Pov. Bella.
Depois de Edward ter me ligado e pedido para eu levar as meninas ao shopping, para ajudar a Maddie a escolher o seu vestido para o baile de pais e filhas que aconteceria amanhã, eu não pude deixar de ficar nervosa, mesmo que eu possa ter parecido confiante enquanto eu falava com ele no telefone, eu estava nervosa. Eram crianças, eu tinha a completa noção disso, elas eram crianças e não terroristas, não tinham como ela me fazer mal, pelo menos assim eu esperava! Eu respirei fundo diversas vezes, eu tinha uma hora para me arrumar e seguir até a casa de Edward, mais eu ainda precisava esperar a sua confirmação, para o caso de as meninas se recusarem a vir comigo, portanto eu resolvi buscar conselhos, da última pessoa da face da terra que eu poderia pedir.
- Fala, meu bem. – Rose atendeu ao telefone no quarto toque.
- Está ocupada? – perguntei enquanto andava pelo meu apartamento.
- Não. A loja está vazia. O que houve? –
- Edward me ligou pedindo um favor! – comentei, eu esperei que ela fosse falar algo, mas ela apenas ficou em silêncio esperando que eu continuasse. – Edward pediu que eu levasse a Maddie, e consequentemente, as outras três ao shopping. Ele disse que amanhã a Maddie tem o baile de pai e filha na escola, e como ele está tentando não deixar nenhum caso pendente no hospital para a nossa viagem, ele meio que se esqueceu de levar a menina para comprar o vestido e pediu para que eu levasse. Disse que eu era a última opção que ele tinha. –
- E o que você vai fazer? –
- Eu disse que levava sem o menor problema. Até porque eu quero ficar com o Edward, e ele tem as filhas, eu não posso sequer pensar em querer que ele deixe as meninas de lado, então para que eu fique com ele, eu vou ter que me dar bem com elas. –
- Você se dá bem com elas, Bella. São elas, ou pelo menos, duas delas que não querem se dar bem com você! –
- E o que sugere que eu faça? Desista dele porque as filhas dele não gostam de mim? Não! Não quero! Nunca me dei bem com nenhum outro homem, em todos os aspectos inimagináveis. –
- Então, qual é o problema? – questionou.
- Se elas fizerem algo? -perguntei.
- Elas não vão fazer nada, eu acho! – bufei. – Enquanto vocês estiverem no meio de muita gente, elas não vão fazer nada. Quer dizer, elas podem chegar até um segurança e falar que você sequestrou elas! –
- Rosalie! –
- Ué, se elas forem maldosas elas podem fazer isso mesmo! –
- Para que eu te liguei? –
- Porque você está com medo de crianças, onde a mais velha tem só dez anos! –
- Vai trabalhar, Rosalie. – eu desliguei o telefone, mas não antes de ouvi-la gargalhar de mim.
Coloquei o meu telefone para dar uma carregada enquanto fui tomar um banho para relaxar e me acalmar. Elas eram crianças e não iriam me fazer nada! Pelo menos era o que eu ficava repetindo na minha cabeça enquanto lavava os meus cabelos. Elas não iriam maldar e ir até um segurança falar que eu as sequestrei, não é? Não, claro que não. Elas jamais pensariam nisso! Espantei essa ideia da minha cabeça. Terminei meu banho e com uma toalha enrolada em meus cabelos e a outra em meu corpo, fui até o meu telefone para ver a hora e vi que tinha duas mensagens piscando na tela. Uma de Edward e outra de Rose.
As meninas concordaram em ir. Elas vão estar te esperando lá em casa.
Qualquer coisa pode me ligar, que eu vou atender. Se elas aprontarem ou fazerem qualquer coisa, me liga imediatamente.
Eu te amo. Edward.
Eu li a mensagem de Edward e respondi apenas com um ok, e fui até a mensagem de Rosalie.
Boa sorte. Se você for presa, me liga que eu te visito na cadeira.
Rose.
Eu revirei os olhos ao ler a mensagem de Rose e respondi apenas com um simples idiota, e poucos segundos depois ela me mandou vários emojis rindo e eu tratei de ir ignorar, enquanto caminhava até o meu armário para encontrar uma roupa. Eu nunca tinha saído sozinha com crianças, até porque eu não convivia com nenhuma, pelo menos não até ter conhecido o Edward, mas sabia de histórias, delas correrem uma para cada lado e essas coisas, portanto eu precisava de uma roupa confortável, e uma roupa escura, mesmo com o calor absurdo que estava começando a fazer, eu precisava de uma roupa escura para o caso de eu me sujar.
O único problema é que eu tinha poucas roupas escuras, casuais e frescas! Eu precisava renovar o meu guarda roupa se eu pretendia ficar com o Edward e com as filhas dele. Eu tinha alguns vestidos, frescos e escuros, mas eu achava que caso, eu esperava que não, mas caso eu precisasse correr atrás de alguém, um vestido não seria algo muito confortável. Portanto, no final, acabei escolhendo um short jeans e uma blusa de alças preta, além dos meus tênis. Achava que não tinha como ficar mais confortável do que isso.
Apanhei uma pequena mochilinha que eu tinha e guardei a minha carteira, um brilho labial e uma pequena necessaire que eu tinha e levava para tudo quanto é canto, com coisas uteis que eu talvez precisasse. Sequei os meus cabelos com o secador e depois de terminar de pentear, eu os deixei solto, mas peguei um prendedor na minha penteadeira, e guardei dentro da minha bolsa. Pendurei a bolsa em meu ombro e peguei os meus óculos de sol, antes de deixar o quarto, pegando as minhas chaves e o meu celular. Enquanto eu esperava o elevador, eu mandei mensagem para Edward, avisando que estava saindo de casa e ele logo me respondeu com um ok.
Deixei o prédio colocando os óculos em meu rosto, para proteger os meus olhos do sol e segui para o meu carro. Liguei o rádio para me manter calma e dirigi para a casa de Edward. Não era muito longe, e o trânsito não estava tão ruim assim, então eu acabei chegando rápido na sua casa. Parei o carro no meio fio, desligando o rádio e desci do mesmo indo até a porta da frente tocando a campainha.
Eu fui recebida por algum dos cães cheirando embaixo da porta, e ao reconhecer o meu cheiro, ele começou a latir alto, me fazendo sorrir! Eu sempre me dei melhor com animais do que com gente. Não demorou muito e eu ouvi um saí da porta Amy, e a mesma foi aberta, uma mulher, mais velha do que eu, abriu a mesma, provavelmente era a babá das meninas, a Kebi, como Edward já havia comentado, eu ainda não a conhecia, mas só podia ser ela.
- Senhorita Isabella? –
- Só Bella, por favor. – pedi. – Mas sim, sou eu. Acho que o Edward avisou que eu ia vir buscar as meninas... –
- Sim, ele avisou. Eu vou chama-las. Fique à vontade. – ela deu um passo para o lado, para que eu entrasse e ela fechou a porta atrás de mim. – Eu já volto, com licença... – Amy, ao me ver dentro de casa, veio correndo na minha direção. – Comporte-se Amy. – ela mandou enquanto entrava em casa.
- Oi menina... – eu me agachei no chão e cocei atrás de suas orelhas. – Como você está menina? – perguntei recebendo um latido de retribuição. – Tão fofa! –
- Tia Bella... – a primeira a chegar foi Maggie.
- Tchau menina. – eu me despedi de Amy enquanto Maggie se aproximava de mim. – Oi bebê. – eu a abracei evitando encostar as palmas das minhas mãos, que estavam com pelos e baba de cachorro nela. – Você está bem bebê? – perguntei.
- To. Papai disse que vamos no shopping. –
- Sim, eu vou levar vocês ao shopping. –
- E vamos tomar sorvete? – perguntou com os olhos brilhando.
- Vamos! – ela pulou animada. – Vai lá chamar as suas irmãs. – pedi e quando ela foi na direção da sala, eu me levantei. Peguei dentro da minha bolsa o pequeno pacotinho de lenço umedecido que eu sempre carregava e limpei as minhas mãos.
- Senhorita Isabella... – Kebi voltou para onde eu estava com a cadeirinha de Maggie em mãos.
- Só Bella, por favor. – pedi de novo.
- O senhor Cullen, pediu que eu te entregasse a cadeirinha da Maggie... – ela me entregou a cadeirinha. – E este cartão. – ela me entregou um cartão com um papel branco preso nele, provavelmente a senha. – Disse que tudo que gastar com as meninas, é para passar nesse cartão. –
- Certo, não se preocupe. – eu peguei o cartão e guardei dentro da minha bolsa, no carro eu guardaria na carteira, para não correr o risco de perder.
- Com licença. – ela voltou para dentro de casa. – Já pegaram os casacos, meninas? – perguntou alto.
- Sim. – e as duas responderam juntas, quando elas apareceram em meu campo de visão.
- Oi meninas. –
- Oi. – Maddie e Kenzie responderam secamente.
- Oi tia Bella. – já a Mel havia sido mais cordial do que na última vez que havia me visto, desde que ela tinha ido até a veterinária e me ajudado a cuidar do cachorro de Ângela, ela passou a ser mais gentil comigo, mas era apenas isso, ela era gentil, não era amorosa como Maggie, que ao me ver praticamente corria para o meu colo, mas era melhor do que nada, eu não queria forçar as meninas a nada, e pelo fato de mais uma já se dar bem e começar a me aceitar, já era ótimo para mim.
- Prontas para um passeio no shopping? – elas apenas assentiram e Maggie parou ao meu lado esticando os braços para que eu a pegasse no colo, e mesmo sem jeito já que eu tinha a cadeirinha pendurada em meu braço, eu a peguei no colo. – Pegaram seus casacos e tudo o que precisam? – elas assentiram de novo. – Então vamos. –
Graças a Deus, Kebi abriu a porta para mim, não tinha como eu abri-la segurando a cadeirinha e a Maggie. Ela abriu a porta e as garotas foram na frente e eu fui logo atrás. Com um pouco de dificuldade, eu peguei as chaves do meu carro no bolso traseiro do meu short, e o destravei para que Kenzie abrisse a porta. Eu precisei colocar Maggie no chão para que prendesse a cadeirinha no banco, só que eu não sabia ao certo de como fazer isso, e tive que recorrer a um vídeo rápido no youtube, o que nos tomou um pouco mais cinco minutos, e mesmo assim eu não tinha certeza se estava bem preso, esperava que sim.
Pelo menos eu tinha certeza que bem presa a cadeira ela estava, pelo menos isso! Mel e Kenzie também subiram no banco traseiro e eu conferi se elas estavam com os cintos bem presos. Maddie foi no banco da frente, ela ainda era nova, mas não tinha outro lugar para ela ir, e eu sabia que com o Edward, ela também ia no banco da frente, e eu também conferi se o cinto estava bem preso quando eu entrei no banco do motorista. Com a minha bolsa ainda em meu colo, eu guardei o cartão de Edward dentro da minha carteira e coloquei a bolsa embaixo do meu banco e coloquei o meu cinto, antes de ligar o carro e dirigir na direção do shopping.
Eu havia perguntado se elas queriam ouvir alguma música, mas como nenhuma delas falaram nada, e eu não tinha o CD de músicas da Disney, que a Maggie havia pedido, eu havia ligado o rádio em uma estação qualquer e deixando o som baixo, quase que em som ambiente. O caminho para o shopping havia sido calmo, elas não fizeram nada o caminho todo, na verdade ficou cada uma em seu mundinho olhando pela janela, menos Maggie que ficou o caminho inteiro cantarolando alguma música da Disney enquanto brincava com um ursinho que havia trazido consigo, ela era a que menos tinha visão da rua, já que estava sentada no meio das outras duas irmãs.
Chegamos ao shopping e eu estacionei o carro. E antes que elas pudessem sair do carro, eu resolvi trilhar o caminho que faríamos no shopping.
- Então Maddie. – ela me olhou confusa. – Viemos ver o seu vestido. Tem alguma coisa em mente? Alguma loja ou algo do tipo? – ela apenas balançou a cabeça negando. – Tudo bem, quer então fazer outra coisa primeiro antes de ver o vestido ou quer procurar por ele primeiro? –
- Tipo... Tipo o que? – perguntou meio sem jeito.
- Não sei. O que você e as suas irmãs quiserem. Cinema... Comer alguma coisa... Sorvete... Vocês escolhem! –
- Eu quero comer! – Kenzie falou no banco de trás.
- Tudo bem. E o que você quer comer? –
- Pizza! – respondeu sem nem pensar duas vezes.
Eu não sabia ao certo se ela estava fazendo isso de propósito para que Edward se irritasse comigo por estar dando pizza para as meninas, tão cedo assim, ou se na verdade, isso era apenas fruto da minha imaginação, mas de qualquer forma eu precisava dar uma contornada nessa situação.
- E se agora nós comermos outra coisa, e quando voltarmos para casa, nós pedirmos uma pizza para comer com o pai de vocês? – sugeri, olhando justamente para a Kenzie pelo espelho retrovisor.
- Pode ser... Então eu quero ir no McDonald’s. –
- Eu quero ir ao banheiro. – Mel falou logo depois da irmã.
- Você foi no banheiro antes de sair de casa... – Kenzie reclamou.
- Então vamos fazer o seguinte. Vamos primeiro ao banheiro e depois vamos ao McDonald’s e ai podemos ver se vamos no cinema, em algum brinquedo ou procurar pelo vestido da Maddie. Tudo bem? – elas apenas assentiram. – Então vamos. –
Eu saí do carro primeiro, para que pudesse abrir a porta traseira e ajudar as garotas a descerem e a soltar Maggie da cadeirinha. A mesma não queria ir para o chão, queria ficar em meu colo, e eu fiquei com ela ali um pouco enquanto as três mais velhas, andavam juntas a dois passos a minha frente na direção do banheiro mais perto. Enquanto a Mel ia ao banheiro, pedi para que Maddie ficasse de olho na Maggie, já que eu precisaria entrar com a menorzinha no banheiro, já que ela me puxou para dentro da cabine com ela.
Enquanto ela lavava as mãos na pia infantil eu mandei uma mensagem rápida ao Edward perguntando se eu podia levar as meninas para comer no McDonald’s, e fiquei com o telefone em mãos esperando pela sua resposta. A sua resposta só chegou quando já estávamos na fila do McDonald’s com um pode, mas diz a elas que eu estou mandando-as não abusarem! Todas elas escolheram um Mc Lanche Feliz e eu pedi um hamburguer com milkshake para mim.
Elas comeram e começamos a andar pelo shopping. Nós entramos em algumas lojas de vestidos para que a Maddie pudesse escolher o seu vestido. Demorou um bom tempo até ela ter gostado de um e de ter escolhido, foi apenas na quinta loja que ela finalmente gostou de um vestido. Ela me olhou por alguns segundos até voltar, quase que correndo para o provador e demorou uns bons cinco minutos, a mais do que ela precisava para trocar de roupa, e ao sair de lá, ela se sentou no pequeno sofá que tinha ali, falando que queria ir para outro lugar, que ela não queria mais ir para a festa amanhã.
Ela estava cabisbaixa e com o nariz avermelhado. Eu sabia o que aquilo significava. O brilho que havia surgido em seus olhos quando ela encontrou o vestido, sumiu quando ela me olhou. E eu entendia o motivo! Sugeri então em leva-las até a parte de brinquedos que tinha no shopping, e ainda cabisbaixa ela concordou em ir. Elas escolheram ficar duas horas ali nos brinquedos e eu comprei o passe de duas horas para cada, eu perguntei se tinha problema para elas, ficarem ali brincando um pouco enquanto eu ia ver umas coisas, e elas disseram que não. Não tinha como elas saírem daquela área sem que eu as tirasse, então, eu as deixei ali com as várias outras crianças, e voltei a andar pelo shopping com Maggie em meu colo, já que a mesma não quis ficar ali.
Eu voltei à loja de vestidos e pedi para levar aquele que ela havia experimentado e gostado. A vendedora pegou o vestido e foi até o balcão e eu a segui, observando-a dobrar cuidadosamente e a guardar dentro da sacola.
- A sua filha vai ficar linda nesse vestido! – ela comentou enquanto me entregava a maquininha de cartão.
- Ela não é minha filha. – comentei passando o cartão de Edward, enquanto Maggie ficava sentada no sofá que tinha ao meu lado, segurando a sacola com o vestido da irmã. – Ela, no caso elas, são as filhas do meu namorado. – respondi digitando a senha e voltando a guardar os dois em minha carteira. – Ela... Ela perdeu a mãe há dois anos. – comentei.
- Oh... Isso explica o choro no provador. –
- Ela provavelmente queria a mãe aqui com ela. – suspirei. – Compreensível. – dei de ombros sem saber muito bem o que dizer.
- De qualquer forma, ela arrumou outra pessoa boa na vida dela, não é todo mundo que começa a namorar com alguém que tem filhos e a trata como se fosse filhas dela própria. – comentou quando viu Maggie voltando ao meu colo. Eu não falei nada, apenas ajeitei a pequena em meu colo e ela abraçou o meu pescoço, me devolvendo a bolsa que ela segurava.
- Vamos bebê? – ela apenas assentiu. – Muito obrigada! –
- Disponha. – eu deixei a loja ajeitando de novo a menina em meu colo.
- Maggie... –
- Oi. – falou com a vozinha baixa, provavelmente com sono.
- Não conta a sua irmã que nós compramos o vestido, tá bom? – ela não respondeu, apenas balançou a cabeça concordando. – Está com sono, docinho? – ela balançou a cabeça concordando de novo. – Pode dormir, a tia não vai te soltar. – garanti e ela escondeu a cabeça em meu pescoço.
Eu ainda tinha tempo antes de ir buscar as garotas nos brinquedos e fui dar uma volta pelo shopping, Maggie dormia profundamente em meu colo, e isso acabou dificultando um pouco de eu olhar as coisas. Eu comprei mais algumas coisas e fui até o estacionamento guardar no porta malas antes de ir buscar as garotas. Ainda faltavam uns trinta minutos até a hora de elas saírem, então eu me sentei na área de espera que tinha bem na frente, a minha coluna doía um pouco devido ao peso de Maggie.
Elas deixaram os brinquedos e Maddie parecia um pouco melhor, e nós fomos dar outra volta ao shopping. Quando a Maggie acordou já era tarde, já estávamos na fila para comprar a pizza para voltarmos para casa, ela continuava um pouco sonolenta, mas de qualquer forma aceitou o sorvete que eu havia oferecido, e que as meninas também tomavam enquanto esperávamos a nossa pizza ficar pronta.
Eu parei o carro em frente à casa de Edward por volta de oito da noite, e a casa estava completamente iluminada. Edward já tinha chegado, o carro parado na garagem em frente à casa me indicava isso. Eu desci do carro primeiro e soltei as pequenas que estavam no banco de trás e Maddie foi levando as três caixas de pizza, que elas tinham escolhido, enquanto Mel passou correndo pela irmã para tocar a campainha. Melissa era apressada, ela tocou a campainha cinco vezes até que Edward veio abrir olhando feio para a filha.
- Você nasceu de quase dez meses, dá para deixar de ser apressada? – perguntou e eu acabei sorrindo logo atrás as quatro, já que Maggie agora estava no chão, o que eu agradecia, e a minha coluna e braços também.
- Eu preciso ir ao banheiro. – ela falou simplesmente e passou correndo pelo pai.
- Oi pai... – Maddie se aproximou do pai. – Trouxemos pizza! –
- Bella avisou. – ele abaixou e beijou o topo da cabeça da filha mais velha. – Deixa em cima da mesa enquanto vocês quatro vão tomar um banho e eu vou perguntar a Bella se vocês se comportaram. –
- Tá pai. – Kenzie passou pelo pai e ganhou um banho também e uma ordem de ir para o quarto para tomar um banho.
- E você pequena. Se divertiu? – perguntou se agachando na frente da mais nova.
- Muito. – respondeu rindo.
- Ótimo. Pede ajuda as suas irmãs para tomar um banho e colocar um pijama. –
- Tá papai... – ela entrou em casa.
- Oi amor. –
- Oi. – eu me aproximei dele, com as mãos na base da minha coluna. Edward apoiou as mãos em meu rosto e beijou-me os lábios.
- O que houve? –
- Minhas costas e meus braços estão doendo. –
- Por que? – perguntou preocupado.
- Maggie dormiu no meu colo a tarde inteira. –
- Acordasse ela! –
- Não! Ela é um bebê. – resmunguei e ele balançou a cabeça rindo. – Deixa eu te falar... Definitivamente eu fui a pior pessoa escolhida para ir com a Maddie escolher o vestido. –
- Por que? O que ela fez? –
- Nada! Praticamente quem fez fui eu... – ele me olhou confuso. – Mesmo que indiretamente.... – ele continuou me olhando sem entender absolutamente nada. – Ela... Andou umas cinco lojas até finalmente encontrar um vestido que gostasse, ela estava feliz, com os olhos brilhando, até que ela me viu. – suspirei. – Ela queria a mãe dela ali, e o fato de eu estar ali, provavelmente estragou tudo para ela. Tanto que ela saiu de lá falando que não queria mais ir ao baile amanhã. – ele passou a mão pelo rosto suspirando. – E depois a vendedora falou que ela tinha chorado no provador, o que eu já sabia porque ela estava com os olhos e o nariz vermelhos... E eu não sabia o que falar para ela, então fingi que não vi! Mas eu vi! – agora quem tinha suspirado tinha sido eu. – De qualquer forma... – eu destravei o meu carro com a chave que estava em minhas mãos, e abri o porta-malas. – De qualquer forma eu trouxe o vestido para o caso de ela trocar de ideia. – eu peguei a sacola e entreguei a ele. – Só que ela não sabe disso. –
- Eu vou conversar com ela. – ele respirou fundo. – Eu estou me sentindo culpado, eu esqueci completamente disso porque eu estava focado em resolver tudo para a viagem e eu esqueci de uma das coisas mais importantes. –
- Amor. Fica tranquilo. Você não estava com a cabeça só na viagem, estava nos seus pacientes também e isso ocupa muito a nossa mente, se a minha fica bastante ocupada com os animais, imagina a sua com pessoas! Ela com certeza entende que você está ocupado e atarefado com as coisas do trabalho. Então... Eu quero te sugerir uma coisa. –
- Fala... –
- Você conseguiu um mês de férias... – ele assentiu. – Daqui a dois dias as garotas vão para o acampamento de férias. – ele assentiu de novo. – Quando nós voltamos, pega uns dias e passa só com elas. Tira uns dias de férias com elas. Só você e elas. –
- Você agora faz parte das nossas vidas, Bella e... –
- E você não vai fazê-las me engolir a força. Se elas quiserem, eu vou com vocês, caso contrário, só vocês cinco! Mesmo que agora eu faça parte da vida de vocês e vocês façam parte da minha, você precisa ter um tempo só com elas! Elas são mais importantes do que eu! Tá bom? – ele apenas assentiu. – Ótimo... Então, voltando ao assunto do shopping... Eu tomei a liberdade de escolher isso aqui para terminar de compor o look da Maddie. – eu entreguei as outras duas sacolas. – E eu comprei isso aqui para as outras três. E... Talvez eu esteja fazendo algo muito bom e ao mesmo tempo muito ruim... – ele apenas ergueu a sobrancelha. – As meninas tem costume de ler? –
- Não! Nunca vi nenhuma delas se interessando por leitura, mesmo que eu tenha tentando fazê-las gostar. Por que? –
- Porque o presente da Maggie é um livro de histórias infantis, que eu comprei em uma livraria, e enquanto eu escolhia o livro eu notei que elas estavam bem interessadas em alguns livros, cada uma em um, do jeito de que elas, literalmente estavam lendo em pé no meio da livraria. –
- E você comprou os livros que elas estavam lendo... – deduziu por fim e eu apenas assenti. – Isso não é ruim. É muito bom por sinal. –
- A menos que virem maníacas por leitura igual eu era durante a minha adolescência e no auge dos meus dezoito anos eu tinha dificuldade em arrumar um namorado porque eu tinha níveis altos tipo Senhor Darcy de Orgulho e Preconceito. – ele balançou a cabeça rindo. – E depois eu segui para os livros de putaria e talvez esse nível eu tenha alcançado recentemente, e eu não estou dizendo isso para inflar o seu ego. – a sua risada virou uma gargalhada e eu o acompanhei.
- Obrigado mesmo assim. – agradeceu ainda rindo. – Venha, vamos entrar, antes que a pizza esfrie mais ainda. – eu peguei o resto das sacolas, que eram com as coisas das meninas, e fechei o porta-malas. – Dorme aqui comigo? – perguntou passando o braço pelos meus ombros.
- Não sei! Eu quero tomar um banho e descansar. Minhas costas doem! –
- Eu faço uma massagem! –
- Eu sei bem onde essa massagem é! E por mais que eu adore esse tipo de massagem, eu estou cansada, de verdade! Eu sabia que voltaria para casa cansada, mas não sabia que seria nesse nível. – ele riu e me puxou para perto dele e beijou a minha testa.
- Eu também adoro esse tipo de massagem, mas dessa vez eu estou me referindo mesmo a uma massagem! E outra, do mesmo jeito que você está cansada, eu também estou, capaz de cairmos na cama e apagarmos, então. Você fica aqui! – ele beijou a minha testa de novo antes de entramos em casa.
Edward colocou as sacolas, com as coisas das meninas, no aparador ao lado da escada para subir com elas depois. E enquanto esperávamos por elas, ele resolveu colocar as pizzas em outras assadeiras e levar por alguns minutos ao forno para esquenta-las de novo e foi separando os pratos e talheres e foi me entregando para colocar na mesa. Não demorou muito e elas desceram, de banho tomado e de pijamas.
Depois de termos comido e eu de eu ter ajudado o Edward a limpar a bagunça, ele foi colocar as garotas para dormir e não me deixou ir embora, me convenceu a ficar aqui com ele. Tomei um banho e coloquei a minha calcinha de volta e uma camisa que Edward tinha me dado, e errado ele não estava, foi só eu deitar na cama que eu havia apagado e dormido profundamente.
No dia seguinte eu fui embora antes mesmo das meninas acordarem, Edward me deixou na porta e eu segui para a minha casa, até porque eu tinha algumas coisas para fazer em meu apartamento, como faltavam poucos dias para viajarmos, eu precisava terminar, ou melhor, começar a arrumar as minhas coisas.
Eu aproveitei o dia todo em casa para resolver isso, eu tinha dois cestos de roupa para lavar, e muitas roupas que eu queria levar, estavam nesses cestos, e a primeira coisa que eu fiz ao chegar em casa, foi colocar a roupa para lavar, para que até o final do dia, elas já estivessem limpas e secas para que eu pudesse começar a organizar.
Já estávamos no final da tarde quando o telefone tocou e eu vi a foto de Edward aparecendo na tela. Eu estava sentada em minha cama, com ela abarrotada de roupas, que deveriam ser separadas para a viagem e as outras seriam guardadas em meu armário. Tirei o som do programa de televisão que eu estava vendo e atendi o telefone no viva a voz, para que eu continuasse separando as roupas.
- Oi. –
- Oi meu amor. Está ocupada? –
- Um pouco. Estou terminando de separar algumas coisas da viagem. Por quê? – questionei.
- Pode dar um pulo aqui em casa. –
- Para que? Maddie resolveu ir à festa? – questionei.
- Não..., mas eu acho que você poderia conversar com ela. – eu parei de dobrar a roupa e encarei a tela do meu telefone. – Talvez você saiba, melhor do que eu, como convencer a Maddie a ir a essa festa. Já que, de certo modo, você tem a mesma situação que ela... –
- Se refere ao fato de eu também ter perdido a minha mãe. –
- Se não se importar! Ou te machucar! – eu suspirei. – E de qualquer forma, eu queria que fosse comigo levar as meninas até o acampamento amanhã. – eu não respondi, até porque eu não sabia ao certo o que responder. – Bella? –
- Daqui a pouco eu chego aí. – disse simplesmente. – Vou só me trocar e estou indo. –
- Obrigado amor. Fico te devendo! –
- Não se preocupe com isso! Eu te amo. –
- Eu também te amo. –
Eu desliguei o telefone e fiquei ali sentada na cama mais uns cinco minutos, até decidir o que fazer. Eu havia prometido a Edward que iria, portanto eu iria, mas o que eu falaria para ela, o que eu falaria para alguém que provavelmente não quer me ouvir? Para alguém em que eu seria a última pessoa que ela queria ver na frente ou então conversar? Eu entendia a ideia de Edward. Eu havia perdido a minha mãe e eu também não a tive e não a terei em datas importantes para mim, do mesmo jeito que Maddie e as meninas, mas de qualquer forma, eu não sabia ao certo do que ou como falar com ela.
Mas eu tinha prometido ir, então eu iria! Tinha se passado cerca de cinco minutos desde a ligação de Edward, até eu ter me levantando da cama e ido até o banheiro para tomar um banho. Eu me vesti e olhei a hora, já era quase cinco da tarde, e se eu me lembrava bem, o baile de pai e filha começaria às sete! Eu tinha que me apressar. Arrumei uma bolsa pequena com duas mudas de roupa, uma para dormir, e outra para sair amanhã com o Edward, como ele mesmo já havia adiantado. Peguei meu telefone e as minhas chaves e deixei o meu apartamento.
Eu cheguei a casa de Edward quase cinco e meia, o tempo era curto para eu conversar com a menina e se, caso eu conseguisse convencê-la, dela se aprontar para sair. Deixei o carro, pendurando a minha bolsa no ombro, e me aproximei da porta, tocando a campainha. Quem abriu a porta para mim foi a Kenzie, ela apenas fechou a porta e entrou.
- Pai é para o senhor! – eu a ouvi gritando do lado de dentro da casa.
- Mackenzie! – ouvi a voz de Edward, repreendendo a filha ao ver que a porta estava fechada. – Desculpa. – pediu abrindo-a de novo.
- Relaxa. – garanti ao entrar. – Cadê ela? –
- No quarto. Eu já conversei com ela, Alice já conversou com ela, minha mãe já conversou com ela, e ela continua se recusando a ir. E eu sei que se ela não for, ela vai se arrepender! –
- Acha mesmo que ela vai me ouvir? – perguntei quando ele tirou a bolsa do meu ombro.
- Espero que sim! Vem... – ele pendurou a minha bolsa em seu ombro e segurou a minha mão, me levando para o andar de cima da casa, e consequentemente, para o quarto das meninas. Ele parou em frente a porta e bateu. – Maddie, posso entrar? –
- Entra... – ele abriu a porta e apontou para dentro para que eu entrasse.
- Qualquer coisa me chama. –
- Ela é uma criança normal, Edward, e a não a criança do filme A Órfã.... – resmunguei e ele balançou a cabeça sorrindo. Eu entrei no quarto e ele fechou a porta, deixando-a levemente encostada, provavelmente para ele ouvir caso acontecesse alguma coisa.
- Maddie... – eu a chamei. Ela estava sentada em sua cama, de costas para mim e com um papel em mãos. – Posso entrar? –
- O que você quer? –
- Seu pai quer que eu converse com você! – respondi parando ao lado da sua cama, de frente para ela. – Ele acha que talvez eu seja a única que sabe pelo que você está passando. –
- Você não sabe nada! – respondeu ríspida.
- Sei mais do que você imagina! – suspirei. – Maddie... Eu perdi a minha mãe quando eu tinha dezoito anos. – contei e ela desviou os olhos do papel em suas mãos e me encarou. – Na verdade, eu perdi tanto a minha mãe quanto o meu pai. Os dois de uma vez só! – comentei sentindo o aperto na garganta voltar depois de anos. – Eu os vi morrendo, praticamente, estava no carro junto com eles. Talvez você lembre dessa história, eu comentei com os seus avós no dia que o seu pai me levou para conhecer vocês! – eu peguei a cadeira da penteadeira e coloquei ao lado de sua cama e me sentei ali. – Eu tinha acabado de entrar para a faculdade, e eu queria os meus pais do meu lado a cada semestre que eu passava, pelos estágios que eu fazia, pelo meu primeiro emprego e quando eu abri a minha veterinária. Eu queria muito eles do meu lado e eu não tinha. Eu sei o que você sentiu ontem quando estava experimentando o seu vestido e me viu ali. Eu senti a mesma coisa quando estava experimentando o meu vestido da formatura, a diferença é que quando eu olhei para frente, não tinha ninguém ali comigo. Eu estava sozinha! – eu respirei fundo para tentar evitar o bolo em minha garganta e as lágrimas em meus olhos. – E o pior, é que eu também não vou ter a minha mãe ali, parada me olhando, quando eu for experimentar o meu vestido de casamento, se é que eu vou me casar algum dia, e isso é uma das coisas que mais doí. – eu engoli em seco ao sentir os meus olhos ardendo e as primeiras gotas das lágrimas escorrendo. – Eu não tenho mais ninguém nesse mundo sem ser a Rosalie, o Jacob, e agora o seu pai! – eu debrucei o meu corpo sobre as minhas pernas, apoiando os braços em meus joelhos e sentindo os seus olhos bem presos em mim. – A minha mãe, conhecendo-a do jeito que eu a conhecia, não iria querer que eu parasse de fazer as coisas que eu mais queria só porque eu não tinha mais ela e nem o meu pai do lado, e com certeza a sua mãe também não iria querer. – ela abriu a boca. – Eu não conheci a sua mãe, eu sei, mas nenhuma mãe iria querer uma coisa dessa para os filhos. Ela pode não estar aqui, sentada do seu lado te ajudando a se arrumar, fisicamente, mas ela está com você espiritualmente, do seu lado, dando junto com você cada passo que você está dando, cada passo que as suas irmãs estão dando e também a cada passo que o seu pai está dando. Ela nunca deixou vocês, do mesmo jeito que os meus pais não me deixaram! É ruim, doloroso, mas a vida segue, você ainda é nova demais para entender isso, na verdade eu não sei sinceramente se tem alguma idade para entender isso, porque às vezes eu, com os meus vinte e seis, não entendo. – eu esperei que ela fosse falar alguma coisa, mas ela apenas ficou em silêncio e olhou para o papel em suas mãos. – Você queria a sua mãe aqui te ajudando a se arrumar, se você quiser, eu te ajudo. Do mesmo jeito que a Rosalie me ajudou na minha formatura, eu posso ajudar você. Seu pai disse que você estava tão animada para esse baile, e ele também está. Ele está se sentindo culpado por não ter ido com você ontem no shopping comprar o seu vestido, e vai acabar se sentindo culpado caso você não queria ir, só porque eu fui com você! Se você não quiser ir por inúmeros motivos, ele vai compreender, mas não deixe de fazer o que você quer só porque eu, talvez de certa forma, tenha estragado o seu dia. E se eu estraguei o seu dia eu peço inúmeras desculpas, não foi a minha intenção, eu só queria ajudar ao seu pai e a você. Eu gosto dele de verdade, de um jeito que nunca tinha gostado de nenhum outro homem, e eu também gosto muito da Maggie, da Mel, da Kenzie e de você também, mesmo vocês duas não gostando de mim, vocês tem o direito de não gostarem de mim. Mas eu queria que você entendesse que eu não quero tirar o lugar da sua mãe, eu não quero tirar o seu pai de vocês, e eu queria que você e as suas irmãs me dessem uma chance de provar isso! Tá bom? – perguntei e ela não me respondeu, continuou olhando para o papel que tinha em mãos. – Pensa se você quer ir ao baile e se precisa de minha ajuda, eu vou lá para fora, deixar você pensar um pouco. Tudo bem?! – ela continuou sem me responder. Eu me levantei da cadeira, colocando-a no lugar e saí do quarto, fechando a porta atrás de mim, e dando de cara com Edward encostado a parede, ao lado da porta. – Ouvindo conversa alheia, Cullen? – perguntei e ele sorriu.
- É minha filha. Tem dez anos. Eu posso! – deu de ombros e eu balancei a cabeça sorrindo. – Vem cá. – eu me aproximei dele, e ele me abraçou forte. – Desculpa se eu te fiz reviver algo que você não queria! – pediu baixo e deu um beijo em minha têmpora.
- Está tudo bem! Como eu disse a ela, a vida tem que seguir, e nós temos que aprender a conviver com a falta. – ele me abraçou mais forte contra o seu corpo.
- Eu te amo. – ele falou perto do meu ouvido.
- Eu também te amo! – Edward beijou a minha testa, ainda me abraçando forte. Nós ouvimos a porta abrir, ele levantou a cabeça para olhar para a mesma e eu virei a minha, vendo Maddie sair para o corredor e olhar para os dois lados como se procurasse alguém.
- Decidiu o que quer fazer, Maddie? – Edward perguntou quando ela olhou para nós dois, nos vendo abraçados no meio do corredor. – Quer ir para o baile ou não? – ela apenas balançou a cabeça concordando. – Então vai lá se vestir para não chegarmos muito atrasados. –
- Você... Você pode me ajudar? – perguntou.
- Eu? – questionei e ela apenas assentiu. – Claro que eu posso. – respondi sorrindo. – E você vai se vestir também. – mandei a Edward, quando ele deu um beijo em minha testa e me soltou. – Vamos lá. – ela entrou no quarto, deixando a porta aberta para eu passar, e antes que eu a fechasse, olhei para onde Edward estava e o encontrei sorrindo para mim, e foi impossível não ter sorrido para ele também, antes de fechar a porta.
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