domingo, 11 de novembro de 2018

The Soldier - Capítulo Bônus

Capítulo Bônus.
Pov. Bella.

——— Arlington — Virginia ———
10 anos depois.

O despertador tocou e eu abri os olhos encarando a cama vazia a minha frente, já tinha algum tempo que isso acontecia, eu ia e vinha dormir sozinha, algumas vezes com meus filhos, mas hoje eu estava completamente sozinha em casa. Levantei-me da cama, eu tinha que ir trabalhar. Após fazer a cama, caminhei até o banheiro para tomar um banho e depois até o meu guarda roupa para me vestir, coloquei uma calça jeans cinza, uma blusa de alças preta e desci as escadas para tomar café.

Era estranho ficar em casa sozinha, ainda mais depois de tanto tempo, e era estranho ter que fazer café apenas para mim, portanto resolvi fazer algo mais rápido e leve possível, algumas torradas e café e fui terminar de me vestir. Escovei os dentes e coloquei um paletó branco, erguendo as mangas até os cotovelos e penteei meus cabelos, calcei sandálias pretas, peguei minha bolsa, óculos e chaves e saí de casa. Enquanto caminhava para perto de meu quarto, vi que a senhora Stanley já estava no quintal, mexendo em suas rosas, ou melhor, se metendo na vida dos outros. Nem me preocupei em falar com ela ou algo do tipo e entrei no carro indo para o trabalho.


O dia passou-se rápido, Alice que já havia se formado na faculdade trabalhava comigo e dividia as consultas comigo. Hoje o dia foi de cachorro atrás de cachorro, gato atrás de gato, e foi bem cheio. A única pausa que tive foi perto do meio dia para almoçar, eu não estava lá com tanta fome assim, tanto que comi apenas um sanduíche e logo voltei ao trabalho.

- Mamãe... Mamãe... – eu estava terminando de atualizar algumas fichas quando Freya entrou na veterinária gritando, rindo e pulando.

- Oi minha princesa. – larguei a caneta e sai de trás do balcão me agachando no chão. Ela veio para os meus braços e eu a abracei forte, a pegando no colo e dando um beijo demorado em sua bochecha. Deus, eu havia sentido falta da minha menininha.

- Oi mamãe. – ela me deu um beijo.

- Se divertiu acampando com o papai? –

- Muito, mamãe, foi bem divertido. –

- Que bom meu amor. – a abracei forte e ela levou a boca perto do meu ouvido.

- Eu preciso ir ao banheiro. –

- Oh, vai lá. – a coloquei no chão. – Bata na porta antes. – avisei e ela saiu correndo pelo corredor até a porta do banheiro.

- Oi Bella. – ouvi a voz de Edward vindo de trás de mim e respirei fundo antes de me virar.

- Olá Edward. – e ele estava parado a alguns passos a minha frente com a mochila rosa de Freya no ombro.

- Como está? –

- Melhor agora que pelo menos um dos meus filhos está em casa. – disse cruzando os braços.

- Eu chamei você para ir junto. – apontou. – E Anthony e Adam estão no acampamento da escola. –

- Eu sei. É que eu não gosto de me afastar deles, principalmente dela. –

- Eu sei bem como é isso. E mesmo assim você insiste e mantê-los longe de mim. –

- Já conversamos sobre isso, Edward. Você pode vê-los quantas vezes você quiser. –

- Não é a mesma coisa e você sabe disso. – disse sem emoção alguma. – E eu ainda não entendi o motivo de você ter feito o que fez. –

- Você me obrigou aquilo. –

- Eu? Bella eu larguei os fuzileiros para ficar com vocês e... –

- E arrumou outro emprego que te deixava mais fora do que dentro de casa. – rebati. – Você disse para mim, me prometeu que não iria mais se afastar, e o que você faz? Se afasta por cinco meses! – ele abriu a boca e eu o interrompi. – Eu sei que fazer parte dos seguranças do presidente é algo único, mas você colocou o seu trabalho acima de sua esposa e filhos e sabe disso. –

- Eu pedi desculpas. –

- Pediu... E alguns meses depois fez de novo. E de novo. E de novo. E de novo. E eu cansei. – passei a mão pelos cabelos. – Eu cansei de tentar explicar para as crianças o motivo de você não estar em casa. De você não poder ir aos eventos da escola deles. De não saber se você iria voltar inteiro. Eu cansei. – dei de ombros.

- E o que eu sinto por você não conta mais? Cansou do que sentia por mim? –

- Você colocou seu trabalho a cima disso também. –

- Mamãe... – e Freya se aproximou.

- Oi meu amor. – a peguei no colo.

- Estou com fome. –

- E o que quer comer gatinha? –

- Algo saudável. –

- Tipo? –

- Pizza! – disse e eu balancei a cabeça sorrindo.

- Bom, hoje eu acho que dá para comermos pizza. – apontei. – E eu acho que já podemos ir... – comentei vendo que a veterinária estava absurdamente vazia.

- O papai pode ir junto? – perguntou encarando o pai enquanto seu celular começou a tocar.

- Não sei. Ele não tem que ir trabalhar? – perguntei enquanto o via digitando algo no celular.

- Não, eu não tenho e caso sua mãe não se importe, sim eu posso ir. E a sua avó te mandou um beijo e mandou outro para a Bella. – disse guardando o telefone.

- Então eu vou pegar minha bolsa... – dei um beijo na bochecha de Freya e a colocando no chão. – Mamãe já volta meu amor. – e me afastei dos dois entrando em minha sala e fechando a porta encostando-me a mesma.

- Você está bem? – dei um pulo ao ouvir a voz de Alice.

- Alice! O que está fazendo em minha sala? –

- Ah, é que a sua sala tem um sofá bem confortável e eu queria deitar um pouco. – revirei os olhos, até porque eu já estava mais do que acostumada com Alice sendo abusada desse jeito. – Você está bem? Ouvi a voz do Edward. –

- Estou. – disse simplesmente.

- Ainda gosta dele não é? – assenti simplesmente mordendo o lábio inferior. - Então engole o orgulho e volta para ele? –

- Eu não sei se consigo isso... De aguentar as ausências. Eu não quero passar por isso de novo e não quero que meus filhos passem por isso de novo. –

- Bella... Posso ser bem sincera contigo? –

- Sempre foi. – apontei. – Até demais. –

- Você não vai aguentar ficar longe dele. Não vai. Eu não dou até o próximo natal para vocês estarem reatados ou reatando de novo. –

- Não diz isso... –

- É a verdade, vocês se amam. Acontece que o Edward saiu de um emprego agitado e não aguentou simplesmente sair daquela agitação toda e cuidar de duas crianças, ele precisava de emoção. Infelizmente ele passou dos limites e colocou isso na frente de vocês, mas ele já percebeu o erro que cometeu e estava disposto a mudar... –

- Ele fez isso diversas vezes Alice, não foi apenas uma. Quantas vezes você me ouviu reclamando porque ele simplesmente esquecia-se de nós e ia trabalhar? –

- É porque ele sabia que quando voltasse você e as crianças estariam esperando por ele. Agora que ele não tem mais você ou as crianças todos os dias, ele percebeu a burrice que cometeu. E eu duvido que ele faça isso novamente. –

- Você é otimista demais para o meu gosto, Alice. – comentei.

- E você pessimista. –

- Eu não sou pessimista... E sim realista. –

- Então, senhora realista... Vocês se conhecem há anos, superaram muitas coisas. Meses e meses de treinamento dele, sem que ele pudesse tocar no telefone. Meses e mais meses dele em serviço. Você aguentou isso de cabeça erguida, porque o que você sentia por ele era mais forte do que tudo. Então eu te pergunto, o que você sentia por ele acabou, ou tornou-se fraco o bastante para não aguentar uma ausência? –

- O problema não é a ausência Alice. –

- E então? – balancei a cabeça negando.

- Você não entende. –

- Me explica. – pediu.

- Alice, quantas vezes você já explicou ao John o motivo de Jasper não estar ao seu lado? De ele ficar dias, meses sem aparecer ou ligar? Quantas vezes você sentiu como se algo sufocasse você, porque você não sabia se seu marido estava bem e se ele iria voltar para casa? Quantas vezes? –

- Nenhuma. – respondeu após um tempo.

- Exato. Nenhuma. Porque Jasper é apenas um contador. Edward foi para a guerra e agora está fazendo a segurança de um homem que tem meio mundo como inimigo. E com isso ele se torna um alvo em movimento, tornando assim meus filhos alvos. Alice, eu não tenho mais forças para dizer aos meus filhos: seu pai está de serviço, depois ele volta, sem nem ao menos saber se ele vai voltar... Dá ultima vez, durante a viagem a Coréia, Alice, eu repeti essas palavras sem acreditar nelas. Como eu posso passar isso aos meus filhos, se nem eu confio mais nelas? –

- Já pensou em pedir para ele largar? –

- Você sabe que eu nunca faria isso, pelos mesmos motivos que eu nunca iria querer que ele fizesse isso comigo. –

- Tem total diferença Bella, o máximo que você se expõe é a uma mordida de cachorro e contrair raiva, ele se expõe a coisas piores e entenderia perfeitamente bem caso você pedisse para ele largar esse emprego. – respirei fundo. – Tenta uma terapia de casal. Você foi do: completamente apaixonada para o divórcio muito rápido, nem tentou a terapia. –

- Eu não acredito em terapias. –

- Então acredite em seus pais. Eles ainda estão juntos e bem. –

- E eu cresci sem saber se meu pai voltaria para casa e eu não quero que meus filhos passem por isso. –

- Mas você o ama. – disse simplesmente. – E não consegue negar ou esconder isso. Está estampado em seus olhos. Qualquer um, até mesmo um cego, vê isso. Menos você... Melhor, você vê também, mas prefere ignorar. Não deixe seu orgulho impedir que você fique com o homem da sua vida. E sim, ele é o homem da sua vida e você sabe disso. Ele errou, mas ele é humano, Bella, é passível de erros, igual a mim e igual a você. Lembre-se disso. – disse e eu a encarei por alguns minutos.

- Vá trabalhar Alice. – e disse simplesmente puxando minha bolsa de minha cadeira.

- O fato de você não ter uma resposta para isso é porque eu estou certa. –

- O fato que eu não ter uma resposta é porque eu não quero ficar batendo boca com você. – retruquei e sai da sala encontrando com Edward e Freya na recepção. – Vamos minha princesa? – questionei a pegando no colo. Depois de quase uma semana longe dela, eu não iria soltá-la tão cedo, mesmo ela já tendo seus sete anos.

- Vamos mamãe... – e nós três saímos da veterinária e eu parei em meu carro, ao lado do de Edward. – Papai, eu vou com a mamãe. – disse se agarrando ao meu pescoço.

- Sem problemas. Encontro vocês lá. – respondeu sorrindo e eu peguei a mochila de Freya de sua mão, tentando equilibrar minha filha, minha bolsa, sua mochila e as chaves do carro. – Na sua casa? – perguntou abrindo a porta para mim. Eu não respondi de imediato, apenas coloquei Freya no banco de trás e coloquei o cinto nela e voltei a fechar a porta, e foi quando eu respondi.

- É. – disse contornando o carro.

- Te encontro lá. – ele foi para o seu carro e eu entrei no meu, joguei tudo em minhas mãos no banco do carona e liguei o carro.

Eu dirigi para minha casa em silêncio, apenas ouvindo Freya me contando sobre o acampamento com o pai. Ela queria ter ido com os irmãos para o acampamento da escola, mas ela era nova demais para ir com eles e depois de tanto insistir Edward acabou cedendo e a levou para acampar por alguns dias. Eu confiava nele com a minha filha, por Deus, o cara era um ex-fuzileiro naval, se ela não estava segura com ele não estava com ninguém. Nós chegamos a minha casa e eu parei o carro na frente da garagem e desci, abrindo a porta do banco traseiro para Freya descer, e Edward, que havia acabado de parar o carro no meio fio, pegou o resto das coisas nela no porta-malas e entrou em casa comigo.

- Direto para o banho mocinha... – mandei e ela sem reclamar me obedeceu subindo correndo as escadas. – Deixa as coisas que depois eu arrumo. – avisei a Edward que deixou as bolsas aos pés da escada e eu entreguei o telefone para ligar para a pizzaria.

- Vai pedir de que? –

- Tanto faz. – disse sentando no sofá. Ele ligou para a pizzaria e fez o pedido e logo em seguida se sentou ao meu lado. Ele me encarou por dois segundos e depois balançou a cabeça rindo. – Está rindo do que? –

- Lembrei-me da primeira vez que ficamos sozinhos na sua casa e pedimos pizza. – comentou. – Lembra? – claro que eu me lembrava. Foi o dia que dormimos juntos pela primeira vez.

- Lembro. –

- Bons tempos... Queria que eles voltassem para eu consertar meu erro desde o início. –

- De não ter transado comigo? – questionei.

- De ter ido embora. – corrigiu. – Namorar, transar e casar com você não foi um erro... O meu erro, e o maior dele, foi ter negado o que eu via em seus olhos... Seu pedido mudo para eu não ir embora a nenhum dos meus treinamentos e serviços. – suspirou. – Queria que tivesse me pedido em voz alta, eu teria ficado. –

- Eu não podia fazer aquilo, Edward... R você sabe. Eu não podia pedir para você largar algo que sempre quis... Aquilo era o seu sonho. –

- Aquilo foi meu sonho até o dia que eu pus meus olhos em você... – respondeu me encarando. – Mas sejamos sinceros... Eu sou uma completa besta. –

- Não diz isso... –

- É na falta de arrumar um pejorativo pior... Depois de tudo... Durante os treinamentos e serviços, eu me afastei para proteger a bunda de um homem... Em minha defesa não sabia que seria tão puxado assim. –

- É a bunda do presidente dos EUA, o que queria? – questionei.

- O que eu quero é a minha esposa de volta... – respondeu e eu suspirei. - O divórcio ainda não saiu por completo, podemos voltar atrás. –

- Eu não quero voltar atrás Edward. – avisei me levantando do sofá.

- Claro que quer... Eu vejo nos seus olhos que você não queria esse divórcio... –

- É claro que eu não queria. – interrompi. – Eu nunca deixei de amar você, é claro que eu não queria o divórcio, mas você não me deu escolha... Você fez isso comigo, de ir embora, se afastar por anos, não posso deixar isso acontecer com meus filhos. –

- Você não pensou em momento algum, que, do mesmo modo que eu larguei os fuzileiros, eu não poderia largar a segurança? –

- Para fazer o que? – retruquei. – Você não sabe ficar parado e sabe disso. –

- Eu ainda não pensei nisso, mas eu largo a segurança com o maior prazer do mundo para ter você de novo. Para ter meus filhos de novo... – disse se levantando e ficando bem perto de mim. – Para poder dormir e amar você de novo. –

- Me diga exatamente o que você pretende fazer caso largue a segurança, algo que vai manter você dentro de casa, ou que no mínimo faça você voltar todas as noites para mim e para nossos filhos... Faça isso até o dia da audiência final, que eu posso pensar em desistir desse divórcio. – avisei. – Mas essa é a sua última chance. – alertei e ele sorriu amplamente e segurou meu rosto entre as mãos e me beijou.

De inicio eu tentei me separar, empurra-lo, afastá-lo, mas não consegui, não por ele me segurar com força, até porque ele não me segurava com força, ele apenas me segurava, melhor, tinhas as mãos apoiadas em meu rosto, mas porque no meu âmago eu desejava aquele beijo. Meu cérebro me mandava afastá-lo, mas meu coração e meu corpo me mandava retribuir, e meu cérebro perdeu a batalha e eu me entreguei ao beijo.

Eu levei minhas mãos aos cabelos de Edward puxando-o para mais perto de mim e aprofundando o beijo e entreabrindo os lábios. A língua de Edward tocou na minha e ele me prensou contra a parede da sala, descendo as mãos para a minha cintura, acariciando-a com a ponta dos dedos por cima de minha camisa, enquanto eu enlaçava seu pescoço com minhas mãos.

- Isso... – Freya gritou e o beijo foi interrompido devido ao susto, por um curto momento nós havíamos nos esquecido da presença da menina na residência. – Isso... Isso... Isso... – ela veio pulando para perto de nós com seu pijama de unicórnios e com os cachinhos ruivos de seus cabelos molhados sacudindo. – Vocês vão ficar juntos de novo? – perguntou animada. Ela não devia ter visto este beijo.

- Estamos nos acertando aos poucos, meu anjo. – Edward disse e a pegou no colo e ela bateu palmas animada. – Agora trate de secar os cabelos antes que fique doente... A pizza deve estar chegando. – ele avisou a colocando no chão e ela subiu as escadas correndo de novo.

- Ela não podia ter visto isso. – disse quando ele veio para perto de mim de novo para me beijar. – Não, Edward, ela não podia ter visto isso. – e eu me afastei dele.

- Qual é o problema de ela ver? –

- Ela vai criar mais expectativas do que já está criando, e isso não é algo bom... –

- Por quê? – questionou. – Você acabou de me dar uma chance... –

- Eu sei... Mas não sabemos se você vai realmente ganhar esta chance... Há chances de o divórcio ser concluído, não quero criar esperanças para ela. –

- Bella, por favor... –

- Voltei... – e Freya voltou com os cabelos úmidos e antes que mais alguém pudesse dizer algo, a campainha tocou.

- Tudo bem... Vai com a mamãe pegar as coisas que o papai vai pegar a pizza. – Edward disse e foi na direção da porta.

Eu fui com Freya pegar os copos e guardanapos e quando voltamos para a sala. Haviam sido pedidas três pizzas e nós comemos enquanto um filme infantil passava na TV. Mal o filme acabou e Freya já estava dormindo, com cuidado, Edward levou-a para cima, para ajudá-la a escovar os dentes e a colocar na cama, isso enquanto eu limpava a bagunça e lavava a pouca louça suja.

- Já está na cama. – respondeu entrando na cozinha enquanto eu secava as mãos. – Está dormindo como um anjo... –

- Ela é um anjo. – disse cruzando os braços. – Eu acho que já está na hora de você ir embora... Eu vou levar a Freya para a casa de minha mãe amanhã e eu tenho que ir dormir. Tive um dia muito cheio... E não, você não pode ficar aqui e sim, eu vou mandar você embora depois do que aconteceu naquela sala e da nossa conversa. – o interrompi antes mesmo que ele tivesse a oportunidade de abrir a boca.

- Você me conhece muito bem... –

- Eu sei... Anos juntos... –

- Tudo bem... Eu vou... Mas eu vou voltar com esse “plano de vida” que você quer e eu te garanto que você vai fazer igual à primeira vez. Vai pedir para eu ficar... – prometeu.

- Tchau Edward. – disse simplesmente e caminhei até a porta, abrindo-a.

- Qualquer coisa você me liga. – assenti e ele saiu.

Eu fechei a porta, trancando-a e após ver pela fresta da cortina que ele havia entrado em seu carro e partido, eu reuni as coisas de Freya e segui para a área de serviço para colocar as roupas sujas para lavar, e as outras coisas eu arrumei. Após organizar tudo, subi para o meu quarto e após um banho eu deitei na cama, vazia, grande e fria.

Antes de conseguir dormir minha mente revirou em tudo o que houve no dia de hoje. Da minha conversa com Alice, com Edward, o beijo, Freya vendo e a sua promessa. Eu não conseguia dormir, devo ter ficado rolando na cama por quase duas horas sem conseguir pegar no sono. Isso acontecia com muita frequência durante esse ano, desde que eu pedi o divórcio. Obviamente eu não o queria, mas ele não havia me dado escolha, nenhuma escolha.

Levantei da cama e caminhei pela casa vazia, passando pelos quartos vazios de Anthony e Adam e segui para o de Freya. Eu entrei no quarto de Freya e não pude evitar sorrir ao lembrar-me de quando Edward soube que eu finalmente esperava a nossa menina. Ficou todo bobo. E ele fazia questão de fazer todas as vontades da menina, mesmo que isso significasse trocar o papel de parede do quarto às quatro da manhã. Eu entrei no quarto todo cor de rosa com o um carpete acinzentado no chão. As paredes eram todas revestidas por papeis de parede brancos e rosas bebê quadriculadas. A cama ficava no meio de duas janelas e um pequeno sofá perto da porta.


Freya dormia profundamente no meio da cama agarrada ao seu ursinho de pelúcia, a única coisa descoberta pelo lençol rosa eram seus cabelos arruivados. Eu me aproximei da cama, em silêncio, para não acordá-la e abaixei um pouco o lençol descobrindo seu rostinho e fiz carinho em sua bochecha. Com todo o cuidado do mundo, eu deitei na cama, abraçando-a e ela inconscientemente se aconchegou mais contra mim e eu tentei dormir com a cabeça próxima aos seus cabelos.

Eu fiquei na cama sem conseguir fechar os olhos, obviamente eu sentia falta de Edward, e obviamente me arrependia amargamente do pedido de divórcio. Desisti de dormir e levantei da cama, e após dar mais um beijo em sua bochecha eu saí do quarto voltando para o meu e vendo que a tela do meu celular, estava acesa, piscando uma nova mensagem de texto. De Edward.

De: Edward.
Hey Little Kitten, eu sei que são três e meia, mas eu não consigo dormir. Não consigo parar de pensar na nossa conversa de hoje e principalmente na nova chance que você me deu. E por mais que isso tenha sido rápido, eu acho que já decidi o que eu quero e queria saber o que você acha. Eu sei que você não está dormindo, então, porque não desce as escadas e me encontra aqui atrás?’

É claro que foi impossível impedir meu coração de se aquecer. Eu simplesmente peguei um casaco fino dentro de uma das gavetas da cômoda e após vesti-lo, eu desci as escadas. Eu fui para a cozinha e vi a hora no relógio da parede, eram dez para as quatro, eu fiz café e coloquei em duas canecas e deixei a cozinha. Com calma eu abri a porta da sala que dava para o jardim dos fundos e encontrei com ele ali, sentado nos dois degraus que separavam a varanda da piscina.


- Você não fica vindo aqui a noite não, não é? – perguntei me sentando ao seu lado.

- Claro que não. Isso é atitude de um psicopata. – respondeu e eu entreguei a ele uma das canecas com café fresco. - Obrigado. – e eu bebi um gole do café.

– Então, qual é o motivo da visita a essa hora? –

- Amanhã de manhã eu vou passar na casa branca e me demitir. – respondeu.

- E vai fazer o que? –

- Estava pensando e conversando com o Emmett e com o seu pai... – e eu o encarei.

- Você estava falando com o Emmett e com o meu pai? – ele não respondeu, apenas pegou o telefone e me mostrou uma mensagem.

De: Emmett.
Cara, pelo amor de Deus, me encontre no Holligans, eu preciso beber. Rosalie está me enchendo o saco.’

- Sempre disse que essa mulher era o demônio e ele não quis me ouvir. – comentei ao ler a mensagem e devolvi a ele.

- Ele disse que Rosalie estar exigindo que ele saia do exército. –

- Ela faz isso desde que o conheceu. – apontei.

- Então, pelo visto ele vai fazer o que ela quer. Então estávamos nós três conversando no Holligans depois que eu saí daqui e eu acredito que tenhamos entrado em um acordo, que beneficiaria os três. – e eu levei a caneca aos lábios de novo e bebi um gole do líquido quente. – Estamos pensando em abrir, nós três, como sócios igualitários, uma pequena empresa de segurança. –

- Vai largar a segurança pela segurança? – questionei bebendo mais um gole do café.

- Não. Eu vou largar a segurança do presidente por segurança particular. – explicou e me olhou. – Eu voltaria para casa todas as noites, no mesmo horário, não perderia nada na escola das crianças. Tudo o que você queria. –

- São apenas planos, Edward, ainda não é algo concreto. Eu preciso de algo concreto. –

- Já é quase concreto. Amanhã eu peço demissão, quer algo mais concreto do que isso? –

- Quero. Palavras são lindas, mas preciso de atitude. - comentei. - Agora você está dizendo isso, amanhã você pode simplesmente mudar de ideia. -

- Mudar de ideia? Isabella pelo amor de Deus, eu disse que faria qualquer coisa para voltar pra você e pros nossos filhos. -

- Você não devia nem ter saído, Edward. - e ele abriu a boca. - E não se atreva a falar que fui eu que te pus para fora. -

- Não. Claro que não. Eu sei que não. – e ele voltou a encarar o chão a sua frente. – Mesmo assim. – suspirou e eu bebi o resto do meu café. – Mas eu não vou mudar de ideia. Nunca mudaria quanto a você e as crianças. Realmente eu precisei perder vocês quatro para perceber que estava fazendo as coisas erradas. Mas meus olhos já estão bem abertos, eu quero voltar e deitar ao seu lado todas as noites e acordar ao seu lado toda a manhã e não ter que ir embora antes que as crianças acordem quando não aguentamos a ausência e temos uma recaída. -

- Eu sei. Eu também. Eu mal tenho dormido. Sabe que odeio dormir sozinha... – suspirei. – E o que mais aconteceu durante os anos do nosso casamento fui eu dormindo sozinha... – apontei. – Mas agora está pior. – admiti. – Acho que é porque eu sei que você não está fora a trabalho. – 

- Então me deixa voltar. É só o que eu te peço... Deixa-me voltar. – pediu e eu respirei fundo.

- Eu já falei o que você tem que fazer para voltar. – respondi e sentindo meus olhos ardendo eu me levantei e segui, melhor, tentei seguir para dentro, mas ele me impediu me segurando pelo pulso. – Edward, por favor, não. – pedi e ele me virou de frente para ele. Ele não disse nada e nem eu, todavia sem mais forças para ficar longe dele, eu me joguei em seus braços e o beijei.

As mãos de Edward foram imediatamente para as minhas cinturas, apertando-a com força contra o seu corpo e andou para trás me prendendo entre a porta fechada e seu corpo. Minhas mãos subiram para a sua nuca, arranhando-a com minhas unhas curtas. E ainda apertando minha cintura contra seu corpo, ele me ergueu no colo e eu enlacei minhas pernas em sua cintura.

Ele abriu a porta e entrou em casa comigo e antes de subirmos as escadas ele me colocou no chão e nós subimos as escadas até o meu quarto, e mal entramos no quarto, ele fechou a porta e a trancou e voltou a me pegar no colo. Enquanto ele caminhava até a cama eu ia me livrando de meus tênis e mal o som rouco do tênis caindo no chão de madeira soou pelo quarto e ele me deitou na cama ficando por cima de mim e sem separar nossos lábios.

Eu levei as mãos para a barra da camisa de Edward e a tirei jogando-a no chão ao lado da cama e desci as mãos pelas suas costas ate o cós de sua calça, e trazendo a mão para frente e abrindo suas calças. Como todas as vezes que tínhamos recaídas estávamos sedentos um pelo outro e não pararíamos até estarmos plenamente satisfeitos. Ele ficou de joelhos na cama e me puxou junto, me sentando na mesma, e enquanto eu abaixava suas calças ele tirava meu casaco e camiseta e jogando os dois no chão e puxando-o pela nuca, uni nossos lábios novamente após termos separado-os para tirar minha blusa.

Nós nos deitamos na cama de novo e nossos pulmões imploravam pelo ar e o beijo foi interrompido mais uma vez e seus lábios migraram para o meu pescoço e eu apenas fechei os olhos sentindo seus beijos, sugadas e leves mordidas em meu pescoço e pelo meu corpo. Edward seguiu para os meus seios sugando-os e mordiscando de leve meus mamilos.

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- Oh Edward... – gemi baixo quando ele soltou meus seios e desceu a boca pela minha barriga até meu short de moletom e o abaixou junto com a minha calcinha, deixando-me completamente nua e ao abrir minhas pernas para ele e passou a língua por toda a extensão de minha buceta e eu me controlei para não gemer alto.

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Eu amava o fato de Edward ser o único homem com quem eu estive e realmente desejava que ele fosse o único pelo resto de minha vida. Eu apertava minhas mãos em seus cabelos, puxando-os a cada sugada em meu clitóris. Não demorou muito e eu gozei em seus lábios relaxando na cama. Seu corpo voltou a pairar sobre mim e ele já estava nu, nossos lábios voltaram a se encontrar enquanto eu o sentia me preenchendo mais uma vez.

Não consegui evitar um gemido de alivio e alegria ao senti-lo dentro de mim de novo, minhas pernas estavam envoltas a sua cintura e suas mãos apertavam firmemente o travesseiro onde minha cabeça estava repousada enquanto investia seu quadril contra o meu, nossos lábios apenas roçavam um ao outro já que nossos gemidos impediam-nos de nos beijarmos.

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Minhas mãos arranhavam suas costas a cada nova investida dele e isso era magnífico e maravilhoso igual a nossa primeira vez de tão maravilhoso que era. Com as minhas mãos apoiadas em seus ombros, eu nos virei na cama deitando-o na mesma e ficando por cima, com minhas mãos apoiadas em seu peito, enquanto começava a me mexer de forma lenta em seu colo, fazendo-o ir todo dentro de mim.

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- Oh meu amor. – Edward gemeu segurando minha cintura delicadamente, suas mãos deixaram minha cintura e seguiram para o meu quadril, apertando-o de leve enquanto me ajudava a sentar em colo. Ele tinha os olhos presos em mim e eu tinha os meus presos nele e não demorou muito e eu senti seu pau ser apertado e eu gozei abaixando minha coluna e levando minhas mãos até a lateral de sua cabeça e unindo nossos lábios.

- Eu te amo tanto. – admiti sem forças para negar e o beijei. Suas mãos deixaram meus quadris e subiram para o meio de minhas costas e me abraçando ele nos virou na cama ficando novamente por cima de mim. Sem separa nossos lábios ele investiu mais algumas vezes até se liberar dentro de mim e relaxar seu corpo sobre o meu, sem apoiar seu peso em mim.

- Eu também te amo. –

———
Nós estávamos sentados na cama, o lençol cobrindo apenas nossas cinturas, ele a minha frente e eu atrás dele e nossos lábios juntos, o dia estava quase raiando e dessa vez eu não o mandei embora antes como fiz das outras vezes que tivemos uma recaída. As pontas de seus dedos deslizavam pelas minhas costas e minhas unhas arranhavam de leve sua nuca.

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- Eu não aguento mais viver a base de recaídas. – ele disse quando o beijo foi interrompido e me encarando. – Eu preciso de você todos os dias... – e suas mãos subiram ate minha bochecha acariciando-a de leve.

- Nem eu. – admiti. – Mas eu preciso colocar meus filhos na frente disso. –

- Eu já disse que não vou me ausentar mais. É uma promessa que não irei quebrar. – e antes que nossos lábios se encontrassem de novo seu celular tocou, o celular que era usado para falar apenas com o presidente. – Por Deus, nem deu seis da manhã ainda. – reclamou e se esticou para pegar o telefone em cima da mesinha de cabeceira. – Sim senhor presidente? – ele atendeu e eu saí da cama pegando minhas roupas do chão e seguindo para o banheiro.

Era sempre assim antes do divórcio, o presidente ligava a qualquer hora do dia e ele parava o que estava fazendo e ia atrás dele. Eu segui para o banheiro e tomei um banho enquanto ele estava no telefone, terminei o banho rapidamente e após me enrolar na toalha e voltei para o quarto. Edward ainda estava no telefone e eu segui para o armário para me trocar. Eu iria para a casa de minha mãe daqui a pouco, portanto já me aprontei logo. Eu coloquei uma calça clochard cinza com algumas listras bem fininhas brancas formando quadrados e amarrando um laço na frente, uma camisa branca, de mangas curtas e um pouco curta com algumas perolas artificiais presas espalhadas por ela, calcei meus tênis brancos e separei meu casaco de crochê cinza que deixei em cima da poltrona. Quando eu voltei para o quarto, Edward já estava vestido e tinha terminado a ligação.


- Eu estou indo para a casa branca. – Edward respondeu quando eu tirei a roupa da cama, enrolando tudo em um bolo, juntando com a roupa do cesto do banheiro.

- Conte-me uma novidade, Edward... – pedi ironicamente. Era o que eu mais ouvia nos últimos anos.

- A novidade é que eu vou para lá e me demitir. – explicou quando eu abri a porta.

- Eu não vou falar mais nada. E essa ligação já me fez me arrepender de ter mais uma recaída. – disse abrindo a porta do quarto.

- Não diz isso, por favor. – pediu me seguindo enquanto eu descia as escadas.

- Você tem que ir embora, não? –

- Vai mesmo ignorar toda a nossa conversa e o que aconteceu durante a madrugada? –

- Vou. – respondi. – Eu já falei. Você tem uma única chance de cancelar esse divórcio. E eu não quero palavras e sim ações. Agora se me dá licença, eu tenho muita coisa para fazer antes de Freya acordar. –

Eu segui para a área de serviço e deixei-o sozinho aos pés da escada para que ele fosse embora e ele foi. Eu coloquei a roupa suja para lavar e fui separar as roupas que Freya havia levado para esse acampamento com o pai. Eu queria adiantar tudo logo porque Anthony e Adam iriam chegar daqui a dois dias e com eles duas pilhas enormes de roupas sujas.

Eu lavei toda a roupa suja e coloquei na secadora e enquanto as máquinas faziam seus trabalhos eu fui adiantar o meu café da manhã e o de minha menininha. Ás oito horas tudo estava pronto e eu fui acorda-la. Eu a acordei com alguns beijos em seu rosto e ela despertou rindo.

Freya se levantou e caminhou para o banheiro para tomar um banho enquanto eu arrumava sua cama, e depois dela se vestir, nós descemos e fomos tomar café. Nós duas tomamos o café bem rápido e não demorou muito e a louça havia sido lavada e nós estávamos a caminho da casa de minha mãe.

Eu estacionei no meio fio da minha antiga casa e após soltar Freya de seu cinto, ela saiu correndo até a porta de minha mãe e tocando a campainha ficando na ponta dos pés para conseguir alcança-la. Eu conferi se todo o carro estava bem trancado e após ligar o alarme caminhei ate ela, e foi apenas preciso eu encostar o pé no quinto degrau branco que meu pai abriu a porta.

- Princesa. – ele disse animado e se agachou para pegar a neta no colo.

- Vovô. – e Freya abraçou o pescoço de meu pai dando um beijo estalado em sua bochecha.  

- Como você está minha princesa? – perguntou sorrindo.

- Bem vovô. –

- Se divertiu acampando com seu pai? –

- Muito vovô. Da próxima vez a mamãe vai junto. – e meu pai riu. Meu pai sabia o quanto eu odiava acampar.

- Essa eu pago para ver... Oi filha. – e ele finalmente falou comigo.

- Oi pai. – e eu lhe dei um beijo na bochecha. - Amor, vai procurar a sua avó enquanto eu mato o seu avô. – pedi colocando-a no chão e ignorando a minha fala ela saiu correndo gritando pela avó.

- Já até sei o que você quer falar comigo... – disse cruzando os braços.

- Por que foi se encontrar com ele? –

- Seu irmão que me chamou para ir, de inicio eu não sabia que ele estaria lá, mas de qualquer forma você sabe que eu gosto de Edward e acho muita idiotice esse divórcio... –

- Obrigada por ficar do meu lado. – ironizei.

- Você não consegue ficar longe dele. Por Cristo Isabella, você não se afasta dele por livre e espontânea vontade desde o dia que o conheceu. Você passou seu recado a ele. Ele entendeu. Cancela esse divórcio de vez. –

- Ele te contou que eu dei outra chance a ele? –

- Contou. Ele estava bem animado ontem, como não o via desde que você pediu o divórcio. –

- Hoje pela manhã o presidente ligou e ele foi até ele, de novo. –

- Hoje pela manhã? – perguntou divertido e com a sobrancelha arqueada. – Tiveram uma recaída de novo? –

- Oh mãe. – e eu passei pelo meu pai que ria.

- Cozinha. – e ela gritou de dentro de casa. Eu segui para a cozinha, em cima da grande ilha em formato de L, de madeira escura com tampão de mármore branco, estava sentada Freya com minha mãe ao seu lado e um enorme prato com biscoitos com gotas de chocolate ao lado delas e Freya tinha um biscoito em mãos.

A cozinha era bem grande e iluminada, os armários eram de madeira clara, a ilha era de madeira escura que se estendia para um banco de madeira com uma mesa redonda e mais duas cadeiras. Era a mesma cozinha de minha infância, com os mesmos moveis luz e cheiro, exatamente igual, me dando uma bela sensação de nostalgia mesmo eu vindo sempre aqui.

- Renée, pode, por favor, falar para a sua filha para de viver de recaídas e voltar logo para o marido dela. – meu pai disse entrando na cozinha atrás de mim e ainda rindo.

- Recaída de novo? Está se tornando frequente em... – e ela ironizou.

- Vovó o que é recaída? –

- Nada meu amor... – ela disse rindo e pegando-a e a colocando no chão e entregando o prato com biscoitos. – Por que não vai brincar um pouco com seu avô enquanto a vovó conversa com a sua mãe, daqui a pouco nos juntamos a vocês dois. –

- Vem princesa... – e meu pai estendeu a mão para ela e ela foi até ele com cuidado para não derrubar os biscoitos.

- Vê se não se entope de biscoitos porque você vai almoçar daqui a pouco. – avisei e minha mãe se sentou no banco e deu uma batidinha ao lado dela para eu me sentar e foi o que eu fiz.

- Não precisa me explicar nada. Seu pai já me contou da conversa que ele teve ontem com Emmett e Edward, e sinceramente eu gosto dessa ideia. – respondeu mexendo em meus cabelos. – O que eu quero saber é dessa recaída. Eu sei que antes do divórcio vocês estavam tentando ter outro filho, mas você está se cuidando não? –

- Sim... – e pensei um pouco. – Ai merda... –

- O que? –

- Eu me esqueci de tomar a pílula ontem e na última recaída mês passado. –

- Se bobear já está grávida e não sabe. – ironizou bebendo um gole do suco de melancia que tinha dentro de um copo. -

- Claro que não. – rebati. – Não senti nada. –

- E a menstruação? –

- Nunca foi regular. – lembrei-a.

- Meu amor, quando chegar em casa faz o teste, por favor. Preciso saber se vou ser avó de novo ou não. – bufei ignorando a sua desconfiança estapafúrdia. – Você ainda o ama não? – questionou colocando uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha.

- Você sabe que eu nunca deixei de ama-lo. – suspirei. – A senhora nunca teve esse problema com o papai? –

- Todos os dias do meu casamento. Muitas vezes eu pensei em me divorciar de seu pai devido às várias vezes que ele se ausentou por tempos... –

- E por que nunca pediu? –

- Nunca tive coragem... Sabe aquele ditado de ruim com ele, pior sem ele? – assenti, era basicamente o que eu estava passando, pelo menos quando esse ruim significava quando ele estava fora. – Eu tentava me distrair com tudo que eu conseguisse, ás vezes funcionava, ás vezes não. – deu de ombros. – Mas acredito que o amor que eu sentia e sinto por seu pai era mais forte do que a ausência. – e eu suspirei de novo. – E o seu também é, por isso as recaídas. Vocês não conseguem se afastar por completo e não é por causa das crianças, e porque se amam e precisam um do outro. – mal ela terminou de falar e a campainha tocou.

- Está esperando alguém? – questionei e ela negou.

- Eu abro. – meu pai gritou da sala

- Papai... – e Freya gritou um tempinho depois e eu respirei fundo.

- Oi minha princesa. –

- Tio Emmett. – e ela disse em seguida.

- E ai pirralha dois. Cadê sua mãe e a minha mãe? –

- Cozinha. – respondeu. – Hey, esses biscoitos são meus. – e ela reclamou e Emmett apareceu mordendo um biscoito e com mais três na outra mão.

- Oh pirralha um, ensinou sua filha a dividir não? – questionou ele com a boca cheia.

- E a mamãe não lhe deu educação não? – rebati e ele me deu língua. - Bem maduro Emmett. – ironizei e Edward apareceu na cozinha com Freya no colo.

- Oi Renée. –

- Oi querido... – ela saiu pelo outro lado da mesa e caminhou até ele lhe dando um abraço, mal dado já que ele segurava nossa garotinha. – E você, pare de roubar os biscoitos da Freya. – reclamou minha mãe dando uma tapa no braço de Emmett.

- Não era para você estar com o presidente? – questionei depois que ele colocou Freya no chão e ela, minha mãe e Emmett seguiram para a sala.

- Oficialmente não trabalho mais para ele. – respondeu. – Como disse que faria. –

- Com que frequência você fica vindo à casa de meus pais? – perguntei.

- É a primeira desde o pedido de divórcio. – respondeu. – Emmett me ligou e vimos aqui resolver como vamos abrir a empresa. – explicou. – Não sabia que estava aqui... –

- Mentiroso. Eu lhe avisei ontem que iria trazer Freya aqui. – e ele sorriu torto. O meu sorriso favorito, o que fazia meu coração disparar.

- Bom já que não temos um escritório. – meu pai disse a meu irmão enquanto os dois entravam na cozinha e meu pai com vários papéis em mãos.

- Essa é a minha deixa... – e eu me levantei saindo da cozinha.

Eu fiquei no quintal dos fundos vendo minha mãe quase enfartando enquanto tentava correr atrás de Freya enquanto brincavam de pique esconde, até que minha mãe se cansou de correr atrás dela e se sentou ao meu lado na varanda enquanto Freya brincava sozinha com uma bola que os irmãos haviam esquecido ali. Por volta da hora do almoço eu e minha mãe entramos com Freya e a deixamos sentada na sala assistindo alguns desenhos na televisão da sala enquanto eu ajudava a minha mãe a preparar o almoço e capturava uma ou outra palavra dos três homens sentados na cozinha. Quer dizer, ouvir eu ouvia tudo, entender era uma palavra ou outra.

Todo mundo só foi embora à noite, o que incluía Edward e Emmett só não ficou mais tempo porque Rosalie ligou para ele reclamando que ele estava fora de casa o dia inteiro. Como sempre dizia, essa mulher era o cão.

———
Finalmente dois dias depois meus filhos estavam chegando do acampamento da escola e eu fui busca-los com Freya e fiquei esperando no pátio da minha antiga escola, onde eles estudavam, junto aos pais dos outros alunos. Edward não havia conseguido vir, ele ficou preso no cartório com meu pai e irmão enquanto abriam a agência, a qual eles estavam completamente animados para isso e em dois dias conseguiram toda a documentação necessária para tal.

Finalmente o ônibus amarelo da escola chegou e estacionou no estacionamento da escola e um a um os alunos foram chegando, um pouco antes da metade do ônibus estar vazio meus meninos saíram com as mochilas nos ombros e vieram correndo até mim e Freya.

- Meus meninos. – e eu os abracei ao mesmo tempo e bem forte. – Vocês estão bem meus amores? – perguntei conferindo um por um se eles estavam bem e sem nenhum arranhão.

- Sim mamãe, estamos bem. – responderam rindo e Anthony pegou Freya no colo.

- Oi irmãzinha. – e lhe deu um beijo na bochecha.

- Oi irmãozão. – respondeu rindo e lhe devolvendo o beijo. – Adam... – e ela cantarolou rindo e deu outro beijo no outro irmão.

- Mamãe, cadê o papai? – Adam perguntou. Anthony simplesmente não perguntava mais onde o pai estava.

- Com seu avô e tio. Ele tem novidades para vocês. Disse que a noite iria aparecer lá em casa com pizzas e sorvetes. – e eles se animaram. – Agora devolva minha garotinha e vão pegar suas coisas para irmos embora. –

Peguei Freya de seu colo e eles colocaram as mochilas aos meus pés enquanto corriam de novo para o ônibus para pegar o resto de suas coisas. Coloquei minha garotinha no chão e peguei as mochilas enquanto caminhava até o porta-malas de meu carro o abrindo. Os garotos chegaram logo em seguida e guardaram suas malas lá dentro e eu coloquei as mochilas por cima e eles entraram no banco de trás, com Freya no meio deles e com o cinto bem postos e seguimos de volta para casa.

Chegamos em casa com Adam gritando de sentia falta do banheiro e os dois saíram correndo para o andar de cima para ver quem tomaria banho primeiro. Eu deixei Freya na sala assistindo a alguns desenhos enquanto ia preparar o almoço e começar a lavar as pilas de roupas sujas que eles trouxeram do acampamento.

Enquanto almoçávamos eles iam contando como foi passar um mês inteiro acampando e a única coisa que Adam sabia falar era que sentiu falta do banheiro e que a pior coisa era ter que fazer suas necessidades fisiológicas no mato. Um fato, digamos que, desnecessário para se falar, principalmente quando estávamos almoçando.

Os três passaram a tarde toda dormindo e descansando e eu terminando de lavar as roupas. Após elas estarem lavadas, secadas e dobradas, eu entrei em silêncio no quarto das crianças, um por um, e arrumei suas roupas em suas gavetas e terminei arrumando as minhas. Ainda tinha algumas roupas de Edward ali, principalmente algumas blusas dele que eu tinha no meio das minhas que eu costumava usar quando ele viajava. Aproveitei o tempo vago para arrumar minha penteadeira, uma coisa que eu estava protelando há tempos e finalmente estava fazendo.

Enquanto arrumava as gavetas eu encontrei um teste de gravidez ainda na caixa e fechado. Eu fiquei batendo com a caixa em meus dedos pensando na conversa que tive que com minha mãe há dois dias. Eu não podia estar grávida só porque havia me esquecido de tomar o remédio duas vezes distintas, e além do que, eu não havia sentido nenhum sintoma, claro que minha menstruação ainda não havia vindo, mas ela nunca foi regular. Mas levando em consideração de que em todas as gravidezes eu só senti o sintoma com a gravidez já avançada com quase três meses...

Segui para o banheiro com o teste e tranquei a porta para não correr o risco de nenhuma criança entrar, e apenas para confirmar que eu não estava grávida, resolvi fazer o teste. Enquanto esperava o tempo do teste, eu fiquei sentada na privada, com a tampa fechada e encarando o teste ainda sem resultado quando eu ouvi a campainha tocando. Deixei o teste em cima da pia e tratei de sair do quarto e descer as escadas antes que a campainha acordasse as crianças.

Era Edward com um enorme pote de sorvete em mãos. Quando eu o vi, minha mente viajou diretamente para o teste em cima da pia de meu banheiro. Eu contaria para ele ou não? Ele era o pai, tinha o direito de saber. Mas ele também não precisava saber de mais uma das ideias loucas de minha mãe. Portanto resolvi não contar nada, pelo menos não ate o resultado sair.

- Os meninos chegaram? – perguntou dando espaço para ele entrar.

- Sim. Estão dormindo. Os três. Por isso vim correndo. – expliquei pegando o pote de sua mão e levando-o para o congelador da geladeira e o guardando.

- Bom. Acho que deve saber que a agencia já está aberta. – respondeu quando eu voltei à entrada de casa. – Já avisamos a algumas pessoas e Emmett já conseguiu um emprego para o final de semana que vem. –

- Foram rápidos. – respondi.

- Eu disse que não estava brincando quando disse que queria voltar para casa. –

- Minha mãe acha que eu estou grávida. – soltei sem pensar e depois que eu me toquei do que havia dito me bati mentalmente.

- Grávida? – perguntou sorrindo. – E está? – dei de ombros. – Você tinha um teste sem uso... –

- Eu acabei de usa-lo. – respondi olhando para o chão e cruzando os braços embaixo de meus seios. – Estava esperando o resultado quando você tocou a campainha... – expliquei.

- Então, vamos ver se o resultado já saiu e... –

- Papai... – Adam chamou nossa atenção e desceu as escadas correndo.

- Oi meu filho... – e Edward o pegou no colo. Mesmo com Anthony já tendo onze anos ele se jogou no colo do pai. – Se divertiu no acampamento da escola? –

- Sim papai, muito. –

- Que bom. – Edward deu um beijo na bochecha do filho e o colocou no chão. – Quem sabe da próxima vez vamos nós cinco... – sugeriu me encarando enquanto bagunçava a o cabelo dos filhos.

- Mamãe falou que o senhor tinha uma novidade para nós. – comentou ajeitando o cabelo bagunçado.

- Tenho. Assim que seus irmãos acordarem nós vamos pedir pizza e conversarmos... – e ele bagunçou de novo o cabelo do filho e eu me aproximei deles e dando uma tapa em sua mão ajeitei o cabelo do meu menino.

- Pai. Joga vídeo game comigo? –

- Vai lá ligando que eu já vou. – e ele seguiu andando para a sala deixando-me sozinho com o pai mais uma vez.

- Pois então. Eu tenho uma novidade ou três? –

- Três? – questionei erguendo uma das sobrancelhas. – Eu sei que a primeira é provavelmente a do emprego novo, e quanto a outras duas? –

- Ora... Da possível gravidez e do encerramento do divórcio. – comentou apoiando as mãos em meus ombros.

- Eu nunca garanti que iria encerrar o divórcio. –

- Você me garantiu que caso eu arrumasse um emprego novo iria encerrar o pedido de divórcio. –

- Você apenas arrumou um emprego novo Edward, ainda não me provou se vai ficar tanto tempo fora de casa. – respondi.

- E como eu posso provar isso? – questionou descendo com as mãos para a minha cintura.

- Ações. – respondi simplesmente e ele assentiu.

- Mãe? Pai? – e Anthony se pronunciou aos pés da escada. – Está tudo bem? – e Edward me soltou.

- Sim querido. – respondi.

- Oi pai. – ele se aproximou e Edward o abraçou forte.

- Oi filho. Como está? E a viagem? –

- Estou bem e foi boa. –

- Que bom. – e ele deu um beijo na cabeça do filho mais velho.

- Depois eu posso conversar com o senhor? –

- É claro... Sobre o que? –

- Depois. – disse simplesmente.

- Tudo bem. –

- Sua irmã já acordou? – questionei.

- Está descendo. – respondeu e foi se juntar ao irmão na sala.

- Ele quer conversar sobre garotas... –

- Ele é novo demais para querer saber de garotas. – resmunguei.

- Isabella, ele tem quinze anos. Na idade dele eu já estava arrumando a minha primeira namorada... – revirei os olhos e tentei seguir para a sala, quando ele me segurou pelo cotovelo e me puxou para perto dele. – Mal sabia eu que a melhor só apareceria aos dezoito. – comentou em meu ouvido e eu me arrepiei. – Eu sinto tanto a sua falta... – e ele beijou meu pescoço e inalou o cheiro dali.

- Para... – e ele inalou o cheiro do meu pescoço e um arrepio desceu de meu pescoço até o meio de minhas pernas. – Eu não aguento mais... – reclamei me virando de frente para ele e o puxei pela camisa unindo nossos lábios.

Suas mãos desceram para a minha cintura a apertando forte contra seu corpo e eu subi minhas mãos para a sua nuca, puxando-o para mais perto de mim. Minhas unhas arranhavam de leve sua nuca e ele apertou mais ainda a minha cintura contra seu corpo. Um gritinho animado vindo da escada fez com que o beijo fosse interrompido e Edward olhou sorrindo para a escada.

- Oi princesa. – ele me deu mais um beijo rápido e foi até a escada pegar Freya no colo.

- Papai, o senhor e a mamãe vão ficar juntos de novo? –

- Vamos meu amor. – respondeu. – Aos poucos estamos nos entendendo. –

- Filha, vai com o seu pai para a sala e vão pedindo as pizzas enquanto eu vou ao banheiro e volto logo. – sugeri e ela assentiu. Edward me olhou por alguns segundos e eu os contornei subindo as escadas.

Eu entrei no banheiro trancando a porta atrás de mim e correndo até a pia abrindo a torneira. Eu joguei um pouco de água gelada em meu rosto, pescoço, nuca e pulsos tentando acalmar meus batimentos. Eu não conseguia mais ficar longe desse homem eu precisava dele como precisava do oxigênio para sobreviver.

- Deus, dê-me uma pista do que fazer. – pedi respirando fundo e o canto de meus olhos captou o palitinho em cima da pia e com a mão trêmula eu o peguei. Antes de ver o resultado eu respirei fundo e o vi. – Positivo. – disse baixo e eu não sabia se era de nervoso ou se era pela gravidez recém-descoberta, eu corri até a privada, erguendo a tampa quando senti o vômito subindo pela minha garganta.

Terminei de vomitar e apertei a descarga e voltei até a pia para limpar minha boca. Enquanto eu escovava os dentes, ouvi uma batida na porta e eu abri a mesma, eu conhecia aquela batida, era Edward. Limpei a boca enquanto ele entrava no banheiro, ele não disse nada e nem eu, apenas estendi o palito do teste para ele, que sorriu ao ver as duas listras azuis.

Edward encurtou a distancia entre nós dois e tomou-me em seus braços e me deu um beijo e sem forças para impedir, eu cedi ao beijo entreabrindo meus lábios. Ele me prensou contra a parede do banheiro e levou as mãos para o botão de sua calça e eu ergui meu vestido, embolando-o em minha cintura. Senti seus dedos empurrando para o lado minha calcinha e ele me preencheu devagar e nossos lábios se separaram quando um gemido escapou deles.

Minhas pernas estavam ao redor de sua cintura, minhas mãos em seus ombros em busca de apoio enquanto o sentia investindo o quadril contra o meu. No momento a porta não importava; as crianças lá embaixo tão pouco, apenas nós dois. Ele tinha a boca contra meu pescoço, ora beijando, ora mordiscando, ora apenas gemendo contra ele enquanto eu apertava meus dedos em seus ombros e me segurava para não gemer muito alto. Uma coisa que era quase que impossível.

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Não demorou muito e eu gozei apertando meus lábios contra seu ombro para abafar o gemido e ele veio logo em seguida. Edward tirou a boca de meu pescoço e subiu até os meus lábios para me dar outro beijo.

- Eu não aguento mais... – admiti antes que ele me beijasse. – Pode voltar para casa. Agora mesmo vou ligar para o advogado para parar o divórcio. – respondi e ele sorriu amplamente. – Mas se você ficar mais fora do que dentro de casa de novo, eu mato você. – disse entre os dentes e ele me encarou sorrindo.

- Eu nunca mais vou ficar muito tempo fora de casa, a menos que você esteja comigo... – respondeu e uniu seus lábios aos meus.

1 ano depois.

- Muito bem, prontos ou não, nós vamos sair em cinco minutos... – Edward gritou do andar debaixo da casa. Hoje era mais um dia dos veteranos e ele estava apressando todo mundo para seguirmos para a parada. Eu terminei de ajeitar minha blusa e recoloquei o casaco e peguei meu bebê no colo.

- Vem Rowena... – e eu a ajeitei em meu colo. – Seu pai é muito apressado meu amor... – resmunguei pegando sua bolsa e colocando em meu ombro.

Com cuidado eu desci as escadas com meu bebê de três meses em meu colo e as outras crianças foram descendo na frente e conforme eles saindo de casa Edward ia contando um por um, para não corrermos o risco de esquecermos nenhum em casa.

- Um... – ele contou quando Anthony passou. – Dois. – Adam foi o segundo enquanto vestia seu casaco. – Três. – e a baixinha saiu com um ursinho de pelúcia nos braços. – E quatro... – disse quando eu parei ao seu lado e ele pegou a bolsa de Rowena de meu ombro e deu um beijo em sua bochecha e em meus lábios. - Vamos? –

- Vamos. – respondi e sai deixando ele por último para que ele pudesse trancar a porta.

Depois que descobrimos a gravidez de Rowena, eu liguei para o advogado cancelando o pedido de divórcio e Edward contou as três novidades aos nossos filhos. A mudança no emprego. À volta para casa. E o aumento da família. E ele cumpriu o que prometeu, ele saia para trabalhar todo dia de manhã junto comigo e voltava um pouco depois de mim, e às vezes, um pouco antes. Nunca mais passou uma noite fora de casa, principalmente se eu não estivesse junto. Tirando obviamente o final de semana que ele levou as três crianças para acampar com meu pai, Emmett e os dois filhos de meu irmão e eu fiquei em casa com minha mãe, já que eu já estava com cinco meses de gravidez.

Mais uma vez teríamos uma menina. Agora tínhamos quatro crianças e dois casais dentro de casa, Edward não podia ter ficado mais feliz ao ver que seu sonho de ter filhas havia se concretizado, e ele teria duas. E Freya também não pode ficar mais feliz porque agora ela teria uma menina para brincar com ela de coisas de menina, já que quando ela brincava com seus irmãos eles não brincavam de boneca e hora do chá como ela declarava que faria com Rowena, Anthony e Adam jogavam futebol com ela, ensinaram ela a jogar basquete e beisebol, e a ensinou a chutar o saco de garotos. E isso não foi nem um pouco legal quando eu no auge dos oito meses, faltando pouco para minha garotinha número dois nascer, ter que ir para a escola porque ela havia sido suspensa por ter chutado o saco de um menino de sua sala.

Após ajeitarmos as crianças no carro, que teve que ser trocado por um maior, e termos prendido bem Rowena na cadeirinha de bebê, entramos nos bancos da frente e ele dirigiu para o cemitério de Arlington para a parada que começaria em poucos minutos. Demoramos um pouco para chegar devido a um pequeno engarrafamento, mas logo estávamos parando o carro no estacionamento e seguimos para perto do Tumulo do Soldado Desconhecido onde meus pais já nos esperavam com Emmett, Rosalie e seus dois filhos.

Mal nos aproximamos e minha mãe já foi logo pegando Rowena de meu colo e meu pai pegou Freya, colocando-a em seus ombros, Adam sentou em um banco ao lado dos primos e começaram a conversar enquanto Anthony encontrou algumas pessoas de sua escola e após pedir licença seguiu para lá. A cerimônia começou e em menos de meia hora e a parada começou, nós não íamos sair andando pela cidade com um monte de crianças, iríamos para a casa de meus pais, aonde meus sogros iriam nos encontrar mais tarde.

Um pouco antes de irmos embora, enquanto reuníamos todo mundo para irmos, eu olhei em volta a procura de Anthony e o encontrei sentado no mesmo banco que eu e Edward ficamos conversando há vinte anos quando nos conhecemos e quando nos reencontramos depois de mais de um ano a dez anos quando ele largou a marinha de vez. Ele estava lá sentado e conversando com uma garota e sorria, o mesmo sorriso torto do pai e eu não pude deixar de sorrir ao ver que meu menino estava crescendo.

- Pelo visto esse dia e esse banco juntam mais pessoas do que o dia dos namorados em si... – Edward disse em meu ouvido e abraçando minha cintura e eu sorri para ele.

- Pelo visto sim... – e encostei minha cabeça em seu peito. – Eu te amo, sabia? –

- Eu também te amo, minha Little Kitten. – e deu um beijo estalado e demorado em minha bochecha.

Eu virei um pouco o rosto apenas para inalar o cheiro natural de meu marido e sentindo meu coração se aquecer como sempre se aquecia quando eu sentia seu cheiro ou quando eu o beijava. Eu amava tanto meu homem e soldado. Apenas meu soldado e sempre meu. Ergui um pouco a cabeça para olha-lo e ele deu um beijo em minha testa sorrindo amplamente com os olhos brilhantes, e após o beijo eu voltei a aninhar minha cabeça em seu peito enquanto me sentia completamente segura e protegida dentro de seu abraço, um lugar apenas meu, onde eu cabia perfeitamente e não pretendia sair nunca mais.

The End.

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