Pov. Bella.
Toronto - Canadá.
O médico cortou o cordão umbilical e a levou
para longe para poder limpá-la e fazer os primeiros exames. Depois que Sophia
nasceu minha mãe voltou lá para fora, para se acalmar e sentar um pouco e depois
a enfermeira me entrou Sophia enrola em uma espécie de cobertozinho branco e me
explicou como amamenta-la. Ela era linda e perfeita, tinha poucos cabelos que
pareciam castanhos, mesmo com aquela pastinha branca em cima, e grandes olhos
castanhos e ela já mexia as mãozinhas e eu dei um beijo em sua mãozinha
pequena.
- Você é o bebê mais lindo que eu já vi na vida.
–
- Também tendo você como mãe. – Edward comentou
passando a mão devagar na cabecinha dela.
Depois que Sophia terminou de mamar, a enfermeira
e levou para tomar banho e fazer o resto dos exames no bebê e eu só precisei
fazer um pouco mais de força para expulsar a placenta e após os pontos eu podia
descansar. E eu descansei, eu deitei na cama e apaguei.
(...)
Quando eu acordei de novo eu podia sentir que o
peso em minha barriga havia sumido e eu não sentia nada, absolutamente nada.
Abri os olhos e me encontrei no quarto do branco do hospital, a janela estava
fechada, porém a cortina estava aberta e eu pude ver que estava bem escuro.
- Bom dia mamãe. – virei o rosto e vi que Edward
estava sentado na cadeira com Sophia nos braços, que usava uma touca branca e
estava envolta em um cobertor branco. – Como se sente? – perguntou quando cocei
os olhos.
- Bem. Que horas são? –
- 5 horas da manhã. Você dormiu cerca de oito
horas. –
- Como ela está? –
- Ótima. Ela é perfeita, linda e mesmo eu não
conhecendo o Mike, ela não se parece nem um pouco com ele. Tem cabelos
castanhos e os seus olhos. –
- Mike é meio loiro. – expliquei.
- Então ela não se parece nem um pouco com ele.
Graças a Deus. – ela choramingou no colo dela. – Mamãe eu estou com fome. – ele
disse afinando a voz e eu sorri.
- Posso ir ao banheiro antes? – ele assentiu e
se levantou, colocando Sophia deitada no berço de paredes de vidros iguais ao
do berçário e me ajudou a levantar.
Depois que eu fui ao banheiro, lavei as mãos e
voltei para a cama. Edward me ajudou a me sentar novamente na cama e me deu
Sophia nos braços enquanto me contava onde nossas famílias estavam. Phil levou
minha mãe para casa depois que viram a menina no berçário e Esme também levou
Valentina para casa enquanto seu pai ficou para o plantão e que mais tarde
viria aqui para ver como eu estava, e que Esme levaria Valentina mais tarde
para vir ver a Sophia, já que ela acabou dormindo enquanto eu estava no
trabalho de parto.
Sophia sugava o meu seio com vontade, cheia de
fome e Edward continuava sentado na poltrona, com manchas roxas em volta dos
olhos, olheiras por não dormir, ele estava há quase dois dias sem dormir e se
bobear não dormiu quase nada enquanto eu estava dormindo, ele estava exausto.
- Me desculpe. – pedi e ele me encarou confuso.
– Eu gritei com você, xinguei você e mandei você para muitos lugares ruins. –
- Não mandou não. –
- Acredite que na minha cabeça eu mandei sim. –
ele riu.
- Não tem que se desculpar. –
- Vai dormir. Vai para casa e dorme. Eu vou
ficar bem. –
- Eu não vou a lugar nenhum sem vocês duas. Eu
estou bem. –
- Então, pelo menos, deita ali no sofá e dorme
um pouco. Depois eu a coloco no berço. – ele assentiu se levantando. – Me
atualize no tempo... Hoje é o seu aniversário não é? –
- É... – ele se aproximou da cama. – Mais
algumas horas e ela faria aniversario no mesmo dia que o papai. – disse
segurando a mãozinha dela enquanto ela ainda mamava.
- Bom... Isso significa que eu ganhei a aposta.
–
- E eu vou ser seu escravo pelo resto da vida. –
ele me deu um beijo rápido.
- Isso é tão bom... Agora, escravo, eu ordeno
que vá dormir um pouco. – ele sorriu.
- Sim minha lady. – balancei a cabeça sorrindo e
antes que ele pudesse se afastar o segurei pela gola da camisa, puxando-o e
fazendo-o se abaixar e dei um beijo rápido em seus lábios.
- Feliz aniversário. –
- Eu vou cobrar o meu presente daqui a quarenta
dias. –
- Pode cobrar. – ele me deu um beijo rápido e
deu outro na cabeça de Sophia e deitou-se no sofá.
Sophia acabou de mamar, e após eu me ajeitar e
ela arrotar, eu a deitei um pouco sobre as minhas pernas estendidas, segurando
sua cabecinha com a minha mão e olhando, pela primeira vez, direito para ela,
sem que ninguém ficasse em cima de mim querendo saber como eu me sentia, o que
eu achava e sem que eu estivesse cansada. Ela era o bebê mais perfeito do
mundo, ela ainda estava meio inchada, tinha o cabelo bem ralinho, apenas alguns
poucos fios cobrindo sua cabecinha, que era castanho bem claro, e grandes olhos
castanhos, iguais aos meus, como a minha mãe dizia: cor de chocolate derretido. E eles me encaravam de volta, tinha a
bochecha gordinha, e se continuasse seguindo a minha genética seria gordinha
até os quatro anos.
Ela era bem pequenininha, com dedinhos pequenos e
eu sentia volta de aperta-la. Levantei um pouco minhas pernas e ela encostou os
pezinhos cobertos pela meia em minha barriga ainda inchada e que ficaria assim
por um tempo, até onde eu sabia. Ela tinha as mãozinhas esticadas tentando
segurar meus dedos e eu aproximei a minha mão dela para que ela segurasse e com
a mão livre eu fiz coceguinhas em sua barriga e ela meio que sorriu com a
boquinha desdentada.
- Oi. – levantei a cabeça e vi que Carlisle
estava na porta do quarto e eu o chamei com a mão. – O teimoso não quis ir para
casa dormir não é? – perguntou baixo perto de mim.
- Não. E eu falei para ele ir. – comentei.
- Ele não queria lhe deixar sozinha e eu disse
que ficava de olho em você já que eu estou de plantão hoje, mas ele é muito
teimoso... Sempre foi. –
- Eu já havia percebido. – ele riu baixo para
não acordar ao filho. – Quer pegá-la? Aliás, é sua neta. –
- Mais uma menina. – disse pegando-a com
cuidado. – Agora com a sua entrada e a de Sophia na família, quase se
equilibram... Nós, homens, estamos na frente apenas por um agora. – ele
comentou sorrindo e eu não pude evitar sorrir junto. – Você está bem? Está sentindo
alguma coisa? Teve algum tipo de sangramento? – neguei. – Ótimo. Sabe que não
precisa ficar no quarto o dia inteiro, não sabe? –
- Eu sei, mas vou para onde? E quando vamos
poder ir embora? –
- Se tudo correr bem dentro dos próximos dias...
Sophia parece estar bem e você também, então talvez em um ou dois dias vocês recebam
alta. – ouvi um bip e ele, com cuidado pegou um Pager na cintura. – Eu tenho
que ir. – ele me entregou Sophia com cuidado.
- Uma pergunta... Eu preciso ficar com essa
camisola? – perguntei para ele. Ela deixa a minha bunda a mostra; emendei
mentalmente, obviamente.
- Pode colocar qualquer roupa, mas leve,
folgada... –
- Entendi. Obrigada. –
- Qualquer coisa pode chamar. – assenti e ele
saiu.
- Viu meu amorzinho, já conheceu um dos vovôs. –
disse fazendo coceguinhas em sua barriga e ela riu, ou parecia riso, mas no
meio dele acabou bocejando. – Vamos dormir meu amor. – dei um beijo em sua
testa e ninei-a por pouco tempo em meus braços e ela logo dormiu.
Como todo o cuidado do mundo, desci da cama e a
coloquei no berçinho e me afastei dele, andando de costas, até o armário, onde
Edward havia guardado as nossas costas, eu andava de costas porque essa
camisola de hospital deixava a minha bunda de fora e nunca se sabia quando alguém
fosse entrar no quarto. Rapidamente, peguei uma muda de roupa e dei mais uma
checada em Sophia e em Edward, ambos dormiam tranquilamente e eu corri para o
banheiro.
Tomei um belo de um banho morno, lavando meu
cabelo, que fedia devido ao suor do parto e me senti muito melhor ainda depois
do banho e coloquei uma calça de moletom larga e uma camisa simples e voltei
para o quarto, antes que Sophia acordasse e acordasse a Edward. Eram por volta
das 9h quando trouxeram um café da manhã e foi quando senti o cheirinho da
comida que eu percebi o tamanho da fome que sentia, até porque quase dois dias
vivendo a base de soro, a fome seria grande mesmo. E quando ela saiu após eu
terminar de comer, pediu para quando Sophia acordasse, para que eu a chamasse
para que ela me ensinasse a dar um banho no bebê.
Ela acordou um tempo depois e a enfermeira me
ensinou a ajudou a dar um banho nela e a trocar a frauda enquanto Edward
continuava dormindo. Era por volta de uma da tarde quando finalmente Edward
despertou, provavelmente todo duro e com uma baita dor nas costas por ter
dormido naquele sofá pequeno e duro.
- Bom dia flor do dia. – brinquei enquanto
ninava Sophia nos meus braços enquanto andava um pouco pelo quarto.
- Dormi muito? –
- É 1h da tarde. – respondi enquanto ele se
sentava e se espreguiçava.
- Deus... – ele olhou para mim. – Quem deixou
você trocar de roupa? –
- Seu pai. Ou esperava que eu ficasse aqui com a
bunda de fora devido aquela camisola? –
- Eu não ligo por você ficar com a bunda de
fora. – revirei os olhos. – Como se sente? –
- Ótima. –
- E o nosso bebê? – perguntou.
- Já tomou banho... Está limpinha, cheinha e
agora está recebendo carinho da mamãe. – disse com a voz fina e dei um beijo em
sua testa.
- Eu também quero carinho da mamãe. – fez
muxoxo.
- Então chame a sua mãe. – sorri.
- Não, eu quero carinho da mamãe das minhas
filhas. –
- Assim que ela dormir eu lhe dou um pouco de
carinho. – ele se levantou vindo até nós e deu um beijo na testa dela e um em
meus lábios e seguiu para o banheiro para tomar um banho. Sophia demorou um
pouquinho para dormir, e eu a deitei no berço ao mesmo tempo em que Edward
deixou o banheiro com outra muda de roupa e com os cabelos molhados.
- Aproveita, porque quando sairmos daqui ela vai
ficar muito tempo acordada e chorando. –
- Ela é um anjo. –
- Quero ver se você vai pensar assim quando ela
acordar às duas da manhã. –
- Vou, porque é você quem vai levantar. –
respondi me sentando no sofá onde ele dormia há pouco.
- Eu? –
- Você perdeu a aposta. – lembrei-o.
- Melhor de dois? – ele me encarou. – Deixamos
para o próximo. –
- Próximo? Querido, não vai haver próximo. –
respondi me lembrando do parto de Sophia. – Nunca mais. – ele se sentou ao meu
lado. – Não passo por isso de novo. –
- Eu quero um filho. – resmungou quando eu
coloquei as pernas sobre os seu colo.
- Tem dois. –
- Não. Tenho duas... Tenho duas meninas, agora
eu quero um menino. –
- Vai ficar querendo. Porque eu não vou passar
por isso de novo. – resmunguei. – Eu sofri. Muito. –
- Eu sei... –
- Não. Você não sabe o que é sentir a cada dois
minutos como se seus ossos quebrassem e depois ter que fazer uma puta força e
depois sentir rasgando tudo lá embaixo e sentindo isso por horas... Foram mais
de vinte horas sentindo isso e depois mais horas fazendo força e sentir tudo
rasgar, o que fez com que a dor anterior se tornasse uma caricia em comparação
aquela. – ele me encarava assustado e com os olhos arregalados. – E se por
acaso eu engravidar por acidente de novo, eu prefiro que abram a minha barriga.
Eu prefiro ficar dias de cama a ter que sentir aquilo de novo. – resmunguei.
- Tá... Tudo bem. – ele disse. – Faremos uma
cesárea na próxima. –
- Não terá uma próxima. Contente-se com a
Valentina e a Sophia. – resmunguei batendo em seu braço.
- Veremos. – disse segurando minhas mãos e me
fazendo deitar no sofá e ele deitou por cima de mim.
- Querido, qualquer mulher que for ter um bebê
seu... Será uma menina. –
- Não diga isso. Eu já surtava com uma, com duas
então... –
- Serão todas meninas. – disse de novo. Edward
se apoiava em suas pernas e em seus cotovelos, para que não fizesse peso em
cima de mim. – Para você aprender a parar de reclamar. –
- Eu não estou reclamando, estou apenas dizendo
que eu vou surtar quando certas fases começarem. –
- Quando o primeiro namorado aparecer... – ele
gemeu de desgosto. – Imagine quando Valentina for perder a virgindade e... –
ele calou a minha boca unindo meus lábios ao dele e se sentou, me sentando
sobre o seu colo, deixando as minhas pernas de lado, uma de suas mãos estavam
envolta de minha cintura e a outra em minha nuca. Quando nossos pulmões
imploraram por ar, ele terminou o beijo me dando um beijo suave nos lábios. –
Nunca mais diga isso em sua vida, minha filha vai morrer virgem. – disse com a
testa encostada na minha.
- Com certeza. – ironizei e ele me deu um beijo
rápido.
- Papai... – Valentina invadiu o quarto rindo e
com a avó atrás e eu me sentei ao lado de Edward e saindo de cima de seu colo.
- Oi meu bebê. –
- Mamãe. – ela escalou as pernas do pai até
chegar perto de mim.
- Pronto, agora ela não quer mais saber de mim.
– ele resmungou.
- Oi meu amor. – a peguei do colo de Edward e a
sentei no meu, dando um beijo estalado em sua bochecha. – Como você está? Está
se comportando na casa da vovó? – perguntei mexendo em seu cabelo ruivo e
solto.
- Estou mamãe. – a abracei forte.
- Oi mãe. – Edward disse e Esme se sentou ao seu
lado.
- Oi meu filho... O que está fazendo? –
perguntou quando o filho deitou a cabeça em seu colo.
- Quero carinho, mas fui trocado. –resmungou e
eu revirei os olhos.
- O dramático. – voltei minha atenção para a
Valentina. – Quer conhecer sua irmãzinha, meu amor? – ela balançou a cabeça
assentindo e fazendo seu cabelinho cor de bronze balançar. Com cuidado me
levantei do sofá com a Valentina no colo.
- Bella, não fique pesando peso. – resmungou
ainda com a cabeça no colo da mãe, enquanto a mesma mexia em seus cabelos.
- Eu estou bem. – rebati e caminhei com Valentina
até o berço. – Olha meu bebê, sua irmãzinha. – Valentina olhou para o bebê no
berço e para mim e do berço para mim, algumas vezes.
- Mamãe. – ela olhou mais uma vez do berço para
mim.
- O que bebê? –
- Ela parece um joelho. – reclamou fechando o rostinho
e eu ri.
- Ela ainda está um pouco inchadinha, meu amor,
mas dentro de alguns dias passa. – expliquei. – Mas ela é linda, igual a você,
bebê. – dei um beijo em sua bochecha. – E em alguns dias ela vai para casa. –
ela abraçou meu pescoço e olhou para a vovó e fez peso para ir ao chão e ela
foi caminhando até a avó.
– Vovó... Já viu minha irmãzinha? –
- Ainda não meu amor. –
- Então vem. – Valentina segurou a mão da avó e
a puxou para perto do berço, obrigando assim Edward a se levantar.
- Deus do céu. Minha filha me ignora, minha mãe
também e minha mulher só tem olhos pras meninas. – eu e Esme o encaramos.
- Que mulher? – perguntei o encarando.
- Você. – respondeu.
- Desde quando? – perguntei de novo e Esme riu
ao meu lado e ele bufou.
Esme e Valentina ficaram ali até anoitecer e
depois foram embora e essa noite Sophia ficaria no berçário com os outros
bebês. Edward que havia dormido a manhã inteira estava sem sono e eu não ficava
muito atrás, eu tinha que descansar, e eu sabia disso e também sabia que Edward
ficaria falando no meu ouvido depois o dia inteiro, mas isso eu não poderia
deixar isso passar. A noite estava um pouco fria por tanto eu peguei um casaco
fino na mala que havia trazido para o hospital, calcei minhas pantufas e puxei
Edward para fora do quarto, eu estava tendo um pouco de sangramento, mas
segundo a enfermeira era normal e ficaria assim por alguns dias, e quanto mais
eu descansasse, mas rápido passaria, mas depois eu descansava.
Puxei Edward até o refeitório do hospital, que
estava vazia e meio escura, aliás, já era bem tarde. Deixei Edward, que não
parava de reclamar, sentado em uma das cadeiras da vazia da e caminhei até o
caixa e comprei um cupcake de chocolate e perguntei se a vendedora tinha uma
velinha simples e ela tinha e eu peguei seu isqueiro emprestado e caminhei até
Edward de novo, ele estava de costas para mim, foram cinco tentativas até
conseguir acender o isqueiro e consequentemente a vela e coloquei o pequeno
cupcake na frente do Edward, ele era pequeno, mas o que valia era a intenção e
passei os braços por seus ombros.
- Faz um pedido. – disse perto de seu ouvido e
apoiando um pouco de meu peso em seus ombros.
- Acha que eu preciso de um pedido? – ele virou
um pouco o rosto me olhando. – Aliás, eu já tenho tudo o que eu quero. –
- Para de ser chato e faça logo um pedido. –
resmunguei e ele riu, e se voltou para frente, fechando os olhos e ficando
assim por alguns segundos até assoprar a velinha. – O que pediu? – perguntei
quando ele me puxou para o seu colo com cuidado.
- Segredo... Se eu contar não se realiza. –
tirei a velinha tosca de cima do bolo e afastei o papel do bolo.
- E talvez se você me contar, eu ajudo a
realiza-lo. – levei o cupcake até a sua boca.
- O que eu quero é que você descanse. – disse
antes de morder um pedaço.
- Não foi isso o que você pediu. – apontei
tirando um pedaço e comendo.
- Você nunca vai saber. – revirei os olhos e ele
mordeu outro pedaço.
- Mesmo você não merecendo pelo seu ultimo
comentário, prometo que no final de semana eu faço um bolo descente, até porque
você perdeu o seu aniversario inteiro aqui comigo e chama a sua família, já que
a sua mãe teve que cancelar o jantar que ela iria fazer. –
- Eu não considero um dia perdido. – ele deu um
beijo em meu ombro enquanto eu terminava o seu bolinho. – Mas agora você me
deve um filho homem. –
- Vá à merda Cullen. – resmunguei amassando o
papel do cupcake. – Nem me recuperei de um e você já está querendo outro, me
poupe. – ele jogou a cabeça para trás rindo.
- E outra... Acha mesmo que ela cancelou? –
- O que? Ela está fazendo um jantar para o
aniversário do filho, sem que ele esteja presente? –
- Não... Mas ela transferiu para domingo... Lá
em casa. –
- Por quê? –
- Porque ela disse que a Sophia terá poucos dias
para sair de casa e que será melhor lá, com o quarto dela e tal... E eu
confesso que eu parei de ouvir na metade na frase. – revirei os olhos. – O que?
Quando dona Esme começa a falar ela não para tão cedo, acredite, Alice é
igualzinha a ela. – balancei a cabeça rindo.
- O que eu fiz para merecer você, em...? –
perguntei rindo e ele me puxou para o seu peito e eu deitei a cabeça em seu
ombro.
- Resolveu fazer direito. – disse passando os
braços por cima de mim. – Se não tivesse entrado para a faculdade de direito,
nunca teria precisado arrumar um estagio em uma firma e não teria me conhecido.
–
- Para que fui fazer direito? – perguntei
brincando e ele riu me dando um beijo no topo da cabeça.
- Tudo bem mocinha, você ficou o dia inteiro
fora da cama e você tem que descansar isso se você quiser ir para a casa logo.
– disse dando uma tapinha de leve em meu braço para me fazer levantar e eu me
levantei de seu colo e ele se levantou junto comigo e nós caminhamos com a
cabeça apoiada em seu ombro e ele tinha o braço apoiado em minha cintura.
Nós chegamos ao quarto e após eu escovar os
dentes eu segui para a cama e Edward me ajudou a subir e se dirigiu para o
sofá, já que ele insistia em não dormir comigo na cama, por ela ser muito
pequena e que ele não queria me apertar. Ele desligou a luz e se deitou no sofá
e eu fiquei encarando o teto com o cobertor me cobrindo até a altura dos seios.
- Edward, está acordado? – perguntei depois de
alguns minutos.
- Estou. –
- Eu quero te fazer uma pergunta. –
- Manda. –
- Nós vamos batizar a Sophia? Você batizou a
Valentina? –
- Batizei porque minha basicamente me obrigou.
Toda a minha família é católica, mas apenas meus pais frequentam, mas ela
basicamente obrigou a todos os filhos a batizar os netos, e provavelmente ela
também vai nos obrigar a batizar a Sophia, mas se você não quiser... –
- Ninguém lá em casa frequenta a igreja, mas todo
mundo é batizado. –
- Então se quiser nós batizamos a Sophia, no
próximo mês ou quando ela tiver mais crescidinha. –
- Não me leve a mal, mas eu acho que eu não
quero que a sua mãe organize tudo... Principalmente levando em consideração o
chá de bebê. –
- Faz bem em não deixar... – ele riu.
- Mas eu acho melhor esperar até a minha mãe dar
a luz, falta pouco tempo para eles nascerem e eu não quero correr o risco de
fazer isso e no meio da cerimônia ela entrar em trabalho de parto. Seria
traumático. –
- Se não tiver presa, faz dos três juntos. –
- Boa ideia. – eu ainda falava com ele olhando
para o teto. – Acho que acabei com as férias da Tina. –
- Por quê? –
- Você prometeu que a levaria para o Havaí para
conhecer o Bob Esponja nas férias dela. – lembrei-o.
- Ela nem se lembra disso. Quer dizer, é bem
capaz dela lembrar, mas ela estava tão animada com o fato de ganhar uma irmã
que ela nem liga mais para essa viagem. E quando Sophia estiver um pouquinho
maior nós vamos. – antes que eu pudesse abrir a boca para falar alguma coisa,
ele me interrompeu. – Vai dormir Bella. – ordenou.
- Tem certeza que não quer dormir aqui? Esse
sofá é muito desconfortável. –
- Tenho sim. Eu estou bem, agora trate de dormir
e descansar... E não se atreva a sair desse quarto sem falar comigo, ouviu?
Você ficou o dia inteiro fora dessa cama e se depender de mim, você não tira
mais os pés daí. –
- Heil
Hitler. – disse e o ouvir rindo.
- Acho que
você tem um amor platônico por Hitler. – ironizou. – Ou é tem afinidade com o
nazismo. –
- Nem um e
nem outro. – resmunguei.
- Vai
dormir vai menina. –
- Boa
noite, Hitler. –
- Boa
noite, Eva Braun*. – me sentei na cama o encarando. (Eva
Braun – Esposa de Hitler, 23 anos mais nova que Hitler. Casou-se com ele no dia
29 de Abril de 1945 e se matou no dia 30 de Abril de 1945, ingerindo uma
capsula de cianeto, após Hitler ter se suicidado com um tiro na têmpora
direita.).
- Me chamou
de que? –
- Eva
Braun. Você me chamou de Hitler e eu te chamei de Eva Braun.
- E você
também concorda com: “um
homem extraordinariamente inteligente tinha que ter uma mulher burra e primitiva"? – ele se sentou no sofá e me
encarou. – Hitler dizia isso para ela, concorda com isso também? –
- Sinceramente? –
- Pense bem antes de responder... –
alertei. – Lembre-se que estamos no décimo quinto andar. –
- Sinceramente não. Não concordo com
isso. –
- E está dizendo isso por medo que eu te
jogue daqui de cima? –
- Não, mas porque eu realmente acho isso.
Para ser bem sincero eu sempre achei as mulheres mais inteligentes do que os
homens. – disse se deitando novamente.
- Pode me chamar de Eva à vontade, mas
tenha certeza de que... Primeiro eu nunca tentaria me suicidar para atrair a
sua atenção, não me rebaixaria e nem imploraria por casamento e nunca me
mataria só porque você se matou. E mande uma frase dessas para mim que eu
arranco as suas bolas. – alertei me deitando na cama de novo.
- Não sabia que Eva havia tentado se
suicidar para atrair a atenção de Hitler. –
- Duas vezes. Tiro de pistola e
comprimidos para dormir. –
- Isso é amor. –
- Isso é idiotice. Se você chama isso de
amor, já aviso que quero passar bem longe disso. – ele riu.
- Vai dormir, vai Isabella. – ordenou se
ajeitando no sofá e eu me ajeitei na cama para ir dormir.
(...)
Dois dias depois, finalmente, eu e Sophia
fomos liberadas para irmos para a casa e mesmo Edward não assumindo eu sabia
que ele também agradecia, se ele não agradecia com certeza a sua coluna
agradecia. Ele deveria estar todo moído de tanto dormir no sofá. Isso porque
ele queria, porque eu o mandei ir para casa diversas vezes e ele sempre se recusava
e não reclamava.
Edward tinha razão, quando Sophia
deitasse pela primeira vez no berçinho, aquele quarto estaria completo e foi o
que eu pensei quando a coloquei para dormir ali pela primeira vez. Ela estava
tão fofa e linda naquele berço que por mim eu ficaria a noite inteira ali a
olhando.
Alguns dias depois Edward chegou a casa
com a certidão de nascimento e obviamente eu não estranhei o fato de que no
nome do pai era o nome dele que constava e nem no sobrenome dela. Sophia Swan
Cullen. Não podia ser melhor. No domingo, como Edward previra, Esme fez um
jantar lá na casa de Edward para comemorar o aniversario do filho, pelo menos,
fora apenas à família e eu obviamente não estranhei o fato de que todo mundo
estava mais interessado em babar em cima de Sophia do que comemorar o
aniversario de Edward. Ele próprio estava mais preocupado em babar em Sophia no
que no seu próprio aniversario.
Eu me preocupei um pouco com Valentina,
ela era a mais nova na família e era a quem mais recebia atenção ali, mas agora
com a chegada de um bebê, o qual ela estava muito mais do que apenas animada do
que se sabe lá o que, ela poderia ficar chateada, já que agora não recebia
basicamente nenhuma atenção. Mas não, ela não parecia chateada e sempre ficava
perto da irmã e sempre que alguém queria ou insinuava que iria pegar algo para
Sophia ela corria na frente e pegava isso se não fosse muito grande ou pesado,
ou algo que pudesse machuca-la.
Antes mesmo do jantar, Sophia acabou
dormindo no colo de Ângela, o qual Edward também chamou do jantar, já que ela
era a minha única amiga naquele escritório e depois de eu e Edward conversarmos
um pouco, escolhemos Ângela e ele escolheu Emmett, seu irmão, para serem os
padrinhos de batismo de Sophia, e Rosalie nem reclamou.
Os dois meses de Sophia se passaram em um
piscar de olhos, ela volta e meia acordava de madrugada e Edward sempre
acordava e me acordava apenas se fosse para ela mamar, até porque ele tinha
mais experiência com bebês do que eu. E Edward trocava fralda melhor do que eu
também, até porque ele teve um bebê de verdade para praticar e eu só tive uma
boneca para treinar e uma boneca não se mexe enquanto está trocando a fralda.
Nós dois havíamos resolvido que o batismo
dela seria junto com os bebês de minha mãe que deveria nascer dentro de quatro
semanas e sempre que eu podia eu ia lá ficar um pouco com a minha mãe, mesmo
Phil tirando uma licença na escola para ficar com ela, porque, como Sue disse,
em uma gestação de gêmeos é normal os bebês nascerem antes de completar nove
meses e que a partir da metade dos setes meses eles poderiam nascer que seria
“normal”.
Sophia crescia perfeitamente bem e era
linda e Valentina adorava dizer que ela era a sua “boneca” viva e ela brincava
muito com a irmã, obviamente que comigo ou Edward perto e sem que ela pegasse a
Sophia no colo, mas ela mesma dizia que não via a hora dela poder pegá-lo no
colo. Sophia, quando estava deitada no berço, ou no carrinho, ou até mesmo no
colo de alguém, nós podíamos notar que ela ficava por alguns minutos encarando
suas mãos e segurando seus dedos, ela ainda era um pouco molinha e conseguia
manter por alguns segundos, a cabeça erguida, mas logo tombava para baixo de
novo e graças a Deus dormia a madrugada inteira, acordando apenas umas duas
vezes.
No dia 20 de agosto, basicamente dois
meses depois de Sophia nascer, foi o aniversario de quatro anos de Valentina e
ela escolheu uma festa com o tema de unicórnio. A verdade foi que ela pediu um
unicórnio de verdade, porém Edward conseguiu “negociar” com ela e ela desistiu
do unicórnio, até por que onde diabos Edward iria arrumar um unicórnio? Por uma
festa com o tema de unicórnio e ela poderia se fantasiar de unicórnio. A pior
parte é que ela queria que todo mundo usasse um chifre na cabeça.
Valentina insistia em se fantasia de
unicórnio, eu só queria ver se quando ela crescesse ela iria gostar de andar
para cima e para baixo com chifres na cabeça. E Edward que ama fazer as
vontades da filha arrumou uma fantasia de unicórnio, só queria saber se ele iria
gostar de vê-la saindo com essa roupa quando ela for maior de idade. Era um
collant rosa bebê bem claro, quase branco, de mangas compridas, com meia calça
branca e sapatilhas também brancas, e com alguns fiapos coloridos saindo da
base das costas, formando um rabo e os mesmos fiapos, das mesmas cores, saindo
dos punhos e dos tornozelos e eu fiz uma maquiagem bem fofinha nela e ela
colocou o arco, com um chifre grande azul brilhante, sobre a cabeça, por cima
do cabelo solto. E antes que eu pudesse ter feito algo, vi que Edward, que
havia ficado responsável de vestir Sophia, havia colocado um vestido rosinha
bem fofo, mas com um chifre no topo da cabeça, preso em um arco em também rosa
e com três flores, uma azul, uma branca e um rosa, presas sob o chifre e sob as
orelhas brancas. Se ela por acaso se machucasse com aquilo eu enfiaria aquele
arco em um lugar bem difícil de sair, e não seria na sua garganta.
A festa da Tina acontecia no quintal da
casa de Edward e tudo tinha o bendito chifre do unicórnio, até os cupcakes com
glacês coloridos, vá gostar tanto assim de unicórnio na Cochinchina. E na mesa
do bolo, toda decorada com tons claros, um enorme painel de um pequeno
unicórnio “caminhando” sobre um arco Iris, com cores diferentes do habitual,
mas deveria ser para combinar com o resto da decoração, e o bolo, que também
era colorido, tinha direito a rosas claras, olhos e um enorme chifre
dourado.
Minha mãe viria, ela havia confirmado
comigo na noite anterior, mas quando a festa começou minha mãe não deu as
caras. Eu estava preocupada, a festa corria e ela não chegava, eu ligava e ela
não atendia, eram por volta das 20h, à festa estava quase no fim e ela ainda
não havia aparecido. Eu estava prestes a largar a festa e correr até a casa de
minha mãe para saber o que havia acontecido quando Phil ligou, ele não disse
muito, disse apenas que estava tudo bem e que depois ligava de novo e encerrou
a ligação, sem dizer nada que pudesse me deixar menos aflita, porém Edward me
convenceu de que eu deveria continuar na festa e que se algo estivesse
acontecendo, Phil me diria.
À noite, quando todos haviam ido embora e
Sophia já dormia e Valentina corria pela casa elétrica, devido à quantidade de
açúcar que havia comido escondido, durante a própria festa e eu e Edward
estávamos completamente exaustos e loucos para dormir, ainda mais que agora que
o novo escritório de Edward estava pronto e ele seria inaugurado dentro de
alguns dias e ele ficava até tarde organizando os arquivos que haviam se
embaralhado todo durante o seu recolhimento das gavetas de Edward quando ele as
tirou do escritório de Aro.
Valentina só foi dormir por volta das
quatro da manhã, nem todo o leite da casa, que havia sido aquecido e dado a
ela, fazia com que o seu ritmo diminuísse e nós revisamos entre correr atrás
dela e separar a papelada, que já deveria estar pronto no final dessa semana. E
tudo piorou quando Sophia acordou com cólicas e agora, além de cuidar da
papelada, de Valentina com uma quantidade absurda de doces no corpo e Sophia
que não parava de chorar devido à cólica, Phil nos liga para avisar que minha
mãe deu a luz a Robert e Noah e ele não avisa nada, e ainda completa a frase
falando que na hora que ele havia me ligado foi quando minha mãe foi para a
sala de cirurgia, pois devido ao fato de que Robert tinha o cordão umbilical em
volta do pescoço e Noah estava sentado, ela teve que fazer uma cesárea, ela já
queria uma, mas quando ela soube das posições dos bebês, ela provavelmente não
ficou muito confiante.
E às cinco da manhã quando a cólica de
Sophia melhorou e Valentina começou a pegar no sono, e eu e Edward estávamos
completamente exaustos, nós partimos para o hospital e encontramos minha mãe
dormindo e Phil com o rosto colado no vidro do berçário. Robert e Noah tinham
que ficar no berçário e ver a mãe apenas na hora de mamar, já que eles ainda
tinham que ficar alguns dias a mais, além do previsto, internados, porque
nasceram quatro semanas antes da data prevista e mesmo Phil não nos dizendo, eu
podia sentir que Robert recebia mais atenção das enfermeiras, pois, pelo visto,
eles ainda não tinham noção de se o cordão umbilical apertado em volta do
pescoço dele tinha causado algum dano.
Valentina apagou no colo do pai por volta
das seis da manhã e foi quando a anestesia de minha mãe acabou de vez e ela
acordou, e a segunda coisa que ela ouviu, já que a primeira foi o medico
confirmando que ela e os bebês estavam bem, a segunda foi o esporo que eu dei
nela, por ela não ter me avisado. Ela não queria atrapalhar a festa da
Valentina e foi em cima da hora, fora a sua resposta, porém ela pediu
desculpas, por não ter pelo menos me avisado pelo telefone, pois ela sabia
muito bem que se fosse ao contrario ela enxeria o meu ouvido por meses e quem
sabe anos.
Robert e Noah ficaram quase que um mês no
hospital até finalmente ir para casa, Robert graças a Deus sem sequelas, e
quando Sophia completou quatro e eles dois, os três foram finalmente batizados,
e para complicar ainda mais a cabecinha dos três quando os mesmos crescerem: Eu
e Edward éramos os padrinhos de Robert, e a irmã e o cunhado de Phil seriam os
padrinhos de Noah, mesmo minha mãe não gostando muito disso. Santo Deus, essas
crianças vão ter as cabecinhas bem confusas quando crescerem.
Sophia se desenvolvia perfeitamente bem,
e adorava ficar rolando de lado para o outro quando Edward a deitava em nossa
cama e tinha a terrível mania de colocar absolutamente tudo na boca, o que
inclui o cabelo da irmã e os dedos das mãos dos tios. E ela já estava bem
acostumada ao meu colo, do pai e dos avôs, dos quatro, aliás, e do “colo” de
Valentina, já que Sophia sempre sentava no colo da Tina quando a mesma estava
sentada no sofá ou na cama. Porém, sempre que outra pessoa tentava pegá-la no
colo, que no caso eram os seus tios, ela fazia um escândalo e começava a chorar
até que eu ou Edward a pegássemos.
E depois que pegou a mania de rolar de um
lado para o outro, ela não parava mais, o que tornava a troca de fraldas e
roupas quase impossíveis de serem feitas, e Edward não ajudava muito já que vivia
atraindo a atenção dela com o seu chocalho, cujo chocalho quase foi parar
dentro daquele lugar onde o sol não toca nele. Não por uma nova invenção na
hora do sexo, mas porque ele estava me irritando com aquilo e por falar de
sexo, não havia nenhum. Valentina e Sophia ocupavam nosso tempo e o escritório
dele também e a noite, estávamos tão exaustos que ninguém pensava em sexo.
Emily aparecera para ver como estava
sendo a rotina na casa agora com um bebê e pelo visto suas opiniões foram as
melhores já que no final do mês teve a audiência e a juíza fora favorável a
Edward, dando a guarda para ele. Guarda compartilhada, Tanya podia vê-la apenas
quando Edward quisesse, deixasse e com ele presente, e ela não apareceu nenhum
dia durante os próximos dois meses.
Hoje seria o batismo dos três e a
roupinha que eu usei no meu batismo e que minha mãe havia guardado, servira
perfeitamente em Sophia e Esme presenteou Robert e Noah com as roupas que
Edward e Emmett usaram em seus batizados, e eu comecei a rir na porta da igreja
só de imaginar Edward usando um “vestido” de batismo. A igreja escolhida fora a
Igreja de St. Mary, ela era linda e simples com uma torre enorme, que subia da
mesma parede da porta principal do o topo pontudo quase preto, e que por uma
grande ironia do destino, era a mesma igreja onde Edward e eu fomos batizados.
Robert e Noah dormiam tranquilamente no
berço e Sophia estava no meu colo, bem acordada, trajando um vestido longo e
branco, de renda e com mangas de renda e ficava brincando com as mechas soltas
de meu cabelo enquanto nós esperávamos a hora do batismo, não viria muita gente
e para ser bem sincera, muita gente já havia chegado, faltava apenas os pais de
Phil que estavam presos no trânsito, e eu apenas espera que eles não demorassem
porque iria nos atrasar e muito e Esme ainda havia planejado um almoço na casa
do filho, que era a mais próxima da igreja.
Os pais de Phil, William e Elizabeth,
chegaram meia hora depois da hora marcada, agora faltava saber se era realmente
devido o trânsito, como eles falaram, ou se era porque eles não queriam vir, já
que Elizabeth não gostava de minha mãe, e ela já havia deixado isso muito bem
claro para nós e minha mãe pouco se importava com as opiniões da “bruaca”, como
ela mesma dizia. Às vezes eu me perguntava se ela já havia chamado à mãe dele
de bruaca na frente dele, e sinceramente conhecendo a minha mãe, ela havia
chamado, não só uma, mas diversas vezes.
A nossa sorte, fora que o padre só não
reclamou do atraso e nem cancelou a cerimônia porque Esme e Carlisle eram
frequentadores assíduos e fora ele quem batizara os três filhos e todos os
netos dos dois. Mas finalmente a cerimônia aconteceu e os três foram batizados,
por ordem de nascimento, Sophia, seguida por Robert e por último Noah e assim
que o batismo se encerrou seguimos para a casa de Edward, onde ocorreria um
almoço apenas para a família e infelizmente isso incluía a família de Phil,
bom, William e Fred, respectivamente o pai e cunhado de Phil, eram legais,
tanto comigo como para a minha mãe, infelizmente não podia dizer o mesmo de
Elizabeth e Daphne, respectivamente sua mãe e irmã.
Aquelas duas era como os cães do inferno,
obviamente eu tive a obrigação de convidar as duas para o almoço lá em casa, e
fazia isso por completa consideram a Phil, e ele mesmo sabia disso e agradeceu
pelo esforço que mamãe e eu fazíamos, ele sabia que nós quatro não nos dávamos
bem e fazia o possível para não nos juntar, entretanto ás vezes era impossível.
Esme havia dito que era somente um
almoço, mas quando nós chegamos lá, notamos que não seria apenas um almoço e
sim uma festa, com direito até garçom. Senhor, meu pai, controle essa mulher.
Tudo era branco, com detalhes de anjos na cor branca ou dourada, era bonito,
mas um pouco exagerado para tantas poucas pessoas.
No quintal, onde estava acontecendo à
festa, todo mundo aproveita o outono, não estava muito calor e nem fazendo sol,
estava com um clima e brisa agradáveis, um grande cercadinho onde os três bebês
dormiam, Edward estava com o pai de olho nos bebês enquanto eu corria atrás de
Valentina antes da mesma se entupisse de doce igual o dia de seu aniversário, e
quando fui leva-la ao banheiro do lado de dentro da casa, não pude evitar
esbarrar em Elizabeth e Daphne, que andavam pela casa, vendo tudo e comentando
e não pude evitar as ouvir comentando que eu havia dado o golpe da barriga em
um cara rico, e se não fosse à campainha tocando, eu teria brigado com elas.
Fora Edward quem abriu a porta, e eu não
gostei nem um pouco de ver que era Bree com a mãe, Casey. E Edward também não gostou
nem um pouco, já que ele havia deixado bem claro que não queria Bree ali de
novo.
- Eu sei do que nós conversamos Sr.
Cullen. – a mãe de Bree disse quando eu me aproximei deles. – E acredite que eu
estou completamente envergonhada pelo comportamento de minha filha, porém eu a
obriguei a vir aqui e lhe desejar os parabéns pelo batizado de seu filho, não pude
trazê-la antes, pois eu a havia mandado passar um tempo com as tias para que
ela melhorasse o comportamento. –
- Obrigado senhor Tanner. Bom, não querem
ficar um pouco? A festa vai acabar daqui a pouco. – perguntou e eu o olhei com o canto dos
olhos, qual era o problema dele?
- Não será possível, mas muito obrigada
assim mesmo, Sr. Cullen, mas eu tenho um compromisso. –
- Mamãe. – Bree disse com cara de santa. –
Será que eu poderia ficar? Apenas um pouquinho. – NÃO eu gritei mentalmente. –
Eu prometo que irei me comportar. – e sua mãe olhou para Edward, que ao invés de
negar concordou.
- Claro. – respirei e inspirei de
contragosto audivelmente e me afastei caminhando para o quintal, eu não iria
permitir que ela chegasse perto de Valentina, eu não havia acreditado nem um
pouco nessa nova pose de santa.
Tudo corria bem, eu mantive a Valentina o
máximo que eu podia longe de Bree e enquanto ela brincava com os primos ela nem
pensava em vir falar com ninguém e tudo estava perfeitamente bem até que um
grito esganiçado atraiu a atenção de todo mundo. Valentina havia tropeçado e
ralado o joelho. Eu rapidamente a peguei no colo e a levei para o banheiro para
limpar aquele arranhou e Carlisle veio comigo para ser havia sido mais serio ou
se ela havia machucado outra parte do corpo e quando depois do arranhão limpo e
da pomada para machucado já passada, ela saiu do banheiro no colo do avô que
falava que iria pegar um belo de um pedaço de bolo para ela.
- Bella. – minha mãe entrou no banheiro
desesperada e procurando em volta aflita.
- O que foi? – perguntei secando as mãos.
- Você está com Noah? –
- Eu? Não. Ele estava no cercadinho com Sophia
e Robert. – expliquei.
- Eu sei. E ai eu me afastei um pouco
deles e quando eu voltei ele não estava mais lá. E ninguém o pegou. –
- Mãe isso é impossível. Alguém tem que
estar com ele no colo, e ele não criaria asas e sairia voando do cercado. – eu a
puxei para o andar debaixo rapidamente e a algazarra havia se instalado ali.
- Ele não está lá em cima? – Phil perguntou
se aproximando de nós.
- Não. – minha mãe passou as mãos pelo
rosto. – Cadê o Noah? – perguntou ela ao vento desesperada e eu me aproximei de
Edward.
- Edward, cadê o Noah? – perguntei vendo
que ele estava com Sophia no colo que berrava inconsolavelmente e Esme tinha
Robert no colo e ele também berrava a plenos pulmões.
- Eu não sei, ele não está em lugar
nenhum. –
- Isso é impossível. –
- Bella, pega ela. – disse me passando a
Sophia.
- O que vai fazer? – perguntei.
- Ligar para a polícia, Noah sumiu. -
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