quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Capítulo 003 - 2018.


Roma - Italia.
9 luglio 2018

Pov. Edward

Eu saí de casa batendo a porta com força, se havia uma coisa que eu mais odiava na vida era se posto contra a parede do jeito que Isabella estava fazendo. Eu ignorei o carro parado em frente a casa e de inicio fui andando sem rumo pela rua. Eu estava tão irritado que era bem capaz de eu socar alguma coisa, e ao mesmo tempo em que queria que alguém aparecesse e terminasse de me irritar para que eu pudesse ter um motivo para descontar minha raiva, eu torcia para que ninguém se postasse a minha frente.

Eu fui andando sem rumo até parar em frente ao novo restaurante de meu irmão. Era incrível o fato de que ele havia conseguido subir na vida indo contra as vontades de nosso pai e eu não. O restaurante ainda estava fechado, mas eu podia ver as pessoas arrumando as coisas lá dentro para começar o serviço daqui a pouco e eu entrei no mesmo.

- Desculpe senhor, ainda não abrimos... – um dos garçons disse. – Ah... É o senhor... – Emmett. – e ele gritou para a direção da cozinha.

- O que é? – e Emmett saiu com seu dólmã branco de dentro da cozinha. – Edward? O que foi? –

- Isabella está indo embora. – disse simplesmente.

- Está brincando não é? – neguei me aproximando dele. – Isso é impossível Edward, ela é louca por você, do mesmo jeito que você é louco por ela. –

- Eu não tenho mais certeza disso. – e me sentei na banqueta do par e ele, entrou no bar pegando dois copos.

- Vocês três. Aqui já está tudo arrumado, ajudem a terminar na cozinha, por favor. – pediu aos garçons que entraram para a cozinha e ele colocou uísque no copo até a metade. – Explica isso direito. Vocês estão bem, pelo amor de Deus, anteontem vocês estavam lá em casa e estava tudo bem. –

- Ela chegou hoje do trabalho e resolveu conversar. Quis saber qual seria meu passo agora na nossa relação... – respondi virando o meu copo com uísque.

- E ela está certa, não? Doze anos de namoro, Edward... Nenhuma mulher aguenta tanto. Rosalie mal aguentou doze meses... –

- Eu sei que ela está certa. Eu sei disso. Só que eu não sei se eu estou pronto para ser pai. –

- Você nunca está pronto para ser pai. Edward você acha que eu não entrei em desespero ao saber que Rosalie havia engravidado? Eu quase enfartei ao ver o teste de gravidez, e quase enfartei a cada passo da gravidez. No primeiro exame, no primeiro desejo, na primeira vez que o bebê chutou. E quando ela entrou em trabalho de parto então... Mas todos os mini enfartos valeram a pena quando segurei Lisa no colo pela primeira vez...  – e ele sorriu bobamente. – Você nunca vai estar preparado para ser pai, você vai aprendendo com o tempo e a cada decisão que tomar. –

- Mas Emmett... Eu não nasci para ser pai e disso eu tenho certeza. –

- Então termina com a Isabella e deixa a menina seguir em frente, se apaixonar de novo e encontrar algum homem que não se borre nas calças com a simples menção de ser pai. – e eu fechei as mãos em punho. – Viu? Você não gosta de imaginar nela seguindo em frente com outro homem. Então toma vergonha na cara, vira homem segue em frente com ela do jeito certo. Para de enrolar a menina. –

- Emmett. Você acha que é susto nós dois resolvermos termos um filho, comigo ganhando pouco, quase nada e ela tendo que sustentar tudo sozinha? – perguntei.

- Edward. Quando Lisa nasceu, Rosalie sustentava a casa sozinha enquanto eu gastava todo o dinheiro que eu tinha, e algum dinheiro do salário dela para abrir meu restaurante... –

- E você acha isso certo? –

- Não. Eu não acho. Foi um tempo difícil pelo qual nós passamos e superamos. E vocês vão superar também. – retrucou.

- Foi um tempo pelo qual vocês passaram... Sabe há quanto tempo eu e Isabella estamos passando por isso? –

- Você já tem um contrato Edward... Ou você não foi hoje a entrevista que eu consegui para você? –

- Claro que eu fui. Acha que eu sou idiota. Ele pediu três músicas novas. –

- E o que diabo você pretende fazer se Isabella for embora? Ela é a sua musa para compor. – e eu passei as mãos pelo rosto, subindo até os meus cabelos e puxando-os com força, quase os arrancando.

- Emmett, eu realmente não sei o que fazer. Eu não quero deixa-la. Nunca. Eu a amo mais que qualquer coisa nesse mundo, mas eu não sei se quero ter filhos. – respondi. – Era isso o que você queria ouvir? EU NÃO SEI SE QUERO TER FILHOS... – disse batendo as mãos em cima da bancada.

- Porque você é um idiota que tem medo de ser idiota com os filhos igual o papai foi conosco. –

- É. Ele foi a única figura paterna que eu tive na minha vida. Eu não quero fazer o mesmo que ele fez. –

- Então não faça. – ele gritou de volta. – Você não está vendo que está tendo a chance de ser diferente? De ser um pai melhor? Olha para mim. – mandou e eu o encarei. – Você está com ela só porque ela não se afastou em cada tombo que você levou, e quando conseguir lançar esse bendito cd que você quer, vai larga-la? –

- NÃO! – e eu gritei para ele. – Você já é a segunda pessoa que me perguntou isso hoje. Não. Eu não quero trocar Isabella por outra mulher. Por que diabo eu a trocaria? Por Deus, Emmett, você viu que eu me apaixonei por ela no primeiro dia que coloquei meus olhos nela. –

- E você se lembra daquele dia? –

- Claro... Foi o dia que a seleção venceu a copa de 2006. – retruquei. – Quando ela aceitou morar comigo, mesmo nós nos conhecendo quase nada eu me senti tão bem... – respondi. – Eu me senti mais feliz do que vendo nossa seleção ganhar. Eu devo ter ficado mais feliz do que os próprios jogadores em campo. Ela é a minha seleção, entende? – e ele assentiu. Do mesmo modo que eu torcia, acompanhava e amava a minha seleção, eu fazia o mesmo com ela, se bobear até mais. – Só que dentro de casa. –

- Você a quer Edward. Você não quer se afastar dela. –

- Mas Emmett... A mera imaginação de ver uma coisinha pequena nos meus braços me aterroriza. –

- Cacete... – e ele saiu de dentro do bar e veio para perto de mim, me puxando pela gola de minha cabeça. – Acorda de uma vez antes que eu te dê uma surra igual a que eu te dei quando era criança. Você ama aquela mulher e aquela mulher te ama. Ela quer ter um filho com você. Ela quer se casar com você e passar o resto da vida dela com você. Então toma vergonha na cara e vai atrás dela e impeça-a de viajar, arraste-a para a primeira igreja que encontrar, e olha que você está na Itália, igreja é uma coisa que não falta aqui, case-se com ela e lhe dê um filho. Você só vai superar a merda de pai que tivemos quando você for melhor do que ele, só que você nunca vai conseguir ser melhor do que ele, se você deixar o medo tomar conta de você. Acorda... – e ele me sacudiu. – Isabella está se preparando para entrar naquele avião para ir sabe-se lá Deus para onde. Onde corre o risco de ela encontrar alguém igual ou melhor do que você, e que vai querer ter um filho com ela e que não vai perder tempo. – e ele me sacudiu mais uma vez. – Imagina, Edward... Só imagina... Outro homem tomando-a nos braços, beijando e transando com ela... Não é uma imagem boa de imaginar, não é? –

- Nem um pouco. –

- Então vira homem de uma vez e vai logo atrás dela, e pare de agir como um garotinho assustado. –gritou. – Você a ama? –

- Amo. – respondi.

- Quer que ela seja feliz com outro homem ou com você? –

- Comigo... –

- Mesmo que isso signifique casamento, filhos e milhares de fraldas cheias de merda para limpar a cada segundo? –

- Sim. – respondi sem perder tempo.

- Então vai logo atrás dela idiota. Porque se ela seguir em frente com outro homem, eu te espanco por ser tão imbecil. –

- Você tem razão... –

- É claro que eu tenho razão caralho. Agora vá logo que eu tenho que abrir essa merda e você está me atrapalhando. – quanto amor...

- Você tem razão... Eu estou indo... –

- Vai logo porra. E se eu não for o padrinho do seu casamento e do seu primeiro filho eu vou te espancar... – e ela gritou enquanto eu tratei de correr para fora do seu restaurante e notando já uma fila enorme na porta dele.

Eu tratei de voltar para casa correndo, desviando das pessoas na rua e atravessando as ruas desviando dos carros e quase sendo atropelado. Quando eu cheguei a casa eu vi a mesma completamente escura e silenciosa. Entrei na mesma correndo e gritando por Isabella e não recebendo resposta em troca. Ela havia ido embora. Eu não conseguia acreditar nisso.

Sem o menor tempo para procurar pelas minhas chaves, que eu havia jogado em algum canto da sala quando tinha chegado da minha entrevista na gravadora. Eu voltei a sair de casa em busca de um taxi, e basicamente me joguei na frente de um para conseguir fazê-lo parar. E como o motorista me xingando, eu entrei no taxi vazio e dei o endereço do aeroporto. Em meia a viagem demorava em torno de quarenta minutos, mas como se eu já não tivesse feito merda demais nas últimas horas, Deus resolveu que já estava na hora de eu pagar pelos meus pecados e fez um enorme engarrafamento aparecer a nossa frente.

A viagem que deveria demorar quarenta minutos no mais tardar uma hora, demorou duas horas e meia. Eu tinha apenas meia hora para encontrar Isabella antes que ela embarcasse de vez para a Coreia e seguisse em frente. Eu gritava com o motorista, que gritava com os carros na porta do aeroporto, que demoravam um século para sair dali e eu já estava quicando no banco de tão agoniado que eu estava. Eu olhava o relógio a cada meio segundo, e o tempo parecia correr tão rápido que agora eu só tinha vinte minutos antes de ela embarcar.


Finalmente ele conseguiu estacionar o taxi e eu joguei qualquer nota no banco da frente do taxi, sem nem ao menos saber se teria troco ou não e entrei correndo no aeroporto desesperado. Mal cruzei as portas e o encontrei completamente lotado e eu não sabia para onde correr. Procurei o painel com os voos, chegadas e saídas e o voo para a Coreia do Norte estava partindo e eu tratei de correr para a escada rolante e esbarrando em todos que estavam a passeio pela escada rolante e saí furando a fila do guichê de check-in e ouvindo alguns xingamento atrás de mim.

- Hey... Com licença... Desculpa. - pedi a senhora que estava sendo atendida no guichê. – Só uma pergunta... O voo para a Coreia do Norte? Já partiu? –

- Está encerrando o desembarque. – e eu deixei o guichê e tratei de correr para o portão de embarque. Eu corria como se minha vida dependesse aquilo e sinceramente dependia.

Corri esbarrando nas pessoas e ao mesmo tempo em que ouvia as pessoas me xingando eu gritava um pedido de desculpas. O segurança deixou-me passar até o ultimo portão após eu implorar e muito, mas o último segurança não deixou. Era a porta para a pista de voo, por onde os passageiros caminhavam ate o avião. Corri até o vidro e vi uma fila de pessoas e ela estava ali. Ela era a ultima na fila, com sua mochila em seu ombro e seu casaco em mãos.

- Bella. – gritei seu nome batendo com toda a força no vidro.  – Pelo amor de Deus, olha para cá. – eu gritava e ela continuava a seguir a fila ate a escada do avião. – Isabella... – berrei. – Deus faça-a virar a cabeça. – pedi mentalmente e como se Deus tivesse ouvido minha prece e atendendo-a mesmo após diversas mancadas e ela virou a cabeça me vendo espancando o vidro. Ela parou de seguir a fila e me reconhecendo caminhou até para mais perto de mim e eu corri a porta. – Vou apenas descer rapidinho, não vou embarcar, não tenho nada. – gritei com os seguranças e desci as escadas correndo para a pista de voo. Ela havia parado de andar e me encarou enquanto eu me aproximava dela.

- O que está fazendo aqui?- perguntou quando eu parei em frente a ela.

 – Pelo amor de Deus não vai. – pedi. – Eu sou um completo idiota, eu precisei basicamente quase perder você para perceber a imbecilidade que estou cometendo ao te deixar ir embora. Eu não quero que vá embora. Eu quero ficar com você, para sempre, até virarmos dois velhos caquéticos em um asilo, com mil filhos, dois mil netos e um milhão de bisnetos. Então, eu te pergunto, mesmo sabendo que a resposta que eu deveria receber era não... Quer se casar comigo? -

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