Pov. Emmett
Beleza, o cabeçudo estava apaixonado
pela anã número dois, mas ele não admitia isso. Mas eu, como eu irmão mais novo
muito legal, iria ser o cupido da relação. Eu só precisava saber como, e eu
iria colocar o plano em prática assim que voltasse do parque com a ursinha.
Edward não queira que ninguém soubesse, então eu resolveria tudo sozinho.
Ao chegar a casa à noite, meus pais
e o cabeçudo já estavam em casa e eu tratei de ir para o quarto de Edward, se
ele não havia conversado com ela em La Push eu o esganaria. Abri a porta de seu
quarto e entrei sem bater, só esperava que ele não tivesse fazendo coisas
inapropriadas para a minha tenra idade, mas não, ele estava apenas ajeitando
seus planos de ensino para a próxima aula.
- Irmãozinho.
- o chamei.
- O que
você quer? - perguntou ajeitando suas coisas sem nem me encarar.
- Falou
com ela? - e ele suspirou.
- Falei. -
- E? -
- Ela
achou que eu a havia beijado por impulso. - respondeu sentando-se em sua
cadeira giratória, a qual eu não o aconselharia a girar nela, porque eu havia
quebrado-a semana passada enquanto ficava girando nela. - Eu disse que não
havia sido impulso, que eu sentia uma vontade absurda… Eu a beijei de novo, mas
depois prometi que seria a última vez. - o encarei.
- Você é
muito burro. -
- Como? -
- Você não
vai conseguir ficar longe dela. - respondi.
- Vou sim.
Antes de eu me afastar dela eu disse que me rendia. E eu me rendo. - respondeu
simplesmente.
- Isso
significa… -
- Significa
que eu me rendo ao que eu sinto por ela, mas ela nunca vai saber. Nem que eu
tenha que deixar Forks, mas eu não vou me envolver com ela. - disse e minha
cara foi no chão. Não, eu não podia deixar isso acontecer e não iria. Eu seria
o salvador da pátria e o cupido entre os dois.
- Você não
pode fazer isso… - disse simplesmente. - E quanto a mim, mamãe e o papai… E a
própria Bella? -
- Emmett,
ela deve me achar um doente por sentir vontade de beija-la ou sei lá, deve
estar imaginando que eu só quero ter um lance e depois sumir. Eu não sei, mas
eu não vou me envolver com ela, vou continuar agindo do mesmo jeito que estou.
Vai doer, mas vai ser o melhor. Pelo menos agora ela sabe o motivo. E quer
saber. - ele me encarou. - Eu aposto o que quiser, que ela está sentindo nojo
de mim. - eu abri a boca para responder, mas ele me interrompeu. - Agora, pode,
por favor, me deixar um pouco sozinho? Eu tenho que dormir e dar aula amanhã. -
- Tudo
bem… Boa noite. - e deixando-o sozinho.
Eu segui para o meu quarto e após um
banho, eu caí na cama. Mas eu não conseguia dormir, minha mente revirava em
como eu deveria ajudar os dois. Mas como eu faria isso?
No dia seguinte eu me encontrei com
Rosalie na escola, eu estava morto de sono, havia revirado na cama o dia
inteiro tentando encontrar um jeito de juntar meu irmão e a Bella, e sem
nenhuma ideia em mente.
Alice chegou à escola sozinha, ela
não vinha mais com a Bella, toda a “proteção” que ela teve com a prima nas
primeiras semanas foram por água a baixo, e agora parecia que, para ela, a
prima nem existe mais.
Eu caminhei para a minha primeira
aula, eu não havia visto Bella chegar, se bobear após a conversa com Edward,
ontem à noite, ela iria ignora-lo de novo. Mas não, ao entrar na sala de
história, ela estava lá sentada na sua bancada sozinha, anotando a matéria que
o professor começava a passar no quarto.
- Ursinha.
- chamei Rosalie. - Se importa se eu me sentar com a Bella hoje? -
- Com a
Bella? Por quê? - perguntou, não eram ciúmes, era apenas surpresa.
- Ah
ursinha… A Alice está ignorando ela, ela está ficando sozinha… - dei de ombros.
- Claro
tudo bem. - disse simplesmente sorrindo e foi se sentar ao lado do irmão, junto
com Alice e Jasper, e eu me sentei ao lado de Bella. Ao ouvir a cadeira
raspando no chão, ao ser puxada, ela tirou os olhos do caderno e me encarou
confusa.
- Bom dia
baixinha… - disse sorrindo e me sentando.
- Buongiorno.
- respondeu ainda confusa. - O que foi? -
- Nada, por
quê? -
- Está se
sentando comigo. - apontou quando coloquei a mochila em cima do balcão. - Cadê
Rosalie? -
- Tá aqui
atrás. - apontei para trás de mim e ela olhou por sobre os ombros e Rosalie
acenou simplesmente para ela sorrindo.
- Então
tá… - e ela voltou a copiar o dever.
- A
verdade, é que eu queria conversar com você. -
- O que? -
perguntou confusa de novo.
- Algum
cara daqui de Forks te chamou atenção? - deu de ombros. - Algum aluno? - negou
rapidamente.
- Só tem stupidos nessa escola. - resmungou
cuspindo a palavra em italiano. - Quer dizer, estúpidos. - respondeu e eu
assenti.
- Os
garotos ainda está te enchendo o saco… Quer dizer, perturbando? -
- De vez
em quando. Eric e Tyler deram uma parada, mas Mike… - balançou a cabeça negando
fazendo os seus leves cachos se mexerem.
- Ainda
está incomodando? -
- É. De
vez em quando, mas você sempre aparece. - ela sorriu de lado.
- Disponha.
Nunca fui com a cara dele mesmo. E se quiser que eu quebre a cara dele é só
pedir. Faço de graça. - e ela sorriu amplamente.
- Posso te
fazer uma pergunta? - perguntou se aproximando um pouco de mim.
- Claro. -
respondi. - O que? -
- Por que
está fazendo isso? - perguntou cruzando os braços na mesa e me encarando.
- Eu sou
uma pessoa legal. - dei de ombros.
- Nunca
disse que não era. Mas você nunca sentou comigo. Nunca conversou tanto comigo.
E sinceramente, se não fosse pelo Mike vir para cima de mim toda hora, tenho
minhas dúvidas de se você falaria comigo. - deu de ombros. - E para ser bem
sincera, io ainda não entendo o porquê. - e voltou à atenção para copiar a
matéria.
- Eu gosto
de você Bella. - disse simplesmente e ela me encarou com a sobrancelha
arqueada. - Como amiga. - garanti e ela voltou à atenção ao quadro. Tanto que
eu quero juntar você e meu irmão, completei mentalmente. - E já que estamos
sendo bem sinceros um com o outro. - eu cruzei os braços em cima da mesa e me
aproximei um pouco dela. - Eu acho muita sacanagem o que Alice está fazendo. -
- Faça o
mesmo que io… Ignore-a. - disse simplesmente e pegou de volta a caneta azul e
voltou a anotar e não falou mais nada. - Prefiro ignorar e lembrar apenas dos
momentos antes de eu vir para cá, quando ela ainda era a minha prima. -
E Bella não falou mais nada, o resto
da aula ela não abriu a boca, pelo menos não para mim e sim para fazer algumas
perguntas ao professor sobre a matéria, mas fora isso, ela não falou mais nada
comigo e nem com nenhum outro aluno.
As aulas foram tranquilas e ela não
falou mais absolutamente nada com ninguém. Na hora do almoço ela ficou afastada
durante o tempo todo, no telefone, no banco do lado de fora do refeitório, onde
qualquer um podia vê-la através da janela. Ela só levantou poucos minutos antes
de o sinal tocar e só entrou na sala depois de mim.
Só estávamos nós quatro - Alice,
Jasper, Rosalie e eu - e obviamente Edward na sala quando ela entrou. Meu irmão
bem que tentou, mas não conseguiu não olha-la e a encarou de cima a baixo e
sorriu discretamente, apenas quem estivesse prestando muita atenção nele,
notaria.
Edward a olhou de cima a baixo
enquanto ela entrava na sala e eu segui seu olhar, tentando compreender o
motivo de seu fascínio por ela. Eu concordava com Bella era uma garota linda,
mesmo eu ainda preferindo a minha ursinha, mas eu não conseguia entender o
motivo de ele se atrair por ela. Sim eu quero ajudá-los a ficar juntos, mas não
entendia, ele podia ter a mulher que desejasse, mas se apaixonou por uma
adolescente.
Bella era linda e isso era inegável,
a pele branca tinha um contraste quase que perfeito com os cabelos castanhos
escuros, os grandes olhos cor de chocolate e obviamente os lábios vermelhos, as
pernas e o quadril eram bem delineados devido à calça legging preta dela, e a
blusa cinza de botão, com os primeiros abertos e revelando seu colo e as três
medalhinhas que ela usava também delineava seu corpo muito bem, a cintura fina
e os seios não muito grandes.
Mas eu tinha que admitir que haviam
garotas mais bonitas, Rosalie era uma, mas mesmo assim, Edward se atraiu pela
Bella. Eu tinha que entrar na mente dele para entender o que ele sentia e via
nela, antes que eu bolasse um plano para uni-los.
Imediatamente, assim que ela notou,
não apenas os olhos de Edward nela, mas o também o sorriso que ele lhe lançou,
as suas bochechas se tornaram rubras e ela abaixou a cabeça escondendo o rosto
com o cabelo solto e caminhou rápido para a minha a minha frente, onde ela
sentava-se sozinha.
A aula seguiu-se tranquila, volta e
meia Edward se perdia encarando-a, principalmente após passar alguns deveres e
sentar em sua cadeira observando. Peguei meu telefone e lhe mandei uma mensagem
rapidamente.
Dê:
Emmett.
Para:
Cabeçudo.
Limpa
a baba Romeu, está ficando constrangedor.
Enviei mordendo o lado de dentro da
bochecha para não rir e vi Edward pegando o telefone em cima da mesa. Ele leu
rapidamente e me encarou feio, e digitou algo em seu telefone que chegou para
mim rapidamente.
Dê:
Seu Professor.
Para:
Jumento.
Para
de falar, melhor, escrever merda e faz o seu dever.
Li rapidamente e retruquei, como
sempre.
Dê:
Cara Gostoso.
Para:
Cabeçudo.
Não
estou falando merda, estou falando o que estou vendo. E eu estou vendo você
babar pela Bella e que se pudesse estaria de quatro agora mesmo latindo se ela
assim pedisse… Ou miando… Falta saber qual é o animal favorito dela.
Ele tinha o telefone em mãos, e
quando a mensagem chegou para ele, ele me lançou um olhar tão fulminante, que
se ele tivesse uma arma, provavelmente ele teria atirado.
- Oh
Bella… - a chamei alto no meio do exercício quando Edward se levantou irritado,
provavelmente para me fazer engolir o telefone.
- Che? -
- Qual é o
seu animal favorito? - perguntei apenas para que ela e Edward ouvissem e eu vi
meu irmão ficando branco.
- Cosa intendi? - ela me encarou confusa.
- Perdono. Como assim? - repetiu em inglês.
- Se você
pudesse escolher um animal, doméstico, qual seria seu favorito? - ela ficou um
tempo pensando em silêncio.
- Coniglio. - ela balançou a cabeça de
novo. - Io… Esqueci… - ela pegou o telefone e digitou algo rápido e virou de
frente para mim, ela havia pesquisado a foto do animal, já que havia esquecido
o nome dele em inglês.
- Ah
coelho. -
- Isso…
Coelho. Coelho? Falei certo? - assenti. - Coelho! -
- Por quê?
-
- São
fofos e io nunca tive um. Non de verdade. - ela colocou o telefone de novo na
mesa. - Isso perché tu perguntou
sobre um animal doméstico. Se não tivesse espe... cifi...cado… - disse devagar
para não errar. - Io teria dito Civetta
ou Panda... Orso polare... Lemure… - deu de ombros.
- Só
entendi o panda. - confessei. - Que diabos são os outros? - ela riu baixo.
- Coruja,
urso polar ou lêmure. -
- O que é
um lêmure? -
- São
aqueles bichinhos do filme Madagascar. - explicou e meus olhos brilharam.
- São tão
fofos. -
- O Mort…
O Rei Julien… - disse sorrindo. - Tão fofos. - respondeu rindo.
- Mas você
não respondeu minha pergunta, qual é seu animal favorito? -
- Come no? Io
disse coniglio… Coelho…
-
- Vou
especificar… Entre gato e cachorro, qual seu favorito? -
- I due. - respondeu fazendo o número dois
com os dedos.
- Entre os
dois não tem nenhum mais favorito? - negou. - Ok. -
- Perché?
-
- Nada
não. - e Edward parou ao meu lado. - Ela gosta dos dois, sabe o que isso
significa? - perguntei baixo.
- Cala a
boca! - ele rosnou e começou a andar pela sala e eu peguei meu telefone mais
uma vez.
Dê:
Emmett.
Para:
Cabeçudo.
Você
não vai conseguir ficar longe dela… Aceite de uma vez.
Enviei e ele arrancou o telefone da
minha mão após ler a mensagem e seguiu para a sua mesa, e começou a corrigir a
lição e logo em seguida nós fomos dispensados, principalmente porque o
treinador Clapp havia torcido o pé no final de semana e iria ficar alguns dias
sem dar aula.
- Ursão,
vamos… - Rosalie disse apontando para o meu carro, ela havia vindo com Jasper e
voltaria comigo.
- Me faz
um favor? -
- Claro
amor… - peguei no bolso as chaves do meu carro.
- Me
encontra na casa da Alice. Eu vou acompanhando a Bella a pé. - e ela me encarou
já desconfiada. - Eu preciso bater um papinho com ela, bem rápido. -
- Tudo
bem. - respondeu contrariada, mas foi.
- Bella… Bella… Bellullita. - a chamei saindo da escola
correndo e ela se virou me encarando confusa.
- Tu mi ha chiamato
da cosa? -
- Eu não
sei o que isso significa. -
- Você me
chamou de que? - repetiu em inglês.
- Bellullita?
-
- Que
isso? -
- Um
apelido. - respondi dando de ombros. - Que seja. Posso acompanhar você? -
- Perché? -
- Porque
sim. Não posso te acompanhar? -
- É
estranho! -
- Se fosse
o Edward você aceitava, não é menina? - brinquei e seu rosto ficou
completamente vermelho.
- Io non
estou mais falando com seu irmão. - disse girando em seus calcanhares e
continuou seu caminho.
- Por quê?
- perguntei. - Vocês se davam tão bem. - ela deu de ombros e eu fingi que não
sabia de nada.
- Io sono
apenas uma criança aos olhos dele. - respondeu ficando cabisbaixa enquanto caminhávamos
pelo meio fio.
- Ah para,
você tem quase a minha idade… Tipo, eu fiz aniversário em janeiro e você… -.
- Setembro.
- respondi. - 13 de setembro. Dia de São João Crisóstomo. -
- Isso significa…?
-
- Que meus
pais me obrigavam acordar cedo para ir à missa em honra a ele. - respondi e eu
balancei a cabeça rindo.
- Mas
mesmo assim, você vai fazer 16 anos… -
- E ele
continua me vendo como uma menina. - respondeu. Uma menina que ele tá louco
para ter um relacionamento, emendei mentalmente.
- Mas fora
isso… O que você acha do meu irmão? -
- Seu
irmão é uma pessoa legal, Emmett. Inteligente, prestativo. Ele me dá aulas
particulares sem pedir nada em troca e sem ter o dever de fazer isso… -
- Não foi
o que eu perguntei. -
- Tu
perguntou o que eu achava de seu irmão… - apontou.
- Mas… Por
um segundo, pare de imagina-lo como professor e imagine-o como um cara normal…
- dei um tempo a ela. - Imaginou? - assentiu. - O que acha? -
- A mesma
coisa. - bufei. - Seu irmão é uma pessoa interessante e um bom amigo. Pelo
menos foi. Sabe no início, em Aspen… - suspirou sorrindo. - Foi bom. - e seu
sorriso se ampliou provavelmente se lembrando. - Ele não tinha a menor
obrigação e mesmo assim ele me fez companhia, saiu comigo, fomos à cafeteira
várias vezes, me obrigou a andar de patins e me segurou para que eu não caísse,
me bombardeou com bolas de neve. E até tentou, em vão, me explicar beisebol.
Foi bom. No dia da campina, também foi muito bom. A conversa era ótima e a
companhia também, io me senti tão bem, tão viva, tão livre depois de tanto
tempo… Mas depois daquele dia… - e o sorriso murchou e seus olhos marejados. -
Tudo mudou. - ela andava olhando para o chão. - Até mesmo quando io surtei
naquele dia do amor, e ele veio ficar comigo, após io atrapalhar o encontro a
cegas dele, até naquele dia quase fatídico foi bom. Só que depois… - ela deu de
ombros e suspirou triste, eu abri a boca para falar, mas ela me interrompeu. -
Recentemente, io estava ouvindo ABBA. -
- A não,
você também escuta ABBA? -
- Como
assim io também? -
- Edward
vive ouvindo ABBA. - resmunguei. - Mas continue. -
- Io… Io
estava ouvindo ABBA, io amo as músicas da ABBA, e io ouvi uma música que fez
algum sentido. -
- Qual? -
- The name of the game. - respondeu sem
jeito. - Olha Emmett… Grazie per la conversa
e per la companhia, mas, se puder… Se
puder deixar essa conversa tra noi.
Digo, entre nós. -
- Com
certeza. - disse quando paramos em frente a sua casa e o meu carro, com Rosalie
parada no banco do motorista me esperando.
- Até
amanhã, Emmett. - e ela seguiu para a porta e eu entrei no carro.
- Oi
Ursinha. - fui dar um beijo em sua bochecha e ela virou o rosto. - Para onde? -
- Eu para
a minha casa, você para onde quiser. - respondeu ligando o carro.
- O que
houve? -
- Nada. -
respondeu bufando.
Ela dirigiu em silêncio até a sua
casa, e sem falar nada, pegou a mochila no banco de trás e saiu do carro
batendo a porta e entrando em casa. Ela não falou nada e eu fiquei sem
entender. Bom, depois eu resolveria com ela, agora eu tinha que colocar meu
plano em prática. Primeiro eu iria ouvir a música que Bella havia citado.
Sai do carro e entrei no banco do
motorista e dirigi para a casa. Como eu estava sozinho em casa, larguei o carro
de qualquer jeito na entrada e subi as escadas correndo e abrindo o computador
indo procurar a música no Google.
The Name of the Game - ABBA. E
coloquei para tocar, colocando os fones de ouvido e me concentrando na música.
ABBA - The
Name Of The Game
“I've seen you twice, in a short time
“I've seen you twice, in a short time
(Eu te vi duas vezes, em um curto tempo)
Only a week since we started
Only a week since we started
(Só uma semana desde que nós começamos)
It seems to me, for every time
It seems to me, for every time
(Parece para
mim, a cada vez)
I'm getting more open-hearted
I'm getting more open-hearted
(Eu estou ficando com o coração mais aberto)
I was an impossible case
I was an impossible case
(Eu era um cara impossível)
No-one ever could reach me
No-one ever could reach me
(Ninguém
poderia me alcançar)
But I think I can see in your face
But I think I can see in your face
(Mas acho que posso ver em seu rosto)
There's a lot you can teach me
There's a lot you can teach me
(Há muito que você pode me ensinar)
So I wanna know
So I wanna know
(Então eu
quero saber)
What's the name of the game?
What's the name of the game?
(Qual é o nome do jogo?)
Does it mean anything to you?
Does it mean anything to you?
(Significa alguma coisa a você?)
What's the name of the game?
What's the name of the game?
(Qual é o nome do jogo?)
Can you feel it the way I do?
Can you feel it the way I do?
(Você pode se sentir do jeito que eu me sinto?)
Tell me please, 'cause I have to know
Tell me please, 'cause I have to know
(Por favor, me fale, porque eu preciso saber)
I'm a bashful child, beginning to grow
I'm a bashful child, beginning to grow
(Eu sou uma criança tímida, começando a crescer)
And you make me talk
And you make me talk
(E você me faz falar)
And you make me feel
And you make me feel
(E você me faz sentir)
And you make me show
And you make me show
(E você me faz mostrar)
What I'm trying to conceal
What I'm trying to conceal
(O que eu
estou tentando esconder)
If I trust in you, would you let me down?
If I trust in you, would you let me down?
(Se eu confiar em você, você me decepcionaria?)
Would you laugh at me
Would you laugh at me
(Você riria
de mim)
If I said I care for you?
If I said I care for you?
(Se eu dissesse que me importo com você?)
Could you feel the same way too?
Could you feel the same way too?
(Você poderia sentir a mesma coisa também?)
I wanna know
I wanna know
(Eu quero
saber)
What's the name of the game?
What's the name of the game?
(Qual é o nome do jogo?)
I have no friends, no-one to see
I have no friends, no-one to see
(Eu não tenho amigos, ninguém para ver)
And I am never invited
And I am never invited
(E eu nunca
sou convidada)
Now I am here, talking to you
Now I am here, talking to you
(Agora eu estou aqui, falando com você)
No wonder I get excited
No wonder I get excited
(Nenhuma
surpresa que eu estou excitada)
Your smile, and the sound of your voice
Your smile, and the sound of your voice
(Seu sorriso, e o som da sua voz)
And the way you see through me
And the way you see through me
(E o modo que você vê através de mim)
Got a feeling, you give me no choice
Got a feeling, you give me no choice
(Eu tenho um sentimento, você não me dá escolha)
But it means a lot to me
But it means a lot to me
(Mas significa muito para mim)
So I wanna know
So I wanna know
(Então eu
quero saber)
What's the name of the game?
What's the name of the game?
(Qual é o nome do jogo?)
(Your smile and the sound of your voice)
(Your smile and the sound of your voice)
(Seu sorriso
e o som da sua voz)
Does it mean anything to you?
Does it mean anything to you?
(Significa alguma coisa para você?)
(Got a feeling you give me no choice)
(Got a feeling you give me no choice)
(Tenho um
sentimento, você não me dá escolha)
But it means a lot, what's the name of the game?
But it means a lot, what's the name of the game?
(Mas significa muito, qual é o nome do jogo?)
(Your smile and the sound of your voice)
(Your smile and the sound of your voice)
(Seu sorriso e o som da sua voz)
Can you feel it the way I do?
Can you feel it the way I do?
(Você se sente do mesmo jeito que eu?)
Tell me please, 'cause I have to know
Tell me please, 'cause I have to know
(Por favor, me fale, porque eu tenho que saber)
I'm a bashful child, beginning to grow
I'm a bashful child, beginning to grow
(Eu sou uma criança tímida, começando a crescer)
And you make me talk
And you make me talk
(E você me
faz falar)
And you make me feel
And you make me feel
(E você me
faz sentir)
And you make me show
And you make me show
(Você me faz
mostrar)
What I'm trying to conceal
What I'm trying to conceal
(O que eu
estou tentando esconder)
If I trust in you, would you let me down?
If I trust in you, would you let me down?
(Se eu confiar em você, você me decepcionaria?)
Would you laugh at me, if I said I care for you?
Would you laugh at me, if I said I care for you?
(Você riria de mim, se eu falasse que me importo com você?)
Could you feel the same way too?
Could you feel the same way too?
(Você poderia sentir a mesma coisa também?)
I wanna know
I wanna know
(Eu quero saber)
Oh yes I wanna know
Oh yes I wanna know
(Oh sim eu
preciso saber)
The name of the game
The name of the game
(O nome do
jogo)
(I was an impossible case)
(I was an impossible case)
(Eu era um
caso impossível)
Does it mean anything to you?
Does it mean anything to you?
(Isso significa alguma coisa para você?)
(But I think I can see in your face)
(But I think I can see in your face)
(Mas eu acho que posso ver o seu rosto)
That it means a lot
That it means a lot
(Que
significa muito)
What's the name of the game?
What's the name of the game?
(Qual é o nome do jogo?)
(Your smile and the sound of your voice)
(Your smile and the sound of your voice)
(Seu sorriso e o som da sua voz)
Can you feel it the way I do
Can you feel it the way I do
(Você pode se sentir do mesmo jeito que eu?)
(Got a feeling you give me no choice)
(Got a feeling you give me no choice)
(Tenho um
sentimento, você não me dá escolha)
But it means a lot, what's the name of the game?
But it means a lot, what's the name of the game?
(Mas eu preciso saber, qual é o nome do jogo?)
(I was an impossible case)
(I was an impossible case)
(Eu era um
caso impossível)
Does it mean anything to you
Does it mean anything to you
(Isso significa alguma coisa para você?)
(But I think I can see in your face)
(But I think I can see in your face)
(Mas eu acho que posso ver o seu rosto)
That it means a lot
That it means a lot
(Que significa muito)”
- Puta. Que. Pariu. - disse quando a música acabou e eu tirei os fones. Ela está apaixonada por ele! - Puta. Que. Pariu. - repeti de novo. Ah quando o cabeçudo souber. - Já sei. - gritei com o plano se formando em minha cabeça. - Beleza, Emmett, pensa em tudo o que a Bella falou com você hoje… -
Peguei uma folha em branco e uma
caneta… Não… Não eu não posso escrever a mão, ele vai reconhecer a caligrafia…
Larguei a folha e a caneta e abri o Word
começando a digitar.
'Io
sei que você não quer falar comigo, mas você falou tudo o que tinha para falar
e io non consegui falar o que io sinto. Você non deu chance para que io falasse
o que io sentia…
Em
primeiro lugar io non penso que você é um doente, ou pedófilo, ou seja, lá o
que esteja passando pela sua cabeça. Em segundo lugar, io preciso te dizer o
quanto me sinto mal por tudo o que está acontecendo. Você me beijou no
aniversário da Alice e depois me ignorou por duas semanas e mal olhava na minha
cara. E agora em La Push, na Páscoa, você me beijou de novo e hoje na sala de
aula você também non falou comigo. Io gostaria de entender o motivo.
Lembra-se
dos dias antes daquele beijo? Dos nossos dias em Aspen? Nós estávamos nos dando
tão bem e tudo ia tão bem. Você não precisando cuidou de mim, me vigiou e me
fez companhia, non era a sua obrigação. Mas io gostei muito. Das nossas
conversas, saídas à cafeteira, e até mesmo quando me obrigou a patinar e até
mesmo do seu bombardeio de bolas de neve. Io sinto falta daqueles dias.
A
nossa caminhada, aquele dia na campina, io gostei muito daquilo, io me senti
livre, viva e bem pela primeira vez em tempos. Até mesmo naquele dia do seu
encontro a cegas, o qual io interrompi após aquele leve surto, até aquilo foi,
em certo ponto, bom para mim. Mas depois disso, você mudou, largou tudo e me
largou, me abandonou.
De
certo modo io até entendo o motivo, admito que io entendo e uma parte de mim
concorda, mas a outra não. Io sinto tanta falta. Das nossas conversas, da sua
companhia enquanto me levava em casa e tudo mais. Eu queria aquele tempo de
volta, nem que io precisasse me esquecer dos beijos.
Mas,
io acho que melhor do que falar é você ouvir… Recentemente estava relembrando
as músicas da ABBA, sim, pode parecer um pouco estranho uma garota nova gostar
de ABBA, mas io simplesmente amo essa banda. E io estava relembrando minha
playlist da ABBA e achei uma música que explica perfeitamente bem. Caso deseja
ouvir… The Name of The Game.
Bella.’
Terminei de escrever a carta, do
jeito que a Bella fala e torcendo para ser do jeito que ela escreve, pelo menos
que continuava escrevendo, e a imprimi dobrando-a calmamente e colocando dentro
de um envelope e separando para eu não confundir uma com a outra, e após apagar
o rascunho, sem salvá-lo, para que o cabeçudo não mexesse aqui e descobrisse,
me preparei para uma nova carta.
Mas eu não conseguia escrevê-la, eu
precisava saber o que meu irmão sentia realmente por ela para pôr na carta, eu
precisava falar com ele.
- Emmett
Cullen. - ele invadiu meu quarto e eu joguei a carta dentro da gaveta e fechei
meu computador e tratei de fingir que não estava fazendo nada.
- Que? -
perguntei com a melhor cara de inocente do mundo.
- Eu juro
que eu vou te matar… Que merda de pergunta é aquela que você fez a ela? -
- Uma
pergunta inocente. Qual era o animal favorito dela. Um coelho… - bufei. - O que
em um joguinho sexual não tem muita graça. -
- Você
enlouqueceu não foi? - perguntou desesperado. - Além de você querer que eu me
envolva com ela, você ainda espera que eu faça sexo com ela? -
- Apenas
se os dois quiserem… Eu sei que você não faz sexo há muito tempo e a única
coisa que seu amigo vê recentemente é a sua mão. Mas sexo é tão bom. -
- Você é
ridículo. Isso é um absurdo. Por que diabos eu te conto as coisas? - ele gritou.
- Você
mesmo disse que sente atração sexual por ela. - apontei.
- Isso é
ridículo. Eu quero que você pare imediatamente o que a sua cabeça perturbada
está tramando. Eu já falei que não vou me envolver com a minha aluna, quanto
mais transar com ela. Eu já te falei que vou me afastar, nem que para isso eu
precise deixar Forks. - e ele saiu do meu quarto batendo a porta.
Respirei fundo e me levantei da
cadeira, peguei meu telefone, ligando o gravador e enfiando no bolso e indo o
quarto de Edward e o encontrando andando de um lado para o outro, nervoso. Bati
na porta com a maior cara de inocente do mundo.
- Vai
embora Emmett. -
- Eu só
quero conversar… E ajudar. -
- Dispenso
os dois. -
- Eu juro
que não vou fazer nada… Eu só quero entender. -
- O que? -
- O que
você viu nela? Por que ela? - perguntei.
- Eu não
sei. - confessou gritando. - Quer dizer… Eu não sei explicar. Ela é linda. -
disse suspirando e puxando os cabelos com força. - Alice é linda, Rose é linda,
metade da FHS é linda, mas ela me chamou tanto a atenção. - ele sorriu de lado.
- Eu não sei se você já parou para observar atentamente o rosto dela. O rosto
dela é tão angelical. Ela é tão linda. O rosto em formato de coração, a pele
alva se contrasta com os aqueles lindos olhos castanhos, como dois lagos de
chocolate, o qual eu não reclamaria se me afogasse. Aqueles lábios vermelhos,
aquilo não é batom, é a cor natural deles, são tão macios e doces, que se eu
pudesse eu beijaria até que meus pulmões explodissem. A pele dele, a do rosto,
já que foi a única que eu realmente cheguei a tocar, é tão macia e delicada… Os
cabelos dela. - ele suspirou. - São tão lindos, macios e tem um cheio de
morango. O cheiro dela é maravilhoso, não sei explicar… - ele me encarou. - Mas
no fundo, eu imagino que o motivo dela me atrair tanto, não seja o quesito
externo, e sim o interno. Ela é tão linda internamente. -
- Se você
fosse um traficante de órgãos isso faria mais sentido. -
- Eu não
estou falando dos órgãos dela, seu imbecil. - ralhou comigo. - Estou falando do
que ela tem por dentro. -
- Órgãos e
sangue. - apontei.
- Não seu
idiota. Estou falando da alma dela, da essência dela, do espírito dela. Ela tem
uma alma tão linda. O que importa é o interno e não o externo. -
- E como
você viu a alma dela? -
- Os olhos
são a janela da alma, Emmett. - disse simplesmente. - E eu vejo, através dos
olhos dela, que ela tem uma alma tão linda e pura. - ele se encostou à janela.
- Sabe, ela é honesta, sensível, tem caráter, é tão educada… Ela é forte, mas
no fundo é tão frágil, que eu sinto uma vontade fudida de envolvê-la em meus
braços e protegê-la de tudo e todos. Ela tem uma alma boa e um bom coração e se
eu pudesse eu a protegeria de todo mundo que pudesse tentar fazer mal a ela,
qualquer um que pudesse pensar em estragar o que ela tem de bom e bonito dentro
dela. -
- Isso por
acaso inclui a Alice? -
- E a mim
também. - respondeu. - É por isso que eu quero me afastar… Eu sinto que vou
fazer mal a ela e é por isso que eu quero ficar longe dela. -
- Mas você
está apaixonado. - apontei.
- É. - e
pela primeira vez ele admitiu em voz alta. - Mas ela não precisa saber disso. E
ela não vai saber disso. Eu vou protegê-la de mim mesmo. -
- Mas e se
você for a melhor coisa para ela? -
- Se eu
fosse não estaria me sentindo tão mal. -
- Você
está se sentindo mal, porque não admite, porque não confessa a ela a verdade.
Você está se sentindo mal por medo de confessar a ela o que sente e de além de
não ser correspondido, de ela pensar que você é uma má pessoa… - ele não
respondeu, mas pela cara dele, eu havia ido ao caminho certo. - Mas você nunca
vai saber se não falar. Ela é tímida, Edward, não vai falar, principalmente sem
você falar primeiro, principalmente após você chamá-la de criança. -
- Ela é. -
- Ela não
é e você sabe. -
- Pode,
por favor, me deixar um pouco em paz? -
- Claro.
Irei fazer meus deveres. -
- Milagre!
- ironizou e eu saí do quarto e caminhando para o meu e trancando a porta.
Sentei na cadeira, tirando o celular
do bolso e desligando o gravador e ligando meu fone de ouvido e apertando o
play na gravação. Eu ouvi a conversa toda três vezes até voltar a abrir a
página do Word e dessa vez
conseguindo escrever a carta.
'Bella…
Eu
sinceramente não sei como começar essa carta, principalmente após o jeito
estúpido que eu te tratei no domingo em La Push e naquele dia na sala de aula.
Mas eu precisava escrever isso, até porque eu não disse exatamente tudo. Pelo
menos não toda a verdade, por dois motivos. Primeiro: Não saber exatamente como
dizer e nem como você agiria. Segundo: Por medo que você ache que sou uma má
pessoa. Mas eu tenho que te falar como eu me sinto em relação a você e como eu
vejo você.
Sabe
Bella, você é tão comum, mas ao mesmo tempo tão diferente. Você é incrível de
um jeito que eu não sei explicar. Você é linda e incrível tanto externa como
internamente. A mais bonita que eu já vi na vida, você me chama a atenção de um
jeito que ninguém nunca conseguiu chamar.
Eu
não quero que me entenda de forma errada, mas eu preciso colocar isso para
fora. Bella, você é tão linda. Seu rosto é tão único e angelical. Seu rosto em
formato de coração, sua pele alva, se contrasta perfeitamente com seus cabelos
castanhos, longos que caem em cascata, eles são tão macios e cheirosos. Seus
belos olhos castanhos, que são como dois lagos, os quais eu podia me afogar,
que não iria reclamar e nem pedir socorro. Seus lábios vermelhos são tão macios
e doces, que eu poderia e desejaria beijar de novo e para sempre até meus
pulmões explodirem.
Bella,
eu estou sendo total franco com você ao escrever estas palavras. Eu estou
completamente apaixonado por você. Não sei por que, eu não sei explicar o
motivo de você me atrair tanto, isso nunca aconteceu com mais ninguém apenas
com você. Eu gostaria de explicar porque e uma parte de mim queria que isso não
fosse real. Você é mais nova, e confesso que é estranho estar lendo uma carta
de um homem mais velho que é seu professor, onde ele diz que está completamente
apaixonado pro você, mas é algo que eu simplesmente não consigo explicar.
Provavelmente
você está sentindo coisas ruins sobre meu respeito agora, e era o que eu não
queria que acontecesse. Tanto que eu estou fazendo o possível e o impossível
para esquecer isso e deixar para lá e ignorar o que eu sinto. Mas eu não
consigo. Caso eu não consiga esquecer isso, pretendo deixar Forks, porque você
não merece isso. Talvez você me vê apenas como um irmão mais velho ou como eu
realmente sou, seu professor, apenas seu professor. Prefiro que me trate assim,
a me tratar como se eu fosse alguém ruim.
Você
é tão tímida que eu tive receio e medo de falar isso com você cara a cara.
Então, o que eu não consigo dizer pessoalmente será escrito aqui...
Bella
eu te amo, e eu escrevi isso apenas para que você saiba toda a verdade. Agora
eu não estou escondendo nada de você. Você decide o que fazer dessa informação,
ignora-la ou xingar-me por achar que eu sou um doente. Eu chamo de você de
criança mais para tentar me convencer disso e fazer com que eu caia em mim e
para de me interessar por você. Mas é difícil, quase que impossível.
Edward.’
Tirei os fones e reli a carta mais
duas vezes. Estava bom, eu estava surpreso comigo mesmo. Apaguei a gravação e
após eu imprimir a carta, apaguei do computador e fazendo todo o possível,
escrevi os nomes nos respectivos e envelopes, sem que eles, principalmente
Edward reconhecesse minha letra, e guardei dentro do meu caderno na mochila.
Amanhã a fase dois do plano seria executada.
x.x.x
No dia seguinte fiz questão de
chegar cedo na escola. Eu queria que eles encontrassem a carta apenas na hora
de ir embora, não queria que eles a encontrassem e um pudesse ver o outro lendo
e o plano fosse por água a baixo.
E dito e feito. Havia colocado a
carta na pasta de Edward que ele havia deixado na sala dos professores e a da
Bella seria jogada no armário dela, assim que o sinal do início da aula de
biologia tocasse.
- Ué…
Cadê? - perguntei revirando minha bolsa. O sinal já havia tocado, não tinha
mais ninguém no corredor, apenas eu, e eu tinha que colocar aquilo lá antes que
alguém, ou o inspetor aparecesse. - Cadê aquela merda? -
- Procurando
isso? - ouvi a voz de Rosalie atrás de mim e eu me virei e ela estava com a
carta na mão. Merda. - Você é um filho da puta desgraçado. Você está dando em
cima da Bella e não tem a decência de terminar comigo antes… -
Eu não estou dando em cima da Bella. Acredite
em mim. -
- Eu li
uma parte dessa carta, a verdade é que só consegui ler o Bella eu te amo, e depois eu senti uma vontade enorme de te matar.
- disse entre os dentes.
- Não sou
eu… -
- Ah não…
A carta estava na sua mochila, e você está para colocar no armário dela. -
- Não sou
eu. -
- Então
quem é? -
- Promete
não gritar e não contar a ninguém caso eu te falar a verdade? - assentiu. -
Edward! -
- Edward!?
- perguntou alto e eu tampei a boca dela antes de alguém escute. - Acha que eu
vou acreditar nisso? -
- Abre e
lê a carta toda. Ou então a assinatura. - e ela fez o que pediu e leu a carta
toda arregalando os olhos. - Edward não sabe disso. Ele não quer falar com ela
e eu tô tentando dar um empurrãozinho… Então, ou a senhorita me ajuda ou finge
que não sabe de nada, por favor. - disse arrancando a carta da mão dela e
jogando pelo buraco do armário de Bella.
- Eles vão
saber… -
- Claro
que não. Ela é tímida e ele tem medo dela pensar algo ruim dele. -
- E aí
você escreve que ele a ama? -
- É a
verdade. - respondi. - Ele admitiu isso para mim e eu acho que ele tem que dar
uma chance para ela, de ela saber e decidir o que sente. -
- E como
você escreveu a carta para ele? -
- Com as
conversas de ontem… - respondi o óbvio.
- Oh meu
amor, eu achei que você estivesse dando em cima dela. Perdoa-me. -
- Eu
fiquei muito ofendido. Mas perdoo você se me ajudar. -
- Como? -
- Conversa
com ela. Sem Alice perto. Ela talvez possa se abrir para você, você é mulher e
tal… Mas comigo, ela não vai mesmo, até porque sou irmão de Edward. Se com
essas cartas eles não se falarem, eu pretendo escrever outra e outra até eles
se falarem… Só espero não ser descoberto antes. -
- Certo.
Vou acompanhar a Bella até em casa e tentar arrancar algo dela… Eu te amo. -
ela me deu um beijo e saiu correndo para o banheiro e eu tratei de fugir, o
sinal iria tocar logo.
Após o último sinal, nós saímos da
escola e mal eu me aproximei de meu carro e vi Rosalie falando com Bella
enquanto as duas saiam da escola. Eu esperava que Bella se abrisse com Rosalie,
aliás, ela precisava se abrir com alguém sobre isso. Não iria fazer com Alice
porque estavam sem se falar, e eu acho que ela não falaria isso com Renata. Até
porque se ela falasse Renata já teria vindo matar meu irmão, não?
Segui para a minha casa e Edward
chegou menos de uma hora depois de mim. Eu estava sentado na sala assistindo a
algum filme e esperando a Rosinha ligar para mim sobre o que descobriu sobre a
Bella. Edward entrou em casa esbaforido, porém tentando não parecer tanto, e
com um envelope em mãos. Eu podia ver que ele já havia rompido o lacre,
portanto seu desespero era porque ele viu a assinatura, ou porque já leu uma
parte da carta.
Eu perguntei a ele qual o problema
para ele estar esbaforido, mas ele não me respondeu. A verdade é que ele me
ignorou e subiu correndo para o quarto e bateu a porta com força. Algum tempo
depois, quando estava quase anoitecendo quando Rosalie chegou a minha casa. Ela
havia demorado tanto para chegar que eu até estranhei.
- Demorou.
- disse quando formos para o meu quarto.
- A menina
estava desesperada por conversa de adolescente. Alice está ignorando ela demais
e ela não quer falar com a madrinha. Mas pelo que eu entendi, ela está
conversando com a amiga dela de Siena, mas não é a mesma coisa. - explicou
sentando-se em minha cama.
- Tudo
bem, e o que você descobriu? -
- Ela não
citou nomes, nem idade e nem nada. Porém, falou de um cara de Forks que a
beijou, duas vezes. E levando em consideração que os únicos caras que se
aproximam dela é você, Jasper e Edward… -
- Por
eliminação sobrou Edward. -
- Tipo
isso. - respondeu sorrindo.
- E o que
ela disse sobre esses beijos? -
- Que foi
melhor do que ela imaginava. Que nunca havia beijado na vida, mas que havia
sido incrível. - nós conversávamos baixo para não correr o risco de Edward
ouvir. - E lembrando-me da carta e que você disse que ele estava achando que
ela pensaria mal dele, eu questionei o que ela estava sentindo em relação a
isso e ela não soube explicar, mas disse que não era algo ruim. -
- Então,
somando o fato de que ela disse sobre a música e agora isso, a minha teoria de
que ela está apaixonada por ele é sério. -
- Qual é o
próximo plano, ursão? -
- Esperar
que eles leiam a carta e escrevam um para o outro, caso isso não ocorra eu
terei que escrever mais uma. -
- Ah… Ela
disse algo do tipo… Que eu não entendi muito bem, mas que ela entende o que
Napoleão sentiu em Waterloo. -
- O que
diabo é Waterloo? - ela deu de ombros. - Deve ser alguma coisa em italiano. -
Deixei isso de lado e a noite
Rosalie foi embora e eu fiquei sozinho, como quem não quer nada, eu segui até o
quarto de Edward, batendo na porta antes de Edward e após ouvir sua permissão,
eu entrei. Eu estava muito curioso com o que significava Waterloo. Edward
estava sentado na cama, já pronto para ir dormir e eu podia ver o envelope
aberto em cima da cama.
- Hey. -
- O que
você quer? - retrucou.
- Te fazer
uma pergunta. -
- Manda. -
- Que
diabo é Waterloo? - perguntei e ele me encarou confuso.
- O que? -
- O que é
Waterloo? -
- É uma
cidade da Bélgica. - respondeu confuso. - Por quê? -
- E o que
isso tem haver com Napoleão? -
- Bonaparte?
-
- O que
isso significa? -
- Deus,
Emmett, como você nunca repetiu em história? Você quer saber a relação de
Waterloo com Napoleão Bonaparte? -
- Acho que
sim. -
- Foi a
última batalha de Napoleão. Quando ele se rendeu aos ingleses em 1815. -
- E o que
uma coisa tem haver com a outra? - perguntei para mim sem entender o motivo de
Bella ter dito aquilo a Rosalie.
- Como
assim? -
- Nada
não. - respondi. - O que é isso? - mudei de assunto pegando o envelope em cima
da cama.
- Nada. -
respondeu arrancando o envelope de minha mão.
- Ah fala.
-
- Sai
Emmett. - mandou e eu saí do quarto rendido e indo para o meu.
...
Uma semana havia se passado desde
que mandei as cartas e Edward não havia dito nada para mim e Bella ligeiramente
comentou com Rosalie, mas não a deixou ler ou algo do tipo. Quando Rosalie
questionou se a Bella iria responder a carta e ela negou, disse que não iria
respondê-la por medo de não saber como ou por achar que Edward havia mandando
uma carta que não era para responder a carta.
Até hoje eu não sabia exatamente o
que Waterloo tinha haver com o relacionamento dos dois e isso estava me
deixando irritado. Eu já havia entendido que Napoleão amarelou na frente dos
ingleses em Waterloo, mas e daí? E daí?
Essa dúvida me corroía por dentro e
sem conseguir dormir resolvi ir pesquisar que merda isso significava. Digitei
simplesmente Waterloo na aba do Google e apareceu Waterloo Abba. Espera aí. E
se ela não está se referindo a batalha e sim a música. Cacei rapidamente meus
fones e coloquei a música.
“My, my,
(Meu, meu)
At Waterloo Napoleon did surrender
At Waterloo Napoleon did surrender
(Em Waterloo
Napoleão teve de se render)
Oh yeah
And I have met my destiny in quite a similar way
Oh yeah
And I have met my destiny in quite a similar way
(E eu encontrei meu destino de um jeito bastante parecido)
The history book on the shelf
The history book on the shelf
(O livro de história na estante)
Is always repeating itself
Is always repeating itself
(Sempre está
se repetindo)
Waterloo
I was defeated, you won the war
Waterloo
I was defeated, you won the war
(Eu fui derrotado, você venceu a guerra)
Waterloo
Promise to love you for ever more
Waterloo
Promise to love you for ever more
(Prometo te
amar para sempre)
Waterloo
Couldn't escape if I wanted to
Waterloo
Couldn't escape if I wanted to
(Não poderia
escapar mesmo se eu quisesse)
Waterloo
Knowing my fate is to be with you
Waterloo
Knowing my fate is to be with you
(Sei que meu destino é estar com você)
Ow ow ooh
Waterloo
Finally facing my Waterloo
Ow ow ooh
Waterloo
Finally facing my Waterloo
(Finalmente
enfrento meu Waterloo)
My, my,
My, my,
(Meu, meu)
I tried to hold you back but you were stronger
I tried to hold you back but you were stronger
(Eu tentei
te deter mas você era mais forte)
Oh yeah
And now it seems my only chance is giving up the fight
Oh yeah
And now it seems my only chance is giving up the fight
(E agora parece que a minha chance é desistir da luta)
And how could I ever refuse
And how could I ever refuse
(E como eu pude sempre recusar)
I feel like I win when I lose
I feel like I win when I lose
(Eu sinto como se eu ganhasse quando eu perco)
Waterloo
I was defeated, you won the war
Waterloo
I was defeated, you won the war
(Eu fui derrotado, você venceu a guerra)
Waterloo
Promise to love you for ever more
Waterloo
Promise to love you for ever more
(Prometo te
amar para sempre)
Waterloo
Couldn't escape if I wanted to
Waterloo
Couldn't escape if I wanted to
(Não poderia
escapar mesmo se eu quisesse)
Waterloo
Knowing my fate is to be with you
Waterloo
Knowing my fate is to be with you
(Sei que meu destino é estar com você)
Ow ow ooh
Waterloo
Finally facing my Waterloo
Ow ow ooh
Waterloo
Finally facing my Waterloo
(Finalmente
enfrento meu Waterloo)
So how could I ever refuse
So how could I ever refuse
(E como eu pude sempre recusar)
I feel like I win when I lose
I feel like I win when I lose
(Eu sinto como se ganhasse quando eu perco)
Waterloo
Couldn't escape if I wanted to
Waterloo
Couldn't escape if I wanted to
(Não poderia
escapar mesmo que eu quisesse)
Waterloo
Knowing my fate is to be with you
Waterloo
Knowing my fate is to be with you
(Sei que meu destino é estar com você)
Ow ow ooh
Waterloo
Finally facing my Waterloo
Ow ow ooh
Waterloo
Finally facing my Waterloo
(Finalmente
enfrento meu Waterloo)
Oooh
Waterloo
Knowing my fate is to be with you
Oooh
Waterloo
Knowing my fate is to be with you
(Sei que meu destino é estar com você)
Ow ow ooh
Waterloo
Finally facing my Waterloo
Ow ow ooh
Waterloo
Finally facing my Waterloo
(Finalmente
enfrento meu Waterloo)
Oooh
Waterloo
Knowing my fate is to be with you.
Oooh
Waterloo
Knowing my fate is to be with you.
(Sei que meu destino é estar com você).”
A música acabou e corri para pegar o
telefone para Rosalie, eu precisei ligar dez vezes até que ela finalmente
atendeu o telefone. Eu tinha que falar a ela o que eu havia descoberto.
- Por que
diabos você está me ligando as duas da manhã? - respondeu ao atender irritada.
- Escuta
isso. - disse simplesmente e coloquei a música baixa de novo e tirando os fones
de ouvido. Quando a música cessou eu voltei a colocar meu celular no ouviu. -
Eu acho que eu descobri o que Waterloo significa? - disse animada e ela
simplesmente bocejou.
- Significa
que mesmo ela não sabendo ao certo o que sente por ele… - e mais um bocejo. -
Ela se rendeu a essa sentimento? -
- É… -
disse mais do que animado.
- Posso
voltar a dormir? Tenho aula amanhã cedo. E você também! -
- Eu estou
animado demais para dormir. Vou escrever as cartas e amanhã te mostrar. - e sem
esperar resposta desliguei o telefone e abri mais uma vez o Word. Primeiro, Bella.
‘Io
non queria, mas me vi obrigada a escrever mais uma carta. Você continua a me
ignorar e nem respondeu-me o que pensa sobre o que eu disse.
Io
prometo esquecer tudo e deixar tudo para lá, principalmente o conteúdo da carta
anterior e dessa, caso você diga que non quer nada. Io sei que é difícil.
Cidade pequena, a fofoca seria enorme, e você tem uma vida e carreira aqui pela
frente. Io te entendo que non é bom para você ser visto com uma criança.
Mas
quer saber? Io entendi o que Napoleão sentiu em Waterloo. Como ele, io
finalmente encontrei meu Waterloo.
Non
precisa falar comigo pessoalmente, para evitar fofocas você poderia
simplesmente responder-me com outra carta. Dizendo que o pensa e se mesmo após
tudo isso você quer deixar para lá. Se for a sua vontade, io também deixarei
para lá.
Bella’.
E igual à primeira vez, imprimi,
apaguei as provas do crime e abri outra página em branco e digitei a de Edward,
seria basicamente parecida com a de Bella para ele. Mas eles nunca saberiam
disso.
'Bella…
Admito
que isso seja estranho, ao mesmo tempo em que ansiava pela sua resposta, eu
ansiava para não recebê-la. E bom, não a recebi. Eu entendo que deva sentir
nojo de mim, eu também sinto. Mas no fundo gostaria de saber o que você sente
em relação a tudo o que eu disse.
Caso
seja de sua vontade eu esqueço tudo e sigo minha vida e você segue a sua. Mas
antes eu preciso saber sobre o que você pensa a respeito de mim.
Não
sei, se alguma vez eu te contei, mas eu adoro ABBA, possuem músicas muito
melhores do que os cantores de hoje em dia. Recentemente estava escutando e
deparei-me com uma música que faz todo o sentido, pelo menos agora para mim.
Waterloo.
Caso
não queria falar comigo pessoalmente, escreva uma carta, assim ninguém saberá
de nada, e você não precisará sentir vergonha.
Edward.’
E após imprimir e mais uma vez me
livrar da prova do crime, coloquei em seus respectivos envelopes e guardei na
mochila. Amanhã a fase três seria completada e eu esperava não ter que criar a
fase quatro.
No dia seguinte eu busquei Rosalie
em sua casa e nós fomos juntos para a escola, e durante o caminho ela foi lendo
as cartas e depois ela me ajudaria a distribuí-las. Ela ficou de colocar a de
Bella no armário e eu a de Edward nas coisas dele.
E nós fizemos isso um pouco antes do
sinal do almoço tocar. Eu não vi Bella durante o almoço, e após o sinal do
final do almoço tocar, nós seguimos para a sala. Edward estava sentado na sua
cadeira com um papel em mãos, e quando os alunos começaram a entrar, ele
guardou a carta nas suas coisas.
Bella entrou alguns segundos após o
último sinal tocar e ele a encarou e ela a ele. Provavelmente ela também já
havia encontrado a carta e pela demora a entrar, lido.
A aula seguiu e nenhum falou nada
com outro ou algo do tipo. No final da aula fomos embora para casa e eu tentei
conversar com Edward mais desisti devido à cara dele de poucos amigos. À noite
fomos jantar na casa dos Brandon, e talvez aí eles conversassem.
- Boa
noite povo lindo. - disse após Caius abrir a porta e eu ir para a cozinha
encontrando Bella e Renata lá. - Incrível, sempre que eu te vejo você está
comendo. - ela ignorou e continuou comendo. - Você está comendo brócolis? -
perguntei enquanto ela colocava uma 'arvorezinha’ na boca.
- Sì. -
- Estranha.
- retruquei fechando a cara. - Coisa nojenta. -
- Oi
Bella. - minha mãe disse se aproximando da Bella e dando um beijo na bochecha da
menina. E como a mesma estava com a boca transbordando de brócolis, ela apenas
mexeu a cabeça.
- Mãe, ela
está comendo brócolis. - disse fazendo cara de nojo.
- E daí? -
minha mãe rebateu rindo e Bella sorriu amplamente pegando outro brócolis.
- Chega mocinha…
- e Renata tirou a travessa com os brócolis de perto da menina e ela fez bico
com as bochechas estufadas. - Nunca vi uma menina comer tantos vegetais… -
reclamou e minha mãe riu.
- Io gosto
de brócolis. - retrucou Bella dando de ombros e sua madrinha sorriu. Quando Bella se mexeu na cadeira, eu
notei que ela tinha dois fiozinhos saindo de seus ouvidos e um tablet estava
deitado a sua frente enquanto ela assistia algo por ele. - In our lives / We have walked / Some strange and lonely treks /
Slightly worn / But dignified / And not too old for sex / We're still striving
for the sky / No taste for humble pie / Thanks for all your generous love / And
thanks for all the fun / Neither you nor I'm to blame / When all is said and
done. (Em nossas
vidas / Nós temos caminhado / Por alguns estranhos e solitários caminhos / Um
pouco desgastado / Mas digno / E não muito velho para sexo / Nós ainda lutamos
pelo céu / Nenhuma vontade de ser humilde / Obrigado por todo seu amor generoso
/ E obrigado por toda a diversão / Nem você nem eu temos culpa / Quando tudo
foi dito e feito.) - e ela cantarolou baixo.
- Que isso
menina… - chamei sua atenção.
- Ah só
para avisar. Ela está assistindo Mamma Mia! Pela milésima vez. E Emmett essa
música é do filme. - explicou colocando algo no fogão.
Ela se perdeu nas músicas do filme e
os adultos foram para a sala, deixando Isabella, que nem prestava mais atenção
no filme, apenas repetia as frases e cantarolava as músicas e eu olhei para meu
irmão. Aquele ali era estranho ele adorava Abba, e não foi nenhuma surpresa para
mim, de ele ter reconhecido a música e estava cantarolando baixo. Meu plano
estava dando certo.
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