Pov. Bella.
Toronto – Canadá.
Bom, Tanya não estava de Barbie Puta, estava
apenas de Puta. Ela escuta a palavra limites e ri. Ela escuta a frase festa da
empresa e caga em cima. Era ridículo em como os homens, até os que estavam com
as esposas, não tiravam os olhos dela, e não que eu quisesse reparar, mas eu vi
alguns homens ficarem excitados vendo a entrando. Bom, eu não sei o é mais ridículo:
eles ficando duros, olhando para outra mulher, com as esposas do lado, ou a
roupa dela. Ainda bem que não permitiram a entra de crianças.
Tanya usava um maiô preto, sem alças, que
ressaltavam e muito os seus seios. Meia calça arrastão que iam até o meio de
suas coxas, gravata borboleta, luvas que iam até um pouco acima dos cotovelos,
saltos altos pretos, orelhas pontudas e um rabo felpudo. Ela era um coelho da
playboy.
- Pelo menos ela podia usar uma saia, ninguém precisa
ver o maiô enfiado no cu dela, tanto que se ela se abaixar, eu vejo até o útero
e quem sabe o intestino. Talvez se ela se abaixar e abrir a boca eu posso ver o
que está de frente para ela. –
- Isabella. – Ângela me chamou e eu a encarei.
- Me diga que eu não falei isso em voz alta. –
- Falou. – merda. – Concordo plenamente. –
- O que está todo mundo olhando? – Edward apareceu
do meu lado me entregando um copo vermelho.
- A Barbie Puta. – respondi.
- Barbie? –
- Quer dizer. A Coelha Puta. – respondi e ele me
encarou mais confusa ainda e eu apenas apontei com a cabeça para a porta.
- Infelizmente essa mulher é a mãe da minha
filha. – comentou virando o copo de cerveja.
- Edward, querido. – ela se aproximou de nós
sorrindo. Será que seu eu chama-la de Puta, ela pode se ofender e me processar?
– Olha como vocês estão fofos. Peter Pan e Wendy. – falsa. – Lembra-se daquele
ano que nos fantasiamos de policial e prisioneira? – perguntou e Ângela saiu de
fininho e eu quase fiz o mesmo. - Eu me lembro de que a festa acabou comigo
algemada a cama e... –
- Cala a boca, Tanya. – ele a cortou de uma única
vez, e eu virei o copo que ele havia me dado, torcendo para ele ter confundido
os copos e me dado algo alcoólico, mas não, era apenas soda. – Que porra de
roupa é essa? –
- Não se lembra dela? – perguntou meio ofendida.
– Eu a usei para você no seu aniversario de vinte e oito anos. – respirei fundo.
– É, eu me esqueci. É claro que você não poderia se lembrar, já que eu mal a
pus e você a arrancou de mim. E sinceramente eu estou bem surpresa por depois
de quatro elas e uma gravidez ela ainda servir em mim. Não é todo mundo que
depois de ter um filho, fica com o mesmo corpo de antes, não acha que está à
mesma coisa? – perguntou dando uma volta com a bunda mais empinada possível.
- Com licença. – joguei o meu copo vazio dentro
do de Edward e me afastei indo para o outro lado do salão. Essa mulher consegue
levar a palavra puta a outro patamar. Pelo menos ela poderia disfarçar.
- Que foi? Cansou de ouvir aquela mulher falar
das aventuras sexuais? – Ângela perguntou quando eu parei do lado dela.
- Eu me pergunto como alguém aguenta ficar com
uma mulher daquelas. –
- Ela é gostosa. – ergui os olhos a encarando e
ela bebia a cerveja normalmente. – Eu pegaria se não fosse tão fútil e puta. – ela
me encarou. – Não se preocupe, Edward não está mais com ela, ele está com você,
não tem com o que se preocupar. –
- Claro que não. A ex dele é a porra de uma
loira, peituda e bonitona, típico da Victoria Secrets, qualquer homem iria
querer ter algo com ela, mas por algum motivo ele escolheu a mim. –
- Se isso serve de consolo. Se eu pudesse
escolher entre pegar a puta bonitona ala Victoria Secrets ou pegar você, eu
pegaria você. Já ouviu falar que as santinhas são as piores? –
- Você não acabou de me cantar, ou cantou? –
- Se estivesse solteira e quisesse experimentar,
sim, isso serviria de cantada. –
- Nunca iria imaginar que você gosta de
mulheres. Você tem cara de ser bem certinha, mas certinha do que eu. –
- Foi o que eu acabei de dizer as santinhas são as
piores. – ela bebeu outro gole de cerveja. – Mas eu nunca contei a ninguém, a
ninguém daqui do escritório. Sabe como esse povo é. Se souber que você gosta de
mulher e algum comentário ou elogio fora de hora já acha que esta dando em
cima. – ela ficou me encarando por um tempinho. – Bella, ele terminou com ela e
já deixou mais do claro que não quer nada com ela, não fique assim. Ele é seu. –
disse esbarrando o ombro no meu.
- Posso ser bem sincera com você? – assentiu. –
O meu filho não é do Edward. – ela se engasgou com a cerveja. – É do meu
ex-namorado, que me traia com a ex-namorada. Eu encontrei com o Edward no dia
que pensei em abortar o meu bebê, ele conversou comigo e me fez mudar de ideia
e vem dizendo que o filho é dele e eu estou deixando. – dei de ombros. – Estou gostando
de tê-lo como pai do meu bebe, mesmo que adotado. –
- Nunca fez nada com ele? Nunca transou com o Edward?
–
- Já. – respondi. – Mas recentemente, nós nos
aproximamos mesmo depois da minha gravidez. – expliquei. – E quando Tanya soube
que o bebê é dele, tentou fazer com que Aro me demitisse. –
- Puta. Odeio essas putas que não aceitam que
perdeu o macho. – brincou e eu ri. – Mas serio, estou surpresa por,
biologicamente, esse filho não ser dele. Realmente parecia que vocês tinham um
caso, o jeito que ele olhava e olha para você. –
- Ele é um amor. –
- Sente algo por ele? Tipo, sem ser gratidão pelo
que ele está fazendo e tal? –
- Não sei. – passei a mão pelo rosto. –
Sinceramente eu não sei. Está tudo muito confuso, e com a gravidez estão fica
tudo mais confuso ainda. –
- Mas você transou com ele. –
- Só sexo. – dei de ombros.
- Nunca é só sexo. – alertou.
- Mas eu não sei o que é para ele. – expliquei e
dei de ombros. – Eu tenho que ir ao banheiro. Estou indo no banheiro toda hora.
– comentei e ela riu enquanto eu caminhava para lá.
Eu estava terminando de ajeitar o meu vestido,
para poder deixar a cabine quando ouvi a porta do banheiro abrindo e duas
mulheres conversando. Uma eu reconheci como sendo Jessica e a outra falava tão
pouco que era quase difícil identifica-la pela voz.
- Você viu a roupa que ela está usando? –
- É muito vulgar. –
- Pode até ser vulgar, mas se eu tivesse um
corpo daquele eu também usaria. – Jessica comentou rindo. – Uma coisa que eu não
consigo entender é o que se passa na cabeça de Edward. – parei de ajeitar o meu
vestido e prestei atenção a conversa. – Sinceramente, como é que ele larga uma
mulherona daquelas para ficar com a sem graça e sem sal da Isabella. –
- Isso tem nome. – a outra disse.
- Se chama gravidez. Com certeza ela arrumou
essa gravidez para segurar ele e quer saber mais... – eu queria saber mais, mas
elas deixaram o banheiro e eu não pude ouvir mais nada.
Encostei a testa na porta da cabine, eu disse
para ele que isso iria acontecer. Que elas ficariam falando de mim e consequentemente
do meu filho. E claro que eu estava dando o golpe da barriga em Edward, porque,
para elas, não tinha motivo para ele ficar comigo, sem ser isso. Senti algo
quente escorrendo pelo meu rosto, levei minha mão até lá e foi quando notei que
estava chorando, e no fundo eu sentia que dessa vez não era devido aos hormônios.
Sai da cabine antes que mais alguém entrasse e
eu escutasse coisas piores, lavei meu rosto, engolindo o choro e deixando o
banheiro. eu não pretendia ficar aqui nem mais um minuto, queria minha casa. Alias,
porque eu aceitei vir para um lugar onde mais da metade das pessoas presentes não
vão com a minha cara e acham que eu estou enganando meu chefe?
- Bella. – me virei ao ouvir a voz de Edward.
- Oi. –
- Onde estava? Estou te procurando há um tempo. –
- Bom, me perdoe se eu não quis ficar ouvindo as
aventuras sexuais de Tanya. – reclamei. – Eu fui ficar com a Ângela e depois fui
ao banheiro. – expliquei.
- Que você estava com a Ângela eu sabia, e ela
disse que você tinha ido ao banheiro e do nada você sumiu. –
- Ah eu demorei porque estava ouvindo o povo
fofocando sobre mim. – ele me encarou.
- Falando o que? – perguntou nervoso.
- Nada, Edward. – suspirei. – Eu quero ir
embora. Eu nem devia ter vindo. – me virei e sai andando para a porta, enquanto
caminhava para a saída, vi que muita gente, ou melhor, quase todo mundo, estava
parado olhando para a pista de dança, e eu olhei para lá. Tanya estava no meio
da pista de dança, dançando e rebolando
aquele rabo, e eu não me referia ao da fantasia.
-
Hey, hey, hey... Bella.
– Edward veio atrás de mim e me puxou pelo braço devagar, antes que eu
conseguisse chegar até a porta. – Vai para onde? –
- Para casa. – disse como se fosse a coisa
obvia, empurrei a porta que dava para a rua e que caia uma chuva muito forte. –
Eu quero ir para casa. –
- Está sentindo alguma coisa? – perguntou.
- Não, eu estou apenas cansada. Quero colocar a
roupa mais larga e confortável que encontrar deitar no sofá e comer o maior
pote de sorvete do mundo. – reclamei. – Eu só quero ficar em quieta, em paz e
sozinha. – fiz o sinal para um taxi que passava. – Eu só quero um dia sem todo
mundo em cima de mim, me vigiando só porque eu estou grávida. Só um dia sem ter
que aturar e ver a Tanya. Só um dia onde eu não tenha que fazer absolutamente
nada. Só um dia. Não é pedir muito. – entrei no táxi antes que eu me molhasse
mais ainda e dei o endereço da minha rua.
Uma hora depois eu cheguei a casa, deixei o
taxista esperando por dois minutos, enquanto pegava o dinheiro no meu quarto. Após
pagá-lo e ele ir embora, tirei aquela roupa molhada e tomei um longo banho
quente e colocando o pijama de moletom e voltando para o andar de baixo. A casa ainda
estava vazia, minha mãe e Phil não chegariam tão cedo, caminhei para a cozinha,
abrindo o freezer e pegando meu pote de sorvete de flocos. Eu era a única nessa
casa que comia sorvete de flocos, mas ele parecia bem mais leve desde a ultima
vez que o comi. O abri e vi que o pote estava vazio, com um pequeno bilhete dobrado,
peguei-o para ler.
Desculpa
querida, mas de repente me deu uma vontade louca de comer sorvete de flocos, se
preocupa não que a mamãe compra outro. Te amo, mamãe.
- Poderia comer e jogar o pote fora e comprar
outro, assim eu nunca iria saber. – resmunguei para o bilhete e joguei os dois
fora. – Incrível como me deu uma vontade louca de comer o sorvete napolitano da
mamãe. – falei alto para mim mesma pegando o pote dela e a colher, e antes que
pudesse ir para a sala, com o sorvete e um saco de M&M’s, abri o pote para
ver se tinha sorvete dentro. E tinha.
Fui para a sala ligando a televisão e zapeando
os canais. Estava passando o filme do chamado na televisão, e bom, ainda era
halloween, então ainda dava para resgatar um pouco da minha tradição. Rasguei o
pacote de M&M’s e joguei dentro do sorvete e comecei a comer, prestando
atenção no filme.
Meus olhos queriam prestar atenção no filme, mas
minha cabeça não deixava. Eu sabia que havia pegado um pouco pesado demais com
o Edward, espera... Eu disse um pouco? Não, muito, muito pesado com ele, mas
também ele não ouviu o que eu ouvi, e se eu reclamasse com ele o que eu havia
ouvido e ele fosse tirar satisfação seria pior ainda.
Era incrível como Tanya conseguira destruir a
minha vida em menos de um mês de trabalho. Provavelmente se Edward não tivesse
praticamente esfregado na cara dela que o filho era dele, ela não iria saber
que eu estou grávida e não teria falado para o Aro e espalhado por todo o
escritório. Ótimo, todos acham agora que eu estou dando o golpe na barriga de
Edward, que ele só não me dá o pé na bunda porque é um homem bom, e que
provavelmente está comigo por pena. Ótimo. Obrigada Tanya. Se eu soubesse que
ela iria causar toda essa fofoca para mim, eu teria me demitido sem pensar duas
vezes.
Minha mente e meu coração me mandavam pegar o
telefone e ligar ou no mínimo mandar uma mensagem para ele, tranquilizando ou
pedindo desculpas se por acaso, quer dizer, com certeza, eu o magoei. E emendar
a mensagem com que deveríamos acabar de uma vez com tudo que tínhamos se é que
tínhamos alguma coisa. E sinceramente eu estava pensando em me demitir, eu
tinha que acabar com isso, antes que isso tudo fizesse mal a mim e
principalmente ao meu bebê.
Eu havia comido o sorvete todo e todos os
M&M’s, coloquei o pote vazio na mesinha de centro e me deitei no sofá,
apoiando minha cabeça em uma almofada apoiada no braço do sofá e me cobrindo
com a manta que tinha ali perto e continuei tentando prestar atenção ao filme,
mas pelo visto perto do final do filme eu acabei dormindo.
(...)
- Bella. – ouvi alguém me chamando e balançando
meu braço. – Bella... Bella... Acorde. – me ajeitei no sofá, coçando os olhos e
os abrindo, vendo um rosto completamente branco, com lábios vermelhos, meio
borrados e uma longa cabeleira negra.
- Aaaa. – gritei assim que abri os olhos e
caindo do sofá. Eu não vi a fita, não precisar vir me buscar Samara.
- Sou eu minha filha. – minha mãe disse tirando
a peruca do cabeça e revelando o cabelo loiro preso.
- Porra mãe, vá assustar outra. – reclamei
tentando respirar fundo e me acalmar.
- Desculpa. – ela riu. – Está tudo bem? –
perguntou estendendo a mão.
- Estou. – eu me levantei, me sentando ao seu
lado. – Que horas são? –
- Duas da manhã. – respondeu tirando os sapatos.
– Achei que fosse chegar a casa e ver você transando com o Edward, ou que você
fosse para a casa dele, ou algo do tipo. –
- Eu deixei o Edward na festa e vim embora. – me
deitei de lado no sofá.
- Por quê? –
- Me irritaram. – respondeu.
- Quem? – ela puxou a saia do vestido até os
joelhos e deitou no sofá, ao meu lado de frente para mim, o que fez com que eu
me encolhesse mais ainda no sofá.
- Aquela gente insuportável do escritório. –
falei deitando a cabeça em seu ombro. – Primeiro Tanya... –
- Para de se importar com essa mulher. – ela
ralhou comigo.
- Me deixe terminar. – pedi e ela ficou quieta.
– Primeiro Tanya chegou à festa, usando nada mais do um maiô praticamente
enfiando no rabo, depois, na minha frente, ficou perguntando para o Edward se
ele se lembrava do ultimo halloween dos dois, onde os dois usaram uma fantasia
de policial e prisioneira que acabou com eles na cama e ela algemada. –
- Não é grande coisa, eu também já usei algemas
com o Phil, mas no caso quem estava algemado era o Phil. –
- Mãe, para. – dei uma tapa na minha testa antes
que a mesma começasse a imaginar aquilo.
- Desculpa. –
- Ai ela ainda emendou que no aniversario de
vinte e oito anos dele, ela usou a fantasia de coelhinha, a mesma que ela
estava usando hoje, mas que ela entendia o fato de Edward não se lembrar bem
porque mal ela apareceu com a fantasia e ele arrancou dela, e terminou com um
belo: A verdade é que eu estou bem surpresa já que depois de quatro anos a
roupa ainda ter servido em mim, mesmo depois de uma gravidez eu tenha o mesmo o
corpo, não acha? E esse não acha, foi ainda dando uma volta com a bunda
empinada. –
- Vadia. –
- Ai depois eu fui ao banheiro e fiquei ouvindo
que não entendiam como ele havia largado uma mulher daquelas e ficado comigo, a
sem sal e sem graça da Isabella. E que eu estava dando o golpe da barriga em
Edward e que ele não me dava um pé na bunda porque era um homem bom. –
- Vadias. –
- Tomo mundo naquela empresa acha que eu estou
dando o golpe no Edward. E eu acabei surtando e fiquei muito puta e acabei
descontando em Edward, reclamando que ninguém me deixava em paz por causa da
gravidez e que eu precisava de pelo menos um dia inteiro sem ninguém no meu pé,
perguntando como eu estou. Que eu queria um dia inteiro, só um dia, com roupas
largas, vendo tevê e comendo sorvete. Então eu entrei no taxi e vim embora. –
- Não falou mais com ele? – neguei passando os
dedos por debaixo dos olhos.
- Eu vou terminar com ele. –
- O que? –
- Essa coisa que nós estamos tendo, se é que
estamos tendo algo. Até porque isso não passa de sexo. –
- É só sexo para você? –
- Eu não sei. – escondi o rosto no seu pescoço.
– Eu só quero que parem. – pedi e foi quando percebi que estava me acabando em
lágrimas. – Por que eu sempre tenho que ser a pessoa que todo mundo fala pelas
costas? É assim desde o ensino fundamental. – ela me abraçou mais forte. –
Antes eu era a garota que não tinha pai. E agora eu sou a mulher que está dando
o golpe da barriga em alguém e que fora isso não tem motivos para ficar comigo,
além do bebê e da pena. –
- Calma meu amor. - pediu mexendo em meu cabelo.
– Elas são umas idiotas. Amanhã nós vamos ao shopping para você dar uma
relaxada. –
- Não mamãe. – disse fungando. – Eu só quero
ficar o dia inteiro amanhã sozinha. Eu quero um tempinho apenas para mim. Eu
sei que é um pouco egoísta com todo mundo, principalmente com o Edward que está
do meu lado desde o primeiro dia, praticamente, mas... –
- Mas você tem o direito de ser egoísta nessa
situação. Não se preocupe. – ela deu um beijo em minha testa.
- E assim que eu voltar para o trabalho, eu vou
acabar tudo com o Edward e me demitir. A melhor coisa que eu posso fazer para
mim e para o meu bebê é ficar longe daquele lugar. E por mais que doa, vou
pedir por Edward parar de falar que o filho é dele e vou me afastar. Eu não
posso e não vou ficar no meio do fogo cruzado dos dois, não posso. –
Minha mãe não falou mais nada, apenas continuou
me abraçando e me acalmando. Já era por volta das três da manhã quando eu
fiquei mais calma e fui para o meu quarto e ela para o dela. Eu deitei na cama
e peguei meu telefone, sem nenhuma mensagem ou ligação perdida de Edward,
provavelmente eu o irritei e ele não queria mais falar comigo. Por mais que eu
houvesse pedido para ficar sozinha, uma parte de mim queria que ele, pelo menos
ligasse, mas não, nada, nenhuma ligação ou mensagem. Coloquei o telefone para
carregar e tratei de ir dormir.
(...)
No dia seguinte, a primeira coisa que eu fiz
quando acordei foi pegar o telefone e olhar se tinha alguma ligação e não,
nada. Levantei-me da cama e mesmo sabendo que hoje não teria trabalho eu fiz a
mesma rotina de sempre. Tomar banho, comer e vomitar. Eu tomei um banho e
coloquei outra roupa, pus uma calça branca com estampa de cachorro quente, uma
camisa branca, junto com um casaco de crochê rosa e longo, prendi meus cabelos
em um coque de deixei o quarto.
A casa toda estava vazia, provavelmente Phil e
minha mãe estavam no trabalho, e o lado bom era que eu teria a casa toda só para
mim, eu só não sabia dizer se isso era realmente bom ou não. Quando eu desci já
era por volta das duas da tarde, eu havia dormido muito, muito mais do que
esperava, portanto obviamente eu pulei o café da manha e tratei de ir almoçar e
comi enquanto assistia a algum programa idiota na televisão.
Eu havia tido o que havia pedido: Um dia inteiro
sozinha, sem ninguém no meu pé, sem ligações, um dia inteiro apenas eu, um pote
de sorvete e televisão, e foi o que eu tive, só não achei que fossem levar a
serio, pelo menos não tão a serio. Tinha sido mais do que bom ficar em casa
todo o dia sozinha, claro que no fundo eu sentia um vazio por estar só, mas no
geral fora bom, eu deveria pedir por isso mais vezes.
Quando a noite chegou, eu ainda estava sozinha,
e aproveitei desse tempo para escrever a minha carta de demissão, bom, no
final, Tanya havia vencido, porém eu preferia me render no jogo o qual eu não
tinha a menor chance de jogar, a no final eu sair machucada, só que dessa vez
não seria apenas eu que sairia machucada, mas meu bebê também, e que tipo de
mãe eu seria que permitisse que isso ocorresse?
Tanya não iria medir esforços para, sabe-se lá o
que ela quer, se ela quer o Edward de volta ou se só quer atormentar, mas ela
não mediria esforços para conseguir isso, portanto a decisão mais sábia é eu me
afastar. Foi difícil é um tanto quanto que doloroso escrever essa carta de
demissão, mas eu havia conseguido fazer, e por volta das onze da noite, ela
estava pronta, assinada, dobrada e guardada dentro de um envelope na minha
bolsa.
(...)
No dia seguinte eu acordei decidida a continuar
com o plano de acabar com tudo, por mais que doesse. Levantei-me da cama
seguindo minha rotina, de antes mesmo, por os pés para fora da cama, comer um
quadradinho de chocolate para evitar o enjoo, mas sempre antes de eu ir embora,
ele vinha, parecia que tinha hora. Tomei um banho, colocando uma blusa de
mangas compridas cinza e uma calça larga, sem botão ou fecho, mas uma fita em
volta da cintura onde dava para regular, eu tinha que agradecer minha mãe por
ter trazido esta calça para mim onde quando a mesma fora dar uma volta no
shopping com Phil, e para completar um par de saltos pretos, penteei meu cabelo
e desci as escadas, encontrando apenas Phil na cozinha.
- Bom dia. – disse colocando minha bolsa em cima
do banco e caminhando até a geladeira.
- Bom dia Bella. –
- Cadê a minha mãe? – perguntei colocando
algumas fatias de pão na torradeira.
- Não sei. Disse que tinha que resolver umas
coisas antes de ir para o trabalho. – dei de ombros bebendo um gole do seu
café. – Como está? – perguntou quando as torradas pularam da torradeira e eu
comecei a passar geleia de amendoim nelas.
- Ótima. – respondi mordendo a torrada.
- Sua mãe me contou que você está pensando em se
demitir. –
- É temporário. –
- Eu sei disso, mas não se preocupe. Se acha que
é o certo, eu e sua mãe estamos do seu lado, quanto a isso não se preocupe. –
- Obrigada Phil. – eu terminei de comer. – Vou
acabar logo com isso, com licença. – lavei minha louça e fui para o quarto,
escovando os dentes, pegando minha bolsa na cozinha e indo embora.
Eu cheguei a empresa alguns minutos mais cedo do
que de costume, Edward ainda não havia chegado, e ele não costumava se atrasar,
a menos que tivesse acontecido algo com a Valentina, mas eu esperava que não.
Eu estava sentada a minha mesa, a minha carta parecia sempre me lembrar de que
ela estava ali, mesmo ela estando dentro de minha bolsa, era por volta das dez
e nada ainda de Edward chegar, mas infelizmente, Tanya chegou.
E mais uma vez sua roupa não era muito
apropriada para o local em questão, já que ela usava uma blusa cor de pele, de
alças, e que deixava as costas nuas e com um enorme decote que ia até a calça
preta e botas também cor de pele. Era uma das roupas mais simples que ela usava
desde que chegara para trabalhar aqui, mas acredito que aquela blusa não seja
apropriada para um local de trabalho.
- Cadê o Edward? – perguntou sem nem ao mesmo me
olhar.
- Ainda não chegou. – respondi também se olhar
para ela, mantendo meus olhos bem fixos na tela do meu computador.
- Quando ele chegar avisa que preciso falar com
ele. - ela não esperou por resposta e apenas caminhou para a sua sala.
Eram por volta de onze e meia quando Edward
chegou à empresa, muito atrasado por sinal, nem quando Valentina ficou doente
ele chegou tão tarde assim. Quando ele se aproximou, meu coração perdeu uma
batida como se implorasse para que eu não fizesse o que eu estava prestes a
fazer e por mais incrível que pudesse parecer a minha cabeça dizia a mesma
coisa, mas eu precisava fazer isso.
- Bom dia. – disse tirando os olhos de sol e me
encarando.
- Bom dia. – olhei para ele. – Tanya pediu para
lhe avisar que ela precisa falar com você. –
- Mesmo? Pois avise a ela, por favor, que eu não
tenho nada para falar com ela, que tudo que eu tinha para falar com ela, eu já
falei na festa. – ele caminhou para a sala.
- Edward, eu preciso falar com você. – avisei e
ele não disse nada, apenas apontou com a cabeça para a sala dele. Enfiei a mão
dentro de minha bolsa, apanhando a carta e segui para lá. –
- Pois fale. – pediu colocando a pasta em cima
da mesa e o paletó nas costas da poltrona e se sentando.
- Fiquei bem surpreso por não ter me ligado
ontem. – disse me sentando na poltrona de frente para ele.
- Você pediu vinte e quatro horas sem que
ninguém lhe perturbasse e ficasse em cima de você, eu lhe dei as vinte e quatro
horas, e sabia que se fosse precisar você iria me ligar. – disse calmamente me
encarando, bem encostando na poltrona. – Mas acredito não ser sobre isso o que
você queira me dizer, e antes que continue eu quero pedir desculpas pelo modo
ridículo que Tanya agiu na festa, por mais incrível que isso possa parecer, a
alguns anos atrás eu gostava daquele modo ridículo, pelo visto a paternidade me
ensinou a ver o mundo com outros olhos. – sorri torto. – O que deseja falar
comigo? –
- Eu pensei muito nisso e resolvi que é a melhor
coisa a se fazer, pelo menos para mim. – respirei fundo. – Eu tenho uma coisa
para você – entreguei a ele a carta. Mas ele não a leu, ele nem a abriu, apenas
a rasgou em vários pedaços e jogou no lixo. – Edward. –
- Eu não aceito a sua demissão. – respondeu
simplesmente.
- Como sabe que essa carta é minha carta de
demissão? –
- Eu estava com a sua mãe. – disse simplesmente.
– Sua mãe me ligou ontem, disse que precisava falar comigo hoje urgentemente
antes que eu começasse a trabalhar. – passei as mãos pelo rosto, mãe a senhora
não tinha que se intrometer nisso. – E ela me falou tudo e você não vai se
demitir e muito menos se afastar de mim sem um bom motivo. -
- Não é você quem decide isso. –
- A partir do momento em que você não enxerga as
coisas direito, sim quem vai decidir isso serei eu. – rebateu serio.
- Eu posso simplesmente parar de aparecer. –
- Faça isso e se por acaso alguém perguntar,
você está trabalhando em casa. –
- Edward, por favor. –
- Eu sei que o maior problema é Tanya e das
fofocas que fizeram, e eu sei que você não quer que eu resolva isso e eu não
irei resolver só porque você não quer, mas também não vou permitir que você se
demita por causa de Tanya. –
- Ela agrega mais valor do que eu nessa empresa,
ela é um advogada formada que... –
- Abre as pernas para o chefe. – ele disse de
uma vez e eu arregalei os olhos. – O que? Acha mesmo que Tanya não está
dormindo com Aro?! Por favor, que outro motivo ele teria para trazê-la para cá?
–
- Isso não é da minha conta. –
- E também o fato de você estar grávida ou não,
do filho ser meu ou não e de se você está dando o golpe da barriga em mim ou
não, também não é da conta de mais ninguém a não ser eu e você. –
- Acontece que... –
- Acontece que você teme sentir alguma coisa
devido a tudo isso que estão falando e acabar acontecendo algo com o bebê. Você
teme que eles falem do bebê. Você teme que eles tratem o bebê do jeito que te
tratavam na escola. –
- Minha mãe tem que aprender a calar a boca. –
reclamei.
- Sua mãe está apenas preocupada com você. –
rebateu.
- Se estivesse não teria falado nada... Eu... –
passei as mãos pelo rosto. – Eu só não aguento mais tudo isso, toda essa fofoca
e... –
- E você vai trabalhar em casa. – tirei as mãos
do rosto e o encarei. – Você não vai voltar para cá a menos que queira, parando
para conversar com a sua mãe eu achei que é melhor mesmo você ficar em casa. –
- Isso não irá dar certo. –
- Claro que vai. Temos e-mails e celulares, se
eu precisar falar com você, eu tenho o seu numero e irei saber onde você está.
Com isso você irá poder fazer os seus horários, não precisará se preocupar
roupas, pode ficar muito bem de pijama, do jeito que achar mais confortável, e
com isso você irá poder se cuidar melhor, principalmente sem ter que ver
Jessica ou Tanya todos os dias. O lado ruim é que não vou mais te ver todos os
dias, mas eu vou sobreviver. E sempre que eu tiver que ir ao tribunal, você me
encontra lá e depois você volta para casa. Eu posso muito bem me cuidar
sozinho. –
- Você não pode fazer isso. –
- Já fiz. – deu de ombros. – Eu faço o que for
preciso, mas não irei permitir que se demita por causa delas. – ele me encarou
serio. – Meus olhos não vão cair por eu ler a minha agenda por conta própria. –
brincou, mas eu não consegui sorrir. – Vamos fazer uma experiência, você
trabalha em casa até o dia vinte de novembro, se não der certo e mesmo assim
você não voltar atrás, nós damos outro jeito. –
- Dia vinte? O que tem dia vinte? –
- Você tem consulta com a Leah, para ver como
nosso bebê está. –
- E quanto a isso... –
- Eu não vou voltar atrás na decisão de assumir
o seu filho. – disse firme.
- Mas eu estive pensando e eu não sei se eu
quero. –
- Me dê um bom motivo e eu desisto. – respirei fundo. - É só o que eu peço, um bom motivo, mas que
seja um bom motivo mesmo, porque você não querer por simplesmente não querer,
ou não querer porque acha que isso iria validar a historia do gole, esses
motivos eu não vou aceitar. –
- Eu estou pensando no futuro. Talvez daqui a
alguns anos você se apaixone por alguém e se arrependa de tê-lo assumido. –
- Isso nunca vai acontecer. –
- Você não pode ter certeza. –
- Mas eu tenho. Eu nunca vou me arrepender
disso. - garantiu. – Você agora deve começar a entrar nas provas finais, então se
concentre nisso e se cuide, temos três semanas para provar essa teoria, e
acredite, você vai se sentir melhor não tendo que olhar na cara de Tanya todos
os dias. -
- Então é para eu ir embora? –
- Embora não, apenas para ir para casa, hoje eu
só tenho algumas reuniões aqui mesmo, eu vou ficar bem, pode ir tranquila. –
- Obrigada. – ele sorriu para mim e eu retribui,
me levantando da poltrona.
- Bella. – ele me chamou antes que eu pudesse
deixar a sala. – Aproveite esse tempo para refletir se é isso o que você
realmente quer. – assenti deixando a sala.
Eu apanhei as minhas coisas e sem mais delongas
fui embora para casa, provavelmente isso de ele me fazer trabalhar em casa não daria
muito certo, porém ele queria testar por três semanas e eu não iria reclamar,
eu teria folga da fuça de Tanya por três semanas, mas infelizmente eu não consegui
terminar com ele e eu não queria que isso se arrastasse mais do que já se
arrastou. Pelo menos teríamos esse tempo para pensar um pouco e assim, decidir
o que cada um quer, e talvez assim eu consiga terminar com isso, seja lá o que
isso for.
(...)
Essas três semanas passaram praticamente voando
e foram como umas boas férias para mim, eu e minha mãe finalmente arrumamos um
tempo e fomos ao shopping para começar a comprar roupas maiores para mim e
também foquei nas minhas provas finais que estavam para comer na próxima semana.
Durante todos esses dias eu não voltei mais a ver o Edward, nós nos falamos
apenas por telefone e email, eu estava com saudades de vê-lo, mas ainda não havia
mudado de ideia que deveria dar um basta nisso.
Eu estava prestes a completar doze semanas de
gravidez, graças ao bom Deus os enjoos haviam parado e a protuberância na minha
barriga já era um pouco mais visível, entretanto para os de fora, isso poderia
ser muito bem explicado como ganho de peso, mas para quem sabia das coisas já
dava para se notar que meu bebê estava crescendo. No meio da tarde eu teria a
consulta com Sue e Edward insistiu para ir, e essa seria a primeira vez que eu
o via desde que ele me informara de que eu passaria a trabalhar em casa, ele
iria me encontrar lá, não havia motivos para ele deixar o centro, vir aqui me
buscar e me encontrar lá de novo.
Eu tomei um banho e me vesti, nós estávamos no
meio de novembro e faltava um mês para o inicio do inverno, mas hoje pela
madrugada havia caído um pouco de neve, não que desse para acumular, mas
daquelas que no meio do dia já derreteu e não preocupa ninguém, mas daqui até o
final do mês a neve já iria começar a cair com mais vontade e a temperatura já
iria começar a cair. Vesti uma camisa de botões branca com quadriculados bem
finos e bem claro na cor lilás, com até o ultimo botão fechado, coloquei um suéter
verde água e um casaco rosa fosco longo, junto com uma calça jeans escura e uma
sapatilha da mesma cor do suéter, deixei a casa e segui para o centro de trem,
quando eu cheguei ao consultório, ele já me esperava lá dentro.
- A barriguinha já está aparecendo. – ele comentou
assim que eu entrei na sala de espera do consultório.
- Oi Edward. – só ele mesmo para ver que minha
barriga estava começando a aparecer, mesmo sobre duas camadas de roupa. – Não tem
ninguém? –
- Só a que está sendo atendida agora. – respondeu
enquanto eu tirava o meu casaco. - Então, como você está? – perguntou e eu me
sentei ao seu lado, apoiando o casaco em meu colo.
- Bem, muito bem. –
- Ficar longe do escritório lhe fez bem, não é? –
- Não. – até porque eu já trabalhava naquele escritório
há um ano. – Ficar longe de Tanya e daquelas mulheres me fez bem. – expliquei.
- Ótimo. Sabe, você parece um pouco mais
radiante agora que está se cuidando melhor, e está me dando vontade de começar
a trabalhar em casa também. – comentou e eu não pude deixar de evitar o riso.
- Faz bem. – o encarei. – Como conseguiu ver que
a minha barriga está começando a aparecer? –
- Porque eu acompanhei três gravidez. A da minha
filha e a dos meus dois sobrinhos. – explicou.
- E Tanya? –
- Não estrague a nossa conversa. – pediu e eu
ri, o encarando e ainda esperando a sua resposta. – Está lá ainda enchendo a
minha paciência e eu tento evita-la o máximo possível, mas Aro cismou em me colocar
em um caso junto com ela, estou fazendo o possível para sair, mas é difícil. –
queixou-se.
- Trabalhe em casa. – brinquei e ele riu.
- Sinceramente, estou pensando em sair de lá,
vender a minha parte e abrir o meu próprio escritório, assim eu não terei dor
de cabeça. –
- Tem o meu apoio. –
- E já arrumei outra advogada. – o encarei. –
Você. –
- Eu? Eu nem terminei a minha faculdade e nem
sei se irei terminar. –
- Claro que vai, se for isso o que você quiser,
eu vou te ajudar. – disse passando o braço pelos meus ombros e dando um beijo
na minha testa. Eu gostava daquilo, mas ainda não havia tirado da cabeça que eu
tinha que dar um basta nisso.
A porta se abriu e a paciente de Sue que estava
lá dentro saiu, ela já estava com a gravidez bem avançada, parecia que ela
estava prestes a explodir. Santo Cristo eu ficaria daquele tamanho? Aquela mulher
não deveria nem estar vendo os próprios pés, não, permita-me reformular esta
frase, ela, com certeza, não estava vendo os próprios pés, já que ela usava uma
sapatilha vermelha e outra verde. Espero que alguém me alerte que eu estou
usando as sapatilhas de cores diferentes quando eu ficar daquele tamanho.
- Bella. – Sue me chamou e eu me levantei, eu
havia vindo para cá o caminho todo decidida a não permitir a entrada de Edward,
entretanto a minha boca falou sem a minha autorização.
- Vem. – ele me encarou.
- Serio? – assenti e ele se levantou.
- Então, como vocês dois estão? – perguntou quando
nós dois entramos na sala e nos sentamos nas poltronas em frente a ela.
- Bem, graças a Deus os enjoos pararam. –
- Que bom. – ela deu uma olhada em minha ficha. –
Onze semanas. – assenti. – Eu vou lhe passar alguns exames, apenas para saber
se está tudo bem, se você não está com o inicio de alguma anemia ou algo do
tipo, são exames simples e nem um pouco invasivos, exame de urina e sangue, bem
simples. –
- Tudo bem. –
- Hoje iremos fazer a primeira ultra e ver se
conseguimos ver alguma coisa. Vamos lá? – respirei fundo e assenti. – Então
venha. – me levantei da cadeira, tirando o suéter. Edward me ajudou a me sentar
na cama e eu abri alguns botões da minha camisa, prendendo-a no sutiã e abrindo
e abaixando um pouco a minha calça. – Será bem tranquilo e um pouco gelado, mas
fora isso será tranquilo, se a imagem for boa, irei tirar uma foto para vocês. –
- Tudo bem. – ela passou o gel gelado pela minha
barriga e pegou o aparelho e começando a passar pela minha barriga. Edward apoiou
os braços na cama ao meu lado, com o rosto perto do meu, as minhas mãos estavam
rente aos meus seios, segurando a camisa, ele tirou uma das mãos da cama e
segurou a minha mão dando um beijo nela e eu desviei os olhos da tela olhando
para ele.
Seus olhos brilhavam ao olhar para o monitor. Deus,
por que eu engravidei do babaca do Mike e não de Edward? Ele seria um pai muito
melhor para o meu bebê do que Mike jamais poderá ser algum dia, mas mesmo assim
eu sinto que não quero que ele assuma o meu bebê, eu não quero deixa-lo no meio
da briga entre Tanya e ele, e quando ele arrumar outra pessoa para transar? Até
por que isso é apenas sexo. Quando ele arrumar outra, não irá querer mais nada
comigo e se verá preso a um filho que não é dele e vai começar a deixa-lo de
lado, porque nada liga o meu bebê a Edward.
- Olha, não irei conseguir uma boa foto do bebê,
mas tenho algo tão bom quanto... – Sue atraiu a minha atenção e eu desviei os
olhos de Edward e a vi apertando um pequeno botão e logo a sala se preencheu
com o som do coraçãozinho do meu bebê.
Eu nunca fui de chorar, mas os hormônios estavam
acabando comigo e hoje não seria diferente. Assim que eu identifiquei o som
como sendo do coração do meu bebê eu não consegui evitar os meus olhos de se
encherem d’água e de evitar que algumas escorressem. Senti o peso de Edward
saindo da cama, ele havia tirado os dois braços da cama, ele continuava a segurar
uma de minhas mãos e a outra ele secou as lágrimas que escorria de meus olhos.
- Está ouvindo, Bella? – perguntou baixo próximo
ao meu ouvido. – É o coraçãozinho de nosso bebê. -
Nenhum comentário:
Postar um comentário