Ilha de Dragonstone – Continente de Andrômeda –108 Depois da Conquista.
Pov. Edward.
Mais alguns dias se passaram até a tempestade dar uma trégua e de eu ter recebido um corvo informando a vinda imediata do alto septão. Contudo, a primeira pessoa que chegou à ilha foi Rosalie, mais uma vez montada em Syrax e sozinha. Ela chegou por volta do horário do almoço, e parecia bastante animada enquanto desmontava de Syrax no meio do pátio do castelo e vinha caminhando, debaixo da pequena garoa que ainda caía e que era constante na pequena ilha, enquanto segurava a alça de couro de uma bolsa que tinha pendurada em seus ombros.
- Bom dia, meu tio. – respondeu animada parando a minha frente debaixo da marquise do castelo.
- Bom dia, princesa. O que faz aqui tão cedo? –
- Eu trouxe novidades! Boas! –
- Carlisle sabe que você está aqui? –
- Sabe. Disse que só não vem para não causar desconforto com o lorde Hightower. Papai gosta da Bella. – ela deu de ombros. – Contei a ele que planeja passar um tempo com ela nas Ilhas de Verão, e ele disse que quando voltarem, caso o senhor não apronte nada parecido de novo, o lugar como comandante da patrulha da cidade continua sendo seu! –
- E a senhorita lembra de que eu deixei bem claro, de que eu só voltaria para Adhara caso a Isabella quisesse, não lembra? –
- Ela vai querer! – deu de ombros. – A propósito, meu pai quer que vá até Adhara antes de partir. Bella não precisa ir junto, só o senhor! – informou-me. – Cadê ela? –
- Deve estar se trocando. Acordou a pouco tempo! – expliquei deixando de fora a menção de que eu também tinha saído de seu quarto a pouquíssimo tempo. – Agora, sane a minha curiosidade. O que carrega aí? – questionei apontando para a bolsa de couro em seus ombros.
- Depois nós conversamos sobre isso. Eu vou ver a minha amiga. – ela passou por mim, mas após dar alguns passos, ela se virou novamente. – Deve chegar um pequeno navio de Adhara até o final do dia, quando ele chegar me avisa, nada pode ser descarregado até eu chegar. –
- Sim alteza. – ironizei e ela riu seguindo para dentro do castelo.
Resolvi deixar as duas sozinhas por um tempo, não queria atrapalha-las e resolvi ir até a câmara da mesa pintada, por um tempo. Eu estava terminando de organizar a viagem que faria com a Bella e não queria que nada nos atrapalhasse. Eu até conseguia imaginar o que Carlisle queria falar comigo, provavelmente sobre a vinda de Charlie até aqui e possivelmente sobre o que Bella tinha dito. Eu só voltei a ver as duas garotas na hora do almoço. Na verdade, Bella fora a primeira quem eu vi, enquanto aguardávamos por Rosalie, que havia ido se trocar antes de se juntar a nós no pequeno salão de jantar.
- Ela te falou que eu vou ter que ir a Adhara antes de irmos para as Ilhas de Verão? – questionei passando os braços pela sua cintura.
- Falou. Disse que o rei deseja falar com o senhor antes da viagem. –
- Será bem rápido. – garanti. – Espero ir e voltar no mesmo dia. –
- Não se preocupe. Rosalie disse que ficaria comigo enquanto o senhor vai a Adhara. – comentou ajeitando a gola da minha jaqueta. – Agora... Sabes o que ela tem naquela bolsa de couro? Ela não solta aquilo por nada, segura de forma mais protetora do que segurou aquela criança há alguns anos. –
- Eu desconfio do que seja. E espero estar errado! – comentei. – Principalmente se ela agiu do jeito que eu desconfio que tenha sido. – ela me encarou com a sobrancelha arqueada sem ter entendido o que eu quis dizer.
- Cheguei. Vamos comer? – a voz de Rosalie adentrando a sala impediu que ela comentasse alguma coisa. – Estou cheia de fome, pode parecer que não, mas montar um dragão causa uma fome! – comentou parando perto de nós com a bolsa de couro sobre os ombros.
Eu esperei que ela tomasse o lugar na ponta da mesa, que já tinha a cadeira puxada para ela, mas não, ela se sentou na cadeira a esquerda da mesa, apoiando a bolsa de couro no colo e ficou nos olhando, esperando que sentássemos. Puxei a cadeira para que Bella pudesse se sentar ao meu lado direito, e me sentei na ponta da mesa, enquanto o almoço era servido.
- A senhorita irá esperar o navio chegar para dizer o que carrega tão cuidadosamente nessa bolsa? – perguntei espetando um pedaço do cordeiro com o garfo e levando até a boca.
- Mas vocês dois são apressados em... – resmungou colocando uma amora na boca. – Não sei qual dos dois é o pior. – bufou. – Mas eu posso entregar agora que os dois estão reunidos. – ela limpou as mãos em um guardanapo branco e abriu a bolsa. E eu estava certo sobre o que ela carregava ali de forma tão cuidadosa.
Rosalie tirou um ovo negro de dragão de dentro da bolsa de couro e eu respirei fundo sabendo que isso poderia causar alguma guerra em pouco tempo. Ninguém poderia tirar um ovo do Fosso dos Dragões sem a autorização do rei.
- Me fala que você teve permissão para trazer esse ovo aqui. – pedi com os olhos fechados.
- Claro que eu tive! Foi ordens do meu pai. – respondeu e eu respirei um pouco mais aliviado. – Tome! – com cuidado e com as duas mãos, ela me entregou o ovo, o qual mesmo sendo pesado e grande, eu conseguia segura-lo com uma das mãos, sentindo-o levemente quente. – Ele precisa ser colocado na incubadora ou em algo quente o mais rápido possível, infelizmente a incubadora que eu trouxe ainda não chegou e eu não faço ideia se as incubadoras da ilha ainda funcionam. -
- Para que está dando um ovo a ele, Rose? –
- Não é para ele. É para o filho de vocês! – Bella me olhou com os olhos esbugalhados e eu não pude deixar de rir. – Qual é a graça? –
- Eu conto ou você conta? – perguntei a ela, que olhou um pouco envergonhada para a amiga.
- Não existe filho nenhum! – respondeu em um fio de voz.
- Como assim? Seu pai contou ao meu que você disse que estava gravida e... –
- É mentira! –
- Ela disse que tinha se casado comigo e que estava grávida, porque, devido as leis de Andrômeda, um casamento com filhos, não podem ser anulados. – expliquei e Rosalie balançou a cabeça entendendo.
- Agora eu entendi o motivo de meu pai falar que não vai abrir nenhuma exceção nas leis. – respondeu sorrindo. – De qualquer forma, ninguém precisa saber. Guarde um ovo na incubadora, quando o bebê vier... – ela deu de ombros. – Você sabe o que fazer! – falou para mim.
- Eu... Eu posso? – Bella perguntou olhando para o ovo em minha mão. Com cuidado, eu passei o ovo pesado para as suas pequenas e delicadas mãos, que segurava firme para não correr o risco de deixar cair. – Ele... Ele é para estar quente assim mesmo? –
- Sim. – Rosalie respondeu. – Depois que são postos, eles são levados para incubadores, onde ficam quentinhos e protegidos até chegar o momento de eclodirem. – explicou.
- Ou eles eclodem por conta própria ou devido a altíssimas temperaturas, dizem uns! Contudo, tem ovos que nunca eclodem e se tornam pedras, que custam uma fortuna. – terminei a explicação por ela.
- É... É incrível imaginar que Caraxes, Syrax ou então até mesmo que Balerion saíram de ovos deste tamanho. – ela olhava fascinada para o ovo, virando-o devagar em suas mãos para ver todas as nuances de preto que refletiam na casca. O ovo era grande, quase que do tamanho de uma cabeça de um homem adulto, mas eu entendia o que ela queria dizer, o tamanho do ovo não fazia jus ao tamanho que um dragão podia chegar.
- Isso é um pouco irrelevante! – comentei e ela desviou os olhos me olhando. – Quando o ovo eclode o dragão tem o tamanho de um gato. E se ele tiver liberdade e comida em abundancia, ele pode atingir em um ano, cerca de seis metros de comprimento. Nenhum dragão do fosso vai chegar ao tamanho que Vhagar tem ou que Balerion tinha, e talvez alguns nem cheguem ao tamanho que Caraxes tem, pelo simples fato de ficarem confinados uma boa parte da vida em uma caverna. Balerion quando morreu com quase duzentos anos tinha quase oitenta metros de comprimento. Vhagar, ninguém sabe o tamanho ao certo, já que ninguém a vê a anos, já que ela não cabe no Fosso, mas falaram que quando ela deixou Adhara, ela tinha aproximadamente o dobro do tamanho de Caraxes, no momento ele deve estar entre os vinte e cinco ou trinta e cinco metros de comprimento, e ele continua crescendo, já que ele passa bastante tempo livre, então, com esse paramento, Vhagar deve estar quase se aproximando do tamanho que Balerion tinha quando morreu, deve estar por volta dos setenta metros. Já Syrax, é um dragão novo, eclodiu a pouco tempo, mas graças a Rosalie, ficou muito tempo ao ar livre, ela já deve estar chegando aos? – eu olhei para Rose.
- Por volta dos quinze metros. – respondeu orgulhosa.
- Isso significa, que se esse ovo eclodir e viver livre, solto e com comida em abundancia, em menos de dez anos, ele pode estar com o tamanho que Syrax está agora ou até mesmo maior! – expliquei e ela desviou os olhos para o ovo de novo. – Mas no quesito batalha, tamanho não é sinônimo de força. –
- Tome... – ela me entregou o ovo. – Guarde para o seu filho com outra mulher, porque um filho meu não monta nisso! – resmungou nos fazendo rir.
- Minha mãe falava a mesma coisa. – Rosalie apontou.
- Com todo o respeito princesa, a senhorita nunca foi muito boa em obedecer a sua mãe! –
- Sou obrigada a concordar. – respondeu após ponderar por um curto tempo.
Ainda rindo eu pedi para chamarem o meistre do castelo para que ele pudesse levar o ovo em segurança e que o colocassem na incubadora da fortaleza, pelo menos até a incubadora que Rosalie trouxe chegasse, enquanto nós terminávamos de almoçar.
O navio que Rosalie disse que chegaria até o final do dia, não chegou, chegando apenas próximo ao horário do almoço do dia seguinte, alegando pequenas destruições no navio, que o obrigaram atracar em Driftmark primeiro. Ao questionar o motivo das destruições ao capitão, Rose o interrompeu, pedindo para que ele se calasse e entrou no navio o puxando consigo, deixando Bella e eu sozinhos na praia.
- O que essa maluca está aprontando? – Bella perguntou para si mesma enquanto fechava mais a capa que usava, para se proteger do vento frio que vinha do mar e da pequena garoa que caia sobre as nossas cabeças.
- Conhecendo minha sobrinha, eu posso imaginar. – não demorou muito e o barulho de um rosnado de dragão soou próximo a nós. Por instinto, olhamos na direção da caverna, que ficava debaixo da montanha de onde se erguia o castelo, próximo a praia, onde Syrax e Caraxes se protegiam da chuva, mas nenhum dos dois haviam dado nem sinal de que tinham rosnado.
- Calma... Calma... – eu ouvi Rosalie falando de dentro do barco no idioma morto e em poucos segundos um dragão voou de debaixo do convés de madeira para o céu nublado da ilha. – Dragões definitivamente não gostam de barcos. – comentou suspirando e dando de ombros ao descer do barco e parar a nossa frente.
- Por que você colocou um dragão dentro de um barco? –
- Foi o jeito mais fácil de trazê-lo. Ela ainda é nova e eu fiquei com receio de que ela se perdesse. –
- E porque você a trouxe? – questionei e ela apenas olhou para Isabella sorrindo, que continuava a encarar a amiga sem entender nada.
- Eu sempre soube que ela achava os nossos dragões fascinantes, e como eu vi com os meus próprios olhos que Caraxes a defende, se bobear até mais do que defende o senhor, e como ela não tem medo deles... E como ela vai entrar para a família, eu pedi para o meu pai e mesmo após insistir muito e ele me fazer convencer a nossa prima Gianna... – ela sorriu amplamente. – Aquela ali é a Tessarion. – ela apontou para o dragão que voava livremente no céu acima de nós.
- Enlouqueceu? – Bella questionou após alguns segundos em silêncio. – Não é só porque eu vou me casar com o seu tio que eu faço parte da família a ponto de ter um dragão! –
- E por que não? –
- Não me lembro de a princesa Gianna ter dado um dragão ao marido, ou então o seu pai ter dado um a sua mãe. –
- Nenhum dos dois gostam de dragões. E se o meu tio não se importar, eu gostaria que a Tessarion fosse o seu presente de casamento, isso se ela aceitar a Isabella. –
- Você é louca! – eu disse simplesmente rindo. – Mas todos nessa família são loucos, não é mesmo?! E bom, eu tinha pensado em perturbar o seu pai até ele aceitar que eu fizesse a mesma coisa! – Bella me encarou com os olhos arregalados. - Então, por mim, é obvio que eu não me importo. –
- Eu estou cercado por loucos! –
- Peça para ela descer, por favor! – Rosalie pediu ao guardião do dragão que ela trouxe consigo, e gritando na língua morta, ele chamou o dragão para baixo, e devagar, ela veio voando, planando, após ter ficado quase dois dias presa em um navio, e de qualquer forma, sabe-se lá quantos dias ela estava presa no Fosso. – O que achou? – Rose perguntou a Bella, quando o pequeno dragão, que deveria ser apenas um pouco maior que um cão, pousou entre nós.
- Ela é linda! – Bella respondeu olhando fascinada para o pequeno dragão. Tessarion havia sido denominada como uma dragão-fêmea, de um azul deslumbrante, as suas asas tinham cor de cobalto enquanto suas garras, crista e escamas da barriga eram da cor de cobre batido e brilhante.
- Quando ela crescer as suas cores ficaram mais escuras e brilhantes. Ah... A chama que ela lança também tem cor de cobalto. – comentou Rosalie animada. – Eu a alimentei antes de vir para cá, então eu vi. – deu de ombros e Bella não tirava os olhos do animal. – Eu poderia ficar horas te explicando como cuidar de um dragão, mas sejamos sinceras, Edward está aqui com um dos maiores dragões domados que existem, ele pode te ensinar sem o menor problema. –
- Sem sombra de dúvidas. – garanti. Rosalie continuava a falar e Bella apenas continuava com os olhos em Tessarion.
Em movimentos lentos, ela se agachou ao meu lado, esticando devagar a mão, até a cabeça do animal, na intenção de acaricia-lo, de início Tessarion sibilou para Isabella, que tirou a mão. Ela era tão pequena que a sua mordida ou queimação apenas incomodariam e não causariam um machucado feio. Bella insistiu mais uma vez, e dessa vez, conseguira deslizar a ponta dos dedos pelas escamas da cabeça do pequeno dragão. Tessarion se aproximou mais uns passos de Bella, cheirando a sua mão, antes de esticar o pescoço para que toda a sua cabeça encostasse na palma de sua mão, que sorriu ao continuar acariciando a cabeça escamosa do pequeno dragão.
Para surpresa de todos, principalmente de Bella, Tessarion grasnou antes de bater as suas asas levemente, até pousar em suas pernas, indo para o seu colo. Com cuidado, e comigo segurando-a pelo antebraço, eu a pus de pé, e o dragão do tamanho de um cachorro de pequeno porte, deitou em seus braços, ficando com o rabo pendurado para baixo.
- Eu nunca vi algo desse tipo! – o guardião comentou olhando para a cena assombrando. – Eu jamais vi um dragão se ligar a uma pessoa tão rápido assim, ainda mais sem ela ter o sangue da antiga Cária correndo nas veias. –
Bella continuava a acariciar a cabeça do pequeno dragão, tomando cuidado com os chifres que ela tinha ao redor da cabeça e dos espinhos em seu dorso, por ela ainda ser muito pequena, as pontas dos mesmos ainda eram relativamente arredondadas, portanto não machucavam ainda, mas conforme ela fosse crescendo, iriam se tornar maiores, mais nítidos e muito mais afiados, tanto que se ela segurasse em seus espinhos sem luvas de couro grossas, ela cortaria toda a palma de suas mãos.
- Acho que isso significa que Tessarion a aceitou. – Rosalie comentou. – A propósito, você não saberia dizer se você não tem nenhuma, nem que seja, pequena, descendência dos Swan? –
- Eu não faço ideia. – Bella admitiu meio que dando de ombros. – Eu sei que a família do meu pai está em Oldtown, antes mesmo da família de vocês chegarem a Andrômeda, mas eu não sei absolutamente nada sobre a família da minha mãe, meu pai mal fala nela. – um rosnar alto soou nos céus e ao olhar para cima, eu notei que Caraxes sobrevoava o céu a cima de nós, provavelmente tinha deixado a ilha atrás de alimento. Ele pousou atrás de nós e veio andando para mais perto de mim, onde ele sentiu o cheiro do dragão, e ao ver o pequeno animal azul nos braços de Bella, a sua boca se repuxou para trás, amostrando os seus diversos dentes afiados enquanto eu ouvia um rosnado e uma claridade se formando em seu peito. – Edward... –
- Calma. – falei com ela. – Segure a Tessarion. – mandei enquanto me aproximei de Caraxes com as mãos erguidas. – Hey garoto, calma... – eu segurei a sua cabeça, ou melhor, tentei segura-la. – Está tudo bem! Ela não vai machucar a Bella. – garanti olhando em seu olho, e aos poucos a claridade em seu peito foi se apagando e o rosnado cessando. – Ele apenas está com ciúmes, pelo visto. – brinquei quando ele aproximou a cabeça de Tessarion, cheirando-a e bufando pelas narinas em cima dela, fazendo a pequena dragão-fêmea se contrair nos braços de Bella e chiar para ele.
- Hey. Ele tem por volta de cinquenta vezes o seu tamanho. Sossega! – Bella falou com Tessarion, me fazendo rir, ela sabia que eles só entendiam a língua morta Cariana, mas mesmo assim, ela sossegou. – E você não precisa ficar com ciúmes... – aproveitando que a cabeça de Caraxes estava perto dela, Bella tirou uma das mãos do dragão em seu colo e acariciou as escamas da cabeça do dragão adulto a sua frente. – Eu gosto de você também! – ele bateu de leve a sua cabeça contra a de Isabella, que a fez dar dois passos para trás, rindo, para se equilibrar e provavelmente não cair no chão. – Quase a mesma coisa que um cachorro faz quando gosta de alguém. – brincou rindo.
- Caraxes está deixando de ser assustador, meu tio. – Rosalie provocou, enquanto ele se afastava de nós e ia andando para a caverna, para se proteger da fraca e fina garoa que começava a cair.
- Tem certeza? Ameaça Isabella para você ver se ele ainda é assustador ou não! – rebati a sua provocação e ela gargalhou. – Vocês vão ficar ou partirão? – questionei para o guardião do dragão.
- O ovo e Tessarion ficaram aqui com o senhor, alteza? –
- Sim. Os dois ficaram comigo e Caraxes também. – ele assentiu e olhou para cima, vendo que o tempo parecia que iria fechar mais uma vez.
- Se vossa alteza não for precisar de nós, voltaremos hoje mesmo a capital! –
- Podem ir. – Rosalie respondeu. – E garantam ao meu pai que o ovo está em segurança e que Tessarion aceitou a senhorita Hightower. –
- Sim senhorita. Então, vamos apenas descarregar as coisas que vossa alteza trouxe e voltaremos a capital. – ele fez uma reverência e voltou para dentro do navio.
- O que mais trouxe? – Bella perguntou a Rosalie.
- As suas coisas! As que você deixou para trás. – deu de ombros fazendo a minha Bella rir, quando teve o braço de Rosalie enlaçado ao seu. – Vem, vamos sair dessa chuva! –
- E quanto a ela? – Bella questionou apontando com a cabeça para o pequeno dragão azul em seu colo.
- Ela ainda é pequena, então ela fica dentro do castelo por enquanto. – garanti. – Vão entrando que eu já vou logo atrás. – ela não teve nem tempo de responder e Rosalie foi puxando-a para dentro do castelo, a ponte ainda era bem longa e tínhamos que entrar logo antes que a chuva apertasse mais uma vez.
Eu expliquei aos criados que descarregavam o navio para onde era para serem levadas as coisas, e com tudo explicado eu segui o caminho que as meninas fizeram a poucos minutos, encontrando-as perto da metade do caminho. Quando a noite chegou, a chuva havia voltado a cair, mas ao contrario da tempestade de dias atrás, caía de forma mais calma e fraca contra o telhado da pequena fortaleza. Depois do jantar e de Rosalie ter se recolhido, eu segui para o quarto de Bella, encontrando-a sentada na pequena mesa de canto, com a pequena Tessarion em cima da mesa e um pote com pequenos pedaços de carne crua ao lado.
- Oi. – eu parei atrás dela e beijei-lhe o pescoço, inalando forte o cheiro de sua pele.
- Oi. Já vai dormir? –
- Se quiser podemos nos divertir um pouco. – sugeri beijando seu pescoço mais uma vez.
- Quando o alto septão chega? – questionou.
- Amanhã, creio eu! – garanti. – Ela não come carne crua! – expliquei.
- Eu sei. – respondeu. – Mas eu não sei como faço para ela cuspir fogo e ela não faz isso sozinha! –
- Enquanto ela for nova, ela geralmente não vai fazer nada sem que você mande. Como ela se ligou a você, muito rápido por sinal, ela só irá te obedecer! –
- Mas ela só obedece na língua antiga, a qual eu não conheço nem uma mísera silaba. –
- Isso eu posso te ensinar sem o menor problema, pelo menos os comandos mais básicos por enquanto. – garanti. – Coloque alguns pedaços de carne na mesa. – pedi e com as pontas dos dedos ela colocou três pedaços de carne contra a madeira da mesa, limpando as mãos no guardanapo ao lado. – Repete Dracarys. –
- Dracarys? – ela perguntou confusa e Tessarion cuspiu uma fraca chama cor de cobalto na direção da carne, fazendo Bella se sobressaltar na cadeira.
- Pronto. Você a alimentou! – comentei quando ela pegou um pedaço da carne assada e mastigou. – No início enquanto ela for pequena, ela só vai comer se você a alimentar, carnes cortadas ou carnes de carcaça de animais mortos, tudo ela terá que assar primeiro, e até ela crescer mais um pouco, ela só vai cuspir fogo se você mandar. – expliquei. – E quando ela crescer, ela aí fazer isso sozinha quando sentir fome. –
- E como eu sei de quanto em quanto tempo alimenta-la ou então o quanto alimenta-la? –
- Alguns pedaços de carne ao longo do dia, todos os dias já é o suficiente. Conforme ela vai crescendo, ela vai passar a comer pedaços maiores, com um espaço maior entre as refeições, e depois vai passar a comer quando sentir vontade. –
- Mas o que eles comem quando adultos? –
- Caraxes come ovelhas ou bois. Geralmente é o que todos comem. Obviamente que quanto maior eles forem, maior será o apetite, então... Eu não faço ideia de quantas ovelhas o Caraxes come, quando ele vai se alimentar, suponho eu que sejam muitas. Mas podem comer qualquer tipo de gado ou cavalos, dizem que Balerion conseguiu comer os mamutes da ilha de Ibben. Quanto maior o dragão, maior o que ele irá querer comer. – expliquei. – Dê mais uns pedaços de carne a ela e venha para a cama. – ela apenas assentiu.
Bella estava absorta enquanto dava mais alguns pedaços de carne ao filhote de dragão, e eu aproveitei e troquei de roupa rápido. Após ter terminado de comer, Bella colocou Tessarion em cima do pequeno sofá e veio para a cama, deitando ao meu lado, de bruços na cama, com os braços apoiados em meu peito, aproximando a cabeça da minha e unindo os nossos lábios.
Eu nos virei de lado na cama, levando a minha mão para a sua coxa, por baixo de sua camisola, apertando-a e a enlaçando na minha cintura. Eu deslizava as pontas dos meus dedos pela sua pele macia, sentindo-a se arrepiar sempre que eu chegava no meio de suas costas. Meus dedos estavam quase chegando a sua buceta, quando um farfalhar de asas me fez tirar a mão do meio de suas pernas, soltei seus lábios por um momento e vi que Tessarion se aprumava no colchão aos nossos pés.
- A partir de amanhã ela fica em outro lugar. – comentei e Bella riu. – Venha, vamos dormir, que eu espero que amanhã seja um longo dia! – ela beijou os meus lábios mais uma vez, antes de deitar a cabeça em meu peito e eu a abracei forte contra o meu peito.
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Na manhã seguinte quando eu despertei, encontrei Isabella virada na cama, deitada de lado, de costas para mim, enquanto abraçava Tessarion, e ambas dormiam profundamente. Por um momento eu me lembrei de Rosalie quando era criança, que dormia com um gato branco que ganhara de aniversário do meu irmão. Ela estava toda descoberta, com os lençóis enrolados aos seus pés e a sua camisola cobrindo apenas da sua coxa para cima. Eu puxei os lençóis para lhe cobrir, pelo menos até a sua cintura e beijei o seu ombro, e ela acabou se ajeitando na cama, apertando mais ainda o braço ao redor do pequeno dragão, e eu beijei mais uma vez, dessa vez, a sua bochecha e saí da cama.
Eu me troquei em silêncio e deixei o quarto, mal cheguei aos pés da escada e fui informado pelos guardas de que o navio que trazia o alto septão iria atracar no porto da ilha em pouco tempo. Pedi para que assim que ele chegasse, o levasse para o salão de jantar, e que levassem o café da manhã para lá, e que assim que as meninas acordassem, pedissem para que elas nos encontrassem no salão.
Fui até o meu quarto para colocar uma muda de roupa limpa e ajeitar os meus cabelos e segui para o salão de jantar. A primeira quem chegou havia sido a criada, informando que o alto septão já tinha desembarcado e estava a caminho da pequena fortaleza, e se já podia trazer o café da manhã. Confirmei a vinda da refeição e ela deixou o salão.
- Com licença, alteza. – ouvi a voz do guarda entrando na sala. – O alto septão Philip. – o senhor de idade entrou na sala de jantar.
- Bom dia alteza. – ele fez uma reverência antes de se aproximar da mesa.
- Bom dia excelência. Como foi a viagem? – perguntei apontando para a cadeira a minha frente, do outro lado da mesa.
- Tranquila. – respondeu se sentando. – Peço mil perdoes pela demora, mas a tempestade... –
- Eu sei... Eu sei... Não precisa se preocupar. –
- Devo admitir que fiquei surpreso quando recebi o corvo anunciando que o senhor se casaria mais uma vez, até porque eu sei que, se me permite o comentário, o vosso primeiro casamento foi um completo fracasso. – quando a criada derramou vinho em seu cálice.
- Me casei obrigado com uma mulher que eu nunca tinha visto em toda a minha vida, e levando em consideração o temperamento que eu tenho, não tinha como dar certo, além do fato dela se recusar a deixar o Vallis e eu me recusar a deixar Adhara. – expliquei. – Contudo, por sorte, eu encontrei uma mulher que não se assusta, pelo menos muito, com o meu temperamento, a qual, admito, que eu gosto demasiadamente dela. –
- E quem é a felizarda? – questionou.
- Lady Isabella Hightower, de Oldtown! –
- A filha da Mão do Rei? – perguntou espantando e eu assenti, era de conhecimento de toda a Adhara que Charlie e eu nunca nos demos bem. – Então, por que o casamento não está acontecendo em Adhara, com toda a pompa que um membro da realeza merece? –
- Porque. excelência, Charlie não concorda com o casamento, mas a Isabella sim. E eu não preciso da permissão de mais ninguém, mesmo eu tendo a benção de meu irmão! –
- Alteza... – ele se ajeitou desconfortável na cadeira. - O senhor vai ter que me perdoar, mas eu não posso casa-los sem a permissão do lorde Hightower e... –
- Lorde Hightower deserdou a filha só porque ela escolheu a mim, portanto, a permissão de Charlie não serve para nada. – respondi sério.
- Bom... Nesse caso... Onde está a noiva? – perguntou desconfortável.
- Deve estar terminando de se trocar, ou então está com a Princesa Rosalie, que veio para o casamento. Irei pedir para chama-las... Acredito que o senhor esteja cansado e possivelmente com fome. – ele apenas assentiu. Eu me levantei caminhando até a porta, pedi ao valete que chamasse pelas duas e que pedisse para que elas não demorassem.
As duas chegaram juntas e rápido, o alto septão se levantou para cumprimentar a princesa e voltou a se sentar logo em seguida na cadeira onde estava antes. Rosalie e Bella se sentaram nos mesmos lugares do dia anterior e enquanto comíamos, o alto septão, perguntou, diversas vezes, mais do que o necessário, se ela tinha certeza de que queria casar-se comigo, sabendo que o seu pai era contra, deixando-a completamente desconfortável, e ele só parou quando eu o interrompi.
Ela nem terminou de comer e pediu licença deixando a sala e Rosalie a acompanhou, e eu precisei me controlar para não fazer nenhuma besteira. Não demorou e o alto septão retirou-se para o quarto de hospedes para se descansar da viagem, após anunciar que nos casaria assim que eu pedisse. Eu soube pelos guardas que Bella e Rosalie haviam ido para a montanha atrás do castelo, e ao ir até onde ela estava, a encontrei parada no meio da pequena campina olhando para o alto, onde eu podia ver Syrax, com Rosalie em seu dorso e a pequena Tessarion voando junto.
- Assim que você quiser... – ela deu um sobressalto quando eu a abracei pela cintura, e apoiei a cabeça em seu ombro. – O alto septão nos casa. –
- Contra a vontade dele, provavelmente! – reclamou, ela ainda estava desconfortável.
- Eu não pensei que ele fosse insistir tanto naquela pergunta, me perdoe. – pedi. – Eu tenho certeza de que ele vai nos casar porque deve pensar que eu posso fazer algo com ele, e tenha certeza de que se você não estivesse aqui, eu realmente teria feito. Mas de qualquer forma, isso não importa! Ele vai nos casar e no final é isso o que importa, não é? –
- É. – respondeu e eu abracei forte a sua cintura e beijei seu ombro. – É a única coisa que importa! – falou baixo levantando a cabeça para cima, e eu segui os seus olhos.
- Estou achando que eu vou acabar perdendo você para Tessarion. –
- Por que? –
- Porque quando eu acordei você estava dormindo abraçada com ela. –
- Ciúmes? – perguntou sorrindo e eu a acompanhei. – Estava um pouco frio e ela é quentinha! –
- Eu também posso te esquentar. – comentei a virando de frente para mim. – Quando vai querer se casar? Não vem mais ninguém, seremos só nós dois, Rosalie e o alto septão. –
- E mesmo que tivéssemos apenas nós dois, eu não iria precisar de mais ninguém! – ela sorriu abraçando o meu pescoço. – Pode ser está noite? Eu... Eu quero muito me afastar de Andrômeda o mais rápido possível. –
- Claro que podemos! Quando você quiser! Nos casamos hoje, ficamos o dia todo amanhã no quarto. – sugeri e ela sorriu para mim. – Depois de amanhã eu voo até Adhara, vejo o que Carlisle quer, tento voltar no mesmo dia ou no mais tardar na manhã seguinte, e depois vamos para as Ilhas de Verão. –
- Parece completamente perfeito para mim! –
- Então chama a Rosalie para que possamos nos casar assim que o sol começar a se pôr, que eu vou arrumar umas coisas lá dentro. –
- Tudo bem. – ela ficou na ponta dos pés e beijou-me os lábios. – Eu te amo. –
- Eu te amo. – rocei meu nariz ao dela, antes de beijar lhe os lábios. Deixando-a sozinha, eu voltei para dentro do castelo.
Eu segui primeiro até o quarto do alto septão, depois daquele desastre do café da manhã, eu queria que o alto septão fosse embora o mais rápido possível, avisei que o casamento ocorreria esta noite, junto com o cair da noite, e segui para o meu quarto. Do mesmo jeito que Rosalie havia dado um presente de casamento a Bella, eu também daria, mesmo que tivéssemos combinado de não dar nada.
Apanhei dentro da gaveta de uma cômoda em meu quarto a caixa de joias que era antigamente da minha mãe, e que eu havia mandado polir e restaurar um pouco antes de termos deixado Adhara e elas pareciam novas, recém feitas. Deixei-a separada no canto, e comecei a separar algumas coisas que eu precisaria para o casamento.
Foi quase impossível ver Isabella o resto do dia, e isso se devia ao fato de Rosalie não deixa-la a sós um misero segundo durante o dia. Eu só voltei a ver Isabella a noite, no pequeno salão da sala do trono para que o alto septão nos casasse, e no fundo, acabou sendo uma surpresa ver que ela ainda tinha guardado o colar que eu havia dado a ela há sete anos, já que o mesmo adornava perfeitamente o seu pescoço, do jeito que eu havia imaginado quando lhe dei.
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Do mesmo jeito que Isabella deixou o salão de jantar sem chamar a atenção de ninguém, eu fiz o mesmo. Tessarion não ficaria essa noite conosco, e nem nas próximas, nem que eu precisasse dar um quarto apenas para ela, enquanto ela ainda fosse uma filhote, para que eu pudesse ter, finalmente, a agora, minha esposa só para mim. Antes de seguir para o quarto, onde Bella me esperava eu dei uma passada em meu quarto para poder pegar a caixa de joias que eu havia separado mais cedo. Ela era uma pequena caixa de madeira toda encrustada com o símbolo dos Swan, já que minha mãe era uma Swan, igual ao meu pai, e eu pouco me importava com os sobrenomes no momento, oficialmente Isabella não era uma Swan ainda, mesmo que tivéssemos nos casado, a menos que ela renunciasse ao sobrenome de seu pai, e conhecendo Isabella do jeito que eu tinha certeza que eu conhecia, ela não faria isso, eu sabia que no fundo de seu coração ela ainda esperava se entender de novo com Charlie.
Com a caixa em mãos eu segui para o quarto de Isabella, eu deu duas batidas na porta e esperei que ela permitisse a minha entrada, e logo em seguida eu entrei, fechando a porta atrás de mim, e para que não houvesse nenhum empecilho, eu tranquei a mesma. Bella estava sentada em frente a penteadeira, soltando os cabelos.
- Achei que fosse demorar um pouco mais para vir. – comentou quando me viu pelo reflexo do espelho, enquanto dava uma desembaraçada em seus cabelos.
- Por que? O que eu mais quero é ficar o máximo de tempo possível contigo. – falei e vi que seus lábios se repuxaram em um sorriso. – E eu queria te dar um presente. –
- Presente? – perguntou confusa quando eu coloquei a caixa de madeira a sua frente. – Mas... Nós tínhamos combinado de que não daríamos presentes, até porque eu não tenho nada para... – eu a interrompi.
- E eu não quero nenhum presente seu. – garanti. – Mas eu quero que você aceite o meu. – falei simplesmente e ela levou as mãos até a caixa. Seus dedos fizeram o contorno do dragão de três cabeças, símbolo dos Swan, antes de abri-la e vendo o que tinha ali dentro. Bella abriu e fechou a boca algumas vezes antes de virar o rosto na minha direção.
- O que significa isso? – perguntou após ver a tiara prateada com inúmeras safiras incrustadas nela.
- Você acabou de se casar comigo. – respondi e ela levantou uma sobrancelha. Eu abaixei a minha coluna, deixando a minha cabeça perto da dela. – Isso agora faz de você uma princesa. – eu rocei meu nariz ao dela. – E toda princesa precisa ter uma tiara. – a minha voz saiu baixa quando eu rocei meu nariz ao dela de novo, e beijei-lhe os lábios. – Essa tiara era da minha mãe e agora ela é sua! – comentei e beijei-lhe os lábios de novo. – Minha princesa! – minha com a voz baixíssima, mas eu sabia que ela me ouviu.
Bella virou um pouco mais o corpo na minha direção e levou as mãos ao meu rosto. Eu aprofundei o beijo e levei as minhas mãos para os seus quadris, puxando a saia de seu vestido para cima e a pegando no colo. Bella enlaçou a minha cintura com as suas pernas, e abraçou o meu pescoço com os seus braços, e eu a abracei forte, prensando o seu corpo mais contra o meu, enquanto as nossas línguas se entrelaçavam e se enroscavam em um beijo calmo e lento, não tinha pressa, nós não precisávamos mais ter pressa de nada. Com ela em meu colo, eu caminhei até a cama, me sentando na ponta da mesma, e a deixando sentada em meu colo. Suas mãos deslizaram do meu pescoço para o meu peito e subindo de novo até a altura dos meus ombros, empurrando a minha jaqueta para trás, para que eu pudesse tira-la, e eu deixe-a cair no chão.
Pela gola, ela puxou a minha camisa para cima, deixando-me apenas com as minhas calças e botas. Os nossos lábios haviam se separado apenas para que a minha camisa passasse pela minha cabeça, e logo em seguida os nossos lábios se reencontraram. Eu levei as minhas mãos para as amarras de seu vestido, não foi difícil desfazer os nós de seu vestido, as minhas mãos encontraram a pele desnuda de suas costas, eu interrompi o beijo, e separando os nossos lábios, eu fui distribuindo beijos e fui distribuindo pela sua mandíbula, até chegar ao seu pescoço, e subindo com as pontas dos meus dedos pela pele de suas costas, e sentindo leves arrepios percorrendo o seu corpo, enquanto eu continuava a beijar o seu pescoço, eu cheguei até as mangas de seu vestido e puxando-as para baixo.
Ela tirou suas mãos de meu pescoço, apenas para que as mangas de seu vestido passassem pelos seus punhos, e eu deixei a sua roupa embolada na altura de sua cintura, deixando o seu peito desnudo. Voltei a trilhar um caminho de beijos de seu pescoço até os seus seios, até, finalmente, eu tomar um em minha boca e ganhar uma arfada, seguida por um gemido, em retribuição. Eu precisava me contar para não ir tão rápido, eu precisava me lembrar de que Bella ainda era virgem e eu não queria machuca-la, eu queria que ela sentisse prazer, todo o prazer que eu pudesse proporcionar a ela, com ela eu iria fazer todo o possível para fazer as coisas certas.
Eu chupava seu seio, enroscando a minha língua em seu bico rígido. Minhas mãos seguram para as suas pernas, e adentraram em seu vestido, e eu fui subindo com elas de suas coxas para o seu quadril, sentindo a incrível maciez da sua pele, espalmei bem as minhas mãos em sua bunda, e a apertei com vontade, pressionando-a contra o meu pau, para que ela pudesse sentir o quão duro eu estava para ela, e principalmente por ela. Bella soltou um gemido arfante e em busca de mais um pouco de atrito, ela própria roçou o seu quadril contra o meu, arrancando um gemido alto de ambos, sendo o que meu tinha sido abafado pelo seu seio em minha boca.
Para que ela pudesse parar de roçar o seu quadril contra o meu e acabar me fazendo gozar antes do tempo, eu soltei o seu seio e me levantei da cama, pegando-a no colo de novo e fazendo com que ela soltasse um muxoxo de protesto. Eu deitei Isabella na cama, acomodando-a bem no meio da mesma e com a cabeça apoiada nos travesseiro e terminei de me livrar de seu vestido, deixando-a completamente nua a minha frente, e me ajeitei na cama, entre as suas pernas, passando as minhas mãos por baixo de seu quadril para que eu pudesse deixa-las bem abertas para mim.
Eu queria provoca-la um pouco e segui primeiro para a sua coxa. Minha boca trilha um caminho de beijos e leves mordidas, até a altura de sua virilha, mas ao invés de eu me saciar em sua buceta, algo que eu almejava a bastante tempo, eu segui com a boca para a sua outra coxa, ganhando alguns gemidos e resmungos em retribuição.
A buceta de Isabella estava bem molhada, ela estava completamente excitada e eu nem tinha feito nada ainda, e ao sentir a minha língua quente contra a sua buceta molhada, ela gemeu alto enquanto agarrava os meus cabelos. Minha língua deslizava pela sua carne inchada bem devagar, eu queria que ela sentisse o mais puro e intenso prazer que eu podia dar a ela, contudo o meu pau começava a doer dentro das minhas calças, de tão apertado que estava, ele quase implorava para se afundar nela, mas eu queria que ela sentisse prazer antes de eu sentir o meu próprio, algo que eu jamais havia feito por outra mulher, eu queria fazer por ela.
Seus gemidos ficavam mais altos a cada sugada que eu dava em seu clitóris, e além dos puxões em meus cabelos, ela passou a pressionar as coxas contra a minha cabeça e foram necessárias apenas mais algumas sugadas em seu clitóris e ela gozou clamando o meu nome e relaxando as pernas na cama. Saindo do meio de suas pernas, eu subi pelo seu ventre com os meus lábios inchados, roçando-os em sua pele alva e macia enquanto minhas mãos acariciavam seu corpo, querendo gravar cada pequeno centímetro de todo o seu corpo.
- Parar? Mas eu nem comecei! – falei em seu ouvido enquanto sentia seus pés roçando em minhas pernas, ainda cobertas pela calça. – Eu disse que queria decorar cada pedacinho desse corpo, e eu não menti. – lembrei-a mordiscando o lóbulo de sua orelha. – A sua sorte é que eu estou enlouquecendo devido a tamanha vontade que eu sinto de me afundar em você. –
- Não sei o que está esperando, então. – eu tomei os seus lábios em um beijo e suas mãos deslizaram, primeiro para as minhas costas, e em seguida deslizaram pelas mesmas, roçando as curtas unhas, até chegar ao cós da minha calça, descendo para o meu abdômen e abrindo o botão.
- Eu não sabia que era tão apressada assim... – comentei contra os seus lábios, que repuxaram em um sorriso, enquanto as suas mãos começaram a abaixar as minhas calças. Ela não falou mais nada, e eu apenas mordisquei o seu lábio inferior, antes de me afastar o meu corpo do dela, deixando de sentir o calor que emanava dele, mas seria apenas o tempo necessário para que eu pudesse terminar de me livrar das minhas calças e botas, ficando, igual a ela, completamente nu. Eu voltei para a cama, me acomodando de novo entre as suas pernas. – Relaxa. – pedi, levando a minha mão até a sua coxa direita, acariciando-a um pouco, antes de prendê-la em volta da minha cintura. Eu chupei meus dedos e com eles, massageei o seu clitóris, eu tinha os meus olhos presos em seu rosto, e ao sentir a massagem, seus olhos se fecharam e seus lábios se entreabriram, de onde escapou um gemido baixo. Bella estava relaxada e bem excitada, e continuando com a massagem em seu clitóris, eu ajeitava a cabeça do meu pênis, com a minha outra mão, na entrada de sua buceta, e um vinco surgiu em sua testa quando eu deslizei um pouco do meu pênis para dentro dela, e o gemido que outrora era de prazer, se tornou em um gemido de desconforto. – Se quiser que eu pare, é só pedir. – falei com a voz calma e baixa e vendo o vinco ficar mais fundo.
- Continua. – pediu apertando o lençol entre os dedos de sua mão. – Continua, por favor. – eu deslizei mais um pouco para dentro dela, e ela apertou os lençóis com mais força.
Eu apoiei o meu antebraço no travesseiro próximo a sua cabeça, e debrucei corpo um pouco mais contra o seu, deslizando mais um pouco. Meus dedos continuavam a masturba-la, em uma tentativa de fazê-la sentir mais prazer do que dor, e eu não sabia ao certo se estava funcionando. Eu guiei o meu quadril um pouco para trás, antes de impulsiona-lo para frente, com um pouco mais de força e ela arfou de dor. Eu não me deixei mais. Deixei que ela se acostumasse com a invasão e com o tamanho e continuei com a masturbação em sua buceta. Devagar, o vinco de dor em sua testa foi sumindo, e quando ela gemeu baixo de prazer, eu tirei meus dedos de sua buceta e investi meu quadril contra o dela.
- Abre os olhos. – pedi em um fio de voz. – Abre os olhos e olha para mim. – ela abriu os olhos. Eu investia meu quadril contra o dela, devagar para não a machucar, mas eu conseguia ver o desconforto em seus olhos. – Quer que eu pare? – perguntei e ela apenas balançou a cabeça negando. – Eu estou indo com o máximo de cuidado e devagar possível para não te machucar, mas... – ela levou as mãos para a minha nuca, puxado minha cabeça para mais perto da dela, e chocando seus lábios aos meus, para me calar.
Meio sem jeito, eu a abracei enquanto suas mãos subiam para os meus cabelos. Ela pedira para eu continuar, então eu continuei. Eu continuei investindo o meu quadril devagar contra o dela, mas com um ritmo um pouco mais constante. O beijo foi interrompido pelos nossos gemidos, os dela, agora, eram gemidos de prazer, mais ainda haviam algumas pequenas e baixas notas de desconforto no fundo. Desci com a minha boca até os seus seios, abocanhando um e sugando o seu bico rígido.
Eu não sabia para qual seio eu dava atenção, portanto eu ficava intercalando a minha boca entre os dois, enquanto eu sentia as suas mãos puxando meus cabelos a cada investida do meu quadril contra o seu. Ela era apertada, bem apertada, até porque essa era a primeira vez que ela dormia com alguém, mas era tão gostoso, porém não demorou muito até a sua buceta se contraísse mais ainda em volta do meu pau, ela estava quase gozando! Soltei seus seios, ficando de joelhos na cama de novo e segurando-a pelas coxas em busca de um pouco mais de apoio para continuar penetrando-a, mesmo com o meu pau sendo, a cada investida, mais apertado pela sua buceta.
Seus olhos estavam fechados de novo, e eu não conseguia encontrar mais nenhum vislumbre de desconforto em seu rosto. Ela estava sentindo prazer e só prazer. E ela não era a única. Eu não estava acostumado a transar tão devagar assim, mas por ela era capaz de eu fazer qualquer coisa. Sua buceta apertou meu pau um pouco mais forte antes de gozar e foi quando ela abriu os olhos para mim, e eu sorri ao ver o intenso brilho de prazer em seus olhos.
- Eu te amo. – falei baixo ao aproximar a minha cabeçada dela e roçar os nossos lábios.
- Eu te amo. – ela tentou beijar os meus lábios, mas um gemido de surpresa, quando eu gozei dentro dela, a interrompeu. Eu sorri antes de tomar seus lábios em um beijo ávido enquanto sentia meu gozo escorrendo para dentro dela.
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Já era bem tarde, as velas do quarto estavam quase todas apagadas, eu podia ouvir o barulho da chuva, que voltara a cair durante a noite, batendo contra a janela. O quarto tinha ficado um pouco frio, mesmo após eu ter colocado mais lenha na lareira. Bella tinha a cabeça deitada em meu peito, e uma das mãos apoiadas bem ao lado, já a sua outra, passava por cima de sua cintura e tinha os dedos entrelaçados aos meus, enquanto a minha mão livre acariciava delicadamente, com a ponta dos dedos, a pele da sua coxa, que estava envolta ao meu quadril.
- Dormiu? – perguntei baixo após um longo tempo de silêncio dela. Demorou alguns segundos, os quais eu estava realmente pensando que ela tinha adormecido, até ela levantar um pouco a cabeça, encaixando-a no vão entre o meu pescoço e meu ombro.
- Quase. – respondeu em um murmúrio.
- Como se sente? – perguntei dando um beijo em sua testa.
- Bem. – respondeu aninhando mais ainda a cabeça em meu pescoço. – Ótima. Nas nuvens. Realmente valeu a pena esperar. –
- Eu que o diga. – sorri aninhando a minha cabeça a dela. – Quer alguma coisa? – ela negou. – Comer alguma coisa? – insisti e ela negou de novo. – Vamos dormir, porque eu quero você amanhã de novo. Amanhã, depois de amanhã, e depois de depois de amanhã. – ela riu contra o meu pescoço. – E durante todos os dias que me restam de vida. – eu beijei sua testa de novo. – Boa noite, minha princesa. –
- Boa noite, meu príncipe. – eu tirei a mão de sua coxa e abracei sua cintura, repousando-a em cima de sua bunda, e não demorou até eu ouvir Bella ressonando tranquilamente contra o meu pescoço.
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