domingo, 3 de setembro de 2017

Capitulo Treze: Tudo x3.

 Pov. Bella.
Toronto – Canadá.
Sue nos encarava confusa, também até o mês passado nós dois praticamente enchemos a paciência dela para descobrimos o sexo do bebê e de repente quando ela finalmente consegue ver o sexo nós dois decidimos que não queremos mais. Era estranho, no mínimo. Nós explicamos que havíamos feito uma pequena aposta sobre o sexo e ela não questionou, apenas disse que havia imprimido o resultado e que nos daria em um envelope lacrado, e que caso decidíssemos ver, era preciso apenas o envelope.
Era uma tentação andar até o carro com aquele envelope em mãos, nós dois entramos no carro e eu joguei o envelope em cima do painel e nós dois ficamos estáticos olhando para o envelope pardo que parecia berrar: Me Abra! Me Abra! Me Abra! Maldita Sue, ela precisa ter nos dado esse papel? Ela poderia ter guardado aquilo apenas para ela.
Nervoso, Edward pegou o envelope e jogou dentro de sua maleta com vários documentos de clientes, e jogou a maleta para o banco de trás e ligou o carro. Nós estávamos saindo do centro de Toronto, quando ele recebeu uma ligação importante do escritório e teve que voltar imediatamente para lá e sobrar para eu ter que ir junto, eu não pisava naquele ambiente a mais de quatro meses.
Ele fora atender ao cliente e eu fui ver Ângela, a única com quem eu ainda mantinha contato aqui. Ângela meio que trabalhava para Edward, principalmente porque seu chefe estava de viajando a trabalho e provavelmente, bom, assim eu espero, ganhando um bônus por isso. E finalmente Tanya havia arrumado uma secretaria para si.
— Menina, você está enorme! – Ângela disse depois que me aproximei dela.
— Eu sei... E ainda faltam três meses. – ela acariciou a minha barriga por cima da blusa.
— Já sabe se vou ter um sobrinho ou sobrinha? –
— Não! –
— Ainda não conseguiu ver? –
— A obstetra conseguiu ver hoje, mas não queremos saber o sexo ainda. Só quando nascer. É meio que uma apostar que fizemos! – dei de ombros.
— O que veio fazer aqui? A coelha puta está aqui. – a encarei com a sobrancelha arqueada. – Tanya. – disse baixo.
— Ah... Eu tinha me esquecido desse apelido. – ela riu. – Mas Edward tem que atender a um cliente importante e como ele estava comigo no consultório... – dei de ombros mais uma vez.
— Que cliente? – perguntou confusa.
— Não sei... Ligaram para ele enquanto estávamos indo para casa. Não foi você? –
— Não. E eu estou cuidando da agenda dele, e ele não tem nenhum cliente hoje, ele havia pedido para desmarcar todos porque ele iria sair com você para resolver algumas coisas e ninguém ligou para cá em busca de marcar uma reunião ou para algo importante. –
— Então quem ligou? – perguntei confusa e ela deu de ombros.
— Olha quem voltou. – senti os pelos de minha nuca se arrepiar ao ouvir a voz da coelha puta. Ops... Quer dizer, Tanya. – O que veio fazer? – perguntou quando eu me virei de frente para ela, levando minhas duas mãos para a minha barriga, como se para proteger o meu bebezinho dessa víbora.
— Vim com o Edward. – respondi e pelo visto ela não esperava por isso. – Nós estávamos na obstetra vendo como estava a saúde do nosso bebê. – frisei bem o nosso.
— E como é que ele está? – perguntou se aproximando de mim sorrindo falsamente, mas tão falsamente que nem disfarçava, e com a mão estendida para frente, como se fosse para tocar em minha barriga. E eu me afastei, sem disfarçar também, para bem longe dela e de sua mão de víbora.
— Muito bem, melhor é impossível. – me virei para Ângela. – Está ocupada? – ela negou. – Vem comigo ao banheiro, estou apertada. –
— Claro. – Ângela se levantou e enquanto nós caminhávamos para seguirmos para o banheiro. Ao nos afastarmos da mesa de Ângela, na direção do banheiro, eu acabei tropeçando em algo e caindo sentada no chão. – Bella. – Ângela veio desesperada para o meu lado.
— Ops... Desculpe. – Tanya disse e saiu andando.
— Eu juro que eu vou sair largar esse escritório. – ouvi Edward reclamando alto enquanto saia de sua sala e Ângela me ajudava a ficar de pé. – Eu não aguento mais esse inferno. – ele parou perto de nós nos encarando. – O que aconteceu? – perguntou se agachando ao meu lado e me ajudando a levantar.
— Ela caiu. – Ângela respondeu.
— O que? – ele perguntou desesperado ao me ajudar a levantar.
— Eu não cai. – reclamei.
— Bom... É verdade... Ela não caiu. – Ângela disse ao nosso lado. – Tanya colocou o pé na frente e ela tropeçou, pelo menos caiu sentada. –
— Depois eu resolvo isso com a Tanya... Venha, vamos ao hospital. – o encarei.
— Para que? –
— Você está grávida e caiu. – disse o obvio.
— Eu estou bem. –
— Quieta. – ele disse serio. – Ângela, qualquer cliente novo que me ligar querendo marcar um horário, você diz que eu não trabalho mais aqui, e os clientes antigos, você me liga. –
— O que vai fazer? –
— Vou te levar ao medico, obviamente. –
— Não... O que você quer dizer com eu não trabalho mais aqui?
— Eu não vou voltar mais para esse inferno, me recuso a ficar no mesmo ambiente que essa mulher. – ele se voltou para Ângela. – Faz esse favor para mim? –
Ângela assentiu e ele praticamente me arrastou para a fora, me levando para o carro e me arrastando para o hospital e me levando para a emergência, não era nem uma emergência eu estava bem. O medico fez vários exames, à toa, porque eu estava completamente bem e eu sentia o meu bebê se mexendo, então nós estávamos bem.
— Acontece que ela é muito teimosa. – Edward entrou um tempo depois no quarto de hospital o qual eu estava deitada na cama, olhando para a parede branca e a televisão que passava uma novela mexicana qualquer. – Ela nem queria vir. – revirei os olhos.
— Ela é teimosa ou você que é exagerado demais? – o medico que entrava junto com ele retrucou e eu tive que rir.
— Viu?! Até o Doutor já percebeu que você é exagerado. –
— Ou ele percebeu ou sempre soube. – Edward resmungou e eu encarei confusa. – É o meu pai. – respondeu apontando para o medico ao seu lado. Tá que o Edward é bonito. E seu pai também é, mas seu pai não parecia quase nada com o filho. Possuía cabelos loiros e olhos azuis, e parecia que deveria estar mais em uma passarela do que dentro de um hospital.
— Ele é o seu pai? – perguntei chocada.
— É. –
— Tem certeza? –
— Tenho. –
— Desde quando? –
— Desde sempre?! -
— Não parece. Tem certeza mesmo que ele é seu pai? – perguntei e o Dr. riu.
— Isabella para. – parei.
— Bom, eu sou o Dr. Carlisle Cullen, claro que eu não queria conhecer a mãe do meu neto ou neta nessas circunstancias, mas alguém não te levou ainda para jantar lá em casa. – resmungou dando uma tapa na nuca do filho.
— Eu nunca fiquei sabendo de nada. – comentei e ele deu outra tapa na nuca do filho que resmungou.
— Marcaremos outro dia para que assim possa conhecer toda a família. – assenti.
— Posso ir para casa? – perguntei.
— Pode. – ele disse. – Você está bem, ou melhor, não apareceu nada de estranho nos exames e o bebê está se mexendo então você pode ir para casa, só tome cuidado para não cair mais e se por acaso notar a saída de liquido amniótico, sangramento, dor abdominal e intensa e ausência de movimentos fetais você me procura. - assenti e ele ajudou a descer da cama. – Cuida dela, Edward. –
— Pode deixar. Vou cuidar bem dela. –
— Apareça lá em casa, talvez assim nós conseguíssemos nos conhecer longe desse hospital. –
— Sim senhor. –
— Nada de senhor... – abri a boca. – E nada de doutor. Apenas Carlisle. –
— Entendi senhor... Quer dizer... Carlisle. –
Edward se despediu do pai e me levou de volta para a casa dele. Mais uma vez ele não me permitiu ir para a minha casa e usou a desculpa da Valentina e eu cedi indo para a casa dele para ficar um pouco com a Tina. Mais uma semana havia se passado e eu havia marcado de sair com a mamãe amanhã para começar a comprar algumas coisas, principalmente os moveis, principalmente porque faltava pouco para o meu bebê nascer e ele/ela precisava de um lugar para dormir. Edward havia levado eu e Tina para irmos comer pizza, em uma pizzaria de forno a lenha e depois que voltamos para casa ele a colocou para dormir e eu peguei o meu computador para começar a procurar por berços.
Edward veio para o quarto, sentando-se ao meu lado com uma garrafa de cerveja em mãos e começou a me ajudar a ver os moveis. Eu já havia escolhido algumas coisas e deixaria para ver melhor na loja amanhã com minha mãe. O que eu não conseguia encontrar era um bom e seguro berço para o meu bebê. E o fato de eu descartar os berços por um simples comentário negativo o irritava.
— Bella, dá para você parar de ler esses comentários? - resmungou ele do meu lado, bebendo um gole da cerveja enquanto eu lia os comentários daquele berço.
— Não. - reclamei. - Meu bebê vai deitar nesse berço e se tiver alguém falando mal desse berço eu não vou comprar. - bufou. - Olha... Esse aqui tem três comentários negativos, nem pensar, procurar por outro. - fechei a aba daquele berço e abri outro. - Seja um pai legal para a minha menininha e pega água para mim? - pedi e ele se levantou da cama resmungando que não seria uma menina e sim um menino, mas saiu do quarto. Esse berço que eu havia acabado de abrir a pagina era lindo, mas tinha um comentário negativo, então, nem pensar.
— Aqui. - ele voltou para o quarto com um copo d'água.
— Obrigada. - peguei o copo e bebi um gole colocando na mesinha de cabeceira ao meu lado. - Me diz uma coisa. Eu acho esses berços muito grandes, não vai caber o do meu bebê e dos gêmeos da mamãe lá no quarto. -
— Como assim lá no quarto? -
— Ora, o bebê obviamente vai morar comigo... Lá em casa... -
— Achei... Achei que você fosse morar comigo... –
— Por que eu moraria com você? – perguntei o encarando.
— Você está aqui há quase dois meses e eu achei que fosse ficar aqui para sempre. –
— Mas Edward, você praticamente está me mantendo aqui com a desculpa de cuidar da Valentina. – Mas eu tenho minha casa, com meu quarto, com as minhas coisas e com o quarto separado para o meu bebê. –
— Que você teria que dividir com os bebês de sua mãe. –
— É, mas pelo visto eu vou ter que colocar no meu quarto, porque esses berços são muito grandes e não vão caber os três no quarto e é bem capaz de não caber dois. – comentei encarando a tela do computador.
— Bella... – ele arrancou o computador de minha mão o fechando. – Eu já te contei o que eu sinto por você e você meio que disse o que sente por mim. Então por que ainda estamos nessa palhaçada de você querer voltar para casa? –
— Edward. Se eu não me engano, eu vim para cá porque a minha mãe foi viajar com o Phil e ela meio que me obrigou a ficar aqui e eu só continuo aqui porque você fica usando a desculpa, que ela não pode ficar sozinha enquanto você trabalha e olha que nem indo para a empresa mais, você está. –
— Isso não importa. O que importa é porque você quer voltar para casa, ao invés de ficar aqui. –
— E por que eu ficaria aqui? –
— Porque a Valentina quer você aqui. – o encarei com a sobrancelha arqueada.
— Valentina? –
— É. Ela está feliz com você aqui e já fala para todo mundo que você é a mãe dela. E te chama de mãe pelas suas costas. –
— Mas é apenas ela que me quer aqui? – perguntei ainda com a sobrancelha arqueada e sorrindo.
—Não, porra, é claro que não é apenas ela que quer você aqui, eu também quero cacete, é o que você quer ouvir? – suspirei.
— Edward seja sincero comigo e consigo mesmo... O que nós temos? – ele ficou olhando para o edredom pensando. – É sexo. – respondi para ele depois de alguns segundos.
— Não é só sexo. –
— Eu não disse que é apenas sexo, mas é sexo. – coloquei as mechas do meu cabelo, que haviam se soltado do rabo de cavalo frouxo, atrás das orelhas. – Portanto não tem motivos para que eu me mude para cá, e você vai poder ir lá a casa ver o bebê sempre que quiser e levar a Tina e a sua família e você vai poder sair com ela, eu não vou te afastar dela, não depois de tudo. –
— Ela? – me olhou com o canto dos olhos sorrindo. – Será um menino. –
— Não será um menino, será uma menina. A mãe sou eu e se eu estou falando que vai ser uma menina será uma menina. – bufei e ele continuou sorrindo.
— Vou conseguir te fazer mudar de ideia? –
— Talvez, se você decidir o que nós temos. – peguei sua mão gelada, já que ele estava agora pouco com a garrafa de cerveja em mãos. – Mas eu acho que agora você tem que decidir o que vai fazer da sua vida. Vai voltar ou não para o escritório de Aro? –
— Não. – ele se ajeitou mais perto de mim e apoiando a cabeça em meu ombro. – Segunda eu vou lá pegar as minhas coisas e começar a ver os transmites para abrir a um pequeno escritório para mim, não quero ficar mais lá. – encostei minha bochecha no topo de sua cabeça. – Eu já estava pensando em sair de lá há muito tempo e agora que Tanya está lá e apenas mais um motivo para que eu saia. –
— E quem foi o cliente importante que fez você voltar? – perguntei mexendo com os dedos dele. – Ângela disse que ninguém havia ligado para ela, para marcar um horário ou algo do tipo. – ele levantou a cabeça.
— Ele... Ele não ligou para ela, ligou diretamente para mim, era importante. – deu de ombros. – Vamos resolver uma coisa logo. – ele se levantou da cama, pegando dois blocos de papel dentro da gaveta de sua escrivaninha e duas canetas, pegou um baleiro de vidro, que ele tinha levado para o quarto quando Tina estava aqui vendo um filme conosco alguns dias atrás, jogando todas as balas na escrivaninha e voltando para cama.
— Resolver o que? –
— Bom, como você consegue ser mais indecisa que todas as mulheres da minha casa juntas, e olha que ninguém é mais indecisa que minha irmã, nós vamos escolher os nomes do bebê. –
— E quantos nomes o bebê vai ter? – ele revirou os olhos. – Por favor, nada de nomes compostos. – ele riu e me entregou o bloco.
— Escreve os nomes que você quer, de menino e menina e vamos sortear. – estiquei a mão para pegar o bloco e ele puxou de novo. – Se você escrever ai Daenerys Targaryen ai ou algum nome de deusa grega você vai ver só. – comecei a rir e ele me entregou o bloco. – Escreva todos os nomes que quiser, de menina e menino em três dois minutos. –
— Dois minutos? –
— Tudo bem, três. E não passa disso. – ele pegou o telefone e colocou o cronômetro para apitar em três minutos.
— Meu Deus, eu estou nervosa. –
— Isabella... Menos. É só escrever. – destampei a caneta. – Pronta. – neguei. – Agora. – ele apertou o botão do cronômetro e eu comecei a escrever os nomes que eu mais gostava, para menino e para menina. Eu havia escrito os nomes tão rápido que assim que o telefone apitou eu havia escrito vinte nomes, dez de cada. Depois que acabamos de escrever, ele pegou a folha que usei e começou a rasgar os nomes e dobra-los, colocando dentro da baleiro e fazendo o mesmo com os dele.
— E agora? – ele balançou o baleiro misturando os papeis.
— Pega um. – enfiei minha mão no baleiro, mexi mais ainda os papeis e peguei um. Ele pegou um também e deitou o baleiro na cama. – Abra quando eu contar até três... – assenti. – Um... – eu segurava as duas dobrinhas do papel com as duas mãos. – Dois... –
— Puta que pariu Edward, para de enrolar. –
— Três. – ele disse rindo e eu abri o papel. – Aivilo? – li o nome. – Que porra de nome é esse? Depois você reclama dos meus nomes mitológicos, isso nem mitológico é, que porra é essa? – ele não disse nada, apenas pegou o papel da minha mão, virando-o. - Ah Olivia. – Edward começou a rir. – Qual você tirou? –
— Diana. –
— Eu gostei de Olivia, mas Diana eu não sei e também não estou muito certa sobre Olivia. –
— Foi você quem escreveu Diana. – me lembrou.
— Eu sei, mas agora que você falou Diana, eu me lembrei de um filho de terror que vi a algum tempo onde o fantasma tinha esse nome e eu não acho que seja uma boa ideia. – ele jogou a cabeça para trás rindo.
— Tudo bem, espera ai. – ele levantou da cama e voltou com duas latinhas onde ele colocava as canetas e jogou a Diana em uma lata. – Está em duvida com Olivia? –
— Sim, pode ser, mas pode não ser ainda não sei. –
— Tudo bem. – ele jogou Olivia em outra lata. – De novo. – ele voltou a estender o baleiro com os papeis e eu mexi e peguei outro e ele pegou também, e nem contou já foi logo abrindo. – Peguei um de menino... Michel. O que acha? – neguei.
— Nome do ex- namorado da minha mãe e eu nunca fui com a cara dele. – ele jogou o papel dentro da latinha do não. – Peguei uma menina... Catherine... – parei para pensar. – Talvez. – joguei o papel na lata do talvez.
Eram por volta de uma da manhã e tinha quatro papeis com nome em cima da cama, dois de meninas, Sophia e Chloe e dois de menino Arthur e Gabriel. Edward comentou que seria bom se tivéssemos dois meninos, porque assim ele colocaria o nome de um de Arthur e outro de Lancelot, ai Arthur só teria que se apaixonar por uma mulher chamada Guinevere, então Lancelot rouba Guinevere de Arthur e contrariando a historia os dois lutam até a morte por ela. Ele sugeriu isso de um jeito tão calmo que eu ate pensei que ele tivesse brincando, mas a cara dele dizia que ele estava falando serio e eu achei melhor ignora-lo.
Nós não conseguíamos decidir entre um nome, bom no caso dois, como nós não saberíamos se seria menina ou menino, nós precisaríamos de dois. Céus isso é mais difícil do que eu imaginava, como é que ele havia conseguido escolher o nome de Valentina sorteando apenas uma vez. Nós estávamos desde as dez com isso e até agora nada. Eu ainda pensava se tinha feito errado em descartar os outros nomes.
Eu estava sentada na cama, com as pernas dobradas e encarando o nome, com as mãos na barriga, falando o nome alto para ver se assim o bebê dava algum sinal de que havia gostado do nome, mas ele se mexia todas às vezes, esse aqui seria mais indeciso do que a mãe. Mas já havia me decido, seria Sophia ou Arthur, e não, eu não havia escolhido Arthur devido à teoria imbecil de Edward, mas sim porque eu gostava da lenda do Rei Arthur.
— Edward. – o chamei para avisar que havia decido sobre o nome e ele não respondeu. – Edward. – o chamei de novo dando umas tapinhas em seu braço ainda encarando os nomes. Virei o rosto e vi que ele dormia. – Edward! – gritei, ele que havia inventado isso então ele iria com isso até o fim.
— Que? Oi? O que foi? –
— Você dormiu. Acorda. Acho que me decidi. –
— Finalmente. – resmungou bocejando e se ajeitando na cama.
— Pare de reclamar foi você quem inventou de ver os nomes agora. –
— Tudo bem, desculpe. Decidiu-se por qual? –
— Sophia e Arthur. – o encarei. – Não, não escolhi o Arthur por causa de sua teoria estapafúrdia. Mas sim porque eu gosto da lenda do Rei Arthur. –
— Mas... –
— Mas eu não tenho certeza ainda. – choraminguei e ele colocou as mãos no rosto. - Ninguém mandou você inventar isso aqui. – reclamei. – Se eu pensar em outro melhor eu posso mudar? –
— Pode, se você pensar antes do bebê nascer. –
— Tudo bem. Então por enquanto, serão esses. – descartei o papel de Chloe e Gabriel.
— Outra coisa que você tem que decidir. – o encarei. – Quando será o chá de bebê? –
— Eu não quero um chá de bebê. –
— Por quê? –
— Vou convidar quem? Minha mãe, Phil, Ângela e sua família? Não vai dar nem dez pessoas. –
— Tecnicamente vai dar... Meus pais são dois. Minha irmã, com o marido e dois filhos são quatro. Meu irmão com a esposa e três filhos são cinco. Ai já são Doze. Com sua mãe e Phil a lista já vai para quatorze, com a Ângela vai para quinze, dezesseis comigo e dezessete com a Valentina. – ele me encarou. – Então se você tivesse dito que não daria nem vinte pessoas, eu até concordava... E tem também os amigos do meu pai que eles sempre convidam para puxar um pouco o saco deles, eles negam, mas é a verdade, já que meus pais não o suportam mas mesmo assim eles estão em todas as festas e etc. Então você meio que terá que fazer uma. – bufei. – Entretanto posso ver com a minha mãe se ela faz algo pequeno e simples, ela não sabe o que significa pequeno e simples, mas eu explico não se preocupe. –
— Como você não pretende mais voltar ao escritório e como falta pouco tempo, eu acho que nós precisamos começar a ver as coisas para comprar. Eu iria com a minha mãe, mas como você quer fazer parte de tudo. – dei de ombros.
— Amanhã nós damos uma volta pelo shopping. – assenti. – Agora vamos dormir, e você tem que dormir direito. Anda vamos logo. – ele me puxou pelos ombros, me fazendo deitar e desligando as luzes.
No dia seguinte, após deixarmos a Tina na creche nós fomos para o shopping atrás de uma loja de moveis que eu havia escolhido. Obviamente eu liguei para a minha mãe que foi se encontrar conosco lá no shopping, ou Edward achou que eu teria uma design de interiores dentro de casa e não usaria?
Minha mãe e Edward iam sempre contra as minhas sugestões ou ideias, então eu simplesmente disse o que não iria aceitar, como por exemplo: os berços que eu havia vetado noite passada e fiquei apenas seguindo os dois enquanto eles conversavam sobre o que deveriam comprar.
Nós ficamos quase que o dia inteiro no shopping, saímos de lá no meio da tarde na hora de ir buscar a Tina na escola e minha mãe foi para casa. Os moveis ainda demorariam um tempo para chegar e eu esperava que minha mãe tivesse colocado o endereço lá de casa, porque se deixar por Edward, o bebê fica na casa dele. Bom, ele poderia montar um quartinho na casa dele, assim caso acontecesse algo e tivesse que dormir ali, já teria um quarto montado, mas ai teria que comprar dois de cada...
Eu havia ficado encostada no carro enquanto Edward ia buscar Tina no meio daquelas mães loucas... Gente, daqui a três meses eu serei uma mãe louca. Quando ele voltou com a baixinha no colo, ele não voltou sozinho, uma mulher ruiva veio à tira colo, e ela segurava um menininho pela mão que vinha andando ao seu lado. Ela parou e colocou a mão livre no ombro de Edward que ria de alguma coisa que ela havia dito e eu não pude deixar de fechar a cara e cruzar os braços.
— Mamãe. – Tina disse a me ver encostada no carro e eu pisquei os olhos algumas vezes me tocando sobre o que ela havia dito. Eu sei que Edward havia dito que ela me chamava de mãe pelas costas e essa fora a primeira vez que ela falava em voz alta. Ela esticou os bracinhos para mim e a pela primeira vez a mulher me viu, me encarando com raiva.
— Oi bebe. – me aproximei deles e peguei-a no colo, ganhando um olhar reprovador, que eu ignorei sem pensar duas vezes. Apertei o narizinho dela e ela riu. – Vamos querido? – perguntei e Edward me encarou com as sobrancelhas arqueadas. – Nós três estamos com fome. –
— Três? – apontei para mim, para Tina e para a minha barriga. – Vocês sempre estão com fome. –
— Então nos alimente papai. – Valentina choramingou em meu colo e eu comecei a rir.
— Vamos... Tchau Emily. –
— Tchau Edward. – ela disse me olhando com raiva e eu simplesmente me virei com Tina em meu colo e me aproximando do carro.
Edward veio logo atrás e abriu a porta dos fundos, pegou Valentina do meu colo e a colocou na cadeirinha, e eu entrei no banco do motorista. Ele dirigiu para uma cafeteria ali perto e nós nos sentamos em uma mesa afastada. Se Edward vai realmente assumir o meu bebê, eu iria controla-lo muito bem, pois mais uma vez ele comprou bolo de chocolate e refrigerante para Valentina. Eu só não iria reclamar agora porque eu estava comendo a mesma coisa, mas depois eu reclamaria. Edward que estava sentado a minha frente estava com os dois braços apoiados na mesa e me encarando.
— Que foi? – perguntei colocando um pedaço de bolo na boca.
— Vamos querido? – ele repetiu o que eu havia dito na porta da creche e eu dei de ombros. – Ciúmes? –
— Ninguém vai dar em cima do pai do meu filho. – ele riu.
— Ela não estava dando em cima de mim, Emily é mãe do amiguinho da Tina, nada demais. –
— Eu gosto da tia Emily... Ela é uma vadia legal. – Valentina disse simplesmente colocando um pedaço de bolo na boca.
— Valentina Cullen. – Edward lhe chamou a atenção. – Não fala isso. –
— Por que? – perguntou chateada.
— Porque é uma palavra feia. –
— Onde você ouviu essa palavra? – perguntei. O maior problema era onde ela tinha dito. Eu havia dito essa palavra de vez em quando enquanto morava na casa de Edward, mas nunca disse perto dela.
— Com a tia Bree. –
— Quando a Bree falou isso. –
— Desde que ela foi embora, ela ia me visitar de vez em quando e ela falava que a tia Bella é uma vadia. – arregalei os olhos. – Mas ela falava sorrindo, achei que fosse um elogio. –
— A Bree disse o que? – Edward perguntou como se não tivesse entendido.
— Que a tia Bella é uma vadia. – olhei feio para ele.
— Filha olha para o papai. Solta o garfo e olha para mim. – ela largou o garfo e o encarou. – Nunca mais repita essa palavra. É uma palavra feia e você é uma menina muito bonita e meninas bonitas não falam isso. Entendeu? – ela assentiu. – E não repete mais o que a Bree disse, para ninguém. –
— E eu não quero você mais perto de Bree. – emendei por Edward.
— E você não vai mais voltar a ver a Bree. – Edward concordou comigo. – Estamos entendidos? Já estou te avisando e assim que chegar a casa vou falar com Bree e com a mãe dela sobre o que ela ficava falando para você. Se eu souber que você voltou a ficar perto dela de novo você fica de castigo. – Tina assentiu.
Tina havia ficado chateada, talvez por ser repreendida pelo pai ou por ter dito a palavra feia, eu queria pegá-la no colo e aperta-la muito, mas se eu fizesse isso ela poderia achar que isso tirava tudo o que o pai havia dito, e eu não poderia tirar a autoridade dele. Portanto eu me limitei apenas em fazer um cafuné rápido em sua bochecha.
Mais tarde, assim que nós chegamos a casa, Edward resolveu ir conversar com Valentina, ele queria sabe de tudo que Bree falara na frente da Tina para saber se ela havia dito mais alguma palavra feia em frente à menina, e sim ela havia dito uma coisa pior que a outra e bem irritado, ele foi conversar com a garota e com a mãe dela. Eu não sabia qual era o problema dessa garota que ficava falando esse tipo de coisas na frente de um bebê.
Edward voltou um tempo depois e disse que reclamou com as duas, com a Bree e com a mãe e disse que não a quer mais aqui, nem para ver a Valentina.
Duas semanas depois Edward chamou minha mãe e Phil para irem jantar lá em casa... Quer dizer, na casa dele e ela ficava enchendo a nossa paciência querendo que nós falássemos qual é o sexo do bebê e que assim todo mundo ganhava de um jeito bem simples, eu me casava com ele e com isso ele se tornaria meu “escravo” para sempre e eu não evitar cutucar o Phil com isso e ele ficou encarando a minha mãe com o canto dos olhos, mas mesmo assim nós não mudaríamos de ideia.
Alguns dias depois Edward disse que nós iriamos sair, e me presenteou com um belo vestido vermelho de mangas compridas e que ia até um pouco acima dos meus joelhos com algumas estampas na cor branca, vermelho mais escuro que parecia ser em formato de corações. O vestido era bem bonito. Mal terminei de me vestir e ele apareceu no quarto com uma faixa preta em mãos.
— Para que isso? – perguntei.
— Vendar seus olhos. – disse simplesmente.
— Para que? Uma nova versão de Cinquenta Tons de Cinza só que com gravidas? – perguntei e ele riu.
— Só pare de reclamar. –
— Não vai me fazer descer escadas com isso, vai? –
— Acha que eu sou idiota? – perguntou vendando meus olhos.
— Quer mesmo que eu responda? – rebati. Eu sabia que era uma pergunta retorica mais não poderia deixar isso fugir, eu tinha que cutucar, senão não teria graça.
Ele amarrou a venda atrás de minha cabeça e foi me guiando para algum canto da casa devagar. Ele sabia que eu era desastrada, agora com uma barriga enorme e em cima de saltos, não tão altos, provavelmente eu estaria pior ainda. Ouvi uma porta abrindo e Deus do céu, ele realmente está querendo fazer uma versão de Cinquenta Tons de Cinza com gravidas?
— Pronta? –
— Sinceramente estou com medo do que vou quer quando abrir os olhos. – fui o mais sincera possível e mesmo não vendo nada eu sabia no fundo do meu coração que ele havia revirado os olhos.
— Pelo amor de Deus fica quieta. – pediu rindo e tirou a venda dos meus olhos.
Eu estava parada dentro de um dos quartos da casa de Edward que fora meticulosamente arrumado. Ele era lindo. O teto estava pintando de azul bem clarinho com algumas nuvens pintadas, parecia até papel de parede, porém ainda se podia sentir o cheiro de tinta, bem fraco, mas eu conhecia sentir. Na grande janela, tinha um pequeno banco embaixo dela de madeira branca com alguns bichinhos de pelúcia em cima dela e a cortina da mesma janela era da cor do teto, com alguns tons de rosa bem claro. No canto próximo a janela um berço de madeira clara, e o berço já devidamente montado e em cima dele alguns pássaros, que eu acho que eram patos ou gansos “voando” em cima do berço. E ao lado, encostado a parede um abajur alto com o chapéu branco com bolinhas avermelhadas. Perto do berço tinha uma poltrona cinza e amarela com um pequeno pufe em frente e encostado, a parede, próximo à porta, um guarda roupa branco, com alguns “matos” em cima dele. E na parede oposta uma cômoda e um trocador.
Aquele quarto havia ficado lindo. Obviamente eu não havia pensando em como ficaria arrumado na minha cabeça, mas sinceramente, este aqui está muito mais bonito do que qualquer coisa que eu poderia ter imaginado. Obviamente isso era obra de minha mãe. Eu olhava para tudo embasbacada, precisava piscar e quase me belisquei para poder ter certeza que estava realmente vendo aqui e sim, eu estava. Virei-me vendo Edward e o encontrando encostado a porta do quarto.
— Como? – perguntei. Como ele havia arrumado tudo isso sem que eu percebesse?
— Quando eles trabalhavam, eu te tirava de casa. –
— E o cheiro de tinta? –
— Por que você acha que eu vivia comendo dentro do quarto. –
— O fato do quarto do bebê estar montado aqui significa que você decidiu o que nós temos? – perguntei temendo saber qual seria a resposta.
— Sim. –
— Então? – perguntei após um tempo dele em silencio. Ele não respondeu nada apenas enfiou a mão no bolso e puxou, porém antes que ele conseguisse tirar toda a mão no bolso Valentina entrou no quarto correndo, trajando um vestido com a saia cor de mostarda e a blusa branca, com finas listras pretas e um casaco de croché por cima e sapatos marrons claros.
— Papai nós vamos nos atrasar. – tirou a mão do bolso vazia e a pegou no colo, já que ela havia se jogado no colo do pai. – Esse vai ser o quarto do meu irmãozinho ou irmãzinha? –
— Vai meu amor, o que achou? –
— Gostei. –
— É. Ficou lindo. Mas agora nós temos que ir, você tem razão. – ele colocou a filha no chão. – Venha, depois nós conversamos. –
Nós descemos e entramos no carro, mesmo estando no final do inverno ainda estava bem frio, portanto antes de sair de casa eu coloquei meu casaco. Eu não sabia para onde iriamos, mas pelo menos eu estaria aquecida. Edward não dirigiu muito e logo parou em frente a uma bela casa. Branca de dois andares, com algumas finas pilastras de estilo romano e muitas, muitas janelas espalhadas pela fachada da frente, a casa era linda. Ele parou o carro e me ajudou a descer do carro e assim que Valentina desceu também, saiu correndo para dentro de casa, como se já conhecesse o lugar e eu encarei Edward confuso, para onde ele havia me trazido?
— Eu juro que pedi para que ele fizesse o mais simples possível. –
— Não! –
— Desculpe. – se eu pudesse eu sairia correndo, mas eu não podia, até porque não tinha para onde eu correr e se eu corresse iria levaria um belo de um tombo o que não me parecia uma boa coisa.
Entretanto, provavelmente ele percebeu a minha intenção de sair correndo dali e me arrastou para dentro da casa, me guiando para um enorme espaço, fechado, com uma enorme parede de vidro que dava para o quintal ainda branco pela neve, que estava todo decorado de amarelo, branco e azul. Um enorme painel escrito Sophia’s or Arthur’s Daily Treat pendurado em uma das paredes com uma mesa embaixo muito bonita e enfeitada.
— É isso o que a sua mãe chama de simples? – perguntei.
— Não reclama que poderia ser muito pior. Acredite. Dona Esme não faz nada simples. Pelo menos só tem a família aqui. – pelo menos eu não podia reclamar, não tinha muita gente, e do escritório, apenas Ângela.
— Bella. – Esme veio na minha direção com os braços abertos e sendo seguida por algumas pessoas. – Edward pediu para que fizesse algo pequeno, espero que tenha gostado. –
— Está lindo Esme. Obrigada, muito obrigada mesmo. –
— Fico contente por ter gostado. Venha, quero lhe apresentar umas pessoas. –
— Tio Edward... Tio Edward... – uma menina, talvez um ou dois anos mais velha que Valentina, com os cabelos escuros se jogou no colo de Edward.
— Oi bebê. – Edward disse, pegando-a no colo e lhe dando um beijo na bochecha.
— Bom Bella. O meu marido você já conhece, portanto fale com ele depois. Esses são meus filhos. Emmett, o mais velho, com a esposa Rosalie e os filhos Chris, Noah e Charlotte, a que está no colo de Edward. – ela apresentou e passou para o outro. – E esta é minha filha Alice, o marido Jasper e os filhos John e Steven. –
— Quanto neto. – foi à primeira coisa que eu pensei. – A senhora é muito nova para ter seis netos. –
— Seis e meio. – Edward disse do meu lado.
— É seis e meio. – concordei e eles riram. Esme pediu licença e foi correndo até o marido e após a irmã e a cunhada de Edward me receberem, também se afastaram com os filhos, deixando-me sozinha com Edward, Emmett e Jasper.
— Então, Edward. – Emmett começou enquanto eu caçava minha mãe, que pelo visto ainda não havia chegado e Ângela que havia sumido de vista. – Como anda o seu caso contra Tanya. – mas rapidamente minha atenção fora toda para Edward. O que o irmão dele queria dizer com caso contra Tanya?
— Obrigado idiota. Ela não sabia. – Edward resmungou e o irmão sorriu arteiramente e saiu de fininho puxando o cunhado junto.
— Do que ele está falando. –
— Nada, deixa isso para lá. –
— Fala. –
— Bella... –
— Ou você fala ou eu vou para casa. – ameacei.
— Eu vou matar o cabeçudo. – resmungou porem suspirou derrotado. – Tanya entrou em uma ação judicial contra mim. Ela está tentando pegar a guarda da Valentina. -

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