POV. Isabella.
Um ano havia se passado
desde aquele último natal onde Edward havia ido rever os pais. E o fato dele
ter dito aos pais que eu era sua namorada não era uma brincadeira, nós
realmente começamos um relacionamento sério um tempo depois, onde ele passava a
maioria das noites em meu apartamento ao invés do dele.
E como igual ao ano passado,
eu acordei atrasada e deixei os garotos na escola também atrasados, e eu não
fui exceção a regra. Cheguei atrasada, e igual ao ano passado, Edward estava
parado ao lado de minha mesa, imitando o mesmo semblante irritado do ano
anterior, mas eu via que ele queria ir.
- E mais uma vez chegando
atrasada... –
- As assombrações me
atrapalharam. – resmunguei colocando minha bolsa em cima da mesa e me livrando
de meu casaco.
- Claro, e o fato de você
estar dormindo com o presidente da editora... – brincou.
- Você fala como se fosse
grande coisa, ou como se eu tirasse proveito disso, quando a situação é
totalmente oposta. –
- É? Diga-me como? –
- Eu estou dormindo com o
presidente da editora e você está comendo a sua secretária. Quem sai
beneficiado nisso é você que está comendo uma mulher gostosa. – brinquei e ele
gargalhou.
- Concordo plenamente. –
- Claro que eu não posso
negar o fato de você ter um peru gostoso. – e eu o encarei sorrindo e ele jogou
a cabeça para trás gargalhando e entrando em sua sala. – E eu não estou falando
da ave. – gritei para ele.
- Eu sei. – e ele gritou de
volta.
Eu me ajeitei em minha
cadeira e liguei o computador eu tinha varias coisas para fazer nesse último
dia antes do natal, até porque eu só voltaria ano que vem. Não sei se era o
fato de ter se entendido com os pais, ou ter arrumado uma namorada, ou estar comendo
uma mulher gostosa, mas Edward estava bem menos carrasco do que era. Ele
encerrava o expediente do ano no dia 24 e só voltávamos após o dia 6 de
janeiro.
Algo que eu agradecia muito,
principalmente porque dia 24 trabalhávamos apenas metade do expediente, e por
volta das 14h nós éramos dispensados, ao mesmo tempo em que os gêmeos saiam da
escola, e eu os buscava.
Um tempo depois de eu ter
chegado em casa e ter colocado os dois perus na água para terminar de
descongelar, porque depois do último ano eu tomaria todas as precauções do
mundo, e se por acaso um peru voasse eu já teria outro. Juntos, eu e as
crianças começamos a montar a arvore de natal e enfeitar a parte de dentro do
apartamento, quando a campainha tocou e Gregory foi atender.
- Oi Edward... – ele disse
animado enquanto Edward entrava no meu apartamento, todo agasalhado e com seu
agasalho coberto por flocos de neve.
- E ai pirralho... – e ele
entregou algumas caixas embrulhadas para Greg que colocou embaixo do pinheiro
recém enfeitado.
- Voltou a nevar? –
perguntei quando ele se aproximou de mim após se livrar de seus agasalhos e me
dando um beijo.
- Sim, e pelo visto vai
nevar a noite toda. – e ele se aproximou de Lorenzo. – E ai pirralho dois... –
e bagunçou seu cabelo.
- Hey, eu sou o mais
velho... – resmungou.
- Mas eu o vi primeiro. –
retrucou Edward apontando para Greg.
- Que seja... – e eu
interrompi antes que Lorenzo retrucasse. – As crianças não têm mais o que fazer
não? – perguntei tentando despacha-los da sala.
- E a senhorita não tem
quarto não? – retrucou Gregory e eu lhe dei um pescotapa.
- E a propósito, vai começar
Esqueceram de mim. –
- De novo não... – todo
natal eles assistiam a esse filme idiota, eu nunca havia gostado dele.
Edward e eu deixamos os dois
na sala e seguimos para o meu quarto, deixando a porta aberta para que
pudéssemos ouvir caso eles começassem a se matar. Nós deitamos na cama,
vestidos, comigo tendo a cabeça apoiada em seu ombro enquanto conversávamos um
pouco.
Ele havia se entendido com
seus pais e agora se falavam todo o santo dia. Segundo ele, ele sentia vontade
a muito tempo de procurar seus pais, mas o orgulho atrapalhava, e seus pais não
o procuravam por medo de serem ignorados. Todos sentiam medo de se reaproximar,
e eu meio que fiz Edward engolir o orgulho e ir até eles. Uma família deveria
ficar unida, principalmente em dias de natal.
Eles talvez viriam para cá
amanhã, mesmo meu apartamento sendo pequeno daria para todo mundo ficar
confortavelmente durante a ceia de natal, e a noite partiriam para a casa de
Edward para descansar antes de voltarem para Vancouver. Eu e Edward conseguimos
namorar um pouco, vestidos, antes que os gêmeos invadissem o quarto reclamando
de fome. Esses dois pareciam que tinham lombrigas nas barrigas. E antes que
eles tacassem fogo em meu apartamento, eu saí da minha cama quentinha e fui
fazer algo para jantarmos.
25 de dezembro de 2018.
A manhã de natal já havia
raiado, mais fria do que de costume e nevando um pouco. Ainda era um pouco cedo
para começar a preparar as coisas e todos ainda estavam dormindo. Melhor
dizendo, os gêmeos estavam dormindo. Eu e Edward já estávamos acordados a algum
tempo curtindo o natal do nosso jeito, com ele dentro de mim.
- Mais forte... – pedi
contra seu ombro. Eu estava com as pernas bem abertas para ele enquanto ele
estava por cima de mim. Eu apertava e arranhava seus ombros com uma das mãos
enquanto que com a outra eu apertava volta e meia a sua bunda, eu havia
descoberto que era gostoso apertar a bunda de Edward, e sempre que tinha a
oportunidade eu apertava com vontade.
- Vocês dois podem parar de
se comer ai dentro e começar a preparar a ceia... – e a voz de Alice soou do outro lado da
porta. Quem havia aberto a porta para ela? Ela havia tocado a campainha e eu
não tinha ouvido? – Vamos, já acabaram? Temos hora... – e eu senti o pênis de
Edward ficando mole dentro de mim.
- O que houve? – perguntei o
encarando quando ele saiu de dentro de mim e bufou indignado deitando ao meu
lado. – Broxou? –
- Tem como não broxar com a
anã psicopata batendo o pé do lado de fora? – resmungou furioso e eu balancei a
cabeça rindo. – Isso nunca tinha acontecido antes... –
- Amor... – e eu me
aproximei dele e enchi seus lábios de beijos fazendo sua irritação sumir. – Eu
vou ajuda-la e você fica aqui descansando um pouco. Assim que tudo estiver
adiantado eu volto correndo para cá... – e eu lhe beijei de novo.
- Não quer ajuda? –
- Não quero nenhuma
testemunha enquanto eu mato Alice. – e ele gargalhou e eu lhe dei outro beijo.
Eu levantei da cama e fui
tomar um banho e colocar uma roupa quente, e quando me encontrei com Alice eu
realmente quase a matei por ter feito meu homem broxar, mas Alice havia pegado
intimidade com Edward rápido demais e era bem capaz de ela tentar sacanea-lo
assim que o visse.
Nós deixamos tudo adiantado
e dessa vez eu não estava agoniada igual ao ano passado, mesmo sendo o primeiro
natal que eu iria passar com os meus sogros, mas de qualquer forma eu estava
tranquila quanto a isso. Como de costume, tio Emmett apareceu aqui por cinco
minutos, apenas para entregar os presentes caros para os sobrinhos, e quando
viu Edward e o reconheceu, tentou puxar assunto e o saco de Edward, mas ao
notar que não iria levar nada, foi embora como se não tivesse aparecido aqui.
Tudo que foi possível ser
adiantado foi, e a tarde, antes que os pais de Edward chegarem e enquanto Alice
tomava banho eu consegui tirar um tempo para terminar o que havíamos começado
pela manhã, sem que ele broxasse mais uma vez. E como se fosse para compensar a
manhã desastrosa, ele me deixou com as pernas bem bambas, que foi quase difícil
ficar de pé sem apoio algum.
Quando os pais de Edward
chegaram tudo já estava completamente pronto, apenas o peru que ainda estava no
forno, todavia dando apenas aquela dourada. Edward abriu a porta, para os pais.
animado e abraçando os dois antes mesmo que eles tivessem a chance de entrar em
meu apartamento.
Eles já haviam vindo aqui,
no dia do meu aniversário e dos meninos e nós dois fomos para o apartamento de
Edward no dia de seu aniversário. Carlisle e Esme já conheciam as minhas duas
assombrações e Alice e do mesmo jeito que Alice pegou intimidade rápido e fácil
com Edward, fez o mesmo com os pais dele, e os dois que não ficavam perto de
uma criança há muito tempo, adoravam quando vinham aqui e tinham as minhas
assombrações para lhes dar um pouco de dor de cabeça.
- Crianças, coloquem o peru
na mesa, por favor... – Alice pediu e antes que ela entregasse a travessa aos
gêmeos eu a peguei.
- Eu coloco na mesa. –
respondi caminhando até a mesa de jantar.
– Ninguém aqui quer um peru assado voador novamente. – resmunguei e
todos, com exceção de Carlisle e Esme, começaram a rir. Eles não sabiam da
história, e obviamente o filho fez favor de pô-los a par de tudo, e eles também
riram descompassadamente.
O jantar ocorreu de forma
tranquila, sem nenhum problema, ou confusão, ou um peru assado voador. Todos
ficaram aqui até tarde, até que Alice partiu para a sua casa e os pais de
Edward para o apartamento do filho, eles já tinham a chave reserva de lá, para
que sempre que estivessem na cidade ficassem lá, principalmente porque Edward
passava muito tempo aqui, principalmente as noites.
Depois de tudo arrumado e
guardado e da casa toda trancada e com todas as luzes de enfeites apagadas, eu
segui até o quarto de meus irmãos para conferir se eles estavam dormindo bem e
aquecidos e eu segui para o meu quarto. Edward estava no banheiro e falando com
os pais por telefone, provavelmente terminando um banho, quando seus pais
ligaram para falar que haviam chegado ao seu apartamento bem.
A pasta de Edward estava
aberta em cima da cama com algumas folhas de contrato e manuscritos para que
ele pudesse ler, e junto com ele um manuscrito que eu conhecia bem. A Colina estava escrito na folha branca
usada como capa. Podia ser apenas uma coincidência, mas... Eu peguei as poucas
folhas e folheei, era o livro que eu trabalhava a cerca de dois anos, ninguém sabia
dele além dos gêmeos, e isso porque eles haviam vasculhado meu quarto atrás de
doce ano passado e o encontrou.
- Bella? – e Edward apareceu
na porta.
- Como você pegou isso? –
perguntei amostrando as folhas do meu romance inacabado.
- Seus irmãos me deram hoje
pela manhã enquanto você estava na cozinha com Alice. –
- Você... Você leu isso
aqui? – perguntei de novo.
- Só as primeiras páginas. –
e eu respirei fundo para evitar um AVC. – Mas eu gostei. –
- Não precisa falar isso só
porque está me comendo... – resmunguei jogando as folhas dentro de sua pasta e
subindo na cama, eu já havia trocado de roupa a um tempinho.
- Primeiro que eu não estou
comendo você... – resmungou se sentando a minha frente. – Estou namorando
você... E consequentemente te comendo, mas isso não vem ao caso. – resmungou
consigo mesmo. – Eu realmente gostei. Eu não li as primeiras páginas como o seu
namorado e sim como seu chefe e como um editor. Eu gostei de verdade, e
amanhã... Amanhã não, pois vou passar o dia com a minha garota, suas
assombrações e meus pais, mas depois de amanhã sem falta eu vou ler tudo e vou
poder lhe dar um parecer profissional completo. Todavia eu gostei dele, e já te
disse isso. – eu suspirei mais uma vez e ele me segurou pelo queixo fazendo-o
encara-lo. – Estou um pouco chateado porque com um ano juntos e eu não sabia
disso... –
- E se não fossem por eles,
você iria continuar sem saber. – resmunguei e ele me deu um beijo rápido.
- O que seria um tremendo
pecado... – e eu sorri de lado. – E a propósito, eu não lhe dei meu presente de
natal... – mudou de assunto.
- Achei que o presente de
natal tivesse sido aquela super foda no banheiro... – e ele sorriu
presunçosamente. – Demorou uns belos de uns cinco minutos até eu conseguir
andar sem apoio de tão bambas que você deixou minhas pernas. – e eu inflei seu
ego mais ainda.
- Por mais eu tenha sido
ótimo, maravilhoso e incrível... Não é o meu presente de natal... – e ele puxou
sua pasta para perto de nós e a vasculhou até encontrar uma caixinha preta.
- O que é isso? – questionei
quando ele a colocou na palma de minha mão.
- Abre. – disse simplesmente
e eu abri. Era um anel, divinamente lindo, a argola prateada e um diamante
grande no centro e eu o encarei com os olhos arregalados. – Quer casar comigo?
– perguntou quando eu o encarei e eu engolir em seco.
- Não acha que é muito cedo?
Estamos juntos a apenas um ano. –
- Eu não acho... Eu
realmente quero me casar com você... – e eu sorri amplamente e me joguei em seu
colo, fazendo-o deitar para trás na cama. – Posso considerar isso como um sim?
–
- Isso com toda a certeza é
um sim. – respondi e ele nos virou na cama novamente e deslizou o anel pelo meu
dedo e eu o puxei para um beijo novamente e nos virei na cama de novo ficando
por cima e dessa fez fazendo sua pasta cair no chão e um som alto ecoar pelo
quarto.
- Isabella... – e um dos
gêmeos gritou do quarto ao lado. – Façam silêncio, estamos tentando dormir... –
resmungou e eu e Edward rimos.
26 de dezembro de 2025.
Sete havíamos haviam se
passado desde o pedido de casamento, eu e Edward nos casamos no final do ano
seguinte e agora nós quatro, eu, meu marido e meus dois irmãos, morávamos em
uma cobertura enorme de Seattle, já que era quase que impossível comprar uma casa
em Seattle. Quer dizer, nós quatro não. Cinco e meio.
Três anos depois do
casamento eu engravidei, justo próximo a época do natal, e nove meses depois
havia dado a luz a uma menina, Ashley, que em quatro anos de vida fez surgir
muitos cabelos brancos no pai, e em mim também, mas principalmente nele. Os
gêmeos haviam atingido a maioridade esse ano e ingressaram na faculdade aqui de
Seattle mesmo e vinham para cá apenas no final de semana e férias, já que
preferiam morar no campo da universidade.
E eu estava grávida mais uma
vez, faltavam três semanas para o bebê nascer e já sabíamos que seria uma
menina. Outra menina. Para deixar os cabelos de meu marido completamente
brancos de vez. O nome já havia sido escolhido Nicole. E tudo já estava pronto
para a sua chegada.
O dia de natal havia sido
ontem, e hoje estávamos no lançamento de meu livro. Sim A Colina foi realmente lançado, principalmente após diversas
insistências de Edward e dos meus irmãos e claro, de Alice. Demorou sete anos
até que ele ficasse pronto para ser lançado. Até eu terminar de escrever e
fazer todas as alterações necessárias. Até porque eu tinha que cuidar de duas
crianças/adolescentes, meu casamento, uma casa, meu emprego e depois minha
filha. E mesmo com Edward me ajudando, demorou sete anos para ficar pronto.
Minha mão já estava doendo
de tanto autografar o livro e finalmente o tempo dos autógrafos tinha acabado e
eu fui procurar pelo meu marido e filha. Edward estava com Ashley no colo, na
parte mais silenciosa do salão, conversando com Jasper, sim, o mesmo Jasper que
havia derramado café em mim há oito anos atrás. Ele agora era o namorado de
Alice, melhor dizendo, noivo. O namoro durou quatro anos, e o noivado vem
durando desde então.
- Oi. – Edward disse a me
ver e me dando um beijo rápido nos lábios. – Ela dormiu? – perguntou, já que o
rostinho de Ashley estava virado na minha direção.
- Completamente. – respondi
e com cuidado devido à barriga de quase nove meses eu dei um beijo na bochecha
de meu bebê.
Gregory e Lorenzo estavam
andando pelo salão e dessa vez não estava dando em cima de ninguém com saia,
eles finalmente haviam arrumado uma namorada cada, e para a ironia do destino,
elas também eram gêmeas. Isso não iria prestar, com toda a certeza do mundo,
isso nunca iria prestar.
A festa seguiu madrugada
adentro, todavia nós seguimos para o nosso apartamento porque eu tinha que
descansar, e Edward era controlador demais no quesito em eu descansar,
principalmente grávida, o período do resguardo após o nascimento de Ashley foi
o verdadeiro tormento. Eu estava louca para transar loucamente e ele
respeitando os malditos quarenta dias impostos pelo medico, eu já estava
enlouquecendo e subindo pelas paredes.
Quando chegamos em casa, os
gêmeos foram para seus quartos, com suas namoradas que passariam a noite aqui e
Edward foi colocar Ashley na cama e eu comecei a sentir o mesmo desconforto que
surgia de vez em quando durante esse último mês. Todavia dessa vez não foi
apenas o desconforto, foi o desconforto seguido por um liquido escorrendo pelas
minhas pernas.
- Edward. – eu o chamei
quando ele entrou no quarto após colocar a filha na cama.
- Que foi? – perguntou
desfazendo o nó da gravata.
- Não surte... – comecei me
lembrando do dia que dei a luz a Ashley e ele surtou. – Mas a minha bolsa
rompeu. – e ignorando o meu aviso, ele surtou.
Tudo já estava pronto para
assim que desse a hora pudéssemos ir para o hospital, mas mesmo assim foi
caótico. Edward foi acordar os gêmeos gritando para avisar que estávamos indo
para o hospital e acabou interrompendo a transa de Gregory com sua namorada, e
acordou Ashley com sua gritaria que começou a chorar audivelmente.
A dor em minhas costas se
tornava cada vez mais forte enquanto ele corria pela casa e eu esperava o
bonito parar de surtar e me levar para o hospital. Finalmente, após eu ameaçar
lhe arrancar as bolas, ele me levou para o hospital para poder dar a luz a minha
menina, e devido a toda a demora e ao fato de Nicole ter resolvido nascer
rápido, eu basicamente cheguei ao hospital com o bebê coroando, mais cinco
minutos de demora e ela havia nascido dentro do carro.
Já havia se passado algumas
horas desde que Nicole nasceu. Os pais de Edward já estavam aqui junto com
Alice e os gêmeos e com Ashley, que dormia no colo do pai. Eu tampouco os vi,
havia dormido o resto da madrugada e a manhã toda, tanto que, quando eu acordei
só tinha Edward no quarto e o mesmo dormia todo torto no sofá ao lado da cama.
A enfermeira entrou no
quarto para ver como eu estava e eu pedi silêncio para que ele pudesse dormir. Após
eu comer alguma coisa e tomar um banho, outra enfermeira chegou com a minha
bebê e saiu, para que eu pudesse amamenta-la.
- Um pezinho... Dois
pezinhos... – eu cantarolava aleatoriamente, enquanto Nicole estava deitada de
barriga para cima, em meu colo e eu mexia em seus pezinhos inchados que
pareciam dois pequenos pãezinhos. – Um dedinho... Dois dedinhos... – e eu ouvi
um barulho vindo do sofá e ao virar o rosto para lá vi que Edward havia
acordado. – Bom dia belo adormecido. – brinquei e ele saiu da cama ao ver a
filha mais nova em meu colo.
- Oi... – ele se aproximou
da cama coçando os olhos e me deu um beijo. – Quando foi que essa coisinha
linda veio para cá? – perguntou dando um beijo no topo da cabeça da filha.
- Tem algumas horas. Você
estava dormindo tão plenamente que eu pedi para fazerem silêncio. – expliquei e
com cuidado ele pegou Nicole do meu colo e a aninhou em seus braços, e ela
apoiou a cabeça ao peito do pai.
- Ela é tão linda... –
- Mesmo com essa cara de
joelho. – brinquei e ele sorriu.
- Meu amor, você anda me
superando nos seus presentes de natal... Primeiro a noticia da gravidez de
Ashley, e agora a Nicole... – e eu me ajeitei na cama.
- Fazer o que... – dei de
ombros. – E aliás, Nicole só tinha que vir mês que vem, mas ela resolveu vir
antes para lhe desejar um feliz natal. –
- Um ótimo natal para ser
sincero. – e com cuidado ele se sentou ao meu lado na cama e ficou encarando a
filha que dormia. E após alguns segundos a encarando, ele virou o rosto para
olhar para mim. – Eu te amo, meu amor. –
- Eu também te amo, meu
amor. – e ele abaixou a cabeça para me dar um beijo e eu deitei a cabeça em seu
ombro, após ele encostas as costas no travesseiro e nós dois ficamos encarando
embasbacados a nossa filha dormindo. Ele tinha razão, esse havia sido um dos
melhores natais que eu já havia passado na vida.
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