domingo, 23 de dezembro de 2018

Capítulo VIII


Pov. Bella

Eu e Edward só paramos de trocar mensagens quando o sol nasceu e ele teve que começar a se aprontar para ir trabalhar e eu pude dormir um pouco, pelo menos até às oito horas quando Gina acordou com fome. Hoje ela estava animada, bem e faminta, o que era um sinal muito bom. E relembrando seu tempo de bebê, quando eu a ajudei a tomar banho, eu fiquei mais molhada do que ela, já que a mesma ficava pulando, dançando e cantarolando que ia ver o pai de novo. Após uma tremenda luta, eu consegui terminar de dar um banho nela e a ajudei a se vestir.

Ela falava que queria estar bem bonita para almoçar com o pai e como eu pretendia dar uma volta com ela antes de irmos para a empresa de Edward. Eu coloquei uma saia branca, que ia até a altura de seus joelhos e uma camiseta, de mangas curtas, rosa clara, um cinto marrom fino em cima da saia e botas curtas marrons e após secar e pentear seu cabelo, eu coloquei uma touca branca e deixei-a sentada na cama assistindo ao desenho do Bob Esponja, enquanto eu tomava banho.


Eu tomei um banho rápido e me vesti. Hoje o dia estava bom e quente, tanto que coloquei um vestido claro, parecido com uma camisa social, mas que ia até um pouco abaixo de meus joelhos, de mangas curtas e dois bolsos na saia, e um cinto fino, próprio do vestido, marcando a cintura e deixando alguns botões de cima e de baixo aberto. Calcei saltos cor de pele e peguei um casaco para Gina e coloquei dentro da minha bolsa e nós saímos.


Levei-a para tomar café fora do hotel e depois disso dar uma volta no parque em frente à cafeteira, onde, não demorou muito e ela se enturmou com as coisas crianças, brincando e volta e meia correndo.

- Mamãe… Mamãe… - ela veio correndo até o banco onde eu estava sentada.

- Hey, você está bem? - perguntei vendo que ela estava um pouco ofegante.

- Tô. - respondeu quando eu a peguei, sentando-a em meu colo e levando a mão até a sua testa. - Mamãe, eu estou bem. - disse tentando afastar minha mão e eu verifiquei sua temperatura mesmo assim. - Eu tô com sede. - disse e eu sorri abrindo minha bolsa e pegando sua garrafinha. Eu sempre levava sua garrafinha com água na bolsa, para o caso de dar a hora dela tomar seus remédios.

- Bebe devagar. - pedi quando a virou a garrafinha.

- Mamãe, não está na hora de irmos ver o papai? - disse e eu peguei meu telefone vendo a hora. Eram onze e meia.

- Está meu amor. Vai lá se despedir de seus amiguinhos e vamos. - a coloquei no chão e ela me entregou a garrafinha e eu guardei-a na bolsa, após fecha-la bem.

Gina se despediu dos amigos e veio na minha direção e eu me levantei pegando a sua mão. Eu a levei para o carro e coloquei-a sentada na sua cadeirinha e entrei no banco do motorista e dirigi mais uma vez para a empresa de Edward, chegando um pouco atrasada e mal estacionei o carro e meu celular tocou.

- Oi. - atendi a ligação de Edward enquanto abria a porta do banco de trás.

- A Gina está bem? - perguntou meio desesperado.

- Está! - garanti soltando o seu cinto. - Por quê? -

- São quase meio dia e meia e vocês não chegaram. -

- Acabei de estacionar do lado de fora. - confessei quando Gina desceu do carro e eu fechei a porta. - Estou subindo. -

- Tá. Décimo andar. -

- Tudo bem. - desliguei o telefone e peguei Gina no colo e entramos no prédio.

- Boa tarde. - o recepcionista chamou minha atenção.

- Boa tarde. -

- Nome. Documento. Andar? -

- Isabella Swan. - entreguei meu documento de identidade. - 10°. - ele leu meu nome e me entregou o documento e um cartão de visitas.

- O senhor Cullen deixou avisado que a senhora viria. - avisou. - O elevador fica a direita. -

- Obrigada. - agradeci e caminhei até o elevador e apertei o botão do 10° andar e eu coloquei Gina no chão ajeitando sua roupa. E em pouco tempo as portas se abriram e nós caminhamos a uma enorme mesa branca de mármore. - Bom dia… Estou procurando o Edward. -

- Quem deseja? - a mulher loira disse e eu reconheci aquela voz depois de tantas vezes ouvir ele está ocupado, liga depois.

- Isabella Swan. - disse ríspida e ela me encarou em choque. - Vai chamá-lo ou dizer que ele não está e que é para eu aparecer depois?! - perguntei ironicamente e ela ficou olhando pros lados, sem saber o que responder.

- Ér… - e ela foi interrompida por um grito agudo e riso de Gina; e eu me virei rapidamente e vi que Edward estava atrás de nós e havia pego a menina no colo.

- Oi bebê. - ele deu um beijo na bochecha da filha.

- Oi papai. -

- Você está bem? Demoraram… -

- Eu tava brincando no parque… -

- Estão perdoadas… - e eu revirei os olhos. - Senhorita Hale… - disse ele olhando para a secretária. - Me encontre em minha sala em cinco minutos. Temos que conversar. -

- Sim senhor Cullen. - disse com as mãos tremendo um pouco.

- E a senhorita… A senhorita vem com o papai… E a senhora também. - e ele me pegou pela mão e me puxou para a sua sala.

- Tá brincando comigo… Você saiu daquela sala que era basicamente um ovo e veio para cá? - perguntei ironizando e vendo o tamanho de sua sala. Piso de madeira, paredes claras, a sala em si era enorme, se bobear maior que o andar debaixo de minha casa. Em um canto um armário de madeira, com uma mesa enorme e uma cadeira de couro de um lado e duas cadeiras acolchoadas do outro e do outro lado da sala, um pequeno sofá de couro preto, com uma mesinha de centro e duas poltronas, uma de cada lado da mesinha.


- Eu te falei que tudo nesse lugar é exagerado. - disse fechando a porta. - Então bebê… Olha, o papai tem só mais uma coisinha para resolver e depois eu vou levar você e a mamãe para almoçar… Tudo bem? -

- Tá papai. - e ele deu um beijo em sua bochecha e uma batida soou pela porta.

- Entra. - ele disse.

- Com licença. O senhor queria falar comigo? - e sua secretária, a tal de Rosalie, entrou na sala, basicamente tremendo e como se estivesse à beira de um AVC.

- Quero sim. Fecha a porta. -

- Quer que eu espere com ela lá fora? - perguntei.

- Não, eu quero que você escute. - disse e pegou algumas folhas e canetas em cima da mesa. - Que tal a senhorita, fazer um desenho bem bonito para o papai, enquanto a mamãe e o papai conversam com essa moça? - perguntou sentando-a no chão em frente à mesinha de centro.

- Tá papai. - disse quando ele colocou as folhas e as canetas.

- Tenta não se sujar e nem sujar a mesa, meu amor. - pedi.

- Tá mamãe. - disse e começou a rabiscar o papel e Edward se reaproximou de mim, encostando-se a sua mesa e cruzando os braços enquanto Rosalie nos encarava.

- Eu posso explicar. - disse antes mesmo que Edward abrisse a boca.

- E você por acaso sabe sobre o que é a conversa? -

- Provavelmente sobre as ligações da senhora Swan. - supôs.

- Por que não me passou nenhuma? -

- Senhor Cullen… Senhor eu… Eu só segui ordens… -

- De quem? -

- Sua mãe e da dona Jéssica. - ela respondeu. - Sua mãe disse que não era para passar para o senhor nenhuma ligação de Dublin, principalmente se fosse da senhora Swan. E quando eu questionei o motivo, ela disse que era para fazer o que ela havia mandado e sem questionar. E que se ela soubesse que o senhor tinha atendido alguma ligação dela, eu iria para a rua. -

- E você afastou uma filha de um pai apenas para não ser demitida? - questionei.

- Senhora. Perdoe-me, mas eu não sabia sobre a menina. A ordem era, que se a senhora insistisse era para passar para a senhorita Jéssica. - explicou.

- E quanto às encomendas vindas de Dublin? - ele questionou.

- A primeira, eu ia tentar entregar ao senhor sem que elas soubessem e fingir que o senhor havia visto antes que eu pudesse entregar à senhorita Jéssica. Mas sua mãe viu antes e pegou. E depois disso, elas basicamente ficaram batendo ponto quase todo dia esperando alguma encomenda, até notar que elas vinham sempre no final de março. - respondeu.

- Então Jéssica pegou todas as minhas encomendas? -

- Sim senhor. -

- Quem mandou você, me dizer, que a Bella havia me ligado, dizendo que havia seguido em frente e que não era para eu procura-la mais? - ela apertou os dedos, um nos outros. - Responde. -

- Sua mãe. - respondeu. - Ela não queria que o senhor fosse embora de novo. Eu a ouvi falando isso com a senhorita Jéssica. - explicou.

- E essa ligação existiu? -

- Não. As únicas ligações da senhora Swan foram pedindo para falar com o senhor. Admito que nas últimas eu escutei um choro e barulho de bebê, mas não sabia do que se tratava. Não sabia que era sua filha, até porque eu não sabia o que a senhora Swan era para o senhor. -

- Onde está Jéssica? -

- Saiu para almoçar com a Alice. - Edward assentiu.

- Pode ir. -

- Devo arrumar minhas coisas? -

- Não Rosalie. Não deve. E eu não quero que comente nada com ninguém sobre isso. Não até eu falar com Jéssica. Depois você pode espalhar para o mundo inteiro… Agora pode ir. - ela assentiu e saiu. - No fundo eu sabia que tinha dedo de minha mãe. -

- Eu também. - admiti. - Mas como ela pôde fazer isso com a própria neta? - questionei. Nós falávamos baixo, para que Gina não ouvisse, mas ela estava tão absorta em seu desenho, que não ligava para nós.

- Eu já te falei que ela não se importa com a família. - suspirei e ele se postou a minha frente e me segurou pelo rosto. - Eu te disse que não sabia de nada. -

- Eu sei. No fundo, bem no fundo, eu sabia que você não faria uma coisa dessas. -

- Até porque não tem como negar que ela é minha filha. É a minha cara. - apontou e olhou para Gina por sobre o ombro.

- Minha mãe disse que eu tenho uma copiadora no lugar do útero. - ironizei e ele sorriu me encarando.

- Seus pais estão putos comigo, não é? Não é para menos. -

- Para ser sincera, não. Eles sempre me incentivaram a vir atrás de você, mas eu que não quis. Eu tinha… Eu tinha medo que você falasse aquilo na minha cara. E ontem, antes de eu trazer a Gina, eu… Eu estava apavorada achando que você pudesse rejeita-la na frente dela. - disse sentindo minha voz ficando chorosa e eu engoli meu choro. - Jacob está puto com você. E comigo também. Mas é um puto que, se você explicar a ele o que realmente aconteceu, ele vai perdoar você… Talvez depois de quebrar seu rostinho bonito, mas vai. - ele sorriu de lado.

- Por que ele está puto com você? -

- Porque eu o fiz broxar. -

- Como? -

- Ontem, enquanto você estava com a Gina, eu estava no bar no telefone com a Nessie. - ele assentiu. - Eu liguei e bom… Ela atendeu ao telefone enquanto estava transando com ele e ele broxou. - e Edward riu.

- Esses dois são loucos. - balançou a cabeça sorrindo. - Bella. - tirei os olhos do nó de sua gravata e o encarei. - Eu amo você. E depois de tudo que Jéssica fez, eu não vou me casar com ela, nem se o Papa me obrigar. Então eu… Eu quero saber… Você ainda me ama? Porque se você ainda me amar, eu quero continuar de onde paramos e recuperar os anos perdidos. - eu aproximei meu rosto um pouco do dele e rocei meu nariz ao seu.

- Vamos resolver um problema de cada vez. - disse. - No momento, eu estou mais focada na saúde de Gina e em realizar as vontades dela, para o caso de o… De o pior ocorrer… - disse sentindo um aperto na garganta. - Mesmo que as chances dela ficar bem sejam muitas. Eu não quero imaginar que o tratamento pode não funcionar e ela não ter realizado alguns de seus sonhos. - ele assentiu. Mesmo a chance sendo grande, não era ainda cem por cento, então, havia chances dela não melhorar. - E bom, já posso riscar o primeiro da lista. Ela já conheceu você. -

- E qual é o próximo? -

- Disney. Mas não sei se vai dar para eu leva-la, pelo menos não agora. - ele assentiu.

- Posso fazer algo… - assenti. - O que? -

- Leva-la para almoçar. - ele sorriu.

- Claro. Vou busca-la. - e ele se afastou de mim. - E aí gatinha. - e sentou no sofá atrás da filha.

- Olha papai. - ela amostrou o desenho e ele a pegou sentando-a em seu colo. - Eu, o senhor e a mamãe e o senhor orelhas. -

- É lindo. É tão lindo que eu vou colocá-lo em uma moldura e colocar na minha mesa. - ela riu.

- Papai… - o chamou após olhar de mim para ele.

- Que? -

- O senhor vai ficar com a mamãe? -

- Gina. Nós conversamos sobre isso ontem. - lembrei-a.

- Eu sei. A senhora disse que o papai tem uma noiva… Papai termina com ela e volta com a mamãe. - pediu fazendo beicinho.

- É o que eu mais quero. Ajuda-me a convencer a sua mãe. -

- Tá bom, já chega… - disse me afastando da mesa. - Vamos logo, porque essa criança não pode ficar muito tempo sem comer. - apontei e ele se levantou a pegando no colo.

Edward colocou o desenho sobre sua mesa e pegou suas coisas e nós deixamos a sua sala. Nós fomos ao meu carro e como sempre, Edward foi dirigindo. Ele parou em um restaurante e eu levei a minha menina até o banheiro para lavar as mãos e logo estávamos de volta à mesa, onde ela pediu seu prato favorito - bife com batatas fritas - e ainda roubou algumas do pai.

Após o almoço, dei o seu remédio e ele insistiu em ir até nosso hotel para ficar um pouco com mais com ela, até que ela acabou dormindo enquanto via algum desenho no colo do pai. Edward a deitou a cama e voltou para o trabalho enquanto eu fiquei na varanda com a minha mãe em uma ligação via Skype.

- Então, foi realmente a mãe dele? - Nessie perguntou, já que ela estava lá com minha mãe.

- Foi. - respondi. - Como ela pôde fazer isso com a própria neta? Afastá-la do pai só para que ele não fosse embora de novo? Isso é horrível. -

- Pelo menos já sabem a verdade. Ele já sabe que foi obra da mãe e dessa tal futura ex-noiva. - minha mãe disse. - Você já sabe que ele não largou você porque quis e que ainda te ama. E é algo recíproco. -

- E agora vocês dois podem ficar juntos de novo. E eu quero ser a madrinha do casamento. Nada mais justo. - Nessie disse.

- Eu quero resolver um problema de cada vez. Primeiro: A saúde da Gina. - respondi e olhei por sobre a tela e ela ainda dormia. - Ele perguntou se a senhora e o papai estavam com raiva dele. -

- Estávamos um pouco. Mas sempre incentivamos você a ir atrás dele. E você não quis. -

- Eu sei. - disse baixo e senti meu celular vibrar. - Um minuto. É o Edward. - tirei os fones e atendi ao telefone. - Oi. -

- Estão no hotel? -

- Sim. Gina tá dormindo ainda. Por quê? -

- Eu tô indo praí. -

- Está tudo bem? -

- Te explico quando chegar aí. Estou saindo daqui agora. -

- Tudo bem. - e eu desliguei o telefone e voltei para os fones.

- Ele está indo praí é? - minha mãe perguntou com um leve toque de malícia. - Nada de sexo perto da menina. - e Nessie gargalhou.

- E a menina foi feita como? - retrucou.

- Ninguém aqui vai fazer sexo. E eu disse que não ia fazer nada com ele, principalmente enquanto ele estiver noivo. - rebati.

- Nessie eu aposto dez pratas que eles vão transar. -

- Tô nessa. - bufei. - Amiga, admite, seu corpo não resiste a ele. Ainda mais de depois de mais de seis anos sem sexo, só com dedos e o chuveirinho do banheiro. -

- Eu tenho que parar de contar as coisas para as duas. -

- Olha só. Eu fiquei um mês e meio longe do Jacob, devido ao trabalho. Amiga, se com consolo, chuveirinho e dedos, eu fiquei louca quando ele chegou e transei loucamente, imagina você. - bufei de novo, mas não pude evitar que imaginar por dentro. - E ainda mais você que sempre foi apaixonada por transar com ele. - ela olhou para os lados. - Admite você está louca para cavalgar no pau dele com vontade. Admite. Admite. Admite… -

- Tá bom. Eu tô. - admiti quando gritando e senti o vão no meio de minhas pernas 'despertar’. Eu não podia negar, a minha posição favorita com ele era quando eu estava por cima. - Mas mesmo assim Nessie… -

- Mesmo assim porra nenhuma. - minha mãe ralhou comigo. - Ele quer e você também, então abre as pernas para ele e se divirta. - ela quase gritou.

- Vocês esqueceram que a Gina está aqui, não é? - questionei.

- É mesmo… Tínhamos esquecido. - minha mãe disse.

- Banheiro. - Nessie disse simplesmente. - Só não geme alto para não acordá-la. - bufei e meu celular vibrou.

'Dê: Edward.
Para: Bella.
Estou no elevador.’

Mordi os lábios ao ler a mensagem, porra minha calcinha estava ficando molhada devido a maldita conversa com minha mãe e Nessie, ele tinha que chegar logo agora.

- Olha lá ela pensando se vai dar ou não. - e a voz de minha mãe chamou minha atenção.

- Mãe para de falar merda. Falo com vocês depois. - disse e desliguei o computador sem deixá-las se despedir e fui até a porta e assim que a abri, o encontrei com algumas caixas, na mão. - São as caixas que eu mandei? - perguntei vendo que elas ainda estavam fechadas, menos uma.

- Sim. Jéssica me entregou todas. Depois de uma briga bem feia. - ele entrou e eu fechei a porta.

- E aí? -

- E aí que eu terminei com ela. E ela tentou fazer chantagem de se eu entregar as caixas vocês se casa comigo? - disse ele afinando a voz e colocando as caixas em cima da mesa e indo até a cama de Gina. - Como se eu pudesse ficar com alguém que escondeu a minha filha de mim e ainda esconde que ela estava doente. - disse e deu um beijo em sua cabeça e voltou para perto de mim. - Por que você está esfregando uma perna na outra? - perguntou e eu nem havia me tocado que estava fazendo isso.

- Nada não… - ele se aproximou de mim.

- Está excitada? - perguntou sorrindo.

- Estou. - confessei.

- Estava vendo pornografia com a nossa filha perto? -

- Não. Estava conversando com a minha mãe e a Nessie. -

- Isso é estranho. -

- É que elas me mandaram dar para você. - confessei. Ele conhecia as duas e nem se assustou quando eu disse isso. - E a Nessie me fez admitir que eu estava, melhor, estou louca para cavalgar em você. E aí ela se acendeu e com você aqui, eu tô imaginando e tá piorando. - disse com a voz baixa e sentindo o calor ficando mais forte e abaixei o rosto e vi sua mão no meio de minhas pernas, acariciando minha buceta por cima da calcinha.

- Eu sinto falta dela. - admitiu tirando a mão de lá.

- Eu não aguento mais. - disse soltando um gemido sôfrego e o puxei para o banheiro trancando a porta e unindo meus lábios ao dele.

Enquanto nós nos beijávamos, eu abri os botões do meu vestido, o tirando e deixando-o cair no chão e ele me empurrou até a pia e sem afastar meus lábios dos dele, sentou-me em cima da mesma e arrancou minha calcinha. O beijo foi interrompido quando eu senti seus dedos entrando em mim, e eles logo saíram e vi os dois bem melados.

Um som bem parecido com o de um rosnado saiu do fundo da garganta de Edward e ele caiu de boca em minha buceta. Atacando-a com vontade, enquanto segurava minhas coxas bem abertas.

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- Oh isso. - gemi mordendo os lábios para controlar os gemidos altos. - Deus, eu havia esquecido como isso era bom. - disse puxando os seus cabelos com força e isso o fez sugar com o meu clitóris. - Oh Edward… - eu gemi o nome dele e ele tirou a boca, vermelha e melada da minha buceta, e eu vi seus olhos faiscando de luxúria.

- Eu não acredito que estou ouvindo isso de novo. -

- Se quiser ouvir de novo, sugiro que não pare. - e ele sorriu maliciosamente e abocanhou o meu clitóris sugando. - Oh Edward… Puta merda. - eu me recontorci na pia e acabei derrubando alguma coisa no chão. - Isso… Estou quase… Quase… - choraminguei e ele sugou meu clitóris com força de novo e eu tampei minha boca enquanto chegava ao meu orgasmo.

Edward continuou com a boca na minha buceta, bebendo todo o meu gozo, só que com toda a calma do mundo, pequenos espasmos ainda percorriam o meu corpo, mas eu me sentia muito bem e nas nuvens e mexia delicadamente em seus cabelos enquanto ele continuava a lamber minha buceta.

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- Esse foi um dos mais fortes que você teve. - Edward disse tirando a cabeça de lá.

- Eu sei. Foi tão bom. - disse baixo passando o polegar por seus lábios, limpando os últimos vestígios de meu gozo e ele chupou meu dedão.

- Quer parar ou quer continuar? -

- Mamãe. - e Gina gritou do outro lado da porta antes que eu pudesse responder e como se tivesse voltado à realidade, empurrei Edward e desci da pia.

- Oi amor. Que foi? - disse vestindo minha calcinha de novo.

- A senhora está bem? -

- Estou amor. A mamãe está saindo. - eu coloquei meu vestido e o abotoei rapidamente e sai do banheiro fechando a porta, só faltava ela me ver com o pai dentro do banheiro. - O que houve amor? Por que acordou? -

- Ouvi algo quebrando. -

- Ah meu amor, você sabe que a sua mãe é muito estabanada. Não foi nada. - a peguei no colo e lhe dei um beijo na bochecha. - Vamos ver desenhos? - ela assentiu e correu até a gaiola do senhor orelhas e o levou junto para a cama e eu liguei a televisão. Depois que ela estava bem absorta no desenho, eu voltei ao banheiro e após bater duas vezes eu entrei e vi Edward recolhendo os cacos do chão e enrolando-os em papel.

- Ela ouviu? -

- Não. Apenas o vidro quebrando. - expliquei quando ele jogou o papel com os cacos no lixo e se aproximou de mim. - O que quebrou? -

- Um vasinho de flores. - disse e me segurou pelo rosto e uniu nossos lábios em beijo calmo.

- Limpa a boca, porque está com o gosto do meu gozo ainda, e vem. -

- Me dá dois minutos. -

- Vai se masturbar? -

- Fiz antes de limpar os cacos. - disse e eu sorri e sai do banheiro e me sentei na cadeira próxima à mesa onde estavam as caixas.

- Papai. - Gina disse saindo da cama e indo para o colo dele.

- Oi amor. -

- O senhor… Estava no banheiro com a mamãe? - perguntou confusa.

- Estava. É que a luz havia queimado e ela pediu para que eu trocasse para ela. - mentiu.

- A tá. - e ela acreditou.

- Princesa. - e ele beijou o rosto dela.

- Papai, o senhor vai dormir aqui hoje? -

- Se a sua mãe deixar… -

- Nem pensar. - cortei logo e Gina fez beicinho. - Pode desfazer esse beicinho. - Edward falou alguma coisa no ouvido dela e ela assentiu sorrindo e a colocou de volta na cama. - O que você disse a ela? -

- Que sábado ela iria dormir no meu apartamento. - explicou e sentou ao meu lado.

- Como foi? -

- Ela tentou negar e ficou negando por quase vinte minutos. - respondeu pegando a caixa aberta. - Mas no fim… Admitiu. - ele abriu a tampa e pegou a foto da ultrassonografia de Gina. - Eu não acredito que perdi tanta coisa por culpa delas. - resmungou vendo as fotos e vi seus olhos começarem a marejar.

- Está tudo bem. - disse segurando sua mão e afagando-a.

- Não. Não está. Eu perdi cinco da vida da minha filha por culpa delas. - me levantei e dei um beijo em sua cabeça.

- Mas agora você pode ficar com ela o tempo que quiser. Pelo menos enquanto estivermos aqui. -

- E depois? -

- Eu não sei. - admiti e ele sorriu de lado e abraçou a minha cintura.

Edward ficou algumas horas vendo as fotos que eu havia mandado para ele, e que nunca havia recebido, até agora. Enquanto ele via as fotos eu ajudei Gina a tomar um banho e a colocar seu pijama e Edward deitou com ela na cama, vendo televisão até dar a hora do seu jantar e depois cama. Edward acabou dormindo ali mesmo e eu deixei. Até porque Gina havia dormido no seu lugar favorito, no colo de alguém e eu apenas deitei ao lado deles e me deixei levar por algo que eu queria há muito tempo. Nós três juntos.

x.x.x

Já tinha três dias desde que Edward e Gina haviam descoberto um ao outro, amanhã era o dia que ela ia dormir na casa do pai e ela estava bem animada. Muito animada mesmo, eu não a via assim há tempos e isso era muito bom. Nós estávamos mais uma vez no parque, um perto da empresa de Edward, que havia saído um pouco mais cedo, antes da hora do almoço e estava brincando com a menina no parque, enquanto eu ficava sentada no banco observando os dois. Eu e Edward não havia nos tocado de novo e nem tocado naquele assunto de novo, estava correndo tudo calmamente e eu não havia saído de Dublin para transar e sim para apresentar o pai da minha filha a minha filha.

- Mamãe… Mamãe… Mamãe… - Gina se jogou no meu colo, me tirando dos meus pensamentos.

- Oi princesa. - a ajeitei em meu colo. - Que foi? Tá sentindo algo? -

- Eu quero ir ao banheiro. - disse baixo em meu ouvido.

- Ah isso… - e Edward ficou parado, de pé a minha frente, todo amarrotado. - Ela quer ir ao banheiro. - mexi a boca para ele.

- Vamos lá à minha sala. - disse alto e estendeu a mão para mim e eu me levantei pegando minha bolsa e pendurando no ombro.

- Eu quero fazer pipi… Eu quero fazer pipi… Eu quero fazer pipi. - Gina cantarolou baixo em meu ouvido e eu comecei a rir, e rir um pouco alto de mais, já que ela balançava a cabeça no ritmo da música que acabou de criar.

- Que foi? -

- Nada não… Só a sua filha que é uma fofa. - e eu dei um beijo em sua cabeça enquanto ela continuava a cantar.

Nós entramos na empresa e pegamos o elevador, e esperamos ele subir até o décimo andar. Não demorou muito e as portas do elevador se abriram e uma mulher baixa, talvez um pouco mais alta que eu, apareceu do outro lado, morena, bem magra e olhos castanhos escuros.

- Onde você estava? - e era a voz de taquara rachada que eu havia escutado. - Quem é essa? Melhor essas? -

- Primeiro. Eu não te devo satisfação. Segundo. Minha filha, que você escondeu de mim por anos. – e eu ajeitei Gina em meu colo como se para protegê-la daquela mulher.

- Então veio atrás dele? - perguntou me encarando.

- Ele tinha o direito de saber sobre ela. -

- Não, não tinha. Estávamos muito bem antes de chegarem. – ela basicamente rosnou para mim.

- Vocês ou você estava? - questionei e Gina se agarrou em mim, ela odiava quando ouvia alguém discutir.

- Eu. -

- Você não se importa com ninguém, além de você mesma. - apontei.

- Você não me conhece. -

- Você escondeu dele que ele tinha uma filha por seis anos. Você ignorou quando eu disse que ela estava doente e que era sério. Você falou muita coisa para mim. Eu não preciso te conhecer para saber que você só se importa consigo mesma. -

- Acredite que fiz um favor a ela. -

- Claro que fez. Fará um maior ainda se você ficar longe dela. Bem longe dela. - e me voltei para Edward. - Eu preciso levá-la ao banheiro. - lembrei-o. Edward enfiou a mão no bolso e puxou a chave da sala e me entregou.

- Conhece o caminho. Eu já vou. - assenti e sai do elevador, e puxei de leve a cabeça de Gina para o meu pescoço para ela não ver Jéssica e nem que Jéssica a visse.

- Você tinha uma reunião na hora do almoço? Por que não foi? - a ouvi perguntando enquanto eu me afastava.

- Já disse que não é da sua conta. - abri a porta da sala de Edward. Eu coloquei minha bolsa no sofá e levei-a ao banheiro. Quando eu coloquei-a no chão, eu vi que seus olhos estavam marejados.

- Meu amor, por que está chorando? - perguntei me agachando a sua frente.

- Ela não gosta de mim. Por quê? - não respondi. Não tinha como eu responder, ela não iria entender, ela era pura e inocente demais para entender o que estava havendo. Apenas a puxei para os meus braços e lhe dei um beijo na testa.

- Olha meu amor, nesse mundo você vai achar muita gente ruim e interesseira. E essa mulher é uma dessas. Mas mesmo assim, você é um amor. Eu, seus avôs, padrinhos e agora o seu pai, amam você. Não tem que se preocupar com pessoas de fora. Você é um ser bom no meio de muita gente ruim, ignore-as e trate-as com toda a educação e amor que você tem, é a sua proteção e arma contra as pessoas ruins. Tá bom? - ela assentiu fungando. - Agora vai lá fazer seu pipi, para irmos comer com o papai, porque amanhã você vai passar o dia todo com ele… - disse e ela riu por cima das lágrimas translucidas.

Gina foi ao banheiro, eu a ajudei a ir, para que ela não caísse no vaso e nem se sujasse e depois de vazia e limpa, a ajeitei e a peguei no colo para que lavasse as mãos. E saímos do banheiro e Edward estava sentado no sofá, mexendo no telefone.

- Prontas? - perguntou guardando o telefone na calça. - Vamos comer? -

- Não tem uma reunião? -

- Se Jéssica quiser, ela que vá. Eu tenho coisas mais importantes para fazer. - disse pegando Gina no colo. - Não é princesa? - ele fez barulho com a boca em seu pescoço e ela gargalhou.

- Eu tô com fome. - ela disse rindo.

- Como sempre! – retruquei baixo e ele se levantou, com ela no colo e nós saímos do escritório.

Edward nos levou mais uma vez no mesmo restaurante da primeira vez e Gina parecia mais calma e nem havia mais tocado no assunto de Jéssica ou algo do tipo. Ela ficou absorta em sua sobremesa após o almoço, e não estava nem aí para o mundo a sua volta, era capaz de o mundo explodir e ela nem se mexer.

- Estive pensando em uma coisa. - Edward disse baixo próximo ao meu ouvido.

- Em que? -

- Lembra-se de que você me disse que a Gina queria ir a Disney? - assenti. - Pois bem… O que acha de semana que vem ou na outra, antes de vocês irem embora, óbvio, eu realizar o sonho dela de ir a Disney? -

- Eu não sei, Edward… Eu já disse que ela tem que descansar e… -

- Ela está bem. Desde que chegou ainda não teve e nem sentiu nada. -

- Eu sei. - concordei. - Mas não quero correr risco nenhum. Entenda, por favor. -

- Eu entendo. Mesmo. Mas mesmo assim… - sorriu de lado e eu lhe dei um beijo na bochecha.

- Vocês se entenderam? - Gina perguntou me encarando.

- Estamos nos entendendo. - Edward respondeu e eu neguei e ela riu.

- Papai… O senhor vai se mudar para Dublin com a gente? -

- Gina, nós já conversamos sobre isso… Seu pai tem obrigações aqui. -

- Acho que nenhuma obrigação aqui é maior que minha filha. -

- Você tem a empresa aqui, Edward… - respondi. - Para com isso. -

- Depois nós vemos isso. - ele disse e eu bufei. - Pois bem, animada para amanhã? Passar o dia todo, todo com o papai? - perguntou e ela balançou a cabeça assentindo enquanto eu limpava sua boca melada pelo sorvete.

- Tudo bem baixinha. Termina de comer para irmos embora. - pedi e ela enfiou outra colherada de sorvete na boca. - Deixa eu te fazer uma pergunta… - me aproximei de Edward para Gina não ouvir. - Sua mãe já sabe? -

- Ainda não. Ela está incomunicável em um cruzeiro caríssimo pelas ilhas gregas. Desligou o telefone e tudo. – respondeu. – E sinceramente eu não quero que ela saiba. –

- Você sabe que mais cedo ou mais tarde ela vai saber. Até porque eu tenho certeza que até o final do dia Jéssica estará ligando para a sua mãe. –

- Não duvido nada. – resmungou. – Mas sinceramente isso não me importa. Agora só me importa essa baixinha linda. – e esticando a mão por sobre a mesa, apertou de leve a bochecha de Gina que riu. – Princesa. – e Gina o encarou com a bola toda melada mais uma vez pelo sorvete. – Quer fazer o que amanhã? – deu de ombros.

- A mamãe vai junto? –

- Eu quero que ela vá, mas ela não quer ir... –

- Mamãe... – e ela choramingou como sempre quando queria algo.

- Vou pensar... – respondi e ela bateu palmas animada. – Termine de comer para irmos embora. –

- Papai, tem piscina lá? –

- Tem. –

- Eu posso entrar mamãe? –

- Não trouxemos biquínis, filha... – lembrei-a e ela fez bico chateada.

- Não seja por isso... – Edward se levantou. – Vai querer mais algo meu anjo? –

- Não papai... –

- Eu já volto... – ele se levantou e seguiu até o caixa, ele era o mesmo de sempre, sempre pagando as contas e nem querendo saber de dividir.

Enquanto ele pagava a conta, Gina terminou de comer e eu limpei sua boca melada pelo sorvete. Ele voltou e pegou Gina no colo e nós saímos do restaurante. Eu jurava que ele iria nos levar até o hotel, mas não. Edward nos levou até uma avenida cheia de lojas e antes que eu pudesse questionar o que ele estava fazendo, ele nos guiou até uma loja infantil e colocou Gina no chão em frente a uma arara cheia de biquínis e pediu para ela escolher um biquíni que ele pagaria.

Gina literalmente entrou na arara enquanto escolhia um biquíni para ela e nós dois ficamos encarando-a e esperando-a. Gina escolheu um biquíni fofo e após eu conferir se era de seu tamanho e ela entregou ao pai que pagou e entregou a sacola a Gina que pegou sorridente e deu um beijo estalado e demorado na bochecha do pai que olhou com os olhos brilhantes para a filha e eu não consegui evitar que meu coração se inflasse aquecido.

Deixamos a loja e voltamos para o hotel e ele ficou com ela o resto do dia brincando no chão do quarto, em cima do carpete. Gina estava deitada no chão com a blusa levantada e Edward fazia barulho com a boca em sua barriga o que a fazia gargalhar. Eu adorava ver que minha filha estava bem e melhorando e no fundo eu desejava que isso aqui fosse apenas uma viagem de verão e que quando elas acabassem nós três voltaríamos juntos para Dublin, para ficarmos juntos como deveria ser.

À noite Edward insistiu em ficar para jantar e enquanto esperávamos o jantar, eu ajudei Gina a tomar banho e depois de coloca-la em seu pijama, ela voltou para o quarto correndo e com os cabelos molhados. Eu a peguei no colo, colocando-a sentada na cama e secando seus cabelos com uma toalha e penteando seus cabelos e foi eu terminar de pentear seus cabelos que a campainha tocou com o jantar.

Nós jantamos e como das outras vezes, ele a ajudou a escovar os dentes e contou uma história para ela até que ela dormisse. Eu fiquei sentada na cadeira da mesa redonda que tinha ali no quarto, olhando para eles e vendo como eles ficavam bem juntos, era como se a última peça do quebra cabeça tenha se encaixado finalmente. Após Gina dormir Edward apagou a luz do abajur e se aproximou de mim sentando-se a cadeira ao meu lado.

- Hora de ir embora, não? Já está tarde... – comentei baixo para não acordar a menina.

- Quer ir lá embaixo tomar um drink e conversarmos um pouco? – neguei. – Por quê? –

- Não posso deixa-la sozinha. – apontei mexendo a cabeça para a cama onde Gina dormia agarrada ao seu bichinho de pelúcia.

- Tem razão... – concordou sorrindo. – Eu já volto. – ele se levantou e saiu.

Que diabos ele estava pensando que ia fazer? É bom ele ter ido embora porque eu queria tomar um banho e dormir, ainda mais que amanhã eu tinha que levar a menina para passar o dia todo com o pai no apartamento dele. Eu só esperava que Jéssica não aparecesse por lá. Depois que Edward saiu, eu me levantei e dei um beijo na testa de Gina e fui tomar um banho rápido, sai do banheiro usando um short bem folgado e uma camisa e ouvi uma batida de leve na porta. Mas quem estava batendo a porta a essa hora?

Era Edward com uma bandeja com duas cervejas e dois drinks na mão. Dei passagem para ele entrar, sabendo que ele não iria embora tão cedo, e ele seguiu para a mesinha na varanda colocando a bandeja em cima dela. Sai para a varanda e fechei a porta de vidro e me sentei na cadeira ao lado da dele.

Acabou que nós dois ficamos ali a madrugada toda conversando, digo, era mais um monologo do uma conversa, já que eu ficava contando sobre os cinco anos de vida de Gina, e ele bebia todas as palavras e informações que eu dava como se a sua vida dependesse daquilo, como se aquilo fosse à coisa mais importante de sua vida. A todo custo fazíamos o possível para ignorar os anos que ele passou aqui, mas ele sempre pedia desculpas por ter acreditado na ligação inventada por sua mãe e por não ter tido coragem de ligar ou de voltar. Já havia ficado tudo esclarecido entre nós e de certa forma eu havia perdoado-o pela ausência.

Por um momento pareceu vários dias de nosso namoro quando passávamos a madrugada toda acordada com uma garrafa de cerveja em mãos e conversando, principalmente no inicio do namoro quando estávamos um conhecendo o outro, e bom, ainda era uma conversa para conhecer alguém, mas agora no caso era para ele conhecer a filha.

Quando Gina acordou no dia seguinte e viu que seu pai estava ali, e com a mesma roupa de ontem, significando que ele não havia ido embora, ela não poderia ficar mais contente ao despertar e ganhar um abraço e um beijo do pai de bom dia. Eu me levantei e senti todo o meu corpo doer de ter ficado na mesma posição a madrugada inteira e levei a menina ao banheiro para tomar um banho para irmos para o apartamento de Edward, e no fundo eu torcia para Jessica, não aparecer por lá.

Eu dei um banho em Gina e coloquei nela um vestido fresco, verde água, de mangas compridas, porém fino, e a levei de volta para o quarto para pentear seu cabelo. Ao terminar de pentear seu cabelo eu o prendi uma parte dele em um coque frouxo e a deixei com o pai para que ele pudesse amarrar os tênis dela e eu fui tomar meu banho. Edward havia insistido para que fossemos tomar café da manhã em seu apartamento, portanto assim que eu acabasse meu banho nós iramos embora.


Terminei meu banho e me vesti, o dia hoje havia amanhecido quente e pelo visto faria sol o dia inteiro, coloquei um short jeans claro curto e uma camisa de mangas curtas de botões branca com listras vermelhas e pretas, com os dois primeiros botões abertos. Penteei meu cabelo e sai do banheiro para calçar meus tênis. Arrumei uma mochila com os remédios de Gina, um par de roupas para ela e para mim, porque se tinha uma coisa que eu havia aprendido sempre que saísse com Gina era que eu iria me sujar ou  molhar.
 
Após todos estarmos prontos, eu pendurei a mochila nos ombros e Edward pegou a gaiola do senhor Orelhas e saímos do quarto. Em uma das mãos Edward ia segurando a gaiola do senhor Orelhas e na outra segurava a mãozinha de Gina. Nós entramos em meu carro alugado e ele se pôs a dirigir. Ele ia dirigindo para onde eu supunha ser o bairro mais caro de Boston e após ter a entrada liberada em um luxuoso apartamento, ele estacionou na garagem subterrânea e pegamos o elevador onde ele apertou o botão que eu suspeitava ser da cobertura.

Nós descemos do elevador e ele abriu a porta dupla de madeira e nós entramos na sala de estar. Aquele lugar era enorme, apenas naquela sala de estar cabia todo o meu antigo apartamento e ainda sobrava espaço. Apenas a sala de estar era ampla e bem aperta e bem iluminada. Os dois sofás grandes e as duas poltronas eram de cor clara com uma mesa baixa no centro e uma televisão de tela plana pendurada na parede. As janelas eram enormes e tinham as cortinas abertas com vista incrível para um rio em frente ao apartamento e debaixo da janela um pequeno bar com uma bancada para três lugares.


- Quem diria não é? Saiu daquele ovo que era nosso apartamento para esse aqui. – comentei e ele pareceu constrangido. – Acho que minha casa cabe dentro dessa sala. – ele sorriu torto.

- Eu ganhei esse apartamento quando entrei na faculdade. Claro, meu pai esperava que eu cursasse a Harvard, não que me mudasse para Dublin. – respondeu e ele colocou a gaiola aos pés da escada e abriu a portinha. Gina soltou de sua mão e foi correndo até uma das janelas para ver a vista. – Você ainda está em nossa antiga casa? –

- Eu nunca consegui sair dela... – respondi e ele sorriu. – Foram bons momentos vividos ali. –

- Podemos criar bons momentos aqui também, Bella... –

- Não quero criar bom momento em lugar nenhum que você possa ter tido algum momento com sua noiva. –

- Primeiro. Ex-noiva. Segundo. Como eu disse ela vinha pouco aqui. E não chegava há ficar cinco minutos. Aqui era meu refugio contra ela e contra minha mãe. – explicou.

- Mamãe, olha... – Gina chamou minha atenção e ele pegou a mochila de meu ombro e eu caminhei até ela.

- Oi meu amor. – e ela apontava com seu dedinho para um parque em frente ao apartamento as margens do rio.

- Se quiser papai leva você lá mais tarde. – Edward se pronunciou aproximando-se de nós. – Quer? – e ela balançou a cabeça assentindo. – Ótimo. Vamos tomar café que o papai vai fazer o café da manhã favorito de sua mãe. – e ele piscou para mim e minhas bochechas ficaram levemente rubras. Ele pegou a mãozinha de Gina e a guiou até a cozinha e eu fui logo atrás.

Igual a sua sala a cozinha era enorme, com os armários na mesma cor dos da sala. Brancos. Uma enorme ilha no centro da cozinha com alguns bancos altos. Ele colocou Gina sentada em um desses bancos e eu ofereci ajuda a qual ele recusou e eu me sentei ao seu lado e ela prontamente veio para o meu colo e ficou encarando o pai fazendo suas famosas panquecas com chocolate e morangos.

Rapidamente elas ficaram prontas e ele colocou um prato com panquecas em frente a nossa menina junto com um copo de suco de laranja e ela se pôs a comer e se sujar toda com o chocolate o que nos fez rir. Nós três tomamos café como uma família feliz e enquanto ele limpava a bagunça, a qual ele insistia em arrumar sozinho, eu dei os primeiros remédios do dia a ela.

Edward insistiu em amostrar uma surpresa para ela antes que ela fosse para a piscina e nos guiou para o andar de cima até uma porta que de inicio se revelou sendo um quarto de hospedes, se não fosse pelos vários embrulhos cobertos por papeis de presente e com laços em cima. Ele havia enchido o quarto com vários presentes para Gina, que como uma boa criança que adora receber presentes, abraçou e beijou a bochecha do pai antes de se jogar no mar de brinquedos e descobrir o que tinha debaixo dos papeis enquanto eu encarava Edward feio.

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