Eu
não conseguia acreditar que realmente havia atendido ao pedido daquela última
carta de Isabella e escrito uma. Eu só precisava dar um jeito de entregar a
ela, não entregaria pessoalmente, ela não me entregou pessoalmente, sabe-se lá
como ela deu um jeito de colocar aquelas duas cartas no meio de minhas coisas
enquanto eu não estava olhando, mas eu simplesmente não podia entregar a ela ou
colocar em seu armário. Alguém poderia ver e se eu colocasse lá, ela só
encontraria na segunda feira já que esse final de semana ela iria passar em
Seattle com Rosalie.
Eu
estava feliz por ela estar se tornando amiga de Rosalie, da forma certa, e não
com Alice empurrando a amiga pela goela da prima. E eu agradecia muito por
isso, tinha bastante contato com Rosalie, graças a Emmett, e sabia que ela era
uma boa pessoa e que seria uma boa amiga a Bella, e ela precisava de boas e
verdadeiras amigas. E graças a Deus Rosalie deixou que Emmett fosse junto,
assim ele ficaria de olho na Bella por mim. Eu poderia ter dito que me
afastaria dela, e por mais que eu tentasse, eu não conseguia, parecia que eu
tinha um imã dentro de mim e ela me puxava para perto dela. Eu queria me
afastar e simplesmente não conseguia.
Emmett
e Rosalie estavam em suas respectivas últimas aulas. A última aula de Isabella
seria a educação física, mas ela ainda estava de licença médica, portanto ela
estava doce e lindamente sentada em um dos bancos do estacionamento, com fones
de ouvido e absorta em algum livro. Era a única chance que eu tinha, eu tinha
que aproveitar que o estacionamento estava vazio e o sinal tocaria em poucos
minutos. Simplesmente coloquei rapidamente o envelope ao seu lado e ela nem se
mexeu e tratei de me afastar e assim que cheguei ao meu carro o sinal tocou.
Eu
não saí do lugar até ver que Bella havia encontrado a carta, mas ela não pegou.
Quem pegou foi a Rosalie. Não, não. Não abra pelo amor de Deus, eu implorava
enquanto apertava o volante do carro. Se ela abrisse e lesse o que estava
escrito, ela poderia me entregar à diretoria e eu estava perdido. Por que diabo
eu fui aceitar o conselho dela e escrever uma carta? Mas para o meu grande
alivio, ela simplesmente entregou a carta para Bella, que simplesmente abriu e
guardou-a novamente dentro do livro. Vi que Emmett estava saindo e pesquei meu
celular.
‘Dê: Edward.
Para: Emmett.
Pelo amor de Deus,
toma conta dela. Se você vir que ela está nervosa dentro do carro, pare e tire
ela de lá imediatamente. Qualquer coisa me liga. ’
Eu
sabia que estava sendo super protetor, mas seria uma viagem longa para alguém
que está com medo de carros. E eu não estaria de olho nela, é claro que eu
estava nervoso. Eu não conseguia seguir a porra do conselho que eu havia me
dado.
‘Dê: Emmett.
Para: Cabeçudo.
Fica Sussa... Ela
vai ficar bem... ’
E
ele guardou o telefone antes de se aproximar delas e eles partiram e eu segui
para casa. Eu sabia o que Bella havia escrito naquelas cartas, ela estava
gostando de mim, mas mesmo assim eu tinha medo. Essa era a pura verdade, eu
tinha 25 anos e tinha medo do que estava sentido pela Bella. Não medo do que eu
sentia, mas medo do que poderiam fazer a ela caso essa cidade descobrisse. Eu
temia por ela.
Eu
cheguei a casa, eu estava sozinho e ficaria sozinho até a noite, quando meus
pais chegassem. Eu não podia negar que meus sonhos com ela sumiram, porque
seria a maior mentira, eles não sumiram, muito pelo contrario, pioram e muito.
E não eram apenas sonhos de sexo, eram todos os tipos de sonhos. Eu entrei em meu
quarto e fechei a porta, era uma mania, mesmo que eu estivesse sozinho eu
gostava de ficar trancado dentro do quarto. Eu iria aproveitar o resto desse
dia para preparar minhas aulas da semana, eu tinha que começar a preparar
minhas provas, as férias de final de ano letivo estavam chegando.
Tomei
um banho e comi um sanduíche simples e voltei para o meu quarto, me sentando em
minha escrivaninha e abrindo minha gaveta para pegar minhas anotações para
começar a trabalhar em minhas provas, e dando de cara com uma caixa preta, que
eu sorri bobamente sabendo o que tinha ali. Eu abri a caixa dando de cara com
uma folha A4 dobrada cuidadosamente ao meio e eu a abri. Era um desenho da
Bella que eu havia feito durante a semana durante as minhas aulas, finalmente ele
estava pronto, e mesmo que fosse um bom desenho, não fazia jus realmente a ela.
E tinha mais dois papeis ali dentro, as duas cartas que ela havia me mandado.
Eu guardei a caixa de novo, antes que me perdesse enquanto relia bobamente pela
milésima vez aquelas cartas e me concentrei em meu trabalho.
...
Por
volta das sete da noite, eu já havia terminado de planejar minha prova. Agora
só teríamos apresentação dos trabalhos e mais um teste e ai teríamos as
benditas provas. Eu estava tranquilo com Isabella, ela estava se saindo bem,
com as minhas aulas particulares extras ela havia recuperado o tempo perdido e
estava com boas notas, passaria tranquilamente. Estava terminando de guardas
minhas coisas, trabalhando a tarde toda havia conseguido o final de semana
livre, quando meu celular tocou.
-
Fala Emmett. –
-
Chegamos. – respondeu.
-
Você deveria avisar isso para a nossa mãe e para a Renata. –
- Já avisei a mamãe e a Bella está falando
com a tia agora mesmo. E até parece que você não quer saber, principalmente
após aquela mensagem desesperada que você me mandou a tarde... – bufou.
-
Como ela está? Como foi a viagem? –
-
Tranquila. Dormiu o caminho inteiro. Quer
falar com ela? –
-
Não. Pelo amor de Deus, não. Mas tome conta dela... – pedi. – A propósito, o
que vocês foram fazer ai? –
-
Eu não sei direito, parece que a Rosinha
trouxe a anã psicopata dois para fazer algumas compras... Final de semana de
meninas, eu sei lá... – Compras? Bella já havia dito milhares de vezes que
não gostava de fazer compras.
-
Tudo bem, qualquer coisa me liga. –
-
Pode deixar. Domingo estamos de volta e
segunda você poderá rever seu raiozinho de sol. – e antes que eu pudesse
falar mais alguma coisa ele desligou o telefone.
Raiozinho
de sol? Jura que ele falou isso mesmo? Bom, ele estava certo. Poderia ser
estranho e um tanto quanto clichê, mas era como parecia, quando Bella sorria
parecia que o sol surgia no meio das nuvens e brilhava forte e quente. Quando
foi que eu fiquei tão clichê e sentimental? Uma batida na porta soou pelo
quarto me tirando de meus devaneios.
-
Entra. – falei. Eu havia destrancado a porta há poucos minutos, quando havia
descido para pegar uma garrafa d’água e não havia voltado a trancar a porta.
-
Oi filho. – e minha mãe entrou no quarto.
-
Mãe? O que houve? – questionei.
-
Queria conversar com você. Aproveitar que seu irmão não está em casa, para
ficar bisbilhotando atrás da porta. – e ela se sentou na ponta de minha cama. –
Senta aqui. – e eu me levantei de minha cadeira na escrivaninha e me sentei ao
seu lado.
-
O que deseja? –
-
Como anda os seus sentimentos pela Bella? – questionou e eu suspirei. Desde que
meu pai contou a ela, desde que eles descobriram na Páscoa, nenhum dos dois
tocaram no assunto novamente.
-
Piores... – respondi. – Mais fortes... – admiti.
-
Você gosta dela realmente ou é apenas sexo? – e eu suspirei.
-
Eu gosto dela. – admiti. – De verdade. Sinto vontade de transar com ela? Sim. –
admiti mais uma vez. – Mas eu gosto dela realmente. Não sei quando percebi que
era serio, mas percebi... – e eu enfiei meu rosto em minhas mãos. – Deus,
aquelas músicas insuportáveis que a senhora e o papai cantam juntos estão
fazendo sentido para mim... – e ela riu encostando a cabeça em meu ombro.
-
Foi assim que eu notei que amava o que seu pai... – respondeu.
-
Qual música? –
-
Seu pai disse para ele foi My Girl do
The Temptations, para mim foi I’ll Stand by You... –
- The Pretenders? – questionei.
- É. –
respondeu.
-
Música um tanto quanto que estranha para se descobrir estar apaixonada por
alguém... – e ela riu.
-
Eu sei. Todo mundo fala isso. – e ela riu. – Mas não estamos falando do seu pai
e de mim, e sim de você e de Bella... Ignorando os fatos... –
-
Quais fatos? De que ela é minha aluna e de que ela é mais nova? –
-
É... Esses fatos... Ignorando esses fatos. E vendo ela apenas como uma garota,
que é o que ela é... Eu acho que gostaria de tê-la como nora... –
-
Mãe... – a repreendi. – A senhora deveria falar para eu me afastar dela... –
-
Só por que ela é sua aluna e mais nova? Edward, por Deus... E daí que ela é sua
aluna? Se vocês não misturarem uma coisa com a outra, que se dane que ela é sua
aluna. E quanto ao fato dela ser mais nova? Eu sou mais dez anos mais nova do
que seu pai e isso não nos impediu de namorarmos, transarmos, nos casarmos e
termos filhos... –
-
Mãe. Eu não quero saber que a senhora e o papai transaram... – apontei.
-
Você acha que você e seu irmão foram feitos como? Você é professor de
biologia... –
-
Eu sei disso. Mas não preciso imaginar a senhora e o papai transando... –
-
Ah para com isso, você já nos pegou transando uma vez... –
-
E quase fiquei traumatizado. – resmunguei e ela riu.
-
Filho, você precisa saber o que ela sente por você e... –
-
Eu meio que já sei... –
-
Como? – e eu me levantei, pegando a caixa dentro da gaveta e entregando a ela
as duas cartas que recebi. – O que é isso? –
-
Leia... – e ela deu. Mamãe demorou cinco minutos para ler, e ela leu e releu e
releu. Ela leu umas três vezes até finalmente me encarar sorrindo.
-
Ela te ama. –
-
Eu sei. O meu receio é que... – e eu suspirei encostado em minha escrivaninha.
– Bella disse que nunca se envolveu com ninguém e... –
-
Tem receio que o que ela sinta não seja verdadeiro, ou que ela não sabia o que
está sentindo ou que se arrependa... – falou. – Seu pai tinha o mesmo receio e
olha para onde isso nos trouxe... –
-
O raio não cai duas vezes no mesmo lugar... – rebati.
-
Para de ser cabeça dura. Você a ama e ela também te ama. Tem medo de falar com
ela pessoa então siga o pedido dela, e escreva uma carta e... –
-
Eu escrevi. Eu entreguei hoje, melhor dizendo, deixei ao lado dela... –
-
E qual é o problema? –
-
Essa cidade. Essas pessoas. Caius e Renata... – respondi.
-
Sim, acredito que o pior realmente seja Caius e Renata. Mas Edward, se você
provar que é sério, verdadeiro, que não quer apenas levá-la para a cama... –
-
Acha mesmo que eles deixariam? –
-
Sinceramente eu acho. Mas você nunca saberá se não tentar... –
-
Mas ela é tão nova... –
-
Você é o seu maior obstáculo, sabia disso? Filho... Você só tem duas opções,
continuar com isso ou parar. Mas caso você pare, avise a ela e seja sincero com
o motivo. Eu sinceramente só espero que não se arrependa caso deseja desistir
dela. – e ela se levantou me entregando as cartas. – Saiba que, caso deseja
seguir em frente, terá o meu apoio e o do seu pai... – e ela me deu um beijo na
bochecha e saiu do quarto e meu celular tocou mais uma vez.
-
Alô? –
-
Você passou algum dever para Isabella? –
era Emmett mais uma vez.
-
Não... Por quê? – questionei confuso.
-
Ela está toda hora lendo um papel... Ela
já deve ter lido umas vinte vezes... – e sem conseguir me conter, soltei um
sorriso. Ela havia lido a minha carta. Lido e relido, só não sabia se isso era
bom ou não. – Ela disse que era um
dever... –
-
Eu não sou o único professor dela, Emmett... – lembrei-o. – O que deseja? –
-
Apenas isso. Ia te chamar de louco caso
tivesse passado algum dever para ela, e para lhe deixar avisado de que eu iria
esquecer aqui em Seattle... –
-
Novidade não é Emmett? Vai dormir cedo em... E pelo amor de Deus, vê se não
transa na frente da menina... –
-
Ah para com isso... Mais cedo ou mais
tarde ela vai acabar fazendo então... –
- Emmett... – repreendi-o.
-
Tudo bem... Desculpa... – e ele
desligou.
Eu
mereço esse garoto. E eu coloquei o telefone em cima da mesinha e segui para o
banheiro para tomar um banho e logo em seguida desci para jantar e logo segui
para a cama, esse final de semana seria longo.
...
Domingo
a noite chegou de forma lenta, chuvosa e insuportavelmente chata. Eu estava na
sala com meu pai assistindo a um jogo de beisebol entre os Seattle Mariners e os Oakland
Athletics quando Emmett entrou em casa voltando do final de semana em
Seattle com Bella e Rose.
-
Oi pai... E ai cabeçudo... – e ele se jogou no sofá ao meu lado todo estirado.
– Cadê a mamãe? –
-
Na casa de Renata. – explicou colocando a televisão no mudo. – Como foi à
viagem? –
-
Boa e tranquila. –
-
Algum problema durante o trajeto com a Bella? –
-
Claro que não... – respondeu. – Ela tomou o remédio um pouco antes na ida e foi
dormindo uma boa parte do caminho e na volta eu nem tenho certeza se ela tomou
o remédio, mas ela veio conversando com a Rosalie, na metade do caminho demos
uma parada, mas foi tranquilo... –
-
Como estava o clima? – perguntei e ele me encarou confuso. – O céu, Emmett... –
expliquei.
-
Sol. Até chegarmos a Forks. Quando chegamos aqui não tinha mais sol e sim um
pouco de neblina, foi quando ela começou a ficar um pouco mais nervosa, mas
chegamos à casa de Renata em pouco tempo, então não deu tempo de ela ficar
nervosa... – explicou. – Bom... Eu vou tomar um banho e dormir... – e ele se
levantou. – Até amanhã... – e ele pegou a mochila no chão e subiu.
-
Está perdendo tempo ai por quê? – questionou meu pai voltando a colocar som na
televisão. – Vai logo atrás dele para saber o que aconteceu... – e eu nem
esperei ele terminar de falar e subir as escadas, de dois em dois degraus.
-
Emmett... – e eu entrei em seu quarto sem nem bater.
-
Eu não sei o que elas foram fazer lá... – respondeu mal a porta se fechou.
-
Como não? –
-
Elas saíram e me deixaram sozinho no apartamento. Eu não faço a mínima ideia do
que elas fizeram... Agora... Caso eu soubesse... Eu também não iria te
contar... – e eu o encarei. Claro que ele sabia o que elas fizeram lá. Claro
que sabia, mas não iria me contar... – Espere até amanhã... Agora caso me dê
licença... Eu quero tomar banho e dormir... – e eu bufei saindo do quarto e
indo para o meu.
...
Finalmente
segunda feira chegou e eu finalmente poderia ver Isabella de novo, mas graças a
mais um sonho com Isabella, eu não havia escutado o despertador e acabei
perdendo a hora. Cheguei a escola correndo, sem nem ter colocado nada no
estômago, e não tive a chance de vê-la antes de o sinal bater, já que quando eu
cheguei eu precisei correr para assinar meu ponto e seguir para a minha
primeira aula.
Eu
só tive a oportunidade de ver Isabella quando chegou a hora da minha aula.
Quando eu entrei Alice e Jasper já estavam na sala, junto com alguns alunos, e
um pouco antes de o sinal tocar, Isabella entrou na sala com Rosalie do lado e
Emmett atrás das duas.
-
Como eu me apresentaria e perguntaria se a pessoa fala a minha língua? – Rose
perguntou.
- Prima... Ciao, mi chiamo Rosalie, sono americana. Piacere.
Parli inglese? –
Bella falou devagar e eu encarei os três confuso.
- Ok... Ciao, mi chiamo Rosalie, sono americana. Piacere.
Parli inglese? – ela repetiu bem devagar.
- Molto bene... - Bella a encarou sorrindo. – Adesso tenta questo... Trentatré Trentini
entrarono a Trento, tutti e trentatré, trotterellando. –
E Rose encarou
Bella com cara de paisagem.
-
Que diabo é isso? – questionou fazendo Bella levar as mãos ao rosto enquanto
ria.
-
Scioglilingua. –
-
Que diabo é isso? – repetiu.
-
Trava línguas... – eu respondi e Bella se virou de frente para mim, ainda
sorrindo, mas ficando com as bochechas coradas. – Olá garotas. – e eu pude
vê-la, Bella estava linda, era a segunda vez que eu a via de vestido, e ela
ficava bem bonita trajando um vestido. Ela usava um vestido preto de decote
oval e que terminava no meio de suas coxas, uma jaqueta marrom claro, um
cachecol cor de vinho enrolado em volta do pescoço e botas marrons de canos
curtos e saltos grossos e curtos.
-
Olá Edward. – ela disse sorrindo e pela primeira vez em tempos ela me chamou
pelo meu nome como fazia antes.
-
Se divertiu em Seattle? – e ela assentiu ainda sorrindo. – Que bom. –
-
Agora traduz esse trava língua do mal... – Rosalie pediu enquanto Bella ria e
as duas se sentavam no balcão onde ela se sentava sozinha antes.
-
Trinta e três trentenses entraram em Trento, todos os trinta e três trotando. –
Bella respondeu traduzindo bem devagar. – E trentenses são as pessoas de
Trento. –
-
O que está havendo? – perguntei a Emmett quando ele se postou ao meu lado.
-
Lembra-se das passagens que Renata e Caius deram para ela? – assenti. – Ela
resolveu que quer passar as férias e o aniversário dela lá. Parece que ela tem
uma tradição de aniversário ou algo do tipo, e o aniversário dela no inicio de
setembro, e ela chamou a Rosalie e a mim para irmos, e ela está ensinando
algumas palavras a ela... – respondeu.
- Manda
outra. – Rose pediu.
- Pensa
a chi ti pensa, non pensare a chi non ti pensa, perché se pensi a chi non ti
pensa, chi ti pensa smetterà presto di pensarti. –
-
Menina, se você vier com um trava línguas de novo eu vou te dar umas
chineladas... – ameaçou rindo.
-
Tu quem pediu... – se defendeu Bella.
-
Outra frase ou palavra em italiano. Não um trava línguas. Eu não consigo falar
os trava línguas em inglês... – resmungou. – A propósito, o que esse significa?
–
-
Pense em quem pensa em você, não pense em
que não pensa em você, porque se você pensar em quem não pensa em você, quem
pensa em você em breve vai parar de pensar em você... –
-
Deus... Esse ai já é difícil em inglês... – e Rose pensou um pouco. – Ok.
Digamos que eu me perdi e preciso encontrar algum lugar... Por exemplo, o
hotel... –
- Due formas... Prima... Scusi, dov’è l’hotel. Ou. Come arrivo a l’hotel?-
- Ok... Scusi, dov’é
l’hotel... –
- No... É dov’è non dov’é. O som é
aberto... –
-
Dov’è? – repetiu.
-
Sì... –
-
Isso é mais difícil do que parece... – resmungou.
-
Muito bem pessoal... – comecei quando Emmett se sentou na bancada sozinho entre
Rosalie e Bella e Alice e Jasper. – Vamos começar com as apresentações. Hoje
Alice e Lauren explicarão sobre o aparelho reprodutor feminino. – e eu me sentei
e os dois vieram assumir suas posições na frente do restante dos alunos e Lauren
plugou um pen drive no meu notebook ligado ao projetor da escola e começou a
apresentação de seu trabalho.
...
Bella
mal prestou atenção na apresentação do trabalho da prima e eu estava bem
surpreso com os slides colocados por eles. Eles não precisavam ter colocado a
figura de uma vagina com uma seta apontando cada parte dela, havia sido um
pouco demais e um pouco quanto que desnecessário essa parte.
-
Muito bem... Ótimo trabalho as duas. Talvez tenha sido um pouco demais essas
fotos todas, mas foi um ótimo trabalho. – falei quando os dois se sentaram. –
Amanhã teremos a apresentação do trabalho sobre aparelho reprodutor masculino
com Emmett e Tyler... – falei olhando minhas anotações. – E para finalizar o
trabalho na quarta Isabella e Eric apresentaram reprodução. – expliquei. – E
quinta e sexta nós teremos revisão das matérias já que semana que vem é a
semana de provas finais. E eu realmente não reprovar ninguém... – falei
encarando Emmett que bufou. – Estão liberados. – e como uma manada, todos
saíram, menos Bella.
-
Edward... – ela falou devagar após se levantar da mesa.
-
Sim? –
-
Posso parlare con te? – assenti. – Io queria saber se você poderia me dar
algumas aulas particulares antes da prova. –
-
Está com dificuldade na matéria? –
-
Un po’. – admitiu. – Sabe o que penso
dessa matéria, e não ajuda muito quando a sua prima coloca a foto de uma...
Daquela coisa gigante na sua frente... – e eu balancei a cabeça sorrindo.
-
Tudo bem... Eu posso te dar algumas aulas. Precisa de ajuda com o trabalho? –
-
Non. – ela quase gritou. – Perdono... Ma non... Santo Dio... O
senhor já me passou esse trabalho... –
e eu balancei a cabeça rindo.
-
Já lhe disse que caso pudesse eu não passaria essa matéria... –
-
Lo so... Então? –
-
Sexta? – assentiu. – Tudo bem... Qualquer dificuldade é só me procurar... –
-
Adesso... Io tenho que ir... –
-
Até amanhã... – e me lançando um último sorriso ela saiu da sala e eu voltei a
arrumar as minhas coisas para a aula seguinte.
Antes
que o sinal da próxima aula tocasse eu notei com o canto dos olhos um papel em
cima do balcão onde Bella havia se sentado e me aproximei para pegá-lo e vi meu
nome escrito no envelope. Abri o envelope e vi que a assinatura era de Bella.
Ela havia me respondido, e eu não pude deixar de impedir que um sorriso
brincasse em meus lábios, que sumiu rapidamente, ao mesmo tempo em que eu
guardei a carta dentro do envelope quando o sinal tocou.
...
Finalmente
eu estava na segurança do meu quarto e poderia ler a carta sem que ninguém me
interrompesse ou visse. Não tinha ninguém em casa e Emmett estava com Rosalie
em sua casa terminando algum trabalho, e como sempre, subi para o meu quarto e
tranquei a porta, mesmo sabendo que não tinha ninguém em casa e que ninguém
iria chegar tão cedo. Peguei o envelope dentro da minha agenda e pude
finalmente lê-lo.
‘Io realmente non credo que io
sto te respondendo. E nem que sto
completamente nervosa. Já devo ter passado a limpo isso aqui cerca de dieci
vezes, espero que dessa vez vá. Se
você já está nervoso immagina me. Credo che non iria fugir perché
sto anche sentindo cose che non posso explicar. Io
anche non consigo explicar o que sto
sentindo, é estranho esse sentimento e non sei como foi que isso começou
e nem quando mudou e nem sei o que é, ma sei que existe algo dentro de me.
Lo so che isso
pode parecer errado, principalmente devido a idade e ao fato de que você é meu
professor, ma io anche sinto vontade de baciarti de novo... E... Io non posso credere che sto scrivendo questo, ma... Io
anche non gosto de ficar longe de você, io non se
perché, ma me
machuca quando você me ignora, quando você finge que io non existo. Io
capisco o teu lado, ma mesmo assim
é difícil aguentar isso...
Da mesma forma que
você não sabe se é algo passageiro ou non, io anche non se o que io
sinto. Ma devo admitir que io adorei receber e ler a sua carta,
senti-me como uma stupida adolescente. E io anche non se o que
você está fazendo con me. Vejo-lhe na próxima aula.
Bella.’
...
Hoje
era o dia da apresentação de Isabella e a partir de amanhã começaríamos as
revisões para a prova e sexta eu daria algumas aulas particulares para Bella
depois da aula. Eu cheguei à sala cinco minutos mais cedo para montar o
equipamento para não perder minuto nenhum. Faltavam poucos minutos para tocar o
sinal anunciando o término do almoço, quando Bella e Rosalie entraram na sala
com Bella ainda lhe ensinando italiano.
-
Faz o que io te disse, ascolta música
in italiano, ajuda bastante. – Bella
falou entrando na sala. Ela estava tão fofa com aquele vestido preto com flores
brancas de mangas curtas, que acabava um pouco acima de seus joelhos e tênis
brancos e os cabelos soltos com leves ondas.
-
Falar é tão fácil, principalmente para você. Sabe que eu não conheço nenhuma
música ou cantor em italiano. – resmungou Rosalie. – Oi Edward. –
-
Oi Rosalie. Oi Bella. –
-
Oi Edward. – e ela respondeu sorrindo, com as bochechas levemente coradas
enquanto colocava uma mecha atrás da orelha. E elas se sentaram enquanto os
outros alunos começavam a chegar. – Tenta começar com Tiziano Ferro. Laura
Pausini. Andrea Bocelli, que é um dos meus cantores favoritos, Alessandro
Safina, que é da minha terra. Sonohra. Thegiornalisti, que tem umas músicas tão
fofas... E outras que bom... Melhor non comentar... – e Rosalie riu. – Io ascolto do mesmo jeito... – deu de
ombros rindo junto com Rosalie enquanto pegava o celular dentro da mochila. – Ascolta... – e ela colocou uma música
para tocar baixo.
- “Ti mando un vocale di dieci minuti /Soltanto per dirti quanto sono
felice / Ma quanto è puttana questa felicità/ Che dura un minuto, ma che botta
ci dà” – a música animada tocou com Bella cantoralando a estrofe
junto. (n/a: Essa música é de 2018, mas finge que é de 2013.)
-
Eu não entendi bulhufas... –
-
Eu te envio uma (mensagem de) voz de dez
minutos / Só para te dizer quanto estou feliz / Mas quanto puta esta felicidade
é / Que dura um minuto, mas que golpe nos dá. – traduziu.
-
Menina, teus pais sabiam que você escutava essas coisas? – e Bella encarou
Rosalie com o canto dos olhos enquanto guardava o telefone.
-
Amore mio, io conheci essa banda
graças ao mio babbo. –
-
Meu Deus... – e Bella riu mais um pouco. Eu já havia arrumado tudo, estava
simplesmente sentado em minha cadeira esperando a aula começar.
-
E seus pais? – me intrometi na conversa. – Eles tinham uma música? –
-
Come? –
-
Uma música deles. Que descreva o relacionamento deles... Por exemplo, a música
dos meus pais é Heaven do Bryan
Adams. –
-
Ah si... A deles era Con te partirò... –
-
Andrea Bocelli? - e ela assentiu. – Isso é golpe baixo... Ela é umas das
melhores músicas dele... –
-
E mio babbo parlava molto de Vivo per lei, se non me engano, foi essa música que o fez ver que estava innamorato de mia mamma. – explicou. –
Todos lá em casa amavam as músicas de Andrea Bocelli... –
-
Não é para menos... É um exímio tenor... –
-
Io devo ter ido ao show dele... Bom,
se for contar com a vez que mia mamma
ainda estava grávida... Acho que umas quattro
vezes. Se non contar com a
gravidez de mia mamma, solo tre. –
-
Aos poucos você vai perceber Rosalie, que ela gosta de jogar as coisas na cara
dos outros, não faz por maldade, mas faz... – resmunguei e Rosalie gargalhou.
-
Io non joguei nada na cara de
ninguém... – e ela fez um bico adorável.
-
Não. Claro que não, só jogou na minha cara que fez a trilha pelas Dolomitas...
– resmunguei.
-
Io joguei na cara de mia madrina che io passei as férias de final de ano nos Alpes... –
-
Suíços? – assentiu de novo. – Eu não disse que ela gosta de jogar as coisas na
cara alheia. – e as duas gargalharam, e tinha tempos que eu não via Bella rir
assim, se é que alguma vez eu vi. – Perdoe-me menina, mas somos apenas meros
mortais... –
-
Isso significa então che io sono una dea?
– questionou cruzando os braços em cima do balcão.
-
Deseja um altar ou estatua? Ou quem sabe um sacrifício? – brinquei e ela
balançou a cabeça rindo quando o sinal tocou.
-
Se o sacrifício for comida, accetto. Sempre
poderão me comprar com comida. Principalmente doces... – e agora quem gargalhou
fui eu, principalmente vendo a cara de paisagem de Rosalie, sem entender o que
estávamos falando.
Os
alunos entraram na sala e aos poucos foram se acomodando em suas cadeiras.
Emmett que havia apresentado seu trabalho ontem – e que eu sabia que ele podia
não ter feito nada do slide, mas pelo menos apresentou muito bem, me
surpreendendo por sinal – sentou-se ao lado de Rosalie, completamente
emburrado, colocando a cadeira bruscamente ali.
-
Emmett. O que aconteceu? – Rosalie perguntou e ele balançou a cabeça negando
enquanto Jasper entrava na sala emburrado com Alice e ambos se se sentaram à
mesa de sempre, ficando um balcão entre eles vazio. Havia acontecido algo entre
os dois, e eu descobriria isso depois.
-
Muito bem. Vamos iniciar o nosso trabalho. Senhorita Swan e Eric, por favor...
– Bella deu mais uma olhada em Emmett, ela também desconfiava de que havia
acontecido algo entre eles, e parecia que ela sabia o motivo, mas não disse
nada e simplesmente se levantou ajeitando o vestido, e Eric, branco como sempre
quando o quesito era apresentação de trabalho, se postou ao seu lado. Eu ainda
estava sentado em minha cadeira quando Bella se aproximou da mesa a minha
frente e se agachou um pouco para conectar o pen drive no meu computador e
enquanto esperava o slide carregar por completo, ela mexeu descontraída e
delicadamente nos cabeços fazendo um cheiro de morangos me atingir por completo
e eu me permitir inalar fundo, inspirando mais ainda o seu cheiro. – Muito
bem... – repeti voltando a realidade. – Podem começar a apresentar o
trabalho... Ângela apaga a luz, por favor. – pedi à aluna que estava sentada
próxima ao interruptor da luz.
-
O... Oi pessoal... – e Eric começou a falar e a gaguejar ao mesmo tempo. – Nós
vamos começar a falar sobre... Reprodução... – ele falou baixíssimo que eu
tenho certeza que nem Isabella que estava ao seu lado ouviu direito. – Nós
vamos revisar um... Um pouco o que foi falado nas apresentações anteriores... –
e ele se calou e Isabella respirou fundo, ela nem começou a falar e já estava
completamente vermelha e nem encarava o slide.
-
Va bene... – e ela começou a falar
enquanto tinha uma das mãos para trás das costas, que ela mexia nas pontas de
seus cabelos soltos, enrolando-as nos dedos. – O sistema reprodutor feminino é
constituído per due ovários, due tubas uterinas, as trompas de
Falópio, um útero, uma... – e ela torceu o cabelo mais forte nos dedos. – Uma
vagina e uma vulva. – eu podia não estar vendo seu rosto mais sabia que ela
estava vermelha e ela respirou fundo de novo antes de continuar. – Ele está
localizado no interior da cavidade pélvica. A dita cuja... – disse apontando
para um desenho, não tão escancarado quanto ao do desenho da Alice, de uma
vagina, e acabou fazendo algumas pessoas soltarem uma risada, e eu fui uma
delas. – É um canal de otto e diece centímetros de comprimento, de
paredes elásticas, que liga o colo do útero aos... Genitais externos... – e ela
foi falando devagar e eu via que ela encarava demais o Eric, e eu desviei os
olhos dela e o encarei também e ele estava mais pálido do que de costume.
-
Eric... – o chamei. – Você está bem? –
-
S... Si... Sim... – e ele gaguejou enquanto apertava um papel com força entre
os dedos.
-
Pode continuar senhorita Swan. – pediu após uns segundos.
-
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular, o hímem, que fecha
parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro,
podendo ter formas diversas formas. E é essa membrana que geralmente se rompe
nas primeiras relações sexuais... – e ela engoliu em sexo.
-
E dói pra cacete... – e gritaram do fundo da sala.
-
Só na primeira vez. – e Mike gritou de volta.
-
Dio santo... Io non sabia que você tinha uma... – e antes que eu pudesse
repreendê-lo, Bella retrucou e o que fez a sala explodir em uma gargalhada
enorme e eu por mais que quisesse rir junto, precisei me conter.
-
Tudo bem, foi engraçado, mas já chega... E Mike... Calado... – mandei e Bella
passou por alto mais alguns assuntos enquanto torcia seus dedos, já vermelhos
atrás das costas, e passou a vez para o Eric.
-
Bom... Eu... Eu... – e ele engoliu em seco respirando fundo. – Eu vou falar do
sistema reprodutor masculino que é formado por testículos... Vias espermáticas...
E as glândulas acessórias... – e ele falava devagar e pausadamente e apertando
o papel fortemente em mãos. – Ele é formado por diversos órgãos...
Testículos... Epidêmios... Ductos deferentes... Glândulas seminais... Próstata...
Ducto ejaculatório e o p... pe... Pênis. – ele ficou parado uns dois minutos
antes de continuar e eu o via suando demais e engolindo muito em seco. – Os...
Os... Os testículos são... – e antes que ele conseguisse terminar a frase ele
vomitou, e como ele estava bem perto de Isabella, ela deu um pulo para trás
para se proteger do vômito e acabou esbarrando em mim, que tinha me levantado
para ajudar, e nos dois fomos para no chão, com ela sentada em cima de mim.
-
Abaixa o... – Rosalie gritou e Bella puxou o vestido, que havia subido um
pouco, para baixo.
-
Se machucou? – perguntei quando Bella foi para o chão e eu me levantei.
- Non... – e eu a ajudei a se levantar. – Grazie... E perdono per... –
- Tudo bem... Pode ir sentar... Eric?
– e eu me aproximei dele e ele vomitou de novo, me fazendo dar um pulo para
trás e fazendo Bella sentar em minha de minha mesa. – Vocês estão
dispensados... Emmett, eu vou levar o Eric para a enfermaria e você me espera
no corredor, quero falar com você... – e todo mundo saiu da sala com cuidado para
não pisar no vômito.
Bella
desceu da mesa pisando na ponta dos pés, e passando por trás de mim e de Eric,
o único lugar onde não estava vomitado e Rosalie saiu com sua mochila. Com
cuidado eu levei Eric até a enfermaria, deixando-o com a Gianna, a enfermeira e
como à senhora Cooper, já havia sido avisada por outros alunos, a equipe de
limpeza já estava limpando a sala. E eu fiquei esperando do lado de fora até
terminarem de limpar o chão e Emmett não estava ali me esperando como eu havia
pedido.
-
Quer falar comigo? – ele perguntou entrando na sala um tempinho depois de terem
terminado de limpá-la e eu entrei para guardar minhas coisas.
-
Não pedi para me esperar do lado de fora? – retruquei.
-
Sim... Mas Mike não gostou da resposta da Bella e eu fui lá dar um sustinho
nele para que ele nem pense em se aproximar da menina... – apontei. – Seu
raiozinho de sol está completamente segura na arquibancada da quadra,
assistindo ao jogo de basquete enquanto o babaca está na aula de espanhol. –
garantiu.
-
Ótimo, mas não a chame assim aqui dentro... – sibilei.
-
O que quer? –
-
O que aconteceu entre você e Jasper? Não mente porque eu vi os dois emburrados
e sem brincar durante a aula inteira... –
-
Bella vai dormir na casa da Rosalie esse final de semana, de domingo para
segunda. De domingo para segunda, e não Rose não chamou Alice... Bella e Alice
não estão se falando e Rose achou melhor não chamar Alice, e por isso vão fazer
na casa dela e não na casa de Renata. E ele veio perguntar o motivo de Rosalie
não ter chamado Alice e começou a falar que Alice estava chateada por Rosalie
estar deixando a amiga de lado do mesmo jeito que Bella deixou a prima de lado
e... Resumindo... Alice se fez de vitima para Jasper, Jasper caiu e quer que eu
coloque juízo na cabeça de Rosalie, e quando eu disse que não iria fazer isso,
ele ficou com raiva. E também por que, sabe-se lá Deus como Alice descobriu que
Bella chamou a mim e a Rose para ir para a Itália, e ela não e está com
raiva... –
-
Bella não chamou a prima? –
-
Bella ainda não falou com os padrinhos... – apontou. – Foi uma ideia que ela
teve, não sei nem se ela vai seguir com essa ideia, mas é bem capaz de ela
chamar sim a Alice... Alice que está fazendo drama, e drama até demais... –
reclamou. – Não quer dar atenção à menina, e acha ruim quando alguém dá atenção
a ela... – bufou e me encarou por alguns segundos. – E eu ainda não descobri o
que elas fizeram em Seattle... –
-
É claro que você sabe, porra... – resmunguei guardando meu computador e Emmett
gargalhou, e para mim aquilo era a confirmação de que ele sabia.
Eu
me despedi de Emmett que saiu da sala rindo. Segui para a secretária para
assinar minha saída e caminhei para o meu carro. Bella não estava no
estacionamento, ela estava na aula de educação física esperando provavelmente
por Rosalie ou então já havia ido para casa. Eu não dei carona para Emmett, ele
havia vindo com o próprio carro e iria embora com ele depois de deixar Rosalie
em casa, e consequentemente Isabella, o trajeto de menos de cinco minutos de
carro ela ia tranquilamente, o que era um ótimo sinal.
Eu
cheguei a minha casa e dei um beijo na bochecha de minha mãe que estava em
casa, já que hoje era o seu dia de folga, e segui para o meu quarto. Eu tinha
que dar uma revisão na minha revisão para a revisão dos alunos de amanhã e
sexta. As provas estavam chegando e esse trabalho, o qual todos foram bem,
mesmo Eric, que havia passado mal e vomitado. Peguei meu computador enquanto me
sentava na cama para começar minha revisão e notei que o pen drive de Bella
ainda estava plugado no meu computador e aberto e eu resolvi dar uma olhada no
final do slide para que pudesse dar a nota a eles.
O
slide estava bem feito, dentro dos paramentos exigidos pela faculdade, nenhuma
outra dupla havia feito um slide tão bem feito assim. Bella era perfeccionista
demais, mesmo que não parecesse. Fechei os slides e notei que seu pen drive era
dividido entre três pastas. Uma era a do slide e a outra tinha simplesmente o
nome de Phi Phi Islands – 20/12/12 –
03/01/13. E a última era simplesmente. Juventus
06/01/13.
Pelo
que Caius havia conversado com meu pai uma vez que o acidente havia sido dia 06
de janeiro. Feriado. Epifania. Eu cliquei na pasta, eram fotos do jogo, não
havia fotos do placar, ou dos times em campo, apenas fotos delas e dos pais, ao
caminho do estádio e no estádio em si. Aquelas eram as últimas fotos dela e dos
pais. Saí da pasta do jogo e entrei na outra, das últimas férias em família que
ela teve, onde ela passou as festas de natal e ano novo na Tailândia. E mesmo
que eu não devesse, eu vi suas fotos, uma por uma, terminando com um vídeo dela
se divertindo em uma praia com os pais.
Acabei
de ver suas fotos e despluguei seu pen drive, guardando em um potinho em cima
da escrivaninha para entregar a ela depois e voltei ao meu computador para
fazer finalmente a minha revisão dos exercícios e a noite, após o jantar, fui
para a cama.
...
Sexta
feira a tarde chegou. A revisão para as provas havia sido ótimas e todos
gabaritaram os exercícios que eu havia passado, e eu esperava que isso
significasse que todos passariam e com isso me livraria da recuperação e
entraria de férias ao invés de ficar aqui mofando mais uma semana na escola. Ao
terminar de dar a minha aula eu separei meu material e segui para a casa de
Isabella onde eu ainda daria aula para ela, parei o carro em frente a sua casa
e saí de dentro dele, pendurando minha mochila no ombro e caminhando até a
porta, batendo na mesma e uma Bella esbaforida abriu a porta.
-
Você está bem? – perguntei quando ela ajeitou o cabelo bagunçado.
-
Sì. É che io estava em meu quarto... – explicou.
-
Entendi. Está sozinha? – perguntei quando ela me deu passagem.
-
Non. Madrina está no banheiro... –
disse fechando a porta atrás de mim.
-
Alice? – e ela deu de ombros com os mesmos descobertos pela roupa que usava.
Ela ainda trajava a mesma roupa que havia ido para aula, uma blusa de mangas
compridas branca, que deixava seus ombros a mostra, e um vestido cor de vinho
de alças grossas, que acabava no meio de suas coxas e botões na frente e tênis
brancos, a única diferença era que ela não usava mais o casaco fino que usava
em sala. – Meu irmão e Rosalie? Eles não trouxeram você? –
-
Non. Madrina foi me buscar hoje assim
que a sua aula acabou. Io tinha que
ir refazer os exames no hospital... Io faço
una volta al mês... –
-
E está tudo bem? – questionei enquanto ela me guiava para a sala.
-
Sì, ma de qualquer forma... Sem
atividades físicas de sei a dodici meses.
– suspirou. – Io já volto... – ela me
deixou na sala e seguiu para a cozinha e voltou em menos de dois segundos com
uma xícara branca em mãos. – Tè? –
-
Não obrigado. – e eu vi sua caneca. – Jura? – e ela me encarou confusa. – Eu tenho 99.9% de certeza que eu sou uma
princesa da Disney. O 0.1% é porque eu ainda não conheci um pássaro que fala
pode falar comigo? – repeti os disseres de sua caneca e ela deu de ombros
sorrindo.
-
Comprei na Disney... – explicou e eu apenas balancei a cabeça sorrindo. – Non vai falar que io estou esfregando isso na sua cara? –
-
Todo mundo já foi na Disney... – respondi.
-
Europeia? –
-
E ela voltou a jogar as coisas na cara alheia. – e ela se sentou na almofada no
chão em frente à mesinha de centro da sala e eu me sentei ao seu lado. – Vamos
começar? –
-
Andiamo. – e eu abri meu livro
enquanto ela repousava sua xícara em cima da mesa e pegava seu caderno.
-
Bella... Bella... – e Renata desceu as escadas correndo.
-
Qui. – e ela apareceu na sala.
-
Oi querido... – ela se aproximou de mim afobada, e antes que eu pudesse me
levantar ela me deu um beijo na cabeça e outro na testa da afilhada. – Querida,
eu tenho que correr para a veterinária. – e ela pegou a bolsa e o jaleco em
cima da poltrona. – A senhora Evans ligou desesperada. O Beagle dela está com
algum problema, e está levando ela para o veterinário... Edward, eu não devo
demorar... Muito... Seus pais vão vir para jantar, você cuida dela? –
-
Claro... –
-
Bella... Se eu demorar muito você... –
-
Adianto o jantar, sim senhora... –
-
Obrigada principessa... – e ela deu
outro beijo na testa da afilhada e saiu de casa apressada.
Do
mesmo jeito que havia revisado a matéria com os alunos na escola, eu revisei
com a Bella, e para que ela pudesse compreender completamente, eu expliquei em
italiano e ela pareceu que compreendia muito bem o que eu explicava e eu tinha
a total certeza de que sua nota na prova seria excelente. Isso se ela não
gabaritasse a mesma. Volta e meia durante a explicação, ela ficava vermelha e
envergonhada com o assunto tratado e tentava disfarçar tomando um gole de seu
chá.
Eram
por volta das cinco e meia quando Caius chegou dando um beijo na testa da
afilhada e me cumprimentando e subiu para tomar um banho e trocar de roupa. Não
demorou muito e ele desceu, o tempo necessário para que eu e Bella
terminássemos a aula particular. Mal eu guardei meus materiais na mochila e
Caius iniciou uma conversa sobre os jogos de beisebol da rodada passada e da
rodada que se iniciaria hoje, e mal a conversa começou e Emmett chegou junto a
Rose, avisando que meus pais chegariam daqui a pouco.
...
Renata
foi à última a chegar, ela chegou por volta da oito horas, depois que todo
mundo, o que incluía meus pais, Alice e Jasper já haviam chegado. O jantar já
estava pronto, Alice emburrada no canto enquanto observava Bella ainda
ensinando italiano a Rosalie, enquanto meu pai, Caius, Emmett e Jasper e eu
assistíamos a um jogo de beisebol na televisão, e minha mãe se encontrava
sentada ao lado de meu pai, assistindo também sem dar muita importância ao
mesmo.
-
Oi queridos, me perdoem a demora... – e ela entrou em casa com um filho de Chow
Chow cor de creme que não deveria ter nem três meses de vida.
-
Mãe... Que cachorro é esse? – Alice perguntou.
-
Ah é que a senhora Bellamy está doando os filhotes que teve há dois meses, e
como temos uma menininha que adora animais... – Alice não gosta de animais...
Pensei comigo mesmo. – Toma meu amor... – e ela entregou o filhote e Bella.
-
Own que coisinha mais fofa... Parece um filhote de urso... –
-
Não se importa não é querido? – perguntou ao marido, que simplesmente encarou a
afilhada sorrindo enquanto acariciava a cabeça peluda do cachorro.
-
Claro que não... –
-
Por que eu não ganhei um cachorro também? – Alice perguntou mais emburrada
ainda.
-
Simples... Lembra-se de Jade? – perguntou irritada. Alice podia não se lembrar, mas eu me
lembrava, aliás, acredito que com exceção de Bella, todos se lembravam de Jade.
Era uma Cocker linda que Caius e Renata haviam comprado para Alice quando ela
tinha uns oito ou nove anos, brincou com a mesma por um mês e depois se encheu
dela, e como Renata e nem Caius tinham tempo para cuidar dela, resolveram
doa-la. – Lembra-se do Pernalonga? – esse foi um coelho que Alice teve um tempo
depois, que ela também cansou dele, e como Emmett adorava o coelho, Caius e
Renata deram para ele, que morreu três anos depois devido a uma infecção no
ouvido. – Lembra-se do Azulão? Sebastião? Bob Esponja... – e esses três últimos
eram os peixinhos que ela teve, e ela matou um por um, uns por dar comida
demais e outros por dar comida de menos. Renata como uma veterinária que amava
animais, havia ficado muito... Muito puta com a filha por a mesma lhe perturbar
querendo os animais e logo em seguida ignorando eles, tanto que há uns dois
anos, quando Alice resolveu que queria um gato, nem Renata e nem Caius a
deixaram chegar perto de um. – Se você não se lembra deles, e nem dos hamsters
que você enterrou no quintal, eu lembro... Bella vai cuidar bem do cachorro,
ela cuidou muito bem de um... –
-
Que morreu... – Alice lembrou-a irritada.
-
Claro que o bicho morreu. Renée e Charlie o adotaram quando se casaram, e ele
já era adulto, quando Bella nasceu e começou a cuidar dele, ele já era para lá
de idoso. –
-
Babbo o chamava de Matusalém... –
Bella contou e Caius riu.
-
Qual era o nome dele mesmo? –
-
Pudim... – e ele riu mais ainda.
-
Pudim... Quando eles contaram que... Eles estavam em Lisboa eu acho, passando a
lua de mel e adotaram um cão de rua e batizaram de pudim, eu não aguentei e
comecei a rir no meio do escritório. –
-
Ele era branquinho... Ficou cerca de un
mês roxo... – e ela olhou para a madrinha. – Lo giuro che non vado pintar questo...
–
-
Sua mãe te deixou de castigo, por causa disso? –
-
Só depois que o Pudim manchou o sofá... – e Renata balançou a cabeça rindo.
-
Vai dar que nome? É fêmea... – e Bella olhou bem para a cara do cachorro.
-
Allegra. –
-
Por quê? – Renata perguntou.
- Perché? Perché? Perché? Perché il nome di
Alice è Alice? – retrucou.
-
Porque eu perdi uma aposta com o seu padrinho, porque se não seria Chiara. –
-
Igual à filha do Simba? – e Emmett perguntou fazendo todo mundo, menos Alice
rir.
-
Chiara com Ch querido, não com K... – ela explicou. – Agora, caso queria saber
por que seu padrinho escolheu Alice... –
-
É porque minha mãe gostava do livro de Lewis Carroll, Alice no País das
Maravilhas, e disse que seu eu tivesse uma filha era para colocar de Alice,
caso contrário ela me espancaria... – disse calma e simplesmente.
-
Mamma disse que meu nome quase foi
Giulietta. –
-
E seria... Seu pai queria homenagear uma ancestral da nossa família, e sua mãe
não deixou. –
- Grazie a Dio. Io non iria aguentar as piadas... – e a tia abriu a boca. – Non recite Shakespeare, per favore... Non
aguento mais... –
- Tudo bem, não vou recitar
Shakespeare, só se me explicar o motivo desse nome... – e Bella simplesmente
virou o cachorro para a tia que tinha a língua azul para fora e parecia sorrir.
– Entendi... Eu vou tomar um banho rápido e já desço... – e ela subiu as
escadas.
- Chi è la piccola cosa carina della mamma? Chi
è il cucciolo più carino del mondo? Chi è? Chi è? – Bella falava com o cão
afinando a voz e rindo fazendo o pequeno ursinho em seu colo balançar as
patinhas com a língua para fora. – Ela é tão fofinha... – e ela abraçou o cão.
-
Agnes, menos... – Caius falou e eu balancei a cabeça rindo e Bella o encarou
confusa.
-
Quem? –
-
Agnes. Do filme Meu Malvado Favorito. No primeiro filme, ela ganha um unicórnio
e faz isso, esmaga ele gritando: ele é tão fofinho. – Emmett, como sempre, o
único que ainda assistia filme infantil, explicou e ela pensou um pouco.
-
Ah... Cattivissimo Me... – ela repetiu o nome do filme em italiano.
-
Muito bem, meus amores, vamos jantar... – e Renata desceu. – Bella, coloque
Allegra no chão e vem... –
-
Mamma volta depois, carino. – ela deu
um beijo no filhote e o colocou no lugar onde ela estava e se levantou.
Enquanto
seguíamos para a mesa, Bella seguiu rapidamente até o banheiro para lavar as
mãos e não demorou muito e ela estava ao lado de Rosalie e o jantar foi
servido. Bella, nascida e criada em um país cuja gastronomia era uma das
melhores do mundo, se não for a melhor, honrava muito bem as suas raízes e
cozinhava divinamente bem. E eu não duvidava nada de que quando ela era criança
havia aprendido a fazer diversos tipos de pasta com suas avós.
-
Madrina... – Bella a chamou um pouco
antes do jantar acabar.
-
Fala... –
-
Ti ricordi das passagens que me deram
de páscoa? – perguntou meio sem jeito enquanto encarava um ramo de brócolis
preso ao seu garfo.
-
Sim. E avisamos que elas tinham duração de um ano... –
-
Io estava pensando... Se io poderia ir agora, nas férias... – e
Renata e Caius se entreolharam.
-
Bella... Eu não sei... Não acha que é recente demais? –
-
É que io queria passar meu
aniversário lá... –
-
Bella, você perderia duas semanas de aula... –
-
Que se danem as aulas Caius, o meu receio é com outra coisa, ela é bastante
esperta e logo recupera o que perder nessas duas semanas... – Renata reclamou e
se voltou para a afilhada. – Pretende ir com quem? –
-
Com a senhora? – rebateu Bella. – E io chamei
Rose e Emmett para irem também, mas ainda não oficialmente... E ia chamar a
Alice e o Jasper... –
-
Para ser bem sincera com você, meu bem, eu e o seu tio já estávamos marcando de
viajar nas férias. Já estava programado desde o ano passado. Não sei para onde,
porque ele não quer me contar... –
-
E se io for sozinha, com eles? –
-
Nem pensar, enlouqueceu? –
-
Madrina, io cresci ali, non vou me
perder... –
-
O problema não é esse, Bella. Pra inicio conversa, são todos menores de idade,
então no mínimo um responsável maior de idade tem que ir junto. Segundo, vocês
não podem ficar lá sozinhas... –
-
Sozinhas? Madrina Lena e Jacob vão
estar lá... –
-
E por mais responsáveis que eles sejam, eles não vão ficar na mesma casa que
vocês. Portanto, a resposta é não. Marca para outra época que eu e seu padrinho
vamos com o maior prazer... – e Bella bufou.
-
E se o Edward for junto? – Rosalie falou e todo mundo a encarou.
-
Eu? –
-
É... Você também vai estar de férias e do mesmo jeito que a Bella vai rever as
raízes, você rever onde cursou a faculdade... –
-
Regiões diferentes Rosalie... – lembrei-a.
-
Eu sei. – resmungou ela. – Mas... Se a Bella quiser, e como ela conhece a
Itália de cabo a rabo, ela poderia separar os melhores lugares para conhecer e
tudo mais. E aí nós conheceríamos e o Edward visitaria onde ele estudou... –
-
Você decide Edward. – Renata disse jogando a decisão em cima de mim e eu olhei
para Bella, eu via em seus olhos que ela torcia internamente para que eu
aceitasse, e eu sabia que caso eu me recusasse ela ficaria completamente
chateada, e eu não podia fazer isso com ela. Já havia magoado ela demais para
fazer mais uma vez.
-
Vai ser divertido. Eu topo... – e eu vi seus olhos brilharem e ela sorriu
discretamente para mim enquanto encarava a madrinha.
-
Tudo bem... – disse depois de Caius concordar. – Esme e Carlisle, deixam o
Emmett ir? –
-
Eles devem estar agradecendo já que vão ficar quase que três meses longe do
filho. – brinquei e eles riram.
-
Tudo bem... – Renata repetiu. – Depois eu vou conversar com o pai da Rosalie e
do Jasper, caso ele queira ir. Reúnam-se, decidam quando vão e por onde vão
começar e tudo certo... –
-
Bella... E quanto a Allegra? – questionou Caius ao mesmo tempo em que senti
algo peludo passar pelas minhas pernas, eu olhei pra debaixo da mesa e vi que
era a própria Allegra passando indo até minha mãe, e como já havíamos acabado
de comer, ela se afastou um pouco e a pegou no colo.
-
Caso queira, pode deixa-la comigo. – minha mãe disse. – Eu vou cuidar bem dessa
coisinha fofa... – e Bella encarou o tio com o maior sorriso de problema
resolvido...
-
Ma non se preocupe. Iremos resolver
isso após as provas... –
-
Ótimo... – como Bella e Rosalie fizeram o jantar, e conhecendo Rosalie, é capaz
de ela ter ficado simplesmente observando enquanto a Bella fazia tudo sozinha,
Alice tirou a mesa com a ajuda do namorado e a minha, e minha mãe e Esme
ficaram responsáveis pela louça.
Bella
se levantou e com cuidado Allegra desceu do colo da minha mãe seguindo a dona
para a sala e após tudo ter ficado limpo e organizado todos seguiram para a
sala. Não demorou muito e Bella começou a coçar os olhos demonstrando estar
cansada e nós resolvemos que já era a hora de ir embora. Enquanto meus pais se
despediam dos padrinhos de Bella e combinavam uma saída entre os dois casais no
domingo, principalmente levando em consideração que Bella passaria a noite na
casa de Rosalie.
-
Edward... – Bella me chamou na varanda de sua casa com Allegra no colo.
-
Oi... – e eu cocei atrás da orelha que repuxou o focinho para trás em algo
parecido como um sorriso.
-
Io queria lhe agradecer. –
-
Por? – questionei confuso.
-
Tudo?! – e ela sorriu de lado. – Pela aula e principalmente por aceitar ir
nessa viagem comigo... É que... –
-
É importante para você... – e ela assentiu. – Não se preocupe. Eu sabia que
você ficaria magoada caso eu me recusasse. – e eu respirei fundo. – E eu não
aguentaria te magoar de novo... – falei me referindo ao que ela havia escrito
na carta que havia me enviado. – Não iria suportar te ver magoada de novo. – e
ela repuxou um dos cantos da boca, em um sorriso torto.
-
De qualquer forma... Grazie mille. –
- Allegra... – e eu me abaixei um pouco para ficar na linha de visão do
cachorro. – Cuida dela em... – e como se ela tivesse me entendido, ela latiu
uma vez para mim balançando o rabo e eu cocei sua orelha novamente. – A
propósito... – falei quando cheguei perto dos degraus da varanda e voltei para
perto dela. – Você esqueceu uma coisa comigo... –
-
Cos'è? – abri minha mochila e peguei
seu pen drive no bolsinho interno e estiquei para ela. – Io tinha me esquecido completamente dele... Naquela confusão do
Eric vomitando... – e ela torceu o nariz e eu puxei a carta que havia escrito
para ela ontem, e que pretendia colocar dentro de seu material quando ela não
estava olhando, mas...
-
E isso aqui também é para você... – falei esticando a carta e ela me encarou
por quase um minuto antes de pegá-la. Provavelmente não esperava que eu
entregasse frente a frente.
-
Grazie. – repetiu com o rosto
completamente corado. – Até segunda... –
-
Até segunda... – e antes que eu pudesse me afastar, ela simplesmente me deu um
beijo rápido e entrou em casa sem falar mais nada, imediatamente, ao mesmo
tempo em que meus pais saíram. Emmett levaria Jasper e Rosalie em casa, Caius
ainda trocava algumas palavras com meu pai, e a janela estava aberta e eu pude
ver Isabella subindo as escadas, ela virou rapidamente sorriu para mim antes de
terminar de subir as escadas com a carta, o pen drive e Allegra no colo, e
idiota e bobamente, não pude evitar soltar um sorriso rápido. Ela havia me
beijado!
Vocabulário.
* Prima – Primeiro.
*
Molto bene – Muito bem.
*
Adesso – Agora.
* Questo – Isso.
*
Scusi, dov’è l’hotel? – Com licença, onde
é o hotel?
*
Come arrivo a l’hotel? – Como chego
ao hotel?
* Dov’è – Onde.
*
Parlare com te – Falar com você.
*
Um po’. – Um pouco.
* Perdono – Perdão.
*
Ma non – Mas não.
*
Santo Dio – Santo Deus.
*
Lo so – Eu sei.
* Non credo - não creio.
* Sto – Estou.
* Dieci – Dez.
* Immagina me – Imagina eu.
*
Credo che no – Eu acredito que não.
*
Perché sto anche – Porque eu também
estou.
* Cose che non – coisas que não.
*
Io anche non – Eu também não.
*
Ma – mas.
*
Me – mim.
* Lo so che – Eu sei que.
*
Ma io anche – Mas eu também.
*
Baciarti – Beijar-te.
*
Io non posso credere che sto scrivendo
questo, ma... – Eu não posso acreditar que estou escrevendo isso, mas...
* Io non se perchè, ma... – Eu não sei
porque, mas...
* Io capisco – Eu entendo.
*
Io anche no se – Eu também não sei.
*
Stupida adolescente – Adolescente
estúpida.
* Con me – comigo.
* Ascolta – Escuta.
* In italiano - Em italiano.
* Io ascolto – Eu escuto.
* Amore mio – Meu amor.
* Mio babbo – Meu pai.
* Come – Como?
*
Mio babbo parlava molto – Meu pai
falava muito de.
*
Innamorato de mia mamma – Apaixonado
de minha mãe.
*
Quattro – Quatro.
*
Solo tre – Apenas três.
* Che io sono una dea – Que eu sou uma
deusa.
* Accetto – Aceito.
* Va bene – Tudo bem.
*
Per due – Por dois.
* Otto – Oito.
*
Grazie - Obrigada.
* Perdono per... – Perdoe-me por...
* Una volta al – Uma vez ao...
* Sei – Seis.
* Dodici – Doze.
*
Tè – Chá.
*
Andiamo – Vamos.
*
Qui – Aqui.
* Lo giuro che non vado – Eu juro que não
vou...
* Chi è la piccola cosa Carina della mamma? – Quem
é a coisinha fofa da mamãe?
* Chi è il cucciolo più carino del mondo? – Quem
é a cachorrinha mais fofa do mundo?
* Ti ricordi – Lembra-se.