domingo, 23 de julho de 2017

Capitulo Dez: Barbie Puta

Pov. Bella.
Toronto – Canadá.

Bom, Tanya não estava de Barbie Puta, estava apenas de Puta. Ela escuta a palavra limites e ri. Ela escuta a frase festa da empresa e caga em cima. Era ridículo em como os homens, até os que estavam com as esposas, não tiravam os olhos dela, e não que eu quisesse reparar, mas eu vi alguns homens ficarem excitados vendo a entrando. Bom, eu não sei o é mais ridículo: eles ficando duros, olhando para outra mulher, com as esposas do lado, ou a roupa dela. Ainda bem que não permitiram a entra de crianças.

Tanya usava um maiô preto, sem alças, que ressaltavam e muito os seus seios. Meia calça arrastão que iam até o meio de suas coxas, gravata borboleta, luvas que iam até um pouco acima dos cotovelos, saltos altos pretos, orelhas pontudas e um rabo felpudo. Ela era um coelho da playboy.



- Pelo menos ela podia usar uma saia, ninguém precisa ver o maiô enfiado no cu dela, tanto que se ela se abaixar, eu vejo até o útero e quem sabe o intestino. Talvez se ela se abaixar e abrir a boca eu posso ver o que está de frente para ela. –

- Isabella. – Ângela me chamou e eu a encarei.

- Me diga que eu não falei isso em voz alta. –

- Falou. – merda. – Concordo plenamente. –

- O que está todo mundo olhando? – Edward apareceu do meu lado me entregando um copo vermelho.

- A Barbie Puta. – respondi.

- Barbie? –

- Quer dizer. A Coelha Puta. – respondi e ele me encarou mais confusa ainda e eu apenas apontei com a cabeça para a porta.

- Infelizmente essa mulher é a mãe da minha filha. – comentou virando o copo de cerveja.

- Edward, querido. – ela se aproximou de nós sorrindo. Será que seu eu chama-la de Puta, ela pode se ofender e me processar? – Olha como vocês estão fofos. Peter Pan e Wendy. – falsa. – Lembra-se daquele ano que nos fantasiamos de policial e prisioneira? – perguntou e Ângela saiu de fininho e eu quase fiz o mesmo. - Eu me lembro de que a festa acabou comigo algemada a cama e... –

- Cala a boca, Tanya. – ele a cortou de uma única vez, e eu virei o copo que ele havia me dado, torcendo para ele ter confundido os copos e me dado algo alcoólico, mas não, era apenas soda. – Que porra de roupa é essa? –

- Não se lembra dela? – perguntou meio ofendida. – Eu a usei para você no seu aniversario de vinte e oito anos. – respirei fundo. – É, eu me esqueci. É claro que você não poderia se lembrar, já que eu mal a pus e você a arrancou de mim. E sinceramente eu estou bem surpresa por depois de quatro elas e uma gravidez ela ainda servir em mim. Não é todo mundo que depois de ter um filho, fica com o mesmo corpo de antes, não acha que está à mesma coisa? – perguntou dando uma volta com a bunda mais empinada possível.

- Com licença. – joguei o meu copo vazio dentro do de Edward e me afastei indo para o outro lado do salão. Essa mulher consegue levar a palavra puta a outro patamar. Pelo menos ela poderia disfarçar.

- Que foi? Cansou de ouvir aquela mulher falar das aventuras sexuais? – Ângela perguntou quando eu parei do lado dela.

- Eu me pergunto como alguém aguenta ficar com uma mulher daquelas. –

- Ela é gostosa. – ergui os olhos a encarando e ela bebia a cerveja normalmente. – Eu pegaria se não fosse tão fútil e puta. – ela me encarou. – Não se preocupe, Edward não está mais com ela, ele está com você, não tem com o que se preocupar. –

- Claro que não. A ex dele é a porra de uma loira, peituda e bonitona, típico da Victoria Secrets, qualquer homem iria querer ter algo com ela, mas por algum motivo ele escolheu a mim. –

- Se isso serve de consolo. Se eu pudesse escolher entre pegar a puta bonitona ala Victoria Secrets ou pegar você, eu pegaria você. Já ouviu falar que as santinhas são as piores? –

- Você não acabou de me cantar, ou cantou? –

- Se estivesse solteira e quisesse experimentar, sim, isso serviria de cantada. –

- Nunca iria imaginar que você gosta de mulheres. Você tem cara de ser bem certinha, mas certinha do que eu. –

- Foi o que eu acabei de dizer as santinhas são as piores. – ela bebeu outro gole de cerveja. – Mas eu nunca contei a ninguém, a ninguém daqui do escritório. Sabe como esse povo é. Se souber que você gosta de mulher e algum comentário ou elogio fora de hora já acha que esta dando em cima. – ela ficou me encarando por um tempinho. – Bella, ele terminou com ela e já deixou mais do claro que não quer nada com ela, não fique assim. Ele é seu. – disse esbarrando o ombro no meu.

- Posso ser bem sincera com você? – assentiu. – O meu filho não é do Edward. – ela se engasgou com a cerveja. – É do meu ex-namorado, que me traia com a ex-namorada. Eu encontrei com o Edward no dia que pensei em abortar o meu bebê, ele conversou comigo e me fez mudar de ideia e vem dizendo que o filho é dele e eu estou deixando. – dei de ombros. – Estou gostando de tê-lo como pai do meu bebe, mesmo que adotado. –

- Nunca fez nada com ele? Nunca transou com o Edward? –

- Já. – respondi. – Mas recentemente, nós nos aproximamos mesmo depois da minha gravidez. – expliquei. – E quando Tanya soube que o bebê é dele, tentou fazer com que Aro me demitisse. –

- Puta. Odeio essas putas que não aceitam que perdeu o macho. – brincou e eu ri. – Mas serio, estou surpresa por, biologicamente, esse filho não ser dele. Realmente parecia que vocês tinham um caso, o jeito que ele olhava e olha para você. –

- Ele é um amor. –

- Sente algo por ele? Tipo, sem ser gratidão pelo que ele está fazendo e tal? –

- Não sei. – passei a mão pelo rosto. – Sinceramente eu não sei. Está tudo muito confuso, e com a gravidez estão fica tudo mais confuso ainda. –

- Mas você transou com ele. –

- Só sexo. – dei de ombros.

- Nunca é só sexo. – alertou.

- Mas eu não sei o que é para ele. – expliquei e dei de ombros. – Eu tenho que ir ao banheiro. Estou indo no banheiro toda hora. – comentei e ela riu enquanto eu caminhava para lá.

Eu estava terminando de ajeitar o meu vestido, para poder deixar a cabine quando ouvi a porta do banheiro abrindo e duas mulheres conversando. Uma eu reconheci como sendo Jessica e a outra falava tão pouco que era quase difícil identifica-la pela voz.

- Você viu a roupa que ela está usando? –

- É muito vulgar. –

- Pode até ser vulgar, mas se eu tivesse um corpo daquele eu também usaria. – Jessica comentou rindo. – Uma coisa que eu não consigo entender é o que se passa na cabeça de Edward. – parei de ajeitar o meu vestido e prestei atenção a conversa. – Sinceramente, como é que ele larga uma mulherona daquelas para ficar com a sem graça e sem sal da Isabella. –

- Isso tem nome. – a outra disse.

- Se chama gravidez. Com certeza ela arrumou essa gravidez para segurar ele e quer saber mais... – eu queria saber mais, mas elas deixaram o banheiro e eu não pude ouvir mais nada.

Encostei a testa na porta da cabine, eu disse para ele que isso iria acontecer. Que elas ficariam falando de mim e consequentemente do meu filho. E claro que eu estava dando o golpe da barriga em Edward, porque, para elas, não tinha motivo para ele ficar comigo, sem ser isso. Senti algo quente escorrendo pelo meu rosto, levei minha mão até lá e foi quando notei que estava chorando, e no fundo eu sentia que dessa vez não era devido aos hormônios.

Sai da cabine antes que mais alguém entrasse e eu escutasse coisas piores, lavei meu rosto, engolindo o choro e deixando o banheiro. eu não pretendia ficar aqui nem mais um minuto, queria minha casa. Alias, porque eu aceitei vir para um lugar onde mais da metade das pessoas presentes não vão com a minha cara e acham que eu estou enganando meu chefe?

- Bella. – me virei ao ouvir a voz de Edward.

- Oi. –

- Onde estava? Estou te procurando há um tempo. –

- Bom, me perdoe se eu não quis ficar ouvindo as aventuras sexuais de Tanya. – reclamei. – Eu fui ficar com a Ângela e depois fui ao banheiro. – expliquei.

- Que você estava com a Ângela eu sabia, e ela disse que você tinha ido ao banheiro e do nada você sumiu. –

- Ah eu demorei porque estava ouvindo o povo fofocando sobre mim. – ele me encarou.

- Falando o que? – perguntou nervoso.

- Nada, Edward. – suspirei. – Eu quero ir embora. Eu nem devia ter vindo. – me virei e sai andando para a porta, enquanto caminhava para a saída, vi que muita gente, ou melhor, quase todo mundo, estava parado olhando para a pista de dança, e eu olhei para lá. Tanya estava no meio da pista de dança, dançando  e rebolando aquele rabo, e eu não me referia ao da fantasia.


- Hey, hey, hey... Bella. – Edward veio atrás de mim e me puxou pelo braço devagar, antes que eu conseguisse chegar até a porta. – Vai para onde? –

- Para casa. – disse como se fosse a coisa obvia, empurrei a porta que dava para a rua e que caia uma chuva muito forte. – Eu quero ir para casa. –

- Está sentindo alguma coisa? – perguntou.

- Não, eu estou apenas cansada. Quero colocar a roupa mais larga e confortável que encontrar deitar no sofá e comer o maior pote de sorvete do mundo. – reclamei. – Eu só quero ficar em quieta, em paz e sozinha. – fiz o sinal para um taxi que passava. – Eu só quero um dia sem todo mundo em cima de mim, me vigiando só porque eu estou grávida. Só um dia sem ter que aturar e ver a Tanya. Só um dia onde eu não tenha que fazer absolutamente nada. Só um dia. Não é pedir muito. – entrei no táxi antes que eu me molhasse mais ainda e dei o endereço da minha rua.

Uma hora depois eu cheguei a casa, deixei o taxista esperando por dois minutos, enquanto pegava o dinheiro no meu quarto. Após pagá-lo e ele ir embora, tirei aquela roupa molhada e tomei um longo banho quente e colocando o pijama de moletom e voltando para o andar de baixo. A casa ainda estava vazia, minha mãe e Phil não chegariam tão cedo, caminhei para a cozinha, abrindo o freezer e pegando meu pote de sorvete de flocos. Eu era a única nessa casa que comia sorvete de flocos, mas ele parecia bem mais leve desde a ultima vez que o comi. O abri e vi que o pote estava vazio, com um pequeno bilhete dobrado, peguei-o para ler.

Desculpa querida, mas de repente me deu uma vontade louca de comer sorvete de flocos, se preocupa não que a mamãe compra outro. Te amo, mamãe.

- Poderia comer e jogar o pote fora e comprar outro, assim eu nunca iria saber. – resmunguei para o bilhete e joguei os dois fora. – Incrível como me deu uma vontade louca de comer o sorvete napolitano da mamãe. – falei alto para mim mesma pegando o pote dela e a colher, e antes que pudesse ir para a sala, com o sorvete e um saco de M&M’s, abri o pote para ver se tinha sorvete dentro. E tinha.

Fui para a sala ligando a televisão e zapeando os canais. Estava passando o filme do chamado na televisão, e bom, ainda era halloween, então ainda dava para resgatar um pouco da minha tradição. Rasguei o pacote de M&M’s e joguei dentro do sorvete e comecei a comer, prestando atenção no filme.

Meus olhos queriam prestar atenção no filme, mas minha cabeça não deixava. Eu sabia que havia pegado um pouco pesado demais com o Edward, espera... Eu disse um pouco? Não, muito, muito pesado com ele, mas também ele não ouviu o que eu ouvi, e se eu reclamasse com ele o que eu havia ouvido e ele fosse tirar satisfação seria pior ainda.

Era incrível como Tanya conseguira destruir a minha vida em menos de um mês de trabalho. Provavelmente se Edward não tivesse praticamente esfregado na cara dela que o filho era dele, ela não iria saber que eu estou grávida e não teria falado para o Aro e espalhado por todo o escritório. Ótimo, todos acham agora que eu estou dando o golpe na barriga de Edward, que ele só não me dá o pé na bunda porque é um homem bom, e que provavelmente está comigo por pena. Ótimo. Obrigada Tanya. Se eu soubesse que ela iria causar toda essa fofoca para mim, eu teria me demitido sem pensar duas vezes.

Minha mente e meu coração me mandavam pegar o telefone e ligar ou no mínimo mandar uma mensagem para ele, tranquilizando ou pedindo desculpas se por acaso, quer dizer, com certeza, eu o magoei. E emendar a mensagem com que deveríamos acabar de uma vez com tudo que tínhamos se é que tínhamos alguma coisa. E sinceramente eu estava pensando em me demitir, eu tinha que acabar com isso, antes que isso tudo fizesse mal a mim e principalmente ao meu bebê.

Eu havia comido o sorvete todo e todos os M&M’s, coloquei o pote vazio na mesinha de centro e me deitei no sofá, apoiando minha cabeça em uma almofada apoiada no braço do sofá e me cobrindo com a manta que tinha ali perto e continuei tentando prestar atenção ao filme, mas pelo visto perto do final do filme eu acabei dormindo.

(...)

- Bella. – ouvi alguém me chamando e balançando meu braço. – Bella... Bella... Acorde. – me ajeitei no sofá, coçando os olhos e os abrindo, vendo um rosto completamente branco, com lábios vermelhos, meio borrados e uma longa cabeleira negra.

- Aaaa. – gritei assim que abri os olhos e caindo do sofá. Eu não vi a fita, não precisar vir me buscar Samara.

- Sou eu minha filha. – minha mãe disse tirando a peruca do cabeça e revelando o cabelo loiro preso.

- Porra mãe, vá assustar outra. – reclamei tentando respirar fundo e me acalmar.

- Desculpa. – ela riu. – Está tudo bem? – perguntou estendendo a mão.

- Estou. – eu me levantei, me sentando ao seu lado. – Que horas são? –

- Duas da manhã. – respondeu tirando os sapatos. – Achei que fosse chegar a casa e ver você transando com o Edward, ou que você fosse para a casa dele, ou algo do tipo. –

- Eu deixei o Edward na festa e vim embora. – me deitei de lado no sofá.

- Por quê? –

- Me irritaram. – respondeu.

- Quem? – ela puxou a saia do vestido até os joelhos e deitou no sofá, ao meu lado de frente para mim, o que fez com que eu me encolhesse mais ainda no sofá.

- Aquela gente insuportável do escritório. – falei deitando a cabeça em seu ombro. – Primeiro Tanya... –

- Para de se importar com essa mulher. – ela ralhou comigo.

- Me deixe terminar. – pedi e ela ficou quieta. – Primeiro Tanya chegou à festa, usando nada mais do um maiô praticamente enfiando no rabo, depois, na minha frente, ficou perguntando para o Edward se ele se lembrava do ultimo halloween dos dois, onde os dois usaram uma fantasia de policial e prisioneira que acabou com eles na cama e ela algemada. –

- Não é grande coisa, eu também já usei algemas com o Phil, mas no caso quem estava algemado era o Phil. –

- Mãe, para. – dei uma tapa na minha testa antes que a mesma começasse a imaginar aquilo.

- Desculpa. –

- Ai ela ainda emendou que no aniversario de vinte e oito anos dele, ela usou a fantasia de coelhinha, a mesma que ela estava usando hoje, mas que ela entendia o fato de Edward não se lembrar bem porque mal ela apareceu com a fantasia e ele arrancou dela, e terminou com um belo: A verdade é que eu estou bem surpresa já que depois de quatro anos a roupa ainda ter servido em mim, mesmo depois de uma gravidez eu tenha o mesmo o corpo, não acha? E esse não acha, foi ainda dando uma volta com a bunda empinada. –

- Vadia. –

- Ai depois eu fui ao banheiro e fiquei ouvindo que não entendiam como ele havia largado uma mulher daquelas e ficado comigo, a sem sal e sem graça da Isabella. E que eu estava dando o golpe da barriga em Edward e que ele não me dava um pé na bunda porque era um homem bom. –

- Vadias. –

- Tomo mundo naquela empresa acha que eu estou dando o golpe no Edward. E eu acabei surtando e fiquei muito puta e acabei descontando em Edward, reclamando que ninguém me deixava em paz por causa da gravidez e que eu precisava de pelo menos um dia inteiro sem ninguém no meu pé, perguntando como eu estou. Que eu queria um dia inteiro, só um dia, com roupas largas, vendo tevê e comendo sorvete. Então eu entrei no taxi e vim embora. –

- Não falou mais com ele? – neguei passando os dedos por debaixo dos olhos.

- Eu vou terminar com ele. –

- O que? –

- Essa coisa que nós estamos tendo, se é que estamos tendo algo. Até porque isso não passa de sexo. –

- É só sexo para você? –

- Eu não sei. – escondi o rosto no seu pescoço. – Eu só quero que parem. – pedi e foi quando percebi que estava me acabando em lágrimas. – Por que eu sempre tenho que ser a pessoa que todo mundo fala pelas costas? É assim desde o ensino fundamental. – ela me abraçou mais forte. – Antes eu era a garota que não tinha pai. E agora eu sou a mulher que está dando o golpe da barriga em alguém e que fora isso não tem motivos para ficar comigo, além do bebê e da pena. –

- Calma meu amor. - pediu mexendo em meu cabelo. – Elas são umas idiotas. Amanhã nós vamos ao shopping para você dar uma relaxada. –

- Não mamãe. – disse fungando. – Eu só quero ficar o dia inteiro amanhã sozinha. Eu quero um tempinho apenas para mim. Eu sei que é um pouco egoísta com todo mundo, principalmente com o Edward que está do meu lado desde o primeiro dia, praticamente, mas... –

- Mas você tem o direito de ser egoísta nessa situação. Não se preocupe. – ela deu um beijo em minha testa.

- E assim que eu voltar para o trabalho, eu vou acabar tudo com o Edward e me demitir. A melhor coisa que eu posso fazer para mim e para o meu bebê é ficar longe daquele lugar. E por mais que doa, vou pedir por Edward parar de falar que o filho é dele e vou me afastar. Eu não posso e não vou ficar no meio do fogo cruzado dos dois, não posso.  –

Minha mãe não falou mais nada, apenas continuou me abraçando e me acalmando. Já era por volta das três da manhã quando eu fiquei mais calma e fui para o meu quarto e ela para o dela. Eu deitei na cama e peguei meu telefone, sem nenhuma mensagem ou ligação perdida de Edward, provavelmente eu o irritei e ele não queria mais falar comigo. Por mais que eu houvesse pedido para ficar sozinha, uma parte de mim queria que ele, pelo menos ligasse, mas não, nada, nenhuma ligação ou mensagem. Coloquei o telefone para carregar e tratei de ir dormir.

(...)

No dia seguinte, a primeira coisa que eu fiz quando acordei foi pegar o telefone e olhar se tinha alguma ligação e não, nada. Levantei-me da cama e mesmo sabendo que hoje não teria trabalho eu fiz a mesma rotina de sempre. Tomar banho, comer e vomitar. Eu tomei um banho e coloquei outra roupa, pus uma calça branca com estampa de cachorro quente, uma camisa branca, junto com um casaco de crochê rosa e longo, prendi meus cabelos em um coque de deixei o quarto.


A casa toda estava vazia, provavelmente Phil e minha mãe estavam no trabalho, e o lado bom era que eu teria a casa toda só para mim, eu só não sabia dizer se isso era realmente bom ou não. Quando eu desci já era por volta das duas da tarde, eu havia dormido muito, muito mais do que esperava, portanto obviamente eu pulei o café da manha e tratei de ir almoçar e comi enquanto assistia a algum programa idiota na televisão.

Eu havia tido o que havia pedido: Um dia inteiro sozinha, sem ninguém no meu pé, sem ligações, um dia inteiro apenas eu, um pote de sorvete e televisão, e foi o que eu tive, só não achei que fossem levar a serio, pelo menos não tão a serio. Tinha sido mais do que bom ficar em casa todo o dia sozinha, claro que no fundo eu sentia um vazio por estar só, mas no geral fora bom, eu deveria pedir por isso mais vezes.

Quando a noite chegou, eu ainda estava sozinha, e aproveitei desse tempo para escrever a minha carta de demissão, bom, no final, Tanya havia vencido, porém eu preferia me render no jogo o qual eu não tinha a menor chance de jogar, a no final eu sair machucada, só que dessa vez não seria apenas eu que sairia machucada, mas meu bebê também, e que tipo de mãe eu seria que permitisse que isso ocorresse? 

Tanya não iria medir esforços para, sabe-se lá o que ela quer, se ela quer o Edward de volta ou se só quer atormentar, mas ela não mediria esforços para conseguir isso, portanto a decisão mais sábia é eu me afastar. Foi difícil é um tanto quanto que doloroso escrever essa carta de demissão, mas eu havia conseguido fazer, e por volta das onze da noite, ela estava pronta, assinada, dobrada e guardada dentro de um envelope na minha bolsa.

(...)

No dia seguinte eu acordei decidida a continuar com o plano de acabar com tudo, por mais que doesse. Levantei-me da cama seguindo minha rotina, de antes mesmo, por os pés para fora da cama, comer um quadradinho de chocolate para evitar o enjoo, mas sempre antes de eu ir embora, ele vinha, parecia que tinha hora. Tomei um banho, colocando uma blusa de mangas compridas cinza e uma calça larga, sem botão ou fecho, mas uma fita em volta da cintura onde dava para regular, eu tinha que agradecer minha mãe por ter trazido esta calça para mim onde quando a mesma fora dar uma volta no shopping com Phil, e para completar um par de saltos pretos, penteei meu cabelo e desci as escadas, encontrando apenas Phil na cozinha.



- Bom dia. – disse colocando minha bolsa em cima do banco e caminhando até a geladeira.

- Bom dia Bella. –

- Cadê a minha mãe? – perguntei colocando algumas fatias de pão na torradeira.

- Não sei. Disse que tinha que resolver umas coisas antes de ir para o trabalho. – dei de ombros bebendo um gole do seu café. – Como está? – perguntou quando as torradas pularam da torradeira e eu comecei a passar geleia de amendoim nelas.

- Ótima. – respondi mordendo a torrada.

- Sua mãe me contou que você está pensando em se demitir. –

- É temporário. –

- Eu sei disso, mas não se preocupe. Se acha que é o certo, eu e sua mãe estamos do seu lado, quanto a isso não se preocupe. –

- Obrigada Phil. – eu terminei de comer. – Vou acabar logo com isso, com licença. – lavei minha louça e fui para o quarto, escovando os dentes, pegando minha bolsa na cozinha e indo embora.

Eu cheguei a empresa alguns minutos mais cedo do que de costume, Edward ainda não havia chegado, e ele não costumava se atrasar, a menos que tivesse acontecido algo com a Valentina, mas eu esperava que não. Eu estava sentada a minha mesa, a minha carta parecia sempre me lembrar de que ela estava ali, mesmo ela estando dentro de minha bolsa, era por volta das dez e nada ainda de Edward chegar, mas infelizmente, Tanya chegou.

E mais uma vez sua roupa não era muito apropriada para o local em questão, já que ela usava uma blusa cor de pele, de alças, e que deixava as costas nuas e com um enorme decote que ia até a calça preta e botas também cor de pele. Era uma das roupas mais simples que ela usava desde que chegara para trabalhar aqui, mas acredito que aquela blusa não seja apropriada para um local de trabalho.


- Cadê o Edward? – perguntou sem nem ao mesmo me olhar.

- Ainda não chegou. – respondi também se olhar para ela, mantendo meus olhos bem fixos na tela do meu computador.

- Quando ele chegar avisa que preciso falar com ele. - ela não esperou por resposta e apenas caminhou para a sua sala.

Eram por volta de onze e meia quando Edward chegou à empresa, muito atrasado por sinal, nem quando Valentina ficou doente ele chegou tão tarde assim. Quando ele se aproximou, meu coração perdeu uma batida como se implorasse para que eu não fizesse o que eu estava prestes a fazer e por mais incrível que pudesse parecer a minha cabeça dizia a mesma coisa, mas eu precisava fazer isso.

- Bom dia. – disse tirando os olhos de sol e me encarando.

- Bom dia. – olhei para ele. – Tanya pediu para lhe avisar que ela precisa falar com você. –

- Mesmo? Pois avise a ela, por favor, que eu não tenho nada para falar com ela, que tudo que eu tinha para falar com ela, eu já falei na festa. – ele caminhou para a sala.

- Edward, eu preciso falar com você. – avisei e ele não disse nada, apenas apontou com a cabeça para a sala dele. Enfiei a mão dentro de minha bolsa, apanhando a carta e segui para lá. –

- Pois fale. – pediu colocando a pasta em cima da mesa e o paletó nas costas da poltrona e se sentando.

- Fiquei bem surpreso por não ter me ligado ontem. – disse me sentando na poltrona de frente para ele.

- Você pediu vinte e quatro horas sem que ninguém lhe perturbasse e ficasse em cima de você, eu lhe dei as vinte e quatro horas, e sabia que se fosse precisar você iria me ligar. – disse calmamente me encarando, bem encostando na poltrona. – Mas acredito não ser sobre isso o que você queira me dizer, e antes que continue eu quero pedir desculpas pelo modo ridículo que Tanya agiu na festa, por mais incrível que isso possa parecer, a alguns anos atrás eu gostava daquele modo ridículo, pelo visto a paternidade me ensinou a ver o mundo com outros olhos. – sorri torto. – O que deseja falar comigo? –

- Eu pensei muito nisso e resolvi que é a melhor coisa a se fazer, pelo menos para mim. – respirei fundo. – Eu tenho uma coisa para você – entreguei a ele a carta. Mas ele não a leu, ele nem a abriu, apenas a rasgou em vários pedaços e jogou no lixo. – Edward. –

- Eu não aceito a sua demissão. – respondeu simplesmente.

- Como sabe que essa carta é minha carta de demissão? –

- Eu estava com a sua mãe. – disse simplesmente. – Sua mãe me ligou ontem, disse que precisava falar comigo hoje urgentemente antes que eu começasse a trabalhar. – passei as mãos pelo rosto, mãe a senhora não tinha que se intrometer nisso. – E ela me falou tudo e você não vai se demitir e muito menos se afastar de mim sem um bom motivo. - 

- Não é você quem decide isso. –

- A partir do momento em que você não enxerga as coisas direito, sim quem vai decidir isso serei eu. – rebateu serio.

- Eu posso simplesmente parar de aparecer. –

- Faça isso e se por acaso alguém perguntar, você está trabalhando em casa. –

- Edward, por favor. –

- Eu sei que o maior problema é Tanya e das fofocas que fizeram, e eu sei que você não quer que eu resolva isso e eu não irei resolver só porque você não quer, mas também não vou permitir que você se demita por causa de Tanya. –

- Ela agrega mais valor do que eu nessa empresa, ela é um advogada formada que... –

- Abre as pernas para o chefe. – ele disse de uma vez e eu arregalei os olhos. – O que? Acha mesmo que Tanya não está dormindo com Aro?! Por favor, que outro motivo ele teria para trazê-la para cá? –

- Isso não é da minha conta. –

- E também o fato de você estar grávida ou não, do filho ser meu ou não e de se você está dando o golpe da barriga em mim ou não, também não é da conta de mais ninguém a não ser eu e você. –

- Acontece que... –

- Acontece que você teme sentir alguma coisa devido a tudo isso que estão falando e acabar acontecendo algo com o bebê. Você teme que eles falem do bebê. Você teme que eles tratem o bebê do jeito que te tratavam na escola. –

- Minha mãe tem que aprender a calar a boca. – reclamei.

- Sua mãe está apenas preocupada com você. – rebateu.

- Se estivesse não teria falado nada... Eu... – passei as mãos pelo rosto. – Eu só não aguento mais tudo isso, toda essa fofoca e... –

- E você vai trabalhar em casa. – tirei as mãos do rosto e o encarei. – Você não vai voltar para cá a menos que queira, parando para conversar com a sua mãe eu achei que é melhor mesmo você ficar em casa. –

- Isso não irá dar certo. –

- Claro que vai. Temos e-mails e celulares, se eu precisar falar com você, eu tenho o seu numero e irei saber onde você está. Com isso você irá poder fazer os seus horários, não precisará se preocupar roupas, pode ficar muito bem de pijama, do jeito que achar mais confortável, e com isso você irá poder se cuidar melhor, principalmente sem ter que ver Jessica ou Tanya todos os dias. O lado ruim é que não vou mais te ver todos os dias, mas eu vou sobreviver. E sempre que eu tiver que ir ao tribunal, você me encontra lá e depois você volta para casa. Eu posso muito bem me cuidar sozinho. –

- Você não pode fazer isso. –

- Já fiz. – deu de ombros. – Eu faço o que for preciso, mas não irei permitir que se demita por causa delas. – ele me encarou serio. – Meus olhos não vão cair por eu ler a minha agenda por conta própria. – brincou, mas eu não consegui sorrir. – Vamos fazer uma experiência, você trabalha em casa até o dia vinte de novembro, se não der certo e mesmo assim você não voltar atrás, nós damos outro jeito. –

- Dia vinte? O que tem dia vinte? –

- Você tem consulta com a Leah, para ver como nosso bebê está. –

- E quanto a isso... –

- Eu não vou voltar atrás na decisão de assumir o seu filho. – disse firme.

- Mas eu estive pensando e eu não sei se eu quero. –

- Me dê um bom motivo e eu desisto. – respirei fundo. - É só o que eu peço, um bom motivo, mas que seja um bom motivo mesmo, porque você não querer por simplesmente não querer, ou não querer porque acha que isso iria validar a historia do gole, esses motivos eu não vou aceitar. –

- Eu estou pensando no futuro. Talvez daqui a alguns anos você se apaixone por alguém e se arrependa de tê-lo assumido. –

- Isso nunca vai acontecer. –

- Você não pode ter certeza. –

- Mas eu tenho. Eu nunca vou me arrepender disso. - garantiu. – Você agora deve começar a entrar nas provas finais, então se concentre nisso e se cuide, temos três semanas para provar essa teoria, e acredite, você vai se sentir melhor não tendo que olhar na cara de Tanya todos os dias. -

- Então é para eu ir embora? –

- Embora não, apenas para ir para casa, hoje eu só tenho algumas reuniões aqui mesmo, eu vou ficar bem, pode ir tranquila. –

- Obrigada. – ele sorriu para mim e eu retribui, me levantando da poltrona.

- Bella. – ele me chamou antes que eu pudesse deixar a sala. – Aproveite esse tempo para refletir se é isso o que você realmente quer. – assenti deixando a sala.

Eu apanhei as minhas coisas e sem mais delongas fui embora para casa, provavelmente isso de ele me fazer trabalhar em casa não daria muito certo, porém ele queria testar por três semanas e eu não iria reclamar, eu teria folga da fuça de Tanya por três semanas, mas infelizmente eu não consegui terminar com ele e eu não queria que isso se arrastasse mais do que já se arrastou. Pelo menos teríamos esse tempo para pensar um pouco e assim, decidir o que cada um quer, e talvez assim eu consiga terminar com isso, seja lá o que isso for.

(...)

Essas três semanas passaram praticamente voando e foram como umas boas férias para mim, eu e minha mãe finalmente arrumamos um tempo e fomos ao shopping para começar a comprar roupas maiores para mim e também foquei nas minhas provas finais que estavam para comer na próxima semana. Durante todos esses dias eu não voltei mais a ver o Edward, nós nos falamos apenas por telefone e email, eu estava com saudades de vê-lo, mas ainda não havia mudado de ideia que deveria dar um basta nisso.

Eu estava prestes a completar doze semanas de gravidez, graças ao bom Deus os enjoos haviam parado e a protuberância na minha barriga já era um pouco mais visível, entretanto para os de fora, isso poderia ser muito bem explicado como ganho de peso, mas para quem sabia das coisas já dava para se notar que meu bebê estava crescendo. No meio da tarde eu teria a consulta com Sue e Edward insistiu para ir, e essa seria a primeira vez que eu o via desde que ele me informara de que eu passaria a trabalhar em casa, ele iria me encontrar lá, não havia motivos para ele deixar o centro, vir aqui me buscar e me encontrar lá de novo.

Eu tomei um banho e me vesti, nós estávamos no meio de novembro e faltava um mês para o inicio do inverno, mas hoje pela madrugada havia caído um pouco de neve, não que desse para acumular, mas daquelas que no meio do dia já derreteu e não preocupa ninguém, mas daqui até o final do mês a neve já iria começar a cair com mais vontade e a temperatura já iria começar a cair. Vesti uma camisa de botões branca com quadriculados bem finos e bem claro na cor lilás, com até o ultimo botão fechado, coloquei um suéter verde água e um casaco rosa fosco longo, junto com uma calça jeans escura e uma sapatilha da mesma cor do suéter, deixei a casa e segui para o centro de trem, quando eu cheguei ao consultório, ele já me esperava lá dentro.



- A barriguinha já está aparecendo. – ele comentou assim que eu entrei na sala de espera do consultório.

- Oi Edward. – só ele mesmo para ver que minha barriga estava começando a aparecer, mesmo sobre duas camadas de roupa. – Não tem ninguém? –

- Só a que está sendo atendida agora. – respondeu enquanto eu tirava o meu casaco. - Então, como você está? – perguntou e eu me sentei ao seu lado, apoiando o casaco em meu colo.

- Bem, muito bem. –

- Ficar longe do escritório lhe fez bem, não é? –

- Não. – até porque eu já trabalhava naquele escritório há um ano. – Ficar longe de Tanya e daquelas mulheres me fez bem. – expliquei.

- Ótimo. Sabe, você parece um pouco mais radiante agora que está se cuidando melhor, e está me dando vontade de começar a trabalhar em casa também. – comentou e eu não pude deixar de evitar o riso.

- Faz bem. – o encarei. – Como conseguiu ver que a minha barriga está começando a aparecer? –

- Porque eu acompanhei três gravidez. A da minha filha e a dos meus dois sobrinhos. – explicou.

- E Tanya? –

- Não estrague a nossa conversa. – pediu e eu ri, o encarando e ainda esperando a sua resposta. – Está lá ainda enchendo a minha paciência e eu tento evita-la o máximo possível, mas Aro cismou em me colocar em um caso junto com ela, estou fazendo o possível para sair, mas é difícil. – queixou-se.

- Trabalhe em casa. – brinquei e ele riu.

- Sinceramente, estou pensando em sair de lá, vender a minha parte e abrir o meu próprio escritório, assim eu não terei dor de cabeça. –

- Tem o meu apoio. –

- E já arrumei outra advogada. – o encarei. – Você. –

- Eu? Eu nem terminei a minha faculdade e nem sei se irei terminar. –

- Claro que vai, se for isso o que você quiser, eu vou te ajudar. – disse passando o braço pelos meus ombros e dando um beijo na minha testa. Eu gostava daquilo, mas ainda não havia tirado da cabeça que eu tinha que dar um basta nisso.

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A porta se abriu e a paciente de Sue que estava lá dentro saiu, ela já estava com a gravidez bem avançada, parecia que ela estava prestes a explodir. Santo Cristo eu ficaria daquele tamanho? Aquela mulher não deveria nem estar vendo os próprios pés, não, permita-me reformular esta frase, ela, com certeza, não estava vendo os próprios pés, já que ela usava uma sapatilha vermelha e outra verde. Espero que alguém me alerte que eu estou usando as sapatilhas de cores diferentes quando eu ficar daquele tamanho.

- Bella. – Sue me chamou e eu me levantei, eu havia vindo para cá o caminho todo decidida a não permitir a entrada de Edward, entretanto a minha boca falou sem a minha autorização.

- Vem. – ele me encarou.

- Serio? – assenti e ele se levantou.

- Então, como vocês dois estão? – perguntou quando nós dois entramos na sala e nos sentamos nas poltronas em frente a ela.

- Bem, graças a Deus os enjoos pararam. –

- Que bom. – ela deu uma olhada em minha ficha. – Onze semanas. – assenti. – Eu vou lhe passar alguns exames, apenas para saber se está tudo bem, se você não está com o inicio de alguma anemia ou algo do tipo, são exames simples e nem um pouco invasivos, exame de urina e sangue, bem simples. –

- Tudo bem. –

- Hoje iremos fazer a primeira ultra e ver se conseguimos ver alguma coisa. Vamos lá? – respirei fundo e assenti. – Então venha. – me levantei da cadeira, tirando o suéter. Edward me ajudou a me sentar na cama e eu abri alguns botões da minha camisa, prendendo-a no sutiã e abrindo e abaixando um pouco a minha calça. – Será bem tranquilo e um pouco gelado, mas fora isso será tranquilo, se a imagem for boa, irei tirar uma foto para vocês. –

- Tudo bem. – ela passou o gel gelado pela minha barriga e pegou o aparelho e começando a passar pela minha barriga. Edward apoiou os braços na cama ao meu lado, com o rosto perto do meu, as minhas mãos estavam rente aos meus seios, segurando a camisa, ele tirou uma das mãos da cama e segurou a minha mão dando um beijo nela e eu desviei os olhos da tela olhando para ele.

Seus olhos brilhavam ao olhar para o monitor. Deus, por que eu engravidei do babaca do Mike e não de Edward? Ele seria um pai muito melhor para o meu bebê do que Mike jamais poderá ser algum dia, mas mesmo assim eu sinto que não quero que ele assuma o meu bebê, eu não quero deixa-lo no meio da briga entre Tanya e ele, e quando ele arrumar outra pessoa para transar? Até por que isso é apenas sexo. Quando ele arrumar outra, não irá querer mais nada comigo e se verá preso a um filho que não é dele e vai começar a deixa-lo de lado, porque nada liga o meu bebê a Edward.

- Olha, não irei conseguir uma boa foto do bebê, mas tenho algo tão bom quanto... – Sue atraiu a minha atenção e eu desviei os olhos de Edward e a vi apertando um pequeno botão e logo a sala se preencheu com o som do coraçãozinho do meu bebê.

Eu nunca fui de chorar, mas os hormônios estavam acabando comigo e hoje não seria diferente. Assim que eu identifiquei o som como sendo do coração do meu bebê eu não consegui evitar os meus olhos de se encherem d’água e de evitar que algumas escorressem. Senti o peso de Edward saindo da cama, ele havia tirado os dois braços da cama, ele continuava a segurar uma de minhas mãos e a outra ele secou as lágrimas que escorria de meus olhos.

- Está ouvindo, Bella? – perguntou baixo próximo ao meu ouvido. – É o coraçãozinho de nosso bebê. -

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