quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Capítulo 05


Salém, Massachusetts.
30 de Outubro de 2018.

Pov. Bella.

Era madrugada, eram por volta das duas da manhã. Nós dois estávamos no cemitério, Edward terminava de cavar a cova sob o tumulo de uma tal Margaret Swan, eu conhecia toda a linhagem Swan, e não havia uma Margaret Swan em nossa arvore genealógica. Nós deixamos a casa de Edward após sua mãe nos obrigar para ficar para jantar e eu mandei uma mensagem a minha mãe de que iria dormir na casa de Edward, e Edward disse aos seus pais que iria dormir em minha casa.

Ao sairmos de sua casa viemos para o cemitério que já estava fechado e entrar foi bem fácil, quando chegamos ao cemitério eu usei o pêndulo mais uma vez e o mesmo nos guiou até a cova de Margaret Swan. Nós já suspeitávamos que teríamos que cavar algo, portanto trouxemos algumas pás da casa de Edward, mas não esperávamos cavar um túmulo.

- Está muito frio. – reclamei abraçando mais forte o meu corpo, maldito momento que eu me esqueci de pegar um casaco mais grosso antes de sair de casa.

- Pegue a manta e se aqueça com ela, estou quase acabando aqui. – disse dando uma pausa e respirou fundo.

- Temos que acabar isso logo, antes que apareça alguém. – comentei olhando em volta e Edward voltou a cavar e bateu em algo de madeira.

- Achei. – ele disse e eu, abraçando mais forte ainda o meu corpo, me aproximei do buraco e ele tirou o resto da terra revelando um caixão. – Isabella, é bom não ter um corpo aqui. – e ele respirou fundo antes de abrir metade da tampa do caixão. – Livros! – ele disse aliviado e me ajudou a descer.

Eram os grimórios que minha mãe havia escondido. Eu li por alto os nomes escritos com tinta dourada na capa. O mais antigo era de Elizabeth Swan e o mais novo de Marie Swan, minha avó. Tinha vários ali, mas eu sentia que estávamos indo no caminho certo. Edward apanhou a mala de lona que ele havia trazido de sua casa e nós colocamos os grimórios ali um por um, e após fechar a tampa, saímos do buraco e colocamos a terra no lugar, deixando o máximo possível sem parecer que alguém havia mexido ali recentemente.

Foi só termos colocando a grama arrancada no lugar que um trovão rasgou o céu e uma tempestade caiu nos molhando por completo. Recolhemos tudo rapidamente e basicamente correndo de volta para o carro, a lanterna e as pás foram jogadas no porta-malas e a mala também e nós entramos nele. Não bastava o frio, agora estávamos completamente molhados.

Seguimos para a casa de Edward e chegamos lá por volta das três da manhã. Tentamos nos livrar de qualquer vestígio de terra e seguimos para o seu quarto sem fazer o menor barulho e sem molhar a casa. Entramos em seu quarto e a porta foi trancada. Eu estava tremendo de frio, completamente molhada e sentia meus dentes batendo. Ele rapidamente ligou o aquecedor no máximo e se aproximou de mim segurando meu rosto entre as mãos.

- Seus lábios estão ficando azuis... –

- Os seus também. – comentei e uniu nossos lábios em um beijo rápido, como se quisesse esquenta-los. – Eu vou pegar uma roupa para você, você toma um banho quente antes que fique doente.

Ele seguiu até o seu armário e pegou uma camisa e me entregou junto a uma toalha limpa e eu segui para o banheiro. Graças a Deus, minha calça era grossa e não havia molhado minha calcinha, mas meu sutiã estava completamente molhado. Eu tirei minha roupa e tomei um banho quente e após me secar, coloquei a calcinha de novo e a camisa do Pink Floyd, que acabava no meio de minhas coxas e sai do banheiro secando meus cabelos.

Edward entrou logo em seguida e tomou um banho rápido e saiu do quarto com nossas roupas molhadas em mãos. E em menos de dez minutos ele voltou com uma garrafa térmica de café e alguns pacotes de biscoito e chocolate. Ele sabia que a leitura seria longa. Nós espalhamos os grimórios na cama e fomos para debaixo de suas cobertas para nos aquecermos e cada um pegou um grimório e começou a ler.

Eu comecei com o grimório de Elizabeth, onde ela descrevia os poucos feitiços que conseguia fazer e o seu destino. Elizabeth apaixonou-se por Aro, um amigo de Alec, eles se casaram e uma semana depois ele estava morto, mas sua semente havia sido germinada no útero de Elizabeth, que teve um casal de gêmeos. A esposa de Caius havia descoberto que a sobrinha era uma bruxa e a entregou para a igreja, seus filhos foram para as mãos da família de seu marido e ela enforcada em praça publica.

Apenas Annelise, bisneta de Elizabeth que foi a primeira e usar a palavra maldição em seu grimório. Ela havia tocado no camafeu de Gwen e visto o mesmo que eu, mas ao contrário de mim, ela era uma espectadora. E ela foi guiando os pontos. A neta de Annelise, Jane foi a primeira a tentar quebrar a maldição, mas sem sucesso, e a primeira também a criar a poção para ter apenas filhas mulheres.

O dia havia raiado e nós ficamos em silêncio no quarto enquanto os pais de Edward se aprontavam para o trabalho e mais uma vez nós não fomos para a escola. Nós estávamos exaustos, cansados e com dores de cabeça devido a leitura e muito tempo em claro, eu não sabia que horas eram, eu só sabia que havia dormido com o grimório de Jane, que explicava como ela tentou quebrar a maldição, em mãos.

- Bella... – e eu ouvi a voz baixa de Edward perto de meu ouvido. – Acorda dorminhoca... – e eu recebi um beijo em meus lábios e levei as mãos aos olhos os coçando.

- Que foi? – perguntei me mexendo na cama e sentindo uma dor na coluna, provavelmente por ter ficado na mesma posição por tanto tempo.

- Acorda e vem comer alguma coisa. – cocei meus olhos mais uma vez e encarei Edward que estava sentado na cama ao meu lado.

- Que horas são? –

- Passa um pouco das duas... – explicou e eu gemi de cansaço. – Sua mãe ligou, eu inventei uma desculpa e eu acho que ela acreditou. – e eu me sentei na cama vendo os vários livros espalhados por ela.

- Diga-me que eu não dormi e deixei você lendo sozinho?! –

- Eu dormi um pouco depois de você... – garantiu e me deu um beijo rápido. – Meus pais estão de plantão, só voltam amanhã. Então lava o rosto e desce para comer, depois eu te dou suas roupas. – e eu assenti. – Coloca um casaco porque o dia está frio. – e eu assenti de novo e após mais um beijo, ele saiu do quarto, me deixando sozinho.

Eu levantei da cama e segui para o banheiro, onde encontrei uma escova de dentes ainda na embalagem. Eu lavei meu rosto e fiz minha higiene e apanhei o moletom que ele havia deixado em cima da cama e o vesti por cima da camisa do Pink Floyd e desci. Encontrei com Edward sentado em uma das cadeiras da bancada da cozinha. Eu me aproximei dele e lhe dei um beijo na bochecha.

- Eu vou ganhar mais que um beijo depois que você ouvir o que eu achei... – respondeu.

- Não me diga que encontrou algo útil? –

- Eu achei o feitiço para quebrar a maldição... Sente-se e coma que eu leio para você. – disse apontando para o prato de macarronada a minha frente.

- Quem fez? – questionei e ele sorriu.

- Eu fiz. Dona Esme me ensinou a cozinhar e eu cozinho muito bem. – respondeu e eu me sentei ao seu lado.

- Não vai comer? –

- Já comi. Coma que eu vou ler para você... –

- De quem é o grimório? – e ele levantou a capa preta.

- Marie Swan... –

- É da minha avó. – respondi. – Ela... Ela tentou quebrar a maldição? –

- Ela chegou bem perto. – corrigiu-me. – Só faltou uma coisa... –

- O que? –

- O sangue de um descendente de Owen. –

- Leia, por favor... – pedi levando uma garfada ate a boca.

- “Relendo o diário de minhas antepassadas, eu encontrei uma profecia que elas encontraram ao tentar se comunicar com o espírito de Gwen. A profecia era: No dia em que o sangue inocente foi derramado, só ali a maldição poderá ser quebrada. A linhagem deverá permanecer, se o sucesso no seu objetivo quer ter. Numa alma limpa e intocada para o amor nela morada deve fazer, e assim que o elo for criado, jamais poderá ser quebrado. Foi difícil decifrar essa profecia. Todavia eu consegui reunir todos os elementos, com exceção de um.” -  ele leu.

- O dia que o sangue inocente foi derramado foi dia 31 de outubro, ou seja, amanhã. –

- O sangue inocente foi o de Owen... Ou seja, o do descendente dele, ou seja, o meu. –

- Uma alma limpa e intocada, é geralmente algo de bom coração, sem magoa ou rancor. – e ele virou a página.

- Sua avó traduziu a profecia dessa forma. – e ele se pôs a ler. – “Na noite de 31 de outubro de uma lua cheia, faltando uma hora para o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se fecharem, o sangue da bruxa e do inocente de alma pura deverá ser derramado e o ato consumado.”  -  ele leu.

- O que ela quer dizer com ato consumado? – perguntei.

- “Observação: O inocente deverá ter o mesmo sangue ou uma linhagem direta com Owen. Ele deverá ser puro de coração e alma, sem nunca ter deitado-se com alguém.” –

- Você deveria ser virgem... – comentei entendendo o que o inocente de alma pura significava.

- Eu sou virgem Isabella. – e eu o encarei. – Eu disse que meu coração escolheu você, e eu não me deitaria com outra mulher se não você... –

- E se eu nunca lhe quisesse? –

- Morreria virgem. – respondeu e eu sorri ficando com as bochechas coradas.

- Leia como o feitiço deve ser feito. – pedi e ele voltou os olhos para a leitura.

- “Na noite de 31 de outubro, uma hora antes do véu entre o mundo dos vivos e do mundo dos mortos se fecharem, a bruxa e o inocente devem estar em um campo aberto a luz da lua cheia. Um circulo de sal e velas brancas deverá estar na relva. Fogo deve ser ateado dentro de um cálice virgem que contenha o sangue misturado. E o sexo deve ser consumado e o amor verdadeiro romperá a maldição. – ele terminou de ler. – Eu só não sei o que é um cálice virgem e o que significa: uma hora do véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se fecharem.

- Para nós, o Halloween significa um dia que o véu entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos se abre. Uma hora antes dele se fechar, significa uma hora antes do dia acabar, ou seja, antes de completar meia noite. Ou seja, esse feitiço deve ser feito às 23h. – expliquei. – E um cálice virgem é um cálice que nunca foi usado. –

- Deixa ver se eu entendi. – ele largou o livro em cima da bancada e me encarou. – Nós dois teremos que transar, às 23h, de um dia de Halloween, de lua cheia, após misturarmos nossos sangues em um cálice nunca usado e atear fogo nele? – assenti.

- Acredito que quando Gwen lançou a maldição fosse uma noite de lua cheia, perto de o dia encerrar. E a parte do fogo, deve ser porque o sangue de Gwen se misturou com o Owen e logo em seguida o fogo  tomou conta de seus corpos. – expliquei. – Eu não vou obrigar você a fazer isso. –

- Eu não estou aqui por obrigação. Eu estou aqui e quero fazer isso porque eu te amo e quero ficar com você. – e ele levantou da cadeira e ficou no meio de minhas pernas e me deu um beijo. – Eu te amo Isabella, entenda isso. É amor verdadeiro iremos acabar com a maldição. Temos tudo. –

- Menos um campo aberto banhado pela luz da lua. A menos que queira fazer isso em praça publica. – e ele pensou um pouco.

- Eu sei onde podemos fazer isso... – respondeu e roçou o nariz no meu.

- Onde? –

- Lembra que eu disse que gosto de explorar a cidade? – assenti. – Eu achei uma campina. Ninguém vai lá, principalmente porque é no meio da floresta. –

- Mesmo assim Edward. É noite de Halloween e... –

- Todos os adolescentes deverão estar na festa da escola, e as crianças há essa hora já estarão dormindo. – respondeu. – Se quiser levo você até lá. – e eu assenti. – Vou pegar suas roupas. –

Ele foi pegar minhas roupas na lavanderia e eu lavei a louça que havia sujado comendo. Ele me entregou as roupas e subimos para o seu quarto. Eu entrei no banheiro, me trocando e escovando os dentes de novo. Com exceção do livro de minha avó, nós guardamos todos dentro da mala de lona e escondeu em cima de seu guarda roupa, hoje de madrugada iríamos coloca-los no lugar antes que alguém descobrisse e saímos de casa.

Nós entramos em seu carro e ele dirigiu para o sul, até a Salém Woods, perto da divisa da cidade. Edward estacionou o carro no meio fio e nós entramos na floresta por uma trilha por cinco minutos e depois ele me guiou a esquerda dela, passando por algumas arvores e foi indo à frente. Em vinte minutos estávamos em uma pequena campina, e a luz tocava ali perfeitamente.

- É perfeito. – disse no sentido da realização do feitiço.

- Acha que consegue arranjar tudo hoje? –

- Sim. Consigo. – e eu o encarei e ele me olhava sorrindo amplamente, que chegava em seus olhos e eu sorri junto.

Edward levou a mão até a minha nuca e me puxou para perto dele, unindo nossos lábios em um beijo calmo, onde se era bem perceptível e palpável todo o amor que ele dizia sentir por mim. E eu também não consegui esconder o amor que eu sentia por ele. O beijo era calmo e apaixonado, seus lábios macios sobre os meus, e sua língua quente se enroscava a minha de forma perfeita.

O som de uma trovoada fez com que o beijo fosse interrompido e nós voltamos para a estrada e dessa vez ele me deixou em casa. Quando eu cheguei em casa minha mãe não comentou nada comigo pelos dois dias sem aparecer na escola e por não ter vindo dormir em casa. E eu também não lhe dei a chance de falar já que inventei uma desculpa e corri para o meu quarto trancando a porta. Eu temia que caso ela descobrisse o que estava planejando fazer, ela tentar me impedir.

Chegando em casa eu pude tomar um banho e colocar uma roupa limpa e conversando com Edward por mensagem fizemos o trabalho de mamãe, usando como fonte os grimórios que encontramos enterrados e em pouco tempo o trabalho estava pronto. A noite durante o jantar, mamãe tentou tocar no assunto de eu ter ficado o dia inteiro com o Edward e eu disse simplesmente que não fomos a aula porque ficamos o dia inteiro rodando a cidade fazendo o trabalho dela e pelo visto ela acreditou.

Eu fiquei de arrumar a cozinha e elas foram dormir. Um pouco depois da meia noite, Edward parou o carro em silencio na porta de minha casa e após eu conferir que minha mãe estava completamente apagada, eu peguei um casaco grosso e sai de casa, entrando em seu carro e ele mais uma vez dirigiu para o norte para enterrarmos os grimórios, com exceção de o de minha avó, e ficamos conversando um pouco dentro do carro.

Eu perguntava se ele queria realmente fazer aquilo, por mais que tivéssemos tudo para a realização do feitiço, eu ainda tinha duvidas dentro de mim que ele poderia dar errado e ele acabar morrendo, e eu sinceramente não conseguiria viver sabendo que eu causei a sua morte. Nós verificamos a temperatura e a lua de hoje e vimos a noite a temperatura estaria agradável e seria noite de lua cheia, como mandava o feitiço.

Quando o sol começou a despontar no horizonte, eu me despedi de Edward, lhe dando um beijo e entrei em casa antes que minha mãe me encontrasse acordada. Eu segui direto para o meu banheiro e tomei um banho morno. Coloquei uma calça jeans clara, uma camisa branca, com alguns botões na frente e um casaco um pouco grosso colorido, faixas grossas brancas, marrons, azuis e verdes. Calcei meus tênis e desci as escadas.
Quando minha mãe e Alice acordaram, elas estranharam o fato de eu já estar acordada, vestida e com o café da manhã na mesa. Elas se sentaram para tomar o café da manhã que eu havia feito. Eu não comi muito, eu sentia meu estomago um pouco revirado devido ao nervosismo para hoje a noite. Mas mesmo assim eu empurrei uma torrada com geleia de amora e um copo de suco de maçã.

- Bella. – Alice me chamou e eu a encarei. – Me ajuda a colocar uma fantasia bonita? – perguntou e eu assenti.

- Vai lá que eu limpo aqui, já que você fez o café... – minha mãe disse e eu assenti. E eu e Alice subimos as escadas para o seu quarto.

Alice queria ir fantasiada de unicórnio, eu a ajudei a colocar um vestido rosa com saia de tutu e algumas flores rosa e azuis na cintura, e um arco com um chifre dourado, orelhas rosa e mais algumas flores ali.  Eu passei um batom cor de vinho bem claro em sua boca e ela estava pronta. Peguei sua mochila e passei no meu quarto para pegar a minha e nós descemos as escadas.
Mamãe já nos esperava e nós fomos embora, algumas crianças saiam de suas casas fantasiadas e nós seguimos para o carro. Alice ia cantarolando alguma musica de seu desenho enquanto minha mãe dirigia pelas ruas. Nós víamos as casas arrumadas, com chapéus de bruxas, esqueletos, morcegos e abóboras, mamãe odiava o que faziam com a imagem das bruxas, mas não havia nada que ela e nem ninguém pudesse fazer para mudar isso.

- Mamãe, quem vai me levar para pedir doces? – Alice perguntou.

- Bella? – ela perguntou me encarando.

- Não posso. Marquei de sair com o Edward. Ficaremos o dia inteiro fora. – dei de ombros e ela me encarou com o canto dos olhos.

- Eu te levo filha. E depois de deixo na casa da senhora Stewart. – respondeu estacionando o carro no estacionamento da escola. Nós descemos do carro e vimos várias crianças fantasiadas e alguns adolescentes também, Alice saiu correndo para perto de alguns amiguinhos que estavam fantasiados em um canto e antes que eu pudesse me afastar, mamãe me puxou pelo antebraço. – Você acha mesmo que eu não sei o que você está fazendo? – ela perguntou com raiva. – Desista de tentar quebrar a maldição e aceite seu destino. Ou tenha um filho com Edward ou se afaste dele. –

- Eu sei que a vovó tentou e não conseguiu quebra-la... –

- Todas nós tentamos Isabella, acha que você é a única que sofre por não ter um pai ou por não poder se apaixonar? Eu tentei e não consegui e você também não vai. Você só vai se magoar e... –

- Edward é descendente de Owen. – respondi e ela me encarou piscando. Ela fora pega de surpresa. – Nós encontramos na casa dele o diário da filha de Gwen e Owen, Elizabeth, e vimos arvore genealógica dele. Owen tinha um irmão, Caius, que é antepassado de Edward. Dessa vez, eu tenho tudo o que é necessário. Vai dar certo. – disse firme e convicta, mas sem ter certeza se iria mesmo.

- Se você não conseguir, Edward morre. –

- Eu vou conseguir... – disse firme. – Eu não vou deixa-lo morrer. – e eu puxei meu braço.

- Depois não diga que eu não lhe avisei. – e ela saiu andando para a sala dos professores.

- Bella. – e Edward se aproximou de mim e me abraçou forte. – Estava brigando com a sua mãe? –

- Ela sabe o que vamos tentar fazer hoje. Ela acha que não vamos conseguir. E se não conseguirmos você morre... –

- Nós vamos conseguir. Temos tudo, não? – neguei. – Como não? –

- Eu vou comprar o cálice hoje assim que sairmos da escola. – respondi.

- Então temos tudo. – e ele roçou o nariz em meus lábios quando o sinal tocou. – Vamos para a aula. –

Nós nem poderíamos dizer que tivemos aula hoje, todos só sabiam falar sobre a festa de halloween de mais tarde e das fantasias que irão usar. Nós só tivemos aula, propriamente dita com minha mãe, que fez todos apresentarem seus trabalhos, muita gente encontrou coisas da época dos julgamentos, mais muita gente nem sabia explicar o que aquilo ali era.

Na minha vez e da de Edward, nós apresentamos o diário de Elizabeth obviamente escondendo o conteúdo dele, falando que era quase que impossível ter um assunto solido devido às traças, e Edward apresentou sobre outro diário da filha de Alec, que ele encontrou dentro das caixas. E as pesquisas feitas com os moradores foram entregues a minha mãe e nós fomos liberados.

Minha mãe voltou para casa com Alice e Edward me deixou no centro da cidade para que eu pudesse comprar o que eu precisava. Eu comprei o cálice virgem e voltei andando para casa enquanto Edward ia resolver uns problemas em sua casa.

Eu cheguei a minha casa depois de uns trinta minutos caminhando e minha mãe estava na rua buscando doces com Alice. Eu segui para o meu quarto apanhando uma mochila e colocando tudo que eu precisaria. O sal branco, as velas, o cálice e o punhal dentro de uma mochila e quando começou a escurecer, Edward me mandou mensagem avisando que estava chegando e eu desci as escadas.

Minha mãe já havia deixado Alice na cada da senhora Stewart e estava apenas esperando dar a hora para ir para a escola, ela seria uma das professoras que ficariam de olhos nos alunos. Edward buzinou no lado de fora e eu segui para a porta.

- Você tem certeza que vai fazer isso? –

- Tenho. – respondi.

- Você sabe o que vai acontecer caso falhem? –

- Eu sei. Mas nós não vamos falhar. – disse convicta e sai de casa, fechando a porta atrás de mim. Eu encostei a cabeça na porta e fechei os olhos. – Deusa, que não dê errado, por favor. – pedi mentalmente e esperava ser atendida. .

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