltando. Coloca ela na mesa na sala um e venha fazer a ficha, dela
por favor. - ela apontou para o
corredor. Assenti e segui para lá, empurrei a porta com o pé devagar, e
coloquei Andie em cima da mesa.
-
Já volto menina, fica aqui. – fiz um carinho rápido na cabeça dela e sai. – O
que precisa saber? –
-
A ficha é rápida, e ela deve estar voltando. – ela pegou uma ficha dentro da
gaveta. – Nome? –
-
Andie. –
-
Idade? –
-
Dois anos. –
-
Raça? –
-
Chow-chow. –
-
Dono? –
-
Edward Cullen. – falei enquanto ela foi escrevendo.
-
Eu odeio esse clima. – ouvi uma voz feminina vindo detrás de mim.
-
O que houve? –
-
Está chovendo, mas um pouco e eu ficaria ensopada. – eu já ouvi essa voz em
algum lugar. – Paciente? – ela perguntou e eu me virei, eu conhecia essa voz. –
Eu mereço. – disse a me ver. – Bom dia, Dr. Mal-humorado. – ela se aproximou da
mesa. – O que deseja? –
-
Estou esperando a veterinária, não se preocupe. – falei e ela ergueu uma
sobrancelha divertida.
-
A veterinária é ela. – a secretaria disse apontando para a tal de Bella. Passei
a mão pelo rosto e apertei a ponte do meu nariz, essa mulher está me
perseguindo. – Consultório um. – a secretária falou entregando a ficha para ela
e ela saiu andando para o consultório e eu fui atrás.
-
Oi menina. – ela disse fazendo carinho na cabeça da Andie. – Então primeira
vez, como descobriu? – perguntou parando de frente para mim e eu pude ver sua
roupa. Ela usava uma blusa branca, meio transparente, uma calça jeans e um
casaco grosso de croché marrom, e uma gargantilha dourada com duas bolas
brancas na ponta, e saltos.
-
Jacob Black. Conhece? –
-
Claro que eu conheço aquele imbecil. – ela revirou os olhos tirando o casaco e
colocando o jaleco branco com o nome dela bordado no bolso e com algumas
patinhas ali também.
-
Imbecil? –
-
Amigo de infância. – deu de ombros. – Mais ou menos. – ela prendeu o cabelo em
coque frouxo, e tirou os anéis. – Vamos ao que importa... – disse colocando as
luvas. – Qual é o problema com essa fofura? –
-
Começou de repente... –
-
Quando, mais exatamente? – me interrompeu.
-
Hoje mais cedo. – encostei-me à parede branca. – Ela vomitou, teve diarreia,
com sangue, está sem muito apetite por uns dois ou três dias, que eu andei
notando e está bebendo muita água. –
-
Ela está com febre? –
-
Não faço à mínima, como vou saber? –
-
É bem simples de ver... Focinho quente e seco, olhos lacrimejantes ou
embaçados, apatia, falta de apetite. – disse olhando os olhos da Andie. – A
temperatura de um cachorro varia entre 38,5 a 39,5. Se a temperatura estiver à cima de 40 é
preocupante. –
-
E como vou saber se a temperatura está acima de 40? –
-
Do mesmo jeito que faz com seus pacientes. – disse se afastando e indo até a
mesa com as coisas.
-
Termômetro? –
-
É. –
-
Um termômetro normal? –
-
É. – respondeu procurando alguma coisa na mesa. – Sacuda-o até o mercúrio
marcar 35 graus, lubrifique com vaselina ou gel lubrificante, deite o cão e introduza
1/3 do termômetro no ânus e deixe por uns 2 minutos. E depois limpa, obvio.
Ou... – ela se virou sacudindo um aparelhinho estranho, branco, em formato de vírgula,
com uma pequena tela, na parte mais grossa e com a pontinha azul. – olhei
confuso para aquilo. - É um termômetro mais pratico, porém bem mais caro. – ela
se aproximou da Andie. – Ela morde? –
-
Depende, se você for enfiar isso no ânus dela, provavelmente vai. Qualquer
pessoa ou animal que tiver algo enfiado no ânus vai reclamar. –
-
Tem certeza? – perguntou divertida.
-
Eu não preciso saber disso. – eu realmente não preciso saber que ela tem
relações lá atrás.
-
Não estou falando de mim. – ela riu. – E isso aqui é pra entrar na orelha dela.
– A Drª. Isabella levantou a orelha de Andie e enfiou o termômetro nela, pelo
menos a parte azul, e depois de um tempinho voltou a retira-lo. – 39,8. Não
está com febre não. –
-
Então o que ela tem? –
-
Bom, pelo que o senhor me disse, parece uma infecção, mas vamos ter que fazer
uns exames. –
-
Tudo bem. – ela tirou as luvas e saiu da sala e eu me aproximei da Andie. – Não
se preocupe, menina, você vai ficar bem. – garanti coçando as orelhas dela.
-
Com licença. – um homem alto e forte, com os cabelos pretos entrou na sala. – A
Bella pediu para que eu viesse buscar a Andie para fazer os exames. –
-
Tudo bem. – me afastei e ele pegou a Andie no colo e eu fui esperar na
recepção.
Me
sentei em uma das cadeiras e fiquei esperando, a Drª. Isabella recebeu ainda um
pitbull que latiu para ela e ela praticamente deu um pulo para trás, e sabe-se
lá porque eu me senti um pouco preocupado, mas outro enfermeiro veio ajuda-la
com o pitbull e depois ela ainda atendeu dois gatos. Passou umas três horas e
nada de Andie sair da sala de exames e isso estava começando a me preocupar.
-
Edward. – Drª. Isabella me chamou, finalmente, estava prestes a subir pelas
paredes de preocupação. Entrei no consultório um e vi Andie deitada na maca e
me parecia um pouquinho melhor.
-
Então? – perguntei.
-
Andie está com Hepatite Infecciosa
Canina, que afetou o fígado. –
-
É contagiosa? – perguntei.
-
É. Se tiver outros animais sugiro que faça um exame neles também, e é bom você
fazer também, apenas por precaução. Ela pode ser transmitida tanto pelo contato
direto de um cachorro sadio com um cão doente, e pelo contato com secreções e
objetos utilizados pelos animais contaminados. Você teve sorte, porque o caso
dela é um dos mais leves, descobriu antes que fosse tarde demais, se fosse mais
grave, ela poderia morrer em questão de horas, sem nem apresentar os sintomas.
–
-
E agora? – perguntei enquanto eu a via fazendo carinho na cabeça de Andie.
-
Ela tomou algumas injeções, antibióticos na maioria, mas assim que ela melhorar
ela tem que tomar a vacina V8. É provável que ela já estivesse contaminada
porque às vezes a doença demorar uma semana para se manifestar. – ela se
afastou e pegou uma receita em cima da mesa e me entregou. – Ela tem que tomar
isso por duas semanas e depois traga ela aqui de novo para refazermos os
exames, se ela piorar pode traze-la aqui, ou me ligar. Pegue um cartão na
recepção antes de sair. –
-
Eu tenho um, Jacob me deu. –
-
Então, meu numero privado está lá, pode ligar se quiser, se for necessário. –
assenti. – Nessa receita tem antibióticos, anti-inflamatórios, remédios para
regeneração hepática e claro, vitaminas. Ela tem que beber muita agua, e pode
tentar dar agua de coco também e... – ela não pode terminar de dizer, já que
meu telefone começou a tocar. Maddie.
-
Um minuto, por favor. – pedi atendendo ao telefone. – Oi filha.- vi a Drª.
Isabella me olhar de canto de olho.
-
Oi pai, e a Andie? –
- Ela está bem, amor, não se preocupe. Estou
saindo do veterinário agora e daqui a pouco e chego ai, ai nós conversamos.
Tudo bem? –
-
Tá papai. - desliguei o telefone e o guardei no bolso.
-
Tem uma filha, é? –
-
Não. Quatro. – falei e ela derrubou o pratinho que iria para a esterilização. –
Que foi? –
-
Nada. – ela falou se abaixando e pegando as coisas. – Mas, você é muito novo
para ter quatro filhas. –
-
Novo? Eu tenho 35 anos. –
-
Novo! –
-
E a senhorita? Deixa eu adivinha, 20? –
-
26. – disse se levantando.
-
E já tem um negocio próprio?! Parabéns. Quer dizer, um negocio próprio não, a
boutique no centro. – ela deu de ombros.
-
Com licença... – a secretária dela entrou. – Bella, o Bruce chegou, para tomar
as vacinas, coloquei ele no consultório cinco. – ela assentiu e a secretaria
saiu.
-
Meu Pai do Céu, me ajude... –
-
Que foi? – perguntei.
-
Bruce, é um Rottweiler, maior que eu. E que na ultima vez que eu fui dar uma
vacina nele, quase que ele arrancou minha cabeça. – ela disse saindo da sala. –
Sam. – ela gritou no corredor. – Me espera no consultório cinco. – ela disse e
voltou para a sala. Bom, é isso a Andie já pode ir embora. –
-
Se o Bruce te morder, é só ir ao Mercy Hospital & Medical Center. Não se
preocupe, sou neurologista, não cuido de suturas. – ela revirou os olhos
colocando as luvas. – Vamos Andie. – a peguei no colo.
-
Tchau fofura. – ela disse fazendo carinho na cabeça de Andie que lambeu seu
rosto. – Valeu menina. – comecei a rir.
-
Pelo visto, ela gostou de você. – falei quando a vi limpando o rosto com uma
toalha.
-
Também gostei dela. Agora eu tenho que trabalhar. Não se esqueça de trazê-la em
duas semanas e fazer os exames nos outros. – ela falou saindo da sala.
-
Pronta? – o tal de Sam, o mesmo que havia levado a Andie para os exames
perguntou quando ela se aproximou da sala.
-
Não. Segura ele, sou nova demais para morrer. – me controlei para não rir ao
vê-la entrando na sala.
Coloquei
a Andie no carro e voltei para pagar a conta, no mesmo tempo que ouvi latidos
altos e alguma voz masculina gritando Calma
Bruce, calma. Paguei a conta e voltei para o carro, antes de ir para a
casa, passei em uma loja para animais e comprei os remédios e ai finalmente eu
pude voltar para casa. As meninas vieram correndo para perto da Andie, quando
eu a coloquei na cama dela, expliquei o que ela tinha e que todos os outros
cães e que nós também tínhamos que fazer os exame para saber se estávamos
contagiados.
Depois
de acalmar a todos, e de todos jantarem, e dar o remédio a Andie, Kebi foi
embora e eu ajudei as meninas a tomarem banho e a ir para a cama. Assim que as
coloquei na cama, segui para o meu quarto, tomei um banho e deitei na cama,
pela primeira vez eu não senti vontade de tomar o remédio, eu estava de bom
humor, um pouco cansado, mas não a ponto de deitar na cama e apagar, mas assim
que eu deitei na cama, lembranças de hoje na clinica e do dia na boutique me
vieram à mente, sabe-se o motivo.
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