domingo, 25 de junho de 2023

Capítulo 028.

Pov. Edward.

No dia seguinte a volta da viagem, eu e Bella aproveitamos para poder dormir quase que o dia inteiro, para que pudéssemos descansar e nos recuperar da volta de quatro dias dirigindo de Bacalar de volta a Chicago. Eu queria, muito, ver logo as minhas filhas, mas as mais velhas só sairiam do acampamento no final de semana, já que elas não ficariam durante todos os dias de férias, e a Maggie, eu sabia que se a buscasse logo, eu não iria descansar direito, portanto havia decidido descansar o dia seguinte a volta, para que pudesse buscar Maggie depois e passar o dia inteiro com ela.

E dito e feito. Na manhã seguinte, bem cedo eu tinha ido buscar Maggie, Isabella comentava que tinha que voltar para casa, mas ao mesmo tempo ela também estava morrendo de saudades do nosso bebê, como ela mesmo dizia e eu gostava, e não deu outra, Maggie havia ficado no meu colo durante dez segundos, até ela ver que Bella havia vindo junto e tratou de trocar o meu colo pelo dela. Eu não julgava, o abraço e o colo de Bella eram confortáveis, por mim, eu também ficaria entre eles o dia inteiro.

Nós não havíamos conseguido fugir de um almoço com os meus pais e Alice, que garantiu que tudo ocorreu as mil maravilhas no hospital entre os internos, e que todos ainda estavam felizes por estarem trabalhando com o Dr. Otto, o que me fez olhar para ela com raiva, e Bella rir do meu lado, com a tamanha sinceridade de minha irmã!

Já estava quase anoitecendo e ainda não havíamos conseguido deixar a casa dos meus pais, minha mãe simplesmente não deixava. Dizia que estava com saudades do filho dela e de Bella também. Maggie havia dormido logo depois do almoço e Alice, sendo Alice, puxou Bella para o seu quarto e eu fiquei sem ver Isabella durante o resto da tarde. E eu imaginava o que Alice estava perguntando a Bella, eu conhecia a irmã que eu tinha muito bem, e também conhecia a namorada que eu tinha. Pelo menos eu aproveitaria e entregaria aos três os presentes que eu tinha trazido para eles do México.

- Edward. – ouvi a voz da minha mãe. – Vem aqui na cozinha, por favor! – pediu e eu caminhei até lá. Minha mãe e meu pai estavam ali, ele sentado na banqueta da ilha da cozinha e ela decorando um bolo de chocolate com morangos, alguns morangos que meu pai tentava roubar. – Temos que conversar e agora que a Bella está com a Alice e a Maggie dormindo é o melhor horário. –

- O que houve? – perguntei.

- Em primeiro lugar. O aniversário... – ela viu o meu pai roubando mais um morango de sua tigela. – Para de comer, homem! – ela deu uma tapa na mão dele, o que fez com que nós dois sorríssemos. – Como estava dizendo, o aniversário da Maggie está chegando! O que quer fazer? –

- Não faço ideia. – admiti. – Estava conversando sobre isso com a Bella durante a viagem, que quando eu chegasse iria conversar com a Maggie o que ela quer e o que vocês tinham em mente! –

- Eu tenho coisas em mente. Mas Maggie disse que quer passar o dia inteiro com a Bella. –

- Mas ela vai ficar! A Bella está ansiosa para o aniversário da menina. –

- Então peça a ela para perguntar o que a Maggie quer, porque nós perguntamos e ela só fala que quer ficar com a tia Bella. – minha mãe falou. – Minto... Maggie não está mais chamando a Bella de tia. –

- Então? –

- Eu já ouvi a Maggie chamar a Bella de mãe uns dez vezes durante essa viagem! – meu pai falou e eu pisquei os olhos atônito. – Nunca para as pessoas, mas sozinha, quando ela estava brincando. E teve uma vez, que ela dormiu vendo filme, e enquanto eu a levava para o quarto, ela perguntou quando a mãe dela ia chegar. Eu perguntei quem era a mãe dela e ela respondeu que era a mãe Bella. – explicou.

- E isso é bom ou ruim? – questionei sem saber ao certo o que falar.

- Depende. O quão disposto você está em transformar a Bella na mãe dela? –

- Por que no último mês todo mundo está me perguntando isso? – questionei. – O meu relacionamento com a Bella é recente, nenhum de nós ainda pensou nisso. –

- Mas a Maggie não entende isso, Edward. Ela só sabe que você está com a Bella, e que ela gosta da Bella e que a Bella gosta dela! Fim da história! A Maggie ainda não tem noção de tempo, noção do quanto dura as coisas. Ela só quer que a Bella seja a mãe dela! Até porque, Isabella é a única figura materna que a menina tem. –

- Eu vou conversar com a Maggie depois sobre isso! –

- Brigar não vai adiantar, apenas piorar a situação e... –

- Eu não vou brigar com ela, mãe. Jamais brigaria com a Maggie, principalmente por causa disso. – suspirei. – Mas não sou eu quem decide isso, quem tem que decidir é a Bella, ela que tem que decidir se quer essa responsabilidade ou não! –

- Só que se a Bella aceitar, Edward, você vai precisar conversar com as meninas! –

- Imagino. E imagino também que não será uma conversa tranquila, principalmente com as duas mais velhas. –

- Edward? – eu ouvi a voz de Bella vindo da sala.

- Aqui na cozinha. – respondi e ouvi os seus passos se aproximando de onde eu estava com os meus pais.

- O nosso bebê acordou. – ela entrou na cozinha, com a Maggie em seu colo, e agarrada ao seu pescoço.

- Nosso bebê? – meu pai perguntou divertido e baixo, tão baixo que apenas minha mãe e eu escutamos. – Tem certeza que você tem que perguntar se ela quer essa responsabilidade? – questionou.

- Maggie... – minha mãe chamou a atenção da neta. – Fala para a vovó, o que você quer fazer no seu aniversário? – perguntou.

- Ficar com a tia Bella. – ela agarrou mais ainda o pescoço de Isabella, que riu.

- Mas a tia vai ficar com você, neném. – com cuidado, Bella se sentou na banqueta ao lado do meu pai, e eu a ajudei, apoiando-a, já que Maggie não a soltava. – Mas a sua avó quer saber sobre o que você quer a sua festa. – Bella a sentou em seu colo, e a menina olhou da Isabella para a minha mãe.

- Não sei! – respondeu, nos fazendo rir, e Isabella abraçou forte o nosso bebê.

- Então a senhorita trate de pensar, para que a vovó faça a melhor festa do mundo para o neném da casa. – minha mãe falou, apertando a bochecha da neta, que a fez rir. – Pois bem... Quem quer bolo de chocolate? –

- Eu... Eu... Eu... – Maggie falou pulando no colo de Bella.

- Os senhores não encheram a menina de doce enquanto eu estava fora, não né? –

- Claro que não. -minha mãe respondeu cortando um pedaço de bolo para a neta. – Vocês dois também querem, um pedaço de bolo com café? –

- Eu nunca nego café e nem chocolate! – Bella respondeu e minha mãe riu.

Nós só conseguimos voltar para casa a noite, e depois do jantar, a minha mãe sabia convencer as pessoas quando queria. Bella queria ir para casa, mas dessa vez havia sido Maggie quem não havia deixado, não queria largar a minha namorada em momento algum, e o único momento em que a soltou, foi quando dormiu.

...

O final de semana havia chegado e eu teria que ir buscar as minhas filhas no acampamento. Bella não iria junto, ela já reclamava em meu ouvido que desde que chegamos de viagem ela ainda não conseguia ir para casa e desfazer as malas dela e nem arrumar as coisas. Ela foi para o seu apartamento e eu fui buscar as meninas no acampamento, com a Maggie no banco de trás.

- Papai... Papai... – Melissa foi a primeira a me ver e veio correndo na minha direção.

- Oi meu amor. – mesmo estando com Maggie no colo, eu a peguei também, dando um beijo demorado em sua bochecha. – Como você está? –

- Cadê a tia Bella? – perguntou olhando em volta e vendo que eu estava sozinho.

- Ela está na casa dela, filha, ela tinha que arrumar umas coisas! – ela fez bico. – Por que? –

- Ela tinha que ter vindo... Para me ajudar. –

- Com o que? – perguntei ficando preocupado. – Qualquer coisa que você acha que a Bella possa te ajudar, eu também posso. –

- Não... – ela balançou a cabeça, fazendo os seus cachinhos balançarem. – Só ela pode me ajudar! –

- Com o que, Melissa? – insisti e ela fez força para ir para o chão. Melissa segurou a minha mão e foi me arrastando para dentro da sua cabana, onde Maddie e Mackenzie estavam sentadas na cama, com uma toalha nos braços de Maddie.

- Olha papai... – ela apontou para a irmã mais velha.

- O que é isso Maddie? – eu me aproximei e vi que tinha uma coisa preta envolta da toalha.

- Uns garotos maus estavam jogando pedrinhas nele ontem... – Melissa falou indignada ao meu lado, eu afastei um pouco a toalha e vi que era um gato, um filhotinho de gato preto. – Ele está machucado, papai. Por isso a tia Bella tinha que ter vindo. –

- Tudo bem, não se preocupe! Terminem de arrumar as suas coisas, que eu vou assinar a saída de vocês e vamos leva-lo até a Bella, tudo bem?! –

- E a Melissa deu um soco em um dos garotos, pai! – Mackenzie contou e eu olhei para Melissa.

- Ele estava machucando um gatinho! – ela cruzou os braços e fez um bico enorme nos lábios, como se isso significasse que ela estava certa.

- Depois nós dois vamos conversar sobre isso, mocinha. – falei sério. – Terminem de arrumar as suas coisas que eu vou na secretária. – falei me levantando so chão. – A senhorita vai ficar aqui ou vai comigo? – perguntei a Maggie.

- Posso segurar o gatinho? –

- Nem pensar! – ela fez bico. – Enquanto a Bella não cuidar dele, nem pensar! Fica aí com as suas irmãs. – ela apenas assentiu se sentando na cama.

Eu deixei as quatro ali e fui até a secretária para assinar a saída dela, e como eu já suspeitava, um dos instrutores vieram me falar que a minha filha saiu no soco com um garoto maior e mais velho do que ela. Eu pedi desculpas pelo ocorrido e prometi que iria conversar com ela, o que mais eu poderia fazer? Com a saída das quatro assinadas, voltei para a cabine para que pudesse pegar as quatros e o gato. Com as malas arrumadas no porta malas, Maddie foi sentado no banco da frente, segurando o gato ainda na toalha, e as outras três meninas no banco de trás, com Maggie na sua cadeirinha.

Eu não iria conversar com a Melissa agora, era inadmissível ela ter saído no soco com um garoto, na verdade, com qualquer outra pessoa seria inadmissível. Eu iria conversar com ela, quando estivéssemos em casa e sozinhos. Tudo bem que o motivo era “bom”, mas não era justificativa.

Eu parei o carro estacionado no meio fio, atrás do carro de Bella, e subi com as quatro no elevador. Eu nem havia me lembrado de ligar para ela, para avisar que estava vindo para o seu apartamento, mas a minha cabeça não parava de pensar em como eu iria conversar com a Melissa sobre o que havia acontecido durante o acampamento.

- O que houve? – ela perguntou ao abrir a porta. Eu tinha a chave de seu apartamento, mas as meninas não sabiam disso e eu não queria assusta-la.

- Tia Bella... – Melissa praticamente se jogou em seu colo, quase derrubando-a no chão.

- Oi Melissa. – Bella a ajeitou em seu colo sorrindo.

- Olha tia Bella. – ela apontou para o embrulho nos braços da Maddie.

- O que é isso? –

- Um gato que elas resgataram no acampamento. – expliquei quando ela deu espaço para que entrássemos no seu apartamento.

- Tinha uns garotos maus tacando pedra nele, então eu peguei! –

- É! Pegou e saiu no soco com um garoto maior e mais velho! – contei irritado e Bella abriu e fechou a boca algumas vezes.

- Vou me abster de comentários! – disse simplesmente. – Vem, senta aqui. – ela colocou a Melissa no sofá. – Deixa eu ver o gato. – ela pediu a Maggie que entregou a ela o embrulho feito de toalha. – Ei... Calma... Calma... Eu não vou machucar você! – ela tirou a toalha dele e Maddie a pegou. – Você está tão magrinho e bem machucado! – Bella suspirou. – Eu vou ver se tenho como fazer o básico aqui em casa, caso contrário vou ter que levar ele para a veterinária. – comentou. – Aí! – ela exclamou quando o gato a arranhou. – Merda! – praguejou baixo. – A pata está machucada, eu vou ter que leva-lo a clinica e ver se ele não está com a pata quebrada. –

- Quer que eu veja esse arranhão? –

- Não precisa. Eu limpo e qualquer coisa eu tomo a vacina depois! Leva elas para casa, que eu cuido do gato. –

- Eu posso ir? – Melissa perguntou sentada no sofá da Bella.

- Isso é com o seu pai! –

- Não. Nós dois vamos conversar sobre você ter batido em alguém. – ela fez bico. – Pode desfazer esse bico, antes que o seu castigo fique pior, porque sim, senhorita, a senhorita ficará de castigo. – seu bico aumentou mais ainda quando ela cruzou os braços emburrada.

- Deixa eu te perguntar. – ela se aproximou de mim, e me afastou das garotas. – O que eu faço com o gato? –

- Cuida dele! –

- Isso eu sei, Edward. Eu o coloco para adoção ou vai querer ficar com ele? –

- Não sei. – admiti. – Eu tenho que conversar com essa menina primeiro. Ela nunca foi agressiva nesse ponto. –

- Não julgo, já fiz o mesmo com uns dez anos! Fiquei de castigo por um mês, mas não me arrependo. Gostaria de deixar isso bem claro! E suponho eu, que ela também não irá se arrepender, porque para ela, do mesmo jeito que foi para mim, é justificável, porque estava defendendo um ser inocente. –

- Eu sei. Eu entendo isso, mas não justifica ela ter saído no soco com alguém. Ela não teve a noção de que se ele revidasse ia ser muito pior! Até porque quem iria partir pra cima do garoto seria eu depois. – ela apenas balançou a cabeça.

- Vai para casa. Passa um tempo com elas, conversa com a Melissa, com calma, lembre-se que ela só tem cinco anos e ela não tem noção nenhuma do que fez. E quando eu tiver noticias do gato, eu mando uma mensagem ou ligo! – expliquei.

- Tudo bem! Depois passa a conta! – ela se aproximou e me deu um beijo rápido. – Eu te amo. –

- Também te amo. –

- Bora gangue! – falei e Bella riu. – A tia Bella vai cuidar do gato e depois manda noticiais. – garanti a Melissa, que continuava emburrada.

Com a gangue reunida nós voltamos para o meu carro, enquanto Isabella permanecia em seu apartamento, para que pudesse se trocar. Eu dirigi de volta a minha casa. Eu dirigia devagar pelas ruas que me levariam até o meu endereço para que pudesse seguir o conselho de Bella, conversar com a Melissa com calma, e para isso eu precisava me acalmar. Ao chegarmos em casa, e com as malas descarregadas, a ordem havia sido uma só. Desfazer as malas.

Eu tinha tanta coisa para fazer, que eu não sabia nem por onde começar. Eu tinha que conversar com a Maddie se havia sido tudo tranquilo no acampamento, tirando, obviamente, o fato de Melissa ser batido em alguém, e se ela havia conversado com as meninas sobre passarmos a última semana de férias junto com a Bella. Eu tinha que conversar com Melissa, e eu nem sei sabia como começar essa conversa, isso nunca havia acontecido, além do fato de que eu tinha muita coisa para organizar antes de voltar a trabalhar no início de julho.

- Maddie, vem aqui. – eu chamei a mais velha dos pés da escada, após ter lido uma mensagem de Bella, avisando que iria bater um raio x do gato, para ver qual era o problema da pata.

- Oi pai. –

- Senta aqui no sofá que eu quero conversar com você. – pedi quando ela desceu as escadas e eu caminhei para a minha poltrona. – Como foi o acampamento? – perguntei quando ela se sentou no sofá.

- Bom. Não é parecido como nos filmes! – comentou e eu balancei a cabeça rindo.

- E sem ser o problema que a Melissa arrumou nos últimos dias, foi tranquilo? –

- Sim. Foi tudo tranquilo. Só a Melissa que inventou de bater em alguém no final do acampamento. – suspirei.

- Eu vou conversar com ela sobre isso! – eu me debrucei sobre as minhas pernas, apoiando os meus cotovelos em meus joelhos. – Pensou no que eu pedi? –

- Sobre passar uns dias com... Ela? –

- Com a Bella. Isso! – ela assentiu. – E então? –

- Para onde iriamos? – questionou, sem me responder.

- Eu conversei com a Bella quanto a isso, e ela disse que se for do gosto de vocês, ela tem um chalé no Wisconsin. Perto de um lago, tem lugar para assar marshmallows... E até onde eu sei... Vocês gostam disso! –

- Vou ser sincera, papai. A Kenzie não está muito afim não... –

- E você? –

- Eu aceitaria ir só pelo que o senhor disse! – eu ergui uma sobrancelha. – Pelo que ela fez por mim no dia do baile da escola. –

- Quando você e a sua irmã vão entender que a Bella não vai assumir o lugar da mãe de vocês, e tampouco me afastar de vocês?! – questionei e ela não respondeu, e eu suspirei. – Parece que tudo o que eu e ela fazemos para agradar a vocês não adianta de nada. – ela continuou em silêncio. – Tudo bem, Maddie, vocês não querem que ela vá, e dessa vez, eu aceito isso! E vou aceitar só porque a própria Isabella disse para que fosse apenas com vocês..., Mas eu não vou aceitar da próxima! – suspirei. – Sobe e conversa com as suas irmãs onde elas querem passar a última semana de férias, das minhas férias. – ela se levantou. – E avisa a Melissa que daqui a pouco eu a chamo para conversar. –

- Tá bom, papai. – quando ela terminou de subir as escadas, o meu telefone tocou em meu bolso, e ao pega-lo eu vi a foto de Bella aparecendo na tela.

- Oi meu amor. –

Oi. Tudo bem aí? –

- Mais ou menos. Ainda não conversei com a Melissa, mas a conversa que tive com a Maddie já me desanimou. –

O que houve? –

Elas não querem que você viaje conosco. E isso me deixou extremamente chateado. –

Eu te avisei! – comentou e eu suspirei. – E está tudo bem! Já falei que não é para você obriga-las a me engolir, deixa ser no tempo delas. E se quiser eu empresto o chalé do mesmo jeito, não é problema nenhum para mim! –

- O problema é que eu nem tenho mais vontade de viajar com elas. E nem é por elas não querem que você vá, mas... O que vai parecer se eu colocar a Melissa de castigo e a levar para viajar? –

Simples! Deixa bem claro que ela só vai porque são as suas férias, que você não tira a tempos e quer passar um tempo com elas, mas que quando vocês voltarem, o castigo dela começa ou continua. – respondeu como se fosse óbvio! – Pelo menos era o que eu faria caso estivesse no seu caso! Do jeito que você é, sabe-se lá quando você vai tirar as próximas férias... – apontou e eu balancei a cabeça rindo. – Pior sou eu, em plena férias e trancada na clinica trabalhando... Não que eu esteja reclamando, longe disso, mais o senhor terá que me recompensar depois! – eu balancei a cabeça rindo.

- Não se preocupe! – disse simplesmente. – E o gato? Tem alguma notícia? –

Não são muito boas, não! – eu apenas esperei que ela terminasse de falar. – Ele está com a patinha quebrada. Sam acabou de engessar para mim! – suspirei. – Eu quero saber o que eu faço com ele. Ele é novo demais, não deve ter nem três meses direito. Ele não come sozinho, fica miando quando não tem ninguém perto dele. Eu não posso leva-lo para o meu apartamento, se eu pudesse levava. Eu posso anuncia-lo para adoção e ver se aparece alguém aqui ainda hoje! –

- Eu não duvido nada que a Melissa queria ficar com o gato! – suspirei.

Tá... Mais o adulto e quem vai sustentar é você! Os cães podem ser que se adaptem, aos poucos, ao gato, não garanto, mas do jeito que eles são brincalhões, as chances de se adaptarem são grandes, mas no início, os quatro vão ter que ficar longe dele, e o gato vai ter que ter uma babá quase que vinte e quatro horas, para que dê comida a ele. –

Quanto tempo ele vai ficar engessado? –

Em torno de um mês, mais ou menos! –

- Tá bom... Eu passo aí na clínica para pegar o gato daqui a pouco! –

Não precisa, eu o levo aí. – ela falou. – Vou apenas terminar de medica-lo e levo aí, antes que achem que estou trabalhando de novo e comecem a me perturbar. – resmungou e eu balancei a cabeça rindo. – Em uma hora, mais ou menos eu chego aí! –

- Tá bom. Eu vou conversar com a Melissa. –

Tudo bem amor. Beijos! –

Beijos! – eu desliguei o telefone e me levantei da poltrona. Eu não tive nem tempo de chamar pela Melissa e ela chegou no andar debaixo, acuada e com as mãos para trás. – O que foi? –

- Nada! –

- Senta aí. – mandei apontando com a cabeça para o sofá onde a Maddie estava sentada a pouco tempo. – Me explica. O que se passou na sua cabeça, em socar alguém mais velho e maior do que você? Alias, vamos começar do início. Onde você aprendeu a bater em alguém? –

- Vovô. – respondeu sem jeito.

- É o que? –

- O vovô me ensinou a bater, ele ensinou todo mundo, dizendo que era para usarmos apenas para se defender! – explicou. Eu vou matar meu pai! – E eu não descumpri a promessa que fiz ao vovô, eu usei apenas para defender, ao gato, mas foi para defender! – suspirei. – Está chateado? –

- Sinceramente?! Em partes! Acho que a sua atitude de resgatar e defender o gato foi muito nobre, mas a parte de ter partido para a agressão me chateia. Melhor, me aborrece. Imagina se ele tivesse revidado? –

- O vovô disse que era para chutar bem no meio das pernas. E foi o que eu fiz, quando ele veio para cima de mim! –

- De certa forma eu fico feliz por saber se defender, mas você precisa entender que nada nesse mundo se resolve nos punhos, Melissa. Eu espero que essa seja a primeira e última vez que eu tenha que te chamar a atenção quanto a isso. Se alguém vier e tentar te bater, e não tiver nenhum adulto para que você busque ajuda, tem a minha permissão para se defender, em outras circunstâncias, não! –

- Eu vou ficar de castigo? –

- Um castigo diferente, mas vai! – ela suspirou. – Eu não tenho o que tirar de você. Você não tem celular, não tem computador. A única coisa que eu teria para tirar de você seriam as suas horas de televisão! Então, Melissa Cullen, o seu castigo vai ser: ser a babá de um gato! E as suas horas na frente da televisão também vão cair pela metade, e você não vai sair para lugar nenhum durante duas semanas! Estou pegando leve porque você tem cinco anos! Isabella falou que quando ela fez o mesmo que você fez, ela pegou um mês de castigo, mas ela tinha o dobro da sua idade, e ela tinha um pouco mais de noção do que era certo ou errado! Portanto, acredito que duas semanas será o suficiente para você aprender a não fazer isso de novo! – ela apenas assentiu. – Suas duas semanas começam no dia primeiro de julho, quando eu voltar ao trabalho, porque eu quero passar essa ultima semana de férias com vocês, e você só vai porque são as minhas férias e eu quero as minhas filhas junto comigo. – expliquei. – Só que o seu castigo de ser babá de um gato, começa hoje! – ela me olhou confusa. – Até eu e a Bella decidirmos o que vamos fazer com o gato que vocês resgataram, você vai cuidar dele. Vinte e quatro horas por dia! Bella disse que o gato está com a pata quebrada, e ele não faz nada sozinho, ele não come sozinho, ele não faz praticamente nada sozinho, e quem é que vai ter que fazer? –

- Eu. – ela respondeu sorrindo animada.

- O seu sorrisinho vai sumir no terceiro dia. – comentei brincando e ela riu. – Vai para o seu quarto, tome um banho, desça com a sua roupa suja, que daqui a pouco a Bella está ai com o gato! – ela levantou do sofá e veio saltitante para perto de mim.

- Te amo, papai. –

- Eu também te amo, princesa! – eu dei um beijo em sua bochecha e ela subiu para o andar de cima.

Enquanto as quatro continuavam em seus quatros, eu pesquisei na internet por alguma coisa para que pudéssemos jantar, já que eu ainda não havia reposto quase nada em minha geladeira, e só iria repor antes de voltar ao trabalho, já que eu iria passar a semana fora de novo. Eu acabei pedindo pizza para as garotas e uma barca pequena de sushi para mim e para a Bella, eu imaginava que ela não iria passar a noite aqui comigo, mas eu não iria deixar ela ir embora sem comer nada, ainda mais depois de ter passado o final da tarde e início da noite na clínica, onde ela não deveria ter ido ainda.

As comidas que eu havia pedido chegaram primeiro que Bella. Eu deixei as pizzas dentro do forno para que não esfriasse e a barca de sushi na geladeira, e fui para o meu quarto para tomar um banho. Estava terminando de me vestir quando ouvi a campainha tocando, terminei de me vestir rápido, para que pudesse descer e abrir a porta logo para Isabella, até porque já tinha anoitecido e eu não queria deixa-la esperando muito tempo.

- Oi. – eu abri a porta e a encontrei com um embrulho, onde estava o gato nos braços. – Desculpa a demora, estava terminando de me arrumar. –

- Relaxa. – ela se aproximou de mim, ficando na ponta dos pés e me deu um beijo nos lábios. Eu segurei o seu rosto entre as minhas mãos, e retribui em um beijo mais demorado. – Me ajuda a pegar umas coisas no carro? –

- Claro. –

- Está no porta malas. – eu peguei as chaves, que ela ainda tinha em mãos.

- Tia Bella. – nós ouvimos a voz da Melissa.

- Posso brincar com ela ou ela está de castigo? – questionou.

- Pode brincar, já conversei com ela e sim, ela está de castigo, depois a gente conversa sobre isso. Entra lá. –

- Oi bebê... –

- Hey... O bebê sou eu! – ouvi a voz fininha de Maggie reclamando e Bella riu.

Eu parei de ouvi-las quando eu me aproximei de seu carro, destravando o porta malas. Tinha três bolsas ali, grandes e cheias. Eu não conseguia ver direito o que tinha ali dentro, por estar escuro, portanto eu apenas as peguei, sentindo-as um pouco pesadas, e fechei o seu porta-malas, travando o seu carro logo em seguida. Ao entrar em casa, eu olhei por cima o que tinha dentro das sacolas, eram coisas para o gato, coisas a mais do que provavelmente deveria ter.

- E qual vai ser o nome dele? – ouvi a voz de Melissa após eu ter apoiado as três sacolas aos pés da escada.

- Escolhe! É um macho. – Bella estava sentada no chão da sala, com Maggie e Melissa sentadas ao seu lado, com o filhote de gato preto, com a patinha engessada entre elas.

- Que nome combina com ele? –

- Bom, tem o típico, não é? Quase todo mundo que tem, teve ou que quer ter um gato preto, quer chama-lo de Salém! É um clássico. –

- E você faz parte desse grupo, não é? – perguntei me sentando perto delas, na ponta da minha poltrona.

- Óbvio! – respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Eu gostei! – Melissa respondeu rindo. – Salémzinho! – ela passou a ponta dos dedos pela cabeça do gato.

- Bom. Quem vai cuidar do Salém para que eu possa dar instruções e ir para casa? – perguntou Bella me olhando e eu apenas apontei para Melissa. – Ela é uma criança! –

- Tem que fazer algum curativo ou algo do tipo? –

- Não! –

- Então ela cuida dele! É parte do castigo dela. –

- Edward, o gato está com a pata quebrada. –

- Ela vai cuidar bem dele, não se preocupe, e eu vou ficar de olho vivo nela. – mesmo eu garantindo vigiar Melissa, Bella continuou me olhando de soslaio. – Olha a cara de animação dela. – apontei para Mel, que estava praticamente quicando a nossa frente.

- Tudo bem! Não gosto muito disso, mais tudo bem. Se acontecer algo com o gato eu vou culpar você mesmo! – eu balancei a cabeça rindo. – Muito bem Mel, você vai ter que fazer umas coisinhas com ele. Você vai precisar alimentar ele de três em três horas, ele não pode em hipótese... –

- Ela não sabe o que essa palavra significa. –

- De jeito nenhum... – ela corrigiu. – Colocas a patinha no chão ou fazer força com ela, o que significa que você vai ter que leva-lo e tira-lo da caixinha de areia. O melhor é deixa-lo em um cercadinho, mas te conhecendo, peço apenas que tome cuidado se for dormir com ele. –

- Tá bom, tia Bella. – ela olhou para mim.

– Vai colocar as coisas dele onde? –

- As coisas que você comprou? – ela apenas assentiu. – A senhorita sabe que tem que limpar a caixa de areia toda vez que ele usar, não sabe? – questionei a Melissa e ela apenas assentiu. – Então, por enquanto, a caixinha de areia vai ficar no corredor ao lado da porta do quarto de vocês, quando o gato estiver melhor, a gente deixa na área de serviço. – expliquei. – Vamos subir para organizar as coisas que a Bella trouxe. – com cuidado, Melissa pegou o filhote no colo e eu ajudei a Bella a levantar do chão.

Eu peguei as sacolas que Isabella haviam trazido e subimos as escadas até o quarto das meninas. Ao entrar no quarto das garotas, ele estava vazio, as duas mais velhas não estavam ali, deveriam estar no quarto de brinquedos. Bem embaixo da cama de Melissa, Bella colocou a cama que havia trazido para o gato, era cama de aparência fofa e confortável, ela era fechada, com apenas um buraco para o gato entrar, era detalhado com orelhas e bigodes de gato, e tinha um pequeno pompom pendurado na parte mais alta da cama. Com a cama ali, Melissa deitou.

Bella pegou dentro da sacola um bichinho de pelúcia, e quando o gato viu o macaquinho de pelúcia, ele começou a miar desesperadamente, e só parou quando, a pelúcia foi colocada ao seu lado na cama, e ele deitou em cima dela, como se o abraçasse. Ao lado da cama do gato, foi colocado o comedouro, era um suporte de madeira, um pouquinho alto, e as vasilhas eram de cerâmicas em formato de gato, com um rosto pintado dentro dela.


Pelo visto Isabella me conhecia bem e sabia que eu iria acabar ficando com o animal no final, já que ela havia trazido tudo, o que incluía um saco pequeno de ração para filhotes, além de comida úmida e leite para o filhote, que ainda era muito pequeno. Com a parte da cama e comida pronta, arrumamos a caixa de areia no corredor, ao lado da porta, cuja caixa e areia Isabella também havia trazido.

- Muito bem. Fica, pelo amor de Deus, de olho nela com esse gato. – ela pediu depois de termos arrumado tudo. –

- Relaxa. Ela vai cuidar dele, mas eu vou ficar de olho nela. – garanti enquanto víamos Melissa dando um pouco de leite, pela seringa, ao Salém, do jeito que Bella tinha ensinado.

- O gato foi vermifugado, eu dei um banho nele, porque ele estava imundo, mas não deixa ninguém dar banho nele. – eu apenas assenti. – Apliquei remédio para pulgas, ele tomou todas as vacinas. Quando ele melhorar da pata, eu castro ele, achei melhor não castrar com a pata quebrada. – explicou.

- Sim senhorita. Quanto deu? –

- Nada! – respondeu simplesmente.

- Como nada? Enlouqueceu? –

- Eu vou não te cobrar por ter cuidado do gato, Edward. –

- E por que não? –

- Porque não! – resmungou. – Se eu tivesse resgatado o bichinho e cuidado dele, e o doado, eu não iria cobrar do mesmo jeito! – disse simplesmente descendo as escadas.

- Depois que terminar de alimentar o gato, coloque-o na cama e desça para comer. – avisei a Melissa, que apenas assentiu e eu segui Isabella para o andar debaixo. – Tudo bem, Isabella, mas você fez um raio x no gato, não se esqueça de que eu sou médico e sei que isso é caro. –

- Não ligo! – bufou.

- E as coisas que você trouxe? Cama, brinquedo, comida, areia... – ela simplesmente balançava a cabeça negando.

– E já vou avisando logo que eu também não vou cobrar a castração. –

- Tudo bem... Olha só, se quiser continuar cuidando dos cachorros e consequentemente, agora do gato, é bom a senhorita cobrar toda as vezes que eles forem lá, caso contrário eu não levo mais. –

- E eu castro você! – disse simplesmente. – Agora vamos ao que importa... Ainda não me disse se vai querer a chave do chalé ou não! –

- Eu não vou para lá sem você! Então, não, eu não quero! –

- E vai para onde com elas? –

- Não sei! Amanhã eu vejo isso! Hoje eu só quero dormir, porque o dia foi longo! –

- Somos dois. Então já que o gato está bem e vai ficar bem, eu vou para casa. Eu tenho que tomar um banho, comer alguma coisa e dormir, eu tenho muita coisa para fazer amanhã. –

- Fica aqui! – pedi. – Eu comprei sushi para nós dois! – contei, abraçando a sua cintura.

- Amor, eu tenho muita coisa para fazer em casa. –

- Mas você não vai fazer nada hoje! – eu apertei o abraço em sua cintura, grudando o seu corpo ao dela. – Come comigo, dorme aqui e amanhã você vai. –

- E amanhã você vai arrumar outra desculpa para me manter aqui! – apontou me fazendo rir.

- Por favor. –

- Tá bom, Edward. Mas amanhã, eu vou embora assim que eu acordar! Sem desculpas e sem pretextos. Eu tenho um apartamento para arrumar, se não quiser que eu te coloque para arrumar ele, me deixe arrumar. – reclamou me fazendo rir e eu dei um beijo em seus lábios.

- Não me importo em te ajudar! – respondi com a testa apoiada a sua. – Eu te amo. –

- Eu também te amo. –

Eu dei mais um beijo em seus lábios, antes de me afastar dela, e fui chamar as garotas para que pudéssemos comer. Com elas na mesa, eu peguei as pizzas no forno e a barca de sushi na geladeira, ao ver o sushi, Mackenzie quis experimentar, e ao colocar um pequeno em sua boca, na primeira mordida ela fez cara de vômito, que me fez rir, quando ela saiu correndo para cuspir. Depois de termos comido e limpado a bagunça, as crianças foram para os seus quartos para irem dormir e após Bella conferir se o gato estava bem, e não havia sido nenhuma surpresa, Melissa ter pego o gato para dormir com ele em sua cama.

No dia seguinte, eu não consegui segurar Bella aqui em casa por muito mais tempo, e logo após o café ela foi embora, ameaçando me bater caso eu não a deixasse ir. Eu fiquei uma boa parte da manhã vendo as meninas brincando com os cachorros no quintal dos fundos, eu tentava pensar e decidir um lugar perto para ir com as crianças, mas eu não tinha nenhuma ideia, e o fato de elas não aceitarem a ida de Isabella conosco me desanimava. Depois de uns dez dias com a Bella no México era estranho não dormir e acordar com ela ao meu lado e isso era muito incomodo para mim. Eu estava há dois anos sem dormir e acordar com alguém ao meu lado, e em menos de duas semanas eu havia me acostumado a isso de novo e simplesmente não queria perder.

- Pai. – eu balancei a cabeça, me concentrando as coisas a minha frente de novo e vendo que Mackenzie havia deixado as irmãs e vindo para perto de mim.

- Fala, minha filha. –

- A Maddie falou que o senhor ficou chateado, porque a gente não aceitou viajar com... com ela. –

- Qual é o seu problema que não sabe falar o nome dela? – questionei e ela não me respondeu. – Sim, Mackenzie eu fiquei chateado, porque parece que nada do que eu faço faz com que vocês se deem bem com ela. –

- Eu não quero que fique chateado com a gente. – comentou fazendo beicinho.

- Está tudo bem Mackenzie, não se preocupe. Já falei que dessa vez eu aceito vocês não quererem que ela vá junto, mas não vou aceitar da próxima! –

- Se ela for o senhor fica menos chateado? –

- Já falei, não se preocupe. Está tudo bem, eu não vou obrigar vocês, dessa vez, a ficar com ela, e nem obrigar a ela a ficar com vocês! –

- Por favor, papai, chama ela para ir com a gente. –

- Por quê? O que você quer, Mackenzie, para começar a insistir tanto nisso? –

- O senhor gosta dela e eu não quero que fique chateado comigo por causa dela. – eu abri a boca e ela continuou falando. – E as outras três querem que ela vá junto, e se para o senhor não ficar chateado ela tenha que ir junto, por mim tudo bem! –

- Mackenzie Cullen, eu juro, que se ela for junto e você fizer alguma coisa, você fica de castigo pelo resto da sua vida! – falei sério, não conseguindo acreditar em nada do que ela estava dizendo, principalmente depois de como ela tratou Isabella das últimas vezes em que se viram antes da viagem.

- Eu juro papai, eu não vou fazer nada! – falou com as mãos erguidas, como se quisesse mostrar que não estava cruzando os dedos atrás das costas.

- Vai chamar as suas irmãs e vão arrumar as suas coisas. Poucas coisas, serão poucos dias, vamos tentar sair ainda hoje! – animada, e eu sabia muito bem que era apenas porque iria ficar uns dias fora de casa de novo, e não porque Isabella ia junto, ela foi correndo para perto das irmãs.

As quatro entraram em casa correndo, eu já desconfiava de que Maddie queria ir, mas não queria dar o braço a torcer, e como ela mesma tinha admitido que a Mackenzie não queria ir, era óbvio que ela convenceu, para não dizer, obrigou, a irmã vir até aqui para pedir para irmos ao chalé de era de Bella. Enquanto elas começavam a arrumar as suas coisas, eu separei as coisas dos cães que eu precisaria levar, já que eu não os levaria para a casa da minha mãe de novo, Isabella havia dito que eu poderia levar os quatro, então por que não os levar?

Separei suas camas, alguns de seus brinquedos e suas vasilhas de comida e água. Com as coisas deles já guardadas e arrumadas em um canto do porta malas do carro familiar, eu subi até o quarto das garotas, Maddie e Mackenzie ajudavam as mais novas a arrumarem as coisas, e segui para o meu quarto, para arrumar uma pequena mala, com roupas para apenas alguns dias.

Mais uma vez, eu segui para a casa da Bella, sem avisar a ela, e eu sabia que isso iria fazer ela sentir vontade me bater, mas eu iria correr o risco de qualquer forma. Pedi para o sindico do prédio ficar de olho nos cachorros dentro do carro, ele havia me olhado feio ao ver que eu, no caso Melissa, entrava com um filhote de gato no colo, mas ao ver a gesso em volta de sua pata dianteira e comigo avisando que iria apenas chamar Isabella, ele não falou nada. Eu tinha deixado as janelas do carro meio abertas, depois de ele ter garantido que ficaria de olho neles até eu voltar, eu não demoraria muito, assim eu esperava.

- Pera capeta... – eu ouvi a sua voz vindo do outro lado da porta, eu só tinha tocado a campainha uma vez, não tinha como aquilo ser pra mim. – Tem gente na porta, Rosalie, cala a boca um pouco, Senhor! – não, não era para mim, e não me surpreendia por ter sido para Rosalie. – Que foi? – ela perguntou ao me ver depois de ter aberto a porta.

- Arruma as suas coisas... – ela ergueu a sobrancelha. – Vamos, que as garotas querem que você vá com a gente! -

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