quinta-feira, 21 de maio de 2015

This Song is For You - Capitulo 2: 93 Million Miles

Capitulo 2: 93 Million Miles

Musica: 93 Million Miles - Jason Mraz

bella swan animated GIF

Pov. Bella

Acordei cedo, tinha muita coisa pra fazer hoje, achamos um baú em um navio naufragado no Egito e temos pouco temo pra informar ao Governo Egípcio o que tem dentro.

Levantei e fui tomar um banho, coloquei uma blusa social amarela, não muito fluorescente, meio opaca, uma saia que ia até o meio das minhas coxas, prendi meu cabelo em um coque frouxo e coloquei minhas pantufas. Desci e fiz um café da manhã básico mais reforçado, comi um pedaço de bolo de chocolate, que minha empregada Mary fez, tomei meio copo de suco de laranja e uma xícara de café.
– Bom dia Bella, me desculpe pelo atraso, o transito está uma merda. – falou Mary chegando a casa e indo pra cozinha.

– Não se preocupe Mary. Vou terminar de me vestir, tenho muito que fazer. – Subi pro meu quarto e escovei meus dentes, fiz uma maquiagem leve e soltei meu cabelo. Calcei meus saltos roxos, peguei minha bolsa e sai do quarto. – Ah Mary, não precisa fazer almoço pra mim hoje não, não devo vir almoçar, ok? – ela assentiu, peguei minhas chaves, mandei um beijo pra ela e sai de casa. 

Em trinta minutos havia chegado na empresa do meu pai, o transito estava mesmo uma merda, mas lembrei de um atalho que meu pai me ensinou uma vez e segui por ele, aquela empresa parece mais um museu do que empresa, porque tudo que achávamos e os governos não queriam ficava com a gente e nós colocávamos em exposição. Desci do carro e deixei as chaves com o manobrista, pra que ele pudesse guardar no estacionamento.

– Bom dia Bella. – Ângela, minha secretaria, começou a falar assim que as portas do elevador se abriram.

– Bom dia Ângela. – respondi-lhe. Olhei pra ela, Ângela sempre vinha trabalhar simples. Vestia uma blusa preta, calça jeans e tênis. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e usava óculos e em suas mãos estava minha agenda. – Cadê Rose? – 

– Rose está no laboratório com o irmão. Seu pai ligou e disse que vai adiar mais uma semana sua volta... –

– Mais uma semana? – perguntei entrando na sala, sendo seguida por ela, larguei minha bolsa no sofá que havia ali e sentei na minha cadeira. – Ele está adiando a mais de um mês. –

Meu pai tinha resolvido fazer sua segunda lua de mel com a minha mãe no Hawaii, e já era pra terem voltado a mais de um mês. Isso só porque eu precisava da ajuda dele.

– Sim, senhora... El... Ele disse que ficará lá mais uma... Uma semana. E que se a senhora precisar de ajuda, é só ligar pra ele. – ela gaguejou. Ângela só gagueja quando fica nervosa.

– Tudo bem. O que tenho pra hoje? –

– Bom, o banco desmarcou a reunião que tinha com a senhora, e quer saber se no dia vinte do mês que vem a senhora está disponível para ir conversar com eles. – disse abrindo minha agenda. – Eu já olhei, e nesse dia a senhora não tem nada marcado. –

– Então pode marcar. Eles falaram por que desmarcaram? -

– Não senhora. – falou anotando na agenda. – E fora isso, a senhora não tem nada pra fazer hoje. –

– Ótimo. –

– Precisa de algo, senhora? –

– Sim. – olhei pra ela. – Que pare de me chamar de senhora. – falei rindo e ela me acompanhou. – Só isso. – ela assentiu e saiu.

Ótimo nada pra fazer hoje. Abri a gaveta da minha mesa e peguei minha câmera, liguei e comecei a ver as fotos que havia tirado. Tirar fotos sempre foi meu hobby, tirava foto de tudo um pouco, nada especifico. Olhando as fotos, me deparei com algumas fotos minhas com o Tyler, meu ex-namorado, tratei de apaga-las logo.

Estava terminando de ver minhas fotos quando minha porta foi aberta.

– Não sabe bater não Rose? – perguntei, sem nem me dar o trabalho de olhar pra ver quem era.

– Como sabe que sou eu? – falou entrando e fechando a porta.

– Porque você é a única que tem coragem de entrar sem bater. – expliquei.

Guardei a câmera, após terminar de apagar as fotos com o Tyler, e olhei pra Rose. Ela estava linda, como sempre, ela usava um vestido de alça azul escuro, com pequenas cerejinhas. Seus cabelos estavam soltos e em cachos, uma maquiagem simples, porém impecável, e como sempre, saltos altos cor de rosas. 

– Bom tanto faz. – ela revirou os olhos e se sentou a minha frente. – Precisamos de sua ajuda, priminha.

– Pra que? –

– Precisamos começar a limpar o baú e abri-lo. A lama já secou, e o tempo está passando, temos que ser rápidos. –

– Tem razão, vamos. – me levantei e segui Rose pra fora da sala. – Ângela, estou no laboratório com a Rose e o Jasper. Qualquer coisa liga lá pra baixo. – falei e fui pro elevador, onde Rose já estava me esperando, entrei e ela apertou o botão onde tinha o “L”.

O elevador começou a descer, sim, descer, o laboratório era abaixo do térreo, abaixo do estacionamento, ou seja, no porão, por assim dizer. Onde tudo era escuro, iluminado apenas pela luz elétrica e meio frio. Tem muitas coisas que iriam estragar se pegassem luz solar ou se ficassem em algum lugar quente ou abafado.

Ah, não me apresentei. Sou Isabella Swan, tenho 23 anos, olhos azuis e cabelos castanhos, sou Arqueóloga, amo historia e meus pais também amam, já que meu ai herdou está empresa de meu avô e minha mãe é professora de historia na Columbus University, aqui em New York. E essa E.T. ao meu lado é minha prima Rose, e irmã gêmea de Jasper. Eles têm 25 anos, louros de olhos azuis e Arqueólogos também. Rose é Arqueóloga de campo junto comigo e Jasper Arqueólogo de laboratório, mas sempre que ele pede ajuda, nós o ajudamos e vice versa.

As portas se abriram e revelaram o laboratório, onde Jasper estava fazendo uma força enorme pra empurrar o baú pro canto onde fica as mangueiras, um pouco parecidas com as de bombeiros.

– Bom dia meninas. – falou assim que nos viu.

– Bom dia Jasper. Então o que temos pra hoje? –

– Tentar abrir esse maldito baú é uma boa. Que tal me ajudarem? As galochas e os jalecos estão ali na parede.

Fomos até o canto onde ele aprontou, coloquei o jaleco branco e o fechei pra não molhar ou sujar minha roupa. Retirei meus saltos e pus as galochas. Coloquei a mascara, os óculos de proteção e as luvas e segui até meu primo. Enquanto Rosalie terminava de se proteger, ajudei Jasper a colocar o baú perto do ralo.

– To pronta. – disse Rose chegando perto de nós com a mangueira em mãos.

– Já era hora. – murmurou Jasper. – Rose pega na mesa o martelinho, por favor. – pediu pegando a mangueira e me dando, Rosalie foi pegar o martelo na mesa. – Quando puder ligar o registro me avisa. – pediu indo pra perto do registro.

Verifiquei se o bico da mangueira estava preso direito e mirei no baú, e avisei pra ele abrir. Jasper abriu o registro e um jato muito forte de água saiu da mangueira e bater no baú, fazendo com que a lama grudada, soltasse. Fui andando devagar, pra que a água batesse em todos os lados.

Pedi pra Jasper desligar o registro e no mesmo instante a água acabou. Me aproximei do baú devagar pra não cair e meu primo veio se agachando ao meu lado com o martelo em mãos e começou a bater no cadeado enferrujado, após a segunda batida o cadeado abriu. Abrimos a porta e a água e lama saíram de dentro. Pedi pra Rose trazer o recipiente com água limpa e as pinças, ela logo colocando logo ao meu lado.

Peguei as pinças e puxei com o maior cuidado e coloquei a pasta, que eu havia achado ali, dentro do recipiente com água, que começou a ficar suja por causa da lama. Passei a mão por dentro do baú e senti que no meio da lama que havia ficado no fundo, tinha um objeto duro. Peguei-o e passei na água.

– É lindo. – Rose disse atrás de mim. Elevei o objeto até a altura dos olhos.

Era um colar. Um lindo colar. Sua corrente era prata e havia um coração, que parecia ser de rubi, um coração vermelho sangue, em volta do coração, era cravejado de pequenos pontos brilhantes, diamantes. 

– É lindo mesmo. – concordei com ela. Balancei a cabeça. – Rose, você sabe o que fazer com as joias. – entreguei o colar a ela e fui verificar se tinha mais alguma coisa. Achei um papel dobrado. Coloquei dentro do recipiente com água, peguei o recipiente, levantei e fui pra mesa, onde estava Rose. Deixando Jasper limar o resto do baú.

Passamos o resto da manhã e boa parte da tarde trabalhando no baú. Rose ficou retirando o resto de lama do colar e Jazz procurando compartimentos escondidos e o limpando. Já eu, fiquei encarregada da pasta e papel dobrado.

(...)

– Ah chega, estou cheia de fome. – falou Rose colocando o colar em outro recipiente com pouca água e vindo até mim.

– Também estou que horas são? – olhei pro relógio que estava pendurado na parede. 15:00h. – Puta que pariu, já são 15h. Nós ficamos aqui o dia inteiro. –

– Vamos comer e dar uma volta no Central Park. – meu primo sugeriu tirando sua mascara.

– Sim... Eu preciso ver gente. – respondi tirando o jaleco, as galochas, luvas e óculos e mascara e calcei meus saltos. – Encontro vocês na recepção em dez minutos.

Peguei o elevador e fui até a minha sala, entrei correndo, indo direto pro banheiro, estava super apertada, e só me dei conta quando entrei no elevador. Sai do banheiro e me ajeitei, peguei meu perfume na bolsa e passei um pouco, apanhei meu cartão e um pouco de dinheiro, coloquei no sutiã, peguei meu celular e sai. Avisei a Ângela que ia almoçar e fui pro elevador.

Encontrei Rose e Jasper na recepção e fomos ao restaurante japonês que tinha ali perto. Nos sentamos naquelas almofadas que ficam no chão e pedimos um daqueles barquinhos, em vinte minutos já estávamos comendo e conversando besteiras. Após o almoço, nós dividimos a conta e pagamos saindo dali.

– Vamos ao Starbucks? To a fim de tomar café. –

– Bella vou te levar no C.A. – falou Rose.

– C.A.? – eu e Jazz perguntamos.

– Cafélotras Anônimos? – explicou Rose da piada que ela fez, enquanto entramos no Starbucks e íamos pra fila. – Bella... Tem um gatinho olhando pra você. – Rose sussurrou quando chegou a nossa vez. (n/a: meninas não sei como são chamados os viciados em café, eu só coloquei Cafélotras pra ter graça)

– Três frappuccinos de chocolate, por favor. – pedi a atendente e paguei. – Quem? – sussurrei de volta.

– O carinha que está no final do café, numa mesa sozinho, o de cabelo cor de bronze... Ele me parece familiar. – olhei pelo espelho que estava atrás da atendente.

– É... Ele é bonito. Mas é provável que esteja olhando pra você e não pra mim. – corei.

– Ele é aquele cantor... Que todo mundo anda ouvindo, acho que é Edward Cullen. Ele tem umas musicas bem legais. – disse Jasper se metendo na conversa.

– Não conheço nenhuma. – dei de ombros.

– Impossível. Olha uma das mais famosas é essa: “Just know, wherever you go/ You can always come home” – ele tentou cantar, mais digamos que ele não canta muito bem, nada bem, o que é claro que me fez rir mais ainda.

– Jasper Hale, nunca mais ouse cantar em sua vida. –falei rindo. Dei uma ultima olhada no carinha, peguei meu café e sai, ainda rindo, com meus primos.

– Vem, vamos dar uma volta no Central Park. – falou Rose.

Seguimos o mar de gente na direção do Central Park e fomos caminhando e tomando nossos frappuccinos

(...)

Quando deu umas 17:30h, resolvemos voltar pra empresa. Fui até a minha sala e peguei minha bolsa, e como não tinha mais nada para se fazer, fui embora pra casa. Demorei mais que o normal para chegar a casa, o trânsito estava um grande merda. Cheguei em casa às 20h.

– Boa noite. – falei largando minhas chaves na mesinha perto da porta.

– Boa noite Bella. – respondeu Mary. – Vai tomar um banho e vem jantar. – avisou.

– Sim senhora. – bati continência rindo.

Subi pro meu quarto, tirei meus saltos e dei graças a Deus por ficar descalça, Senhor como isso é bom, os joguei em um canto qualquer. Fui para o banheiro, tirando minha roupa e colocando para lavar, junto com a minha lingerie e segui pra debaixo do chuveiro com água quente. Tomei um banho calmo e lento, lavei meus cabelos bem devagar, com meu shampoo de morangos, e finalizei meu banho. Sai do banho e me sequei, passei meu creme de morangos em meu corpo, coloquei uma lingerie qualquer, um short e um top cinza, um moletom branco com a cara do Mickey estampado e uma pantufa do frajola e desci. 

– Bom, vamos comer que eu estou cheia de fome. – falei me sentando-se à mesa.

– Me conta uma novidade! – Mary falou rindo. – Novidade seria você falar que não esta com fome. Me diz pra onde vai toda essa comida. – olhei pra ela feio fazendo-a rir mais ainda. Mary era um amor, ela era minha babá quando criança, e eu não queria me separar dela nunca, quer dizer, quando ela faz essas piadinhas eu quero me separar dela, mas fora isso, nunca. Ela teve por volta dos 55 anos, ela nunca me disse qual era sua idade mesmo, e não tem filhos. Segundo ela, eu e meus primos, somos seus filhos.

– Sem graça. Se a senhora não sabe, eu corro todos os dias... – ela me olhou com a sobrancelha levantada. – Quer dizer, quase todos os dias. Então eu preciso me alimentar bem. Então o que temos? –

– Lasanha a bolonhesa, salada verde e suco de manga. – Deus minha boca salivou.

– Eu quero. – quase berrei.

– Claro que quer... – ela murmurou rindo e me serviu. – Bella eu tenho que ir, já está tarde. –

– Mary, já disse pra você dormir aqui. –

– Sempre cuidei de você e voltei pra casa, não insista. – ela colocou as mãos na cintura.

– Okay, não vou discutir, mas deixe-me pelo menos chamar um táxi. – ela não reclamou. Chamei um táxi e em menos de cinco minutos ela havia ido embora me lembrando de que amanhã não viria porque teria uma consulta de rotina no medico.

Liguei o radio pra não ficar sozinha e voltei pra mesa da cozinha e comecei a comer mexendo no meu celular.

“93 million miles from the sun

(A 93 milhões de milhas do sol)

People get ready, get ready

(As pessoas se preparam, se preparam)

‘Cause here it comes, it's a light

(Porque lá vem, é uma luz)

A beautiful light, over the horizon

(Uma linda luz, além do horizonte)

Into your eyes

(Para dentro de seus olhos)

Oh, my, my how beautiful

(Oh, minha nossa, que linda)

Oh, my beautiful mother

(Oh, minha bela mãe)

She told me, son, in life you're gonna go far

(Ela me disse, filho, você irá longe na vida)

If you do it right, you'll love where you are

(Se fizer tudo direito, amará o lugar onde estiver)

Just know, wherever you go

(Apenas saiba que não importa aonde vá)

You can always come home

(Você sempre poderá voltar para casa)”

Parei de fazer o que estava fazendo quando ouvi as duas ultimas rimas da musica, não era essa musica que o Jasper cantou, quer dizer, tentou cantar mais cedo? Ate que voz desse tal de Edward Cullen é bonita, bom, o dono da voz também é pra lá de bonito.

"240 thousand miles from the moon

(A 240 milhões de milhas da Lua)

We've come a long way to belong here

(Percorremos um longo caminho para pertencer a esse lugar)

To share this view of the night

(Para compartilhar essa vista da noite)]

A glorious night

(Uma noite gloriosa)

Over the horizon is another bright sky

(Além do horizonte há outro céu brilhante)

Oh, my, my how beautiful

(Oh, minha nossa, que lindo)

Oh, my irrefutable father

(Oh, meu pai irrefutável)

He told me, son, sometimes it may seem dark

(Ele me disse, filho, às vezes, pode parecer escuro)

But the absence of the light is a necessary part

(Mas a ausência da luz é uma parte necessária)

Just know, you're never alone

(Apenas saiba, que você nunca está sozinho)

You can always come back home

(Você sempre poderá voltar pra casa)”

Terminei de jantar e lavei a louça e guardei o resto da janta na geladeira. Tinha que admitir que a musica é boa, ele tem talento.

“Home, Home

(Pra casa, casa)

You can always come back

(Você sempre pode voltar) “

Sequei e guardei a louça e fui procurar a minha pequena Nefertiti, minha doce, peluda e gorda gata branca.

“Every road is a slippery slope

(Toda Estrada é uma subida escorregadia)

But there is always a hand that you can hold on to

(Mas sempre há uma mão na qual você pode se segurar)

Looking deeper through the telescope

(Olhando profundamente pelo telescópio)

You can see that your home's inside of you

(Você pode percerber que seu lar está dentro de você)

Just know, that wherever you go

(Apenas saiba, que não importa aonde vá)

No, you're never alone,

(Não, você nunca está sozinho)

You will always get back home

(Você sempre voltará pra casa)”

Achei minha princesinha deitada no sofá dormindo.

“ Home

(Casa)

Home

(Casa)”

– Vem dormir com a mamãe princesinha. – a peguei no colo. Ela soltou um miado e esfregou sua cabeça em meu rosto. Fui à direção do radio pronta para desliga-lo.

“93 million miles from the sun

(A 93 milhões de milhas do sol)

People get ready, get ready

(As pessoas se preparam, se preparam)

‘Cause here it comes, it's a light

(Porque lá vem, é uma luz)

A beautiful light, over the horizon

(Uma linda luz, além do horizonte)

Into your eyes

(Para dentro de seus olhos)

A musica acabou, desliguei o radio e segui pro meu quarto, deitei minha gata na cama e fui até o banheiro, escovei meus dentes e voltei pro quarto, me aninhando na cama e com minha gata se aninhando perto do meu rosto e ligando a maquininha de ronronar, me fazendo pegar rapidamente no sono.

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