quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O Milagre de Natal Bônus 1


O Milagre de Natal.

POV. Edward.
23 de dezembro de 2023.

E mais uma vez eu estava dentro do banco, havia sido bem difícil sair mais cedo hoje, estava atolado de papeis até o teto da sala, isso se fosse possível, recentemente, desde que Arthur entrou em minha vida eu tenho deixado o trabalho em terceiro plano, o que resultou nessas pilhas amontoadas. Em minha sala. Graças a Deus eu havia conseguido sair daqui antes das nove e tratei de correr para casa. Eu não morava mais naquele apartamento, um apartamento não era bom ou seguro para uma criança, eu só não tinha me livrado dele quando tive Matthew porque Jessica havia insistido em morar ali.

Eu morava no mesmo bairro, apenas havia trocado o apartamento por uma casa com um jardim enorme, junto com uma piscina, que obviamente estava coberta devido ao clima, e uma casa na arvore. Eu não estava querendo dar a Arthur o que eu não tive ou o que não tive tempo de dar a Matthew, eu queria dar ao Arthur tudo o que fosse possível que iria nos proporcionar mais tempo juntos. E quando eu era criança eu amava brincar na piscina ou na casinha de arvores que eu tinha, e era bom fazer isso de novo depois de muitos anos.

Eu tratei de correr para casa, eu estava atrasado, eu me havia autoimposto um horário máximo para chegar em casa, e era até as nove, e eu já estava vinte minutos atrasado. Ao parar o carro na garagem de casa eu já podia ver a mesma completamente enfeitada para o natal, com luzes e renais penduradas no telhado. Conforme me aproximava da entrada de casa eu ouvia risadas altas vindas lá de dentro e eu tratei de entrar, até porque eu estava congelando.

- Alguém pode me explicar como é possível você chegar depois de mim? E olha que eu trabalho em um hospital... – Emmett resmungou se fazendo presente enquanto eu pendurava meu casaco no cabideiro ao lado da porta.

- Talvez seja porque alguém inventou uma viagem em família para o inicio de janeiro e agora eu tenho que ficar adiantando meu trabalho. – reclamei com ele, já que fora ele quem inventou a viagem em família para Aspen no inicio de janeiro.

- Papai... Papai... – e Arthur veio correndo de dentro da casa e eu o peguei no colo.

- Hey garotão... – e eu o ajeitei em meu colo. Arthur já trajava seu pijama, provavelmente estava apenas me esperando chegar para ir para a cama, ele sorriu par Amim revelando as janelinhas que tinha em sua boca, já que recentemente seus dentinhos da frente haviam caído. – Cadê sua mãe? –

- Na cozinha com a tia Rose. –

- É cara... Estávamos apenas esperando você chegar e colocar o pirralho na cama para podermos encher a cara... – Emmett respondeu.

- Papai o que é encher a cara? –

- Nada, meu filho, eu já falei para você ignorar o que o seu tio fala. –

- É uma coisa muito boa, que você vai começar a fazer a partir dos seus dezesseis anos... –

- Só por cima do meu cadáver. – e Isabella gritou da cozinha como se avisasse que elas estavam ouvindo nossa conversa. – Você tem certeza que quer ter outro filho com esse homem? – perguntou a Rosalie que gargalhou audivelmente e eu segui os risos.

- Hey... – eu entrei na cozinha. Bella estava sentada em cima da bancada com Rosalie ao seu lado virando uma garrafa de vodka no liquidificador. – Oi amor... – eu me aproximei de Bella e lhe dei um beijo rápido.

- Oi. – e ela retribuiu e Rose fez som de nojo.

- Oi para você também Rose. –

- Olá Cullen. – ela e sua mania de me chamar apenas pelo sobrenome.

- Muito bem... Lembra-se do nosso combinado? – Bella perguntou a Arthur que fez bico. – Assim que o papai chegar, ir direto para a cama. Já passou da hora de você ir dormir. –

- Papai... – e ele fez bico e manha para mim.

- Ouviu a sua mãe... Para a cama... Papai te coloca na cama. – e ele se animou. – E Annya? – perguntei.

- Dormindo. – respondeu.

- Eu já volto. – e sai da cozinha.

- Se for ao quarto da Annya, cuidado que o Peter está dormindo, e se você o acordar eu corto as suas bolas. – Rosalie gritou para mim e eu balancei a cabeça rindo enquanto subia as escadas.

- Já escovou os dentes? – perguntei a Arthur assim que abri a porta de seu quarto.

- Sim papai... –

- Então para a cama. – eu o coloquei de pé na ponta da cama e ele andou até os travesseiros e deitou nela.

- Papai, me conta uma historinha? – pediu quando eu o cobri, bem apertado para que não sentisse frio, mesmo que o aquecedor de seu quarto já estivesse ligado.

- Qual você quer ouvir? – perguntei caminhando até a sua pequena estante de livros. 

- Pinóquio. –

- Ok... Pinóquio. – e eu peguei o livro na estante e voltei para a cama, me sentando ao seu lado. – Muito bem... ‘Era uma vez um homem chamado Gepeto...’ – eu comecei a contar a história para ele, que acabou dormindo antes mesmo que eu chegasse a ilha dos burros.

Com todo o cuidado do mundo eu me levantei da cama e guardei o livro no lugar, lhe dando um beijo na testa e conferindo se ele estava bem aquecido e sai do quarto, apagando a luz e deixando a luzinha acesa. Fechei a porta ao sair e antes mesmo de descer eu segui até o quarto de Annya, e entrei no mesmo na ponta do pé.

Annya dividia o berço com Peter e os dois estavam bem juntos como se tentassem se aquecer. Suas roupas os cobriam muito bem, e tinha um lençol pequeno por cima deles e o quarto estava bem aquecido, eles simplesmente gostavam de ficar juntos. Beijei a testa de minha filha e de meu afilhado e sai do quarto, descendo as escadas e encontrando os três ao meu aguardo na sala, com o copo do liquidificador em cima da mesinha de centro, e com duas taças de marguerita em cima da mesa, junto com algumas cervejas.

Essa havia se tornado nossa tradição de natal. Dia 24 e 25 nós comemorávamos o natal igual a todos da vizinhança, todavia no dia 23, após as crianças dormirem, era álcool atrás de álcool.

Eu me sentei ao lado de Bella, colocando um dos braços por seus ombros e ela se ajeitou para ficar mais próxima de mim e Emmett começou com as suas besteiras e a estragar as musicas de natal. Pelo menos ele cantava baixo, porque se ele acordasse alguma criança, era bem capaz de Rosalie mata-lo.

Era incrível como eu havia me apaixonado por Isabella sem nem ao menos me dar conta. Mas eu sabia qual tinha sido o momento que eu havia me apaixonado por ela. Foi no natal de três anos atrás. Nós moramos juntos, dividindo o apartamento, com Arthur tendo o meu nome e ela tendo voltado para a sua faculdade de letras, que havia trancado desde que havia engravidado de Arthur. Nós estávamos na sala de meu apartamento, no completo escuro se não fosse pela luz que emanava da lareira e das luzes da arvore de natal. Arthur já estava completamente apagado na cama, quando eu olhei para ela, vendo seu rosto pouco iluminado pela luz, mas vendo seus olhos castanhos, como chocolate derretido, brilhando, e foi quando eu percebi que estava completamente apaixonado por ela, e que era algo recíproco.

Nunca mais tivemos noticias de seus tios, eles não tentaram procurar por ela, e ela tampouco. E eles simplesmente foram banidos para o nosso esquecimento como se nunca tivessem existido. Rosalie e Emmett se apaixonaram por Bella e Arthur de primeira e sempre deram apoio para que nós dois iniciássemos um relacionamento, antes mesmo que eu perceber que sentia algo por ela. E do mesmo modo que eu era padrinho do casamento deles, e eles eram padrinhos de Arthur, eles se tornaram padrinhos do meu casamento com Bella e nós padrinhos de seu primeiro filho, o Peter.

Isabella engravidou de Anastásia, basicamente na mesma época de Rosalie engravidou de Peter, os dois nasceram com diferença de um mês para cada. Annya nasceu no último dia do ano, 31 de dezembro de 2022 e Peter 30 de janeiro de 2023. Faltavam oito dias para minha menina completar um ano de vida. O mesmo dia que me tirou meu primeiro filho de mim, deu-me uma nova, com nove anos de diferença.

Próximo às onze horas, Rosalie e Emmett pegaram seu filho, que dividia o berço com Annya e seguiram para a sua casa, que ficava a duas casas depois da nossa. Quando eles decidiriam que iriam ter seu primeiro filho, eles também largaram o apartamento e compraram uma casa na mesma rua que a nossa, para que sempre pudéssemos ficar juntos e que nossos filhos crescessem juntos. O único lado ruim, é que eles passavam mais tempo aqui do que na própria casa.

Assim que eles partiram e bagunça arrumada, nós trancamos toda a casa e Bella foi tomar um banho enquanto eu dava uma última olhada em nossos filhos. E resolvi me uni a minha esposa. Eu me uni a ela no banheiro, sob a água quente que saia do chuveiro, e o que havíamos começado no chuveiro acabou na cama.

Bella estava deitada na cama, com as pernas jogadas para o lado e eu de joelhos dentro dela, nossos gemidos eram baixos para não acordar as crianças. Eu metia forte dentro dela enquanto tinha uma das mãos apoiadas em sua coxa e a outra eu massageava seu seio e ela puxava o lençol da cama com força entre os dedos.

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- Mais forte... – ela pediu mordendo os lábios para abafar os gemidos. – Eu estou quase... – um pouco bruscamente demais, puxei suas pernas, colocando cada uma de um lado de minha cintura, deixando-a bem aberta para mim. Eu a segurava firme pelas coxas, e ela passou a esfregar seus dedos em sua buceta inchada em busca de mais atrito. – Oh meu Deus... – ela gemeu fechando os olhos e jogando a cabeça para trás enquanto sentia que estava próxima de gozar.

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- Isso é tão gostoso... – eu gemi roucamente saindo de dentro dela e voltando mais forte e ela mordeu os lábios com força ao apertar meu pau com sua buceta apertada e gozando e me fazendo gozar logo em seguida.

Bella parou de se masturbar e eu sai de dentro dela, vendo meu gozo escorrer por suas dobras. Levantei o olhar até seu rosto, vendo seus olhos brilhantes, iguais a primeira vez que a fiz minha. Apoiando meu peso em meus braços, eu os apoiei ao lado de sua cabeça e rocei meus lábios ao dela, que logo levou a mão até a minha nuca para aprofundar o beijo.

- Eu te amo. – disse contra sua boca quando o beijo foi interrompido.

- Eu também te amo. – respondeu sorrindo e eu dei um beijo em sua testa deitando ao lado dela na cama. – Deus, eu ainda não me acostumei com isso sendo tão bom. – respondeu e eu sorri para ela e ela se virou na cama, apoiando os braços em meu peito e cruzando os tornozelos no ar. – Você sabe que eu sempre achei que seria algo ruim e doloroso. –

- Eu sei... Simplesmente porque você nunca havia feito com alguém que gostasse ou gostasse de você, e principalmente, por livre e espontânea vontade. –

- Eu sei... – ela sorriu de lado. – E eu fico muito feliz por ter sido você quem me amostrou o quanto isso é maravilhoso... –

- Disponha... – brinquei e ela riu baixo. – Agora vamos dormir, que daqui a pouco duas crianças vão acordar bem agitadas... – e eu puxei o lençol e nós nos esgueiramos pra debaixo dele. – Boa noite amor... –

- Boa noite amor. – e ela me deu um beijo e deitou a cabeça em meu ombro e eu a abracei, aninhando minha cabeça no travesseiro com o meu nariz roçando em seus cabelos.



Eu acordei por volta das seis da manhã com um choro vindo da babá eletrônica. Virei o rosto apenas para dar uma olhada no monitor e vi que Annya já estava acordada e tentando se apoiar nas grades do berço. Antes que Bella despertasse, eu levantei da cama, vestindo uma calça de moletom e caminhei até o seu quarto, esfregando os olhos.

- Pa... pa... – ela falou baixo ao me ver entrando em seu quarto.

- Bom dia princesinha... – e eu me aproximei de seu berço e a peguei no colo.

- Pa... Pa... – disse de novo e eu lhe beijei a bochecha gordinha.

- Está acordada por quê? – perguntei sabendo que ela não iria responder.

Eu levei Anastásia até o seu trocador e vi que sua fralda estava completamente cheia e ela toda suja. Tirei sua fralda a descartando e lhe dando um banho, colocando outra nova logo em seguida e antes que pudesse leva-la até Bella e acorda-la, ela apareceu do meu lado pegando a menina no colo, com uma mamadeira em mãos.

Anastásia nunca foi de mamar no peito, simplesmente não se adaptou aquilo, então desde os sete meses dela, nós simplesmente paramos de tentar e ela passou a mamar na mamadeira. Bella sempre tirava o leite, armazenava muito bem na geladeira e depois era só dar uma breve esquentada. Annya pegou o bico da mamadeira e começou a segurá-la com suas mãozinhas pequenas enquanto a mãe segurava a ponta dela, já que a mamadeira era pesada demais para a menina segurar sozinha, ainda mais que ela não tinha nem um ano ainda.

Eu dei um beijo nas duas e saí do quarto para poder tomar um banho e me vestir. Daqui a pouco Emmett apareceria aqui e só sairia à noite e eu tinha que passar em um lugar antes que eles chegassem. Eu terminei meu banho e me vesti e desci as escadas. Annya estava em sua cadeirinha alta, Arthur já acordado e ainda no seu pijama estava comendo algumas torradas com geleia de amora e Bella encostada na bancada da cozinha com uma xícara de café em mãos e outra ao seu lado. Ela me entregou a outra xícara e eu tratei de bebê-la em quase que um só gole.

- Eu volto daqui a pouco. – disse baixo.

- Demore o tempo que precisar... – respondeu já sabendo para onde eu iria. Dei um beijo demorado em seus lábios e outro nas crianças e sai de casa, pescando a chave do carro no vasinho ao lado da porta.

Eu saí de casa e dirigi até o cemitério. Na mesma manhã de natal que eu conheci Bella, ela disse que havia um jeito de eu me perdoar, mesmo que a culpa não havia sido minha, sobre a morte de meu filho. E deixando Arthur com Emmett e Rosalie, que haviam dormido em meu apartamento, ela me levou até o cemitério onde ele estava enterrado e me deixou um pouco sozinho com o tumulo dele, dizendo que havia sido assim que ela havia superado a morte de sua mãe. E para a minha surpresa, realmente havia funcionado.

Parei o carro no estacionamento do cemitério e comprei um pequeno vasinho de flores que tinha ali e caminhei até onde ele estava enterrado e suspirei ao ver o tumulo coberto de neve. Com as mãos cobertas pelas luvas, tirei a neve da inscrição de seu nome e ao lê-la mais uma vez senti minha garganta se fechar.

Matthew Cullen.
Amado filho.
15 de fevereiro de 2009 – 31 de dezembro de 2013.

- Oi meu filho. – disse agachado à frente de seu tumulo. – Eu queria trazer seus irmãos, mas está muito frio para eles saírem de casa, principalmente a Anastásia. Mas assim que o tempo esquentar eu os trago aqui. – respondi suspirando. Podia parecer idiota falar com um pedaço de pedra com o nome incrustado nela, mas me fazia bem. – Eu sei o quanto você adorava a época de final de ano e... – eu senti minha garganta fechar. – Eu sei que você está vendo ai de cima que a casa está toda enfeitada e que você está no topo da arvore. – mas uma surpresa de Bella, no natal do ano seguinte ela havia me dado uma estrela dourada com o nome de Matthew incrustado nela para colocar no topo da arvore. – Seus irmãos estão crescendo muito bem e Annya já está começando a falar. E mesmo assim eu sinto um vazio dentro de mim que só poderia ser preenchido por você. Eu sinto sua falta todo santo dia e me arrependo amargamente por ter pedido muito tempo dentro do trabalho ao invés de lhe dar atenção, eu queria que você estivesse aqui para que eu pudesse refazer tudo de novo e dessa vez do jeito certo. Mas sei que aí em cima onde você está você está bem, sem dor, sem problemas, melhor do que estava aqui embaixo, e que está vendo também que eu nunca deixei de amar ou pensar em você. Papai sente muito a sua falta... – falei com a voz embargada e limpando algumas lágrimas que escorriam dos meus olhos. – Mas eu sei que está ai nos protegendo, a mim e aos seus irmãos, eu sei que está melhor ai do que aqui, e isso é o me conforta, saber que você não sente mais nenhuma dor ou desconforto. Mas de qualquer modo eu queria você aqui e poder lhe dar todos os beijos e abraços que eu deveria ter dado e não dei. – e eu respirei fundo. – Papai ama muito você... – e eu dei um beijo na pedra fria com o nome do meu filho. – E eu prometo que assim que esquentar eu trago seus irmãos aqui... – e eu beijei mais uma vez a lapide. – Eu volto logo meu filho... – e ajeitando o vasinho em frente a lapide, eu fiquei mais alguns segundos a encarando até finalmente reunir forças e me levantar e voltar para a casa.

Eu voltei para a casa devagar, dirigindo bem devagar devido a neve nas ruas, já que voltará a nevar no caminho de volta. Parei o carro na garagem e entrei em casa, vendo que Emmett e Rosalie já estavam ali com mais um suéter ridículo natalino, Arthur também usava um e Annya e Peter também, e não foi surpresa nenhuma quando Bella apareceu no meu campo de visão também usando um.

- Ela ameaçou você de novo? – questionei quando ela se pôs nas pontas de seus pés e me deu um beijo rápido nos lábios.

- Exatamente... Gemada? – estendeu uma xícara para mim. – Vai te aquecer... –

- Obrigado. – e eu bebi um gole da mesma.

- Como se sente? – perguntou baixo.

- Eu estou bem... – garanti e abracei seus ombros com um braço e dei um beijo em sua cabeça.

- Oh Cullen não pense que você vai escapar do suéter ridículo não em... Pode vestir... – e Rosalie me jogou o suéter também. A estampa do desse ano era a pior de todos os outros. Vermelho, com metade das mangas brancas com listras vermelhas e uma arvore de natal nele, com pequenas luzinhas vermelhas brilhantes e uma estrela dourada no meio.

- O que aconteceu com o simples Merry Christmas? Ou como nome bordado? –

- É sem graça. – ela respondeu dando de ombros. – Natal é para ficar ridículo, um ridículo quentinho. –

- Jurava que era para comemorarmos o nascimento de Jesus... –

- E ficar ridículo. – retrucou enquanto observava Peter e Annya brincando juntos.

- Olha que fofo. Esses dois vão se casar... – Emmett disse bobamente.

- Não se ele for retardado igual ao pai. – resmunguei bebendo mais um gole da gemada. Todos nós estávamos sentados no chão, sobre um tapete felpudo onde as crianças brincavam eu estava sentado com as costas apoiadas no sofá, Bella tinha a cabeça em meu ombro e eu a abraçava.

A véspera de natal foi tranquila, sem nenhuma surpresa ou algo do tipo, nós estávamos conversando sobre as férias de inicio de ano enquanto Arthur brincava com uma coleção de carrinhos que Emmett e Rosalie haviam lhe dado no natal passado e Annya e Peter haviam dormido no tapete um grudado ao outro. Eu estava feliz, podia ser melhor? Podia, meu filho Matthew podia estar aqui conosco, mas eu sabia que se ele estivesse aqui provavelmente eu não teria Bella, Arthur ou Annya, e no fundo eu não os trocaria por nada no mundo.

Bella deitou a cabeça em meu peito e eu lhe dei um beijo na cabeça e eu a abracei mais forte contra meu corpo. Eu estava bem e feliz e sabia que não tinha voltar atrás no que havia acontecido e eu estava feliz com meu presente e futuro e sinceramente, sabendo de tudo, não havia como melhorar. Uma esposa que realmente me amava e não se importava com a minha conta bancaria, dois filhos lindos. Tinha como melhor? Sinceramente? Não! Não tinha! Tudo estava perfeito!

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