Roma - Italia.
9 luglio 2018
Pov. Edward
Eu saí de casa batendo a porta com força,
se havia uma coisa que eu mais odiava na vida era se posto contra a parede do
jeito que Isabella estava fazendo. Eu ignorei o carro parado em frente a casa e
de inicio fui andando sem rumo pela rua. Eu estava tão irritado que era bem
capaz de eu socar alguma coisa, e ao mesmo tempo em que queria que alguém aparecesse
e terminasse de me irritar para que eu pudesse ter um motivo para descontar
minha raiva, eu torcia para que ninguém se postasse a minha frente.
Eu fui andando sem rumo até parar em
frente ao novo restaurante de meu irmão. Era incrível o fato de que ele havia
conseguido subir na vida indo contra as vontades de nosso pai e eu não. O restaurante
ainda estava fechado, mas eu podia ver as pessoas arrumando as coisas lá dentro
para começar o serviço daqui a pouco e eu entrei no mesmo.
- Desculpe senhor, ainda não abrimos... –
um dos garçons disse. – Ah... É o senhor... – Emmett. – e ele gritou para a
direção da cozinha.
- O que é? – e Emmett saiu com seu dólmã
branco de dentro da cozinha. – Edward? O que foi? –
- Isabella está indo embora. – disse simplesmente.
- Está brincando não é? – neguei me
aproximando dele. – Isso é impossível Edward, ela é louca por você, do mesmo
jeito que você é louco por ela. –
- Eu não tenho mais certeza disso. – e me
sentei na banqueta do par e ele, entrou no bar pegando dois copos.
- Vocês três. Aqui já está tudo
arrumado, ajudem a terminar na cozinha, por favor. – pediu aos garçons que
entraram para a cozinha e ele colocou uísque no copo até a metade. – Explica isso
direito. Vocês estão bem, pelo amor de Deus, anteontem vocês estavam lá em casa
e estava tudo bem. –
- Ela chegou hoje do trabalho e resolveu
conversar. Quis saber qual seria meu passo agora na nossa relação... – respondi
virando o meu copo com uísque.
- E ela está certa, não? Doze anos de namoro,
Edward... Nenhuma mulher aguenta tanto. Rosalie mal aguentou doze meses... –
- Eu sei que ela está certa. Eu sei
disso. Só que eu não sei se eu estou pronto para ser pai. –
- Você nunca está pronto para ser pai. Edward
você acha que eu não entrei em desespero ao saber que Rosalie havia engravidado?
Eu quase enfartei ao ver o teste de gravidez, e quase enfartei a cada passo da
gravidez. No primeiro exame, no primeiro desejo, na primeira vez que o bebê
chutou. E quando ela entrou em trabalho de parto então... Mas todos os mini
enfartos valeram a pena quando segurei Lisa no colo pela primeira vez... – e ele sorriu bobamente. – Você nunca vai
estar preparado para ser pai, você vai aprendendo com o tempo e a cada decisão que
tomar. –
- Mas Emmett... Eu não nasci para ser
pai e disso eu tenho certeza. –
- Então termina com a Isabella e deixa a
menina seguir em frente, se apaixonar de novo e encontrar algum homem que não se
borre nas calças com a simples menção de ser pai. – e eu fechei as mãos em
punho. – Viu? Você não gosta de imaginar nela seguindo em frente com outro homem.
Então toma vergonha na cara, vira homem segue em frente com ela do jeito certo.
Para de enrolar a menina. –
- Emmett. Você acha que é susto nós dois
resolvermos termos um filho, comigo ganhando pouco, quase nada e ela tendo que
sustentar tudo sozinha? – perguntei.
- Edward. Quando Lisa nasceu, Rosalie
sustentava a casa sozinha enquanto eu gastava todo o dinheiro que eu tinha, e
algum dinheiro do salário dela para abrir meu restaurante... –
- E você acha isso certo? –
- Não. Eu não acho. Foi um tempo difícil
pelo qual nós passamos e superamos. E vocês vão superar também. – retrucou.
- Foi um tempo pelo qual vocês passaram...
Sabe há quanto tempo eu e Isabella estamos passando por isso? –
- Você já tem um contrato Edward... Ou você
não foi hoje a entrevista que eu consegui para você? –
- Claro que eu fui. Acha que eu sou
idiota. Ele pediu três músicas novas. –
- E o que diabo você pretende fazer se Isabella
for embora? Ela é a sua musa para compor. – e eu passei as mãos pelo rosto,
subindo até os meus cabelos e puxando-os com força, quase os arrancando.
- Emmett, eu realmente não sei o que
fazer. Eu não quero deixa-la. Nunca. Eu a amo mais que qualquer coisa nesse
mundo, mas eu não sei se quero ter filhos. – respondi. – Era isso o que você queria
ouvir? EU NÃO SEI SE QUERO TER FILHOS... – disse batendo as mãos em cima da
bancada.
- Porque você é um idiota que tem medo
de ser idiota com os filhos igual o papai foi conosco. –
- É. Ele foi a única figura paterna que eu
tive na minha vida. Eu não quero fazer o mesmo que ele fez. –
- Então não faça. – ele gritou de volta.
– Você não está vendo que está tendo a chance de ser diferente? De ser um pai
melhor? Olha para mim. – mandou e eu o encarei. – Você está com ela só porque
ela não se afastou em cada tombo que você levou, e quando conseguir lançar esse
bendito cd que você quer, vai larga-la? –
- NÃO! – e eu gritei para ele. – Você já
é a segunda pessoa que me perguntou isso hoje. Não. Eu não quero trocar Isabella
por outra mulher. Por que diabo eu a trocaria? Por Deus, Emmett, você viu que
eu me apaixonei por ela no primeiro dia que coloquei meus olhos nela. –
- E você se lembra daquele dia? –
- Claro... Foi o dia que a seleção
venceu a copa de 2006. – retruquei. – Quando ela aceitou morar comigo, mesmo
nós nos conhecendo quase nada eu me senti tão bem... – respondi. – Eu me senti
mais feliz do que vendo nossa seleção ganhar. Eu devo ter ficado mais feliz do
que os próprios jogadores em campo. Ela é a minha seleção, entende? – e ele
assentiu. Do mesmo modo que eu torcia, acompanhava e amava a minha seleção, eu
fazia o mesmo com ela, se bobear até mais. – Só que dentro de casa. –
- Você a quer Edward. Você não quer se
afastar dela. –
- Mas Emmett... A mera imaginação de ver
uma coisinha pequena nos meus braços me aterroriza. –
- Cacete... – e ele saiu de dentro do
bar e veio para perto de mim, me puxando pela gola de minha cabeça. – Acorda de
uma vez antes que eu te dê uma surra igual a que eu te dei quando era criança. Você
ama aquela mulher e aquela mulher te ama. Ela quer ter um filho com você. Ela quer
se casar com você e passar o resto da vida dela com você. Então toma vergonha
na cara e vai atrás dela e impeça-a de viajar, arraste-a para a primeira igreja
que encontrar, e olha que você está na Itália, igreja é uma coisa que não falta
aqui, case-se com ela e lhe dê um filho. Você só vai superar a merda de pai que
tivemos quando você for melhor do que ele, só que você nunca vai conseguir ser
melhor do que ele, se você deixar o medo tomar conta de você. Acorda... – e ele
me sacudiu. – Isabella está se preparando para entrar naquele avião para ir
sabe-se lá Deus para onde. Onde corre o risco de ela encontrar alguém igual ou
melhor do que você, e que vai querer ter um filho com ela e que não vai perder
tempo. – e ele me sacudiu mais uma vez. – Imagina, Edward... Só imagina...
Outro homem tomando-a nos braços, beijando e transando com ela... Não é uma
imagem boa de imaginar, não é? –
- Nem um pouco. –
- Então vira homem de uma vez e vai logo
atrás dela, e pare de agir como um garotinho assustado. –gritou. – Você a ama? –
- Amo. – respondi.
- Quer que ela seja feliz com outro
homem ou com você? –
- Comigo... –
- Mesmo que isso signifique casamento,
filhos e milhares de fraldas cheias de merda para limpar a cada segundo? –
- Sim. – respondi sem perder tempo.
- Então vai logo atrás dela idiota. Porque
se ela seguir em frente com outro homem, eu te espanco por ser tão imbecil. –
- Você tem razão... –
- É claro que eu tenho razão caralho. Agora
vá logo que eu tenho que abrir essa merda e você está me atrapalhando. – quanto
amor...
- Você tem razão... Eu estou indo... –
- Vai logo porra. E se eu não for o
padrinho do seu casamento e do seu primeiro filho eu vou te espancar... – e ela
gritou enquanto eu tratei de correr para fora do seu restaurante e notando já
uma fila enorme na porta dele.
Eu tratei de voltar para casa correndo,
desviando das pessoas na rua e atravessando as ruas desviando dos carros e
quase sendo atropelado. Quando eu cheguei a casa eu vi a mesma completamente
escura e silenciosa. Entrei na mesma correndo e gritando por Isabella e não recebendo
resposta em troca. Ela havia ido embora. Eu não conseguia acreditar nisso.
Sem o menor tempo para procurar pelas
minhas chaves, que eu havia jogado em algum canto da sala quando tinha chegado
da minha entrevista na gravadora. Eu voltei a sair de casa em busca de um taxi,
e basicamente me joguei na frente de um para conseguir fazê-lo parar. E como o
motorista me xingando, eu entrei no taxi vazio e dei o endereço do aeroporto. Em
meia a viagem demorava em torno de quarenta minutos, mas como se eu já não tivesse
feito merda demais nas últimas horas, Deus resolveu que já estava na hora de eu
pagar pelos meus pecados e fez um enorme engarrafamento aparecer a nossa
frente.
A viagem que deveria demorar quarenta
minutos no mais tardar uma hora, demorou duas horas e meia. Eu tinha apenas
meia hora para encontrar Isabella antes que ela embarcasse de vez para a Coreia
e seguisse em frente. Eu gritava com o motorista, que gritava com os carros na
porta do aeroporto, que demoravam um século para sair dali e eu já estava
quicando no banco de tão agoniado que eu estava. Eu olhava o relógio a cada
meio segundo, e o tempo parecia correr tão rápido que agora eu só tinha vinte
minutos antes de ela embarcar.
Finalmente ele conseguiu estacionar o
taxi e eu joguei qualquer nota no banco da frente do taxi, sem nem ao menos
saber se teria troco ou não e entrei correndo no aeroporto desesperado. Mal cruzei
as portas e o encontrei completamente lotado e eu não sabia para onde correr. Procurei
o painel com os voos, chegadas e saídas e o voo para a Coreia do Norte estava
partindo e eu tratei de correr para a escada rolante e esbarrando em todos que
estavam a passeio pela escada rolante e saí furando a fila do guichê de
check-in e ouvindo alguns xingamento atrás de mim.
- Hey... Com licença... Desculpa. - pedi
a senhora que estava sendo atendida no guichê. – Só uma pergunta... O voo para
a Coreia do Norte? Já partiu? –
- Está encerrando o desembarque. – e eu
deixei o guichê e tratei de correr para o portão de embarque. Eu corria como se
minha vida dependesse aquilo e sinceramente dependia.
Corri esbarrando nas pessoas e ao mesmo
tempo em que ouvia as pessoas me xingando eu gritava um pedido de desculpas. O
segurança deixou-me passar até o ultimo portão após eu implorar e muito, mas o
último segurança não deixou. Era a porta para a pista de voo, por onde os
passageiros caminhavam ate o avião. Corri até o vidro e vi uma fila de pessoas
e ela estava ali. Ela era a ultima na fila, com sua mochila em seu ombro e seu
casaco em mãos.
- Bella. – gritei seu nome batendo com
toda a força no vidro. – Pelo amor de
Deus, olha para cá. – eu gritava e ela continuava a seguir a fila ate a escada
do avião. – Isabella... – berrei. – Deus faça-a virar a cabeça. – pedi mentalmente
e como se Deus tivesse ouvido minha prece e atendendo-a mesmo após diversas
mancadas e ela virou a cabeça me vendo espancando o vidro. Ela parou de seguir
a fila e me reconhecendo caminhou até para mais perto de mim e eu corri a
porta. – Vou apenas descer rapidinho, não vou embarcar, não tenho nada. –
gritei com os seguranças e desci as escadas correndo para a pista de voo. Ela
havia parado de andar e me encarou enquanto eu me aproximava dela.
- O que está fazendo aqui?- perguntou
quando eu parei em frente a ela.
–
Pelo amor de Deus não vai. – pedi. – Eu sou um completo idiota, eu precisei
basicamente quase perder você para perceber a imbecilidade que estou cometendo
ao te deixar ir embora. Eu não quero que vá embora. Eu quero ficar com você,
para sempre, até virarmos dois velhos caquéticos em um asilo, com mil filhos,
dois mil netos e um milhão de bisnetos. Então, eu te pergunto, mesmo sabendo
que a resposta que eu deveria receber era não... Quer se casar comigo? -
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