- Bella. - Isabella ouviu seu apelido ser chamado por uma voz feminina, enquanto ouvia e se entediava um pouco, com o que um dos ministros de Edward conversava com o seu marido sobre algumas exportações, o que entediava também o próprio rei. - Bella… - ela ouviu de novo, e junto com o seu nome uma risada, ela conhecia a dona da voz e do riso, além do fato de que ninguém em Castela a chamava de Bella, apenas Edward e algumas poucas vezes Esme.
Ela se virou para onde vinha a voz e os seus lábios se repuxaram em um enorme sorriso, enquanto ajeitava a filha que tinha nos braços.
- Alice! - ela encurtou o espaço entre as duas e com cuidado, devido o bebê, elas se abraçaram, apertadamente.
- Minha amiga! Que saudades. -
- E seus pais? - questionou ao ver que eles não se aproximaram junto a ela.
- Não puderam vir. Ficaram bem chateados, mas digamos que apareceu uma pessoa não convidada que arruinou os planos deles. - Alice reclamou fazendo Bella rir. - Mas, eles pediram para lhe dar um recado. - Isabella apenas esperou, mesmo sabendo o que era, e enquanto Edward prestava mais atenção nas duas do que na conversa que estava tendo com o seu ministro. - Eles falaram para você tomar vergonha na cara e ir visitá-los, antes que a minha mãe apareça aqui e lhe arraste até Paris pelos cabelos! - comentou rindo, o que fez Isabella rir também.
- Justo. E sabemos que ela já fez isso com você uma vez, não foi?! Quando certas pessoas tiveram a brilhante ideia de fugir do castelo durante a madrugada para encontrar o príncipe encantado! – Isabella rebateu baixo e de forma provocativa a Alice
- E você me entregou para a minha mãe. - ela acusou a amiga
- Entreguei mesmo. Eu tinha lhe dito que havia visto que ia dar errado! Fui proteger a minha amiga… Só não sabia que deu errado porque eu contei à sua mãe! -
- Espera… - Edward falou após um tempo. - Depois eu falo com o senhor, lorde James. - ele se afastou do ministro e se aproximou das duas. - Ela sabe? -
- Sabe! - Isabella respondeu.
- Ele sabe? - Alice perguntou confusa.
- Sabe! - Isabella repetiu simplesmente.
- Não… Porque você tem que ficar de boca fechada, porque ninguém pode saber de nada… nhan nhan nhan… - Alice ironizou relembrando a frase que Isabella repetia todo santo dia.
- Você tem o que? Cinco anos? - Isabella questionou e Alice balançou a cabeça gargalhando. - Esse é Edward, meu marido. -
- É um prazer majestade! -
- O prazer é meu, alteza. -
- E essa coisinha gostosa? - Alice olhou para Anastásia, que brincava com o anel de esmeralda que estava no dedo indicador de Isabella. - Posso? - Bella apenas assentiu. - Vem com a tia Alice. - ela pegou o bebê de nove meses. - Tão fofinha. -
- Veio sozinha? - Bella perguntou quando Edward passou o braço pelos ombros da esposa.
- Eu… - ela limpou a garganta. - Eu vim com o meu marido. -
- Com quem? - Bella provocou.
- Não se faz de sonsa, Isabella! -
- Você veio com quem, Alice? -
- Oh achei vocês duas! - Jasper apareceu a alguns passos atrás de Alice. - Oi Bella. -
- Olá Jasper. Como vai? - perguntou animada e encarando Alice, que tinha as bochechas coradas.
- Eu perdi alguma coisa? - Edward perguntou sem entender nada.
- Ah porque os meus pais nunca vão concordar com o meu casamento com o Jasper, porque ele é apenas um guarda. E nhan nhan nhan… - Isabella repetiu o mesmo modo de falar da amiga, fazendo Jasper rir alto.
- Você tem o que? Cinco anos? - Alice rebateu e fez Isabella rir. - Cresce! - ela mandou língua para Isabella.
- Eu acho que não é a Bella quem tem que crescer! - Jasper ponderou e Alice, que ainda tinha a pequena Anastásia nos braços, se virou ao marido.
- Está do lado dela? Devo te chamar de senhor Swan agora? Não sabia que tinha se casado com ela para estar defendendo-a. -
- Bem que você avisou, Isabella! -
- Eu deveria ter apostado com você! –
- Ela te avisou do que? – perguntou com os olhos semicerrados.
- Nada demais... Só que você é maluca! – Isabella provocou e Alice olhou indignada para a amiga, enquanto Jasper tentava conter o riso. – Mas disso toda a Paris sabe! – Isabella provocou de novo dando de ombros.
- Eu só não respondo como eu deveria... Porque eu preciso de um favor. –
- Nem pensar! – Isabella já se apressou em dizer. – Dá ultima a minha cabeça quase rodou! – acusou falando baixo quando um criado se aproximou com uma bandeja com algumas taças de champanhe.
- A minha mãe nunca ia deixar algo acontecer com você... –
- Eu não me referia a sua mãe... Eu me referia ao padre Lefevre. –
- Ele continua não gostando de você... – apontou – Também... Você atormentou o homem por quase dez anos! –
- Eu achei que você fosse um anjo! – Edward comentou depois de um longo tempo em silêncio e encarando a esposa.
- Anjo? – Jasper perguntou rindo. – Só eu sei o quanto eu sofri tendo que cuidar dessas duas... Não é, mulheres que inventaram de ir para uma casa de jogatina durante a madrugada? – Edward se afastou da esposa e a encarou com os braços cruzados e um sorriso divertido nos lábios.
- Em minha defesa... A ideia foi da Alice e eu fui junto apenas para cuidar dela! – Edward continuou encarando a esposa com um ar divertido. – E alguém aqui disse que precisava de um favor... Portanto... – ela se aproximou da amiga, pegando a filha no colo. – Cuide um pouco da Anastásia, que eu já venho! – Edward riu ao ajeitar a filha no colo. – E você... – Isabella encarou Jasper. – Calado, não abre a boca para ele de mais nada... –
- Se não? – Jasper provocou rindo e Isabella apenas deixou a nevoa verde tomar conta de seus olhos. – Eu não tenho medo de você! – provocou mais um pouco. – Deveria, porque eu sei do que você é capaz..., mas não tenho! –
- Só me testa! -
Bella se aproximou do esposo, dando um beijo na bochecha gordinha de Anastásia e ficou na ponta dos pés para dar um beijo nos lábios de Edward, e puxou Alice para longe dos convidados, que estavam no jardim. Isabella sabia muito bem o que a amiga queria, portanto ela subiu direto para o quarto da torre, que Esme havia dado a ela, e proibido qualquer pessoa de subir lá.
As duas ficaram lá em cima por um bom tempo, quase que o restante do dia inteiro. O que Alice desejava era algo simples e fácil de ser feito, algo que ela poderia fazer em dois minutos, mas elas tinham muitas coisas para colocar em dia, tanto que quando elas deixaram a torre, uma boa parte do castelo já tinha ido dormir e Edward já estava no quarto, havia acabado de colocar a pequena princesinha para dormir.
- Eu demorei? – ela perguntou ao soltar o cabelo e tirar a tiara da cabeça.
- Não se preocupe, com isso, eu imagino o quanto vocês duas tinham para conversar. – comentou colocando alguns papéis em cima da mesinha ao lado da cama. – E eu também conversei bastante com o marido da sua amiga, o tal de Jasper... – apontou pegando a sua taça de vinho e Isabella o encarou com as mãos nas costas, abrindo as amarras do vestido. – Quer ajuda? Eu posso tirar o seu vestido melhor do que você! – apontou.
- O que você falou com Jasper? – perguntou ignorando a sugestão do esposo.
- Nada demais. Ele só me contou o caminho que trilhou indo da guarda para o posto de príncipe consorte da França. –
- Foi um caminho bem fácil... Os reis sempre gostaram de Jasper... E com Alice sendo a mais nova, eles a deixaram fazer o que bem entendia! – comentou.
- Ele também comentou isso! – ele bebeu outro gole de vinho, enquanto via Isabella tirar o vestido e colocar a sua camisola. – Ele comentou muito muita cosia, muita coisa que a senhora aprontou pelos corredores do castelo em Paris. – Isabella riu subindo na cama. – Com o respaldo da rainha, até eu aprontaria! –
- Até parece que não aprontou aqui. –
- Sou filho único... Acha mesmo que a minha mãe me deixou aprontar um terço do que eu desejava? – rebateu abrindo os braços para a esposa se aninhar em seu peito.
- Eu aprontava em Paris porque eu tinha Alice! – Bella deitou a cabeça contra o peito do marido, que começou a lhe fazer um cafuné. – Ela sempre foi minha irmã, mas do que própria Jane. Do mesmo jeito que Carmem foi a mãe que eu não tive, e eu não falo nada de Eleazar! Você sabe, eu gostava e me sentia muito bem em Paris. –
- Eu sei! E espero que goste e se sinta bem aqui em Castela, também! –
- Em Paris eu tinha Alice, em Castela eu tenho você, a Anastásia, o bebê e a sua mãe! Eu me sinto bem nos dois lugares! – Edward sorriu ao beijar o topo da cabeça de Bella.
- Posso perguntar o que a sua amiga queria com a minha esposa? –
- Nada demais, só queria um filho! – o cafuné que Edward fazia parou, quando ela respondeu com a voz já um pouco sonolenta.
- Mas você sabe muito bem como que se faz um filho. – ele apontou.
- Ela disse que... – Isabella se ajeitou na cama, ela estava quase dormindo. – Que desde que se casou, ela já sofreu uns dois ou três abortos, e o médico real disse que ela não conseguiria engravidar novamente, então... –
- Então ela recorreu a outros meios... –
- Uhum... –
- Vem dormir, minha rainha. – ele abraçou o corpo de Bella, aninhando a cabeça perto da dela. – A senhora precisa descansar. – ele beijou o topo da cabeça de novo. – Eu te amo. – declarou sorrindo.
- Eu te amo. – repetiu ela, já quase que completamente adormecida.
No dia seguinte Isabella fez o que Alice havia pedido, e a mesma ficou mais um tempo em Castela, antes de embarcar de volta a Paris. Não demorou muito e ela recebeu uma carta, bastante animada, da amiga, anunciando que a magia que Bella fez havia dado certo, o que causou um pouco de estranhamento no castelo em Paris, já que todos os médicos reais haviam dito que a princesa não engravidaria novamente, mas como ninguém ali desconfiava do que Isabella era, sem ser o padre Lefevre, a quem não tinha muita credibilidade, ninguém ligou e apenas pensou que se tratava de um erro médico.
Os meses foram se passando, de forma bem tranquila, e a barriga de Bella crescia tranquilamente, sem o menor problema, até porque caso algo saísse do eixo, Isabella seria a primeira pessoa saber e anunciar ao marido. Igual ao parto de Anastásia, o parto da mais nova também veio no final da noite, após Bella avisar ao marido e, dessa vez, ele estava ao seu lado quando a primeira contração veio, e no início da manhã Vitória havia vindo ao mundo, e não havia sido nenhuma surpresa para os pais, ao ver, mais uma vez, a frustação dos moradores do castelo, ao ser anunciado mais uma princesa, ao invés do tão esperado príncipe. Algo que não incomodava, o rei e tampouco a rainha mãe.
...
Quatro anos haviam se passado desde o nascimento de Vitória e o aniversário – de agora a filha do meio de Isabella e Edward -, havia chegado e o castelo estava bem agitado com a festa que Esme estava planejando. Cerca de dois anos depois da visita de Alice e do nascimento de Vitória, Isabella engravidou mais uma vez, e como ela havia dito a Edward, ele só teria meninas enquanto estivesse casado com a Bella, algo que ele pouco se importava, e já havia dito isso por todo o castelo. Cerca de sete meses após o anuncio de mais uma gravidez, Isabella deu à luz a mais duas meninas Sofia e Charlotte, e agora as duas já tinham quase dois anos.
Alice e Jasper haviam conseguido vir para o aniversário da pequena Vitória, e junto aos dois veio Sebastian e George, os dois filhos gêmeos, que Alice teve, e ainda brincava, que os gêmeos eram filhos de Alice, Jasper e Isabella, já que se não fosse por ela, não teria gêmeos. E além dos quatro, Carmen e Eleazar – pais de Alice e reis da França, havia vindo junto, já que já tinha muito tempo em que Carmen não via Isabella e sentia falta da menina que ela tinha como filha.
- Ah meu Deus, como eu senti a sua falta! – Carmen falou ao abraçar Isabella. Eles tinham acabado de chegar de Paris, e Edward chamou tanto a mãe quanto a esposa até a sua sala de reuniões, onde os reis franceses haviam sido levados.
- Eu também senti falta da senhora. – Bella retribuiu o abraço apertado que a rainha francesa lhe dava.
- Vocês duas tem noção de que a filha sou eu, não tem? – Alice perguntou com George no colo.
- Problema seu! – Isabella retrucou a amiga, fazendo com que os pais da mesma rissem.
- Deixe de ciúmes com a sua amiga. – Carmen repreendeu a filha, ainda sorrindo. – Como você está, meu bem? –
- Eu estou ótima, e a senhora? – perguntou quando ela apoiou as mãos nos ombros de Isabella.
- Ótima... Ótima... – ela abraçou a jovem bruxa de novo e lhe deu um beijo em sua testa. – Esme, querida, quanto tempo eu não lhe vejo. – ela soltou Isabella e caminhou até perto de Esme, que estava parada próxima ao filho, enquanto Eleazar dava um abraço em Bella, ele também havia sentido falta da menina. – Tem tempo em que não vais a Paris. – apontou
- A mesma quantidade de tempo em que não vens a Castela. – rebateu sorrindo e dando um abraço em Carmen.
- Espero que esteja cuidando bem de Isabella. –
- Muito bem... Venha, vamos tomar um chá... Bella, vem conosco? – questionou e as duas amigas, Bella e Alice, se encararam.
- Claro que não, elas estão a quatro anos sem se ver... Elas vão fofocar, eu não duvido nada! – comentou rindo.
- Depois eu encontro as senhoras. –
Esme e Carmen deixaram o escritório de Edward, e Bella praticamente puxou a amiga para fora da sala, deixando os três homens juntos, o que fez Jasper rir e comentar não vão mudar nunca. Os três se sentaram, cada um com uma taça de vinho para que pudessem conversar. Eleazar perguntou se o reino estava tranquilo com o fato de a próxima herdeira de Castela ser uma mulher, e a resposta de Edward foi simples, eles terão que aceitar de qualquer jeito. Os três ficaram ali jogando conversa fora, enquanto Alice e Isabella conversavam no quarto, que havia sido separado para a princesa francesa, os gêmeos – filhos de Alice – haviam sido levados para brincar no quarto de brinquedos com as filhas de Bella, e Esme e Carmen ficaram um bom tempo em um dos jardins tomando chá.
O dia do aniversário de Vitória chegou, e muita gente tinha vindo para a festa, e Isabella, ainda não havia se acostumado com tanta gente assim no castelo. Isabella estava procurando pela filha mais velha, ela não estava com a sua preceptora, e Bella começava a desconfiar que talvez, os primeiros sinais de magia, estariam começando a aparecer no corpo da princesa, e ela temia que algo aparecesse na frente de alguém no castelo. Contudo, ela não encontrava a filha em lugar, e ao passar pelo salão de jantar, que estava vazio, já que ele já estava pronto para o banquete que iria ocorrer a noite, ela ouviu um barulho estranho vindo debaixo de uma das mesas.
Bella se aproximou e ouviu, que o barulho estranho, era um choro baixo. Ela se agachou no chão e levantou a toalha verde que cobria a longa mesa de madeira, e encontrou com a filha mais velha sentada no chão, e abraçada aos seus joelhos, que deu um sobressalto de susto quando a toalha foi levanta, e o seu susto ficou pior ao ver que era a sua mãe ali.
- O que houve? – Bella perguntou simplesmente e Anastásia não respondeu, apenas se arrastou para onde a mãe estava e se jogou em seu colo, fazendo a rainha cair sentada para trás, enquanto ela lhe agarrava o pescoço da mãe e chorava copiosamente. – Calma... Calma... – pediu abraçando forte o corpo da filha que tremia devido ao choro. – O que houve? Alguém te machucou? – a menina de cinco anos apenas negou. – Então o que houve? – Anastásia respondeu, com o rosto abafado contra o pescoço da mãe. – Eu não entendi. Sente-se aqui. – pediu, fazendo Anastásia soltar o seu pescoço, e sentou em suas coxas. – Calma... Respira fundo e me conta o que aconteceu. – pediu passando os dedos pelos olhos da filha, para lhe secar as lágrimas.
- Bella... – a boca de Anastásia se abriu, mas a voz que a rainha ouviu, havia sido a voz de seu marido. – O que houve? – logo após ela ter ouvido a voz de Edward, ela ouviu os seus passos entrando no salão. – Anastásia, o que houve? – questionou ao ver que a filha chorava e se agachou entre as duas. – O que aconteceu? – perguntou olhando para a esposa, e ao invés de Anastásia responder, apenas se agarrou ao pescoço da mãe de novo, pedindo, próximo ao seu ouvido, para que o pai fosse embora.
- Amor, deixa que eu resolvo isso. – pediu apontando com a cabeça para a porta, pedindo para que ele saísse.
- É a minha filha, que está chorando desesperada, e você quer que eu saía? – perguntou incrédulo.
- Por favor. – pediu simplesmente. – Depois eu converso com você. – ela mexeu os lábios apenas para que o seu marido ouvisse e não a sua filha. Mesmo assim ele não queria sair dali. – Por favor. Ela não vai me contar com você aqui. – contrariado ele se levantou, sem falar mais nada e saiu do salão, fechando as portas duplas e grossas, para que ninguém entrasse ali de novo. – Pronto, o papai já foi. – falou mexendo em seus cabelos. – Agora, me conte, o que houve? – pediu.
Anastásia parou de chorar e se sentou nas coxas da mãe de novo. Ela tentava se acalmar e Bella apenas começou a acariciar os cabelos ruivos da filha fazendo-a se acalmar um pouco. Demorou alguns minutos ainda até que ela parasse de chorar e se acalmasse. Sua mãe passou de novo os dedos pelos olhos da sua primogênita, lhe secando as lágrimas. Ela respirou fundo algumas vezes, antes de olhar para a mãe.
- Por que as pessoas não gostam de mim e nem das minhas irmãs? – questionou e Bella a encarou confusa, enquanto a sua mão parou de descer pelos cabelos da filha.
- Do que você está falando? –
- Eu ouvi falando que não era certo, que era para sermos meninos, pois meninos eram muito melhores para o reino e... –
- Anastásia... Olha para a sua mãe. – ela pediu segurando o rosto da filha. – O seu pai não se importa com o que reino prefere. Tá bom? Eu e ele estamos completamente felizes com o fato de termos você e as suas irmãs, e estamos tão felizes que para nós um menino não faz falta. –
- Mas o reino diz que não é certo uma mulher subir ao trono. – falou com a voz chorosa.
- Quem é o rei, Anastásia? –
- O papai! –
- E o que o seu pai diz quanto a isso? –
- Mas mãe... –
- Filha... Se você for preparada do jeito que o seu pai foi, você será uma rainha tão boa quanto ele foi, se não for uma monarca melhor! O fato de você ser uma mulher não vai mudar nada se você for bem educada quanto a isso! – Isabella tentava falar e manter a calma, mas era um sentimento difícil, para ela era admissível alguém ter falado isso para a sua filha, e ela se esforçava e muito para manter a calma e serenidade, depois, quando ela não estivesse perto da filha, ela explodia. – Não se importe com isso de o reino não gostar de você... Quem tem que gostar somos eu, seu pai e a sua avó. Já é o suficiente! Nós três já amamos vocês quatro, mais do que toda a Castela junta. Olha para a mamãe... Ignore as pessoas que lhe falarem algo desse tipo. Ignore e me conte imediatamente. Ouviu? – Anastásia assentiu. – Eu te amo, minha princesa. – Bella abraçou a filha forte. – Princesa... Conte para a mamãe, quem falou isso? – pediu. – Sabe o nome dela? – Anastásia negou. – Se você vir a pessoa, você saberia dizer para a mamãe quem foi? – ela assentiu. – Mais calma? – ela assentiu.
- Não conta para o papai. – pediu.
- Tá... – por mais que Bella tenha dito que não contaria, ela suspirou, foi iria descumprir uma promessa que havia feito a filha, pois ela contaria a Edward. – Vem... Vem com a mãe...
Anastásia se levantou e Bella se levantou do chão, ajeitando a saia do vestido, e pegou Anastásia no colo, que aninhou a cabeça próxima a cabeça da mãe. Isabella deixou o salão de jantar carregando a filha nos braços, ainda faltava um tempo até a festa, e ela queria que Anastásia descansasse e dormisse um pouco antes que ela pudesse se divertir com as irmãs.
- Majestade. – Isabella foi parada no meio corredor pela lady Webber.
- Lady Webber, deseja algo? –
- E a princesa como está? – perguntou sorrindo, Bella jamais havia acreditado nas falsidades de lady Webber, principalmente porque Isabella via as cores de sua aura. – Aconteceu algo? – Anastásia, ao ouvir a voz da mulher, apertou mais ainda o pescoço da mãe, se encolhendo para ficar o mais longe possível da mulher.
- O que foi? – Bella perguntou baixo para a filha, que apenas virou a boca na direção do ouvido da mãe.
- Foi ela. – ela respondeu em um sussurro, e Bella apenas respirou fundo encarando a Webber.
De certa forma, ela já desconfiava que havia sido ela, já que em todas as gravidezes ela questionava se viria um menino, e era a primeira a fechar a cara ao ser anunciada o nascimento das meninas, fora as coisas que a própria rainha já tinha escutado, e fingindo que não acontecido nada, apenas para não se irritar. Enquanto Isabella encarava a mulher a sua frente, de forma furiosa, um trovão rasgou o céu do lado de fora, que a poucos segundos quase cegava as pessoas de tão forte que o sol brilhava. Bella apertava as mãos, com o máximo de cuidado para não machucar a filha, contra o corpo de Anastásia para controlar o calor e o tremor que ela sentia que começava a aparecer em todo o seu corpo, e ela sabia, que caso ela não se acalmasse, alguma coisa muito ruim poderia acontecer.
- Majestade... Os seus... Olhos... -
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