Pov. Edward.
Depois de uma noite bem tranquila, a mais
tranquila há quase três anos, levantei e resolvi ir tomar café na casa dos meus
pais. Tomei um banho e segui para a casa dos meus pais, levando meus cachorros,
meus pais moravam em Highland Park, perto de minha casa, apenas um pouco mais
para cima. Minha família morava em uma pequena mansão antiga, reformada, feita
de tijolos, com um enorme jardim na frente, com varias arvores na frente e com
uma pequena fonte no meio. Estacionei o carro na entrada e toquei a campainha.
- Bom dia irmãozinho. – Alice atendeu a
porta. – Parece feliz. – pontuou ela.
- Cadê as meninas? –
- Na sala de jantar. Venha. – ela me pegou
pelo braço e saiu puxando para a sala de jantar. – Olha quem veio nos ver. –
Alice gritou. A sala era clara. Com piso de madeira, e uma enorme porta de
vidro para o quintal. Com uma enorme mesa de madeira com dez poltronas brancas
e uma lareira.
- Papai. – Maddie, Mel e Kenzie se
levantaram e correram para mim.
- Oi meus amores. – dei um beijo em cada
uma e fui até a cadeira de bebê que Maggie sentava e dei um beijo em sua
bochecha gordinha.
- Está de bom humor, meu filho. O que
aconteceu? – meu pai perguntou.
- Nada. – dei de ombros.
- Sente-se e venha tomar café. – me sentei
perto das meninas e tomamos café.
Assim que terminamos de tomar café, eu e
meu pai seguimos para a enorme piscina de borda infinita enquanto minha mãe e
irmã tiravam a mesa e as meninas iam para a piscina, com boias, principalmente
a Maggie, que tinha boias na cintura e nos braços. A casa da minha família
ficava no topo de um pequeno morro, portanto atrás da piscina tinha muitas
arvores e se via ao fundo um pouco do lago. Perto da piscina tinha um píer de
madeira com algumas espreguiçadeiras e com uma pequena hidro e uma pequena casa
de piscina com uma cozinha e banheiro.
- Você foi ontem? – perguntou assim que me
sentei.
- Fui. –
- E como foi? –
- Divertido, legal e interessante. –
- Onde foram? –
- No restaurante Umai e depois demos um
passeio pela orla do Grand Park e depois deixei ela em casa. –
- Não aconteceu nada? –
- Claro que não, pai. –
- Vai vê-la de novo? –
- Não sei. –
- Como se sentiu depois que chegou a sua
casa? –
- Pela primeira vez não tomei o remédio e não tive pesadelos e nem nada do
tipo. –
- E isso não é bom? –
- É... –
- Então chame-a para sair de novo. –
- Quando? –
- Hoje. Nós ficamos com as meninas. –
- Boa ideia. Volto a noite. – falei me
levantando. – Meninas. – me aproximei da
piscina.
- Oi papai. – elas se aproximaram da
piscina.
- Papai vai sair, volto a noite para
buscar vocês. –
- Tá bom, papai. – sai de casa do meu pai
e corri para o carro.
Dirigi para casa para trocar de roupa,
deixei o carro parado na porta de casa mesmo e corri para o meu quarto, tomei
um banho bem rápido e me vesti, coloquei uma calça jeans escura, uma camiseta
branca e camisa de botões aberta quadriculada e tênis, ajeitei meu cabelo e sai
de casa. Peguei o carro e dirigi para o apartamento de Bella, deixei o carro
parado no meio fio e entrei no prédio tocando a campainha. Três vezes antes que
atendessem a porta.
- Quem me acorda? – Bella abriu a porta
com uma enorme cara de sono, com o rosto meio inchado, cabelo bagunçado em
coque frouxo, quase solto, ela usava apenas uma blusa larga, que deixava um dos
ombros amostra e eu pude ver uma pequena tatuagem, que eu antes não havia
notado, uma pequena ancora escrito ao lado I
Refuge to Sink. – Ah Edward é você. Entra. – ela deu passagem para que eu
entrasse e fechou a porta.
- Desculpa se te acordei. – falei e olhei
a hora, 10:30h.
- Tudo bem. O que deseja? – perguntou se
sentando no sofá.
- Vim te chamar para sair. – ela me olhou
confusa. – Que foi? –
- Achei que eu ia precisar tomar a
iniciativa de novo. – ela riu. – E vamos para onde? –
- Pensei no Navy Píer, que tal? –
- Posso comer algo e me vestir? –
- Sem pressa. – ela se levantou do sofá e
seguiu para dentro da mesma porta que havia entrado ontem. Em quinze minutos
pela voltou da porta de roupa já trocada, uma calça jeans clara, com alguns
pequenos rasgo nos joelhos, um cropped branco, com alças que deixavam seus
ombros amostra, e uma faixa da barriga, também amostra, e tênis brancos, e os
cabelos soltos e seguiu para a outra porta.
- Quer alguma coisa? – perguntou voltando
de onde notei ser a cozinha, já que ela voltou com uma tigela de cereal e se
sentou no sofá.
- Não, obrigado, tomei café na casa da
minha mãe. Serio? Cereais? Minhas filhas comem cereais. –
- Olha só, hoje é domingo, me acordaram de
um sonho bom e você ainda espera que eu tenha um café da manhã decente? –
perguntou ironicamente enquanto enfiava uma colher cheia de cereal na boca.
- Não se sente sozinha morando aqui? –
perguntei.
- Bom, Rosalie passa mais tempo aqui do
que na casa dela. – olhei para ela com as sobrancelhas arqueadas. – Às vezes
sim. – deu de ombros. – Mas às vezes é bom. – ela terminou de comer. – Cinco
minutos e estou pronta. – ela voltou para a cozinha e depois seguiu para o que
deveria ser seu quarto e em poucos minutos voltou com o telefone em mãos. –
Vamos? – perguntou apanhando as chaves na mesinha de centro.
- Vamos. – falei me levantando.
Seguimos para fora do apartamento, ela
trancou a porta e pegamos o elevador e descemos. Entramos no meu carro e eu
dirigi para o Navy Píer, com Bella falando besteira de novo. O caminho demorou
vinte minutos até chegarmos lá, parei em um estacionamento ao lado do píer e
descemos.
- Sabe, eu já vim aqui, algumas vezes, e
nunca vi nada de mais. – ela falou conforme andávamos pelo píer. Caminhamos até
a ponta dele e nos sentamos em um banco de frente para o lago.
- Notei que tem tatuagens. – falei para
puxar assunto.
- No singular, é só uma. –
–
Quando fez? –
- Depois do acidente dos meus pais. –
- Ela é bonita. – sorriu.
- Seus pais te obrigaram a sair comigo
hoje também? – perguntou ajeitando o cabelo que balançava com o vento forte
vindo do lago.
- Não, ele perguntou quando eu iria te ver
de novo, sugeriu que fosse hoje, deixei as meninas com ele e vim. – dei de
ombros.
- Elas sabem sobre mim? –
- Não, ainda não tive a chance de
conversar com elas sobre isso e... –
- Não quer criar expectativas para elas. –
- Também. – além do que nem expectativas
tem para criar, pensei quando o telefone começou a tocar.
- Bem que me falaram que é uma péssima
ideia dar o telefone pessoal para os clientes. – falou olhando o telefone. – Um
minuto. – ela atendeu. – Oi Kate. – enquanto ela falava no telefone, melhor
ouvia, eu foquei meus olhos no horizonte, será que Bella esperava, ou estava
criando expectativas sobre nós? – Olha Kate... – a voz dela me tirou dos meus
pensamentos. – Pelo que você está falando, me parece otite, mas não posso receitar nada sem fazer o exame, leva ela
amanhã de manhã cedo lá na clinica que eu faço o exame, até lá, tenta não
deixar cair águas nas orelhas dela e tenta fazer com que ela não coce muito as
orelhas, ela pode acabar se machucando... Eu vou chegar lá no mesmo horário de
sempre, umas 8h... Então leva ela umas 7:30h que eu chego mais cedo para
atende-la. Tá bom, tchau. – ela desligou o telefone. – Da próxima vez que eu
mudar meu numero não vou dar para nenhum paciente. Me ligaram as 4h da manhã. –
- Por quê? –
- Porque o cachorro tinha engolido um osso
e o dono entrou em desespero. Agora, quem é que da osso para um cachorro as 4
da manhã? –
- Eu não dou osso em hora nenhuma, eles
podem se engasgar. -
- Eu aviso, a todos os pacientes, eles não
me escutam. – deu de ombros. – Estávamos falando sobre o que? –
- Me fale sobre você. – me sentei de
frente para ela, colocando um pé de cada lado do banco.
- O que quer saber? – perguntou se virando
de frente para mim e colocando as pernas em cima do banco e dobrando as pernas.
- O que faz no tempo livre? –
- Bom, esse é o meu tempo livre, e se eu
estivesse em casa iria dormir o dia todo. – ela disse e eu comecei a rir. – Eu
trabalho de segunda a segunda, tirando um dia de folga por semana. Tirando as
quintas, que é dia do plantão e a clinica fica aberta 24h. –
- Só tem você de veterinária? –
- Não tem mais três, três e meio, o Sam
está terminando a faculdade então está estagiando. –
- Mas se tem mais três veterinários porque
você vai todo dia? –
- Porque eu sou a dona, a chefe, se der
merda quem tem que resolver sou eu. Você, como medico responsável por um grupo
de internos deve entender isso, e seu pai, que é o diretor do hospital entende
melhor do que ninguém. –
- Eu entendo. O que eles fazem recai sobre
você. -
- Exatamente, então eu prefiro ir todos os
dias, e além do que, eu gosto de trabalhar e ficar perto de animais. –
- Mas não tem nenhum. –
- Onde eu moro não permiti animais, pelo
menos os grandes ou barulhentos, senão é bem capaz de eu ter um zoológico. –
- Melanie. – ela me olhou sem entender. –
Semana passada ela me pediu um pônei. Se deixar ela pede uma girafa. –
- Quando eu era criança eu pedi um panda.
–
- Você não pediu um panda. –
- Pedi e ganhei. – arregalei os olhos. –
De pelúcia, mas eu ganhei. – comecei a rir. – Eu não havia especificado o tipo
de panda que eu queria, então meus pais me deram um gigante de pelúcia. Ele
sumiu quando eu tinha 15 anos, até hoje não sei para onde ele foi. –
- Será que se eu der um pônei de pelúcia
para a Mel ela para de pedir. –
- Tenta. –
- Agora é serio, o que faz no seu tempo
livre, sem ser dormir? –
- Depende. –
- De? –
- Do clima, companhia, estado de
espirito... Mas a maioria das vezes é ver filme, jogos, ou jogar vídeo game. E
as vezes dar uma volta pelo bairro ou quando a Rosalie torra a minha paciência
ir para o shopping. –
- Você ia se dar bem com a Maddie e com a
Kenzie, ambas adoram jogar vídeo game. Que tipo de jogos você assiste? –
- Beisebol, basquete e futebol. –
- Torce para quem? –
- No beisebol para o Chicago White Sox, no basquete para o Chicago Bulls e no futebol é para
o Chicago Bears.
Mas eu vejo mesmo o de beisebol e basquete, futebol não é o meu favorito. –
- Olha a
coincidência. Também torço pro Chicago
Bulls, mas devido às meninas que gostam de beisebol também ando vendo e
torcendo pelo Chicago White Sox. –
talvez pudêssemos assistir algum jogo juntos, pensei. – E filmes? Já sei que
assiste os do Nicholas Sparks. –
- Por
causa da Rosalie, os filmes do Nicholas são melosos demais para mim, o único
que eu gosto é Um Amor Para Recordar. Prefiro
filmes de comedia, até porque eu já disse que eu sou um poço de comedia,
ficção... –
-
Animações da Disney. –
-
Animações da Disney e terror. Só não gosto de assistir sozinha, então acontece
que eu nem vejo, porque Rose não assiste comigo. Medrosa. –
- E você
não assiste sozinha por quê? –
- Porque
eu durmo sozinha. –
- E
depois a Rosalie é medrosa. – comecei a rir e ela deu de ombros.
Ficamos
ali conversando mais um tempo e perto das 13:30h resolvemos ir almoçar, o bom
do Navy Píer é que tinha vários
restaurantes nele, fomos no Riva
Restaurant on Navy Pier, depois que a Bella me fez prometer que iriamos
dividir a conta e eu simplesmente não pude recusar. O restaurante era de frutos do
mar, e eu realmente adorava frutos do mar, quer dizer, a maioria deles,
principalmente camarões, portanto pedi camarões e Bella risoto de frutos do
mar, e ela ainda roubou uns três camarões meus, na cara de pau e quando eu
olhava para ela, ela me encarava igual às meninas que haviam sido pegas aprontando
e eu começava a rir.
Depois de termos terminado de
comer voltamos a andar pelo píer e continuamos a conversar, Bella me falava
mais dela do que eu de mim, até porque eu que perguntava. Quando o sol se pôs
resolvi que era hora de leva-la de volta para casa, até porque amanhã ela iria
acordar cedo para trabalhar e eu também. Deixei-a na porta de seu apartamento e
ela mais uma vez me surpreendeu me dando um beijo na bochecha e saiu do carro,
e mais uma vez esperei que a luz de sua sala se acendesse para poder partir.
Segui para a casa dos meus
pais e com um pouco de dificuldade consegui ajeitar as meninas e os cães no
carro e dirigi para casa. Enquanto as garotas tomavam banho e a Maddie ajudava
a Maggie a tomar banho, coloquei comida e água para os cães e fui fazer um
lanche. Fiz alguns sanduíches e coloquei na mesa da cozinha mesmo junto à jarra
de suco, as garotas desceram e após termos comido, ficamos um pouco na sala
para ver televisão e por volta das 21h elas foram para cama e eu também, amanhã
seria um longo dia no hospital.
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