Pov. Bella
Toronto - Canadá.
Demorou mais de uma hora até que eu e Esme
conseguíssemos fazer com que Sophia e Robert se acalmassem, e ninguém conseguia
fazer com que a minha mãe se acalmasse e eu não sabia se a acalmasse ou se
acalmava Sophia que berrava descontroladamente em meus braços. Edward a pegou
de meus braços, ele mesmo gostava de falar de era um mago com os bebês e sabia
como acalma-los, portanto, boa sorte para ele. Mal passei Sophia para ele e a
campainha tocou e eu corri até lá para abrir. Era a polícia e ao vê-los em
minha porta era como se tornasse oficial o fato de que alguém havia sequestrado
Noah, mas quem faria uma atrocidade dessas? Todo mundo nessa casa é conhecido e
não os garçons que Esme contratou não tinham motivos para fazer algo do
tipo.
Carlisle e Edward eram os que falaram com a
polícia, já que minha mãe e Phil não tinham condições para fazer ia isso,
ninguém havia ido embora e os policias não deixaram ninguém sair antes deles
recolherem os depoimentos de todos. Edward sumiu e eu peguei Robert que dormia
tranquilamente nos braços de Esme e subi com ele para que ele pudesse dormir no
berço de Sophia tranquilamente. Subi as escadas e encontrei com ele no quarto
de Sophia, com as mãos apoiadas no berço e a vendo dormir. Ela finalmente havia
se acalmado.
- O que foi? – perguntei ao meu aproximar dele e
dando um beijo em seu ombro.
- Isso é tão estranho. – disse simplesmente
olhando para nosso bebê que dormia tranquilamente. – Por que diabos alguém
levaria o Noah? – ele virou o rosto um pouco me encarando. – Tem algo de muito
errado nisso. – dei outro beijo em seu ombro.
- Ele vai aparecer. – garanti. – Nós temos que
descer para os polícias pegarem nosso depoimento. – disse deitado Robert ao
lado de Sophia e pegando a tela da babá eletrônica. – Vem. – segurei a mão dele
e o guiei para fora do quarto.
- Bom senhor Cullen, com exceção do senhor e da
sua namorada, todos já prestaram os depoimentos. – ele nos amostrou a folha de
seu bloquinho com os nomes de todos que já haviam dado seus depoimentos. A
família do Edward, a minha, a de Phil e os garçons.
- Espera... Tem gente faltando... Com licença...
– peguei o bloco de suas mãos e li um por um três vezes. – Vocês ainda não
interrogaram a Bree? – perguntei.
- Quem senhora? – o policial perguntou confuso.
– Ninguém se apresentou com esse nome. –
- Uma garota, de quatorze pra quinze anos,
morena, baixinha de olhos escuros. – Edward a descreveu rapidamente. – Bree
Tanner. – ele parou e pensou um pouco.
- Não senhor, nós não vimos essa menina. Ela
esteve aqui à festa inteira? –
- Chegou do meio para o final da festa. – Edward
explicou. – Ela é nossa vizinha, mora aqui do lado. Se quiser meu irmão o
acompanha até lá. –
- Irei agradecer senhor, mas primeiro vamos
tomar os depoimentos de vocês dois. – assentiu ele e eu acompanhei um dos
guardas enquanto Edward continuou com o outro.
Eu disse exatamente o que havia ocorrido e que
ele estava deitado no cercado com o irmão e com Sophia, e que quando Valentina
se machucou eu a peguei e fui com ela e com Carlisle para o banheiro e quando
sai de lá minha mãe me procurou para perguntar se eu havia pegado o menino e
quando eu neguei ela havia surtado. Eu expliquei e ele anotou tudo e eu fui
liberada. Quando Edward terminou de depor, Emmett acompanhou os dois até a casa
de Bree e eu puxei Edward para um canto onde apenas ele poderia me ouvir.
- Você está pensando na mesma coisa que eu? –
perguntei.
- Que Bree pegou Noah? Para ser bem sincero é
nisso mesmo que eu estou pensando, mas ainda não entendi o motivo. –
- Nós não sabemos como, mas sabemos que ela
estava trabalhando com a Tanya para que ela conseguisse pegar a guarda da
Valentina. –
- Acha que ela pegou o Noah confundindo com
Sophia? –
- Ninguém fora a nossa família sabia que nosso
bebê era uma menina. – apontei.
- É, porque quando a juíza perguntou eu disse
que a médica não havia conseguido ver o sexo. –
- E Tanya estava com você na sala, então para
ela saber se era menino ou menina só naquela ocasião. –
- Mas mesmo assim a Sophia é maior que Noah, dá
para ver que ela veio antes dos dois. –
- Desespero. Valentina havia se machucado e todo
mundo meio que entrou em desespero entrando na casa e aquela foi à única brecha
de guarda baixa que ela conseguiu e saiu pegando qualquer um. – expliquei. – O
que vai fazer? –
- Assim que os polícias forem embora eu vou
ligar para a Tanya. Se foi ela quem pegou Noah achando que era a Sophia, ela
tem exigências ou algo do tipo. –
- Não é melhor avisar a polícia de uma vez? –
- Se estivermos errados, ela vai nos processar e
com isso ela pode tentar recorrer à decisão da juíza da guarda e ai vai tudo
por água a baixo. –
- Estamos com um problema. – Emmett apareceu ao
nosso lado, nos assustando.
- O que foi? –
- A Bree não está em casa. –
- Como assim? – perguntei.
- Não está. Os policiais bateram na porta,
tocaram a campainha e ninguém atendeu, eles estão falando com alguns vizinhos
para ver se alguém viu algo, mas ela não está em casa. – ele olhou de mim para
Edward. – Vocês estão sabendo de alguma coisa, o que é? –
- Estamos desconfiando que foi Bree quem pegou
Noah, confundindo-o com Sophia, a mando de Tanya. –
- Conte para a polícia. – Emmett disse.
- Primeiro eu quero confirmar se foram elas
mesmas. Se foram elas, eu vou avisar a polícia. –
- Senhor Cullen. – os polícias voltam. – Seus
vizinhos falaram que viram essa tal de Bree saindo de casa a cerca de dez
minutos com uma grande sacola e entrando em um táxi. Nós vamos voltar para a
delegacia e começar a revisar os depoimentos e se for necessário iremos lhes
chamar novamente e no máximo até amanhã, um oficial da justiça voltará aqui com
uma ordem para que ela vá até a delegacia prestar depoimento. Deixaremos um
policial do lado de fora para que caso alguém entre em contato com vocês, já
tem um aqui perto. Caso alguém entre em contato com vocês, avisando que estão
com Noah e que exigem algo em troca, avise imediatamente ao policial e ele irá
nos chamar e vamos vir imediatamente. Ou caso o senhor queira, nos instalamos
um rastreador em seu telefone e assim que ligarem... –
- Acho melhor esperar para que entrem em contato
para colocarmos um rastreador. Mas iremos aceitar o policial lá fora. –
- Tudo bem, com licença. – eles foram embora e
eu vi pela janela que um policial dentro da viatura parada no meio fio.
Com exceção de minha mãe e Phil todos foram
embora, e minha mãe só não voltou para casa, porque Carlisle havia lhe dado um
calmante fraco e ela acabou dormindo no quarto de hospedes. Assim que todos
foram embora e que coloquei Valentina para dormir, me encontrei com Edward ele
no pequeno escritório que ele tinha e assim que eu entrei e fechei a porta eu
ouvi a voz de Tanya do outro lado da linha.
- Alô?
Espero que seja importante estou com mascara de abacate no rosto e pintando as
unhas. – ao
ouvir o som de sua voz do outro lado da linha, eu senti uma enorme ânsia de
vomito e me sentei na cadeira em frente a Edward que estava com as palmas das
mãos apoiadas na mesa com o telefone no viva a voz a sua frente.
- Pouco me importa o que você está fazendo. Cadê
o Noah? –
- Quem? – perguntou.
- Noah. – Edward repetiu. – Alguém pegou Noah na
festa do batizado dele, e acredite que eu estou desconfiando de você. –
- Está
falando do seu filho? Eu não peguei o seu filho! –
- Ele não é o meu filho... É o irmão da Bella. –
ele explicou.
- Como é?
–
- Você pegou o irmão da Bella... – ele disse
entre os dentes e a ligação caiu e ele me encarou. – Estou com quase cem por
cento certo de que foi ela. – disse ligando de novo e só caindo na caixa
postal.
Edward não conseguiu dormir a madrugada inteira,
volta e meia ligando para ela que não atendia ao telefone e na manhã seguinte,
quando eu acordei, ele ainda estava tentando falar com ela e sem sucesso. Ele
havia ficado o dia inteiro no escritório e eu pude ver que já tinha mais de
duzentas ligações para ela. Posicionei-me atrás de sua cadeira e apertei seus
ombros tensos.
- Melhor você dormir um pouco. A polícia está
trabalhando. Passa o nome dela como suspeita e descansa um pouco. – pedi
apertando os seus ombros.
- Eu tenho total certeza de que foi ela. – disse
encarando o telefone. Ele não havia trocado de roupa e pelo visto não havia
comido nada e bebido apenas café a madrugada inteira. Ele estava um caco. Tirei
as mãos de seu ombro e descendo para o seu abdômen e dando um beijo na têmpora
de Edward.
- Eu sei, mas você tem que descansar. –
- Eu vou ligar para ela de novo. –
- Edward... –
- Juro que se ela não atender agora eu paro...
Por enquanto. – disse discando mais uma vez o número dela e depois de cinco
toques ela atendeu ao telefone.
- O que
você quer? – disse rosnando. – Eu
estou ocupada. Está a fim de voltar é? É por isso que me liga insistentemente?
–
- Primeiro, cala a boca. E segundo, cadê o Noah?
–
- Eu já falei que eu não sei onde está bebê
nenhum... E se você não parar de me ligar eu vou ligar para a polícia dizendo
que você está me perseguindo e assediando e ai eu quero ver se ela não vai
voltar atrás e me dar à guarda da menina. –
- E por que diabos você quer a guarda dela? –
Edward perguntou irritado e se levantando da cadeira. – Você nem sabe qual é o
nome dela. – ele andava de um lado para o outro gritando com ela.
- Porque
ela é minha filha... –
- E até parece que você se
importa com ela... –
- Escuta
aqui Cullen, eu não estou com bebê nenhum... – a sua voz fora interrompida
por um choro fino e fraco e eu me aproximei dele.
- Tanya. –
- Para de
me ligar. – ela gritou por cima do choro e desligou o telefone.
- Eu disse que ela estava com o Noah. –
- Liga para a polícia. – disse quando ele ligou
novamente para ela e o número voltou a cair na caixa postal. Edward colocou o
telefone no bolso e apanhou as chaves do carro em cima da mesa. – Aonde você
vai? – perguntei quando ele fez menção de sair pela porta e eu segurei o seu
braço.
- Acha o Noah. –
- Edward... Pare de tentar bancar o herói e
ligue para a polícia e deixe que eles façam o trabalho deles. -
- Eu volto daqui a pouco. – ele me deu um beijo
nos lábios rapidamente e saiu do escritório.
- Edward... Pelo amor de Deus, me escuta. –
falei andando atrás dele. – Já que você vai eu vou com você também. – disse
impedindo que ele entrasse no carro.
- Não, você fica. Você tem que ficar de olho na
sua mãe e acalma-la, e a Sophia daqui a pouco vai acordar com fome. Você fica.
–
- Aonde você vai? – perguntei de novo quando me
afastou com cuidado de longe do carro. – Pelo menos me fala para onde você vai.
– o tempo do lado de fora da casa estava um pouco frio, o sol ainda não havia
nascido direito, apenas começava a despontar no horizonte e o fato de que ainda
estar de camisola, um body que alças e short que batia no meio de minhas coxas,
florido, com fundo marrom e rosas cor de rosa claro e renda preta, que fechava
em pequenos botões na parte da frente e um robe preto de renda, bem fino por
cima e chinelos. Sim eu estava de camisola na rua.
- Eu te ligo. – ele me deu um beijo rápido e
entrou correndo no carro e saiu arrancando pneu.
- Mas que merda. – gritei entrando em casa de
novo e batendo a porta atrás de mim.
Subi as escadas pisando firme e só passei a
andar sem fazer barulho ao chegar ao andar de cima e ao me aproximar da porta
do quarto de Sophia. Entrei no quarto dela na ponta dos pés para não acorda-la
e me aproximei do berço, ela dormia feito um anjo, graças a Deus conforme os
meses se passavam, ela dormia a noite inteira e acordava muito pouco durante a
madrugada. Sophia dormia no meio do berço, com um pijama rosa com a estampa de
um gatinho na frente e coberta até a barriguinha por um cobertor frio, conforme
Outubro chegava ao fim, o tempo ia mudando e daqui a pouco começaria a fazer
frio.
Dei um beijo em sua cabecinha e sai do quarto
novamente na ponta dos pés, na direção ao meu quarto. Tomei um banho rápido,
lavando o cabelo, terminei meu banho e me enrolei em uma toalha e após secar o
meu cabelo com o secador, caminhei até o armário e me vesti, coloquei uma calça
jeans clara e uma blusa de mangas curtas brancas e tênis rosa.
- Mamãe. – estava terminando de amarrar o meu
tênis quando Valentina entrou no quarto.
- Oi meu amor. – ela caminhou na minha direção e
eu a peguei no colo, sentando-a em meus joelhos. – Dormiu bem? – perguntei
dando um beijo em sua bochecha gordinha.
- Dormi. – respondeu coçando os olhos. – Cadê o
papai? Eu estou com fome. –
- O papai saiu, mas deve voltar logo. – pelo
menos espero. – Mas vamos tomar um banho, trocar de roupa e ai a mamãe faz o
café da manhã para você, tá bebê? – ela apenas balançou a cabeça assentindo e
coçando os olhinhos. – Então vamos. – com cuidado me levantei da ponta da cama,
com ela no colo e caminhei para o quarto dela.
Tirei o seu pijama, o dobrando e o guardando, e
a levei para o banheiro, prendendo seu cabelo em um coque alto e lhe dando um
banho rápido. Depois de terminar de dar o banho nela, enrolei-a na toalha e a
ajudei a escovar os dentes e depois de limpinha e cheirosinha caminhei com ela
até o armário e lhe vesti um vestido azul bem clarinho com estampas de cavalos
com diversas cores.
Mal terminei de descer as escadas que Sophia
acordou chorando, alto, minha mãe e Phil, e Robert, que pelo visto dormia no
quarto com a minha mãe, ainda dormiam, coloquei Valentina no sofá e subi as
escadas correndo antes que o choro de Sophia acordasse todo mundo e a peguei no
colo, levando a mão até a sua fralda que parecia cheia. Tirei seu pijama e a
deitei no trocador, sua fralda, além de pesada estava bem cheia, tirei-a,
descartando imediatamente e o choro diminuiu. Dei-lhe um banho e lhe coloquei
uma fralda nova e um macacão rosa claro que cobria até os seus pés e me sentei
na poltrona para amamenta-la.
Depois de satisfeita e de ter arrotado, desci
com ela e a coloquei deitada no balanço oval com o móbile de cachorro e gato
pendurado. Ao mexer naquilo eu me sentia uma velha ao ver tecnologia, eram
muitos botões, para ligar o móbile, para fazer o berço vibrar, a velocidade, o
botão de ligar e desligar, e mesmo depois de quatro meses eu ainda não havia
aprendido a mexer direito naquela parafernália tecnológica. Peguei dentro da gaveta o manual de
instruções, indo direto para a folha onde tinha as setas indicando todos os
botões e nomes do balanço e o liguei, fazendo o móbile se mexer.
Sophia estava entretida com os bichinhos se
mexendo sobre a sua cabeça e tentava pegá-los e Sophia assistia à televisão,
ela adorava o canal da Disney e era o que ela assistia. Com as duas distraídas
e minha mãe dormindo, fui fazer o café da manhã, assim eu me distraia e me
ocupava antes de ficar enchendo o telefone de Edward com mensagens e ligações.
- Bella. – me assustei ao ouvir a voz de Phil
perto de mim e quase deixei a panqueca cair no chão. – Desculpa. – disse ao ver
que havia me assustado.
- Tudo bem. O que foi? – perguntei vendo que ele
estava com Robert no colo.
- Onde está Edward? –
- Ele deu uma saída, mas logo deve estar
voltando. E mamãe? –
- Sua mãe ainda está dormindo. Nenhuma noticia
da policia? – perguntou e eu mordi o lado interno de minha bochecha, o que eu
iria falar? Que Edward suspeita que Tanya pegou Noah e ele foi atrás dela, ou
assim eu esperava que havia ido atrás dela e sem avisar a policia? Não eu não
podia dizer isso para ele.
- Ainda não. – ele passou uma das mãos pelo
rosto. – Mas ainda está muito cedo, talvez daqui a pouco tenhamos alguma
noticia. – disse esperando termos alguma notícia daqui a pouco. – Algum
problema com o Robert? – perguntei vendo que ele se remexia em seu colo.
- Poderia trocar a fralda dele para mim? Eu me
enrolo com aquela fralda. –
- Claro. Termina aqui para mim? – ele assentiu
me entregando o Bob e pegando a espátula.
Eu subi com ele para o andar de cima e usei o
trocador de Sophia para limpá-lo e trocar a roupa dele. Quando voltei a descer
as escadas encontrei Valentina com Sophia no chão da sala, Sophia estava
sentada no chão com as perninhas abertas e esticadas e Valentina sentada ao
lado dela vendo TV.
- Valentina quem tirou a Sophia do balanço? –
perguntei.
- Eu mamãe. – respondeu repuxando os lábios em
um sorriso travesso. – Eu tirei com cuidado. –
- Não pega ela no colo, ouviu? – ela assentiu e
eu segui para a cozinha.
Entreguei Bob ao Phil e peguei a espátula de
volta. Assim que eu terminei de preparar o café da manhã, Edward ainda não
havia dado notícias, eu havia ligado para ele e nada, e minha mãe acordou,
seria melhor se ela continuasse dormindo já que ela acordada, ficou andando de
um lado para o outro e ligando para a polícia. Daqui a pouco os polícias não
vai mais atender aos telefonemas dela. Valentina sabia que havia acontecido
algo, mas não sabia a gravidade nem o que havia acontecido, portanto ficava
brincando pela casa normalmente enquanto minha mãe ficava andando de um lado
para o outro.
No meio da tarde, Edward ainda não havia dado
noticias e eu já estava cansada de tanto que minha mãe havia ligado para a
polícia e quem ligara da última vez fora eu. Eu queria saber se Bree já havia
dado as caras, mas não o oficial de justiça não havia encontrado Bree e ninguém
na casa ao lado. E tudo isso me deixava agoniada e a minha mãe mais ainda. Eram
por volta das sete da noite quando a campainha tocou e eu corri até lá,
torcendo para que fosse Edward ou a polícia com Noah, mas não, era Casey, a mãe
de Bree.
- Senhora Tanner. – disse sem a menor vontade. –
O que deseja? –
- Eu sinto que eu sei qual é a resposta, mas...
A Bree está ai? –
- Não. A verdade é que todo mundo, incluindo a
polícia está atrás dela. –
- Eu sei, é por isso que vim aqui. O Sr Cullen
está? –
- Não. O que deseja? –
- É que eu preciso falar com ele. –
- Quando Edward aparecer eu peço para ele
procurar pela senhora... – mal terminei de falar e Edward parou o carro em
frente à porta de casa. – Finalmente. – disse quando ele saiu do carro mais
acabado do que quando saiu, passei por Casey e caminhei até ele, segurando seu
rosto com as minhas mãos, por cima de sua barba por fazer. – Está tudo bem? Por
que não me atendeu? – perguntei tudo de uma única vez e ele deu um beijo na
minha testa como se quisesse me acalmar e me dizer que estava tudo bem.
- Depois nós conversarmos... – respondeu baixo
apenas para que eu ouvisse e se voltou para Casey. – Em que posso ajuda-la,
senhora Tanner? –
- Eu fiquei sabendo que pegaram o seu filho. –
- Primeiro Noah não é meu filho. – a cortei. –
Ele é meu irmão. Pegaram a criança errada e já aviso que desconfio de sua
filha. –
- Bom, foi. – disse simplesmente. – Foi a Bree.
– disse apertando um livro em mãos e foi pela primeira vez que eu percebi que
ela trazia algo em mãos. – Eu não sei por que ela fez isso, eu não entendo. A
verdade é que já tem algum tempo que eu não entendo as atitudes dela. Ela era
um amor de menina, educada, estudiosa, mas de repente tudo foi por água a
baixo. Ela não voltou ontem da festa e não me atende e quando o oficial de
justiça apareceu no meu trabalho hoje, porque ninguém atendeu em casa, eu
resolvi que deixaria de ser uma mãe relapsa e após revirar todo o quarto dela
eu encontrei isso. – ela esticou a mão amostrando o livro, e o que isso tem
haver? – É o diário dela. – respondeu ao questionamento que eu fazia
mentalmente e bem que aquilo tinha cara de ser um diário: Peludo, roxo e rosa,
com algumas pequenas artes brancas e um par de olhos e uma boca com a língua
para fora e uma coroa prata em cima dos olhos e dava para ver que o cadeado
havia sido arrombado. – Eu li. – confessou. – Não todo, senti ânsia ao ler. Mas
eu sinto que o senhor talvez possa encontrar o Noah por aqui. – ela entregou o
diário para Edward rapidamente como se quisesse se livrar daquilo o mais rápido
possível. – O senhor pode fazer o que bem entender... Entregar a polícia ou ir
apanha-lo, só não deixe que machuquem a minha menina. Ela errou e não está
muito bem psicologicamente, mas ela ainda é minha menina e uma boa menina. Peço
perdão por ela. – disse e saiu andando nos deixando sozinhos com o diário.
Arranquei o diário da mão dele o folheando para
ver se encontrava algo sobre o Noah, mas uma página, a do meio do diário me
chamou atenção e meus olhos repousaram sobre ela. Eu li aquela folha e entendi
perfeitamente o Casey quis dizer com sentir ânsia de ler e tive que parar antes
que eu vomitasse. Edward ficava me encarando, esperando para saber o que havia
ali e ele abriu a boca para perguntar mais eu sai do quintal dele correndo
atrás de Casey.
- Bella. – Edward me chamou, mas eu abri a porta
de casa dela mesmo sem bater.
- Casey. – a chamei, ela havia entrado a pouco e
ainda estava na sala.
- Sim? –
- Posso olhar o quarto de Bree? – perguntei.
- Claro. Lá em cima, terceira porta a direita,
não tem como se perder, tem o nome dela na porta. –
- Obrigada. – agradeci e nem esperei por Edward
e subi as escadas correndo.
Eu parei em frente a porta com o nome de Bree
nela e Edward se aproximou de mim, minha mão estava esticada para segurar e abrir
a maçaneta, ela tremia um pouco e antes mesmo que Edward pudesse falar alguma
coisa, e ele iria falar, eu entrei no quarto de supetão. O quarto era grande e
normal, piso de madeira escura e paredes cobertas por papel de parede azul e
duas grandes janelas cobertas por cortinas acinzentadas, uma cama de solteiro
com uma manta azul no meio do carro e uma televisão de tela fina entre as duas
janelas, um pequeno sofá, um armário e uma escrivaninha eram os únicos moveis
do quarto, fora a cama. A escrivaninha ficava debaixo de uma das janelas e a
outra tinha um telescópio, caminhei até a janela com o telescópio e abri as
cortinas e perdi uma arfada de ar.
Aquela enorme janela lhe proporcionava uma bela
vista da casa de Edward. Ela podia ver todo o quarto de Edward e a sala e uma
boa parte do quintal e eu levei a mão até os lábios como se isso pudesse
controlar o vomito que pedia para sair.
- O que há? – Edward perguntou parado perto da
porta, meio sem jeito de entrar no quarto de uma adolescente, mesmo esse quarto
não parecendo de adolescente.
- Dia 31
de Outubro. Ele estava completamente lindo hoje pela mãe quando saiu para
trabalhar. Aquele terno Armani preto com listas de giz o deixava mais perfeito
do que ele já era. Ele fez tudo como sempre fez. Acordou as seis e mais uma vez
ele dormira apenas de cueca, uma cueca boxer preta, eu adorava quando ele
dormia apenas de cueca, me dava uma bela visão daquele corpo. Tomou um banho,
provavelmente quente e deixou o banheiro com a toalha amarrada na cintura e ainda
tinha o corpo um pouco molhado e seu cabelo ainda pingava um pouco.
Após se
vestir ele foi até o quarto daquela pestinha e saiu lá quase meia hora depois
com ela vestida para ir para a creche, bem que ela podia ficar lá o resto da
vida ou então ela poderia morar de vez com os avôs. Assim eu teria o caminho
livre. Ele fez o café da manhã dele e da peste, eu nunca havia comido a comida
dele, mas ele era perfeito em todos os sentidos então a sua comida deveria ser
a melhor comida do mundo. E as 7:30h ele saiu de casa como sempre, ele deveria
chegar no escritório entre as 9:30h e 10h, dependeria muito do tempo e ele só
voltaria mais tarde. –
li desviando os olhos do diário e olhando pela janela. Eu podia ver minha mãe e
Phil desesperados na sala em busca de notícias sobre o filho e Valentina e
Sophia vendo TV.
- Do que você está falando? – Edward perguntou
se aproximando de mim e eu voltei a ler.
- Dia 31
de Outubro – 13h. Hoje eu sai da escola mais cedo e fiquei feliz por isso, já
que assim que eu entrei em casa eu vi movimentação na casa dele e eu tratei de
correr para o quarto. Ele havia tirado o paletó do terno e tinha a camisa
branca levantada até os cotovelos, eu amava aquela camisa, revelava os
belíssimos músculos que ele possuía. Hoje ele não estava sozinho, ele estava
com aquela mulher morena de novo, ela não podia ser a namorada dele, eu não
iria deixar ninguém me atrapalhar. Ele começou a fazer batatas fritas para ela,
que comeu tudo sozinha, talvez tivesse lombriga ou algo do tipo. Ela terminou de
comer e continuou sentada na bancada da cozinha, eles estavam pertos demais e
eu odiava isso.
Ele tirou
a gravata e estendeu a mão e ela sem pensar duas vezes a aceitou e ele a levou
para a sala, sentando-se na ponta de seu sofá e tirando a saia dela e mordendo
a bunda dela e a apertando com vontade. Eu desejava que ele apertasse a minha
bunda daquele jeito. Ele tirou a blusa e o sutiã dela, deixando-a nua com
exceção da calcinha e ela sentou no colo dele, de frente para ele e de costas
para mim. Eu não podia ver, mas sabia que ele chupava os seios dela, e eu podia
sentir meus seios ficando erriçados só de imaginar a língua quente dele tocando
nos meus seios pequenos e puxando o bico pequeno entre aqueles dentes brancos
perfeitos.
Edward
abaixou a calcinha dela e começou a esfregar aqueles longos dedos por toda a
extensão da buceta dela. Ele esfregava com força e eu via que ela gemia e
provavelmente gritava o nome dele. Eu queria gritar o nome dele.
Conscientemente levei meus dedos para dentro da minha calcinha, levantando a
saia do meu vestido e começando a esfregar a minha buceta molhada.
Depois de
masturba-la, eles se levantaram e subiram e foram para o quarto, onde ele tirou
a roupa, revelando aquele pau enorme e grosso e que eu implorava a Deus todos
os dias para senti-lo dentro de mim pelo menos uma vez na minha vida. Ele a
fodia com vontade e ele cobria parcialmente a minha vista, porém me dava uma
visão perfeita de sua bunda redondinha e ele se mexia rápido. Será que algum
dia ele me foderia rápido desse jeito? Quando ambos atingiram seu ápice ele se
jogou na cama ao lado dela e a abraçando e em pouco tempo os dois dormiram.
Será que comigo ele também me abraçaria com ternura depois? A verdade é que eu
pouco ligava se ele me abraçaria com ternura depois ou se me mandaria embora,
contanto que ele me fudesse, para mim estava ótimo.
Algumas
horas depois ele acordou desesperado e após se vestir a deixou dormindo e saiu
de casa, ele estava indo buscar a filha, atrasado, e ele me ligou, pedindo para
que eu ficasse com a filha dele hoje a noite e obviamente sem pensar duas vezes
eu aceitei, mesmo ele tendo fodido outra agora a pouco. Edward voltou menos de
uma hora depois com a pestinha que ele chamava de filha e após a puta que ele
fudera ter se vestido eles saíram de casa. – terminei de ler o resto daquele dia
sentindo a ânsia mais forte ainda, não por saber que uma menina, porque era
isso o que ela era, uma menina, havia me visto transar com Edward e com certeza
aquela não era a única transa minha que estaria tão meticulosamente detalhada
ali, mas a ânsia era por saber que uma menina sentia desejos por um homem muito
mais velho do que ela e que desejava e sonhava transar com ele e ainda se
tocava enquanto o observava. Será que ela fazia isso enquanto ele estava com a
filha por perto? Sinceramente eu não queria saber. Bree, no diário e em seus
profundos sentimentos chamava Valentina de peste, mas perto de alguém ela era a
menina mais perfeita do mundo. Ela aceitara apenas esse “trabalho” para se
aproximar do pai. O que tornava tudo mais asqueroso ainda.
- Que porra é essa? – ele reclamou arrancando o
diário da minha mão e lendo pelos próprios olhos. – Ela me vigiava todos os
dias e anotava aqui. – ele passava as folhas rápido lendo por alto. – E ainda
se tocava enquanto me via dormindo. – eu me afastei dele ao sentir como se uma
mão me puxasse na direção do armário dela e eu caminhei até lá, abrindo a porta
e seguindo a intuição e afastando suas roupas, vendo que parecia haver uma
porta ali entreaberta, o armário dela tinha um fundo falso e eu o removi. –
Isso é asqueroso, ela tem idade para ser a minha filha. –
- Não é asqueroso. – disse sentindo a mesma
“mão” apertando a minha garganta. – É
doentio. – disse vendo o fundo falso do guarda roupa dela completamente coberto
com diversas fotos de Edward. Em diversos cantos da casa e até mesmo fora dela,
ela também tinha fotos dele nu, mas nunca nu frontal, ela tinha praticamente um
altar para a bunda dele. E como ela não sabia como era o pênis de Edward, ela usou
da imaginação e colocou o rosto de Edward em diversas fotos de homens nus. Eu
ouvi os passos de Edward até ele parar atrás de mim e ele também vira o altar
dedicado a sua bunda.
- Eu sou o único com vontade de vomitar? –
- Não. Pelo amor de Deus e termina de ler esse
diário e vê se ela está com Noah. –
- Por que eu tenho que terminar de ler? –
- Porque o altar é dedicado a sua bunda e não a
minha. Eu vou sair daqui antes que eu vomite. – sai do quarto e desci as
escadas encontrando com Casey sentada no sofá da sala bebendo uma xícara que
chá que tremia mais do que tudo em sua mão. – Quer um conselho? – perguntei
atraindo a sua atenção. – Quando Bree aparecer leve-a a um psicólogo e prenda-a
numa camisa de força. – disse e sai da casa dela, caminhando para a casa de
Edward, quando entrei na sala da casa de Edward eu virei imediatamente à cabeça
para a enorme janela de vidro e pela primeira vez eu notei a janela do quarto
da Bree.
- Bella. – Edward me chamou alguns minutos
depois e eu caminhei até ele. – Ela anotava tudo aqui. –
- Você acha? Ela basicamente descreveu você me
fudendo, faltou apenas ela escrever quantas vocês você enfiou seu pau em mim. –
reclamei com raiva.
- Depois de hoje eu fecho todas as cortinas
dessa casa, eu vou cobrir todas essas janelas com insulfilm. Mas o lado bom
dela ter anotado tudo aqui. – ele me puxou para o escritório dele quando minha
mãe voltou à sala. – Ela anotou tudo. Que Tanya a viu saindo daqui e a procurou
e olha o que ela escreveu. – ele virou o diário na minha direção e eu li.
- Ela me
prometeu que não queria Edward, que só queria a filha. Ela disse que não via a
filha a mais de três anos porque Edward a tirou dela. Tanya disse que se eu a
ajudasse a conseguir a guarda de Valentina, ela me ensinaria truques e modos
para que eu pudesse ter todos os homens que eu desejasse aos meus pés. Talvez
funcionasse com Edward e se ela levasse aquela peste ficaria tudo mais fácil
para mim. – ele colocou para outra página. – Ela pediu para que eu ensinasse palavrões a Valentina, se eu ensinasse
esse tipo de coisas a ela, as chances de Tanya de pegar a guarda da peste
aumentariam quando a assistente social viesse vê-la. – eu continuava a ler
e ele passou a próxima página e a última a ser escrita. – Fiquem sabendo pelos vizinhos que o filho de Edward nasceu e também
fiquei sabendo que nesse final de semana teria o batizado dele. Contei a Tanya.
Ela estava mais do que puta por não ter conseguido a guarda da peste. Ela
mandou que eu me virasse e pegasse o bebê e levasse para ela e ela trocaria o
bebê chorão pela peste e depois disso Isabella sumiria e eu o teria todo para
mim, Tanya pediu para que assim que eu conseguisse pegar a peste Junior era
para eu ligar para ela e ela me diria o endereço para seguir. – terminei de
ler a ultima linha escrita do diário. – Eu sabia que tinha sido ela. –
- Mas ela não disse para onde levaria Noah. –
- E agora? –
- Vou ligar para a polícia e entregar isso para
eles, mas cedo ou mais tarde ela vai aparecer aqui e a polícia irá pegá-la. –
- Mamãe. – nós dois nos sobressaltamos ao ouvir
a vozinha de Tina da porta do escritório.
- Oi meu amor. – disse a pegando no colo. – O
que foi? –
- Eu estou com fome e a Sophia está chorando. –
- Tá, meu amor, nós vamos comer... – olhei para
Edward.
- Vai lá, eu vou ligar para a polícia. –
- Liga e vem comer algo, você não come a mais de
vinte e quatro horas. –
- Pode deixar, assim que eu encerrar a ligação
eu vou. – garantiu e pegou seu telefone no bolso e eu sai com Valentina no
colo.
Eu fiz um sanduiche para ela e outro para
Edward, eu estava sem fome e não sabia se conseguiria comer algo depois de ter
lido uma página do diário de Bree. Assim que Edward fez o telefonema ele veio
para a cozinha e também comeu o sanduiche que eu fiz, enquanto eu ia levar
Sophia para mamar.
A polícia chegou depois que Sophia e Valentina
comeram, tomaram banho e foram dormir. Edward entregou o diário de Bree para
ela e contou tudo o que descobriu. Que viu Tanya saindo do escritório no meio
do expediente para comprar fraldas e depois ela entrou em um táxi e ele a
perdeu de vista. A polícia ficaria de tocaia na rua e grampeou, com autorização
de Casey, o telefone celular dela e o de casa, caso Bree entrasse em contato e
agora que ele já sabia com quem Noah estava; os polícias tentariam
localiza-las, só que ninguém entendia porque ninguém fazia contato e as
exigências.
Mamãe e Phil precisaram de mais um calmante para
dormir, principalmente depois que Edward contou a historia toda e ainda pediu
perdão por Bree ter pegado o filho deles. Eu estava nervosa e as imagens que vi
do quarto de Bree ainda ocupavam minha mente, então era bem provável que eu não
dormiria tão cedo e mesmo eu quase arrastando Edward para o quarto para ir
dormir um pouco, ele fincou o pé no chão e não saiu do sofá, mas um pouco por
volta das duas da manhã ele acabou dormindo pesadamente em meu colo e
obviamente ignorando o fato de que ele estava a mais de 48h sem dormir e eu
fazia carinho em seu cabelo.
Ele acordou na manhã seguinte com a polícia
quase quebrando a porta de casa, pois Bree havia acabado de entrar em casa às
5h da manhã e ele seguiu com os polícias para lá, para tentar ir até onde Tanya
escondia Noah e eu fiquei em casa, pois eu tinha que amamentar Sophia e
atualizar minha mãe e Phil. Minha mãe acordou duas horas depois e quando eu
contei que a polícia havia encontrado Bree e que eles foram até o cativeiro de
Tanya, Phil precisou segurá-la antes que ela desse um jeito e fosse atrás
quebrar a cara de Tanya, como ela mesmo berrava aos ventos.
Edward voltou para casa apenas às 22h da noite e
para a felicidade geral, com Noah, minha mãe pegou Noah do colo de Edward e
quase fez com que sua cabeça explodisse de tanto que ela o abraçou. Edward
disse que tirando o fato de que ele estava um pouco assado, ele estava bem,
porém sugeriu a minha mãe que o levasse ao pediatra amanhã sem falta e minha
mãe ficaria mais uma noite aqui em casa, e amanhã cedo, ela sairia para levar o
Noah no pediatra e de lá seguiria para casa. Eu via que Edward estava mais do
que exausto, ele estava perturbado com a história de Bree e se sentia culpado
já que Bree pegou a criança errada.
Assim que minha mãe pegou Noah dos braços de
Edward e verificou que ele estava, superficialmente, bem se retirou e Edward
também sem falar nada do que aconteceu com Bree ou Tanya. Verifiquei se a casa
estava toda trancada e o alarme ligado e subi as escadas, conferi que Valentina
e Sophia dormiam bem, tranquila e profundamente e caminhei para o quarto,
fechando imediatamente as cortinas, provavelmente Bree não viria para casa
hoje, mas do mesmo jeito não sei se me sentiria confortável novamente a ponto
de ficar com as cortinas completamente escancaradas novamente. Edward estava no
banho, eu podia ouvir o barulho de água caindo e segui para lá, tirei minhas
roupas, colocando-as para lavar e entrei no box, ele estava de costas para mi
enquanto a água quente caia sobre a sua cabeça e escorria por sobre o seu
corpo.
- Qual é o problema? – perguntei abraçando a sua
cintura e dando um beijo em seu ombro e encostando o rosto no mesmo.
- Nada, estou apenas pensando. –
- Em que? Conte-me. – pedi e ele se virou,
tirando o meu cabelo, que conforme molhava, grudava em meu rosto e nuca.
- Vocês bem que poderiam saber... Vir com um
rótulo ou etiqueta. – disse fazendo a menção de o rótulo ficar bem no centro da
testa. – Assim nós poderíamos saber quem é psicopata ou não. –
- Bom, eu não tenho um rótulo ou sou suspeita
para falar, mas eu garanto que não sou uma psicopata. – garanti.
- Eu sei que não. – sorriu de lado acariciando
minhas costas nuas, fiquei na ponta dos pés e dei um beijo rápido em seus
lábios.
- Venha, vamos terminar esse banho e dormir um
pouco, você não dorme direito há dias. – lhe dei outro beijo e rapidamente
terminamos de tomar um banho e caminhamos, após nos secarmos, para o armário.
- Sabe... Eu sinto a sua falta. – disse me
abraçando por trás, quando tirei a toalha para me vestir.
- Como sente a minha falta? Se não sabe eu durmo
ao seu lado todos os dias há meses. – respondi sorrindo sentindo seu corpo
grande e quente contra o meu enquanto ele inspirava fundo em meu pescoço.
- Eu sei. Mas não é nesse sentido. – disse
contra o meu pescoço. – Eu sinto falta de poder te abraçar quando você está
nua, de acariciar o seu corpo, beija-lo. – enumerava enquanto continuava a
beijar meu pescoço e acariciava o meu pescoço. De estar dentro de você. –
- Eu sei querido. Eu também. –
- Parece que eu não lhe vejo nua há anos. –
comentou exagerado como sempre enquanto eu me virava de frente para ele.
- Considerando o fato de que tem mais ou menos
um ano desde que transamos pela primeira vez e que você me viu nua, não faz
muito sentindo esse seu comentário. – brinquei e ele riu.
- Mesmo assim. Você me entendeu. – assenti sorrindo
e segurando seu rosto com as minhas duas mãos.
- Acredite que eu também estou sentindo falta,
mas hoje não querido. – pedi. – Você não está bem psicológica e nem fisicamente
bem. Não dorme há quase três dias e não come direito há quase três dias e minha
mãe está aqui. Quando ela voltar para casa e garantir e nos garantir que Noah
está bem... – deixei a frase morrer e o beijei.
Edward segurou a minha cintura firme contra o
seu corpo e me prensou contra a porta do armário, suas mãos desceram as laterais
do meu corpo até a minha bunda e segurando-a firme, me ergueu em seu colo,
fazendo com que eu enlaçasse sua cintura com as minhas pernas. Seu peito
esmagava os meus seios e minha mão acariciava os seus cabelos. Meus pulmões
quase explodiam devido à falta de ar e Edward interrompeu o beijo.
- Só mais alguns dias... – repetiu mais para si
mesmo enquanto beijava o vão dos meus seios. – Eu não sei se vou aguentar. –
levei minhas mãos para o seu rosto, levantando-o e fazendo-o me encarar.
- Vai passar voando. –
- Dorme então sem roupa? – pedi com carinha de
cachorro que havia acabado de cair do caminhão da mudança.
- Quer que eu fique sem roupa em uma casa junto
com uma menina de quatro anos que não sabe bate na porta? – perguntei a mesma
coisa que ele me perguntou há alguns meses e ele parou um pouco pensando.
- Tem razão. – disse sorrindo e me colocando no
chão, porém não sem antes me dar um beijo rápido.
Edward me colocou no chão e nós dois nos
vestimos indo para a cama, ele só esperou que eu me ajeitasse para deitar a
cabeça em meus seios e enlaçando a minha cintura e eu comecei a mexer em seus
cabelos.
- Está acordado? – perguntei após um tempinho.
- Estou. –
- Onde Tanya mantinha Noah? –
- Em uma casa pequena em Dyer’s Bay. – respondeu
enquanto eu continuava a fazer cafuné em sua cabeça. – E você não vai
acreditar. –
- No que? –
- Aro estava envolvido. –
- Aro? Como assim? – ele levantou a cabeça me
encarando.
- A casa era de Aro e ele estava envolvido até o
pescoço. Antes de Tanya saber que a polícia estava do lado de fora ela disse
com todas as letras: eu disse para ela pegar especificamente o seu filho, mas a
idiota pegou o bebê errado. O plano dela era que Bree viesse e me levasse
lá para fazer a troca. Mas ninguém contava que nós ligássemos Bree a Tanya e
nem que Casey encontrasse o diário de Bree. –
- Melhor dizendo, ela não contava com o fato de
Bree escrever tudo. –
- Isso também... -
- A polícia levou os três e chamou a mãe de
Bree. –
- E agora? –
- Sequestro de incapaz e que dura mais de vinte
e quatro horas não tem direito a fiança e se forem sentenciados perdem a
licença e vão ser presos de oito a quinze anos. – respondeu. – Foram pegos em
flagrante, não deve demorar muito para sair o julgamento. –
- Você vai representar a minha mãe? – perguntei dando
um beijo no topo de sua cabeça.
- Se ela assim desejar... – disse tirando a
cabeça dos meus seios e deitando-a no travesseiro. – Amanhã quando eles estiverem
mais calmos sobre o estado de saúde de Noah eu converso com eles. – Agora vem. –
disse levantando o braço e eu deitei a cabeça em seu ombro e ele me abraçou e
em menos de dois minutos ele já dormia profundamente.
Quando acordei no dia seguinte eu despertei com
um pezinho encostado em meu rosto e ao abrir os olhos vi que era o pé de Valentina
que havia vindo para a cama do pai no meio da madrugada e estava toda aberta
entre nós dois, de bruços com um pé no meu rosto e o outro no de Edward. Quando
foi que ela veio para cá e deitou no meio de nós dois, sem que acordássemos? Levantei-me
da cama e a peguei no colo, ajeitando-a na cama, e a deitando com a cabeça em
meu travesseiro e após tomar um banho e trocar de roupa deixei o quarto e
deixei os dois dormindo.
Edward acordou por volta da hora do almoço e
minha mãe tinha saído um pouco antes para levar o Noah no pediatra e depois
conversaria com Edward sobre o que faria com Tanya e Aro. Mal ele terminou de
almoçar e ligou a televisão para assistir o jornal e a notícia que rodava era
que um dos grandes advogados de Toronto - e Aro possuía esse titulo há alguns
anos – Aro Volturi havia sido preso por sequestro e cárcere de um bebê junto
com uma das advogadas de sua empresa Tanya Denali e uma adolescente menor de
idade que não teve o nome divulgado e que o juiz havia negado o habeas corpus e que eles ficariam presos
até o julgamento.
Durante toda a semana o caso de Aro era manchete
em todos os jornais, principalmente depois seu computador fora revistado e vídeos
dele em casas de swing e servindo de cachorro para varias mulheres foram
vazados e agora todos estavam atrás da família da esposa dele, que uma coisa
que eu não sabia era que o sogro de Aro era ministro da segurança de Toronto. Edward
havia assumido o caso de minha mãe, sendo o advogado dela e havia conseguido
uma ordem de restrição para toda a família contra Tanya, para o caso de o juiz
voltar atrás na decisão do habeas corpus.
Os meses foram se passando e o caso ia se estendendo,
Aro e Tanya tentavam se agarrar a qualquer esperança de se salvar e recorriam a
todos os recursos que conseguiam... Armação. Insanidade. Mudança de juiz e isso
enrolava todo o julgamento, entretanto mais da maioria de seus pedidos eram
negados, pois haviam apanhado os dois com o bebê; flagrante e ainda tinham o diário
de Bree onde tudo estava anotado. Bree foi obrigada pelo juiz a ir a um
psiquiatra escolhido pelo próprio juiz após ele ler o diário dela e eu só
rezava que aquele diário não vazasse ninguém precisava saber das minhas
aventuras sexuais com Edward, e após algumas consultas ela foi diagnosticada
com Erotomania, que consiste na convicção delirante de uma
pessoa que acredita que outra pessoa, geralmente de uma classe social mais
elevada, está secretamente apaixonada por ela. O indivíduo que
sofre dessa síndrome pode também acreditar que ele e a outra pessoa,
supostamente apaixonada, se comunicam secretamente através de métodos sutis
como gestos de postura, arrumação de determinados objetos da casa, etc., ou -
se a outra for uma pessoa de imagem pública - através de indícios ou pistas na
mídia. E era bem comum com fãs de cantores, atores e políticos, ela
acreditava profundamente que Edward a amava e que só a chamara para cuidar de
Valentina para ficar perto dela. E fora a Erotomania ela também havia sido
diagnosticada com Esquizofrenia, e mesmo nunca tendo feito nada contra
Valentina, ela relatava, no diário, diversas maneiras de sumir com a menina
para que pudesse ter Edward apenas para ela, e devido a tudo isso e ao
sequestro de Noah, o juiz decidiu que ela passaria um longo tempo em um
hospital psiquiátrico sendo tratada de perto.
Estávamos em janeiro e o caso ainda não havia ganhado uma
data de julgamento oficial. Eu havia resolvido que voltaria para a faculdade
após a Sophia completar um ano, e agora ela estava com sete meses, e ela
adorava puxar o cabelo das pessoas e arremessar as coisas para longe,
principalmente o nosso celular, acredito que ela pensava que aquilo era uma bola
para se jogar longe. Já sentava sozinha e rolava de um lado para o outro
loucamente o dia inteiro e já começava a engatinhar um pouquinho e o babão do
pai adorava filmar a evolução da filha, só não gostou muito quando ela jogou o
celular dele na piscina. Nós sofríamos para trocar a fralda e a roupa dela já
que ela insistia em ficar rolando e adorava fazer isso quando “percebia” que tínhamos
tirado os olhos dela por meio segundo. Certo dia, quando ela estava sentada no
sofá e eu terminava de aprontar Valentina para a escola, Edward a deixou só por
meio segundo apenas para colocar o celular, novo, para carregar e ela começou a
rolar no sofá e se ele não a corresse para perto ela teria rolado para o chão.
- Você ainda não foi buscar a Valentina? – perguntei a ele
certo dia, ela havia ido a uma festa da amiguinha em uma pizzaria que tinha
diversos brinquedos e já estava na hora dele ir busca-la, mas não. Ele estava
deitado nos sofá, com Sophia sentada em seu peito.
- Ainda falta uma hora para a hora que a mãe da amiga dela
marcou. – disse simplesmente. – Fala papai... Papai... – ele insistia que
Sophia ia falar papai primeiro que mamãe, ela ainda não havia falado nada,
apenas balbuciado um pa, ma, ba e
tal. – Aliás. – ele voltou a falar comigo quando viu que Sophia não falaria
nada apenas fazia bolinhas de saliva e se babava toda. – Já arrumou as suas
coisas? –
- Para que? – perguntei limpando a boca dela antes que ela
babasse o pai e o sofá inteiro.
- Eu já não disse que vamos passar uma semana fora?! – ele insistia
que deveríamos passar uma semana fora.
- E eu já não disse que é muito cedo para Sophia viajar,
ainda mais com esse frio. – com o frio que estava ela nem tirava os pezinhos de
casa, sempre no quentinho e mesmo assim bem aquecida.
- Tá mais, a Sophia não vai. – o encarei. – Quando disse que
nós vamos passar uma semana fora, esse nós somos apenas eu e você, sem
crianças. –
- Enlouqueceu? –
- Claro que não. Minha mãe cuida das duas muito bem, são apenas
sete dias. –
- Ela ainda mama. –
- É só você tirar e colocar na mamadeira, você já faz isso de
vez em quando mesmo, é só tirar uma grande quantidade e reservar bem. –
- Não vou deixar o meu bebê. – disse pegando-a do colo dele
enquanto ele se sentava e eu me sentei onde estavam antes suas pernas.
- São sete dias... Vocês duas vão sobreviver. –
- Por que quer me afastar do meu bebê? – perguntei.
- Bella, nós estamos há dez meses sem sexo. Eu estou entrando
em desespero. –
- A culpa não é minha. – mordi o interior da boca para não rir
ao me lembrar de que sempre que nós íamos transar Valentina resolvia que queria
dormir conosco ou Sophia acordava.
- Eu sei que não. Mas se eu não transar logo minhas bolas vão
explodir. –
- Primeiro, para de falar isso perto da menina e segundo usa
a sua mão. –
- Acha que está fazendo efeito? Não faz mais, principalmente
porque alguém adora andar pelo quarto nua ou seminua. – reclamou.
- Edward, nós podemos no mínimo levar as meninas para passar
algumas horas com a sua mãe, mas uma semana não, é muito tempo. –
- Querida, você acha que algumas horas serão suficientes? Eu
estou achando que nem uma semana será suficiente. – revirei os olhos para o seu
exagero e ele se aproximou de mim. – E eu te prometo muitos, mais muitos
orgasmos.
- Para onde vamos? – perguntei tentada em aceitar.
- Surpresa, mas é para aqui perto. – o encarei. – Por favor...
A menos que você queira que eu arrume outra mulher e ai... – eu nem o deixei
terminar de falar e levei minhas mãos para as suas bolas, por cima da calça,
apertando com força para machucar e ele gemeu de dor.
- Eu te castro. – disse apertando de novo e as soltando. Ele precisou
de alguns minutos para voltar a falar, mas ele não falou, apenas levantou e
voltou alguns segundos depois, andando devagar e com um saco de gelo, sentou-se
no sofá e colocou o saco em cima.
- Não faz isso de novo, pelo amor de Deus. –
- Não exagere, nem apertei com força. –
- Mais doeu. – reclamou e eu comecei a rir. – Para de rir. –
- Você não pode nunca ser um dominador em um sadomasoquismo. –
apontei. – Deus, eu estou imaginando como você reagiria quando a mulher pisasse
nas suas bolas. – comentei o encarando e vi seus olhos lacrimejando apenas por
pensar.
- É por isso que nós não vamos inovar para esse lado. E como
você não quer que eu arrume outra mulher, aceita logo. – suspirei.
- Tudo bem. – ele fez uma dançinha da vitoria ainda sentado. –
Mas para um lugar perto, eu quero voltar caso aconteça algo. –
- Ótimo. Agora me dá a Sophia e vai arrumar suas coisas e
encher as mamadeiras porque partiremos na segunda. – o encarei. – Eu já tinha
comprado às passagens, você ia por bem ou por mal. – bufei e olhei para Sophia.
- Eu odeio o seu pai. – ela apenas sorriu amostrando os
dentinhos que começam a nascer. Dei um beijo em sua bochecha gordinha e a
entrei para ele, me levantando, e ele voltou a deitar no sofá e a sentar a
Sophia em seu peito, ainda com o gelo no saco e pegando o telefone.
- Se por acaso precisar de ajuda para se ordenhar é só me
chamar. – disse quando comecei a subir as escadas.
- Está me chamando de vaca? – perguntei parada no primeiro
degrau da escada.
- Não. – disse apressado apoiando o telefone no pescoço. –
Mas tecnicamente o nome disse é ordenha então... Oi... – ele colocou o telefone
no ouvido. – Oi mãe, espera ai porque eu acho que fiz um comentário infeliz e a
Bella vai me matar... – ele tirou o telefone do ouvido. – Desculpa... Eu durmo
no sofá hoje. –
- É melhor a menos que queria que eu arranque as suas bolas. –
ele voltou ao telefone.
- Oi mãe... Eu meio que a chamei de vaca, sem querer... Eu
sei que você não me criou assim, escapou, já me desculpei... – ele falava com a
mãe. – Agora ao que importa. Sim Bella aceitou e nós vamos daqui a dois dias, a
senhora se importa em ficar aqui em casa essa semana, assim fica mais fácil já
que está tudo aqui... – por que isso não me era surpresa, obviamente Esme sabia
disso e provavelmente ele pretendia usa-la para ajudar a me convencer.
Eu havia arrumado apenas uma mala, uma mala grande, eram
apenas uma semana, passaria rápido, e a deixei perto da porta. No dia da viagem
foi quando eu tirei o leite e o guardei direito e Esme e Carlisle já haviam
vindo para cá, Esme ficaria com as crianças enquanto Carlisle nos levaria ao
aeroporto.
Foi horrível me despedir das crianças, principalmente de
Sophia, para ela foi tranquilo, pois quando eu me afastei ela continuou
tranquila no colo da avó, agora eu sabia como era ser trocada. Nós ficamos
pouco tempo no aeroporto, até porque chegamos lá quase que em cima da hora,
devido ao transito horrível durante o percurso e hora que saímos de lá de casa
bem cedo. Enquanto Edward despachava as malas, ele me deixou em uma pequena
livraria que tinha ali perto, ele não queria que eu visse para onde nós iramos,
era surpresa e uma hora e meia depois que chegamos, nós partimos.
Ele insistia que não falaria nada até pousarmos e eu começava
a me agoniar porque já estávamos daquela lata de sardinhas há dez horas e isso
me agoniava, eu queria saber onde eu estava e como os meus bebês estavam, nunca
mais deixo Edward me convencer a nada, mesmo que ele jogasse a carta do sexo. Finalmente
onze horas depois que deixamos Toronto, nós pousamos e enquanto ele se virava
para pegar as duas malas, eu tratei de ligar o meu celular e ligar para Esme,
que riu do meu desespero e garantiu que Valentina e Sophia estavam muito mais
do que bem. E depois de me acalmar e me aliviar, porque eu não era besta de ir
ao banheiro dentro do avião – se o avião já era uma lata de sardinhas, imagine
o banheiro. – nós saímos do aeroporto. Estava muito calor e eu precisei tirar
meu casaco e o cachecol grosso e ainda desejava tirar o resto da roupa de tanto
calor.
- Onde estamos? – perguntei erguendo as mangas de minha
blusa.
- Aloha. – dei de
cara com uma mulher usando cocos para cobri os seios e uma saia de mato e
colocando uma lei rosa no meu pescoço.
– Aloha. – ela disse colocando outra
no pescoço de Edward.
- Obrigada. – disse.
- No Havaí falamos Mahalo.
– ela explicou.
- Mahalo. – repeti e nós seguimos para fora, para
pegar o taxi. – Você me trouxe para o Havaí? – perguntei enquanto esperávamos o
táxi.
- Tecnicamente estamos em Maui, não é a ilha principal do arquipélago.
–
- E desde quando Maui é perto de Toronto? – perguntei quase
gritando e ele riu.
- Para de reclamar. – ele me deu um beijo rápido. – Quero ver
se você vai reclamar mais tarde. – disse quando um táxi parou a nossa frente e
após guardamos as malas e entramos no garro Edward disse o nome do hotel. – Four Seasons, por favor. – pediu ele
começou a dirigir por lá e depois de mais meia hora ele parou em frente ao
hotel.
Aquele lugar era a coisa mais linda do mundo, jardins bens
cuidados entrada marrom com o nome no topo, ele era bem iluminado, o carregador
apanhou nossas malas e seguimos para a recepção adentrando no hotel e passando
por um enorme correr branco, e caminhando até uma enorme bancada com quatro
recepcionistas e uma das recepcionistas nos atendeu.
- Caso queira algum passeio, nós temos diversos. – ela disse
depois de fazermos o check in. Era divertido ver a recepção enfeitada para o
natal com o sol que fazia do lado de fora. – Os senhores vieram na melhor época
do ano, verão muitas baleias. –
- Obrigado. – Edward disse e nós seguimos para o quarto, Edward
abriu a porta do quarto e ele não havia se contentado em reservar um quarto
simples ou uma suíte pequena. Não ele alugou uma enorme, com direito a sala de
estar, com moveis marrons e cor mostarda e com enormes janelas que davam vista
para o mar, com direito a uma pequena mesa de café da manhã na enorme varanda e
eu caminhei para lá, abrindo a porta, tinha alguns bancos e pufes e sofás por
todo o comprimento da varanda e a vista era completamente deslumbrante, da
parte do trás do hotel para a praia em frente e da enorme piscina e dos
diversos restaurantes. Era completamente lindo. – Bella, venha aqui. – Edward me
chamou e eu segui a sua voz até o quarto, com uma enorme cama de casal e mais
uma porta que dava para mais uma varanda com também vista para o mar.
- Por que não me surpreende que você tenha vindo direto para
o quarto? – perguntei sorrindo.
- Então não é surpresa o que eu vou falar agora... – disse abrindo
a camisa. – Vamos tomar um banho e descansar um pouco da viagem. – ele tirou a
camisa e estendeu a mão para mim. Tirei prontamente os meus sapatos e aceitei a
sua mão, estava louca por um banho fresco. O banheiro era todo de mármore, com
box com paredes de vidro, banheira e duas pias. Nós dois tiramos as nossas
roupas e ele me puxou para dentro do box.
(...)
- Eu posso saber o que você está inventando? - perguntei
enquanto caminhávamos pela areia fofa da praia, minhas sandálias estavam em
minha mão livre e a outra segurava a de Edward e eu sentia a água morna tocando
nos meus pés. Eu andava olhando para o chão, para a areia branca e a água
cristalina que refletia a luz do sol e que banhava os meus pés.
- Você é a pessoa mais lerda que eu já conheci na face da vida.
- bufei audivelmente chutando a água, bem na
hora que a maresia veio do mar, fazendo com que algumas gotículas da água
batessem em nós. Edward se posicionou a minha frente para que eu não chutasse a
água de novo. - E esse é um dos grandes motivos para eu amar você. - sorri de
lado e ele soltou a minha mão segurando o meu rosto. - Mas hoje você está de
parabéns. - revirei os olhos. - Olha em volta e para você e tenta descobrir. -
e eu olhei.
Ao meu lado direito o hotel que
estávamos. Atrás tinha a extensão da praia que nós caminhávamos já há algum
tempo e ainda era possível ver as marcas de nossas pegadas na areia fofa, mas
as ondas do mar já haviam apagado mais da metade delas. A minha direita o mar,
as nuvens brancas no céu que pareciam algodão doce que várias cores diferentes,
devido ao sol que se punha, dando ao lugar toques de amarelo, laranja e até
purpura, e bem afastada da praia uma barbatana de baleia para fora, isso não
era estranho, segundo a recepcionista do hotel, nós iremos ver muito isso
durante essa época do ano, e mesmo essa sendo a segunda vez que eu via uma
baleia tão perto, ainda parecia inacreditável. E me olhei, eu trajava um
vestido branco, simples, de alças e babados e um colar prateado, eu não me
lembrava de ter comprado esse vestido, mas como minha mãe volta e meia comprava
roupas para mim eu não liguei, e também não me lembrava de ter coloca-o dentro
da mala, a verdade é que eu só vi esse vestido na vida quando Edward disse que
era bonito e basicamente insistiu para que eu o colocasse e eu cedi. Mesmo
assim eu ainda nada, olhei para ele ainda bem confusa e ele simplesmente deu um
passo para trás.
- Não. - disse vendo o que ele "escondia" com o corpo.
- Você não fez isso. –
- Eu fiz. - disse simplesmente.
Era um circulo enorme feito de lei no chão com dois homens ao lado, um com uma enorme concha em mãos e duas outras leis no braço e o outro tocava ukulele e cantava Somewhere Over the Rainbow. O que ele estava planejando? Olhei para ele e ele enfiou a mão no bolso e puxou uma caixinha preta.
- Você não vai...? –
- Vou sim... –
- Isabella Marie Swan, aceita se
casar comigo? -
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