domingo, 17 de março de 2019

Capitulo 007


Pov. Edward.

Depois de uma noite bem tranquila, a mais tranquila há quase três anos, levantei e resolvi ir tomar café na casa dos meus pais. Tomei um banho e segui para a casa dos meus pais, levando meus cachorros, meus pais moravam em Highland Park, perto de minha casa, apenas um pouco mais para cima. Minha família morava em uma pequena mansão antiga, reformada, feita de tijolos, com um enorme jardim na frente, com varias arvores na frente e com uma pequena fonte no meio. Estacionei o carro na entrada e toquei a campainha.


- Bom dia irmãozinho. – Alice atendeu a porta. – Parece feliz. – pontuou ela.

- Cadê as meninas? –

- Na sala de jantar. Venha. – ela me pegou pelo braço e saiu puxando para a sala de jantar. – Olha quem veio nos ver. – Alice gritou. A sala era clara. Com piso de madeira, e uma enorme porta de vidro para o quintal. Com uma enorme mesa de madeira com dez poltronas brancas e uma lareira.


- Papai. – Maddie, Mel e Kenzie se levantaram e correram para mim.

- Oi meus amores. – dei um beijo em cada uma e fui até a cadeira de bebê que Maggie sentava e dei um beijo em sua bochecha gordinha.

- Está de bom humor, meu filho. O que aconteceu? – meu pai perguntou.

- Nada. – dei de ombros.

- Sente-se e venha tomar café. – me sentei perto das meninas e tomamos café.

Assim que terminamos de tomar café, eu e meu pai seguimos para a enorme piscina de borda infinita enquanto minha mãe e irmã tiravam a mesa e as meninas iam para a piscina, com boias, principalmente a Maggie, que tinha boias na cintura e nos braços. A casa da minha família ficava no topo de um pequeno morro, portanto atrás da piscina tinha muitas arvores e se via ao fundo um pouco do lago. Perto da piscina tinha um píer de madeira com algumas espreguiçadeiras e com uma pequena hidro e uma pequena casa de piscina com uma cozinha e banheiro.


- Você foi ontem? – perguntou assim que me sentei.

- Fui. –

- E como foi? –

- Divertido, legal e interessante. –

- Onde foram? –

- No restaurante Umai e depois demos um passeio pela orla do Grand Park e depois deixei ela em casa. –

- Não aconteceu nada? –

- Claro que não, pai. –

- Vai vê-la de novo? –

- Não sei. –

- Como se sentiu depois que chegou a sua casa? –

- Pela primeira vez não tomei o remédio e não tive pesadelos e nem nada do tipo. –

- E isso não é bom? –

- É... –

- Então chame-a para sair de novo. –

- Quando? –

- Hoje. Nós ficamos com as meninas. –

- Boa ideia. Volto a noite. – falei me levantando. – Meninas. – me aproximei da  piscina.

- Oi papai. – elas se aproximaram da piscina.

- Papai vai sair, volto a noite para buscar vocês. –

- Tá bom, papai. – sai de casa do meu pai e corri para o carro.

Dirigi para casa para trocar de roupa, deixei o carro parado na porta de casa mesmo e corri para o meu quarto, tomei um banho bem rápido e me vesti, coloquei uma calça jeans escura, uma camiseta branca e camisa de botões aberta quadriculada e tênis, ajeitei meu cabelo e sai de casa. Peguei o carro e dirigi para o apartamento de Bella, deixei o carro parado no meio fio e entrei no prédio tocando a campainha. Três vezes antes que atendessem a porta.

 

- Quem me acorda? – Bella abriu a porta com uma enorme cara de sono, com o rosto meio inchado, cabelo bagunçado em coque frouxo, quase solto, ela usava apenas uma blusa larga, que deixava um dos ombros amostra e eu pude ver uma pequena tatuagem, que eu antes não havia notado, uma pequena ancora escrito ao lado I Refuge to Sink. – Ah Edward é você. Entra. – ela deu passagem para que eu entrasse e fechou a porta.


- Desculpa se te acordei. – falei e olhei a hora, 10:30h.

- Tudo bem. O que deseja? – perguntou se sentando no sofá.

- Vim te chamar para sair. – ela me olhou confusa. – Que foi? –

- Achei que eu ia precisar tomar a iniciativa de novo. – ela riu. – E vamos para onde? –

- Pensei no Navy Píer, que tal? –

- Posso comer algo e me vestir? –

- Sem pressa. – ela se levantou do sofá e seguiu para dentro da mesma porta que havia entrado ontem. Em quinze minutos pela voltou da porta de roupa já trocada, uma calça jeans clara, com alguns pequenos rasgo nos joelhos, um cropped branco, com alças que deixavam seus ombros amostra, e uma faixa da barriga, também amostra, e tênis brancos, e os cabelos soltos e seguiu para a outra porta.


- Quer alguma coisa? – perguntou voltando de onde notei ser a cozinha, já que ela voltou com uma tigela de cereal e se sentou no sofá.

- Não, obrigado, tomei café na casa da minha mãe. Serio? Cereais? Minhas filhas comem cereais. –

- Olha só, hoje é domingo, me acordaram de um sonho bom e você ainda espera que eu tenha um café da manhã decente? – perguntou ironicamente enquanto enfiava uma colher cheia de cereal na boca.

- Não se sente sozinha morando aqui? – perguntei.

- Bom, Rosalie passa mais tempo aqui do que na casa dela. – olhei para ela com as sobrancelhas arqueadas. – Às vezes sim. – deu de ombros. – Mas às vezes é bom. – ela terminou de comer. – Cinco minutos e estou pronta. – ela voltou para a cozinha e depois seguiu para o que deveria ser seu quarto e em poucos minutos voltou com o telefone em mãos. – Vamos? – perguntou apanhando as chaves na mesinha de centro.

- Vamos. – falei me levantando.

Seguimos para fora do apartamento, ela trancou a porta e pegamos o elevador e descemos. Entramos no meu carro e eu dirigi para o Navy Píer, com Bella falando besteira de novo. O caminho demorou vinte minutos até chegarmos lá, parei em um estacionamento ao lado do píer e descemos.

- Sabe, eu já vim aqui, algumas vezes, e nunca vi nada de mais. – ela falou conforme andávamos pelo píer. Caminhamos até a ponta dele e nos sentamos em um banco de frente para o lago.

- Notei que tem tatuagens. – falei para puxar assunto.

- No singular, é só uma. –

 – Quando fez? –

- Depois do acidente dos meus pais. –

- Ela é bonita. – sorriu.

- Seus pais te obrigaram a sair comigo hoje também? – perguntou ajeitando o cabelo que balançava com o vento forte vindo do lago.

- Não, ele perguntou quando eu iria te ver de novo, sugeriu que fosse hoje, deixei as meninas com ele e vim. – dei de ombros.

- Elas sabem sobre mim? –

- Não, ainda não tive a chance de conversar com elas sobre isso e... –

- Não quer criar expectativas para elas. –

- Também. – além do que nem expectativas tem para criar, pensei quando o telefone começou a tocar.

- Bem que me falaram que é uma péssima ideia dar o telefone pessoal para os clientes. – falou olhando o telefone. – Um minuto. – ela atendeu. – Oi Kate. – enquanto ela falava no telefone, melhor ouvia, eu foquei meus olhos no horizonte, será que Bella esperava, ou estava criando expectativas sobre nós? – Olha Kate... – a voz dela me tirou dos meus pensamentos. – Pelo que você está falando, me parece otite, mas não posso receitar nada sem fazer o exame, leva ela amanhã de manhã cedo lá na clinica que eu faço o exame, até lá, tenta não deixar cair águas nas orelhas dela e tenta fazer com que ela não coce muito as orelhas, ela pode acabar se machucando... Eu vou chegar lá no mesmo horário de sempre, umas 8h... Então leva ela umas 7:30h que eu chego mais cedo para atende-la. Tá bom, tchau. – ela desligou o telefone. – Da próxima vez que eu mudar meu numero não vou dar para nenhum paciente. Me ligaram as 4h da manhã. –

- Por quê? –

- Porque o cachorro tinha engolido um osso e o dono entrou em desespero. Agora, quem é que da osso para um cachorro as 4 da manhã? –

- Eu não dou osso em hora nenhuma, eles podem se engasgar. -

- Eu aviso, a todos os pacientes, eles não me escutam. – deu de ombros. – Estávamos falando sobre o que? –

- Me fale sobre você. – me sentei de frente para ela, colocando um pé de cada lado do banco.

- O que quer saber? – perguntou se virando de frente para mim e colocando as pernas em cima do banco e dobrando as pernas.

- O que faz no tempo livre? –

- Bom, esse é o meu tempo livre, e se eu estivesse em casa iria dormir o dia todo. – ela disse e eu comecei a rir. – Eu trabalho de segunda a segunda, tirando um dia de folga por semana. Tirando as quintas, que é dia do plantão e a clinica fica aberta 24h. –

- Só tem você de veterinária? –

- Não tem mais três, três e meio, o Sam está terminando a faculdade então está estagiando. –

- Mas se tem mais três veterinários porque você vai todo dia? –

- Porque eu sou a dona, a chefe, se der merda quem tem que resolver sou eu. Você, como medico responsável por um grupo de internos deve entender isso, e seu pai, que é o diretor do hospital entende melhor do que ninguém. –

- Eu entendo. O que eles fazem recai sobre você. - 

- Exatamente, então eu prefiro ir todos os dias, e além do que, eu gosto de trabalhar e ficar perto de animais. –

- Mas não tem nenhum. –

- Onde eu moro não permiti animais, pelo menos os grandes ou barulhentos, senão é bem capaz de eu ter um zoológico. –

- Melanie. – ela me olhou sem entender. – Semana passada ela me pediu um pônei. Se deixar ela pede uma girafa. –

- Quando eu era criança eu pedi um panda. –

- Você não pediu um panda. –

- Pedi e ganhei. – arregalei os olhos. – De pelúcia, mas eu ganhei. – comecei a rir. – Eu não havia especificado o tipo de panda que eu queria, então meus pais me deram um gigante de pelúcia. Ele sumiu quando eu tinha 15 anos, até hoje não sei para onde ele foi. –

- Será que se eu der um pônei de pelúcia para a Mel ela para de pedir. –

- Tenta. –

- Agora é serio, o que faz no seu tempo livre, sem ser dormir? –

- Depende. –

- De? –

- Do clima, companhia, estado de espirito... Mas a maioria das vezes é ver filme, jogos, ou jogar vídeo game. E as vezes dar uma volta pelo bairro ou quando a Rosalie torra a minha paciência ir para o shopping. –

- Você ia se dar bem com a Maddie e com a Kenzie, ambas adoram jogar vídeo game. Que tipo de jogos você assiste? –

- Beisebol, basquete e futebol. –

- Torce para quem? –

- No beisebol para o Chicago White Sox, no basquete para o Chicago Bulls e no futebol é para o Chicago Bears. Mas eu vejo mesmo o de beisebol e basquete, futebol não é o meu favorito. –

- Olha a coincidência. Também torço pro Chicago Bulls, mas devido às meninas que gostam de beisebol também ando vendo e torcendo pelo Chicago White Sox. – talvez pudêssemos assistir algum jogo juntos, pensei. – E filmes? Já sei que assiste os do Nicholas Sparks. –

- Por causa da Rosalie, os filmes do Nicholas são melosos demais para mim, o único que eu gosto é Um Amor Para Recordar. Prefiro filmes de comedia, até porque eu já disse que eu sou um poço de comedia, ficção... –

- Animações da Disney. –

- Animações da Disney e terror. Só não gosto de assistir sozinha, então acontece que eu nem vejo, porque Rose não assiste comigo. Medrosa. –

- E você não assiste sozinha por quê? –

- Porque eu durmo sozinha. –

- E depois a Rosalie é medrosa. – comecei a rir e ela deu de ombros.

Ficamos ali conversando mais um tempo e perto das 13:30h resolvemos ir almoçar, o bom do Navy Píer é que tinha vários restaurantes nele, fomos no Riva Restaurant on Navy Pier, depois que a Bella me fez prometer que iriamos dividir a conta e eu simplesmente não pude recusar. O restaurante era de frutos do mar, e eu realmente adorava frutos do mar, quer dizer, a maioria deles, principalmente camarões, portanto pedi camarões e Bella risoto de frutos do mar, e ela ainda roubou uns três camarões meus, na cara de pau e quando eu olhava para ela, ela me encarava igual às meninas que haviam sido pegas aprontando e eu começava a rir.

Depois de termos terminado de comer voltamos a andar pelo píer e continuamos a conversar, Bella me falava mais dela do que eu de mim, até porque eu que perguntava. Quando o sol se pôs resolvi que era hora de leva-la de volta para casa, até porque amanhã ela iria acordar cedo para trabalhar e eu também. Deixei-a na porta de seu apartamento e ela mais uma vez me surpreendeu me dando um beijo na bochecha e saiu do carro, e mais uma vez esperei que a luz de sua sala se acendesse para poder partir.

Segui para a casa dos meus pais e com um pouco de dificuldade consegui ajeitar as meninas e os cães no carro e dirigi para casa. Enquanto as garotas tomavam banho e a Maddie ajudava a Maggie a tomar banho, coloquei comida e água para os cães e fui fazer um lanche. Fiz alguns sanduíches e coloquei na mesa da cozinha mesmo junto à jarra de suco, as garotas desceram e após termos comido, ficamos um pouco na sala para ver televisão e por volta das 21h elas foram para cama e eu também, amanhã seria um longo dia no hospital.

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