Capítulo 023.

 Pov. Edward.

Foi impossível não ter ficado feliz ao ver que a conversa de Bella com a Maddie tinha dado frutos e a minha filha tinha pedido ajuda a Bella para se aprontar para o baile, o qual nós já estávamos atrasados. Com as duas dentro no quarto, eu segui para o meu para tomar um banho, eu já tinha deixado um terno preto separado e caminhei direto para o banheiro para tomar um banho e me vestir. De banho tomado eu fui vestir o meu terno, deixando a gravata por último enquanto eu tentava dar um jeito no meu cabelo. Ouvi a porta abrindo atrás de mim um tempo depois e vi pelo espelho que Bella tinha entrado no quarto e parou na porta me olhando de cima a baixo.

- Gostando do que vê? –

- Completamente! – respondeu sorrindo ao terminar de entrar no quarto. – E isso me deixa com raiva, não tem nada ruim em você? – perguntou e eu balancei a cabeça rindo.

- O meu cabelo não fica no lugar! – apontei.

- E isso te deixa fodidamente gostoso! – ela se aproximou de mim pegando a gravata preta em cima da cama. – Mudando de assunto, antes que eu tranque a porta e não deixe você sair desse quarto... A Maddie está pronta! – comentou colocando a gravata em volta do meu pescoço. – E... Digamos que no futuro o senhor terá trabalho, ela está linda igual ao pai! – ela começou a dar o nó na gravata. – Se bem que a sua a mãe delas também era muito bonita. – comentou terminando de ajeitar a minha gravata e eu a encarei confuso. – Maddie estava com uma foto dela em mãos e eu acabei vendo. – explicou me olhando sorrindo.

- Você é um amor, sabia?! – falei acariciando sua bochecha com o meu polegar. – Elas... Elas mais cedo ou mais tarde vão gostar de você! –

- Eu não tenho pressa. Que demore o tempo necessário! – eu abaixei um pouco a minha cabeça e rocei o meu nariz ao dela, antes de beijar-lhe os lábios. antes mesmo que eu tivesse a chance de aprofundar o beijo, ela virou a cabeça, separando as nossas bocas. – Vai logo antes que eu tranque a porta e não te deixe sair! –

- Quando eu voltar. – rocei o meu nariz ao dela e dei um beijo em seus lábios.

- Quem vai ficar com as meninas? – perguntou e eu olhei a hora no meu celular.

- Alice ficou de chegar há meia hora! – respondi suspirando.

- Eu fico com elas! – falou. – Vamos ver filme e comer pipoca. –

- Certeza? – ela apenas balançou a cabeça assentindo. – Lembre-as de arrumar as coisas, porque amanhã elas vão para o acampamento! –

- Sim senhor! – disse simplesmente ajeitando de novo a minha gravata.

Eu guardei o meu telefone no bolso da minha calça e apanhei a minha carteira e segurei a mão de Bella para que deixássemos o quarto e seguimos para a sala. Maddie ainda não tinha descido, e uma parte de mim temia que ela pudesse estar fazendo alguma coisa no quarto, enquanto as outras três estavam na sala vendo algum filme na televisão. Eu me aproximei do sofá, indo por trás dele e ao sentir a minha presença, Kenzie levantou a cabeça, levando-a para trás.

- Já arrumou a sua mala? –

- Não! – disse simplesmente.

- Vai esperar eu falar para todo mundo entrar no carro para ir fazer? – rebati.

- Eu estava esperando a tia Alice, pai! –

- A sua tia Alice era para ter chegado a mais de meia hora e ainda não deu sinal de vida. Portanto, levanta e vai arrumar as suas coisas, se quiser ajuda pede a Bella, porque ela vai ficar aqui com vocês até eu voltar. –

- Hã? – ela fez uma careta e eu apenas olhei sério para ela.

- Eba! – Maggie saiu do sofá e veio pulando para perto da Bella, que a pegou no colo. – Eu gosto da tia Bella. – ela abraçou o pescoço de Isabella, e deu um beijo em sua bochecha.

- Eu também gosto de você, docinho! – ela retribuiu o abraço apertado de Maggie.

- Comporte-se. – falei sério para Mackenzie que apenas bufou, sentando de frente para a televisão de novo, emburrada e com os braços cruzados. – É para as três, as três... – frisei bem o três. – Obedecerem a ela. Ouviram? – Melissa apenas balançou a cabeça concordando. – Mackenzie? –

- Ouvi! – respondeu emburrada. Eu ainda tinha a minha carteira em mãos quando eu abri e apanhei um dos cartões que estavam ali dentro e entreguei para a Bella, que olhou para o cartão e depois para mim.

- Caso precise comprar alguma coisa... –

- Sabe que eu tenho dinheiro, não sabe? –

- Sabe que as filhas são minhas, não sabe? – rebati rindo e ela balançou a cabeça sorrindo.

- Essa aqui eu estou pensando em roubar para mim! – comentou apertando mais a Maggie, que riu alto.

- Vamos Maddie! – eu a chamei aos pés da escada depois de guardar o cartão no bolso do short que a Bella usava.

- Estou descendo! – ela gritou do andar de cima.

- Pegou as chaves? – questionou Bella quando colocou Maggie no sofá de novo ao lado das irmãs. Peguei dentro do vaso de cristal, em cima do aparador, próximo a escada, as chaves do carro.

- Peguei! – respondi guardando a carteira no bolso do meu terno. – Qualquer coisa me liga e... –

- Eu sei! Eu ligo para você, ou para a Alice, ou para os seus pais, não se preocupe! Só se divirta com ela. Vamos ficar bem... Espero eu! –

- Vamos papai. – ouvi a voz de Maddie vindo da escada e eu desviei os olhos de Bella para onde vinha a voz.

Maddie desceu as escadas meio sem jeito e foi difícil não esboçar um sorriso. Ela estava linda. O vestido rosa claro e de com flores brancas havia lhe caído divinamente bem. Por mais que ela tivesse a pele mais clara e pálida do que as outras irmãs, o vestido rosa havia ficado bem nela. Os cabelos ruivos estavam presos em um rabo de cavalo, com algumas finas mechas soltas e uma maquiagem tão leve que era quase imperceptível.

- Maddie, você está linda! – falei e as suas bochechas ficaram completamente rubras quando ela parou ao meu lado.

- Não se importa, não é? – Bella perguntou e eu a encarei. – Com a leve maquiagem? –

- Não. Não, está... Na medida certa para a idade dela. Eu só fiquei surpreso, porque ela nunca gostou dessas coisas! –

- Ela quem pediu! – eu passei o braço por cima dos ombros de Maddie, trazendo-a um pouco para perto de mim e eu dei um beijo em sua cabeça. – Ela quis prender o cabelo... –

- Eu te falei, Maddie é menos menininha do que as outras. – eu beijei a sua cabeça de novo. – Vamos? – Maddie apenas balançou a cabeça assentindo. = Qualquer coisa me liga. –

- Não se preocupe. E divirtam-se. – eu me aproximei de Bella e dei um beijo em seus lábios antes de sair de casa com Maddie ao meu lado.

Destravei o meu carro e abri a porta para que ela entrasse no banco do carona enquanto eu dava a volta para entrar. Durante todo o caminho até a sua escola, ela foi em silêncio, ora olhando as ruas escuras por onde passávamos, ora olhando para as suas unhas. Dentro do carro, uma música calma e tranquila soava baixo, quase que como em som ambiente.

Eu estacionei o carro na rua em frente a escola, onde já tinha uma enorme fila de carros. Com o carro estacionado e desligado, eu desci do mesmo e dei a volta, abrindo a porta para Maddie, que saiu. Ela estava um pouco tímida, na verdade, eu não sabia ao certo se era timidez ou se ela estava se sentindo desconfortável, ela não era a mais adepta a usar saias ou vestidos. Nós entramos na escola, indo direto para o ginásio, que já estava cheio e com uma música tocando, não baixa o suficiente para ser difícil de ouvir, e nem alta demais para atrapalhar as conversas paralelas entre os pais presentes.

Deixei Maddie a vontade para que pudesse ir até as suas amigas e fui até a mesa onde tinha as bebidas e comidas. Peguei um copo de ponche e bebi um gole, vendo com o canto dos olhos Maddie em uma rodinha com mais cinco amigas.

- Olha quem apareceu! – uma voz masculina soou perto de mim, me virei ainda bebendo um gole do ponche

- James... – James era o pai de uma das melhores amigas da Maddie, e que eu não via há um pouco mais de um ano.

- Achei que não fosse vir, Victoria disse que nas últimas reuniões de pais e mestres, quem tinha vindo era a sua mãe. – apontou pegando um canapé na bandeja ao lado do ponche.

- Eu não tenho culpa se marcaram todas as reuniões quando eu estava em pleno plantão de quarenta e oito horas, ou então quando eu tinha acabado de sair de um plantão e não tinha cabeça nem para chegar em casa direito, quem dirá ficar quase duas horas ouvindo pessoas falando. – reclamei e ele riu. – E aí, como você está? Você e a Victoria? –

- Estamos bem. Aumentando a família, não sei se a Lilly comentou com a Maddie e se a Maddie comentou com você! –

- Não, eu não soube! Meus parabéns! Já nasceu? –

- Ainda não, oito meses, mas já estou a postos e atento para qualquer sinal ir para o hospital. –

- Menina ou menino? –

- Não sei. – bufou colocando o canapé todo na boca. – Victoria quer que seja surpresa! –

- Meu Deus! Aja controle da ansiedade durante nove meses! –

- Tentei subornar o médico... Victoria descobriu, dormi no sofá por uma semana... – reclamou e eu me engasguei com o ponche que eu bebia. – Você está diferente sabia? Acho que essa é a segunda vez que te vejo rindo! O que houve? –

- Eu estou namorando! – falei simplesmente.

- E as garotas? –

- Maggie a ama, Melissa está começando a gosta dela, Kenzie está irredutível e a Maddie... Acho que hoje a Maddie resolveu começar a dar uma chance a ela. –

- É recente? – eu apenas assenti. – Dá tempo, aos poucos vão ver que elas vão se dar bem! –

- Espero eu. Porque eu estou completamente louco por essa mulher! –

- Planeja aumentar a família com ela? – perguntou e eu travei por uns segundos, eu ainda não tinha pensado nisso.

- Sinceramente, James, eu ainda não tinha pensado nisso! É bem recente ainda, e eu estou mais preocupado com as meninas se darem bem com ela. Mas eu gosto dela, de verdade, tanto quanto eu gostei de Tanya, então, no futuro, pode ser que sim! Se bem que, isso nem foi conversado com ela ainda, então... – dei de ombros.

Mal eu havia terminado de falar e mais uns dois pais, que eu não me lembrava dos nomes deles, mas eles haviam puxado assunto com James e comigo e eu permaneci na conversa, era uma das poucas vezes que eu conversava com gente de fora da família, e que não era sobre medicina.

Um tempo depois, a diretora da escola chamou as pessoas para uma valsa de pai e filha, e o DJ começou a tocar uma música calma e lenta. Os pais foram atrás de suas filhas e Maddie se aproximou de mim, nós estávamos no de vários pais, ela abraçava a minha cintura e eu tentava retribuir o abraço o máximo que eu conseguia, enquanto apenas nos mexíamos devagar de um lado para o outro no ritmo na música.

- Você está bem? – perguntei depois de uns minutos.

- Sim. Por quê? –

- Pensei que a conversa com a Bella possa ter mexido com você de alguma forma... –

- Eu estou bem. – respondeu simplesmente.

- E você está bem usando esse vestido? – ela levantou a cabeça, me encarando confusa, mas não afastou o rosto da minha barriga. – Sejamos sinceros, Maddie, você nunca gostou de usar vestidos ou saias, eu lembro muito bem de que desde que você era um bebê, você chiava quando alguém te vestia com vestido, saia ou colocava lacinhos na sua cabeça. –

- Eu não gosto todo dia, de vez em quando não tem problema nenhum! – deu de ombros abaixando a cabeça de novo. Eu abaixei um pouco a minha coluna, apenas para dar um beijo em sua cabeça. – Pai... – ela me chamou um tempo, um longo tempo, em silêncio.

- Fala. –

- O senhor quer se casar com a Bella? – perguntou de repente.

- De onde você tirou isso, Maddie? – perguntei, sem lhe responder.

- A Paige disse que o pai dela vai se casar com a nova namorada dele. – explicou. – E a Bella é a sua nova namorada. –

- Filha, não é só porque o pai de uma amiga sua vai se casar de novo, que todos os outros vão também. – respondi.

- Então o senhor não vai se casar com ela? – insistiu.

- Maddie, olha para mim. – eu parei na pista de dança, e afastei um pouco de mim, e me agachei um pouco para que pudesse olhar em seus olhos. – O meu relacionamento com a Bella é recente, e do mesmo jeito que ele pode durar anos, ele pode acabar amanhã. Eu gosto dela, muito, de verdade, mas hoje eu não posso dizer se eu vou ou não me casar com ela. –

- Mas o senhor quer? – insistiu de novo.

- Isso te incomoda? Por quê? – ela não respondeu, apenas abaixou os olhos. – Maddie, se você está pensando que a Bella vai ser como as madrastas dos filmes da Disney, que você assiste com as suas irmãs, ou então, que ela vai ser igual as namoradas ou madrastas dos pais das suas amigas, que de alguma forma não são boas para elas... A Bella não é assim! Ela é um amor de pessoa, e eu sei e posso garantir que caso eu me case com ela, ela não vai mudar. Ela é, acredito eu, a única pessoa, fora da nossa família, em que eu coloco a mão no fogo sem pensar duas vezes. –

- O senhor ainda não respondeu a minha pergunta. – acusou.

- Hoje eu não posso te dizer se quero me casar com ela ou não! Como eu disse, é recente, e do mesmo jeito que vocês e ela estão se conhecendo, eu e ela também estamos. Mas eu gosto dela, eu já disse, muito, então, no futuro, pode ser que sim. No futuro pode ser que eu queira me casar e aumentar a família com ela. Só que isso só vai acontecer se vocês se derem bem, porque eu não vou obrigar a vocês a viverem com quem não gostam, e eu tampouco vou obriga-la a viver com quem não gosta dela. –

- Eu ouvi o senhor falar para o vovô uma vez que ela te faz bem! –

- É faz! – admiti. – É a primeira vez, desde que a sua mãe faleceu, em que eu me sinto cem por cento bem. Mas seria egoísmo da minha parte eu obrigar a ela a viver em um ambiente ruim para ela, ou obrigar a vocês a viverem em um ambiente ruim para vocês! – respondi e afaguei a sua bochecha. – E é por isso que eu insisto e muito para que vocês se abram um pouco e deem uma chance a ela, porque eu sei, que do mesmo jeito que ela me cativou e me encantou, e fez o mesmo com a Maggie, e está fazendo o mesmo com a Mel, eu sei que ela vai fazer o mesmo com você e com a Kenzie. – ela não falou mais nada. – Então, eu quero pedir um favor. E como você é a líder da gangue... – ela riu. – Quero que me ajude a convencer, principalmente a Kenzie. –

- Fala. –

- Como você já sabe, eu vou passar umas duas semanas viajando com a Bella, enquanto vocês três vão para o acampamento de verão. – ela assentiu. – Quando eu voltar, a Bella sugeriu que eu saísse de férias só com vocês quatro, mas eu queria que ela fosse junto, ou podemos passar uma semana só nós cinco e depois uns dias com ela. Pode fazer isso por mim? Principalmente depois do que ela fez ontem e hoje por você? – ela não respondeu, e apenas assentiu de novo. – Convence o resto da gangue? – ela assentiu rindo. – Ótimo. –

Eu me levantei e puxei ela para um abraço de novo e terminamos a quinta música colocada para a valsa entre pai e filha. Nós deixamos o ginásio um pouco antes do final da festa, e passamos em uma pizzaria antes de voltar para casa. Eu mandei mensagem a Bella, perguntando se estava tudo bem e se ela queria que eu levasse pizza para as meninas, e ela me informou que todo mundo já tinha comido e que Maggie e Mel já estavam dormindo, Kenzie era a única que ainda não tinha ido dormir, e que também não havia terminado de arrumar a mala.

Nós terminamos de comer e após eu pagar a conta, Maddie pediu um sorvete, e eu comprei para ela, e outro para a Bella, e ela foi comendo enquanto eu ia dirigindo para casa. Quando eu parei o carro na frente de casa, perto do carro da Bella, eu vi que a casa estava toda escura, com uma luz fraca vindo da sala. Saímos do carro e entramos em casa, a luz que eu via pela janela, era a luz da televisão, que estava ligada em um algum desenho e o som estava baixo. Os cães estavam deitados no tapete da sala, eles apenas levantaram a cabeça para ver quem tinha entrado, e voltaram a dormir.

- Oi... – a voz de Bella veio da escada, e ela usava a lanterna do celular para iluminar os degraus, e não acaba caindo. – Se divertiram? –

- Sim. – Maddie respondeu, quando Bella parou a nossa frente e guardou o telefone.

- Que bom! – Bella afagou a bochecha de Bella, um simples ato que me fez sorrir.

- Papai eu vou dormir! –

- Tudo bem, minha filha. – eu peguei o potinho de sorvete vazio dela, para jogar no lixo e ela ficou na ponta dos pés para me dar um beijo na bochecha. – Durma bem, meu amor. –

- Até amanhã papai. – eu beijei a sua bochecha. – Até amanhã Bella. – ela falou, deixando, não apenas a Bella, mas a mim também, surpresos.

- Até amanhã Maddie. – ela subiu as escadas e Bella só voltou a falar quando ouvimos a porta do quarto se fechando. – O que foi isso? Você a comprou com sorvete? –

- Não! Na verdade, não! – admiti. – Mas... Eu trouxe isso aqui para você. – eu entreguei o potinho de sorvete. –

- Oh sorvete! – ela pegou o pote, o abrindo. – Muito obrigada, mas eu preferia chupar outra coisa! – comentou levando uma colherada, que veio junto com o potinho, a boca.

- Quando você acabar, quem vai te impedir?! – provocou e ela balançou a cabeça rindo. – E como as meninas se comportaram? – perguntei colocando o potinho vazio em cima do aparador, atrás do sofá, e estiquei a mão a Bella, a puxando para a minha poltrona.

- Relativamente tranquilo. – respondeu se sentando em meu colo.

- Como assim relativamente? – questionei quando ela levou uma colherada do sorvete de chocolate até a minha boca.

- Kenzie foi a mais difícil. – admitiu. – Se eu pedisse para ela fazer alguma coisa, ela não fazia ou fazia totalmente o oposto do que eu havia pedido. – deu de ombros. – Ela não arrumou as coisas dela, quando as mais novas foram dormir, ela não quis ir... Na verdade ela dormiu não tem nem dez minutos, eu estava sentada aqui no tapete brincando com os cachorros e quando vi ela tinha dormido e eu a coloquei na cama. – eu suspirei encostando a cabeça no encosto da poltrona.

- Adiantou alguma coisa eu ter pedido para ela te obedecer? –

- É uma criança, Edward. Pelo menos ela não tacou fogo na casa! – Bella brincou e eu apenas suspirei de novo. – Isso não importa no momento, você não vai acorda-la para brigar com ela ou manda-la arrumar as coisas... –

- Deveria, não? Eu super deveria acorda-la e fazê-la arrumar as coisas, mas isso implicaria em acordar as outras três, mas pode ter certeza que eu vou acorda-la amanhã cedo e faze-la arrumar as coisas. –

- E como foi a festa? – ela mudou de assunto levando mais uma colherada de sorvete a boca.

- Bom. Tranquilo... Quer dizer, relativamente tranquilo. – ela apenas levantou uma das sobrancelhas. – Eu não sei ao certo o motivo, mas o pai de uma amiga da Maddie me perguntou, depois de saber que eu estava em um relacionamento, se eu pensava em aumentar a família com você. – ela me encarou confusa com a colher de sorvete na boca. – E um tempo depois, a Maddie veio me perguntar se eu ia me casar com você! –

- Do nada? –

- Na verdade ela disse que uma amiga dela contou que o pai iria se casar com a nova namorada, e ela pensou que eu fosse fazer o mesmo. –

- E qual foi a sua resposta? – perguntou deslizando a colher pelo sorvete, e encarando o mesmo.

- Respondi a verdade. –

- Que é? – insistiu.

- Que é um relacionamento recente, e que se no futuro, vocês cinco se derem bem, e obviamente se você concordar, sim eu iria querer me casar e aumentar a família com você! – respondi sinceramente e ela me olhou com o canto dos olhos.

- Se nós cinco nos dermos bem? –

- Eu te amo, Bella, mas eu não vou te obrigar a conviver com quem não gosta de você, do mesmo jeito que eu não vou obriga-las a conviver com quem elas não gostam. Seria egoísmo meu! Eu vou fazer o máximo que eu conseguir, o possível e o impossível, para vocês se darem bem, quer dizer, para elas se darem bem com você, mas se eu ver que chegou em um ponto em que não adianta fazer mais nada... Eu não vou prender, nem você e nem elas em uma família quebrada. – ela não falou nada, apenas aproximou a cabeça da minha e beijou-me a bochecha com os lábios gelados e levemente melados do sorvete.

- Eu te amo! – falou baixo e roçando a ponta do nariz ao meu.

- Eu te amo! – eu beijei os seus lábios. – Acabou? – perguntei apontando com a cabeça para o potinho de sorvete em minhas mãos.

- Por quê? –

- Porque, se a minha memória não me falha, alguém aqui disse que queria chupar outra coisa! –

- Acabei. – ela colocou o potinho na mesinha de canto ao lado da poltrona e se sentou em meu colo, de frente para mim, com uma perna de cada lado do meu corpo. – E o senhor quer ser chupado aqui ou no quarto? – perguntou com a voz baixa e levemente rouca.

- Melhor no quarto, vai que alguém acorda. –

- Então tranca a casa e sobe. Eu vou te esperar lá em cima. – ela falou me dando um beijo e se levantando do meu colo, esticando as mãos para mim, eu as segurei e ela me puxou, para que eu me levantasse do sofá.

Eu soltei as suas mãos, e a puxei pela cintura, e uni nossos lábios em um beijo apressado e lascivo. Ela levou as mãos até a minha nuca e eu desci as minhas da sua cintura até a sua bunda, apertando-a com as duas mãos com vontade e força, fazendo-a soltar um gemido contra a minha boca. Quando o beijo foi interrompido, eu pedi para ela me esperar no quarto e deu uma bofetada em sua bunda e ela subiu. Levei os dois potes vazios até o lixo da cozinha e verifiquei rapidamente se a casa toda estava trancada, e fui subindo para o meu quarto, já me livrando da minha gravata e do paletó. Ao entrar no mesmo, Bella já me esperava lá dentro, e com os cabelos presos em um coque alto, eu joguei a minha gravata e o paletó em cima da penteadeira, e subi em cima da cama, me livrando de meus sapatos. Mal as costas da Bella encostaram no colchão, comigo deitando em cima dela, e os nossos lábios se encontraram em um beijo apressado, e as suas mãos foram para o botão da minha calça, abrindo-a e começando a abaixa-la.

...

Ao despertar no dia seguinte, com o som do despertador, eu ainda estava na cama com Isabella, ambos nus e eu a abraçava, enquanto tinha o meu rosto escondido em seus cabelos. Eu me afastei dela, apenas o necessário para desativar o despertador e ver o horário, ainda eram seis da manhã, mas eu tinha que acordar as garotas para irmos logo para o acampamento, o horário de entrada era até as nove, e ele ficava a um pouco mais de uma hora e meia de viagem. Além de terminar de arrumar as coisas e verificar o carro antes da viagem com a Bella daqui a dois dias.

- Vai dormir, Edward. – mandou ela quando eu a acordei.

- Está na hora de levantar, daqui a pouco temos que sair! – respondi puxando o seu corpo nu para mais perto do meu. Ela se virou de frente para mim e eu beijei os seus lábios.

- Está cedo. – reclamou com os olhos ainda fechados.

- Eu sei, mas elas têm que entrar até as nove no acampamento! – respondi deslizando a ponta de meus dedos pelo seu rosto.

- Se não quer que eu volte a dormir, eu sugiro que pare! – eu tirei a mão de seu rosto, e passei o meu braço pela sua cintura, a abraçando e beijando a sua testa. – Bom dia, meu amor. – ela abriu os olhos.

- Bom dia. – eu dei um beijo em seus lábios.

- Vai tomando um banho e se vestindo que eu vou acordar as meninas e preparar o café. –

- Tá bom. – falou a voz baixinha de sono, eu beijei os seus lábios de novo e me levantei da cama.

Eu deixei-a deitada na cama mais um tempinho, enquanto eu tomava um banho e colocava uma roupa qualquer, depois eu me trocaria. Depois de pronto, eu fui direto ao quarto das meninas, eu só iria acordar uma primeiro, e obviamente a primeira a ser acordada seria a Kenzie, por que eu acordaria todas as outras três tão cedo assim, se elas já estavam com tudo pronto?

- Que foi papai? – perguntou com a voz grogue de sono e coçando os olhos.

- Levanta e arruma as suas coisas, que eu mandei você arrumar ontem. – mandei.

- Mas está cedo, papai. – reclamou, se sentando na cama.

- Fizesse o que eu mandei ontem, que você iria dormir mais um pouco. Agora levanta e arruma as suas coisas sem acordar as suas irmãs. Anda, antes que você fique na casa de seus avós com a Maggie. – falei firme.

Quando ela levantou da cama, eu deixei o quarto indo para a cozinha para fazer o café da manhã. Mal eu havia colocado o café para fazer e senti alguém abraçando a minha cintura e dando um beijo em meu ombro. Eu me virei de frente para a Bella e de costas para o balcão e segurei delicadamente o seu rosto entre as minhas mãos e beijei os seus lábios.

O beijo era lento e calmo, não tinha motivo para pressa. As nossas línguas se enroscavam uma na outra, em uma dança viciante e apaixonante. Quando os nossos pulmões começaram a implorar pelo oxigênio, eu interrompi o beijo, perdendo o seu lábio inferior entre os meus dentes, antes de solta-lo.

- Agora sim, bom dia! – eu sorri para ela.

- Bom dia. – repeti roçando meu nariz ao dela e dando mais um beijo em seus lábios.

Bella me ajudou a adiantar o café da manhã, e cerca de meia hora depois que tínhamos levantado e acordado a Kenzie, eu pedi para que Bella acordasse as outras meninas, enquanto eu terminava de preparar o café da manhã e de colocar a mesa. Já eram quase sete horas e elas ainda não tinham descido, a mesa já estava posta e o café todo pronto. Eu fui subir as escadas para apressar as garotas e pegar as suas bolsas, mas ao me aproximar da escada, Bella estava descendo com Maggie, trocada, e completamente sonolenta em seu colo.

Ela colocou Maggie no sofá, e eu liguei a televisão para ela, enquanto ela me informava que todas já estavam se arrumando, e com as bolsas prontas, incluindo da senhorita Mackenzie. Bella subiu comigo de novo, e me ajudou a descer as bolsas das garotas, e Kenzie e Melissa desceram junto comigo, e eu falei para as duas irem direto para a cozinha. Eu organizei as bolsas de viagem das três no porta malas e a mochilinha da Maggie, já que provavelmente iriamos passar uma boa parte do dia fora. E assim que voltamos para dentro de casa, Maddie também já tinha descido, Maggie estava quase dormindo deitada no sofá, e eu a despertei de novo para que pudesse comer alguma coisa, ela iria ter uma longa viagem pela frente e poderia dormir a vontade. Depois do café da manhã, e da sujeira estar limpa, eu falei para as garotas irem se ajeitando no carro enquanto eu me trocava rápido.

Ao voltar para o carro, Maggie já estava presa na cadeirinha e já estava dormindo, abraçada com um ursinho de pelúcia que Bella tinha dado a ela certa vez, e Melissa estava em seu assento de elevação ao lado da mais nova, em uma das janelas, e na outra estava Mackenzie. No terceiro banco, devido ao carro de sete lugares, Maddie deitava, com a cabeça em sua mochila e eu via que ao seu lado tinha um livro, o mesmo que Bella havia comprado quando foram atrás do vestido para o baile de pais e filhas.

Como Bella iria conosco, ela viria no banco do carona.  Eu já havia checado se a casa estava toda trancada, portanto era só ir embora, e torcer para não ter nada atrapalhando a rota que faríamos, porque caso contrário, iriamos nos atrasar e muito. Bella se sentou no banco do carona, colocando a sua mochila embaixo do banco e deixando o telefone no colo e eu entrei no banco do motorista, e enquanto Bella ia colocando o endereço no GPS eu ia deixando a garagem, indo em direção ao norte.