domingo, 17 de setembro de 2017

Capitulo Dezesseis: Maui.

Pov. Bella
Toronto - Canadá. 

Demorou mais de uma hora até que eu e Esme conseguíssemos fazer com que Sophia e Robert se acalmassem, e ninguém conseguia fazer com que a minha mãe se acalmasse e eu não sabia se a acalmasse ou se acalmava Sophia que berrava descontroladamente em meus braços. Edward a pegou de meus braços, ele mesmo gostava de falar de era um mago com os bebês e sabia como acalma-los, portanto, boa sorte para ele. Mal passei Sophia para ele e a campainha tocou e eu corri até lá para abrir. Era a polícia e ao vê-los em minha porta era como se tornasse oficial o fato de que alguém havia sequestrado Noah, mas quem faria uma atrocidade dessas? Todo mundo nessa casa é conhecido e não os garçons que Esme contratou não tinham motivos para fazer algo do tipo. 

Carlisle e Edward eram os que falaram com a polícia, já que minha mãe e Phil não tinham condições para fazer ia isso, ninguém havia ido embora e os policias não deixaram ninguém sair antes deles recolherem os depoimentos de todos. Edward sumiu e eu peguei Robert que dormia tranquilamente nos braços de Esme e subi com ele para que ele pudesse dormir no berço de Sophia tranquilamente. Subi as escadas e encontrei com ele no quarto de Sophia, com as mãos apoiadas no berço e a vendo dormir. Ela finalmente havia se acalmado.

- O que foi? – perguntei ao meu aproximar dele e dando um beijo em seu ombro.

- Isso é tão estranho. – disse simplesmente olhando para nosso bebê que dormia tranquilamente. – Por que diabos alguém levaria o Noah? – ele virou o rosto um pouco me encarando. – Tem algo de muito errado nisso. – dei outro beijo em seu ombro.

- Ele vai aparecer. – garanti. – Nós temos que descer para os polícias pegarem nosso depoimento. – disse deitado Robert ao lado de Sophia e pegando a tela da babá eletrônica. – Vem. – segurei a mão dele e o guiei para fora do quarto.

- Bom senhor Cullen, com exceção do senhor e da sua namorada, todos já prestaram os depoimentos. – ele nos amostrou a folha de seu bloquinho com os nomes de todos que já haviam dado seus depoimentos. A família do Edward, a minha, a de Phil e os garçons.

- Espera... Tem gente faltando... Com licença... – peguei o bloco de suas mãos e li um por um três vezes. – Vocês ainda não interrogaram a Bree? – perguntei.

- Quem senhora? – o policial perguntou confuso. – Ninguém se apresentou com esse nome. –

- Uma garota, de quatorze pra quinze anos, morena, baixinha de olhos escuros. – Edward a descreveu rapidamente. – Bree Tanner. – ele parou e pensou um pouco.

- Não senhor, nós não vimos essa menina. Ela esteve aqui à festa inteira? –

- Chegou do meio para o final da festa. – Edward explicou. – Ela é nossa vizinha, mora aqui do lado. Se quiser meu irmão o acompanha até lá. –

- Irei agradecer senhor, mas primeiro vamos tomar os depoimentos de vocês dois. – assentiu ele e eu acompanhei um dos guardas enquanto Edward continuou com o outro.

Eu disse exatamente o que havia ocorrido e que ele estava deitado no cercado com o irmão e com Sophia, e que quando Valentina se machucou eu a peguei e fui com ela e com Carlisle para o banheiro e quando sai de lá minha mãe me procurou para perguntar se eu havia pegado o menino e quando eu neguei ela havia surtado. Eu expliquei e ele anotou tudo e eu fui liberada. Quando Edward terminou de depor, Emmett acompanhou os dois até a casa de Bree e eu puxei Edward para um canto onde apenas ele poderia me ouvir.

- Você está pensando na mesma coisa que eu? – perguntei.

- Que Bree pegou Noah? Para ser bem sincero é nisso mesmo que eu estou pensando, mas ainda não entendi o motivo. –

- Nós não sabemos como, mas sabemos que ela estava trabalhando com a Tanya para que ela conseguisse pegar a guarda da Valentina. –

- Acha que ela pegou o Noah confundindo com Sophia? –

- Ninguém fora a nossa família sabia que nosso bebê era uma menina. – apontei.

- É, porque quando a juíza perguntou eu disse que a médica não havia conseguido ver o sexo. –

- E Tanya estava com você na sala, então para ela saber se era menino ou menina só naquela ocasião. –

- Mas mesmo assim a Sophia é maior que Noah, dá para ver que ela veio antes dos dois. –

- Desespero. Valentina havia se machucado e todo mundo meio que entrou em desespero entrando na casa e aquela foi à única brecha de guarda baixa que ela conseguiu e saiu pegando qualquer um. – expliquei. – O que vai fazer? –

- Assim que os polícias forem embora eu vou ligar para a Tanya. Se foi ela quem pegou Noah achando que era a Sophia, ela tem exigências ou algo do tipo. –

- Não é melhor avisar a polícia de uma vez? –

- Se estivermos errados, ela vai nos processar e com isso ela pode tentar recorrer à decisão da juíza da guarda e ai vai tudo por água a baixo. –

- Estamos com um problema. – Emmett apareceu ao nosso lado, nos assustando.

- O que foi? –

- A Bree não está em casa. –

- Como assim? – perguntei.

- Não está. Os policiais bateram na porta, tocaram a campainha e ninguém atendeu, eles estão falando com alguns vizinhos para ver se alguém viu algo, mas ela não está em casa. – ele olhou de mim para Edward. – Vocês estão sabendo de alguma coisa, o que é? –

- Estamos desconfiando que foi Bree quem pegou Noah, confundindo-o com Sophia, a mando de Tanya. –

- Conte para a polícia. – Emmett disse.

- Primeiro eu quero confirmar se foram elas mesmas. Se foram elas, eu vou avisar a polícia. –

- Senhor Cullen. – os polícias voltam. – Seus vizinhos falaram que viram essa tal de Bree saindo de casa a cerca de dez minutos com uma grande sacola e entrando em um táxi. Nós vamos voltar para a delegacia e começar a revisar os depoimentos e se for necessário iremos lhes chamar novamente e no máximo até amanhã, um oficial da justiça voltará aqui com uma ordem para que ela vá até a delegacia prestar depoimento. Deixaremos um policial do lado de fora para que caso alguém entre em contato com vocês, já tem um aqui perto. Caso alguém entre em contato com vocês, avisando que estão com Noah e que exigem algo em troca, avise imediatamente ao policial e ele irá nos chamar e vamos vir imediatamente. Ou caso o senhor queira, nos instalamos um rastreador em seu telefone e assim que ligarem... –

- Acho melhor esperar para que entrem em contato para colocarmos um rastreador. Mas iremos aceitar o policial lá fora. –

- Tudo bem, com licença. – eles foram embora e eu vi pela janela que um policial dentro da viatura parada no meio fio.

Com exceção de minha mãe e Phil todos foram embora, e minha mãe só não voltou para casa, porque Carlisle havia lhe dado um calmante fraco e ela acabou dormindo no quarto de hospedes. Assim que todos foram embora e que coloquei Valentina para dormir, me encontrei com Edward ele no pequeno escritório que ele tinha e assim que eu entrei e fechei a porta eu ouvi a voz de Tanya do outro lado da linha.

- Alô? Espero que seja importante estou com mascara de abacate no rosto e pintando as unhas. – ao ouvir o som de sua voz do outro lado da linha, eu senti uma enorme ânsia de vomito e me sentei na cadeira em frente a Edward que estava com as palmas das mãos apoiadas na mesa com o telefone no viva a voz a sua frente.

- Pouco me importa o que você está fazendo. Cadê o Noah? –

- Quem? – perguntou.

- Noah. – Edward repetiu. – Alguém pegou Noah na festa do batizado dele, e acredite que eu estou desconfiando de você. –

- Está falando do seu filho? Eu não peguei o seu filho! –

- Ele não é o meu filho... É o irmão da Bella. – ele explicou.

- Como é? –

- Você pegou o irmão da Bella... – ele disse entre os dentes e a ligação caiu e ele me encarou. – Estou com quase cem por cento certo de que foi ela. – disse ligando de novo e só caindo na caixa postal.

Edward não conseguiu dormir a madrugada inteira, volta e meia ligando para ela que não atendia ao telefone e na manhã seguinte, quando eu acordei, ele ainda estava tentando falar com ela e sem sucesso. Ele havia ficado o dia inteiro no escritório e eu pude ver que já tinha mais de duzentas ligações para ela. Posicionei-me atrás de sua cadeira e apertei seus ombros tensos.

- Melhor você dormir um pouco. A polícia está trabalhando. Passa o nome dela como suspeita e descansa um pouco. – pedi apertando os seus ombros.

- Eu tenho total certeza de que foi ela. – disse encarando o telefone. Ele não havia trocado de roupa e pelo visto não havia comido nada e bebido apenas café a madrugada inteira. Ele estava um caco. Tirei as mãos de seu ombro e descendo para o seu abdômen e dando um beijo na têmpora de Edward.

- Eu sei, mas você tem que descansar. –

- Eu vou ligar para ela de novo. –

- Edward... –

- Juro que se ela não atender agora eu paro... Por enquanto. – disse discando mais uma vez o número dela e depois de cinco toques ela atendeu ao telefone.

- O que você quer? – disse rosnando. – Eu estou ocupada. Está a fim de voltar é? É por isso que me liga insistentemente? –

- Primeiro, cala a boca. E segundo, cadê o Noah? –

- Eu já falei que eu não sei onde está bebê nenhum... E se você não parar de me ligar eu vou ligar para a polícia dizendo que você está me perseguindo e assediando e ai eu quero ver se ela não vai voltar atrás e me dar à guarda da menina. –

- E por que diabos você quer a guarda dela? – Edward perguntou irritado e se levantando da cadeira. – Você nem sabe qual é o nome dela. – ele andava de um lado para o outro gritando com ela.

- Porque ela é minha filha... –

- E até parece que você se importa com ela... –

- Escuta aqui Cullen, eu não estou com bebê nenhum... – a sua voz fora interrompida por um choro fino e fraco e eu me aproximei dele.

- Tanya. –

- Para de me ligar. – ela gritou por cima do choro e desligou o telefone.

- Eu disse que ela estava com o Noah. –

- Liga para a polícia. – disse quando ele ligou novamente para ela e o número voltou a cair na caixa postal. Edward colocou o telefone no bolso e apanhou as chaves do carro em cima da mesa. – Aonde você vai? – perguntei quando ele fez menção de sair pela porta e eu segurei o seu braço.

- Acha o Noah. –

- Edward... Pare de tentar bancar o herói e ligue para a polícia e deixe que eles façam o trabalho deles. -

- Eu volto daqui a pouco. – ele me deu um beijo nos lábios rapidamente e saiu do escritório.

- Edward... Pelo amor de Deus, me escuta. – falei andando atrás dele. – Já que você vai eu vou com você também. – disse impedindo que ele entrasse no carro.

- Não, você fica. Você tem que ficar de olho na sua mãe e acalma-la, e a Sophia daqui a pouco vai acordar com fome. Você fica. –

- Aonde você vai? – perguntei de novo quando me afastou com cuidado de longe do carro. – Pelo menos me fala para onde você vai. – o tempo do lado de fora da casa estava um pouco frio, o sol ainda não havia nascido direito, apenas começava a despontar no horizonte e o fato de que ainda estar de camisola, um body que alças e short que batia no meio de minhas coxas, florido, com fundo marrom e rosas cor de rosa claro e renda preta, que fechava em pequenos botões na parte da frente e um robe preto de renda, bem fino por cima e chinelos. Sim eu estava de camisola na rua.


- Eu te ligo. – ele me deu um beijo rápido e entrou correndo no carro e saiu arrancando pneu.

- Mas que merda. – gritei entrando em casa de novo e batendo a porta atrás de mim.

Subi as escadas pisando firme e só passei a andar sem fazer barulho ao chegar ao andar de cima e ao me aproximar da porta do quarto de Sophia. Entrei no quarto dela na ponta dos pés para não acorda-la e me aproximei do berço, ela dormia feito um anjo, graças a Deus conforme os meses se passavam, ela dormia a noite inteira e acordava muito pouco durante a madrugada. Sophia dormia no meio do berço, com um pijama rosa com a estampa de um gatinho na frente e coberta até a barriguinha por um cobertor frio, conforme Outubro chegava ao fim, o tempo ia mudando e daqui a pouco começaria a fazer frio.


Dei um beijo em sua cabecinha e sai do quarto novamente na ponta dos pés, na direção ao meu quarto. Tomei um banho rápido, lavando o cabelo, terminei meu banho e me enrolei em uma toalha e após secar o meu cabelo com o secador, caminhei até o armário e me vesti, coloquei uma calça jeans clara e uma blusa de mangas curtas brancas e tênis rosa.


- Mamãe. – estava terminando de amarrar o meu tênis quando Valentina entrou no quarto.

- Oi meu amor. – ela caminhou na minha direção e eu a peguei no colo, sentando-a em meus joelhos. – Dormiu bem? – perguntei dando um beijo em sua bochecha gordinha.

- Dormi. – respondeu coçando os olhos. – Cadê o papai? Eu estou com fome. –

- O papai saiu, mas deve voltar logo. – pelo menos espero. – Mas vamos tomar um banho, trocar de roupa e ai a mamãe faz o café da manhã para você, tá bebê? – ela apenas balançou a cabeça assentindo e coçando os olhinhos. – Então vamos. – com cuidado me levantei da ponta da cama, com ela no colo e caminhei para o quarto dela.

Tirei o seu pijama, o dobrando e o guardando, e a levei para o banheiro, prendendo seu cabelo em um coque alto e lhe dando um banho rápido. Depois de terminar de dar o banho nela, enrolei-a na toalha e a ajudei a escovar os dentes e depois de limpinha e cheirosinha caminhei com ela até o armário e lhe vesti um vestido azul bem clarinho com estampas de cavalos com diversas cores. 

Mal terminei de descer as escadas que Sophia acordou chorando, alto, minha mãe e Phil, e Robert, que pelo visto dormia no quarto com a minha mãe, ainda dormiam, coloquei Valentina no sofá e subi as escadas correndo antes que o choro de Sophia acordasse todo mundo e a peguei no colo, levando a mão até a sua fralda que parecia cheia. Tirei seu pijama e a deitei no trocador, sua fralda, além de pesada estava bem cheia, tirei-a, descartando imediatamente e o choro diminuiu. Dei-lhe um banho e lhe coloquei uma fralda nova e um macacão rosa claro que cobria até os seus pés e me sentei na poltrona para amamenta-la.

Depois de satisfeita e de ter arrotado, desci com ela e a coloquei deitada no balanço oval com o móbile de cachorro e gato pendurado. Ao mexer naquilo eu me sentia uma velha ao ver tecnologia, eram muitos botões, para ligar o móbile, para fazer o berço vibrar, a velocidade, o botão de ligar e desligar, e mesmo depois de quatro meses eu ainda não havia aprendido a mexer direito naquela parafernália tecnológica.  Peguei dentro da gaveta o manual de instruções, indo direto para a folha onde tinha as setas indicando todos os botões e nomes do balanço e o liguei, fazendo o móbile se mexer.


Sophia estava entretida com os bichinhos se mexendo sobre a sua cabeça e tentava pegá-los e Sophia assistia à televisão, ela adorava o canal da Disney e era o que ela assistia. Com as duas distraídas e minha mãe dormindo, fui fazer o café da manhã, assim eu me distraia e me ocupava antes de ficar enchendo o telefone de Edward com mensagens e ligações.

- Bella. – me assustei ao ouvir a voz de Phil perto de mim e quase deixei a panqueca cair no chão. – Desculpa. – disse ao ver que havia me assustado.

- Tudo bem. O que foi? – perguntei vendo que ele estava com Robert no colo.

- Onde está Edward? –

- Ele deu uma saída, mas logo deve estar voltando. E mamãe? –

- Sua mãe ainda está dormindo. Nenhuma noticia da policia? – perguntou e eu mordi o lado interno de minha bochecha, o que eu iria falar? Que Edward suspeita que Tanya pegou Noah e ele foi atrás dela, ou assim eu esperava que havia ido atrás dela e sem avisar a policia? Não eu não podia dizer isso para ele.

- Ainda não. – ele passou uma das mãos pelo rosto. – Mas ainda está muito cedo, talvez daqui a pouco tenhamos alguma noticia. – disse esperando termos alguma notícia daqui a pouco. – Algum problema com o Robert? – perguntei vendo que ele se remexia em seu colo.

- Poderia trocar a fralda dele para mim? Eu me enrolo com aquela fralda. –

- Claro. Termina aqui para mim? – ele assentiu me entregando o Bob e pegando a espátula.

Eu subi com ele para o andar de cima e usei o trocador de Sophia para limpá-lo e trocar a roupa dele. Quando voltei a descer as escadas encontrei Valentina com Sophia no chão da sala, Sophia estava sentada no chão com as perninhas abertas e esticadas e Valentina sentada ao lado dela vendo TV.


- Valentina quem tirou a Sophia do balanço? – perguntei.

- Eu mamãe. – respondeu repuxando os lábios em um sorriso travesso. – Eu tirei com cuidado. –

- Não pega ela no colo, ouviu? – ela assentiu e eu segui para a cozinha.

Entreguei Bob ao Phil e peguei a espátula de volta. Assim que eu terminei de preparar o café da manhã, Edward ainda não havia dado notícias, eu havia ligado para ele e nada, e minha mãe acordou, seria melhor se ela continuasse dormindo já que ela acordada, ficou andando de um lado para o outro e ligando para a polícia. Daqui a pouco os polícias não vai mais atender aos telefonemas dela. Valentina sabia que havia acontecido algo, mas não sabia a gravidade nem o que havia acontecido, portanto ficava brincando pela casa normalmente enquanto minha mãe ficava andando de um lado para o outro.

No meio da tarde, Edward ainda não havia dado noticias e eu já estava cansada de tanto que minha mãe havia ligado para a polícia e quem ligara da última vez fora eu. Eu queria saber se Bree já havia dado as caras, mas não o oficial de justiça não havia encontrado Bree e ninguém na casa ao lado. E tudo isso me deixava agoniada e a minha mãe mais ainda. Eram por volta das sete da noite quando a campainha tocou e eu corri até lá, torcendo para que fosse Edward ou a polícia com Noah, mas não, era Casey, a mãe de Bree.

- Senhora Tanner. – disse sem a menor vontade. – O que deseja? –

- Eu sinto que eu sei qual é a resposta, mas... A Bree está ai? –

- Não. A verdade é que todo mundo, incluindo a polícia está atrás dela. –

- Eu sei, é por isso que vim aqui. O Sr Cullen está? –

- Não. O que deseja? –

- É que eu preciso falar com ele. –

- Quando Edward aparecer eu peço para ele procurar pela senhora... – mal terminei de falar e Edward parou o carro em frente à porta de casa. – Finalmente. – disse quando ele saiu do carro mais acabado do que quando saiu, passei por Casey e caminhei até ele, segurando seu rosto com as minhas mãos, por cima de sua barba por fazer. – Está tudo bem? Por que não me atendeu? – perguntei tudo de uma única vez e ele deu um beijo na minha testa como se quisesse me acalmar e me dizer que estava tudo bem.

- Depois nós conversarmos... – respondeu baixo apenas para que eu ouvisse e se voltou para Casey. – Em que posso ajuda-la, senhora Tanner? –

- Eu fiquei sabendo que pegaram o seu filho. –

- Primeiro Noah não é meu filho. – a cortei. – Ele é meu irmão. Pegaram a criança errada e já aviso que desconfio de sua filha. –

- Bom, foi. – disse simplesmente. – Foi a Bree. – disse apertando um livro em mãos e foi pela primeira vez que eu percebi que ela trazia algo em mãos. – Eu não sei por que ela fez isso, eu não entendo. A verdade é que já tem algum tempo que eu não entendo as atitudes dela. Ela era um amor de menina, educada, estudiosa, mas de repente tudo foi por água a baixo. Ela não voltou ontem da festa e não me atende e quando o oficial de justiça apareceu no meu trabalho hoje, porque ninguém atendeu em casa, eu resolvi que deixaria de ser uma mãe relapsa e após revirar todo o quarto dela eu encontrei isso. – ela esticou a mão amostrando o livro, e o que isso tem haver? – É o diário dela. – respondeu ao questionamento que eu fazia mentalmente e bem que aquilo tinha cara de ser um diário: Peludo, roxo e rosa, com algumas pequenas artes brancas e um par de olhos e uma boca com a língua para fora e uma coroa prata em cima dos olhos e dava para ver que o cadeado havia sido arrombado. – Eu li. – confessou. – Não todo, senti ânsia ao ler. Mas eu sinto que o senhor talvez possa encontrar o Noah por aqui. – ela entregou o diário para Edward rapidamente como se quisesse se livrar daquilo o mais rápido possível. – O senhor pode fazer o que bem entender... Entregar a polícia ou ir apanha-lo, só não deixe que machuquem a minha menina. Ela errou e não está muito bem psicologicamente, mas ela ainda é minha menina e uma boa menina. Peço perdão por ela. – disse e saiu andando nos deixando sozinhos com o diário.


Arranquei o diário da mão dele o folheando para ver se encontrava algo sobre o Noah, mas uma página, a do meio do diário me chamou atenção e meus olhos repousaram sobre ela. Eu li aquela folha e entendi perfeitamente o Casey quis dizer com sentir ânsia de ler e tive que parar antes que eu vomitasse. Edward ficava me encarando, esperando para saber o que havia ali e ele abriu a boca para perguntar mais eu sai do quintal dele correndo atrás de Casey.

- Bella. – Edward me chamou, mas eu abri a porta de casa dela mesmo sem bater.

- Casey. – a chamei, ela havia entrado a pouco e ainda estava na sala.

- Sim? –

- Posso olhar o quarto de Bree? – perguntei.

- Claro. Lá em cima, terceira porta a direita, não tem como se perder, tem o nome dela na porta. –

- Obrigada. – agradeci e nem esperei por Edward e subi as escadas correndo.

Eu parei em frente a porta com o nome de Bree nela e Edward se aproximou de mim, minha mão estava esticada para segurar e abrir a maçaneta, ela tremia um pouco e antes mesmo que Edward pudesse falar alguma coisa, e ele iria falar, eu entrei no quarto de supetão. O quarto era grande e normal, piso de madeira escura e paredes cobertas por papel de parede azul e duas grandes janelas cobertas por cortinas acinzentadas, uma cama de solteiro com uma manta azul no meio do carro e uma televisão de tela fina entre as duas janelas, um pequeno sofá, um armário e uma escrivaninha eram os únicos moveis do quarto, fora a cama. A escrivaninha ficava debaixo de uma das janelas e a outra tinha um telescópio, caminhei até a janela com o telescópio e abri as cortinas e perdi uma arfada de ar.


Aquela enorme janela lhe proporcionava uma bela vista da casa de Edward. Ela podia ver todo o quarto de Edward e a sala e uma boa parte do quintal e eu levei a mão até os lábios como se isso pudesse controlar o vomito que pedia para sair.

- O que há? – Edward perguntou parado perto da porta, meio sem jeito de entrar no quarto de uma adolescente, mesmo esse quarto não parecendo de adolescente.

- Dia 31 de Outubro. Ele estava completamente lindo hoje pela mãe quando saiu para trabalhar. Aquele terno Armani preto com listas de giz o deixava mais perfeito do que ele já era. Ele fez tudo como sempre fez. Acordou as seis e mais uma vez ele dormira apenas de cueca, uma cueca boxer preta, eu adorava quando ele dormia apenas de cueca, me dava uma bela visão daquele corpo. Tomou um banho, provavelmente quente e deixou o banheiro com a toalha amarrada na cintura e ainda tinha o corpo um pouco molhado e seu cabelo ainda pingava um pouco.
Após se vestir ele foi até o quarto daquela pestinha e saiu lá quase meia hora depois com ela vestida para ir para a creche, bem que ela podia ficar lá o resto da vida ou então ela poderia morar de vez com os avôs. Assim eu teria o caminho livre. Ele fez o café da manhã dele e da peste, eu nunca havia comido a comida dele, mas ele era perfeito em todos os sentidos então a sua comida deveria ser a melhor comida do mundo. E as 7:30h ele saiu de casa como sempre, ele deveria chegar no escritório entre as 9:30h e 10h, dependeria muito do tempo e ele só voltaria mais tarde. – li desviando os olhos do diário e olhando pela janela. Eu podia ver minha mãe e Phil desesperados na sala em busca de notícias sobre o filho e Valentina e Sophia vendo TV.

- Do que você está falando? – Edward perguntou se aproximando de mim e eu voltei a ler.

- Dia 31 de Outubro – 13h. Hoje eu sai da escola mais cedo e fiquei feliz por isso, já que assim que eu entrei em casa eu vi movimentação na casa dele e eu tratei de correr para o quarto. Ele havia tirado o paletó do terno e tinha a camisa branca levantada até os cotovelos, eu amava aquela camisa, revelava os belíssimos músculos que ele possuía. Hoje ele não estava sozinho, ele estava com aquela mulher morena de novo, ela não podia ser a namorada dele, eu não iria deixar ninguém me atrapalhar. Ele começou a fazer batatas fritas para ela, que comeu tudo sozinha, talvez tivesse lombriga ou algo do tipo. Ela terminou de comer e continuou sentada na bancada da cozinha, eles estavam pertos demais e eu odiava isso.
Ele tirou a gravata e estendeu a mão e ela sem pensar duas vezes a aceitou e ele a levou para a sala, sentando-se na ponta de seu sofá e tirando a saia dela e mordendo a bunda dela e a apertando com vontade. Eu desejava que ele apertasse a minha bunda daquele jeito. Ele tirou a blusa e o sutiã dela, deixando-a nua com exceção da calcinha e ela sentou no colo dele, de frente para ele e de costas para mim. Eu não podia ver, mas sabia que ele chupava os seios dela, e eu podia sentir meus seios ficando erriçados só de imaginar a língua quente dele tocando nos meus seios pequenos e puxando o bico pequeno entre aqueles dentes brancos perfeitos.
Edward abaixou a calcinha dela e começou a esfregar aqueles longos dedos por toda a extensão da buceta dela. Ele esfregava com força e eu via que ela gemia e provavelmente gritava o nome dele. Eu queria gritar o nome dele. Conscientemente levei meus dedos para dentro da minha calcinha, levantando a saia do meu vestido e começando a esfregar a minha buceta molhada.
Depois de masturba-la, eles se levantaram e subiram e foram para o quarto, onde ele tirou a roupa, revelando aquele pau enorme e grosso e que eu implorava a Deus todos os dias para senti-lo dentro de mim pelo menos uma vez na minha vida. Ele a fodia com vontade e ele cobria parcialmente a minha vista, porém me dava uma visão perfeita de sua bunda redondinha e ele se mexia rápido. Será que algum dia ele me foderia rápido desse jeito? Quando ambos atingiram seu ápice ele se jogou na cama ao lado dela e a abraçando e em pouco tempo os dois dormiram. Será que comigo ele também me abraçaria com ternura depois? A verdade é que eu pouco ligava se ele me abraçaria com ternura depois ou se me mandaria embora, contanto que ele me fudesse, para mim estava ótimo.
Algumas horas depois ele acordou desesperado e após se vestir a deixou dormindo e saiu de casa, ele estava indo buscar a filha, atrasado, e ele me ligou, pedindo para que eu ficasse com a filha dele hoje a noite e obviamente sem pensar duas vezes eu aceitei, mesmo ele tendo fodido outra agora a pouco. Edward voltou menos de uma hora depois com a pestinha que ele chamava de filha e após a puta que ele fudera ter se vestido eles saíram de casa. – terminei de ler o resto daquele dia sentindo a ânsia mais forte ainda, não por saber que uma menina, porque era isso o que ela era, uma menina, havia me visto transar com Edward e com certeza aquela não era a única transa minha que estaria tão meticulosamente detalhada ali, mas a ânsia era por saber que uma menina sentia desejos por um homem muito mais velho do que ela e que desejava e sonhava transar com ele e ainda se tocava enquanto o observava. Será que ela fazia isso enquanto ele estava com a filha por perto? Sinceramente eu não queria saber. Bree, no diário e em seus profundos sentimentos chamava Valentina de peste, mas perto de alguém ela era a menina mais perfeita do mundo. Ela aceitara apenas esse “trabalho” para se aproximar do pai. O que tornava tudo mais asqueroso ainda.

- Que porra é essa? – ele reclamou arrancando o diário da minha mão e lendo pelos próprios olhos. – Ela me vigiava todos os dias e anotava aqui. – ele passava as folhas rápido lendo por alto. – E ainda se tocava enquanto me via dormindo. – eu me afastei dele ao sentir como se uma mão me puxasse na direção do armário dela e eu caminhei até lá, abrindo a porta e seguindo a intuição e afastando suas roupas, vendo que parecia haver uma porta ali entreaberta, o armário dela tinha um fundo falso e eu o removi. – Isso é asqueroso, ela tem idade para ser a minha filha. –

- Não é asqueroso. – disse sentindo a mesma “mão” apertando a minha garganta.  – É doentio. – disse vendo o fundo falso do guarda roupa dela completamente coberto com diversas fotos de Edward. Em diversos cantos da casa e até mesmo fora dela, ela também tinha fotos dele nu, mas nunca nu frontal, ela tinha praticamente um altar para a bunda dele. E como ela não sabia como era o pênis de Edward, ela usou da imaginação e colocou o rosto de Edward em diversas fotos de homens nus. Eu ouvi os passos de Edward até ele parar atrás de mim e ele também vira o altar dedicado a sua bunda.

- Eu sou o único com vontade de vomitar? –

- Não. Pelo amor de Deus e termina de ler esse diário e vê se ela está com Noah. –

- Por que eu tenho que terminar de ler? –

- Porque o altar é dedicado a sua bunda e não a minha. Eu vou sair daqui antes que eu vomite. – sai do quarto e desci as escadas encontrando com Casey sentada no sofá da sala bebendo uma xícara que chá que tremia mais do que tudo em sua mão. – Quer um conselho? – perguntei atraindo a sua atenção. – Quando Bree aparecer leve-a a um psicólogo e prenda-a numa camisa de força. – disse e sai da casa dela, caminhando para a casa de Edward, quando entrei na sala da casa de Edward eu virei imediatamente à cabeça para a enorme janela de vidro e pela primeira vez eu notei a janela do quarto da Bree.

- Bella. – Edward me chamou alguns minutos depois e eu caminhei até ele. – Ela anotava tudo aqui. –

- Você acha? Ela basicamente descreveu você me fudendo, faltou apenas ela escrever quantas vocês você enfiou seu pau em mim. – reclamei com raiva.

- Depois de hoje eu fecho todas as cortinas dessa casa, eu vou cobrir todas essas janelas com insulfilm. Mas o lado bom dela ter anotado tudo aqui. – ele me puxou para o escritório dele quando minha mãe voltou à sala. – Ela anotou tudo. Que Tanya a viu saindo daqui e a procurou e olha o que ela escreveu. – ele virou o diário na minha direção e eu li.

- Ela me prometeu que não queria Edward, que só queria a filha. Ela disse que não via a filha a mais de três anos porque Edward a tirou dela. Tanya disse que se eu a ajudasse a conseguir a guarda de Valentina, ela me ensinaria truques e modos para que eu pudesse ter todos os homens que eu desejasse aos meus pés. Talvez funcionasse com Edward e se ela levasse aquela peste ficaria tudo mais fácil para mim. – ele colocou para outra página. – Ela pediu para que eu ensinasse palavrões a Valentina, se eu ensinasse esse tipo de coisas a ela, as chances de Tanya de pegar a guarda da peste aumentariam quando a assistente social viesse vê-la. – eu continuava a ler e ele passou a próxima página e a última a ser escrita. – Fiquem sabendo pelos vizinhos que o filho de Edward nasceu e também fiquei sabendo que nesse final de semana teria o batizado dele. Contei a Tanya. Ela estava mais do que puta por não ter conseguido a guarda da peste. Ela mandou que eu me virasse e pegasse o bebê e levasse para ela e ela trocaria o bebê chorão pela peste e depois disso Isabella sumiria e eu o teria todo para mim, Tanya pediu para que assim que eu conseguisse pegar a peste Junior era para eu ligar para ela e ela me diria o endereço para seguir. – terminei de ler a ultima linha escrita do diário. – Eu sabia que tinha sido ela. –

- Mas ela não disse para onde levaria Noah. –

- E agora? –

- Vou ligar para a polícia e entregar isso para eles, mas cedo ou mais tarde ela vai aparecer aqui e a polícia irá pegá-la. –

- Mamãe. – nós dois nos sobressaltamos ao ouvir a vozinha de Tina da porta do escritório.

- Oi meu amor. – disse a pegando no colo. – O que foi? –

- Eu estou com fome e a Sophia está chorando. –

- Tá, meu amor, nós vamos comer... – olhei para Edward.

- Vai lá, eu vou ligar para a polícia. –

- Liga e vem comer algo, você não come a mais de vinte e quatro horas. –

- Pode deixar, assim que eu encerrar a ligação eu vou. – garantiu e pegou seu telefone no bolso e eu sai com Valentina no colo.

Eu fiz um sanduiche para ela e outro para Edward, eu estava sem fome e não sabia se conseguiria comer algo depois de ter lido uma página do diário de Bree. Assim que Edward fez o telefonema ele veio para a cozinha e também comeu o sanduiche que eu fiz, enquanto eu ia levar Sophia para mamar.

A polícia chegou depois que Sophia e Valentina comeram, tomaram banho e foram dormir. Edward entregou o diário de Bree para ela e contou tudo o que descobriu. Que viu Tanya saindo do escritório no meio do expediente para comprar fraldas e depois ela entrou em um táxi e ele a perdeu de vista. A polícia ficaria de tocaia na rua e grampeou, com autorização de Casey, o telefone celular dela e o de casa, caso Bree entrasse em contato e agora que ele já sabia com quem Noah estava; os polícias tentariam localiza-las, só que ninguém entendia porque ninguém fazia contato e as exigências.

Mamãe e Phil precisaram de mais um calmante para dormir, principalmente depois que Edward contou a historia toda e ainda pediu perdão por Bree ter pegado o filho deles. Eu estava nervosa e as imagens que vi do quarto de Bree ainda ocupavam minha mente, então era bem provável que eu não dormiria tão cedo e mesmo eu quase arrastando Edward para o quarto para ir dormir um pouco, ele fincou o pé no chão e não saiu do sofá, mas um pouco por volta das duas da manhã ele acabou dormindo pesadamente em meu colo e obviamente ignorando o fato de que ele estava a mais de 48h sem dormir e eu fazia carinho em seu cabelo.

Ele acordou na manhã seguinte com a polícia quase quebrando a porta de casa, pois Bree havia acabado de entrar em casa às 5h da manhã e ele seguiu com os polícias para lá, para tentar ir até onde Tanya escondia Noah e eu fiquei em casa, pois eu tinha que amamentar Sophia e atualizar minha mãe e Phil. Minha mãe acordou duas horas depois e quando eu contei que a polícia havia encontrado Bree e que eles foram até o cativeiro de Tanya, Phil precisou segurá-la antes que ela desse um jeito e fosse atrás quebrar a cara de Tanya, como ela mesmo berrava aos ventos.

Edward voltou para casa apenas às 22h da noite e para a felicidade geral, com Noah, minha mãe pegou Noah do colo de Edward e quase fez com que sua cabeça explodisse de tanto que ela o abraçou. Edward disse que tirando o fato de que ele estava um pouco assado, ele estava bem, porém sugeriu a minha mãe que o levasse ao pediatra amanhã sem falta e minha mãe ficaria mais uma noite aqui em casa, e amanhã cedo, ela sairia para levar o Noah no pediatra e de lá seguiria para casa. Eu via que Edward estava mais do que exausto, ele estava perturbado com a história de Bree e se sentia culpado já que Bree pegou a criança errada.

Assim que minha mãe pegou Noah dos braços de Edward e verificou que ele estava, superficialmente, bem se retirou e Edward também sem falar nada do que aconteceu com Bree ou Tanya. Verifiquei se a casa estava toda trancada e o alarme ligado e subi as escadas, conferi que Valentina e Sophia dormiam bem, tranquila e profundamente e caminhei para o quarto, fechando imediatamente as cortinas, provavelmente Bree não viria para casa hoje, mas do mesmo jeito não sei se me sentiria confortável novamente a ponto de ficar com as cortinas completamente escancaradas novamente. Edward estava no banho, eu podia ouvir o barulho de água caindo e segui para lá, tirei minhas roupas, colocando-as para lavar e entrei no box, ele estava de costas para mi enquanto a água quente caia sobre a sua cabeça e escorria por sobre o seu corpo.

- Qual é o problema? – perguntei abraçando a sua cintura e dando um beijo em seu ombro e encostando o rosto no mesmo.

- Nada, estou apenas pensando. –

- Em que? Conte-me. – pedi e ele se virou, tirando o meu cabelo, que conforme molhava, grudava em meu rosto e nuca.

- Vocês bem que poderiam saber... Vir com um rótulo ou etiqueta. – disse fazendo a menção de o rótulo ficar bem no centro da testa. – Assim nós poderíamos saber quem é psicopata ou não. –

- Bom, eu não tenho um rótulo ou sou suspeita para falar, mas eu garanto que não sou uma psicopata. – garanti.

- Eu sei que não. – sorriu de lado acariciando minhas costas nuas, fiquei na ponta dos pés e dei um beijo rápido em seus lábios.

- Venha, vamos terminar esse banho e dormir um pouco, você não dorme direito há dias. – lhe dei outro beijo e rapidamente terminamos de tomar um banho e caminhamos, após nos secarmos, para o armário.

- Sabe... Eu sinto a sua falta. – disse me abraçando por trás, quando tirei a toalha para me vestir.

- Como sente a minha falta? Se não sabe eu durmo ao seu lado todos os dias há meses. – respondi sorrindo sentindo seu corpo grande e quente contra o meu enquanto ele inspirava fundo em meu pescoço.

- Eu sei. Mas não é nesse sentido. – disse contra o meu pescoço. – Eu sinto falta de poder te abraçar quando você está nua, de acariciar o seu corpo, beija-lo. – enumerava enquanto continuava a beijar meu pescoço e acariciava o meu pescoço. De estar dentro de você. –

- Eu sei querido. Eu também. –

- Parece que eu não lhe vejo nua há anos. – comentou exagerado como sempre enquanto eu me virava de frente para ele.

- Considerando o fato de que tem mais ou menos um ano desde que transamos pela primeira vez e que você me viu nua, não faz muito sentindo esse seu comentário. – brinquei e ele riu.

- Mesmo assim. Você me entendeu. – assenti sorrindo e segurando seu rosto com as minhas duas mãos.

- Acredite que eu também estou sentindo falta, mas hoje não querido. – pedi. – Você não está bem psicológica e nem fisicamente bem. Não dorme há quase três dias e não come direito há quase três dias e minha mãe está aqui. Quando ela voltar para casa e garantir e nos garantir que Noah está bem... – deixei a frase morrer e o beijei.

Edward segurou a minha cintura firme contra o seu corpo e me prensou contra a porta do armário, suas mãos desceram as laterais do meu corpo até a minha bunda e segurando-a firme, me ergueu em seu colo, fazendo com que eu enlaçasse sua cintura com as minhas pernas. Seu peito esmagava os meus seios e minha mão acariciava os seus cabelos. Meus pulmões quase explodiam devido à falta de ar e Edward interrompeu o beijo.

- Só mais alguns dias... – repetiu mais para si mesmo enquanto beijava o vão dos meus seios. – Eu não sei se vou aguentar. – levei minhas mãos para o seu rosto, levantando-o e fazendo-o me encarar.

- Vai passar voando. –

- Dorme então sem roupa? – pedi com carinha de cachorro que havia acabado de cair do caminhão da mudança.

- Quer que eu fique sem roupa em uma casa junto com uma menina de quatro anos que não sabe bate na porta? – perguntei a mesma coisa que ele me perguntou há alguns meses e ele parou um pouco pensando.

- Tem razão. – disse sorrindo e me colocando no chão, porém não sem antes me dar um beijo rápido.

Edward me colocou no chão e nós dois nos vestimos indo para a cama, ele só esperou que eu me ajeitasse para deitar a cabeça em meus seios e enlaçando a minha cintura e eu comecei a mexer em seus cabelos.

- Está acordado? – perguntei após um tempinho.

- Estou. –

- Onde Tanya mantinha Noah? –

- Em uma casa pequena em Dyer’s Bay. – respondeu enquanto eu continuava a fazer cafuné em sua cabeça. – E você não vai acreditar. –

- No que? –

- Aro estava envolvido. –

- Aro? Como assim? – ele levantou a cabeça me encarando.

- A casa era de Aro e ele estava envolvido até o pescoço. Antes de Tanya saber que a polícia estava do lado de fora ela disse com todas as letras: eu disse para ela  pegar especificamente o seu filho, mas a idiota pegou o bebê errado. O plano dela era que Bree viesse e me levasse lá para fazer a troca. Mas ninguém contava que nós ligássemos Bree a Tanya e nem que Casey encontrasse o diário de Bree. –

- Melhor dizendo, ela não contava com o fato de Bree escrever tudo. –

- Isso também... -

- A polícia levou os três e chamou a mãe de Bree. –

- E agora? –

- Sequestro de incapaz e que dura mais de vinte e quatro horas não tem direito a fiança e se forem sentenciados perdem a licença e vão ser presos de oito a quinze anos. – respondeu. – Foram pegos em flagrante, não deve demorar muito para sair o julgamento. –

- Você vai representar a minha mãe? – perguntei dando um beijo no topo de sua cabeça.

- Se ela assim desejar... – disse tirando a cabeça dos meus seios e deitando-a no travesseiro. – Amanhã quando eles estiverem mais calmos sobre o estado de saúde de Noah eu converso com eles. – Agora vem. – disse levantando o braço e eu deitei a cabeça em seu ombro e ele me abraçou e em menos de dois minutos ele já dormia profundamente.

Quando acordei no dia seguinte eu despertei com um pezinho encostado em meu rosto e ao abrir os olhos vi que era o pé de Valentina que havia vindo para a cama do pai no meio da madrugada e estava toda aberta entre nós dois, de bruços com um pé no meu rosto e o outro no de Edward. Quando foi que ela veio para cá e deitou no meio de nós dois, sem que acordássemos? Levantei-me da cama e a peguei no colo, ajeitando-a na cama, e a deitando com a cabeça em meu travesseiro e após tomar um banho e trocar de roupa deixei o quarto e deixei os dois dormindo.

Edward acordou por volta da hora do almoço e minha mãe tinha saído um pouco antes para levar o Noah no pediatra e depois conversaria com Edward sobre o que faria com Tanya e Aro. Mal ele terminou de almoçar e ligou a televisão para assistir o jornal e a notícia que rodava era que um dos grandes advogados de Toronto - e Aro possuía esse titulo há alguns anos – Aro Volturi havia sido preso por sequestro e cárcere de um bebê junto com uma das advogadas de sua empresa Tanya Denali e uma adolescente menor de idade que não teve o nome divulgado e que o juiz havia negado o habeas corpus e que eles ficariam presos até o julgamento.

Durante toda a semana o caso de Aro era manchete em todos os jornais, principalmente depois seu computador fora revistado e vídeos dele em casas de swing e servindo de cachorro para varias mulheres foram vazados e agora todos estavam atrás da família da esposa dele, que uma coisa que eu não sabia era que o sogro de Aro era ministro da segurança de Toronto. Edward havia assumido o caso de minha mãe, sendo o advogado dela e havia conseguido uma ordem de restrição para toda a família contra Tanya, para o caso de o juiz voltar atrás na decisão do habeas corpus.

Os meses foram se passando e o caso ia se estendendo, Aro e Tanya tentavam se agarrar a qualquer esperança de se salvar e recorriam a todos os recursos que conseguiam... Armação. Insanidade. Mudança de juiz e isso enrolava todo o julgamento, entretanto mais da maioria de seus pedidos eram negados, pois haviam apanhado os dois com o bebê; flagrante e ainda tinham o diário de Bree onde tudo estava anotado. Bree foi obrigada pelo juiz a ir a um psiquiatra escolhido pelo próprio juiz após ele ler o diário dela e eu só rezava que aquele diário não vazasse ninguém precisava saber das minhas aventuras sexuais com Edward, e após algumas consultas ela foi diagnosticada com Erotomania, que consiste na convicção delirante de uma pessoa que acredita que outra pessoa, geralmente de uma classe social mais elevada, está secretamente apaixonada por ela. O indivíduo que sofre dessa síndrome pode também acreditar que ele e a outra pessoa, supostamente apaixonada, se comunicam secretamente através de métodos sutis como gestos de postura, arrumação de determinados objetos da casa, etc., ou - se a outra for uma pessoa de imagem pública - através de indícios ou pistas na mídia. E era bem comum com fãs de cantores, atores e políticos, ela acreditava profundamente que Edward a amava e que só a chamara para cuidar de Valentina para ficar perto dela. E fora a Erotomania ela também havia sido diagnosticada com Esquizofrenia, e mesmo nunca tendo feito nada contra Valentina, ela relatava, no diário, diversas maneiras de sumir com a menina para que pudesse ter Edward apenas para ela, e devido a tudo isso e ao sequestro de Noah, o juiz decidiu que ela passaria um longo tempo em um hospital psiquiátrico sendo tratada de perto.

Estávamos em janeiro e o caso ainda não havia ganhado uma data de julgamento oficial. Eu havia resolvido que voltaria para a faculdade após a Sophia completar um ano, e agora ela estava com sete meses, e ela adorava puxar o cabelo das pessoas e arremessar as coisas para longe, principalmente o nosso celular, acredito que ela pensava que aquilo era uma bola para se jogar longe. Já sentava sozinha e rolava de um lado para o outro loucamente o dia inteiro e já começava a engatinhar um pouquinho e o babão do pai adorava filmar a evolução da filha, só não gostou muito quando ela jogou o celular dele na piscina. Nós sofríamos para trocar a fralda e a roupa dela já que ela insistia em ficar rolando e adorava fazer isso quando “percebia” que tínhamos tirado os olhos dela por meio segundo. Certo dia, quando ela estava sentada no sofá e eu terminava de aprontar Valentina para a escola, Edward a deixou só por meio segundo apenas para colocar o celular, novo, para carregar e ela começou a rolar no sofá e se ele não a corresse para perto ela teria rolado para o chão.

- Você ainda não foi buscar a Valentina? – perguntei a ele certo dia, ela havia ido a uma festa da amiguinha em uma pizzaria que tinha diversos brinquedos e já estava na hora dele ir busca-la, mas não. Ele estava deitado nos sofá, com Sophia sentada em seu peito.

- Ainda falta uma hora para a hora que a mãe da amiga dela marcou. – disse simplesmente. – Fala papai... Papai... – ele insistia que Sophia ia falar papai primeiro que mamãe, ela ainda não havia falado nada, apenas balbuciado um pa, ma, ba e tal. – Aliás. – ele voltou a falar comigo quando viu que Sophia não falaria nada apenas fazia bolinhas de saliva e se babava toda. – Já arrumou as suas coisas? –


- Para que? – perguntei limpando a boca dela antes que ela babasse o pai e o sofá inteiro.

- Eu já não disse que vamos passar uma semana fora?! – ele insistia que deveríamos passar uma semana fora.

- E eu já não disse que é muito cedo para Sophia viajar, ainda mais com esse frio. – com o frio que estava ela nem tirava os pezinhos de casa, sempre no quentinho e mesmo assim bem aquecida.

- Tá mais, a Sophia não vai. – o encarei. – Quando disse que nós vamos passar uma semana fora, esse nós somos apenas eu e você, sem crianças. –

- Enlouqueceu? –

- Claro que não. Minha mãe cuida das duas muito bem, são apenas sete dias. –

- Ela ainda mama. –

- É só você tirar e colocar na mamadeira, você já faz isso de vez em quando mesmo, é só tirar uma grande quantidade e reservar bem. –

- Não vou deixar o meu bebê. – disse pegando-a do colo dele enquanto ele se sentava e eu me sentei onde estavam antes suas pernas.

- São sete dias... Vocês duas vão sobreviver. –

- Por que quer me afastar do meu bebê? – perguntei.

- Bella, nós estamos há dez meses sem sexo. Eu estou entrando em desespero. –

- A culpa não é minha. – mordi o interior da boca para não rir ao me lembrar de que sempre que nós íamos transar Valentina resolvia que queria dormir conosco ou Sophia acordava.

- Eu sei que não. Mas se eu não transar logo minhas bolas vão explodir. –

- Primeiro, para de falar isso perto da menina e segundo usa a sua mão. –

- Acha que está fazendo efeito? Não faz mais, principalmente porque alguém adora andar pelo quarto nua ou seminua. – reclamou.

- Edward, nós podemos no mínimo levar as meninas para passar algumas horas com a sua mãe, mas uma semana não, é muito tempo. –

- Querida, você acha que algumas horas serão suficientes? Eu estou achando que nem uma semana será suficiente. – revirei os olhos para o seu exagero e ele se aproximou de mim. – E eu te prometo muitos, mais muitos orgasmos.

- Para onde vamos? – perguntei tentada em aceitar.

- Surpresa, mas é para aqui perto. – o encarei. – Por favor... A menos que você queira que eu arrume outra mulher e ai... – eu nem o deixei terminar de falar e levei minhas mãos para as suas bolas, por cima da calça, apertando com força para machucar e ele gemeu de dor.

- Eu te castro. – disse apertando de novo e as soltando. Ele precisou de alguns minutos para voltar a falar, mas ele não falou, apenas levantou e voltou alguns segundos depois, andando devagar e com um saco de gelo, sentou-se no sofá e colocou o saco em cima.

- Não faz isso de novo, pelo amor de Deus. –

- Não exagere, nem apertei com força. –

- Mais doeu. – reclamou e eu comecei a rir. – Para de rir. –

- Você não pode nunca ser um dominador em um sadomasoquismo. – apontei. – Deus, eu estou imaginando como você reagiria quando a mulher pisasse nas suas bolas. – comentei o encarando e vi seus olhos lacrimejando apenas por pensar.

- É por isso que nós não vamos inovar para esse lado. E como você não quer que eu arrume outra mulher, aceita logo. – suspirei.

- Tudo bem. – ele fez uma dançinha da vitoria ainda sentado. – Mas para um lugar perto, eu quero voltar caso aconteça algo. –

- Ótimo. Agora me dá a Sophia e vai arrumar suas coisas e encher as mamadeiras porque partiremos na segunda. – o encarei. – Eu já tinha comprado às passagens, você ia por bem ou por mal. – bufei e olhei para Sophia.

- Eu odeio o seu pai. – ela apenas sorriu amostrando os dentinhos que começam a nascer. Dei um beijo em sua bochecha gordinha e a entrei para ele, me levantando, e ele voltou a deitar no sofá e a sentar a Sophia em seu peito, ainda com o gelo no saco e pegando o telefone.

- Se por acaso precisar de ajuda para se ordenhar é só me chamar. – disse quando comecei a subir as escadas.

- Está me chamando de vaca? – perguntei parada no primeiro degrau da escada.

- Não. – disse apressado apoiando o telefone no pescoço. – Mas tecnicamente o nome disse é ordenha então... Oi... – ele colocou o telefone no ouvido. – Oi mãe, espera ai porque eu acho que fiz um comentário infeliz e a Bella vai me matar... – ele tirou o telefone do ouvido. – Desculpa... Eu durmo no sofá hoje. –

- É melhor a menos que queria que eu arranque as suas bolas. – ele voltou ao telefone.

- Oi mãe... Eu meio que a chamei de vaca, sem querer... Eu sei que você não me criou assim, escapou, já me desculpei... – ele falava com a mãe. – Agora ao que importa. Sim Bella aceitou e nós vamos daqui a dois dias, a senhora se importa em ficar aqui em casa essa semana, assim fica mais fácil já que está tudo aqui... – por que isso não me era surpresa, obviamente Esme sabia disso e provavelmente ele pretendia usa-la para ajudar a me convencer.

Eu havia arrumado apenas uma mala, uma mala grande, eram apenas uma semana, passaria rápido, e a deixei perto da porta. No dia da viagem foi quando eu tirei o leite e o guardei direito e Esme e Carlisle já haviam vindo para cá, Esme ficaria com as crianças enquanto Carlisle nos levaria ao aeroporto.

Foi horrível me despedir das crianças, principalmente de Sophia, para ela foi tranquilo, pois quando eu me afastei ela continuou tranquila no colo da avó, agora eu sabia como era ser trocada. Nós ficamos pouco tempo no aeroporto, até porque chegamos lá quase que em cima da hora, devido ao transito horrível durante o percurso e hora que saímos de lá de casa bem cedo. Enquanto Edward despachava as malas, ele me deixou em uma pequena livraria que tinha ali perto, ele não queria que eu visse para onde nós iramos, era surpresa e uma hora e meia depois que chegamos, nós partimos.

Ele insistia que não falaria nada até pousarmos e eu começava a me agoniar porque já estávamos daquela lata de sardinhas há dez horas e isso me agoniava, eu queria saber onde eu estava e como os meus bebês estavam, nunca mais deixo Edward me convencer a nada, mesmo que ele jogasse a carta do sexo. Finalmente onze horas depois que deixamos Toronto, nós pousamos e enquanto ele se virava para pegar as duas malas, eu tratei de ligar o meu celular e ligar para Esme, que riu do meu desespero e garantiu que Valentina e Sophia estavam muito mais do que bem. E depois de me acalmar e me aliviar, porque eu não era besta de ir ao banheiro dentro do avião – se o avião já era uma lata de sardinhas, imagine o banheiro. – nós saímos do aeroporto. Estava muito calor e eu precisei tirar meu casaco e o cachecol grosso e ainda desejava tirar o resto da roupa de tanto calor.

- Onde estamos? – perguntei erguendo as mangas de minha blusa.

- Aloha. – dei de cara com uma mulher usando cocos para cobri os seios e uma saia de mato e colocando uma lei rosa no meu pescoço. – Aloha. – ela disse colocando outra no pescoço de Edward.


- Obrigada. – disse.

- No Havaí falamos Mahalo. – ela explicou.

- Mahalo. – repeti e nós seguimos para fora, para pegar o taxi. – Você me trouxe para o Havaí? – perguntei enquanto esperávamos o táxi.

- Tecnicamente estamos em Maui, não é a ilha principal do arquipélago. –

- E desde quando Maui é perto de Toronto? – perguntei quase gritando e ele riu.

- Para de reclamar. – ele me deu um beijo rápido. – Quero ver se você vai reclamar mais tarde. – disse quando um táxi parou a nossa frente e após guardamos as malas e entramos no garro Edward disse o nome do hotel. – Four Seasons, por favor. – pediu ele começou a dirigir por lá e depois de mais meia hora ele parou em frente ao hotel.

Aquele lugar era a coisa mais linda do mundo, jardins bens cuidados entrada marrom com o nome no topo, ele era bem iluminado, o carregador apanhou nossas malas e seguimos para a recepção adentrando no hotel e passando por um enorme correr branco, e caminhando até uma enorme bancada com quatro recepcionistas e uma das recepcionistas nos atendeu.



- Caso queira algum passeio, nós temos diversos. – ela disse depois de fazermos o check in. Era divertido ver a recepção enfeitada para o natal com o sol que fazia do lado de fora. – Os senhores vieram na melhor época do ano, verão muitas baleias. –

- Obrigado. – Edward disse e nós seguimos para o quarto, Edward abriu a porta do quarto e ele não havia se contentado em reservar um quarto simples ou uma suíte pequena. Não ele alugou uma enorme, com direito a sala de estar, com moveis marrons e cor mostarda e com enormes janelas que davam vista para o mar, com direito a uma pequena mesa de café da manhã na enorme varanda e eu caminhei para lá, abrindo a porta, tinha alguns bancos e pufes e sofás por todo o comprimento da varanda e a vista era completamente deslumbrante, da parte do trás do hotel para a praia em frente e da enorme piscina e dos diversos restaurantes. Era completamente lindo. – Bella, venha aqui. – Edward me chamou e eu segui a sua voz até o quarto, com uma enorme cama de casal e mais uma porta que dava para mais uma varanda com também vista para o mar.






- Por que não me surpreende que você tenha vindo direto para o quarto? – perguntei sorrindo.

- Então não é surpresa o que eu vou falar agora... – disse abrindo a camisa. – Vamos tomar um banho e descansar um pouco da viagem. – ele tirou a camisa e estendeu a mão para mim. Tirei prontamente os meus sapatos e aceitei a sua mão, estava louca por um banho fresco. O banheiro era todo de mármore, com box com paredes de vidro, banheira e duas pias. Nós dois tiramos as nossas roupas e ele me puxou para dentro do box.


(...)

- Eu posso saber o que você está inventando? - perguntei enquanto caminhávamos pela areia fofa da praia, minhas sandálias estavam em minha mão livre e a outra segurava a de Edward e eu sentia a água morna tocando nos meus pés. Eu andava olhando para o chão, para a areia branca e a água cristalina que refletia a luz do sol e que banhava os meus pés.

- Você é a pessoa mais lerda que eu já conheci na face da vida. - bufei audivelmente chutando a água, bem na hora que a maresia veio do mar, fazendo com que algumas gotículas da água batessem em nós. Edward se posicionou a minha frente para que eu não chutasse a água de novo. - E esse é um dos grandes motivos para eu amar você. - sorri de lado e ele soltou a minha mão segurando o meu rosto. - Mas hoje você está de parabéns. - revirei os olhos. - Olha em volta e para você e tenta descobrir. - e eu olhei.

Ao meu lado direito o hotel que estávamos. Atrás tinha a extensão da praia que nós caminhávamos já há algum tempo e ainda era possível ver as marcas de nossas pegadas na areia fofa, mas as ondas do mar já haviam apagado mais da metade delas. A minha direita o mar, as nuvens brancas no céu que pareciam algodão doce que várias cores diferentes, devido ao sol que se punha, dando ao lugar toques de amarelo, laranja e até purpura, e bem afastada da praia uma barbatana de baleia para fora, isso não era estranho, segundo a recepcionista do hotel, nós iremos ver muito isso durante essa época do ano, e mesmo essa sendo a segunda vez que eu via uma baleia tão perto, ainda parecia inacreditável. E me olhei, eu trajava um vestido branco, simples, de alças e babados e um colar prateado, eu não me lembrava de ter comprado esse vestido, mas como minha mãe volta e meia comprava roupas para mim eu não liguei, e também não me lembrava de ter coloca-o dentro da mala, a verdade é que eu só vi esse vestido na vida quando Edward disse que era bonito e basicamente insistiu para que eu o colocasse e eu cedi. Mesmo assim eu ainda nada, olhei para ele ainda bem confusa e ele simplesmente deu um passo para trás.



- Não. - disse vendo o que ele "escondia" com o corpo. - Você não fez isso. –

- Eu fiz. - disse simplesmente.

Era um circulo enorme feito de lei no chão com dois homens ao lado, um com uma enorme concha em mãos e duas outras leis no braço e o outro tocava ukulele e cantava Somewhere Over the Rainbow. O que ele estava planejando? Olhei para ele e ele enfiou a mão no bolso e puxou uma caixinha preta.



- Você não vai...? –

- Vou sim... –


- Isabella Marie Swan, aceita se casar comigo? -

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