quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Capítulo 04


Salém, Massachusetts.
29 de Outubro de 2018.

Pov. Bella.

A pontada na cabeça era absurdamente forte e a apito em meus ouvidos também, tanto que me deixava surda. Levei as mãos até a cabeça, em uma vaga tentativa de diminuir ou aplacar a dor. Mas ela parecia ficar apenas pior e o apito mais forte. Que diabo era isso, eu nunca havia sentido algo assim em toda a minha vida. Eu sentia como se um grito rasgasse meu peito e se tornasse mais forte conforme a tudo se tornava mais forte e sem aguentar mais, deixei o grito sair e abri os olhos.

Eu não estava mais em meu sótão com Edward ao meu lado. Eu estava em um casebre de madeira velho, com as paredes começando a serem consumidas pelas chamas. Eu estava ajoelhada no chão, usando nada mais que uma bata suja, com alguns rasgões na barra da saia, e toda manchada de sangue. Eu sentia todo o meu corpo doer, eu olhei para minhas mãos, braços e pernas e eles estavam machucados. As solas de meus pés estavam sujas de sangue e lama, e meu corpo doía absurdamente, porém, a maior dor era a que eu sentia em meu peito, como se algo se quebrasse dentro dele.

Eu me virei para frente e vi um corpo de homem no chão, com a garganta cortada, o sangue não escorria mais, todavia eu podia vê-lo completamente sujo de sangue. Seu rosto estava pálido com alguns pontos arroxeados, como no canto dos lábios e ao redor dos olhos e mais alguns pontos pelo corpo. Eu me aproximei um pouco para ver o rosto com mais facilidade devido a fumaça que tomava conta da casa, e pude ver seu rosto.

Eu reprimi um grito ao ver o rosto de Edward ali naquele corpo, seus olhos verdes estavam abertos e vagos. Outro crepitar do fogo atraiu minha atenção, mas dessa vez para um espelho a minha frente. Lá, eu observava o meu reflexo e o reflexo do corpo de Edward, a diferença era que o meu reflexo se mexia no espelho, eu estava parada, mas ela se mexia. Sua boca se mexia como se ela falasse algo. Ela/eu deu um beijo na testa de Edward e puxou um punhal da mesa ao meu lado esquerdo, e falando algo ela cortou a palma da mão, e seu sangue caiu no chão, sobre o sangue de Edward.

- Não. – gritei.

- Bella... Hey, Bella, calma... – eu abri os olhos, que não sabia que estavam fechados e dei de cara com Edward me encarando assustado. Eu estava ofegante, olhava em volta e estava em meu sótão. O camafeu que ele havia me entregado estava jogado no chão. – Calma. – ele estava bem perto de mim e me abraçou forte, dando um beijo em minha testa. – Calma. –

Ele me deixou em quieta enquanto eu acalmava meu coração que batia descompassadamente. Edward estava basicamente sentado no chão e eu em seu colo, ele mexia em meu cabelo enquanto falava baixo em meu ouvido, algumas coisas para que eu me acalmasse e volta e meia dava um beijo em minha bochecha. Eu escondi meu rosto em seu peito, me agarrando a sua camisa. Eu estava completamente assustada, isso nunca havia acontecido comigo antes, eu não sabia o que era isso e nem porque tinha acontecido.

- Mais calma? – perguntou após uns dez minutos terem se passado.

- Sim. Ainda assustada mais sim. – e ele deu um beijo no topo de minha cabeça.

- O que houve? – perguntou sem me tirar da proteção de seus braços.

- Eu não sei. – confessei em um fio de voz. – Nunca tinha acontecido antes. Mas quando o camafeu tocou em minha mão, eu senti uma dor de cabeça tão forte e um som, como um apito em meus ouvidos, que iam ficando mais forte e mais forte. Quando eu voltei a abrir os olhos eu não estava mais aqui... Estava numa espécie de cabana, ou casebre de madeira que estava pegando fogo. – eu falava e ele me abraçava cada vez mais. – Eu voltei no tempo, no dia que minha antepassada lançou a maldição sobre nós. – respondi sentindo meus olhos arderem. – Eu senti o que ela sentiu ao vê-lo morto, e é simplesmente horrível. – comentei deixando o choro preso em peito sair.

- Está tudo bem. Agora você está aqui comigo. E nada vai acontecer com você. – garantiu e me deu outro beijo.

- Era você. – contei entre o soluço que rasgava meu peito.

- Eu o que? –

- O corpo... O homem que ela amava era... Era idêntico a você. –

- Tem certeza? – e eu assenti escondendo mais ainda meu rosto em seu peito e deixando as lágrimas rolarem livremente.

- Dói demais. Eu não quero sentir aquilo... –

- Shiu calma... Calma... – e ele estreitou mais ainda o abraço em volta de meu corpo, que se sacudia levemente devido aos soluços.

Deveria ter passado cerca de meia hora até que eu consegui levantar do chão e com todo o cuidado nós deixamos o sótão e fomos para a cozinha. Eu ainda chorava, a dor que eu senti era tão real, era como se eu estivesse por alguns segundos dentro dela, sendo ela, sentindo o que ela sentia. E se aquela era a dor que a perda de um amor verdadeiro causa, eu não quero senti-la. E ao mesmo tempo em que isso me dava forças para ir atrás de algo que pudesse quebrar esta maldição, mas medo eu sentia e maior era a vontade de me esconder igual a uma menininha medrosa debaixo das cobertas.

 - Bebe isso aqui. – ele me entregou um copo com água depois que eu me sentei na cadeira da cozinha. Enquanto eu bebia a água, ele se sentava ao meu lado e puxava a cadeira para mais perto de mim. - Mais calma? – perguntou acariciando minha bochecha depois de eu ter bebido toda a água do copo.

- Sim. Obrigada. – respondi e ganhei um beijo na bochecha.

- O que quer fazer agora? –

- Não sei. – admiti dando de ombros. – Ao mesmo tempo em que me da força para continuar... Também me dá um enorme pavor do que está por vir, e eu sinto uma enorme vontade de me esconder debaixo das cobertas. –

- Bella, eu estava pensando em uma coisa... – e eu o encarei. – Se esse homem era a minha cara, significa que ele era da minha família e... –

- Não necessariamente. Você pode ser apenas uma reencarnação de seu corpo, sem ser seu parente de sangue. – e ele enfiou a mão no bolso e puxou o camafeu de lá. – Deixe isso longe de mim... – pedi afastando minha cadeira dele.

- Calma. Não vou deixar você tocar nisso de novo... – garantiu. – É que isso aqui abre, e eu ainda não consegui abrir. – disse tentando abrir o camafeu.

- Deve ter oxidado. 

- Tem uma faquinha de ponta... –

- Terceira gaveta à direita ao lado do fogão. – expliquei e ele se levantou indo até lá, e depois do barulho da gaveta abrindo e fechando e do farfalhar dos talheres, ele se sentou ao meu lado de novo, com uma pequena faquinha de ponta em mãos.  – Cuidado para não se cortar. – alertei e ele tentou abrir o camafeu. E depois de um pouco de esforço, ele conseguiu abri-lo.

- Nossa... –

- O que? –

- Eu acho que eu entendi o motivo de o tal amor da vida da sua ancestral ter a minha cara... – e eu o encarei esperando sua resposta. – É porque você tem o mesmo rosto que ela. – e ele virou a parte de dentro do camafeu, e eu pude ver duas pinturas dentro dele. Um casal. O homem era igual a Edward, apenas um pouco mais velho e com barba, mas tirando isso era idêntico a ele. E a mulher idêntica a mim, provavelmente até com a mesma idade que eu tenho agora, ou talvez até com um ou dois anos mais velha, mas com certeza não passava disso.

- Pela deusa. – eu disse me aproximando daquilo, todavia sem encostar-se a ele. – Então, eu não estava no lugar dela. Eu era ela... – comentei comigo mesmo lembrando-me da viagem que havia feito a menos de uma hora.

- Será que... Isso pode parecer bem idiota... Mas será que somos almas gêmeas? –

- Destinados a ficarmos um sem o outro? – terminei por ele. Claro que o que ele havia dito não era idiotice, todo mundo tinha uma alma gêmea, poucas realmente se encontravam, e elas só teriam paz quando se reencontrassem e ficassem juntas, e assim elas parariam de reencanar.

- Talvez tenhamos reencarnado ou nos reencontrado agora para poder quebrar essa maldição. –

- Mas naqueles papeis não tem nada sobre ela ou ele. Apenas esse camafeu e... – eu me virei de frente para ele. – Pense comigo. Se isso era dela e estava no baú daqui de casa, e se no outro baú que minha mãe escondeu, também tiver algo que pertence a ela... –

- Você quer tentar achar o baú usando esse colar? – eu assenti. – É possível? – e eu pensei um pouco, lembrando-me de um feitiço que eu adorava fazer quando perdia algo.

- É. – respondi sorrindo. – Fique aqui. – eu me levantei correndo e segui para o meu quarto, indo direto para o meu grimório. Dentro dele eu tinha uma planta desta casa e peguei um pendulo de ametista em cima da bancada e desci as escadas correndo. – Fecha as cortinas para mim. – respondi colocando a planta da casa aberta sobre a mesa.

- Dessa vez eu posso ficar com os olhos abertos? – perguntou após fechar todas as cortinas para mim.

- Sim. Pode. – respondi. – Coloque o camafeu no centro da planta. – e ele o pôs. Prendi a corrente do pêndulo na palma de minha mão dando duas voltas nela e deixei o mesmo pairando em cima da planta e do camafeu. Ele se girou um pouco devido ao movimento de tê-lo prendido em minha mão, mas não demorou muito e ele parou de se mexer. – Não está aqui. – comentei.

- Como assim? –

- Se estivesse dentro desta casa e deste terreno o pêndulo ia se mexer e apontar para onde deveríamos ir. Mas ele está parado. –

- Isso significa exatamente? –

- Que ou minha mãe o protegeu com uma magia que só ela pode quebrar, ou não está nesta casa. –

- Espere um minuto. –

Edward correu até a sala de estar, pegando sua mochila e voltando com ela. Ele a pôs em cima da cadeira e a abriu, puxando uma pasta de lá e tirando um mapa de dentro da mesma. Ele tirou rapidamente os papeis da planta da minha casa da mesa, substituindo por um mapa. Era o mapa de Salém, e pôs o camafeu no centro e em menos de dois segundos, o pêndulo começou a se mexer devagar.

- Se não está em sua casa, está em algum canto dessa cidade... – ele comentou ao ver o pendulo se mexer sozinho, já que eu mantinha minha mão bem parada.

- Você é um gênio. Mas por que anda com um mapa de Salém na mochila? –

- Eu gosto de explorar essa cidade, vai que eu me perca. –

- Você é inacreditável. – eu encarava o mapa e comecei a mexer minha mão por sobre ele. Eu passava a mão por todo o mapa bem devagar, e quando sentia que ele girava mais rápido, eu demorava mais tempo na área que o fazia ir mais rápido.

Salém não era uma cidade grande, mas eu ia bem devagar, para não perder nenhum centímetro dessa cidade, e quando eu cheguei mais perto do norte da cidade, o pêndulo girava absurdamente rápido, e a sua força o empurrou para baixo, até a sua ponta parada encostasse-se a uma área do mapa.

- Ela o escondeu no cemitério. – respondi sorrindo amplamente.

- Por isso que ninguém iria encontrar nada mesmo se derrubasse a casa. –

- É porque não está aqui. – e eu o encarei.

- Vamos até lá? –

- Vamos! – ele pegou o camafeu e colocou dentro da mochila e eu coloquei o pendulo e o mapa, tudo dentro de sua mochila e deixamos a cozinha. Eu peguei minha mochila em cima do sofá e minhas chaves e saímos de casa, ao abrimos a porta para sairmos, demos de cara com minha mãe e Alice.

- Mãe?! – perguntei em choque, não sabia que já era tão tarde assim, ao ponto dela já ter acabado seu turno na escola.

- Olá Bella. Olá Edward. – respondeu.

- Eddie... – e Alice se jogou em seu colo.

- Oi baixinha. –

- Você está bem Bella? – minha mãe perguntou. – Já que não apareceu em nenhuma aula. –

- Sim. Foi só uma enxaqueca que já passou... – me apressei em dizer. – Nós estamos indo para a casa do Edward para fazer o trabalho da senhora. À noite eu volto mamãe. – disse quando ele colocou minha irmã no chão e eu o puxei para fora da casa. – Tchau mãe. –

- Tchau senhora Swan... Tchau Allie. – nós descemos as escadas e entramos em seu carro e ele começou a dirigir. – Para que essa pressa? –

 - Eu não sei mentir para a minha mãe. – respondi e ele dirigiu para o norte.

Sua casa e o cemitério da cidade ficavam ao norte. Ele foi dirigindo devagar, com uma mão na minha, soltando-a apenas quando tinha que mudar a marcha. Edward parou o carro no estacionamento do cemitério, mas nem saímos do carro. Ele estava cheio, deveria estar havendo algum enterro. Não poderíamos sair andando com um pendulo rodando em cima de um mapa por ai ainda mais a luz do dia.

O carro não ficou nem dois minutos e ele saiu dali, dirigindo para a sua casa.  Demorou cerca de dez minutos ele parou o carro em frente a sua casa. Eu já havia vindo algumas vezes a sua casa, principalmente para fazer trabalhos da escola. A casa dele era maior que a minha, e também era apenas para três pessoas, já que Edward era filho único. Tinha um enorme e lindo jardim, que estava muito bem cuidado, mesmo estando no outono. Esme, a mãe de Edward, tinha uma mão perfeita para flores. A casa grande de três andares se estendia em seu belo estilo vitoriano, com o telhado de telhas pretas.
 
Nós descemos do carro e seguimos o caminho traçado no meio do jardim até a porta da cozinha, mas perto de onde Edward havia parado o carro. Nós entramos na enorme cozinha de piso de madeira, diversos armários brancos e com enormes janelas para o quintal dos fundos. No meio dela uma grande bancada com uma pia e com cinco cadeiras para o café da manhã. Esme, a mãe de Edward, estava parada de costas para nós lavando algo na pia. Edward soltou minha mãe e se aproximou da mãe, dando um beijo em sua bochecha e abraçando sua cintura, fazendo-a soltar um gritinho assustado que me fez rir.
- Seu filho da puta. – e ela começou a bater nele com um pano de prato. – Você está pensando o que infeliz? Quer matar sua mãe do coração? – Edward ria da mãe e eu ria dos dois.

- Mãe, menos... Temos visitas... – e ela me viu na porta.

- Bella. – e ela se aproximou de mim com os braços abertos. – Oi minha querida. – e ela me abraçou forte. – Quanto tempo... – e eu retribui o seu abraço.

- Oi Srª Cullen. –

- Eu já falei para não me chamar de senhora... – e ela me bateu com o pano de prato também.

- Deus, essa mulher está agressiva hoje. – Edward comentou rindo. – Mãe, onde estão àquelas caixas que a senhora disse que encontrou? –

- Coloquei em seu quarto. – respondeu. – Vocês estão com fome? Bella você tem comido direito? Está tão magrinha... –

- Sempre foi. – Edward comentou se aproximando de mim. – Mas é linda do mesmo jeito. – e deu um beijo demorado em minha bochecha.

- Vocês dois são tão fofos juntos. – e ela apertou nossas bochechas. – Mas não responderam... Estão com fome? –

- Um pouco mãe. Mas nós vamos começar o trabalho e depois descemos para comer alguma coisa. –

- Tudo bem, vão lá estudar... Bella fica para jantar? – e eu abri a boca.

- Talvez mãe, nós ficamos de sair hoje à noite, vamos ao cinema. – Edward disse e eu assenti.

- Isso significa que engataram em um namoro? –

- Quase mãe... – e ela sorriu amplamente. – Mas agora nós vamos subir. – e ele saiu me puxando para as escadas e quando chegamos ao andar de cima, longe dos ouvidos atentos de sua mãe, eu lhe dei uma tapa na cabeça. – Todo mundo vai me bater hoje? Qual é o problema? –

- Por que disse para a sua mãe que estamos quase namorando? –

- Você acha mesmo que depois que acabarmos essa maldição nós não vamos ficar juntos? –

- Nós nem sabemos se vamos conseguir desfazer essa maldição, então pare de deixa-la animada por nada. –

- Venha, vamos ver o que encontramos naquelas caixas. – disse me ignorando e me puxando para o seu quarto.

 Nós entramos no quarto de Edward, ele não era grande, tinha o piso de madeira claro, três paredes e o teto pintado de azul clara e uma de azul mais escuro, onde a cama ficava encostada, sem cabeceira, apenas a cama com uma colcha azul escura e no chão algumas caixas. Edward colocou nossas mochilas na cama e nós nos sentamos no chão, em cima do tapete e ele abriu a caixa, com cuidado para não espalhar a poeira. Ele pegou as caixas pequenas lá de dentro e espalhou no chão.
Havia uma caixinha de joias bem antiga, alguns papeis, alguns já consumido pelas traças, algumas fotos de tempos mais recentes e retratos mais antigos. Devagar nós fomos abrindo as coisas e lendo as cartas, era um pouco complicado, já que o modo de escrever, e algumas palavras eram diferentes do dia de hoje, mesmo se tratando do mesmo idioma.

Já tinha cerca de duas horas que estávamos ali e ainda não havíamos encontrado nada que estávamos procurando. Minha coluna já doía de tanto ficar sentada no chão e na mesma posição, a minha bunda eu nem sentia mais. Meu estomago já dois uma pouco de fome, e como um sexto sentido de Esme, ela entrou no quarto no momento certo com uma bandeja em mãos.

- Com licença. – e ela colocou a bandeja em cima da escrivaninha do filho. – Como vocês dois não descem, eu resolvi trazer um lanche para vocês. Mas não se empanturrem que daqui a pouco o jantar vai sair. E os dois não vão sair para lugar algum sem jantar. –

- Obrigada Esme. – disse sorrindo e ela sorriu amplamente para mim.

- Obrigada mãe. –

- Qualquer coisa chame. – e ela caminhou para a porta.

- Mãe... – e Edward a chamou.

- Sim? –

- De quem era esse diário? – perguntou ele vendo um diário quase caindo aos pedaços.

- Não sei. – respondeu e se aproximou do filho e com cuidado pegou o livro das mãos do filho. – Essa tralha toda era de meu sogro e ele nunca deixou jogar fora... –

- A família de vocês está nessa casa desde sempre, não é? – eu perguntei.

- A família de Carlisle sim, querida. – respondeu abrindo a capa do livro. – É um diário de uma tal de Elizabeth Cullen. – respondeu lendo o nome. – A primeira data é de 31 de outubro de 1698. – respondeu e eu e Edward nos encaramos. – Pode ser de alguma ancestral sua ou algo do tipo. – respondeu entregando a Edward. – Vou descer, cuidado com a poeira. – e ela se levantou e saiu do quarto. Assim que ela saiu, eu me aproximei mais ainda de Edward com o diário em mãos.

- Quando você disse que a sua antepassada morreu? –

- 1693. – respondi.

- E você disse que ela teve uma filha com a pessoa que se parece comigo? – assenti. – Essa Elizabeth pode ser a filha deles. Ela teria por volta dos cinco ou seis anos. –

- Me fala que seu pai tem uma arvore genealógica da família? –

- No escritório. – respondeu. – Vamos lavar as mãos, comermos algo e ainda descemos para ver se há alguma Elizabeth na arvore. – e eu assenti.

Ele se levantou primeiro e estendeu a mão para mim e quando eu levantei eu estava toda travada, a bunda dormente a coluna dura e uma vontade louca de ir ao banheiro. Edward foi primeiro ao banheiro e eu fui logo em seguida, lavando as mãos para limpar a poeira e depois de aliviar minha bexiga lavei as mãos de novo voltando para o quarto. Dessa vez nós nos sentamos na cama, onde ele já havia colocado a bandeja da mãe, com um dois pratos com sanduiches de peito de peru, dois sacos de batatinhas e duas latas de Coca Cola.

Enquanto nós dois comíamos eu tinha o diário apoiado em meu colo e ia lendo as primeiras páginas. As primeiras páginas não tinha nada de mais. Era realmente o diário de uma menina de cinco anos que colocava apenas coisas bobas do seu dia a dia. Pelo menos até o ano de 1704.

- Edward, escuta isso. - chamei sua atenção após beber um gole do refrigerante e li a página. – “14 de Maio de 1704. Hoje meu aniversário de 11 anos, tio Caius contou-me uma história aterrorizadora, mas que agora faz sentido para coisas que estão acontecendo comigo. Tio Caius contou sobre meu pai e minha mãe. Segundo ele, meu pai se chamava Owen e minha mãe se chamava Gwen. E segundo ele também, minha mãe era uma bruxa, que havia sido morta durante os julgamentos que ocorreram no ano que eu nasci, no mesmo ano que papai também morreu... – e eu pulei uma grande parte da página que estava quase que impossível de ler devido a letra absurdamente cursiva e dos buracos das traças. – De inicio eu não acreditei que no que tio Caius havia me dito, mas agora fazia total sentido com o que vinha acontecendo comigo ultimamente. Fazer coisas leves e pequenas levitarem, a janela da cozinha que eu estourei em um momento de raiva. Isso só é possível porque há magia em meu sangue, magia vinda de  minha mãe... Tio Caius me fez prometer não contar nada disto para ninguém, principalmente para tia Renata e nem para Alec, mal sabe ele que é quase impossível esconder algo daquele menino bisbilhoteiro... –

- Para... – Edward disse e eu parei de ler. – Alec... Alec Cullen... – ele se levantou e saiu do quarto correndo. Eu coloquei o diário no chão e o prato com metade do sanduiche em cima da mesa e o segui.

Edward havia descido as escadas rapidamente e seguiu para o escritório do pai e eu fui atrás fechando a porta. Ele seguiu para trás da mesa de mogno escuro do pai, onde tinha um quadro enorme com a árvore genealógica dos Cullen. Ele ia passando o dedo pelo vidro devagar até chegar ao primeiro nome da arvore.

- Achei... Eu sabia que já havia ouvido esse nome. Aqui. A arvore genealógica dos Cullen começam com dois homens, Owen e Caius, a linha de Owen acaba com Elizabeth e a de Caius segue, com Alec e vários outros nomes e... –

- Até chegar a você. – disse vendo que o nome de Edward era o último na arvore.

- Então, isso significa que eu sou... –

- Você é descendente direto de sangue de Owen... Owen era o pai da primeira Swan amaldiçoada, ela teve uma filha, mas não entrou na sua arvore genealógica, deve ter entrado na do marido... – comentei. – Mas de qualquer forma, dá em mim. – respondi.

- Ou após ela perder o amor da vida ela não tenha se casado... –

- Tem isso também... São muitas vertentes a observar. Ela pode ter sido morta na inquisição... –

- Olha o lado bom... – e eu o encarei. – Já temos os dois sangues para nos livrarmos da maldição... –

- Só não sabemos como fazer isso. – respondi encarando a árvore genealógica de Edward.

domingo, 25 de novembro de 2018

Capítulo V


Pov. Bella

Eu despertei no dia seguinte sentindo um carinho em minha nuca, costas e cabelo. Eu sentia pontas de dedos deslizando pela minha pele, e eu me aconcheguei mais perto de Edward, minha cabeça estava deitada em seu peito, minha mão apoiada próxima a minha cabeça, sobre seu coração, onde eu o sentia bater sobre a minha palma, e minhas pernas estavam entrelaçadas a deles.

Senti um de seus braços abraçar firme a minha cintura enquanto sua outra mão mexia em meus cabelos, massageado meu couro cabeludo e enrolando meus fios em seus cabelos. Isso era tão gostoso, e eu não queria abrir os olhos, com receio de que o cafuné acabasse. Sua cabeça estava encostada a minha, o que fazia com que sua boca ficasse próxima a minha orelha. E eu podia ouvi-lo cantar baixinho.

- Baby, you're all that I want / When you're lying here in my arms / I'm finding it hard to believe / We're in heaven / And love is all that I need / And I found it there in your he / Isn't too hard to see / We're in heaven…  (Meu bem, você é tudo o que eu quero / Quando você está aqui deitada em meus braços / Eu acho isso difícil de acreditar / Estamos no paraíso / E o amor é tudo o que eu preciso / E eu achei isso em seu coração / Não é tão difícil de enxergar / Estamos no paraíso…) - ele cantarolava baixinho, e eu amava essa música, e eu me aconcheguei mais ainda contra o seu peito. - Eu sei que você está acordada mocinha… -

- Não estou não. - respondi escondendo o rosto em seu peito e senti seu peito tremer em uma risada. - Continua cantando, eu amo essa música. - pedi e ele beijou o topo da minha cabeça.

- Oh, once in your life you find someone / Who will turn your world around / Bring you up when you're feeling down / … / Yeah, nothing could change what you mean to me / Oh, there's lots that I could say / But just hold me now / 'Cause our love will light the way… (Oh, uma vez na sua vida você acha alguém / Que irá fazer seu mundo virar / Te colocar pra cima quando você sentir pra baixo / … / É, nada pode mudar o que você significa pra mim / Oh, tem muitas coisas que eu poderia dizer / Mas só me abrace agora / Porque o nosso amor vai iluminar o caminho…) -

- Deus, como eu amo essa música. - comentei e me aconcheguei mais ainda contra seu corpo. Se fosse possível, estávamos quase nos tornando um só.

- Talvez essa música possa ser a nossa música. - sugeriu massageando minha cabeça. Levantei o rosto o encarando.

- Acho melhor levantarmos antes que meus tios cheguem e invadam o quarto. -

- A porta está trancada. -

- Eu sei… E você acha que minha tia não consegue colocar a porta a baixo? - perguntei me sentando e me espreguiçando. Senti a cama se mexer atrás de mim e a boca de Edward beijar minhas costas desnudas.

Edward beijou do meu quadril até a minha nuca, descendo até o meu pescoço e subiu calmamente, passando pela minha mandíbula até chegar aos meus lábios. Ele levou a mão até a minha nuca, enfiando as mãos em meus cabelos e aprofundou o beijo. Edward me deitou na cama de novo, ficando com metade do corpo em cima de mim e acariciando meu pescoço até que o ar se fez necessário e o beijo foi interrompido, com leves e singelos beijos em meus lábios e seu nariz roçando ao meu.

- Bom dia. -

- Bom dia. - ele beijou a minha testa.

Ele se levantou e me ajudou a levantar da cama, nós nos vestimos rapidamente e seguimos para o banheiro, para tomarmos um banho rápido e juntos. O banho não demorou muito e logo estávamos nos secando e nos vestindo. Coloquei um short folgado branco com flores vermelhas com folhas verdes, um tope branco de renda e um casaco cinza de crochê, o dia havia amanhecido meio nublado e o vento que vinha dos fundos da casa deixava a temperatura baixa e o clima úmido. Calcei um par de all star branco e Edward se vestiu e nós descemos.

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- Bom dia mãe… Bom dia pai. - disse chegando à cozinha e dei um beijo em suas bochechas.

- Bom dia corujinha. - meu pai me deu um beijo na bochecha enquanto minha mãe entregava uma xícara de café para mim e para Edward.

- Bom dia querido. Dormiu bem? - minha mãe perguntou a Edward.

- Sim. Muito bem. - ele se sentou ao meu lado.

- Então papai, quais são os planos para hoje? -

- Bom, ainda vão demorar um pouco para chegar... -

- Se importam de for dar uma volta com o Edward? -

- Claro que não. Podem ir. -

- Mãe, qual será o almoço? -

- Um almoço tipicamente irlandês. Porco com repolho, Coddle, torta Shepherd e de sobremesa Pavlova de Morango. -

- Falta muito para o almoço? - perguntei fazendo os três rirem. - Não vai querer ajuda? - mamãe negou. - Já deixei tudo adiantado. -

Mamãe recuou minha ajuda e após tirarmos a mesa e eu a ajudei a lavar a louça, eu puxei Edward para fora de casa. Mal saímos de casa, e foi só chegarmos à calçada de a senhora Newton e Mike se postaram a nossa frente.

- Olá Bella… - ela disse sorrindo falsamente e Edward passou o braço pelo meu ombro e eu pela sua cintura.

- Olá Srª. Newton… Mike… -

- Então esse é seu namorado? -

- É. - respondi e ganhei um beijo no topo da cabeça. - Amor, essa é a senhora Patrícia Newton e seu filho, Mike. -

- É um prazer. - Edward apertou a mão dos dois.

- Você não é irlandês! - Mike apontou mal humorado quando sua mãe pediu licença e entrou em casa.

- Não. Americano. - Edward respondeu.

- Você não quis sair comigo que sou irlandês e seu vizinho, mas quis sair com alguém do outro lado do mundo? -

- Primeiro que os Estados Unidos não é do outro lado do mundo. E sim do outro lado do oceano Atlântico, você deveria estudar mais geografia. E segundo, ele não é um imbecil e você é. - respondi e ele fechou a cara.

- E terceiro… - a voz de meu pai saiu de trás de mim. - Eu mandei você ficar longe da minha filha. - ele se postou ao meu lado.

- Com licença. - e ele entrou em sua casa mal humorado.

- Querem algo do mercado? -

- Sorvete. - respondi.

- Como sempre. Creme, Chocolate, Napolitano ou Flocos? -

- Os quatro?! - ele assentiu rindo e entrou em seu carro seguindo para o mercado.

- Nunca vi alguém comer tanto sorvete assim. - Edward comentou enquanto víamos o carro de papai virar a esquina.

- Eu sou apaixonada por sorvete. - comentei. - Uma coisa que eu tenho que parar de fazer, pois ele vai direto para a minha bunda. -

- Que bom… Porque ela fica mais gostosa ainda e é uma delícia de aperta-la. - e ele levou as mãos até a minha bunda e apertou-a com vontade, no meio da rua mesmo.

- Vem… - disse lhe dando um beijo rápido e segurando sua mão e o puxando pela calçada.

Eu apresentei a Edward a pequena parte da cidade onde eu havia crescido. Creche, escola, parquinho que eu frequentava e nós sentamos um pouco em um dos bancos do parque, com a maresia, pelo menos o pouco que contornava as casas, bagunçava meu cabelo.

- De onde vem essa maresia? -

- Do mar. - ele me olhou feio.

- Jura? - retrucou irônico e eu balancei a cabeça sorrindo.

- Vem comigo. - me levantei estendendo a mão para ele, e ele prontamente a pegou e eu o puxei para o outro lado da rua, passando por um pequeno caminho estreito entre duas casas, onde muitas pessoas e turistas passavam para acessar a praia e não demorou muito para a grama ser substituída pela areia fofa da praia.

- Não… Você não cresceu numa casa a beira mar. - disse me encarando.

- Eu havia dito que o papai nunca conseguiu vender a casa. -

- Eu achei que fosse devido as lembranças e não por ser a beira mar… - balancei a cabeça rindo enquanto ajeitava meu cabelo que era bagunçado pela maresia. - Estou com inveja. -

- Você cresceu em Boston. Boston também é a beira mar. -

- Mas eu morei longe da praia. Eu morava mais para o centro de Boston. E como disse, morava em um apartamento, você não, você abre a porta da sala… -

- Cozinha. - corrigi-o.

- Cozinha e já está pisando na areia fofa. -

- Concordo. Era tão bom e acordar sentindo o cheirinho de mar… Chegar da escola e poder ir direto para a praia… -

- A inveja só aumenta. - fingiu choramingar e fez um biquinho. Segurei seus lábios entre o polegar e o indicador, mantendo seu biquinho formado e deu um beijo nele.

- Você é muito fofo. - respondi.

Eu e Edward ficamos ali um tempo, nós voltamos todo o caminho à beira mar, comigo sempre chutando água nele e fingindo que não havia sido eu. Ele tentou derrubar-me dentro de água, mas eu saí correndo me afastando dele e fazendo com que ele viesse atrás de mim.

- Pai. - gritei quando chegamos perto de casa e antes que eu pudesse subir as escadas que davam para a varanda da minha casa, Edward me alcançou e me agarrou pela cintura.


- Que foi? - ele apareceu na varanda de casa.

- Me salva. - gritei.

- Pode jogar ela dentro d'água. -

- Pai! - gritei indignada e ele gargalhou amplamente.

- Charlie, Billy chegou. - e minha mãe chegou à varanda enquanto Edward me arrastava para a praia. - Olha Edward, eu não faria isso se fosse você, a Bella é do tipo que fica doente à toa e eu não vou cuidar dela. -

- Quanto amor dos dois. - ironizei enquanto eles entraram rindo.

- Bella, Jacob está ai. -

- Jake. - disse animada quando Edward me pôs no chão.

- Jake!? - perguntou enciumado. -

- Ele é meu primo, homem! - segurei a mão dele e nós subimos as escadas até a varanda e entrando em casa. - Tia Rachel. - disse ao ver minha tia parada ao lado da minha mãe.

- E aí corujinha. - soltei a mão de Edward e abracei minha tia. - Como está meu amor? -

- Bem e a senhora? -

- Ótima. -

- Rachel. É claro que ela está bem… Já viu o homem que tá com ela. - mamãe disse e tia Rachel viu Edward atrás de mim.

- Olá. - ela disse simplesmente e se virou para a irmã. - Ele é aquele lá da foto do… - e eu tampei a boca dela antes que ela falasse demais.

- Ele mesmo. - mamãe respondeu rindo

- Menina onde você o encontrou? - perguntou tirando minha mão de sua boca. - Ele tem um irmão? -

- Não tenho não. Filho único. - Edward respondeu atrás de mim.

- Quer dividir ele comigo? -

- Eu vi primeiro. - mamãe disse.

- Vocês sabem que vocês são casadas, não é? -

- Corujinha, seu tio Billy não é ciumento. Nós dois já até participamos de uma orgia. - a encarei sem expressão. - E a sua mãe também. Tanto que quando ela engravidou ela ficou na dúvida se o Charlie era mesmo o seu pai. - disse simplesmente.

- Nada que um exame de DNA não resolveu após o parto. - mamãe completou.

- Pai. - gritei e ele entrou na cozinha.

- Que foi? -

- Elas estão me traumatizando de novo. - disse e ele riu da minha cara de pânico.

- Bem vindo à família, Edward. - ele disse simplesmente e saiu da sala.

- Mas é amor… Não precisa se preocupar. Fica tudo em família… -

- Edward vem conhecer meu tio. - disse e sai o puxando para a sala.

- Me deixa ver se eu entendi, a pirralha está namorando? - ouvi a voz de Jacob.

- É. - meu pai respondeu.

- E o cara está vivo? Como assim o senhor o deixou vivo? Ela é uma criança! -

- Jake cala a boca. - disse entrando na sala puxando Edward. - Tio Billy. -

- Oi baixinha… - ele me abraçou forte e me deu um beijo na bochecha.

- Jackie. - disse afinando a voz igual fazia quando era criança e ele riu.

- Bellullita. - disse e eu fechei a cara. - É bom, não é? - ironizou, mas me deu um abraço apertado. - Oh Anã de Jardim, que história é essa que você está namorando? Eu deixei? -

- E desde quando você tem que deixar? - retruquei e meu pai riu. - Toma vergonha na cara moleque. - e eu me voltei a Edward, o puxando para perto de mim. - Tio Billy. Esse é o Edward. - apresentei sentindo Edward abraçando minha cintura com uma das mãos e com a outra apertou a mão de tio Billy.

- É um prazer senhor… -

- E essa coisa aí, é o meu primo Jake. -

- Olá Jake. -

- Eu estou de olho em você… - disse firme apertando a mão de Edward.

- Cresça Jacob. -

- Ah a propósito. Tia Renée, chega aqui. - ele gritou.

- Se vocês não pararem de me chamar, o almoço não fica pronto. - ela resmungou.

- Eu quero apresentar a minha namorada. - respondeu.

- Namorada? - eu e minha mãe falamos ao mesmo tempo chocadas.

- É. - respondeu simplesmente. - Você não é a única que está namorando, pirralha. - e ele estendeu a mão para a garota no sofá, que eu não havia notado, e ela se levantou. A garota era bem bonita, ruiva, olhos azuis, um pouco mais alta do que eu, e bem mais voluptuosa no quesito seios também. - Gente essa é a Renesmee. -

- Como é? - minha mãe perguntou confusa. - Qual seu nome querida? -

- Renesmee Willians. - respondeu. - Meus pais me odiavam, não há outra história para a esse nome. - sem conseguir segurar, eu comecei a rir.

- Desculpa. - pedi.

- Está tudo bem. - respondeu. - Todo mundo me chama de Nessie. E não é por causa do monstro do lado Ness. -

- Jacob fez essa brincadeira, não fez? - perguntei.

- Fez. -

- É muito imbecil esse meu filho… - minha tia deu uma tapa em sua cabeça.

- Mas mesmo assim, seja bem-vinda… -

- E se prepara porque a família é retardada. - expliquei. - Graças a Deus você não ouviu o que eu ouvi na cozinha. -

- O que? - Jacob perguntou.

- Melhor nem saber. -

- Eu só contei que uma vez participei de uma orgia com seu pai. - tia Rachel respondeu. - E que a Renée e Charlie também e que depois ela ficou na dúvida que Charlie era mesmo o pai da Bella. - ela repetiu.

- Como é que nós dois nunca fomos parar em um manicômio? -

- Nem a um psicólogo. - acrescentei. - Também não sei… Eu tenho medo delas. -

- Eu também. - respondeu e eu ri.

Mamãe voltou para a cozinha com tia Rachel, meu pai ficou com tio Billy na sala assistir ao jornal esportivo e tomando uma cerveja. Eu, Edward, Jacob e Nessie ficamos do lado de fora, na varanda conversando.

Nessie era de Inverness, nas Terras Altas da Escócia, morava bem perto do lago Ness, mas um motivo para a piada ridícula de Jacob. Mas mesmo sendo escocesa, ela estava em Berlim cursando a faculdade de Direito junto a Jacob, e até morando juntos eles já estavam, e o motivo para ele não ter vindo mês passado para a reunião de família, havia sido porque Jacob havia tomado coragem e ido conhecer os pais da namorada.

Não demorou muito e a hora do almoço chegou e junto com ela minha mãe e tia Rachel desataram a falar das merdas que eu e Jacob sempre fizemos quando éramos crianças e é claro que Edward e Nessie estavam amando, é claro que estava, e ele ia amar mais ainda se ele me lembrasse dessa história depois e eu o arrebentasse.

A tardinha, após eu quase devorar um pote de sorvete todo sozinha, tia Rachel e tio Billy foram embora, Jacob e Nessie também, eles teriam prova na segunda feira e foram direto para o aeroporto, mas meus tios ficaram de voltar amanhã e eu levei Edward a um dos meus lugares favoritos.

As falésias de Moher se estendiam por 8 km ao longo do oceano Atlântico, com 214 metros de altura. Edward estacionou o carro um pouco afastado da borda, apenas por questão de segurança e igual ao nosso primeiro encontro, nós nos sentamos no capô do carro sentindo a maresia batendo contra nós.

- Eu entendi perfeitamente o motivo de você ter medo de eu fugir ao conhecer sua família. - ele disse após um tempo comigo apoiando a cabeça em seu ombro. - Sua família é louca. -

- Eu avisei. -

- Mas são legais, são boas pessoas e tiveram uma filha incrível, linda e muito, mas muito gostosa. - disse dando um beijo em meu pescoço. - Mas mesmo com as loucuras e as besteiras faladas… São melhores que a minha família. -

- Não diz isso. -

- É a verdade. Você não conhece minha família. Tudo tem seguir um padrão, o padrão da alta sociedade de Massachusetts. Quanto maior é o seu apartamento ou quanto mais alto ele ficar no prédio melhor. Quanto mais caro for o colégio de seus filhos melhor. Quanto maior for a quantidade de zero que entra na sua conta bancária no final do mês melhor, quanto mais você gasta com futilidade e com caridade, a qual é feita apenas para aparecer melhor… - ele passou a mão pelos cabelos o puxando. - Você não conhece meus pais. E acredite, não queira. Eu mal cresci com eles. Ele vivia para o trabalho e ela para gastar dinheiro. E acredite, meu pai trai minha mãe com qualquer uma. - o encarei. - E ela sabe, mas sabe que caso se divorcie, fica sem nada. - suspirou. - Eu tinha todos os motivos do mundo para ser igual a esses homens cretinos que são idiotas, que usam e abusam de sua condição financeira para fazer o que bem quisessem e terem o que quisessem. -

- Mas graças a Deus não é. - disse dando um beijo em seu ombro.

- Graças ao meu avô. - ele sorriu. - Ele me tirava dessa loucura, daquele apartamento, daquela vida. Pelo menos por algumas horas e era tão bom… -

- E por que você veio para cá? - perguntei e ele virou o rosto para mim.

- Meu avô faleceu e eu não aguentei e vim para cá. O que eu fico muito feliz, pois me livrei deles e conheci você. - sorri e ele me deu um beijo rápido. - Me promete uma coisa? - assenti.

- Claro. O que? -

- Quando tivermos nossos filhos, promete que eles vão crescer iguais a você e não iguais a mim? - o encarei sem saber o que dizer.

- Está falando sério? - foi a única coisa que consegui dizer.

- Estou. -

- Não acha que é muito cedo para falar sobre isso? Ainda estamos na faculdade. -

- Talvez sim. Talvez depois que nos formamos, mas eu quero que saiba que eu quero mais do que um namoro com você. - sorri amplamente e levei minha mão até sua bochecha e puxei seu rosto para perto de mim e eu o beijei.

- Quer praticar então? - perguntei entre sua boca e ele assentiu. - Vamos para dentro do carro. - disse me levantando e o puxando.

Nós fomos para o banco de trás e Edward sentou nele e eu entrei fechando a porta. Nós nos beijávamos enquanto eu estimulava seu pênis por cima de sua calça, deixando-o duro. Abri sua calça, abaixando-a junto com sua cueca, expondo seu pau duro e sem pestanejar, coloquei-o na boca.

Eu sugava seu pau, masturbando o que não cabia, e massageando suas bolas. Eu ouvia Edward gemer alto, ele levantou as mãos para o meu short, tirando-o junto com a minha calcinha, eu estava de quatro no banco, com a bunda para o alto, e graças a Deus as janelas do carro de Edward tinha Insulfilm e caso alguém aparecesse aqui, não veria nada.

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Parei de massagear seu pau e suas bolas e apoiei minhas mãos em suas coxas o chupando, o máximo que conseguia, enquanto sentia seu polegar estimulando meu buraquinho enrugado enquanto me fodia com dois dedos.

Ele virou fazendo com que eu meio que deitasse metade de meu corpo em cima dele. Uma de minhas pernas estava no chão do carro e a outra em cima do banco, e minhas pernas estavam abertas. Eu brincava com a língua na cabecinha de seu pênis enquanto volta a masturba-lo com a mão enquanto ele continuava a me foder com dois dedos, mas agora ele estimulava meu clitóris ao invés de meu rabinho.

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Um brincou com o outro até gozar. Ele em minha boca, a enchendo e eu em seus dedos e escorrendo para o banco. Eu engoli o seu gozo e levantei a cabeça e ele me beijou enquanto continuava a me masturbar.

- Vem. Senta aqui. - pediu. Eu me sentei no banco e tirei meu tope, ficando nua e fui para o seu colo, me sentando de frente para ele. Mal coloquei minhas pernas ao lado de seu quadril e ele atacou meus seios.

Edward sugava, mordiscava e lambia meus seios enquanto eu levava seu pau a minha entrada e sentava nele. Comecei a me mexer devagar, mas ele não queria ir devagar, ele enlaçou minha cintura com uma das mãos e a outra para a minha bunda me fazendo sentar forte e rápido contra seu pau enquanto atacava meus seios e eu enlaçava seu pescoço, prendendo sua cabeça nos meus seios.

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- Céus… Isso é tão gostoso. - gemi puxando sua cabeça pelos cabelos e fazendo com que ele levantasse a cabeça. - Mais rápido. - Rapidamente ele me virou, deixando-me de joelhos no banco com as mãos apoiadas na porta e ele ficou atrás de mim e me segurando pela cintura e começou a meter forte dentro de mim. - Oh isso… - gemi alto sentindo seu pau entrar e sair de dentro de mim rápido e forte. - Tão gostoso… -

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- Tão apertada… - ele deu uma tapa ardida na minha bunda. E nos virou rapidamente deitando de lado e me deixando de lado a sua frente. Edward me fodia com força enquanto apertava meus seios. - Você é tão gostosa. - disse em meu ouvido. - E minha… Apenas minha. -

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- Eu estou quase lá. - disse sentindo seu pau começando a ser apertando. .

- Vem minha putinha… Goza no meu pau. -

- Oh Edward… Me faz gozar gostoso, faz… - pedi e ele saiu de dentro de mim e voltou com força e eu gozei gritando seu nome. - Edward! - ele me fodeu mais algumas vezes e gozou, Edward saiu de dentro de mim e eu senti seu gozo escorrendo pelas minhas dobras e eu deitei a cabeça no banco respirando fundo. - Isso é tão gostoso. - e ele me abraçou forte e beijou meu rosto.

- Você é gostosa. - virei o rosto e ele me deu um beijo rápido.

- Eu sei que temos que ir para casa, até porque é longe… Mas espera um pouquinho, até eu me acalmar para irmos embora. - pedi e ele sorriu beijando meu ombro descoberto.

Edward havia deitado a cabeça próxima a minha e ficou fazendo movimentos circulares em minha barriga com as pontas dos dedos. Um tempo depois que nos acalmamos, nós nos levantamos e nos vestimos rapidamente e seguimos para casa.

Nós chegamos a casa no meio da madrugada, meus pais já estavam dormindo e nós subimos para o quarto nas pontas dos pés e após um banho rápido, nós fomos para a cama, dormir agarrados um ao outro.

(...)

Infelizmente o final de semana passou bem rápido, e segunda feira chegou rapidamente e nós tivemos que voltar correndo para Dublin, para casa, faculdade e rotinas. Edward passava o dia inteiro fora, manhã e tarde no escritório de arquitetura e a noite faculdade, e eu não era diferente, manhã e tarde na escola e a noite aula, mas graças a Deus que após o longo dia nós poderíamos nos perder nos braços e corpos um do outro.

Hoje o dia estava bem chato e parado. Eu estava na aula de Literatura Inglesa I, com O Mercador de Veneza aberto a minha frente enquanto o professor explicava o que Shaskepeare queria passar com aquele texto e eu queria ir embora, estava cansada dessa aula e por mais que amasse Shaskepeare, eu não aguentava mais, esse professor estava O Mercador de Veneza há quase dois meses e não chegou nem na metade do livro.

Meu celular vibrou em meu colo e eu o peguei, era uma mensagem de Edward, apenas isso para me fazer sorrir agora no meio dessa aula chata. Abri a mensagem.

Dê: Edward.
Para: Gatinha.

E aí amor? Como está a aula?

Uma merda, um saco, um cu. Pensei mas não digitei isso.

Dê: Bella.
Para: Edward.

Um saco. O professor não sabe o que quer da vida. Começa com O Mercador de Veneza e acaba falando da vida dele. Estou louca para ir para casa, me enfiar em minha banheira com a água morna e muita, mas muita espuma mesmo e depois cair na cama. E a sua aula?

Enviei e enquanto ele voltava a falar de sua família e ignorando a matéria e eu fiquei encarando a tela de meu telefone com uma foto minha e de Edward, enquanto esperava pela sua resposta. Que não demorou a vir.

Dê: Edward.
Para: Gatinha.

Estou na mesma que você. Mas não. Meu professor não está falando da família dele, a aula que é completamente insuportável mesmo. Minha cabeça está prestes a explodir de tanta conta e número… E acredite, estou com a mesma vontade que você. Louco para ir a sua casa, me enfiar com você na banheira e depois cair na cama, mas ao invés de cair na cama para dormir, eu quero cair na cama e me afundar em você. O que me diz? Vamos embora? Eu já assinei a chamada, já assinou a sua? Vamos embora!

Mordi o canto interno de minha bochecha, eu estava bem tentada em aceitar e ir embora, mas eu podia acabar esbarrando em meu pai, e vou fazer o que? Ele me arrastaria de volta para dentro da sala de aula, eu não duvidava muito. Ignorei a mensagem de Edward e mandei uma para o meu pai.

Dê: Bella.
Para: Papai.

Hey Pai. Tá onde? Ainda está na faculdade?  Preciso te entregar uma coisa para a mamãe.

Mandei a mensagem ao papai, se ele já tivesse ido embora eu iria embora também. Caso o professor perguntasse eu falava que estava passando mal e assim ele não iria falar nada com meu pai. Pelo menos assim eu espero.

Dê: Pai.
Para: Corujinha.

Não amor. Já estou quase chegando a casa. Era importante? Qualquer coisa me entrega amanhã.

Sorri amplamente quando li a mensagem. Ótimo, ele estava quase em casa. Mandei uma mensagem para papai e depois para Edward.

Dê: Bella.
Para: Papai.

Tudo bem papai. Não, não era importante, amanhã eu te entrego. Eu te amo.

Enviei e corri para mandar outra para o Edward.

Dê: Bella.
Para: Edward.

Me encontra no estacionamento em cinco minutos.

Mandei a mensagem e comecei a guardar minhas coisas. Enquanto guardava meu material dentro da mochila, tentando não fazer nenhum alarde, o meu celular apitou mais duas vezes, uma de papai e outra de Edward e ambas eram a mesma resposta. Okay. Devagar sair da sala com a minha melhor cara de não estar me sentindo bem para o caso do professor perguntar. Não. Ele não perguntou. Mas caso ele esbarrasse em meu pai e comentasse algo, até porque papai adorava perguntar como eu estava indo nas matérias, a desculpa era que não estava me sentindo bem.

Após fechar a porta da sala, eu basicamente corri para o elevador e apertei o botão do estacionamento, que era subterrâneo. Não demorou muito e as portas de metal se abriram e assim que eu saí o elevador ao lado do meu também abriu e Edward saiu de lá e a me ver ele riu e eu me aproximei dele, ficando na ponta dos pés e lhe dando um beijo.

- Vamos para casa? - assenti. - Eu tenho uma coisa para falar com você. -

- É sério? -

- Não. É sobre algo que você quer ou queria. - disse e deu uma tapa na minha bunda.

- Sobre a minha bunda? - perguntei baixo o acompanhando e ele riu.

- Exatamente… -

- Comprou? -

- Comprei. - respondeu abrindo a porta do carro para mim. Eu entrei no carro e ele deu a volta nele entrando e antes mesmo que ele pudesse ligar o carro e ele virou para mim. - Quer comer alguma coisa antes de irmos para casa? -

- O que me sugere? -

- Chinês? - balancei a cabeça assentindo e sorrindo.

Edward dirigiu para o nosso restaurante chinês favorito, onde nós já até tínhamos uma mesa, que sempre que íamos lá ela estava pronta para nós. Nós comemos tranquilos enquanto um provocava o outro e não demorou muito e estávamos indo para casa.

O agarramento começou no elevador, ele estava vazio, tínhamos apenas nós dois. O beijo era avassalador e esquentava o clima, mesmo estando vestido e apenas o beijo acontecia, o elevador começava a ter um leve cheiro de sexo, talvez se lembrando da vez que a luz caiu enquanto descíamos, e para me distrair, eu e Edward transamos, e com o medo de a luz voltar, e consequentemente a câmera voltar a funcionar, ou de alguém abrir a porta deixava tudo mais intenso.

Nós entramos na minha casa sem interromper o beijo, as mãos dele estavam em minhas costas, e eu podia senti-lo segurar uma sacola em mão, a qual ele não me deixava ver. A porta se fechou e eu interrompi o beijo quando senti meus pulmões quase explodirem.

- Eu preciso respirar. - pedi afastando minha boca da dele.

- Eu também. - disse sugando o ar com força pela boca e eu me sentei no sofá respirando fundo e tentando acalmar meu coração que batia aceleradamente.

- Me amostra o que tem nessa sacola. - pedi quando ele se sentou ao meu lado.

- O que eu disse que iria comprar…  -

- Me deixa ver. - pedi e ele pegou dentro da sacola dois plugs e um frasco de lubrificante. - Dois? -

- Eu conversei com o cara da loja, e depois dele acreditar que eu não era gay e que não iria enfiar isso em mim. - comentou e eu balancei a cabeça rindo. - Ele explicou que esse. - disse apontando para o menor. - Esse aqui você usa por uma semana e depois trocamos por um maior. - explicou. - Quer mesmo tentar? - assenti. Edward pegou uma almofada e colocou em seu colo e bateu nela. - Deita aqui. - pediu. Tirei minhas sandálias e deitei em seu colo, com o quadril em cima da almofada. Edward levantou meu vestido e abaixou minha calcinha. Devagar ele acariciou o meu buraquinho enrugado e senti algo gelado tocando lá. - Calma… Amor… É só o lubrificante. - ele melou meu ânus com o lubrificante e senti a ponta de metal frio tocando lá. Vamos lá Bella, calma. Ouviu sua mãe, relaxa. Você quer isso. - respirei fundo e apertei meus lábios um no outro ao senti-lo empurrando aquela coisa dentro de mim. Para aplacar a dor, ele começou a me masturbar bem devagar e eu não podia evitar gemer, tão gostoso. - Pronto. - disse dando uma tapa de leve na minha bunda após eu sentir todo o plug alojado dentro de mim e ele levanta minha calcinha e abaixa meu vestido. - Como se sente? -

- É um pouco estranho, mas é tranquilo. -

- Ótimo… Agora vem cá que eu quero foder essa sua boquinha. - mordi os lábios e me ajoelhei a sua frente.

Eu abri as calças de Edward e as abaixei junto com a cueca, peguei seu pau duro e levei a boca. Começo a mover minha cabeça contra seu pau devagar, eu gostava de provoca-lo, gostava de ouvi-lo implorar para ir mais rápido ou para ele gozar, era tão bom. Ele ordenava, mas era só sentir minha boca contra seu pau que ele enlouquecia.

 

Eu lambi seu pau e chupei de leve suas bolas, ouvindo-o gemer alto e agarrar meus cabelos, que estavam presos em um rabo de cavalo, ele tentava impulsionar minha cabeça contra seu pau mais rápido, mas sem sucesso. Até que cedi e deixei que ele literalmente fodesse minha boca, levando o quadril de encontro a minha boca, com cuidado para que eu não engasgasse, mas mesmo assim tentando ir fundo, até que ele encheu minha boca com seu gozo quente e eu o engoli e limpei seu pau.

Sem guardar seu pau dentro da calça, eu me levantei e me sentei em seu colo de frente para ele, e ele levou as mãos para a minha bunda, a acariciando e eu rocei meus lábios aos dele.

- Essa boquinha é muito deliciosa. - disse roçando o polegar pelos meus lábios levemente inchados.

(...)

As semanas foram se passando, todo sábado Edward trocava o plug em minha bunda sempre por um maior e nesse final de semana, finalmente, eu iria sentir o pau dele dentro de mim, lá atrás. Eu estava na aula e Edward na dele, dessa vez sem trocar mensagens, eu estava no meio de um trabalho, que deveria ser entregue até o final da aula.

O trabalho foi bem complicado e eu só consegui entregar no último minuto e quando sai encontrei com Edward andando de um lado pro outro no corredor, um pouco afastado da minha sala, discutindo no telefone e eu não conseguia ouvir nada, e eu preferi não me aproximar.

Não demorou muito e ele se aproximou de mim, guardando o celular no bolso, ele ainda estava irritado, mas disfarçava. Ele se aproximou e me deu um beijo rápido e sem falar nada ele segurou minha mãe e me levou para o elevador.

- Está tudo bem? - questionei meio sem jeito sem saber se ele iria querer me contar.

- Minha mãe me enchendo o saco. - resmungou mal humorado quando o elevador abriu.

Edward me guiou até o carro e sem falar nada. Ele foi dirigindo em silêncio, com o rádio tocando baixo e ele cantarolando a música que tocada. Ele não conhecia a música, apenas fazia barulhos no ritmo da música. Respirei fundo e desliguei o rádio quando ele parou em um sinal vermelho.

- Algo que queria me contar? - perguntei e ele me encarou com o canto dos olhos. - Sobre a sua mãe. -

- Não é nada de mais. - deu de ombros e voltando a dirigir quando o sinal abriu.

- Então por que está tão irritado? -

- Ela está perguntando quando eu vou voltar para casa. - o encarei e ele parou o carro na garagem do prédio e me encarou. - Eu prometi que viria fazer a faculdade e quando ela acabasse eu iria voltar para Boston para me preparar e assumir a empresa de meu pai. -

- E por que você simplesmente não diz que não quer? -

- Já disse. Mil vezes e eles ignoram. - respirei fundo.

- E o que vai fazer? -

- Eu não quero voltar. - deu de ombros. - Principalmente agora que eu conheci você. - disse pegando minha mão e dando um beijo nela.

- Então não volte. - disse simplesmente e lhe dei um beijo na bochecha. - Mas eu gostaria de conhecer seus pais. -

- Não é uma boa ideia. Acredite em mim. - ele ainda segurava minha mão, mas encarava o sinal de trânsito. - Minha cabeça está prestes a explodir. - comentou baixo.

- Vamos para casa, tomar um banho e eu faço massagem em você. - sugeri e ele sorriu de lado.

Eu sabia que a conversa com a sua mãe o perturbava, eu queria que ele se abrisse com comigo, mas também não iria forçar a nada. Edward dirigiu em silêncio até nossos apartamentos. Uma parte de mim achava que ele iria para a minha casa, mas não, ele disse que precisava de um dia para organizar algumas coisas na casa dele e eu fiquei sozinha.

Tomei um banho e após um lanche rápido deitei na cama. Eu não conseguia dormir, ficava girando de um lado para o outro na mesma, depois de tanto tempo tendo o corpo quente de Edward contra o meu, era difícil voltar a dormir sozinha.

Eram por volta das três da madrugada, eu ainda não havia conseguido dormir, quando eu senti a cama afundar atrás de mim e um braço abraçar minha cintura.

- Eu mudei de ideia. - ouvi a voz rouca de Edward contra minha nuca. - Posso voltar para cá? -

- Sempre! - disse simplesmente e ele aninhou seu corpo contra o meu, apoiando a cabeça próxima a minha. - Está melhor? -

- Agora estou. - respondeu dando um beijo em minha cabeça. - Você me faz bem. - respondeu simplesmente e eu sorri quando o senti inalando o cheiro de meus cabelos. - Minha Bella. -

- Só sua. -

(...)

O final de semana havia chegado, Edward ainda não havia estreado a porta dos fundos, mas eu também não iria pressiona-lo. Amanhã era aniversário de Edward e eu queria fazer uma surpresa para ele, mas não sabia o que. Eu havia a sexta toda livre e matutando o que diabos eu poderia fazer, até que decidi recorrer ao meu último recurso e liguei para mamãe que havia me dado uma ideia incrível.

Eu passei o resto da sexta preparando tudo e para não correr o risco de Edward ver ou descobrir, eu o mandei ir para a casa dele, arrumando uma pequena briguinha para ficarmos separados. E ele não havia vindo aqui.

Sábado a noite estava tudo pronto. A mesa arrumada, o jantar pronto, eu havia tomado banho, passado um creme de morangos no corpo e me vesti e respirei fundo antes de sair de casa. Que ninguém aparecesse no corredor agora. Parei em frente à casa de Edward e toquei a campainha e ele prontamente a abriu. Edward estava arrumado, calça jeans escura, uma camisa de botões e um paletó preto. Edward me encarou de cima a baixo vendo minha roupa e vi seus olhos faiscarem.

Não era para menos. Eu estava com meias três quatro preta com babados brancos em volta das coxas. Um vestido bem curto, que deixava basicamente minha bunda toda de fora, preto, com babados de cetim branco na barra da saia, uma faixa em volta da cintura, e detalhes nos seios branco, e duas faixas de renda nos braços, os cabelos estavam soltos e uma tiara preta com rendas brancas na cabeça e eu segurava espanador rosa em mãos.

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- Boa noite Sr. Cullen. - disse e seus olhos faiscarem mais ainda. - O senhor pretende sair? -

- Eu… Eu estava planejando te chamar para jantar… -

- Bom, senhor Cullen… - disse inocente e passando a mão pelo cabo do espanador e ele encarava atentamente o que eu fazia. - Acontece que eu preparei o jantar para o senhor… -

- O que você está aprontando? - perguntou simplesmente.

- Nada. - disse ofendida. - Bom… Caso o senhor deseje… - me virei arrebitando o quadril e entrei em meu apartamento. E antes de fechar a porta, fingi que estava apanhando algo do chão e me abaixei, deixando meu quadril erguido e amostrando a ele que eu estava sem calcinha e entrei calmamente em casa e antes mesmo que eu pudesse fechar a porta, ele invadiu meu apartamento e bateu a porta atrás de mim.

- Eu não sei o que você está aprontando… Mas eu estou adorando. - disse agarrando-me pela cintura.

- Assim o senhor me ofende. Eu não estou aprontando nada. - comentei roçando meu quadril contra seu pênis duro. - Eu estou aqui hoje apenas para servi-lo e realizar todas as suas vontades. - rocei meu quadril contra o seu novo. - Pois bem, senhor Cullen, siga-me. - pedi saindo de dentro de seu abraço e caminhando até a cozinha, onde a bancada estava montada. Um prato na frente do outro, com velas iluminando todo o ambiente. - Sente-se senhor Cullen. - pedi e emergência se sentou e eu coloquei um guardanapo em seu colo e passando a mão pelo seu pênis duro.

- Bella… - ele gemeu baixo quando eu rocei mais uma vez a mão pelo seu pênis. Caminhei até o forno e abri a porta. Eu me mexia lentamente e me abaixei, revelando mais uma vez que estava sem calcinha.

Eu servi o Edward nós comemos, comigo sempre o provocando, e após o jantar foi a vez da sobremesa. Eu havia preparado algo bem simples, um fondue de chocolate e vários morangos.

- Me deixa ver se eu entendi. - ele começou a falar quando eu espetei um morango no chocolate e levei aos seus lábios. - Você está aqui para me servir e realizar minhas vontades? -

- Exatamente senhor Cullen. -

- Não sabe como eu estou excitado, principalmente com você falando assim. - e eu sorri amplamente mordendo um morango.

- O que o senhor deseja que eu faça? - perguntei e ele apenas levou a mão até o pênis e o apertou por cima da calça e eu entendi o que ele queria.

Eu larguei o morango na mesa e ele afastou um pouco o banco da bancada e eu levei as mãos até a sua calça e a abri, tirando seu pênis duro e ereto de dentro da sua cueca. Passei a mão pelo seu pau duro, o masturbando um pouco antes de colocá-lo por fim em minha boca e ganhando um gemido alto de satisfação.

Eu chupava o pau de Edward com vontade, eu havia me apaixonado por chupá-lo. Ele levou as mãos para os meus cabelos, prendendo em um rabo de cavalo e fazendo minha cabeça subir e descer rápido pelo seu pau.

 

- Oh Bella… - ele gemia alto. - Puta que pariu, como isso é gostoso… - eu sugava seu pau com vontade e eu podia sentir que ele estava prestes a gozar. - Sua boca é tão quente e gostosa. - chupei a cabeça de seu pênis um pouco forte e ele gozou e eu sentia seu gozo quente escorrer pela minha garganta.

- Sr. Cullen, seu pau é delicioso e seu gozo também. - comentei apertando-o de leve.

- Senta aqui… - pediu empurrando tudo que estava em cima da bancada para fora dela. - Senta aqui e abre as pernas para mim. - mandou e eu subi na bancada da cozinha e levantei meu vestido até a minha cintura deixando minhas pernas bem abertas para ele e me apoiando em meus cotovelos e eu senti um rosnado sair de sua garganta. - Tão vermelha e molhada. - e ele passou a língua do meu rabinho, sem o plug, até o meu clitóris e eu soltei um gemido baixo. - Eu vou comer com muita vontade essa buceta, deixando-a mais vermelha ainda. - ele levou as mãos até as minhas coxas, deixando-as mais abertas para ele. - E vou comer esse cuzinho também… Mas primeiro… - ele deixou a frase morrer e caiu de boca em minha buceta sugando-as com força e eu gemi alto.

Edward lambia, sugava e chupava minha buceta com vontade e eu gemia sem o menor pudor. Isso era tão gostoso e a barba rala de Edward roçando na pele sensível de minha buceta era maravilhosa. Minhas costas estavam encostadas na bancada, minha cabeça tombada para fora dela, minhas pernas erguidas e minhas mãos nos cabelos de Edward, puxando-me com força.


- Isso… Isso… Isso é tão gostoso… - ele mordiscou e sugou meu clitóris com força e eu gozei gritando seu nome. - Oh senhor Cullen, que língua maravilhosa. - disse sem sair do personagem.

- Sua buceta que é uma delícia. - disse lambendo os lábios enquanto eu me sentava na bancada e ele abaixava as alças de minha fantasia revelando meus seios, que ele tratou de suga-los.

Eu mantinha o peito erguido para ele e tinha a cabeça jogada para trás enquanto seria sua língua e dentes em meus bicos rígidos. Eu estava tão excitada, que mesmo após gozar na boca de Edward, eu já podia sentir minha buceta de animar.

- Vem. - ele disse após puxar o bico do meio sei entre os dentes e soltá-lo. - Eu quero que você esteja bem confortável enquanto eu como você com vontade. - Edward me ajudou a descer da bancada e tirou o resto da minha fantasia, menos meus saltos e meias. - Você é tão gostosa. - disse agarrando meu corpo e beijando meu pescoço, eu estava de costas para ele enquanto caminhávamos para o quarto. - Eu vou comer você tão bem, que amanhã não vai conseguir fechar as pernas. - disse em meu ouvido e eu soltei um gemido alto apenas por imaginar enquanto íamos para o quarto.

(...)

- Como se sente? - Edward perguntou, já eram por volta das duas da manhã, minha buceta estava levemente sensível, eu havia gozado horrores, havia visto muitas estrelas e queria ver mais.

- Ótima. - respondi sorrindo e o encarando. Eu estava descalça, apenas com as meias, deitada de bruços na cama e com os tornozelos cruzados no ar e com a cabeça apoiada no peito de Edward. - Cansou? -

- Não. - respondeu sorrindo. - Mas eu queria comer outra coisa agora… -

- O que? -

- Sua bunda. - respondeu e eu sorri.

- Está esperando o quê? - ele sorriu e se levantou e eu tirei a cabeça de seu peito e me deu um beijo rápido.

- Vira de lado. - pediu. - Se por acaso eu te machucar você me avisa, que eu paro. -

- Tudo bem. - respondi virando de lado e ele pegou um dos travesseiros e colocou perto do meu corpo e apoiou minha perna ali em cima, um de seus braços estava por baixo de meu corpo, com sua mão em volta de meu seio, onde ele massageava o bico de meu seio enquanto eu sentia a cabecinha de seu pênis tocando no meu buraquinho intocado.


Edward forçou a entrada e eu travei soltando um leve gemido de dor, mesmo trocando os plugs, mesmo assim não era do mesmo tamanho que o pau de Edward. Obviamente eu sabia que se não tivesse passado esse mês com vários tipos de plug em meu ânus, provavelmente o gemido de dor seria muito pior.

- Relaxa meu amor… - disse baixo beijando meu ombro e massageado meu seio com sua mão. - Quer que eu pare? -

- Não. - respondi respirando fundo. - Continua. - pedi e ela continuou empurrando devagar e com todo o cuidado do mundo e pênis para dentro do meu rabinho, até encaixa-lo todo lá dentro.

Ele ficou um tempo, dentro de mim, parado, enquanto meu ânus se acostumava com o seu tamanho. Sua boca continuava a beijar meu ombro e minha nuca enquanto suas mãos acariciavam meu corpo, principalmente meus seios, me fazendo relaxar mais ainda. Provavelmente notando que eu estava mais calma e relaxada e ele começou a se mexer.


De início, Edward começou a investir de leve, se movimentado devagar para que eu pudesse me acostumar mais ainda com o seu tamanho e aos poucos, meus gemidos foram se tornando mais de prazer do que de dor ou desconforto. As mãos de Edward continuavam a passear pelo meu corpo e sua boca pela minha nuca.

Após algumas investidas, onde eu já havia me acostumado com o seu tamanho, ele passou a investir um pouco mais forte e rápido e eu já o recebia sem dor alguma. Edward subiu com uma das mãos até o meu pescoço, virando meu rosto para perto do dele e uniu meus lábios aos dele. Edward estava sendo bem carinhoso e eu não iria estragar esse momento carinhoso e amoroso com alguma coisa obscena, como era a maioria de nossos sexos.


- Mais rápido. - pedi e ele parou de se mexer. - Eu pedi para ir mais rápido e não para parar. - ironizei e ele sorriu.

- Calma menina. - respondeu se ajoelhando na cama. Ele deixou uma de minhas pernas em seu ombro e deixou a outra apoiada na cama. Com cuidado, mais uma vez, ele preencheu meu rabinho com seu pênis grosso, mas não se mexeu devagar.

Após seu pau estar mais uma vez toda alojada dentro de mim, ele voltou a se mexer, com um pouco mais rápido, e ia aumentando o ritmo durante as investidas. Eu estava bem aberta para ele e enquanto eu sentia sua mão apertando e massageado meus seios e eu comecei a estimular minha buceta com meus dedos.


Eu já conseguia sentir minha buceta se contraindo, pronta para gozar e por ele ter aumentando o ritmo das investidas, ele provavelmente também estava bem próximo. Palavras desconexas saiam de minha boca enquanto eu gemia alto, coisas como o nome dele, pedidos por mais, e afirmações de aquilo era bom. Não demorou muito e eu gozei em meus dedos, relaxando na cama e senti seu gozo encher meu rabo e ele sair de dentro de mim.

Devagar ele abaixou minha perna e deitou seu corpo sobre o meu, apoiando seu peso em seus braços e unindo nossas bocas. Nós estávamos cansados, completamente satisfeitos, e ofegantes, mas mesmo assim nós nos beijávamos, pouco ligando para os nossos pulmões que imploravam por ar.

- Esse foi o melhor presente que eu poderia ter ganhado no meu aniversário. - disse após interromper o beijo.

- Você não quis que eu comprasse um presente para você. - apontei. Seus dedos deslizavam pelas minhas bochechas enquanto minhas mãos passeavam pelos seus braços e costas.

- Claro que não… Ia gastar dinheiro comigo por quê? -

- Para ver você feliz. - disse levando as mãos para o seu rosto e esticando com lábios, com os meus indicadores, para cima, formando um sorriso. - Até porque essa semana você estava um pouco distante. - comentei tirando os dedos de seu rosto.

- A briga por telefone com a minha mãe me deixou um pouco desnorteado, mas nada que você precise se preocupar. Perdoe-me que se eu fiquei distante, não foi minha intenção. - e ele abaixou o rosto e me deu um beijo. - E você não precisa comprar nada para mim e nem me surpreender desse jeito para me fazer feliz. Ver você já me faz feliz… Mas todas as vezes que você quiser me surpreender desse jeito, sinta-se a vontade. - sorri passando as mãos pelos seus ombros.

- E eu tenho mais uma coisa para você. - respondi e nos virei rapidamente na cama ficando por cima.

- Olha amor, eu amo… Mesmo… Amo quando você fica por cima, mas eu estou morto, então pelo amor de Deus, não me diga que você quer mais uma rodada. - disse meio desesperado e eu sorri abaixando o corpo e deixando meu rosto bem próximo ao dele.

- Não é isso… - garanti. - Também estou exausta… É uma coisa que eu tenho guardada para você há algum tempo já… -

- Quanto você gastou com isso? -

- Nem um centavo. Não é algo material ou algo do tipo… É uma coisa que eu tenho guardada dentro de mim. -

- O que? - perguntou subindo e descendo as mãos das minhas coxas até a altura de meus seios.

- Eu te amo. - disse e suas mãos pararam em minha cintura e ele me encarou como se não acreditasse no que eu havia dito.

- Como? -

- Eu te amo. - repeti. - Eu te amo… Eu te amo… Eu te amo… - disse enchendo seus lábios de beijos e ele enlaçou minha cintura com seus braços e nos virou na cama unindo nossos lábios.

- Eu também te amo. Muito. - disse contra minha boca. - Amor… Eu estou matutando uma ideia há alguns dias… -

- Qual? -

- Iremos entrar de férias juntos… -

- Se Deus quiser. -

- Ele quer… Ele quer… - disse e eu balancei a cabeça sorrindo. - Mas eu pensei que nós pudéssemos viajar. -

- Para onde? - perguntei quando ele nos virou na cama, ficando de lado, um de frente para o outro.

- Podemos ver destinos que sempre quiséssemos ir. -

- Sempre fui apaixonada por Veneza… -

- E é super-romântica… Vamos? Só nós dois em Veneza! -

- Vamos. -

- Agora meu amor… Vamos dormir… -

- Vamos tomar um banho… Eu estou toda suada e estamos grudando um no outro e isso é nojento. - brinquei rindo e o empurrando.

Nós saímos da cama e fomos para o banheiro e tomamos um banho bem devagar e um aproveitando do corpo do outro mais um pouco e depois disso, nós dois caímos na cama exaustos e não demorou muito e nós fomos tragados pelo sono, e dormimos profundamente.